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Nova configuração estatal Social-liberal (regime político garantidor das liberdades individuais); e Republicana (governo democrático e participativo) ► Procura-se romper com o padrão anterior de intervenção estatal, recaindo a ênfase sobre a democratização dos processos decisórios e a equidade das políticas, sendo a democratização vista como condição unívoca. Trata-se, portanto, de implementar mudanças não apenas no regime político, mas também no nível das políticas públicas - State-in-action - e do aparelho do Estado. (BRESSER-PEREIRA, 2009; FARAH, 1997; AGRANOFF; MCGUIRE, 2001; FLEURY, 2002) Reforma do aparelho do Estado ► Transição para modelos cooperativos, comprometidos com a inclusão política e econômica dos grupos sociais em detrimento das ações pontuais burocráticas institucionalizadas e da centralização; (RIBAS JÚNIOR, RIBAS, 2006) Contexto histórico de implantação das REDES DE COOPERAÇÃO Configuração esta tida como social-liberal e republicana; republicana por se tratar de um governo democrático e participativo e liberal social como regime político garantidor das liberdades individuais, que não vê o Estado apenas como regulador, por assegurar o acesso aos serviços públicos (educação, saúde, moradia, segurança, etc) e direitos sociais, mas também por aumentar a liberdade dos desfavorecidos. Isso remete ao estudo do PDRAE, responsável por iniciar as conversas sobre a transição para modelos de gestão cooperativos que possuem como pauta o fortalecimento da ideia de inclusão política e econômica dos grupos sociais em detrimento das ações burocráticas e introdução de princípios gerenciais . Para Bresser-Pereira isso consiste em pensar a política como um fenômeno histórico e social, porque devemos considerar as trajetórias de reforma governamental e a participação social no processo de formulação, implementação e avaliação de políticas públicas, superando a tradição de práticas clientelistas. 1 Novas ferramentas gerenciais (desenho institucional) ►políticas públicas de cunho interdisciplinar: intersetorialidade política (BARZELAY et. Al, 1992; BRESSER-PEREIRA, 2009; VIEIRA, 2006) Revisão dos papéis de governo ►agente indutor de mudanças: concentração em atividades finalísticas (OSBORNE; TED, 1994) MODELO CARACTERÍSTICA Gerencialista Descentralizaçãocomo fator deeficiência > ESTABELECER PARCERIAS PARA FAZER MAIS BARATO Consumerism Descentralização como fator deaproximaçãosocial > DESCONCENTRAÇÃO PARA ATENDER MELHOR PSO Descentralização como modeloparticipativo de gestão> INCLUSÃOSOCIAL PARA GARANTIR CIDADANIA Adaptado de ABRUCIO et al., 2009; PAULA, 2005. 1. MODELOS DE GESTÃO X VISÃO INTEGRADA 2 2. PERSPECTIVA DE ORIENTAÇÃO DAS REFORMAS Dimensão Econômico-Financeira Institucional-administrativa Sociopolítica Reformas e Inovações: 1ª Geração 2ª Geração 3º Geração Orientação: Eficiência Eficácia Efetividade Princípios: Economicidade/ Produtividade Qualidade (percebida) Equidade/Participação Perspectiva: “fazer mais com menos” “fazer melhor” “fazerdiferente” Idéias-Chave: (instrumentos) Ajuste estrutural Equilíbrio fiscal Usoracional dosrecursos CONCESSÕES (EXTRA) Atendimento Resultados Qualidade AGÊNCIAS CONSÓRCIOS (INTRA eINTER) Democracia Controle social AçãoColetiva Ampliação dos DireitosSociais CONSELHOS GESTORES (EXTRA) Criação de Valor: Contribuinte Usuário Cidadão Modelo de Gestão GERENCIALISMO CONSUMERISM GESTÃO SOCIETAL Adaptado de COELHO (2013) 3 (BORGATTI; FOSTER, 2003; GRANDORI; SODA, 1995; GRANOVETTER, 1973; HUNT et al., 2000; NOHRIA, 1992; OLIVER, 1990; PERROW, 1992; PROCOPIUCK; FREY, 2007; UZZI, 1997) 3. TENDÊNCIA CONTEMPORÂNEA DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS ‘VELHO MODELO ORGANIZACIONAL’ Grandes empresas hierarquizadas Teoria da Agência Nível de confiança Risco ‘NOVA COMPETIÇÃO’ Redes de cooperação Foco no desempenho ou GANHOS ECONÔMICOS Nível do ator Foco na organização Nível relacional Foco no ambiente Nível institucional Processos Contingências Teoria dos Custos de Transação Teoria da Dependência de Recursos Texto I: Suporte para o entendimento do desenho 4 PROFISSIONALIZAÇÃO : competência (atividades finalísticas) TRANSPARÊNCIA: qualidade DESCENTRALIZAÇÃO : federalismo DESCONCENTRAÇÃO: regulação GESTÃO POR RESULTADOS: economicidade NOVAS FORMAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: flexibilização ORIENTAÇÃO PARA O CIDADÃO-USUÁRIO: customização ACCOUNTABILITY: responsabilização (ABRUCIO et al., 2009) SE O FOCO ERA CAMINHAR PARA ISSO (...) 5 O novo formato do setor público (AVRITZER, 2007; BOULDING; WAMPLER, 2010; DALLARI, 2002; FILGUEIRAS, 2011; FLEURY; OUVERNEY, 2007; GOLDFRANK, 2007; GOLDSMITH; EGGERS, 2006; GOMES FILHO, 2005; GREGORY et al., 2005; LAVALLE et al., 2006; LOUREIRO et al., 2008; LÜCHMAN, 2006; O´DONNELL, 1998; MICHENER; BERSCH, 2011; MIGUEL, 2007) ► Emergência de um novo paradigma de gestão fundamentado na concepção de uma gestão colaborativa como resposta aos processos de transformações na estrutura do Estado e de suas relações; “Sob esse ideário do Estado-Rede se compreende os distintos projetos políticos e ideologias que marcaram e marcam as orientações de reformas e inovações na gestão pública internacional e nacional, cada qual com os seus princípios para: (a) ampliar a prestação dos serviços públicos e a provisão das políticas públicas (alcance) e, simultaneamente, (b) melhorar os seus desempenhos (resultados). Isto é, tendo o Estado Democrático de Direito como premissa, o desafio é de como aumentar a quantidade e melhorar a qualidade da gestão/políticas públicas, considerando os limites inerentes à ambiência e estrutura da administração pública” (COELHO, 2013, p.5). 4. GOVERNAR EM REDE 6 a pluralidade de atores envolvidos, o que possibilita maior mobilização de recursos e garante a diversidade de opiniões sobre um problema. Ex.: Consórcios públicos (2) a definição de prioridades de forma mais democrática. Ex.: Orçamento participativo; (3) o envolvimento simultâneo de organizações não governamentais e instituições públicas. Ex.: PPP´s; (4) o desenvolvimento de uma gestão adaptativa, conectada a realidade social, articulando as ações de planejamento, execução, feedback e redesenho às atividades de monitoramento, e não apenas de controle, dada a flexibilidade inerente à sua dinâmica; e (5) a possibilidade de preservação da autonomia de seus participantes, já que objetivos e estratégias são fruto de negociação, o que acarreta maior compromisso e responsabilidade com as metas compartilhadas, bem como maior sustentabilidade, justamente por se tratar de uma estrutura horizontalizada. (FLEURY; OUVERNEY, 2007; GOLDSMITH; EGGERS, 2011) BENEFÍCIOS 7 na prestação de contas (accountability) em relação ao uso dos recursos públicos devido à quantidade de participantes governamentais e privados, sobretudo quando a rede é informal; na lentidão do processo de negociação, que retardam a solução de problemas que requerem ação imediata, sobretudo pelos resquícios da burocracia; na ineficácia do cumprimento de objetivos quando as metas são compartilhadas e as responsabilidades muito diluídas (mecanismos de controle insuficientes); no afastamento dos participantes da rede dos objetivos iniciais ou mesmo no comprometimento da ação da rede pela deserção de alguns atores (interesses particulares); na inexistência ou falta de explicitação dos critérios necessários para participação na rede, o que pode levar à marginalização de grupos, instituições, pessoas e mesmo regiões (desvirtualização política) ; e no controle e coordenação das interdependências (problemas administrativos relacionais). (FLEURY; OUVERNEY, 2007; GOLDSMITH; EGGERS, 2011) LIMITAÇÕES 8 imposição legal de uma instância superior; busca por controle (assimetria), quando uma organização procura exercer controle sobre outra ou sobre os seus recursos; reciprocidade, quando relações são estabelecidas por organizações que compartilham objetivos comuns, iniciando relações de cooperação e coordenação; necessidade de maior eficiência interna, quando uma organização, preocupada em melhorar sua própria eficiência busca estabelecer relações com outras empresas para reduzir seus custos de transação; busca por estabilidade, em face às incertezas do ambiente competitivo. Nessas condições, organizações podem buscar o estabelecimento de relações para diminuir a sua vulnerabilidade; e procura de legitimidade, onde uma organização busca melhorar sua reputação, visibilidade, imagem e prestígio através de interconexões com organizações aceitas e respeitadas seu meio. (OLIVER, 1990) COMO AS REDES SÃO FORMADAS? 9 5 TIPOLOGIAS AUTOR TIPOLOGIA GRANDORI; SODA(1995) Redes Sociais: redes onde são mantidas relações puramente sociais, em que o relacionamento dos integrantes não é regido por contrato. Podem ser: Simétricas– não há a existência de centralização de poder; e Assimétricas– possui um agente central – poder centralizado. Redes Burocráticas: caracterizam-se pela existência de um contrato formal que especifica as relações entre as organizações. Podem ser: Simétricas– acordos formais de relacionamento evitam interesses particulares; e Assimétricas– possuem contratos que privilegiam relações e parceiros. Redes Proprietárias: os direitos de propriedade sobre os bens econômicos são normalmente formalizados entre os acionistas das empresas. Podem ser:Simétricas– empregadas na regulação de atividades deP&D; e Assimétricas– encontradas nas associações do tipocapitalventures. LOYOLA; MOURA(1996) Redes de fluxo unidirecional:possuem pontos de origem e destino bem definidos nos processos de troca; e Redes de fluxo multidirecional:fluxos acontecem sem que haja necessariamente um centro propulsor e percorrem as unidades, que se complementam. CASAROTTO; PIRES(1998) RedesTop-Down: caracterizadas por empresas de menor porte que fornecem, direta e indiretamente, sua produção a uma empresa mãe, seja por subcontratação, terceirização e/ou parceria; e Redes Flexíveis:empresas reúnem-se à partir da formação de umconsórcio, com objetivos comuns, com cada uma sendo responsável por uma parte do processo. 10 AUTOR TIPOLOGIA INOJOSA(1999) Rede Autônoma ou orgânica: formada por entes autônomos que se articulam voluntariamente em torno de uma causa comum; Rede Tutelada:os entes têm autonomia relativa e se articulam sob a égide de uma organização que os mobiliza e modela o objetivo comum; e Rede Subordinada:os entes fazem parte de uma organização ou sistema e sua articulação independe da vontade dos parceiros. AMATO NETO(2000) Redes verticais: ocorre entre empresas e os componentes das diferentes atividades da cadeia produtiva (produtores, fornecedores, distribuidores e prestadores de serviço).No caso do setor público, são parcerias entre níveis governamentaisdiferentes,entre união, estados e municípios;e Redes horizontais: entre empresas que produzem e oferecem produtos similares, que trabalham no mesmo setor de atuação, cooperando com seus próprios concorrentes.No caso do setor público, são parcerias entre organizações de mesmo nível governamental, ou seja, tem nos consórcios públicosexemplos. MARCON; MOINET(2001) Redes assimétricas (dimensão da hierarquia):redes que possuem poder centralizado (configuração vertical) e destacam a flexibilidade como critério de atuação estratégica.Exemplo: Sistema Único de Saúde(como uma típica relação entre matriz e filial no setor privado); Redes simétricas (dimensão da horizontalidade):redes que possuem descentralização do poder (organizações independentes, mas que coordenam certas atividades de forma conjunta).Exemplo: consórcios públicos intermunicipais; Redes formais (dimensão contratual):redes formalizadas mediante termos contratuais.Exemplo: parcerias público-privadas; Redes informais (dimensão da conivência):são formadas sem qualquer tipo de contrato e agem em conformidade com interesses comuns, baseados na confiança.Exemplo: redes de pesquisadores. 11 CRITÉRIOS TIPOS DE REDES FORMALIDADE FORMAIS INFORMAIS ATORES INTERPESSOAL MOVIMENTOS SOCIAIS ESTADO NEGOCIADORES FLUXO DE INFORMAÇÕES UNIDIRECIONAL MULTIDIRECIONAL AUTONOMIA REDE ORGÂNICA REDE TUTELADA REDE SUBORDINADA USO DOS RECURSOS VERTICAIS HORIZONTAIS SÍNTESE TIPOLÓGICA Adaptado de MALMEGRIN (2011) ILUSTRAÇÃO Cooperação horizontal intragovernamental entre setores ou intersetorialidade: integração entre áreas que objetiva o planejamento e avaliação das ações governamentais, não só como um campo de aprendizagem dos agentes institucionais, mas também como caminho ou processo estruturador da construção de novas respostas, novas demandas para cada uma das políticas públicas (SPOSATI, 2006). Cooperação horizontal intragovernamental entre agentes: diz respeito à quebra da perspectiva top-down pelo reconhecimento da importância do diálogo entre os atores de cada estágio como fortalecedor das ações de formulação e implementação das políticas públicas. Geralmente, existe em consonância com os demais tipos de cooperação (LUNDIN, 2007). Cooperação horizontal intergovernamental: parcerias firmadas entre entes federativos de mesmo nível hierárquico governamental, estadual ou municipal, amparados pela Lei nº. 11.107, de 6 de abril de 2005, que versa sobre a formalização de consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum. Sua articulação e coordenação busca compartilhar recursos e informações para encontrar soluções para problemas de ordem pública. Cooperação vertical intergovernamental: forma de coordenação entre entes federativos de diferentes níveis hierárquicos governamentais, incorporados pelo movimento de descentralização administrativa do Estado. Nesta configuração, a esfera federal é responsável pela elaboração de diretrizes legais e administrativas, enquanto estado e municípios encarregam-se da operacionalização dos serviços. É importante destacar, no entanto, a atenção para o planejamento participativo e para a destinação dos recursos a cada instância, que precisam ser condizentes com as responsabilidades delegadas às mesmas (PRADO, 2003). Cooperação extragovernamental (com organizações) ou publicização: consiste numa ferramenta de ampliação do controle social formalizada por contratos de gestão ou termos de parceria entre o governo e as organizações não governamentais. Cooperação com os cidadãos: refere-se à inclusão dos cidadãos na formulação, implementação e avaliação das políticas públicas, por processos que estimulam e formalizam a participação deliberativa, no sentido de fortalecer a cidadania e valorizar o diálogo como ferramenta de construtiva. 13 i. FORMAS DE COOPERAÇÃO INTRAGOVERNAMENTAL a. COOPERAÇÃO HORIZONTAL ENTRE SETORES: integração entre áreas que objetiva o planejamento e avaliação das ações governamentais, não só como um campo de aprendizagem dos agentes institucionais, mas também como caminho ou processo estruturador da construção de novas respostas, novas demandas para cada uma das políticas públicas. b. COOPERAÇÃO HORIZONTAL ENTRE AGENTES: diz respeito à quebra da perspectiva top-down pelo reconhecimento da importância do diálogo entre os atores de cada estágio como fortalecedor das ações de formulação e implementação das políticas públicas. Geralmente, existe em consonância com os demais tipos de cooperação. Cooperação horizontal intragovernamental entre setores ou intersetorialidade: integração entre áreas que objetiva o planejamento e avaliação das ações governamentais, não só como um campo de aprendizagem dos agentes institucionais, mas também como caminho ou processo estruturador da construção de novas respostas, novas demandas para cada uma das políticas públicas (SPOSATI, 2006). Cooperação horizontal intragovernamental entre agentes: diz respeito à quebra da perspectiva top-down pelo reconhecimento da importância do diálogo entre os atores de cada estágio como fortalecedor das ações de formulação e implementação das políticas públicas. Geralmente, existe em consonância com os demais tipos de cooperação (LUNDIN, 2007). Cooperação horizontal intergovernamental: parcerias firmadas entre entes federativos de mesmo nível hierárquico governamental, estadual ou municipal, amparados pela Lei nº. 11.107, de 6 de abril de 2005, que versa sobre a formalização de consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum. Sua articulação e coordenação busca compartilhar recursos e informações para encontrar soluções para problemas de ordem pública. Cooperação vertical intergovernamental: forma de coordenação entre entes federativos de diferentes níveis hierárquicos governamentais, incorporados pelo movimento de descentralização administrativa do Estado. Nesta configuração, a esfera federal é responsável pela elaboração de diretrizes legais e administrativas, enquanto estado e municípios encarregam-se da operacionalização dos serviços. É importante destacar, no entanto, a atenção para o planejamento participativo e para a destinação dos recursos a cada instância, que precisam ser condizentes com as responsabilidades delegadas às mesmas (PRADO, 2003). Cooperação extragovernamental (com organizações) ou publicização: consiste numa ferramenta de ampliação do controle social formalizada por contratos de gestão ou termos de parceria entre o governo e as organizações não governamentais. Cooperação com os cidadãos: refere-se à inclusão dos cidadãos na formulação, implementação e avaliação das políticas públicas, por processos que estimulam e formalizam a participação deliberativa, no sentido de fortalecer a cidadania e valorizar o diálogo como ferramenta de construtiva. 14 c. COOPERAÇÃO HORIZONTAL: parcerias firmadas entre entes federativos de mesmo nível hierárquico governamental, estadual ou municipal, amparados pela Lei nº. 11.107, de 6 de abril de 2005, que versa sobre a formalização de consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum. Sua articulação e coordenação busca compartilhar recursos e informações para encontrar soluções para problemas de ordem pública. d. COOPERAÇÃO VERTICAL: forma de coordenação entre entes federativos de diferentes níveis hierárquicos governamentais, incorporados pelo movimento de descentralização administrativa do Estado. Nesta configuração, a esfera federal é responsável pela elaboração de diretrizes legais e administrativas, enquanto estado e municípios encarregam-se da operacionalização dos serviços. É importante destacar, no entanto, a atenção para o planejamento participativo e para a destinação dos recursos a cada instância, que precisam ser condizentes com as responsabilidades delegadas às mesmas. ii. FORMAS DE COOPERAÇÃO INTERGOVERNAMENTAL Cooperação horizontal intragovernamental entre setores ou intersetorialidade: integração entre áreas que objetiva o planejamento e avaliação das ações governamentais, não só como um campo de aprendizagem dos agentes institucionais, mas também como caminho ou processo estruturador da construção de novas respostas, novas demandas para cada uma das políticas públicas (SPOSATI, 2006). Cooperação horizontal intragovernamental entre agentes: diz respeito à quebra da perspectiva top-down pelo reconhecimento da importância do diálogo entre os atores de cada estágio como fortalecedor das ações de formulação e implementação das políticas públicas. Geralmente, existe em consonância com os demais tipos de cooperação (LUNDIN, 2007). Cooperação horizontal intergovernamental: parcerias firmadas entre entes federativos de mesmo nível hierárquico governamental, estadual ou municipal, amparados pela Lei nº. 11.107, de 6 de abril de 2005, que versa sobre a formalização de consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum. Sua articulação e coordenação busca compartilhar recursos e informações para encontrar soluções para problemas de ordem pública. Cooperação vertical intergovernamental: forma de coordenação entre entes federativos de diferentes níveis hierárquicos governamentais, incorporados pelo movimento de descentralização administrativa do Estado. Nesta configuração, a esfera federal é responsável pela elaboração de diretrizes legais e administrativas, enquanto estado e municípios encarregam-se da operacionalização dos serviços. É importante destacar, no entanto, a atenção para o planejamento participativo e para a destinação dos recursos a cada instância, que precisam ser condizentes com as responsabilidades delegadas às mesmas (PRADO, 2003). Cooperação extragovernamental (com organizações) ou publicização: consiste numa ferramenta de ampliação do controle social formalizada por contratos de gestão ou termos de parceria entre o governo e as organizações não governamentais. Cooperação com os cidadãos: refere-se à inclusão dos cidadãos na formulação, implementação e avaliação das políticas públicas, por processos que estimulam e formalizam a participação deliberativa, no sentido de fortalecer a cidadania e valorizar o diálogo como ferramenta de construtiva. 15 d. COOPERAÇÃO COM ORGANIZAÇÕES OU PUBLICIZAÇÃO: consiste numa ferramenta de ampliação do controle social formalizada por contratos de gestão ou termos de parceria entre o governo e as organizações não governamentais. e. COOPERAÇÃO COM OS CIDADÃOS: refere-se à inclusão dos cidadãos na formulação, implementação e avaliação das políticas públicas, por processos que estimulam e formalizam a participação deliberativa, no sentido de fortalecer a cidadania e valorizar o diálogo como ferramenta de construtiva. iii. FORMAS DE COOPERAÇÃO EXTRAGOVERNAMENTAL Cooperação horizontal intragovernamental entre setores ou intersetorialidade: integração entre áreas que objetiva o planejamento e avaliação das ações governamentais, não só como um campo de aprendizagem dos agentes institucionais, mas também como caminho ou processo estruturador da construção de novas respostas, novas demandas para cada uma das políticas públicas (SPOSATI, 2006). Cooperação horizontal intragovernamental entre agentes: diz respeito à quebra da perspectiva top-down pelo reconhecimento da importância do diálogo entre os atores de cada estágio como fortalecedor das ações de formulação e implementação das políticas públicas. Geralmente, existe em consonância com os demais tipos de cooperação (LUNDIN, 2007). Cooperação horizontal intergovernamental: parcerias firmadas entre entes federativos de mesmo nível hierárquico governamental, estadual ou municipal, amparados pela Lei nº. 11.107, de 6 de abril de 2005, que versa sobre a formalização de consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum. Sua articulação e coordenação busca compartilhar recursos e informações para encontrar soluções para problemas de ordem pública. Cooperação vertical intergovernamental: forma de coordenação entre entes federativos de diferentes níveis hierárquicos governamentais, incorporados pelo movimento de descentralização administrativa do Estado. Nesta configuração, a esfera federal é responsável pela elaboração de diretrizes legais e administrativas, enquanto estado e municípios encarregam-se da operacionalização dos serviços. É importante destacar, no entanto, a atenção para o planejamento participativo e para a destinação dos recursos a cada instância, que precisam ser condizentes com as responsabilidades delegadas às mesmas (PRADO, 2003). Cooperação extragovernamental (com organizações) ou publicização: consiste numa ferramenta de ampliação do controle social formalizada por contratos de gestão ou termos de parceria entre o governo e as organizações não governamentais. Cooperação com os cidadãos: refere-se à inclusão dos cidadãos na formulação, implementação e avaliação das políticas públicas, por processos que estimulam e formalizam a participação deliberativa, no sentido de fortalecer a cidadania e valorizar o diálogo como ferramenta de construtiva. 16 Aspectos comuns nos conceitos de redes aplicados à gestão pública: Ação orientada para a lógica coletiva: refere-se ao sistema de auto-organização e interação. Estabilidade temporal: envolve a estabilidade temporal das relações estabelecidas, seja através de mecanismos formais (contratuais) ou informais, que garantam a continuidade e a permanência no tempo. A frequência das interações resulta em aprendizado e comprometimento; Flexibilidade de arranjos: detecção e absorção de conhecimento, adaptação à dinâmica ambiental e garantia de autonomia. CARACTERÍSTICAS GERAIS GANHOS SINÉRGICOS OBJETIVO/ LÓGICA COLETIVA DA REDE PERSPECTIVA ECONÔMICO Redução dos custos de transação Custo relacionado com osprocedimentos de contratação entre as organizações: envolvem negociação, elaboração e administração de contratos; obtenção, processamento e disseminação das informações; gestão da relação com agentes envolvidos nas transações; solução de disputas contratuais; entre outras. SOCIAL Busca de efetividade Critério que permite analisarquanto as ações da rede produziram relativo aos resultados, aos efeitos e aos impactos desejados.Aspectos daorganização social, comonormas e confiança, que facilitam acoordenação e a colaboraçãopara benefício de todos os atores, tanto internos como externos, envolvidos no funcionamento dessas organizações. POLÍTICO Cumprimentodas metas de governo Indica oreconhecimento socialque permite que grupos sejamaceitos como atores políticose, portanto, capazes de agir politicamente ESTRUTURA DAS REDES DE COOPERAÇÃO Modelo de gestão se refere ao conjunto de princípios que trata do modo como entendemos a organização na sua totalidade, como dividimos ou segmentamos o trabalho, suas partes, e como integramos ou coordenamos essas partes para que os objetivos sejam alcançados. ELEMENTOS MORFOLÓGICOS: definem as formas ou os formatos das redes: NÓS: podem ser representados por uma empresa ou por uma atividade entre empresas. POSIÇÕES: a posição de um ator na rede é compreendida pelo conjunto de relações estabelecidas com os outros atores da rede. LIGAÇÕES: as ligações, ou as conexões, de uma rede são compreendidas pelos traços entre os atores. Diferentes espessuras mostram diferenças na qualidade do relacionamento entre os atores. FLUXOS: através das ligações fluem recursos, informações, bens, serviços, contatos. Os fluxos podem ser tangíveis e intangíveis. 19 ESTRUTURA DAS REDES DE COOPERAÇÃO Atenção para o fato de que as posições e as ligações dependem de como é definida a divisão do trabalho entre os nós, as empresas ou as atividades, isto é, de como é estabelecido o modelo de gestão. 20 Redes subordinadas (raio de sol e plana) O ponto no centro representa que o agente central desempenha o papel de fornecedor e de coordenador de informações ou de conhecimento para a capacitação dos nós no enfrentamento dos desafios cotidianos e para a inovação. Esse tipo de rede pode haver nós intermediários, que também podem gerar conhecimento que será repassado aos nós de atendimentos (2ª e 3ª gerações). Exemplos práticos, na iniciativa privada, são as redes subsidiárias (matriz e filiais). As redes públicas utilizam muito pouco esse formato, mas podemos encontrá-lo no SUS, para as quais o Ministério da Saúde, como órgão central do Sistema, define procedimentos médicos padronizados. 21 Rede tutelada (invertida) O conhecimento circula livremente de nó para nó ou formalmente para o centro quando definido pelo modelo de gestão. Nesse caso, o centro funcionaria como uma memória do conhecimento gerado na rede, fornecendo também os recursos necessários à operação da rede, mas todas as decisões são exclusivas de cada um dos nós. No setor privado podemos encontrar as “holdings” (forma de sociedade criada com o objetivo de administrar um grupo de empresas) como um exemplo típico de tutela. São muito comuns na esfera pública, pois os recursos públicos arrecadados centralmente precisam ser repassados, via orçamento público, aos órgãos que prestam os serviços à sociedade. Um exemplo típico dessas redes são os shoppings de serviços públicos. 22 Redes autônomas (teia de aranha) Todos os nós são autônomos e não existe um agente central, mas para melhorar a sua eficiência de atendimento, os nós precisam interagir trocando informações e conhecimentos operacionais. O exemplo mais comum desse tipo de rede é a internet. Na esfera pública podemos destacar o caso das redes do tipo aranha nas pesquisas e no desenvolvimento científico e tecnológico envolvendo órgãos públicos, ONGs e até a iniciativa privada. As redes entre pesquisadores talvez sejam as mais comumente identificadas. 23 Redes autônomas (aglomeradas) Formada por nós que realizam atividades contínuas e permanentes, as quais são chamadas de “unidades”; e por nós que executam tarefas situacionais, que recebem o nome de “equipes”. “As equipes são formadas para resolver um problema e contam com especialistas das unidades que funcionam como centros de desenvolvimento de competências em disciplinas específicas” (MALMEGRIN, 2011). Um exemplo de rede aglomerada são os APL´s. Essa rede também pode ser encontrada na esfera pública, a exemplo da rede de programas dos planos plurianuais (PPA), com suas atividades contínuas e seus projetos situacionais, distribuídos por várias unidades organizacionais públicas e do terceiro setor. 24 TIPOLOGIA GOLDSMITH E EGGERS (2006) Governo hierárquico: sistemas burocráticos rígidos, que operam com procedimentos de comando, controle e rigorosas restrições de trabalho, que se tornam inadequados para combater problemas que, muitas vezes, transcendem os limites organizacionais. Governo terceirizado: tem-se o uso de empresas privadas e organizações sem fins lucrativos – em oposição ao uso de servidores do governo – na prestação de serviços e cumprimento de objetivos políticos. Governo coordenado: encontra-se a união de agências governamentais múltiplas, e muitas vezes até de múltiplos níveis de governo, para a prestação de serviços integrados. Governo em rede: faz referência ao aumento no nível de colaboração público-privada, solidificação das capacidades de gestão em rede de um governo coordenado, uso da tecnologia para conexão entre parceiros e o oferecimento de mais possibilidades de opções de prestação de serviços aos cidadãos. 25
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