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LETRA DE CÂMBIO - DIREITO EMPRESARIAL

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LETRA DE CÂMBIO 
Aula: 09 
2017.2 
DIREITO EMPRESARIAL II 
 
PLANO DE ENSINO 
UNIDADE IV 
 
4.1. Letra de Câmbio. 
4.1.1 Da criação e emissão da Letra de Câmbio. 
4.1.2 Requisitos Intrínsecos . Formais . 
4.1.3. Figuras intervenientes. 
4.1.4. Letra de Câmbio Financeira. 
História da Letra de Câmbio 
 
 Segundo Fran Martins, a origem da letra de câmbio não 
está devidamente esclarecida, dela só tendo maior 
conhecimento a partir da Idade Média. Costuma a história 
desse título ser dividida em três períodos: 
➔ o primeiro chamado de período italiano, que vai da 
Idade Média ao último quartel do século 17; 
➔ o segundo, período francês, das Ordenanças do 
Comércio de 1673, até meados do século 19; 
➔ e o último, período alemão, de 1848 aos dias atuais. 
História da Letra de Câmbio 
PERÍODO ITALIANO - Dada a diversidade das moedas 
existentes, havia necessidade de um instrumento que 
possibilitasse a troca de diferentes moedas, com o intuito 
de realizar negócios. Surgiu, assim a operação de câmbio 
ou troca de moedas, exercida pelos cambistas ou 
banqueiros, pessoas que se especializavam nessas 
atividades. A troca de moedas por moedas constituía o 
chamado câmbio manual, sendo a operação 
imediatamente liquidada. Os mercadores com receio de 
regressar as sua terras de origem conduzindo avultadas 
quantias em dinheiro, depositavam as mesmas nas mãos 
dos banqueiros, estabelecendo com esses que tais 
importâncias convertidas em moedas diversas deveriam 
ser entregues em outros lugares que não aqueles em que 
eram depositadas. 
História da Letra de Câmbio 
PERÍODO ITALIANO 
Para atestar o depósito, os banqueiros emitiam um 
documento (quirógrafo), carta, em que convertida as 
moedas, declaravam que pagariam a soma mencionada no 
lugar designado. 
Essa carta, que era uma ordem de pagamento, deu origem 
à letra de câmbio. 
Esse pagamento poderia ser realizado pelo próprio 
banqueiro ou por seus correspondentes naqueles outros 
lugares. O pagamento era feito ao depositante, cujo nome 
constava do documento, ou a pessoa por esse indicado, 
que funcionava como seu representante. 
História da Letra de Câmbio 
 
PERÍODO FRANCÊS - Neste período não era o depósito 
em mãos do banqueiro que dava origem à letra, poderia 
ser qualquer importância que o sacado devia ou poderia 
dever, futuramente, ao sacador, proveniente de qualquer 
transação, como por exemplo, o fornecimento de 
mercadoria, possibilitava a emissão de letra. 
 A principal característica deste período foi a 
transformação da letra de câmbio em um instrumento de 
pagamento, pelas facilidades criadas para a sua 
circulação, com adoção da cláusula à ordem e do endosso 
e pela vinculação do sacado à obrigação, com o aceite. 
 
História da Letra de Câmbio 
 
PERÍODO ALEMÃO - A partir do início do século 19, os 
jurista começaram a estudar mais profundamente a letra 
de câmbio e novas interpretações foram dadas ao seu 
conteúdo. Foi nesse período que a letra de câmbio passou 
a ser considerada como um verdadeiro título de crédito, 
que vale por si próprio de acordo com a vontade 
manifestada pelo subscritor, não mais como um simples 
meio de pagamento. 
 
O direito do seu possuidor é autônomo e abstrato, 
independente da relação fundamental, ou seja, do negócio 
que, por acaso, deu origem à letra. 
RESUMO DA EVOLUÇÃO 
 Divide-se em três períodos. 
Período Fatos Marcantes 
 Italiano os banqueiros emitiam um documento (quirógrafo), carta, em 
que convertida as moedas, declaravam que pagariam a soma 
mencionada no lugar designado. Surge o aval. 
Francês A principal característica foi a transformação da letra de 
câmbio em um instrumento de pagamento, de um contrato de 
fácil circulação, com adoção da cláusula à ordem. 
Regulamenta-se o endosso. 
 Alemão A letra de câmbio passou a ser considerada como um 
verdadeiro título de crédito, formal, literal e abstrato, que vale 
por si próprio de acordo com a vontade manifestada pelo 
subscritor. A cláusula à ordem é implícita. 
 
LEGISLAÇÃO – BRASILEIRA 
 
São dois diplomas legais que regulam a letra de câmbio: 
A chamada Lei Saraiva – Dec.n°2044 de 31 de Dezembro de 
1908 que foi derrogado (revogação parcial) pela Convenção 
de Genebra, também conhecida como Lei Uniforme (Decreto 
57.663/66) O Código Civil de 2002 tem valor supletivo (art. 
903). 
O Brasil não aceitou na sua totalidade o texto de Genebra. 
As reservas foram feitas nos arts. 2,3,5,6,7,9,10, 13,15,16, 
17, 19 e 20 do Anexo II, os quais são regulados por lei 
nacional, Conforme art. 1º do Dec.57.663/1966. 
OBS.: A letra de câmbio é mais usada em operações de 
crédito entre financiadoras e comerciantes, enquanto em 
operações mercantis internas a prazo o título mais comum é 
a duplicata. 
Letra de Câmbio 
 Art. 1º D 2.044/1.908 *. A letra de câmbio é uma ordem de 
pagamento e deve conter requisitos, lançados, por extenso, no 
contexto: 
I. A denominação “letra de câmbio” ou a denominação 
equivalente na língua em que for emitida. 
II. A soma de dinheiro a pagar e a espécie de moeda. 
III. O nome da pessoa que deve pagá-la. Esta indicação pode 
ser inserida abaixo do contexto. 
IV. O nome da pessoa a quem deve ser paga. A letra pode ser 
ao portador e também pode ser emitida por ordem e conta de 
terceiro. O sacador pode designar-se como tomador. 
V. A assinatura do próprio punho do sacador ou do mandatário 
especial. A assinatura deve ser firmada abaixo do contexto. 
Art. 2º D 2.044/1.908. Não será letra de câmbio o escrito a que 
faltar qualquer dos requisitos acima enumerados 
Conceito - Letra de Câmbio 
 
Amador Paes de Almeida - “a letra de câmbio é uma 
ordem de pagamento que o sacador dirige ao sacado 
para que este pague a importância consignada a um 
terceiro denominado tomador” 
 
Gladston Mamede - “a letra de câmbio é um 
instrumento de declaração unilateral de vontade, 
enunciada em tempo e lugar certos (nela afirmados), 
por meio do qual uma certa pessoa (chamada sacador) 
declara que certa pessoa (chamada sacado) pagará, 
pura e simplesmente, a certa pessoa (chamado 
tomador), uma quantia certa, num local e numa data – ou 
prazo especificados ou não” 
 
Letra de Câmbio 
 
Pressuposto para a criação da letra de câmbio: 
 
O pressuposto para a criação da letra de câmbio é a 
existência de direito de crédito de uma pessoa em relação 
à outra, e, com base nesse direito o credor (sacador), dá 
ordem de pagamento ao seu devedor na relação causal 
(sacado), para que lhe pague o valor no vencimento, 
especificados no título. 
Sujeitos da Letra de Câmbio 
Numa letra de câmbio, temos três figuras jurídicas distintas: 
 
1) Beneficiário/tomador ou favorecido - É aquele a quem se 
deve pagar. É conhecido como beneficiário ou tomador, ou 
ainda como favorecido. 
2) Sacador ou emitente - é aquele que ordena ao Sacado que 
faça o pagamento. O sacador deverá ter fundos disponíveis em 
poder do sacado, salvo convenção diferente entre eles. 
3) Sacado- É qualquer pessoa física ou jurídica onde o Sacador 
tenha fundos disponíveis. É aquele que deverá efetuar o 
pagamento. 
Letra de Câmbio 
As três situações jurídicas distintas na letra de câmbio 
não precisam, necessariamente, estar ocupadas por 
três pessoas diferentes. Pois, a Lei Uniforme admite, em 
seu art. 3.º, que a letra seja sacada: 
I- à ordem do próprio sacador - o sacador e o tomador 
são a mesma pessoa, ou seja, a letra é emitida por alguém 
em seu próprio benefício. 
II- sobre o própriosacador - o sacador e o sacado são 
a mesma pessoa, ou seja, a letra é emitida pelo sacado 
contra ele mesmo. 
III- Por ordem e conta de terceiro – As três figuras
jurídicas são ocupadas por sujeitos de direito também
distintos, ou seja, uma pessoa (sacador) ordena que 
alguém (sacado) pague a outrem (tomador). 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
Os requisitos essenciais, podem ser definidos em 
intrínsecos e extrínsecos. (arts. 1.º e 2.º da LUG). 
 
Requisitos intrínsecos da letra de câmbio (internos), 
também chamados subjetivos ou substanciais, são aqueles 
pertinentes a qualquer negócio jurídico, como capacidade, 
consentimento, forma e objeto idôneo (art. 104 CC). Se 
não respeitar tais requisitos, o título será nulo (validade). 
Art. 104 CC. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
Os requisitos essenciais, podem ser definidos em 
intrínsecos e extrínsecos. (arts. 1.º e 2.º da LUG) 
 
Requisitos extrínsecos essenciais - São aqueles que a 
LUG considera imprescindíveis para que o documento 
valha como uma letra de câmbio. Pois caso falte algum 
destes requisitos, não terá valor cambiário, mas tão 
somente servirá de início de prova para o direito comum. 
(art. 1° e art. 2° do Decreto 2.044/1908, c/c art. 889 CC). 
 
Art. 889 CC. Deve o título de crédito conter a data da 
emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a 
assinatura do emitente. 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
São requisitos extrínsecos essenciais: 
 
a) denominação "letra de câmbio" - cláusula cambiária 
(art. I, 1°, D 2.044/1.908). A expressão “letra de câmbio” 
deve estar inserida no próprio texto da letra de câmbio e na 
língua em que foi dada a ordem de pagamento. 
 
Não se admite abreviatura ou substituição da expressão 
letra de câmbio, em face da imposição taxativa da lei. Deve 
ser escrita na mesma língua em que está expressa a 
palavra pagará, ou, queira fazer o pagamento. 
 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
São requisitos extrínsecos essenciais: 
 
b)ordem incondicional de pagamento de quantia 
determinada (art. 1°, II D 2.044/1.908 - LUG). A ordem de 
pagamento deve ser pura e simples, não tendo lugar para a 
inserção de condições suspensivas ou resolutivas. 
A incondicionalidade do pagamento é pressuposto 
necessário para a circulação do título de crédito, assim uma 
cláusula impeditiva à circulação do título violaria o princípio 
da literalidade. A ordem de pagamento deve ser em quantia 
determinada, ou seja, aquela que corresponda a uma soma 
de dinheiro e o valor da letra, deve ser mencionada em
moeda nacional. 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
A jurisprudência admite a emissão da letra de câmbio e 
de qualquer outro título de crédito – em branco ou
incompleta. 
Esse entendimento, foi consolidado no Enunciado 387 da
súmula de jurisprudência dominante do STF, o qual “a
cambial emitida ou aceita com omissões ou em branco, 
pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da 
cobrança ou do protesto”. 
 
No mesmo sentido, dispõe art. 891,CC/02, “o título de
crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser 
preenchido de conformidade com os ajustes realizados”. 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
São requisitos extrínsecos essenciais: 
c) nome da pessoa que deve pagar - sacado (art. 1°, III 
D 2.044/1.908) Deve constar o nome da pessoa, natural ou 
jurídica, que irá pagar, ou seja, o sacado, que é a pessoa 
que recebe a ordem do sacador de pagar o título, baseada 
na relação de crédito que há entre os dois. 
O nome do sacado pode ser abreviado desde que 
possível a sua identificação. 
O nome do sacado pode constar em qualquer lugar do 
anverso do título, não sendo obrigatório que seja feita no 
texto. Se o sacado for incapaz absolutamente deverá 
indicar o representante legal, caso seja relativamente 
incapaz deverá o aceite ter também a assinatura do seu 
assistente. 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
São requisitos extrínsecos essenciais: 
 Pluralidade de sacados: quando várias pessoas são nomeadas 
sacadas pelo sacador ocorre a pluralidade de sacados. A LUG 
não trata da hipótese, mas o Decreto 2.044/1908 a admite no art. 
10 e art. 20, § 2º. Nesses casos a apresentação deverá ser 
sucessiva, ainda que os sacados tenham sido nomeados conjunta 
ou alternativamente. Assim, o portador fará a apresentação ao 
primeiro sacado e, se este não aceitar, será apresentado ao 
próximo sacado se este for domiciliado na mesma praça. 
 Art. 10 D 2.044/1908. Sendo dois ou mais os sacados, o portador deve apresentar a letra ao primeiro 
nomeado; na falta ou recusa do aceite, ao segundo, se estiver domiciliado da mesma praça; assim, 
sucessivamente, sem embargo da forma da indicação na letra dos nomes sacados 
Art. 20 D 2.044/1908. A letra deve ser apresentada ao sacado ou ao aceitante para o pagamento, no 
lugar designado e no dia do vencimento ou, sendo este dia feriado por lei, no primeiro dia útil imediato, 
sob pena de perder o portador o direito de regresso contra o sacador, endossadores e avalistas. (...) § 2º 
No caso de recusa ou falta de pagamento pelo aceitante, sendo dois ou mais os sacados, o portador 
deve apresentar a letra ao primeiro nomeado, se estiver domiciliado na mesma praça; assim 
sucessivamente, sem embargo da forma da indicação na letra dos nomes dos sacados 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
São requisitos extrínsecos essenciais: 
d) O nome do tomador/beneficiário ou à ordem de 
quem a letra deve ser pagas - (art. 1°, IV D 2.044/1.908) 
- aquele que irá receber o pagamento do título. A falta de 
menção do credor originário do documento causa total 
ineficácia para o direito cambiário, posto que a letra de 
câmbio ao portador poderia, concorrer com o papel moeda. 
O art. 1°, IV D 2.044/1.908 admitia os títulos ao portador 
("A letra pode ser ao portador"), mas temos a vedação 
expressa de "qualquer título" "ao portador" (art. 907 CC/cc 
art. 1° e art. 2° L 8.021/90) 
Art. 1° L 8.021/1990. A partir da vigência desta lei, fica vedado o pagamento ou resgate de 
qualquer título ou aplicação, bem como dos seus rendimentos ou ganhos, a beneficiário não 
identificado. 
Art. 2° L 8.021/90. A partir da data de publicação desta lei fica vedada: II - a emissão de títulos 
e a captação de depósitos ou aplicações ao portador ou nominativos-endossáveis; 
 Art. 907 CC/2002. É nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
São requisitos extrínsecos essenciais: 
e) assinatura do sacador (art. 1°, V D 2.044/1.908 e art. 1.8 
LUG). Da assinatura do sacador decorre a constituição do 
crédito, pois o sacador torna-se codevedor da letra de câmbio. 
Se o sacado não aceitar a ordem que lhe foi dirigida pelo 
sacador, ou tendo aceito não a cumpriu no vencimento, o credor 
poderá cobrar o sacador, uma vez atendidas as condições 
próprias do regime cambial 
 
Art. 11 D 2.044/1908. Para a validade do aceite é suficiente a simples assinatura do próprio punho do 
sacado ou do mandatário especial, no anverso da letra. Art. 14. D 2.044/1908. O pagamento de uma 
letra de câmbio, independente do aceite e do endosso, pode ser garantido por aval. Para a validade 
do aval, é suficiente a simples assinatura do próprio punho do avalista ou do mandatário especial, no 
verso ou no anverso da letra. 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
São requisitos extrínsecos essenciais:f) data do saque: requisito essencial previsto na LUG (art. 
1.7, LUG), mas não para o Decreto 2.044/1908 (art. 1°, D 
2.044/1908), não a considerava como requisito de validade 
do título. O dia e o ano podem ser escritos em algarismos, 
mas o mês deve ser por extenso. 
Art.1°. LUG. A letra contém: A indicação da data em que, e 
do lugar, onde a letra é passada 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
São requisitos extrínsecos não essenciais - supríveis: 
São aqueles que na sua ausência não afetam a validade do 
documento da letra de câmbio, pois, a própria lei irá suprir a 
ausência destes requisitos (art. 2º LUG): 
a) época do vencimento (o art. 889 do CC/02 seguiu a mesma 
orientação da LUG, art. 20, § 1º, primeira parte D 2.044/1908 e 
art. 2.2 LUG): Não contendo a Letra de Câmbio a época do 
vencimento, será considerada como pagável à vista, ou seja, 
título à vista é aquele que se vence com a sua apresentação. 
 
Art. 20. D 2.044/1908. A letra deve ser apresentada ao sacado ou ao aceitante para o pagamento, 
no lugar designado e no dia do vencimento ou, sendo este dia feriado por lei, no primeiro dia útil 
imediato, sob pena de perder o portador o direito de regresso contra o sacador, endossadores e 
avalistas. 
 § 1º Será pagável à vista a letra que não indicar a época do vencimento. Será pagável, no lugar 
mencionado ao pé do nome do sacado, a letra que não indicar o lugar do pagamento. 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
São nulas as letras com vencimentos diferentes ou sucessivos. 
 O Art. 33 LUG, estatui que a letra de câmbio pode ser passada 
ou emitida: à vista, a tempo certo da data, a tempo certo da 
vista; a dia certo 
 A vista; - é o que ocorre no ato de apresentação da letra ao 
sacado. O sacado toma conhecimento, vê a ordem que lhe é 
dada e se manifesta a respeito, ou acatando a ordem, o que 
fará pagando o título, ou recusando. A letra de câmbio à vista 
se vence no momento que é apresentada ao sacado, ela não 
tem data fixada para apresentação. 
A dia certo – no corpo da letra, vem especificando a data exata 
do pagamento. Somente nesse momento o proprietário, seja o 
tomador ou um endossatário, se o título passou de proprietário, 
tem o direito de exigir a importância nela mencionada. 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
O Art. 33 LUG, estatui que a letra de câmbio pode ser passada 
ou emitida: à vista, a tempo certo da data, a tempo certo da 
vista; a dia certo 
 A tempo certo da data - tem seu vencimento em dias, 
semanas, meses ou anos, a partir do dia de sua emissão. Não 
havendo dia correspondente ao do saque, vence-se no último 
dia do mês de pagamento. 
Ex.: o título foi emitido em 31 de dezembro para vencer-se em 
dois meses da data, que será fevereiro, porém este mês não 
tem o dia 31 a letra se vence dia 28 ou se o ano for bissexto, 29, 
último dia do mês de pagamento. 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
O Art. 33 LUG, estatui que a letra de câmbio pode ser passada 
ou emitida: à vista, a tempo certo da data, a tempo certo da 
vista; a dia certo 
 A tempo certo da vista - conta-se o prazo do vencimento 
tomando por base a data em que o título foi apresentado ao 
sacado e ele aceitou, isto é pôs a sua assinatura no título, com 
isso assumindo a obrigação de efetuar o pagamento na época 
determinada. A letra deve especificar um prazo para 
apresentação do título ao sacado, em regra um ano. (art. 22, I 
da LUG). Este prazo pode ser aumentado ou reduzido pelo 
sacador ou pelo endossante, conforme art. 23 da LUG. 
 
OBS.: se houver a recusa de aceite, ocorrerá o vencimento antecipado da letra de 
câmbio, situação em que ela se torna imediatamente exigível contra o seu sacador. 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
São requisitos extrínsecos não essenciais - supríveis: 
b) lugar do pagamento (art. 20, § 1º, segunda parte D 
2.044/1908 e art. 2.3 LUG): 
Trata-se de requisito acessório, porque, se não constar da letra 
de câmbio, a lei supre, considerando como sendo o lugar 
designado ao lado do nome do sacado, que presume ser o lugar 
do seu domicílio. 
Art. 2º LUG. O escrito em que faltar algum dos requisitos 
indicados no artigo anterior não produzirá efeitos, salvo nos 
casos determinados nas alíneas seguintes: Na falta de 
indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do 
sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento, e, ao 
mesmo tempo, o lugar do domicilio do sacado. 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
 Art. 20. D 2.044/1908. A letra deve ser apresentada ao sacado 
ou ao aceitante para o pagamento, no lugar designado e no dia 
do vencimento ou, sendo este dia feriado por lei, no primeiro dia 
útil imediato, sob pena de perder o portador o direito de 
regresso contra o sacador, endossadores e avalistas. 
§ 1º Será pagável à vista a letra que não indicar a época do 
vencimento. Será pagável, no lugar mencionado ao pé do nome 
do sacado, a letra que não indicar o lugar do pagamento. 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
São requisitos extrínsecos não essenciais - supríveis: 
c) lugar do saque (artigo 1º, nº 7 LUG): que da letra deve 
constar a indicação da data e do lugar onde a letra é passada. 
A data é requisito essencial, já o lugar, admite a lei que na 
ausência de menção, será considerada como tendo sido emitida 
no lugar designado ao lado do nome do sacador. Havendo 
omissão do lugar do domicílio do sacador, a letra não terá os 
efeitos da letra de câmbio,( Art. 2º LUG). 
 
 
Requisitos para emissão da Letra de Câmbio 
São requisitos extrínsecos não essenciais - supríveis: 
c) lugar do saque 
 
 O STF Considera ainda vigente o artigo 54, § 1º do Decreto 
2.044/1908, de forma que, em sendo omisso o local ao lado do 
nome do sacador, não será caso de nulidade do título, porque, 
segundo o Decreto 2.044/1908, o portador poderá inserir o local 
do saque. 
Súmula 387 STF - Cambial Emitida ou Aceita com Omissões, ou 
em Branco - Complementação pelo Credor de Boa-Fé antes da 
Cobrança ou do Protesto. A cambial emitida ou aceita com 
omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de 
boa-fé antes da cobrança ou do protesto. 
 
 
 
Prescrição da Letra de Câmbio 
  O não pagamento da letra no vencimento legitimará a execução forçada 
do crédito mencionado no título, devendo o credor-exequente observar 
os limites temporais para a execução direta. (art. 70 da LUG) 
 
 QUADRO COMPARATIVO DOS PRAZOS PRESCRICIONAIS 
 
 
 
Devedor cobrado Prazo prescricional A contar 
Contra aceitante e avalista 3 anos Do vencimento 
Contra sacador, endossante 
e avalistas 
1 ano Do protesto ou do vencimento se 
houver a cláusula sem despesa 
Endossantes uns contra os 
outros ou contra o sacador 
6 meses Do pagamento da letra ou do 
ajuizamento de ação contra o 
endossante 
 Letra de Câmbio Financeira 
São aquelas que podem ser emitidas pelas instituições 
financeiras, que são controladas pelo Banco Central, espécie de 
título público, estão autorizadas a sacar, emitir ou aceitá-las. 
O valor principal mencionado na letra fica sujeito à correção 
monetária. 
A letra deve ser emitida por ordem e conta de terceiros. 
Letra do Banco Central – é emitido com objetivo de servir de 
instrumento de política monetária, com base na lei. 4.595/64. 
Letra do Tesouro Nacional – é emitida para a cobertura de 
déficit orçamentário, assim como para a realização de 
operações de crédito por antecipação de receita. 
Trazer este caso concreto no dia 28/09/2017, 
Devidamente fundamentado, (vale até 01 ponto para 
a AV I) 
Lauro emitiu uma notapromissória com vencimento a 
dia certo em favor da sociedade empresária W Corretora 
de Imóveis Ltda. Embora o título esteja assinado pelo 
emitente, nele não constam a data e o lugar de emissão. 
Há cláusula de juros remuneratórios, com fixação de 
taxa anual de 12%. Antes do vencimento, o título 
recebeu aval em branco prestado por Pedro, irmão de 
Lauro. Sendo certo que os dados omitidos na nota 
promissória não foram preenchidos pela sociedade 
empresária antes da cobrança judicial. Analise a questão 
com base no estudo do Direito Cambiário. 
DISCIPLINA 
EXERCÍCIO 
01- . Na Letra de Câmbio, o aceite é declaração do 
 
a) ( )sacado, comprometendo-se a pagar o título no seu 
vencimento. 
b) ( )endossante, comprometendo-se a pagar o título no 
seu vencimento. 
c) ( )sacador, reconhecendo a operação mercantil 
realizada e comprometendo-se a pagar o título no seu 
vencimento. 
d)( ) terceiro beneficiário, reconhecendo a operação 
mercantil realizada e o seu valor. 
EXERCÍCIO 
 1- João Garcia emite, em 17/10/2010, uma Letra de 
Câmbio contra José Amaro, em favor de Maria 
Cardoso, que a endossa a Pedro Barros. O título não 
tem data de seu vencimento. Diante do caso 
apresentado, na condição de advogado, responda aos 
itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos 
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao 
caso. 
a) Pedro poderá exigir o pagamento da letra de câmbio 
em face da omissão da data do seu vencimento? 
b) Que efeitos podem ser verificados com a 
transmissão do título por meio do endosso? 
 
 
EXERCÍCIO – 
 2- Em 9 de novembro de 2010, João da Silva adquiriu, de Maria 
de Souza, uma TV de 32 polegadas usada, mas em perfeito 
funcionamento, acertando, pelo negócio, o preço de R$ 1.280,00. 
Sem ter como pagar o valor integral imediatamente, lembrou-se 
de ser beneficiário de uma Letra de Câmbio, emitida por seu 
irmão, José da Silva, no valor de R$ 1.000,00, com vencimento 
para 27 de dezembro do mesmo ano. Desse modo, João ofereceu 
pagar, no ato e em espécie, o valor de R$ 280,00 a Maria, bem 
como endossar a aludida cártula, ressalvando que Maria deveria, 
ainda, na qualidade de endossatária, procurar Mário Sérgio, o 
sacado, para o aceite do título. Ansiosa para fechar negócio, Maria 
concordou com as condições oferecidas e, uma semana depois, 
em 16 de novembro de 2010, dirigiu-se ao domicílio de Mário 
Sérgio, conforme orientação de João da Silva... 
EXERCÍCIO – 
 .... Após a vista, porém, Maria ficou aturdida ao constatar que 
Mário Sérgio só aceitou o pagamento de R$ 750,00, justificando 
que esse era o valor devido a José. Sem saber como proceder dali 
em diante, Maria o(a) procura, como advogado(a), com algumas 
indagações . Com base no cenário acima, responda aos itens a 
seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a 
fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) É válida a limitação do aceite feita por Mário Sérgio ou estará 
ele obrigado a 
pagar o valor total da letra de câmbio? 
b) Qual é o limite da responsabilidade do emitente do título? 
c) Quais as condições por lei exigidas para que ele fique obrigado 
ao pagamento? 
CASO CONCRETO 
03- CASO CONCRETO: Augusto comprou de Bernardo um apartamento 
no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) que, com o crédito 
venda de seu imóvel, também comprou um apartamento, pelo mesmo 
valor, de seu amigo Cardoso. Por ter ouvido falar em um título capaz de 
vincular todas as partes, Bernardo lhe procura para prestar as 
seguintes orientações: 
1. É possível a emissão de uma letra de câmbio, a fim de vincular 
augusto ao pagamento e ainda assim dar garantia a Cardoso? 
2. por nunca ter visto uma letra de câmbio, questiona acerca dos 
requisitos necessários para validade do título em tela. 
 
4- QUESTÃO OBJETIVA: Não é requisito essencial da letra de câmbio: 
 a) Época do pagamento; 
 b) Valor 
 c) Assinatura do emitente; 
d) Cláusula à ordem

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