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DIR AULAS DE 9 A 16 CCJ 0214 PORT. INSTRUM.

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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL I - CCJ0214
Semana Aula: 9
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS: ASPECTOS GERAIS
Tema
Mecanismos de coesão textual: referencial, sequencial e recorrencial.
Palavras-chave
Coesão referencial - Coesão sequencial - Coesão recorrencial.
Objetivos
Compreender a coesão como uma das marcas da textualidade.
Reconhecer os tipos de coesão: referencial, sequencial e recorrencial.
Empregar adequadamente os elementos de coesão referencial e sequencial.
Reconhecer os dois tipos de referência: anáfora e catáfora.
Empregar os elementos anafóricos e catafóricos na construção da coesão e coerência textuais.
Empregar os pronomes demonstrativos referindo-se a elementos em relação ao tempo, ao espaço e ao discurso.
Empregar os pronomes relativos que, o qual, cujo, onde e flexões como um recurso de coesão e coerência textuais.
Estrutura de Conteúdo
1. Mecanismos de coesão textual.
1.1 Referencial: substituição e reiteração
1.2 Sequencial: sequenciação temporal e sequenciação por conexão
1.3 Recorrencial
Estratégias de Aprendizagem
Explicar ao aluno que a COESÃO textual volta-se para os mecanismos linguísticos que permitem uma sequência lógico-semântica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases, parágrafos. Entre os elementos que garantem a coesão de um texto, têm-se:
a) as referências e as reiterações: Este tipo de coesão acontece quando um termo faz referência a outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi dito antes ou quando uma palavra é substituída por outra que possui com ela alguma relação semântica. Alguns destes termos só podem ser compreendidos mediante estas relações com outros termos do texto, como é o caso da anáfora e da catáfora.
b) as substituições lexicais (elementos que fazem a coesão lexical): este tipo de coesão acontece quando um termo é substituído por outro dentro do texto, estabelecendo com ele uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, ou mesmo quando há a repetição da mesma unidade lexical (mesma palavra).
c) os conectores (elementos que fazem a coesão interfrásica): Estes elementos coesivos estabelecem as relações de dependência e ligação entre os termos, ou seja, são conjunções, preposições e advérbios conectivos.
d) a correlação dos verbos (coesão temporal e aspectual): consiste na correta utilização dos tempos verbais, ordenando assim os acontecimentos de uma forma lógica e linear, que irá permitir a compreensão da sequência dos mesmos.
São os elementos coesivos de um texto que permitem as articulações e ligações entre suas diferentes partes, bem como a sequenciação das ideias.
A COERÊNCIA, por sua vez, é a relação lógica entre as ideias, fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo significativo que é o texto.
Trabalhar, em sala de aula, com estes três princípios básicos acerca da Coerência:
·      Princípio da Não Contradição: em um texto não pode haver situações ou ideias que se contradigam entre si, ou seja, que quebrem a lógica.
·      Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de linguagem que consiste na repetição de alguma ideia, utilizando palavras diferentes. Um texto coerente precisa transmitir alguma informação, mas quando há repetição excessiva de palavras ou termos, o texto corre o risco de não conseguir transmitir a informação. Caso ele não construa uma informação ou mensagem completa, então ele será incoerente.
·      Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se relacionam entre si, acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa coerência individual. Sendo assim, a representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere o princípio da relevância, e trazem incoerência ao texto.
Outros dois conceitos importantes para a construção da coerência textual são a continuidade temática e a progressão semântica.
Há quebra de continuidade temática quando não se faz a correlação entre uma e outras partes do texto (quebrando também a coesão). A sensação é que se mudou o assunto (tema) sem avisar ao leitor.
Já a quebra da progressão semântica acontece quando não há a introdução de novas informações para dar sequência a um todo significativo (que é o texto). A sensação do leitor é que o texto é demasiadamente prolixo, e que não chega ao ponto que interessa, ao objetivo final da mensagem.
Indicação de Leitura Específica
LEITE, Maria Tereza de Moura; PALADINO, Valquíria da Cunha. Português Instrumental. Rio de Janeiro: Estácio, 2014. Capítulo 3 - Coesão e coerência, p. 138-153.
Aplicação: articulação teoria e prática
Questões objetivas:
Questão 1
Os elementos coesivos são responsáveis pela construção do sentido nos enunciados abaixo. Numere a coluna A de acordo com a coluna B.
Coluna A
a. (   ) Todos saíram, porque o edifício pegou fogo.
b. (   ) Podemos passear, logo que o tempo melhorar.
c. (   ) Ficava rico à medida que  trabalhava sério.
d. (   ) Fez o trabalho conforme o professor orientou.
e. (   ) A conta de luz está cara; portanto vamos economizar energia.
f. (   ) João não só  é competente  como também é interessado.
Coluna B 
1. Exprime uma noção de conformidade;
2. Exprime noção de proporcionalidade;
3. Exprimem noção de adição;
4. Exprime uma noção de causalidade;
5. Exprime noção temporal;
6. Exprime uma conclusão. 
Questão 2
 Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado. 
RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.
 Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:
a) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava ‘influência dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper [...]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.”
 Questões discursivas: Questão 1
Reescreva as frases abaixo, reunindo-as em um só período. Elimine a repetição de palavras, empregando um pronome relativo.
1. Este técnico foi expulso do jogo. O técnico ofendeu o juiz.
2. O empresário foi preso. Eu me refiro ao empresário.
3. Aprecio aquele autor. As peças daquele autor são críticas.
4. O livro é uma narrativa fantástica. Estou impressionado com sua repercussão entre adolescentes.
5. Mandaram a correspondência para o arquivo. O arquivo fica no primeiro andar.
6. Vi o candidato na assembleia. Indignei-me com suas palavras.
 Questão 2
Explique a coesão estabelecida na sequência numérica.
"Arthur Antunes Coimbra (1) é o maior nome da história do Flamengo. Desde a infância passada no subúrbio carioca, o jovem Zico (2) já se revelava um talento incomum para o futebol. Só havia um problema: o Galinho de Quintino (3) era um tanto franzino para um esporte que cada vez mais exigia preparo físico. A saída foi submetê-lo (4) a uma intensa bateria de exercícios que o (4) tornaram um jogador completo, corpo e mente  integrados. Daí, para que ele (4) se tornasse o grande ídolo que todos conhecemos, foi apenas umpasso.
Por mais de uma década, o craque (5) colecionou títulos e alegrias para o seu (4) clube. Sua (4) única frustração, no entanto, foi nunca ter sido campeão do mundo pela seleção brasileira. Mesmo assim, as glórias conquistadas pelo campeão do mundo de 1981 (6) superaram de longe as decepções. Zico (7) ainda atuou como jogador pela Udinese, da Itália, e pelo Kashima Antlers, do Japão. Como técnico, (8) coordenou a seleção japonesa, o Fenerbahçe, da Turquia, e, atualmente, (8) comanda o CSKA de Moscou?.
Considerações Adicionais
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL I - CCJ0214
Semana Aula: 10
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS: MECANISMOS DE COESÃO
Tema Coesão textual. Coesão referencial. Coesão sequencial. Coesão recorrencial (continuação).
Palavras-chave
Coesão textual. Coesão referencial. Coesão sequencial. Coesão recorrencial.
Objetivos
Compreender a coesão como uma das marcas da textualidade.
Reconhecer os tipos de coesão: referencial, sequencial e recorrencial.
Empregar adequadamente os elementos de coesão referencial e sequencial.
Empregar os elementos anafóricos e catafóricos na construção da coesão e coerência textuais.
Empregar os pronomes demonstrativos referindo-se a elementos em relação ao tempo, ao espaço e ao discurso como recurso de coesão e coerência textuais.
Empregar os pronomes relativos que, o qual, cujo, onde e flexões como um recurso de coesão e coerência textuais.
Estrutura de Conteúdo
1. Mecanismos de coesão textual.
1.1 Referencial: substituição e reiteração.
1.2 Sequencial: sequenciação temporal e sequenciação por conexão
1.3 Recorrencial.
A partir dos correferentes, os outros alunos da sala terão que identificar a quem se refere à notícia. Além disso, discutirem quais termos são mais ou menos eficientes para se fazer referência às personalidades apresentadas.
Indicação de Leitura Específica
LEITE, Maria Tereza de Moura; PALADINO, Valquíria da Cunha. Português Instrumental. Rio de Janeiro: Estácio, 2014. Capítulo 3 - Coesão e coerência, p. 138-153.
Aplicação: articulação teoria e prática
Questões objetivas:
(TJ/SP - 2010 - VUNESP) Leia o texto para responder às próximas 3 questões.
Sobre os perigos da leitura
Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabilidade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam-se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de todas: "Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!". [...]
A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios pensamentos? ah, isso não lhes tinha sido ensinado!
Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.
(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado)
Questão 1
A palavra "a", em "...no entanto, não foi a esperada." (3.º parágrafo), refere-se a
(A) candidatos.
(B) pergunta.
(C) reação.
(D) falar.
(E) gostaria.
Questão 2
A expressão "um vazio imenso" (3.º parágrafo) refere-se a
(A) candidatos.
(B) pânico.
(C) eles.
(D) reação.
(E) esse campo.
Questão 3
As palavras que, no 3.º parágrafo, retomam o termo "os candidatos", são:
(A) eles, outros, próprios.
(B) eles, isso, próprios.
(C) aquilo, eles, seus.
(D) eles, lhes, sua.
(E) aquilo, isso, próprios.
 Questões discursivas:
Questão 1
A construção abaixo é ambígua. Reescreva-a de forma a eliminar a ambiguidade, escolhendo uma de suas leituras possíveis.
O deputado que tinha alegado imunidade parlamentar na semana passada foi preso.
 Questão 2
Reescreva o trecho a seguir empregando os sinais de pontuação adequados.
A evolução da família medieval para a família do século XVII e para a família moderna durante muito tempo se limitou aos nobres aos burgueses aos artesãos e aos lavradores ricos ainda no início do século XIX uma grande parte da população a mais pobre e mais numerosa vivia como as famílias medievais com as crianças afastadas da casa dos pais
 Questão 3
Conservando o sentido original, reescreva a frase abaixo, atendendo ao início proposto em cada item:
"Toda pessoa é um indivíduo singular, com desejos e interesses particulares, mas é também - potencialmente - um representante da humanidade." 
a) Apesar de
b) Embora
Considerações Adicionais
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL I - CCJ0214
Semana Aula: 11
CARACTERÍSTICAS E CONSTRUÇÃO DO TEXTO NARRATIVO E TEXTO DESCRITIVO
Tema
Características e Construção do Texto Narrativo e Descritivo
Palavras-chave
Gêneros textuais - Tipo textual - Narração - Descrição - Produção Textual
Objetivos
·         Identificar os elementos da narrativa
·         Comparar verbos e estruturas gramaticais empregados no tipo narrativo e no tipo descritivo.
·         Demonstrar habilidade em discernir a predominância do texto narrativo quando houver marcas do tipo descritivo
·         Produzir textos narrativos e descritivos em diversos gêneros.
·         Compreender e interpretar textos narrativos e descritivos.
·         Pesquisar textos narrativos e descritivos em diferentes gêneros.
Estrutura de Conteúdo
1. Tipologias Textuais
1.1Tipo narrativo
1.1.1 Elementos da narrativa
1.1.2 Características da narrativa.
1.1.3 Gêneros textuais em que o tipo narrativo predomina.
1.1.4 Compreensão e interpretação de textos narrativos.
1.1.5 Produção de textos narrativos.
1.2 Tipo descritivo
1.2.1 Características do texto descritivo.
1.2.2 Gêneros em que o texto descritivo predomina.
1.2.3 Produção do texto descritivo.
LEITE, Maria Tereza de Moura e PALADINO, Valquiria da Cunha. Português Instrumental. Rio de Janeiro: UNESA, 2014. Capítulo 5 - Características e construção do texto narrativo e do texto descritivo, p. 228 - 255.
 
Aplicação: articulação teoria e prática
Questões objetivas:
Questão 1
Analise os fragmentos a seguir e assinale a alternativa que indique as tipologias textuais às quais eles pertencem:
 Texto 1
“Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque [...]”.
(Dalton Trevisan – Uma vela para Dario).
Texto 2
“Era um homem alto, robusto, muito forte, que caminhava lentamente, como se precisasse fazer esforço para movimentar seu corpo gigantesco. Tinha, em contrapartida, uma cara de menino, que a expressão alegre acentuava ainda mais.”
Texto 3
Novas tecnologias
Atualmente, prevalece na mídia um discurso de exaltação das novas tecnologias, principalmente aquelas ligadas às atividades de telecomunicações. Expressões frequentes como “o futuro já chegou”, “maravilhas tecnológicas” e “conexão total com o mundo” “fetichizam” novos produtos,transformando-os em objetos do desejo, de consumo obrigatório. Por esse motivo carregamos hoje nos bolsos, bolsas e mochilas o “futuro” tão festejado.
Todavia, não podemos reduzir-nos a meras vítimas de um aparelho midiático perverso, ou de um aparelho capitalista controlador. Há perversão, certamente, e controle, sem sombra de dúvida. Entretanto, desenvolvemos uma relação simbiótica de dependência mútua com os veículos de comunicação, que se estreita a cada imagem compartilhada e a cada dossiê pessoal transformado em objeto público de entretenimento.
Não mais como aqueles acorrentados na caverna de Platão, somos livres para nos aprisionar, por espontânea vontade, a esta relação sadomasoquista com as estruturas midiáticas, na qual tanto controlamos quanto somos controlados.
SAMPAIO, A. S. A microfísica do espetáculo. Disponível em: 
<http://observatoriodaimprensa.com.br>. Acesso em: 1 mar. 2013 (adaptado).
 
Texto 4
Modo de preparo:
1. Bata no liquidificador primeiro a cenoura com os ovos e o óleo, acrescente o açúcar e bata por 5 minutos;
2. Depois, numa tigela ou na batedeira, coloque o restante dos ingredientes, misturando tudo, menos o fermento;
3. Esse é misturado lentamente com uma colher;
4. Asse em forno preaquecido (180° C) por 40 minutos.
a) narração – descrição – dissertação – prescrição.
b) descrição – narração – dissertação – prescrição.
c) dissertação – prescrição – descrição – narração.
d) prescrição – descrição – dissertação – narração.
 
Questões discursivas:
Leia o texto a seguir e, depois, responda às questões propostas logo abaixo:
 
Texto I
A mulher ramada - Marina Colasanti
Verde claro, verde escuro, canteiro de flores, arbusto entalhado, e de novo verde claro, verde escuro, imenso lençol do gramado; lá longe o palácio.
Assim o jardineiro via o mundo, toda vez que levantava a cabeça para ir ao trabalho. E via carruagens chegando, silhuetas de damas arrastando os mantos nas aldeias, cavaleiros partindo para a caça. Mas ele, no canto mais afastado do jardim, ninguém via. Plantando, podando, cuidando do chão, confundia-se quase com suas plantas. E se às vezes, distraído, murmurava sozinho alguma coisa, sua voz não se entrelaçava à música distante que vinha dos salões, mas se deixava ficar por entre as folhas, sem que ninguém a viesse colher.
Já se fazia grande e frondosa a primeira árvore que havia plantado naquele jardim, quando uma dor de solidão começou a enraizar-se no seu peito. E passado dias, e passados meses, só não passando a dor, disse o jardineiro a si mesmo que já era tempo de ter uma companheira.
No dia seguinte, trouxe num saco duas belas mudas, o homem escolheu o lugar, ajoelhou-se, cavou cuidadoso a primeira  cova, mediu um palmo, cavou a segunda, e com gestos sábios de amor enterrou as raízes. Ao redor afundou um pouco a terra, para que a água de chuva mantivesse sempre molhados os pés de rosa. Foi preciso esperar. Mas ele, que há tanto esperava, não tinha pressa. E quando os primeiros, leves, galhos despontaram, carinhosamente os podou, dispondo-se a esperar novamente, até que outra brotação de galhos se fizesse mais forte.
Durante meses trabalhou conduzindo os ramos de forma a preencher o desenho que só ele sabia, podando os espigões teimosos que escapavam à harmonia exigida. E aos poucos, entre suas mãos, o arbusto foi tomando forma, fazendo surgir dos pés plantados no gramado duas lindas pernas, depois o ventre, os gentis braços da mulher que seria sua. Por ultimo, cuidado maior, a cabeça, levemente inclinada para o lado. O jardineiro ainda deu os últimos retoques com a ponta da tesoura. Ajeitou o cabelo, arredondou a curva de um joelho. Depois, afastando-se para olhar, murmurou encantado:
- Bom dia, Rosamulher.
Agora, não procurava mais a distância do trabalho. Voltava-se sempre para o jardim? para ela, sorria, contava o longo silêncio da sua vida. E quando o vento batia no jardim, agitando os braços verdes, movendo a cintura, ele todo se sentia dobrar de amor, como se o vento o agitasse por dentro.
Acabou o verão, fez-se o inverno. A neve envolveu com sua branca mármore a mulher ramada. Sem plantas para cuidar, agora que todas descansavam, ainda assim o jardineiro ia todos os dias visitá-la. Viu a neve fazer-se gelo. Viu o gelo desfazer-se em gotas. E, um dia em que o sol parecia mais morno do que costume, viu de repente, na ponta dos dedos engalhados, surgir a primeira brotação da primavera. 
Em pouco, o jardim vestiu-se de folhagens. Em cada tronco, em cada haste, em cada pedúnculo, a seiva empurrou para fora pétalas e botões. E, mesmo no escuro da terra, as raízes acordaram, espreguiçando-se em pequenas pontas verdes. Mas enquanto todos os arbustos se enfeitavam de flores, nem uma só gota de vermelho brilhava no corpo da roseira. Nua, obedecia ao esforço do seu jardineiro que, temendo viesse a floração romper tanta beleza, cortava todos os botões. De tanto contrariar a primavera, adoeceu, porém, o jardineiro. E, ardendo de amor e febre na cama, inutilmente chamou por sua amada.
Muitos dias se passaram antes que pudesse voltar ao jardim. Quando afinal conseguiu se levantar para procurar por sua amada, percebeu que sua ausência havia a feito sumir por entre as folhagens não-podadas. Embaralhando-se aos cabelos, desfazendo a curva da testa, várias rosas cresciam sobre ela, fazendo-a desaparecer em um arbusto.
Parado diante dela, ele olhava e olhava. Perdida estava a perfeição do rosto, perdida a expressão do olhar. Mas do seu amor nada se perdia. Florida, pareceu-lhe ainda mais linda. Seu perfume ainda mais doce. Nunca Rosamulher fora tão rosa.
Nunca houvera no mundo beleza semelhante. Seu coração de jardineiro soube que nunca mais teria coragem de podá-la.      Nem mesmo para mantê-la presa em seu desenho.
Então docemente a abraçou descansando a cabeça no seu ombro. E esperou.
E sentindo sua espera a mulher-rosa começou a brotar: lançando galhos, abrindo folhas, envolvendo-o em botões, casulo de flores e perfumes. Ao longe, raras damas surpreenderam-se com o súbito esplendor da roseira. Um cavaleiro reteve seu cavalo. Por um instante pararam, atraídos. Depois voltaram a cabeça e a atenção, remontando seus caminhos. Sem perceber debaixo das flores o estreito abraço dos amantes.
 Questão 1
Durante todo o conto, o jardineiro tenta podar, numa roseira, a mulher ideal, sem deixá-la florescer com rosas que escondam a perfeição das curvas e dos detalhes que ele picota. O amor entre eles, no entanto, só se torna correspondido quando Rosamulher cresce naturalmente, sem a intervenção do seu amado. Sabemos que todo conto tem um intuito reflexivo; portanto, qual a intenção da autora ao só tornar possível o Amor entre ?criador e criatura? quando a Liberdade se faz presente? Justifique sua resposta.
 Questão 2
O título do texto, A mulher ramada, faz um trocadilho entre as palavras ramo e amor, como se mostrasse que existe uma relação parecida entre o cuidado de um jardim e a conquista de uma pessoa. Essa mistura de real e imaginário se deve a um recurso típico dos contos fantásticos, a qual mescla estas duas diferentes realidades. Qual o nome dessa técnica e por que somos capazes de entender a ligação entre amor e ramo?
 Questão 3
Todo o pensamento humano costuma seguir uma determinada estrutura. O conto lido, obra do pensamento de Marina Colasanti, não é diferente.
Identifique de forma concisa, a ordem seguida por ele:
 
	Introdução
	 
 
	Complicação
	 
	Clímax
	 
	Desfecho
	 
 
 
Questão 4
Transcreva, a partir do texto, marcas explícitas ou implícitas das características teóricas do conto. Lembre-se de só responder àquelas que realmente estão presentes no texto lido:
a) Espaço Físico:
    Espaço Social:
 b) Tempo psicológico:
    Tempo cronológico:
 c) Características psicológicas do personagem principal:
 d) Características físicas do personagem principal:
 
Considerações AdicionaisPORTUGUÊS INSTRUMENTAL I - CCJ0214
Semana Aula: 12
CARACTERÍSTICAS E CONSTRUÇÃO DOS TEXTOS DISSERTATIVO EXPOSITIVO, DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO E INJUNTIVO.
Tema Características e Construção dos Textos Dissertativo - Expositivo, Dissertativo- Argumentativo, Injuntivo.
Palavras-chave
Estrutura do Texto Dissertativo -Expositivo - Texto Dissertativo -Argumentativo - Texto Injuntivo.
Objetivos
·         Identificar as características dos textos expositivos e argumentativos
·         Reconhecer gêneros textuais em que predominam os tipos expositivo e argumentativo
·         Produzir textos argumentativos em diversos gêneros.
·         Compreender e interpretar textos expositivos e argumentativos
·         Pesquisar textos expositivos e argumentativos em diferentes gêneros.
·         Reconhecer a estrutura do texto injuntivo.
Estrutura de Conteúdo
1. Tipos textuais
1.3 Texto dissertativo
1.3.1Características e construção da dissertação expositiva.
1.3.2Características e construção da dissertação argumentativa.
1.3.2.1 Tese, argumentos e estratégias argumentativas.
1.4 Textos expositivos e argumentativos em diferentes gêneros.
1.5 Características do texto injuntivo.
Indicação de Leitura Específica
LEITE, Maria Tereza de Moura; PALADINO, Valquiria da Cunha. Português Instrumental. Rio de Janeiro: UNESA, 2014. Capítulo 5 - tipologias textuais, p.256.
 
Aplicação: articulação teoria e prática
Questões objetivas:
Questão 1- Preencha os parênteses com os números correspondentes; em seguida, assinale a alternativa que indica a correspondência correta.
1. Narrar
2. Argumentar
3. Expor
4. Descrever
5. Prescrever
1. (   ) Ato próprio de textos em que há a presença de conselhos e indicações de como realizar ações, com emprego abundante de verbos no modo imperativo.
2. (   ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim como explicações, avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal.
3. (   ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado espaço e tempo, envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo de texto.
4. (   ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto etc., com abundância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade.
5. (   ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é a defesa de um ponto de vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal, argumentos e conclusão.
 
a) 3, 5, 1, 2, 4
b) 5, 3, 1, 4, 2
c) 4, 2, 3, 1, 5
d) 5, 3, 4, 1, 2
e) 2, 3, 1, 4, 5
 
Questão 2 (FUNCAB)
Internet e a importância da imprensa
Este artigo não é sobre a pornografia no mundo virtual nem tampouco sobre os riscos de as redes sociais empobrecerem o relacionamento humano. Trata de um dos aspectos mais festejados da internet: o empowerment (“empoderamento”, fortalecimento) do cidadão proporcionado pela grande rede.
É a primeira vez na História em que todos, ou quase todos, podem exercer a sua liberdade de expressão, escrevendo o que quiserem na internet. De forma instantânea, o que cada um publica está virtualmente acessível aos cinco continentes. Tal fato, inimaginável décadas atrás, vem modificando as relações sociais e políticas: diversos governos caíram em virtude da mobilização virtual, notícias antes censuradas são agora publicadas na rede, etc. Há um novo cenário democrático mais aberto, mais participativo, mais livre.
E o que pode haver de negativo nisso tudo? A facilidade de conexão com outras pessoas tem provocado um novo fenômeno social. Com a internet, não é mais necessário conviver (e conversar) com pessoas que pensam de forma diferente. Com enorme facilidade, posso encontrar indivíduos “iguais” a mim, por mais minoritária que seja a minha posição.
O risco está em que é muito fácil aderir ao seu clube” e, por comodidade, quase sem perceber, ir se encerrando nele. Não é infrequente que dentro dos guetos, físicos ou virtuais, ocorra um processo que desemboca no fanatismo e no extremismo.
Em razão da ausência de diálogo entre posições diversas, o ativismo na internet nem sempre tem enriquecido o debate público. O empowerment digital é frequentemente utilizado apenas como um instrumento de pressão, o que é legítimo democraticamente, mas, não raras vezes, cruza a linha, para se configurar como intimidação, o que já não é tão legítimo assim...
A internet, como espaço de liberdade, não garante por si só a criação de consensos nem o estabelecimento de uma base comum para o debate.
Evidencia-se, aqui, um ponto importante. A internet não substitui a imprensa. Pelo contrário, esse fenômeno dos novos guetos põe em destaque o papel da imprensa no jogo democrático. Ao selecionar o que se publica, ela acaba sendo um importante moderador do debate público. Aquilo que muitos poderiam ver como uma limitação é o que torna possível o diálogo, ao criar um espaço de discussão num contexto de civilidade democrática, no qual o outro lado também é ouvido.
A racionalidade não dialogada é estreita, já que todos nós temos muitos condicionantes, que configuram o nosso modo de ver o mundo. Sozinhos, nunca somos totalmente isentos, temos sempre um determinado viés. Numa época de incertezas sobre o futuro da mídia, aí está um dos grandes diferenciais de um jornal em relação ao que simplesmente é publicado na rede.
Imprensa e internet não são mundos paralelos: comunicam-se mutuamente, o que é benéfico a todos. No entanto, seria um empobrecimento democrático para um país se a primeira página de um jornal fosse simplesmente o reflexo da audiência virtual da noite anterior. Nunca foi tão necessária uma ponderação serena e coletiva do que será manchete no dia seguinte.
O perigo da internet não está propriamente nela. O risco é considerarmos que, pelo seu sucesso, todos os outros âmbitos devam seguir a sua mesma lógica, predominantemente quantitativa. O mundo contemporâneo, cada vez mais intensamente marcado pelo virtual, necessita também de outros olhares, de outras cores. A internet, mesmo sendo plural, não tem por que se tornar um monopólio.
(CAVALCANTI, N. da Rocha. Jornal “O Estado de S. Paulo”, 12/05/14, com adaptações.)
 Pelas características da organização do discurso, a respeito do texto pode-se afirmar que se trata de uma:
a) dissertação de caráter expositivo, pois explica, reflete e avalia ideias de modo objetivo, com intenção de informar ou esclarecer.
b) narração, por reportar-se a fatos ocorridos em determinado tempo e lugar, envolvendo personagens, numa relação temporal de anterioridade e posterioridade.
c) dissertação de caráter argumentativo, pois faz a defesa de uma tese com base em argumentos, numa progressão lógica de ideias, com o objetivo de persuasão.
d) descrição, por retratar uma realidade do mundo objetivo a partir de caracterizações, pelo uso expressivo de adjetivos.
e) expressão injuntiva, por indicar como realizar uma ação, utilizando linguagem simples e objetiva, com verbos no modo imperativo.
Questões discursivas:
Texto 1
Importância da nossa saliva na hora de comer
Chiquinha, o almoço está pronto! Fiz a batata frita que você pediu!?
Só de ouvir essas palavras, sua boca se enche d'água - de saliva -, antecipando-se à comida que já vai entrar na boca e precisar ser digerida. De fato, a digestão começa na boca, onde os alimentos são picados, triturados e esmagados, tudo isso antes de serem conduzidos ao estômago. E pasme: se a boca não se enchesse de saliva, não seria possível nem engolir o alimento, nem saber o que você tem sobre a língua!
Todo mundo produz uma pequena quantidade de saliva o tempo todo, mas a produção aumenta quase dez vezes quando uma pessoa vê, cheira ou pensa em comida. A saliva que enche a boca nessas horas é essencial por várias razões. Primeiro, somente quando dissolvidos na saliva é que pedaços microscópicos desprendidosdos alimentos chegam até as papilas gustativas, que sinalizam ao cérebro o tipo de comida que você tem na boca: água, sal, ácido, doce, proteína, ou algo amargo e, portanto, potencialmente nocivo, nada bom de ser engolido. Assim, além de reconhecer o alimento pelo gosto, o seu cérebro já vai preparando o corpo para a digestão. Segundo, a saliva contém enzimas que começam a partir em pedaços menores os carboidratos, grandes moléculas de açúcar como o amido do pão.
Além disso, é a saliva que umedece e dá liga aos alimentos triturados e permite que eles sejam transformados em um grande "bolo" compacto e lubrificado, que pode ser engolido sem risco de engasgos. Se você não acredita que comida seca não desce sem saliva, experimente o famoso Teste da Bolacha: comer três biscoitos em menos de um minuto, sem apelar para um copo d'água. É simplesmente impossível! A razão é que, mesmo trabalhando dez vezes mais rápido, as glândulas parótidas e salivares não conseguem produzir saliva com a rapidez necessária para que os pedaços de biscoito passem em menos de um minuto de paçoca a uma massa umedecida que possa deslizar até o seu estômago.
A boa notícia é que a produção de saliva é automática, comandada pelo sistema nervoso autônomo sempre que o cérebro detecta a presença de comida na boca. O interessante é que, por associação, também funciona pensar em comida, sentir o cheiro bom do almoço no fogo e até ouvir que ficou pronto aquele prato de que você gosta. O caso mais famoso de água na boca por associação, claro, é o já lendário cão do fisiologista russo Ivan Pavlov. De tanto ouvir um sino tocar antes de receber sua comida todos os dias, o animal passou a salivar em resposta ao tocar do sino, mesmo que o prato demorasse a chegar. E eu, de tanto escrever sobre comida, já fiquei com água na boca...
Suzana Herculano-Houzel Departamento de Anatomia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Revista CHC, Edição 199.
 Questão 1
Os tipos textuais caracterizam-se pelo modo como é elaborada a sequenciação das informações e pelas intenções que levam um autor a produzir determinado texto.
a) No texto, qual é o tipo textual predominante?
b) Sintetize as principais características desse tipo textual.
 Questão 2
Conforme as instruções a seguir, produza um texto dissertativo-argumentativo com cerca de 25 linhas e título, discorrendo sobre a AMIZADE.
 Seu texto deve COMENTAR, obrigatoriamente, alguma parte, pelo menos, do texto abaixo seja para concordar com ele ou para discordar de seu teor -, acrescentando a devida referencialização (Em uma cena do filme Tal...).
Além disso, pelo menos uma das frases que se seguem ao texto deve ser inserida em sua redação, também com a inclusão do nome do seu autor.
 Texto
Na cena final do clássico A felicidade não se compra (Its a wonderful life?, EUA, 1946), o personagem Henry Travers, um anjo que, durante o filme, convenceu o protagonista  George Bailey  a não se matar, presenteia seu protegido com um exemplar do livro As aventuras de Tom Sawyer (1876), obra do escritor norte-americano Mark Twain (1835-1910), que narra uma das amizades mais famosas da literatura.
         Na dedicatória, o anjo fez questão de garantir que George, antes desesperado com problemas financeiros, sentindo-se derrotado e achando que sua vida tinha sido inútil, sempre se lembrasse do que configura o verdadeiro êxito em uma vida, ainda que distante dos modelos de sucesso traduzidos em cifras e títulos. O anjo Henry, tendo visto as pessoas em torno de George se organizarem para ajudá-lo, em um momento extremamente difícil para ele, escreveu o seguinte: "Nunca se esqueça, George, de que ninguém é um fracasso se tem amigos."
Frases
"Amigos e boas maneiras vão levar você aonde o dinheiro não leva." (Margaret Walker (1915-1998), escritora.)
"O verdadeiro amigo é aquele que chega quando o resto do mundo está indo embora." ( Walter Winchell (1897-1972),) jornalista.
"A amizade não tem valor para a sobrevivência; mas ela é, antes de tudo, uma das coisas pelas quais vale a pena sobreviver." (C. S. Lewis (1898-1963), escritor, professor e teólogo.)
"Não caminhe atrás de mim; pois posso não te guiar. Não ande na minha frente; pois posso não te seguir. Simplesmente caminhe ao meu lado e seja meu amigo." (Albert Camus (1913-1960), escritor.).
Considerações Adicionais
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Semana Aula: 13
PRODUÇÃO DO TEXTO ARGUMENTATIVO: TIPOS DE ARGUMENTO Tema
Tema
Produção de texto argumentativo: tipos de argumentos
Palavras-chave
Tipos textuais - texto argumentativo - estrutura do texto argumentativo - tipos de argumentos
Objetivos
·         Identificar a estrutura do texto argumentativo. 
·         Conhecer os tipos de argumentos.
·         Empregar o tipo de argumento que melhor se adapta ao gênero textual escolhido.
·         Produzir textos argumentativos em diversos gêneros.
Estrutura de Conteúdo
1. Dissertação argumentativa
1.1 Estrutura do texto argumentativo.
1.2 Gêneros textuais em que o tipo argumentativo predomina.
1.3 Tipos de argumentos
1.4 Produção de tipos de argumento.
1.5 Produção de textos argumentativos de gêneros distintos.
Indicação de Leitura Específica
LEITE, Maria Tereza de Moura e PALADINO, Valquiria da Cunha. Português Instrumental. Rio de Janeiro: UNESA, 2014. Capítulo 5: Tipos de Argumentos, p. 276
Aplicação: articulação teoria e prática
Questões objetivas: 
Questão 1
Texto próprio para quem quer expor opiniões ou persuadir de alguma coisa, no qual se emprega o abstrato (conceitos, ideias, concepções). Tipo de texto que tem por objetivo influenciar o leitor/interlocutor com posicionamentos elencados através de uma cuidadosa ordenação lógica. Estamos falando da:
a) descrição.
b) narração.
c) exposição.
d) injunção.
e) dissertação.
 Questão 2 (MACKENZIE)
"É comum, no Brasil, a prática de tortura contra presos. A tortura é imoral e constitui crime. 
Embora não exista ainda nas leis penais a definição do 'crime de tortura', torturar um preso ou detido é abuso de autoridade somado à agressão e lesões corporais, podendo qualificar-se como homicídio, quando a vítima da tortura vem a morrer. Como tem sido denunciado com grande frequência, policiais incompetentes, incapazes de realizar uma investigação séria, usam a tortura para obrigar o preso a confessar um crime. Além de ser um procedimento covarde, que ofende a dignidade humana, essa prática é legalmente condenada. A confissão obtida mediante tortura não tem valor legal e o torturador comete crime, ficando sujeito a severas punições." 
 (Dalmo de Abreu Dallari)
Pode-se afirmar que esse trecho é um texto argumentativo porque:
a) apresenta, em todos os períodos, personagens individualizadas, movimentando-se num espaço e num tempo terríveis, denunciados pelo narrador, bem como a predominância de orações subordinadas, que expressam sequência dos acontecimentos;
b) apresenta, em todos os períodos, substantivos abstratos, que representam as ideias discutidas, bem como a predominância de orações subordinadas, que expressam o encadeamento lógico da denúncia;
c) apresenta uma organização temporal em função do pretérito, jogando os acontecimentos denunciados para longe do momento em que fala, bem como a predominância de orações subordinadas, que expressam o prolongamento das ideias repudiadas;
d) consegue fazer uma denúncia contundente, usando, entre outros recursos, a ênfase, por meio da repetição de um substantivo abstrato em todos os períodos, bem como a predominância de orações coordenadas sindéticas, que expressam o prolongamento das ideias repudiadas;
e) consegue construir um protesto persuasivo com uma linguagem conotativa, construída sobre metáforas e metonímias esparsas, bem como com a predominância de orações subordinadas, próprias de uma linguagem formal, natural para esse contexto.
 
Questões discursivas:
Leia o texto a seguir e depois respondaàs questões propostas.
Em busca da longevidade
Enquanto - e quanto mais - a ciência aprimora suas pesquisas para desenvolver o segredo da imortalidade, não podemos descurar - hoje das medidas necessárias a perseguir as que nos conduzem a uma vida longa e saudável.
A natureza concedeu a cada um de nós um conjunto de mecanismos que permite nos proteger e nos renovarmos constantemente, resistindo a todas as agressões, mesmo aquelas que não podemos evitar.
A velhice não pode ser catalogada como uma doença, nem pode se apresentar como um período de sofrimento e desilusão.
Se conduzirmos nossa existência através de um programa disciplinado no que refere à alimentação, a exercícios, ao estilo de vida, podemos chegar à longevidade com saúde e vitalidade.
É claro que a expectativa de vida não é a mesma nos países em que a taxa de mortalidade infantil é elevada, a assistência médica precária, a fome e a desnutrição evidentes e a condição sócio-econômica inconsciente.
Cumpre destacar aqui a diferença entre longevidade máxima e expectativa de vida. Aquela é um fenômeno ligado à espécie, e esta, uma condição decorrente dos avanços da medicina, da higiene e das possibilidades econômicas de cada um.
O nosso destino depende do binômio genético-ambiental: se nós pudermos identificar os indivíduos geneticamente vulneráveis e submetê-los a uma prevenção rigorosa, à erradicação dos fatores ambientais, possivelmente, em um futuro menos longínquo que possamos pensar, a uma correção de fatores genéticos, os conduziríamos a um envelhecimento saudável.
Dr. Ernesto Silva, AMBr revista, julho/2003. (com adaptações)
Questão 1
a) Qual é a tese desse texto?
b) Que argumentos são usados para comprovar a validade dessa tese?
 
Leia o texto a seguir e depois responda às questões propostas abaixo:
O poder dos amigos
Uma pesquisa realizada na Suécia comprovou que bons amigos fazem mesmo bem ao coração. O estudo acompanhou a evolução do estado de saúde de 741 homens por 15 anos e concluiu que aqueles que mantinham ótimas amizades apresentaram muito menos chances de desenvolver doenças cardíacas do que aqueles que não contavam com o ombro amigo de alguém. (ISTOÉ, 3/3/2004.)
Questão 2
a) Que tese você identifica nesse texto?
b) Como o texto comprova essa tese?
c) Se você, como leitor, quisesse contestar essa tese, que argumento contrário você teria que apresentar para que fosse aceito como válido?
d) Que relação você estabelece entre o título e a tese do texto?
Considerações Adicionais
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Semana Aula: 14
CONSTRUÇÃO DO PARÁGRAFO PADRÃO - TÓPICOS FRASAIS
Tema
Construção do parágrafo padrão: tópicos frasais.
Palavras-chave
Parágrafo padrão - Tópico frasal - Tipo de desenvolvimento.
Objetivos
·         Identificar o parágrafo-padrão em textos
·         Discriminar as partes de um parágrafo.
·         Reconhecer e classificar o tópico frasal em textos de tipologias variadas.
·         Reconhecer e classificar os tipos de desenvolvimento de parágrafo em textos de tipologias variadas.
·         Elaborar textos a partir de indicações de tipos de tópico frasal e de desenvolvimento de parágrafo.
Estrutura de Conteúdo
1. O parágrafo
1.1 Conceito de parágrafo padrão
1.2 Estrutura do parágrafo
1.3 Tópicos frasais: classificação
1. 4 Desenvolvimento do parágrafo
1.5 Tipos de desenvolvimento de parágrafo
1.6 Análise de textos; ênfase na estrutura do parágrafo e na classificação de suas partes
1.7 Elaboração de parágrafos
Indicação de Leitura Específica
LEITE, Maria Tereza de Moura; PALADINO, Valquiria da Cunha. Português Instrumental. Rio de Janeiro: UNESA, 2014. Capítulo 5 - Construção do parágrafo padrão, p.269 - 275.
 
Aplicação: articulação teoria e prática
Questões objetivas
Questão 1
“Parágrafos são as estruturas formadas por unidades autossuficientes de um discurso que compõem um texto, apresentando basicamente uma ideia, pensamento ou ponto principal que o unifica.” Segundo essa definição, é correto afirmar que:
a) Um texto só pode conter um parágrafo.
b) Cada parágrafo de um texto aborda um assunto diferente.
c) Cada parágrafo representa uma unidade de sentido, mas subordinado a um mesmo assunto. 
d) Em um texto, as ideias expostas em um parágrafo são totalmente independentes das expressas nos demais parágrafos do texto.
 Questão 2
A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido muitos benefícios às pessoas, tais como: informação, por meio de noticiários que mostram o que acontece de importante em qualquer parte do mundo; diversão, mediante programas de entretenimento (shows, competições esportivas); cultura, por meio de filmes, debates, cursos.
É correto afirmar que tópico frasal do parágrafo acima foi desenvolvido por:
a) enumeração.
b) citação.
c) alusão histórica.
d) confronto.
e) questionamento
 Questões discursivas
Questão 1
O parágrafo constitui-se de tópico frasal (ideia central) e do desenvolvimento dessa ideia. Em resumo, a ideia central é desenvolvida para formar um parágrafo consistente. 
Desenvolva os tópicos frasais seguintes, considerando os conectivos:
a) O jornal pode ser um excelente meio de conscientização das pessoas, a não ser que ______________________________________________________________________
 
b) As mulheres, atualmente, ocupam cada vez mais funções de destaque na vida social e política de muitos países; no entanto _________________________________________
 
c) Um curso universitário pode ser um bom caminho para a realização profissional de uma pessoa, mas ________________________________________________________
 
d) Se não souber preservar a natureza, o ser humano estará pondo em risco sua própria existência, porque _______________________________________________________
 
e) Muitas pessoas propõem a pena de morte como medida para conter a violência que existe hoje em várias cidades; outras, porém___________________________________
 Questão 2
Desenvolva um parágrafo a partir dos tópicos frasais propostos a seguir:
1) Sem dúvida, a internet é uma ferramenta que pode ser utilizada como facilitadora em tarefas de pesquisa.
2) O mau uso da rede mundial de computadores pode trazer prejuízos para pessoas físicas e jurídicas.
 Questão 3
A partir do tema "O vestibular na educação brasileira", destaque uma tese e 3 argumentos para sustentá-la. Em seguida, elabore tópicos frasais de desenvolvimento para cada um dos argumentos explicitados.  Faça o aprofundamento de suas ideias em forma de parágrafo-padrão. Utilize os seguintes tipos de argumentos: causa e consequência, concessão, exemplificação.
Considerações Adicionais
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Semana Aula: 15
RESUMO E RESENHA: DEFINIÇÕES E USOS
Tema Articulação Textual: Produção resenha e resumo
Palavras-chave
Produção Textual. Resumo. Resenha.
Objetivos
·         Entender que resumo é uma forma de condensar de maneira coerente e compreensível as ideias e informações ou os fatos contidos em um texto, seja ele literário, científico, expositivo ou jornalístico.
·         Compreender a importância da releitura atenta do texto que se pretende resumir ou resenhar, para buscar o significado de palavras que desconhece, ou para captar o sentido das frases mais longas ou complexas que possuam inversões.
·         Perceber a diferença entre o resumo e a resenha.
·         Entender que a avaliação crítica é a parte principal da resenha, pois é o momento em que o resenhista realiza uma apresentação crítica da obra.
·         Verificar a importância da modalização na produção de resenhas.
Estrutura de Conteúdo
1. Resumo e Resenha: definição e usos.
1.1 Elaboração de Resumo.
1.2 Elaboração de Resenha
Indicação de Leitura Específica
LEITE, Maria Tereza de Moura; PALADINO, Valquiria da Cunha. Português Instrumental. Rio de Janeiro: UNESA, 2014. Capítulo6 - Resumo e resenha, p.320 -324.
Aplicação: articulação teoria e prática
Produção Textual: Resumo ou Resenha
Sugestão
Exibir o filme A Vida é Bela em sala de aula, para elaboração de um resumo e/ou de uma resenha do filme, a partir das características destes gêneros textuais estudadas em aula.
 FICHA TÉCNICA
Características: filme italiano, colorido, legendado, 116 minutos, produzido em 1997.
Direção: Roberto Benigni.
Gênero: drama.
Distribuição em vídeo: Miramax.
Prêmios/indicações: Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
 
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Semana Aula: 16
PRODUÇÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL: LEITURA E ESCRITA
Tema
Aula de Revisão: Produção e Interpretação Textual: Leitura e Escrita 
Palavras-chave
Produção Textual - Leitura e Interpretação de Textos - Exercícios de revisão.
Objetivos
·         Revisar os conteúdos abordados neste semestre letivo a partir da leitura e interpretação dos textos e dos exercícios a serem trabalhados nesta aula.
·         Aplicar, em exercícios que demonstrem a assimilação, os conteúdos trabalhados no período.
·         Utilizar eficazmente em suas  práticas de produção textual, os diferentes recursos expressivos da língua, adquiridos a partir de diferentes atividades de leitura.
Estrutura de Conteúdo
1.      Aspectos da língua: ortografia, acentuação e pontuação.
2.      Ocorrência de crase.
3.      Estrutura da oração e do período: aspectos sintáticos e semânticos.
4.      Concordância verbal e nominal;
5.      Regência verbal e nominal.
6.      Emprego do pronome relativo
7.      Coesão e coerência textuais
8.      Estruturação do texto: relações entre ideias e recursos de coesão
9.      Tipologia textual: produção textual em diferentes tipologias 
Indicação de Leitura Específica
LEITE, Maria Tereza de Moura e PALADINO, Valquiria da Cunha. Português Instrumental. Rio de Janeiro: UNESA, 2014.
Aplicação: articulação teoria e prática
Produção textual
Leia o fragmento do conto de Dalton Trevisan, um moderno escritor paranaense, e apresente um final para ele. Procure aplicar em seu texto os conteúdos trabalhados na disciplina neste período letivo. 
"Primeira noite ele conheceu que Santina não era moça. Casado por amor, Bento se desesperou. Matar a noiva, suicidar-se, e deixar o outro sem castigo? Ela revelou que, havia dois anos, o primo Euzébio lhe fizera mal, por mais que se defendesse. De vergonha, prometeu a Nossa Senhora ficar solteira. O próprio Bento não a deixava mentir, testemunha de sua aflição antes do casamento.
Santina pediu perdão, ele respondeu que era tarde - noiva de grinalda sem ter direito."
O Primo está incluído no livro Cemitério de elefantes. “Primo”. 9. ed. Rio de Janeiro: Record, 1994.
CARNEIRO, Agostinho Dias. O caminho do texto. Disponível em: <http://eadsaraiva.entende. com.br/files/arquivosAulas/20129/MD_Modulo02Aula01.pdf,>. Acesso em: 15 set. 2014.
Considerações Adicionais

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