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Consorcio modular

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ESTUDO DE CASO: CONSÓRCIO MODULAR
Estrutura Modular
Em modelos modulares a questão fundamental é a coordenação entre empresas compradoras e fornecedoras, pois em seu conceito os parceiros trabalham dentro da planta da montadora, nos seus respectivos módulos. É de responsabilidade do parceiro a montagem do módulo e a conexão deste módulo na linha de montagem final. Cada parceiro deve prover recursos materiais, peças e subconjuntos necessários na montagem, e os recursos humanos que atendam às necessidades e aos objetivos de qualidade estabelecidos pela montadora. Constituindo, assim, um caso de outsourcing.
Dessa forma, o processo de montagem do produto, que era de responsabilidade do fabricante, passa ser de responsabilidade do fornecedor, denominado de modulista ou consorciado. E cabe ao fabricante o planejamento do produto, marketing, vendas e pós-vendas, desenvolvimento do produto, liberação final do produto e aprovação do planejamento de sistemas de qualidade de cada módulo e da fábrica como um todo.
Todos são responsáveis pelos investimentos e riscos do empreendimento em busca de um resultado comum, permitindo a redução de custos e tempos de produção, aumentando consideravelmente a competitividade dos produtos, além da divisão dos investimentos, custos e riscos entre os consorciados e a empresa líder.
Consórcio Modular
Considera-se que o surgimento do primeiro Consórcio Modular, deu-se na indústria automobilística brasileira na fábrica da Volkswagen em Resende, no Rio de Janeiro.
O projeto do Consórcio Modular implementado na fábrica da Volkswagen foi idealizado por Jorge Ignácio Lopez de Arriortua, que anteriormente trabalhava na General Motors onde já estudava estas inovações na forma de organização industrial. Em novembro de 1994, Lopez propôs a estratégia de trazer os fornecedores para dentro da fábrica para que eles agregassem seus componentes diretamente na linha de montagem. A VW seria a única montadora mundial que não executaria nenhuma atividade de montagem e cuidaria somente da logística, qualidade e engenharia de manufatura. A idéia era que a VW se transformasse numa organização de marketing e vendas, desenvolvendo novos produtos e controlando a cadeia de valor agregado.
A construção da fábrica foi realizada em 153 dias e representou um investimento de U$ 300 milhões, em novembro de 1996, a Volkswagen iniciou a operação em sua nova fábrica de caminhões e ônibus em Resende, dentro do moderno conceito de consórcio modular. Os empregados da VW, a minoria, apenas inspecionam os veículos ao final do processo.
Todo o planejamento do processo foi orientado para uma montagem rápida e flexível de caminhões e ônibus com design modulares. Possui uma infraestrutura integrada, o que permite redução nos custos variável e fixo. Não há armazéns para estoque, todas as peças e componentes estão próximos à linha de montagem. O estoque de produto acabado, é baixíssimo na fábrica e nas concessionárias também. A previsão de vendas é feita em cima das vendas das concessionárias.
A linha de montagem é única sendo utilizada tanto para a montagem de caminhões quanto para ônibus, conforme as necessidades do mercado.
Parceiros (fornecedores)
Os fornecedores escolhidos para compor o consórcio foram Maxion, Meritor, Remon, Carese (Eisenmann), Delga, VDO, Powertrain (MWM/Cummins), já conhecidos parceiros da Volkswagen mundial em outros negócios. Os fornecedores possuem espaço na planta, e fornecem seus próprios trabalhadores para adicionar componentes ao caminhão ou ônibus na linha de montagem.
Linha de Montagem 
 
Contrariando a organização de um condomínio industrial onde os fornecedores da fábrica central se localizam na região próxima a esta, no Consorcio Modular os fornecedores são parte física da linha de montagem, ocupando espaços reservados dentro do prédio. Cada fornecedor fica responsável pela submontagem do conjunto e montagem dos módulos no veículo na linha de montagem. O fluxo de materiais é bem estabelecido, e o acesso a planta é independente para cada módulo, assim, as peças e os componentes são entregues no ponto mais próximo do local onde serão montados.
Vantagens
Redução nos custos de produção e investimentos. Diminui ainda os estoques e o tempo de produção, aumentando a eficiência e produtividade, além de tornar mais flexível a montagem.
A integração dos parceiros no processo produtivo permite o entendimento das implicações de seus serviços no produto final, contribuindo com soluções para a melhoria da produtividade, redução de custos e aumento da qualidade.
Desvantagens
Tanto para a montadora, quanto para os fornecedores o negócio apresenta um alto risco, pois necessita de investimentos grandes. Para a montadora também existe a dificuldade de mudança de fornecedor, pois é difícil encontrar parceiros que assumam os riscos do investimento, além de obterem um preço razoável. Para os fornecedores o principal desafio é não poder atender outros clientes, que dificulta uma possível saída do consorcio modular.
REFERÊNCIAS
http://rosanit.blogspot.com.br/2012/10/consorcio-modular-da-volkswagen.html
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2002_tr15_0436.pdf
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2007_tr570426_8986.pdf
http://www.dyjay.com.br/noticias/index.php/item/940-producao-por-consorcio-modular

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