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FACULDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL POLO JUAZEIRO DO NORTE -CE Curso Ciências Contábeis 6° serie. DESAFIO PROFISSIONAL Disciplinas Norteadoras: Contabilidade Tributária Gerenciamento Estratégico De Custos Laboratório De Gestão Contábil Legislação Social, Trabalhista E Previdenciária. Contabilidade E Orçamento Público ALUNO: CICERO SERGIO LEITE DE LIMA – RA: 9022004282 JUAZEIRO DO NORTE -CE 2017 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA: COMTABILIDADE GERAL ETAPA: 1 Trabalho apresentado pelos alunos da 6º serie do curso de Ciências Contábeis as diciciplinas norteadoras Contabilidade Tributária Gerenciamento Estratégico De Custos Laboratório De Gestão Contábil Legislação Social, Trabalhista E Previdenciária. Contabilidade E Orçamento Público. Juazeiro do Norte -CE 2017 Introdução O trabalho apresentado aqui irá expressar de forma simples, porém objetiva a importância do uso da Escrituração contábil, demostrando principalmente as classificações das contas, os lançamentos, balancetes de verificações e o balanço patrimonial que serão aplicados na empresa Pedal Certo Comercial De Bicicletas e Assessórios LTDA. 2. Histórico Empresa de grande porte, atuante no mercado há mais de vinte anos, cuja maior preocupação é fornecendo produtos de alta qualidade para o mercado interno , externo e setor público. Atualmente conta com 1850 colaboradores em diversos níveis e um a carteira de clientes e fornecedores fixos. O presidente da empresa solicitou à equipe que fossem apresentados possíveis cenários futuros com o objetivo de definir o orçamento e novas projeções para o ano de 2016 , salientando a realidade do país no presente momento, sendo eles: aprofundamento da crise financeira internacional, crise migratória, crise política brasileira levando a escassez de recursos f inanceiros, aumento das taxas de cu sto de capital, desequilíbrio n a taxa de cambio e d iminuição das vendas. Com o objetivo de traçar novas me tas, o Sr. Presidente solicitou que os diretos apresentassem propostas que auxiliassem na redução de custos, pois haverá uma redução de vendas de 30% no mercado interno, as vendas para o exterior se manterá e o preço de venda será mantido. 2.1. Tributos sobre vendas É a obrigação imposta aos indivíduos e pessoas jurídicas de recolher valores ao Estado, ou entidades equivalentes, tribos e grupos revolucionários. Art. 3. “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (Apud OLIVEIRA, 2008, p. 7)”. Atualmente, as empresas podem tributar o seu resultado tendo como base uma das seguintes opções: Lucro Real, Lucro Presumido, Simples Nacional ou Lucro Arbitrado. A opção adotada determinará a fo rma de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Juríd ica (IRPJ) e d a Contribuição So cial sobre o Lucro Líquido (CSLL). 2.1.1. Lucro Real Qualquer empresa pode o ptar pelo Lucro Real, independentemente do seu porte ou ramo de atividade. Sua principal característica é a apuração dos tributos tendo como base o resultado determinado através da contabilidade e, ocorrendo prejuízo fiscal, não serão apurados IRPJ e CSLL, ou seja, o prejuízo poderá ser compensado com futuros lucros, sempre observando o limite máximo de 30% do lucro real. 2.1.2. Lucro Presumido Empresas com receita bruta total, no ano -calendário anterior, de até R$ 4 .000.000,00, cujas atividades não sejam de instituições financeiras ou equiparadas e nem obtenham resultados oriundos do exterior (estes são os principais impedimentos), não podem optar pelo lucro presumido. A principal característica desta sistemática de tributação é que a base de cálculo do IRPJ e da CSLL é apurada a partir de percentuais de presunção de lucro aplicados sobre a receita bruta auferida no trimestre, sendo o resultado acrescido das receitas financeiras e ganhos de capital não decorrentes da atividade operacional da pessoa jurídica. Portanto, as receitas e ganhos que não decorram da a tividade operacional da empresa , são incluídos na base de cálculo sem aplicação dos percen tuais de presunção do lucro, ou seja, integralmente. O fato de a empresa apurar contabilmente eventual prejuízo, mesmo assim deverá calcular IRPJ e CSLL a partir do lucro presumido extraído da receita bruta. O percentual de presunção do lucro, tanto para cálculo do IRPJ quanto da CSLL, varia em função da atividade da empresa. 2.1.3. Simples Nacional Empresas com receita bruta até R$ 2,4 milhões (o limite deve ser elevado para R$ ,6 milhões) e que não se enquadrem em alguma das mais de vinte exceções, podem optar por tributar seus lucros pelo Simples Nacional. A principal característica é a simplificação da apuração e a substituição do IRPJ , CSLL, PIS, COFINS, INSS sobre a folha de pagamento (parte da empresa ), IPI, ICMS e ISS por uma alíquota única. 2.1.4. Lucro Arbitrado. A doação do Lucro Arbitrado como b ase para a tributação ocorre geralmente por iniciativa do Fisco, nos casos em que a empresa tenha sua escrituração contábil ou mercantil de squalificadas, sendo, por algum motivo, considerada sem valor ou inidônea, ou então, em casos específicos, por iniciativa da própria empresa. O arbitramento por conta do contribuinte pode ocorrer em casosfortuitos ou de força maior devidamente comprovado, conforme definição da legislação civil, e desde que conhecida a receita bruta. Nesses casos, a determinação das bases de cálculo de IRPJ e CSLL são semelhantes à do Lucro presumido, com acréscimo de 20%. 2.1.4. Regime de Incidência Não Cumulativa. Os regimes de incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS foram instituídos em dezembro de 2002 e fevereiro de 2004, respectivamente. O diploma legal da Contribuição para o PIS/PASEP não cumulativa é a Lei 10.637/2002, e o da COFINS a Lei 10.833/2003.Neste regime é permitido o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos da pessoa jurídica. Nesse regime, as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS são, respectivamente, de 1,65% e de 7,6%. As pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no Lucro Real estão sujeitas à incidência não cumulativa, exceto: as inst ituições financeiras, as cooperativas de crédito, as pessoas jurídicas que tenham por o bjeto a se curitização de créditos imobiliários e financeiros, as operadoras de planos de assistência à saúde, as empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores de que trata a Lei 7.102/1983, e as sociedades coope rativas (exceto as sociedades coope rativas de produção a gropecuária e as sociedades cooperativas de consumo). 2.1.5 tabela de tributos sobre vendas TABELA DE TRIBUTOS SOBRE VENDAS CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO REGIME NORMA N° NORMA TIPO L. PRESUMIDO L. REAL NÃO CUMULATIVIDADE CUMULATIVIDADE LEIR KANDIR 87/1997 ICMS 18% DECRETO LEI 37 IMPOSTO DE IMPORTÇÃO DECRETO LEI 1578 IMPOSTO DE EXPORTAÇÃOLEI 10.637/002 PIS 1% 1.65% 1.65% 1% LEI 10.833/2003 CONFINS 3% 7.6% 7.6% 3% LEI 7.689 CSLL 12 ou 32 % 9% LEI 9.430/1996 IRPJ DECRETO LEI 7212/2010 IPI incide sobre a saída d e produtos de fabricaç ão própria pelo estabelecimento produ tor, im portador e/ou equipa rado a industrial. A alíquota varia de acordo com o produto industrializado. 3. Práticas trabalhistas. A legislação trabalhista existe para proteger o trabalhador que empreende seus esforços em busca de um objetivo comum com o em pregador, e de seu salário obtém o sustento próprio e de sua família. Portanto o trabalho tem uma crucial importância social, e o Estado também tem o dever de proteger suas relações. Para evita reclamações trabalhistas, o empregador deve cum prir estritamente a legislação trabalhista vigente. As leis trabalhistas no B rasil, embora tenham origem anterior, nascem no governo de Getúlio Vargas. A partir do ano de 1930, Vargas uniu um grupo de juristas e legisladores para elaborar uma Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT. Logo aba ixo veremos algumas tabelas com os principais itens que compõem a folha de agamento e rescisão contratual. Tabela Prática Trabalhista da Folha de Pagamento Norma N° Norma Proventos Descrição Artigo Nº 463 – CLT de 198 3 Salário importância fixa estipulada, dada como contraprestação mínima, devida e paga pelo empregador. Artigo Nº 129 e 130 – CL T Férias Encargo da empresa para com o empregado que consiste na remuneração sem a correspondente força de trabalho Lei - Artigo Lei nº 5.452 Art. 59 Horas Extras O adicional de horas extras é devido pelo trabalho extraordinário à razão de pelo menos 50% sobre a hora normal. Norma NR 16 Adicional de Periculosidade É um valor devido ao emprega que é exposto a uma atividade perigosa. Lei - Artigo Lei nº 6.514 Art. 189 a 194 Adicional de Insalubridade A insalubridade é definida pela legislação em função do tempo de exposição do agente nocivo, levando em conta ainda o tipo de atividade desempenhada pelo empregado no curso de sua jornada de trabalho. Decreto- Lei e Artigo Decreto-Lei nº 5.452/ 43 Art. 73 Adicional Noturno É uma forma de reconhecimento de que as jornadas de trabalhos noturnos costumam ser mais desgastantes e prejudiciais ao corpo humano. Por isso, não há apenas uma remuneração extra para atividades realizadas neste horário, mas a própria hora de trabalho é reduzida. Lei Lei nº 5.559 Salário Família Pagamento adicional que o trabalhador recebe em empresa privada, mista ou pública, em função do número de seus dependentes. Decreto- Lei Decreto Lei nº 57.155/65 13º Salário Gratificação de natal para os trabalhadores, ela corresponde a um mês não trabalhado. Artigo Nº 473 – CLT Faltas e Atrasos Quando o funcionário não justifica a sua ausência ou chega depois do horário de entrada. Artigo Nº 578 a 591 – CLT Contribuição Sindical Possui natureza tributária e é recolhida compulsoriamente pelos e mpregadores no mês de Janeiro e pelos empregados no mês de Abril de cada ano. Lei Lei nº 8.212/1991 e 8.213/1991 INSS Contribuição devida a Previdência Social. Os percentuais variam conforme o salário de contribuição, limitado a um teto máximo, podendo ser de 8%, 9% e 11 %. Lei Lei nº 7.713 IRPF É um imposto fed eral brasileiro q ue incide sobre todas as pessoas que tenham obtido um ganho Acima de um determinado valor mínimo. Decreto- Lei Decreto-Lei nº 89.684/90 FGTS O empregador deve depositar mensalmente em uma conta bancária aberta em nome do trabalhador na Caixa Econômica federal um valor correspondente a 8% do valor de seu salário. 4. Projeção de vendas É a previsão feita pela empresa para o montante de receitas que espera receber em um determinado período futuro. É através dela que a empresa geralmente inicia o seu planejamento, inclusive porque são a partir das vendas que são derivadas todas as demais projeções e simulações. Realizamos para a empresa uma projeção e vendas com as reduções propostas pelo diretor de vendas para aprovação da presidência e conselho administrativo. 5. Rescisões A rescisão de contrato de trabalho é a formalização do fim do vínculo empregatício, ou seja, aponta o término da relação de trabalho por vontade do empregado ou do empregador. Realizamos a projeção para rescisão contratual dos colaboradores para efeito de corte de custos. Os desligamentos serão realizados em três etapas, Janeiro, Fevereiro e Março. Os Funcionários demitidos não possuem períodos aquisitivos de férias e o saldo do FGTS na data da rescisão é de 5 salários do colaborador. Os mesmos não possuem dependentes. Quadro de demissões: DEPARTAMENTO Nº DE DEMITIDOS Salário Médio Janeiro Fevereiro Março PRODUÇÃO M.O.D. 50 50 50 4.209 ADMINISTRATIVO 12 12 12 4.200 COMERCIAL 0 0 0 1,5% do valor da venda líquida. 6. DRE projetada A demonstração do resultado do exercício ( DRE) é uma demonstração contábil que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um exercício, através do confronto das receitas, custos e despesas, apuradas seguindo o princípio contábil do regime de competência. Uma DRE, portanto, vai confrontar os indicadores de receitas, despesas, Investimentos, custos e provisões apurados, evidenciando a formação do resultado líquido da empresa na ocasião. Para fins legais, basta cumprir a DRE anualmente, mas não é incomum que sejam feitas DRE mensais simplificadas para fins administrativos e DRE trimestrais para o monitoramento dos gastos fiscais. Para análise da presidência da empresa e conselho, foi anexado DRE projetada dos anos anteriores correspondente à 2016. Demostração do Resultado do Periodo AN O 2 0 1 6 AN O 2 0 1 5 VALOR AV % AH% VALOR AV % AH% REC EITA L ÍQUIDA 482,335,198 100 -23 622.370,200 100 100 Custo dos Produtos Vendidos 304.442,458 63,12 -176 -398.150,200 -63,97 100 L UCRO BRUTO 177.892,740 36,88 -21 244.220,000 36,03 100 DESPESAS OPERACIONIS 70.040,942 14,52 -190 -78.001,900 -12,53 100 Despesas com Vendas 36.300,762 7,53 -185 -42.890,200 -6,89 100 Des pesas Administrativas 33.740,180 7,00 -200 -33.801,300 -5,43 100 Outras Despesas -1.310,400 -0,21 100 LUCRO ANTES DAS DESPESAS DINANCEIRAS 107.851,798 22,36 -26 146.218,100 23,49 100 Receitas / Despesas Financei ras Líquidas 269.637,035 55,90 -199 271.537,800 -43,63 100 L UC RO OPERACIONAL 161.785.237 -33,54 29 -125.319,700 -20,14 100 Contribuição Social e I RPF 0,00 100 L UC RIO L ÍQUIDO 161.785,237 -33,54 29 -125.319,700 -20,14 100 6.1. Análise verticval e horizotal da DRE Análise Vertical mostra a importãncia relativa de cada conta dentro da demonstração e, através da comparação com padrões do ramo de atuação ou com as relações da própria empresa em anos anteriores, permite inferir se há itens fora das proporções usuais. A Análise Horizontal relaciona cada conta da demonstração financeira com sua equivalente de exercícios anteriores. Mede,então, a evolução das contas ao longo de dois ou mais exercícios, permitindo uma ideia de tendência futura. Em nossa análise vertical da DRE apresentada constatamos que o prejuízo não retrocedeu, pelo contrário o mesmo aumentou de 20% em 2015 para 33% em 2016. Esse prejuízo se deve em parte pela redução do valor da receita líquida e alto valor do custo de mercadorias vendidas que praticamente não teve alteração. A análise horizontal nos mostra que mesmo com as reduções de custos que foram propostas pela direção os índices ainda continuam bem negativos. 7. Considerações finais Levando em consideração as projeções apresentadas, a empresa não tem apresentado lucro desde o ano de 2015 . Após todas as medidas propostas ao conselho, verificamos que a empresa ainda não obteve os resultados esperados para a melhora da sua saúde financeira. A situação da empresa neste momento se deve aos altos índices tributários muitos deles gerados pela matéria prima utilizada para produção da mesma. Recomendamos que a empresa realize uma estruturação em todos os se tores, busque alternativas para diminuição das taxas tributarias e diminuição nos custos gerais , realizar projeções de crescimento e diminuição do endividamento para em média 36 meses. Como controller, adotaríamos a alavancagem dos investimentos, pois, se não houvesse o pagamentos dos tributos à empresa faturaia em torno de R$ 48.309.780,00 anuais. 8. Conclusão Este trabalho teve com objetivo análise das demosntrações de anos anteriores e construção de projeções de vendas, folha de pagamento, estoque, DRE e crédito tributário de uma empresa que está passando por uma crise. Após feita as projeções com as reduções propostas constatamos que a empresa ainda continuaria não tendo lucro, pois o valor dos custos ainda continuam altos. 9.Referências bibliográficas -NASCIMENTO, Amaury M. Iniciação ao Direito do Trabalho. 38. Ed. São P aulo: LTR. -REZENDE, Amaury 3.; PEREIRA, Carlos A.; ALENCAR, Rob erta C. -Contabilidade T ributária: Entendendo a Lógica do s Tributos e seus Ref lexos sobre os Resultados das Empresas. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010. PLT 560. -KOHAMA, Hélio. Con tabilidade Pública Teoria e Prática. 12. Ed. São Paulo: Atlas, 2012. PLT 729. -https://www.youtube.com/watch?v=O7lhcuHGwrk (CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS) ACESSO EM 20.09.207
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