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CATÁLOGO DE OBRAS RARAS
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Biblioteca
CATÁLOGO DE OBRAS RARAS
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Supremo Tribunal Federal
Brasília
2016
Biblioteca
Secretaria-Geral da Presidência 
Fabiane Pereira de Oliveira Duarte
Secretaria de Documentação 
Dimitri de Almeida Prado
Coordenadoria de Biblioteca 
Lucylene Valério Rocha
Coordenadoria de Divulgação de Jurisprudência 
Juliana Viana Cardoso
Pesquisa, redação e revisão técnica: Aline Lima Matos, Célia de Sá Marques de Castro, Luciana 
Araújo Reis, Lucylene Valério Rocha, Luiza Gallo Pestano, Leiber Cipriano, Mônica Valéria Macedo 
Fischer, Priscila Angélica de Souza Braga e Talita Daemon James
Captura e digitalização de imagens: Tales de Barros Paes
Produção gráfica e editorial: Amélia Lopes Dias de Araújo, Juliana Viana Cardoso, Renan de 
Moura Sousa e Rochelle Quito
Revisão: Amélia Lopes Dias de Araújo, Lilian de Lima Falcão Braga, Patrício Coelho Noronha e 
Rochelle Quito
Capa: Roberto Hara Watanabe
Projeto gráfico: Eduardo Franco Dias
Diagramação: Camila Penha Soares e Lucas Ribeiro França
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Supremo Tribunal Federal — Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal)
Brasil. Supremo Tribunal Federal (STF).
Catálogo de obras raras do Supremo Tribunal Federal [recurso eletrônico] : 
Biblioteca / Supremo Tribunal Federal. – Brasília : STF, Secretaria de Documen-
tação, 2016.
525 p. : il. color.
Modo de acesso: <http://www.stf.jus.br/bibliotecadigital/QR/COR.pdf>.
ISBN: 978-85-61435-78-3 (obra completa). - 978-85-61435-79-0 (Biblioteca).
1. Livro raro, catálogo, Brasil. I. Título.
 CDD- 016.090
SU PRE MO TRIBUNAL FEDERAL
Mi nis tro Enrique RICARDO LEWANDOWSKI (16-3-2006), Presidente
Mi nis tra CÁRMEN LÚCIA Antunes Rocha (21-6-2006), Vice-Presidente
Mi nis tro José CELSO DE MELLO Filho (17-8-1989), Decano
Mi nis tro MARCO AURÉLIO Mendes de Farias Mello (13-6-1990)
Mi nis tro GILMAR Ferreira MENDES (20-6-2002)
Ministro José Antonio DIAS TOFFOLI (23-10-2009)
Ministro LUIZ FUX (3-3-2011)
Ministra ROSA Maria WEBER Candiota da Rosa (19-12-2011)
Ministro TEORI Albino ZAVASCKI (29-11-2012)
Ministro Luís ROBERTO BARROSO (26-6-2013)
Ministro Luiz EDSON FACHIN (16-6-2015)
ApresentAção
Este ano, a Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal completa 125 anos. Como parte das comemorações 
alusivas a esse marco, além da exposição 125 anos da Biblioteca do STF, o Tribunal lança a primeira edição 
do Catálogo de Obras Raras do Supremo Tribunal Federal.
O Catálogo apresenta um conjunto de 238 obras raras, assim classificadas segundo critérios específicos. 
A amostra foi selecionada dentre 2.100 títulos da coleção que compila todo o acervo raro, na sua grande 
maioria voltado à ciência do Direito. 
Muitos dos volumes contemplados por esta edição são anteriores até mesmo à criação do Supremo Tri-
bunal Federal. É o caso da edição de 1556 de Orationi dim. t. Cicerone di latine fatte italiane, de Cícero, 
obra rara mais antiga da Biblioteca. Também integram essa lista de obras que antecedem a história do Tri-
bunal: Historia iuris civilis romani, de Valentini Forsteri, em edição de 1609; Praxis et theoricae criminalis 
amplissimae, de Prospero Farinacci, em edição de 1610; De jure belli ac pacis libri tres..., de Hugo Grotius, 
em edição de 1680; Direito Constitucional, de Carlos Leoncio de Carvalho, em edição de 1882; e Divisão 
e demarcação de terras particulares, de autoria de Rodrigo Octavio, Ministro desta Corte, em edição de 
1898; entre tantas outras.
Ao mesmo tempo que divulga essas fontes de conhecimento e dá visibilidade ao trabalho de preservação 
dos títulos ao longo do tempo, um catálogo institucional como este resgata a memória de saber neles in-
serida. Contribui, assim, com a manutenção dos princípios basilares do Direito que mereceram, por sua 
força histórica de justiça e humanidade, ser inscritos no cânone ocidental do pensamento jurídico.
Brasília, agosto de 2016
Ministro Ricardo Lewandowski
Presidente do Supremo Tribunal Federal
notA explicAtivA
A Biblioteca do Supremo Tribunal Federal, na sua função de centro de informação jurídica, é importante 
instrumento de apoio para a elaboração das decisões judiciais proferidas pela Corte. Formado em con-
sonância com a missão e os objetivos do Tribunal, seu acervo abriga hoje cerca de 100 mil obras, entre 
livros, periódicos e coleções especiais. Uma dessas coleções é a que reúne obras raras, composta atualmente 
de 2.100 títulos. 
Esse conjunto de obras raras foi formado gradativamente e compreende títulos do acervo geral e das co-
letâneas particulares dos juristas Décio Miranda, Hahnemann Guimarães, Levi Carneiro, Piza e Almeida 
e Pontes de Miranda. As obras tratam de assuntos vários de áreas não menos distintas, como direito, 
filosofia, religião, literatura e história. 
A preocupação da instituição com o acervo raro sempre esteve presente. Com a finalidade de conhecer 
melhor as particularidades desse acervo, diversas ações foram promovidas desde o momento de criação da 
Biblioteca. Uma delas foi o desenvolvimento de um estudo focado em estabelecer os critérios de raridade 
específicos para o Tribunal, tendo por base os critérios do Plano Nacional de Obras Raras (PLANOR), da 
Fundação Biblioteca Nacional.
Para compor o catálogo que ora se publica, foram selecionadas 237 obras de toda a lista de exemplares 
raros. A seleção abrange produções editadas entre os séculos XVI e XIX. Os critérios para a escolha dos 
títulos foram: exclusividade da obra no acervo do STF, em face do universo da Rede Virtual de Bibliotecas 
(RVBI); valor histórico-cultural; e interesse dos títulos para pesquisadores e historiadores.
A apresentação das obras obedece à ordem cronológica crescente das datas de publicação. Cada título 
vem acompanhado de referência bibliográfica, informações sobre o conteúdo da obra e aspectos de sua 
raridade, além de uma sucinta biografia do autor.
O catálogo tem o objetivo de divulgar o acervo de obras raras da Biblioteca do Supremo Tribunal Federal, 
no intuito de assim contribuir para o trabalho de pesquisadores e estudiosos, que podem acessar os títulos 
no recinto da Biblioteca ou por meio da Biblioteca Digital.
sumário
século xvi .............................................................................................................................................................................................. 10 
século xvii ........................................................................................................................................................................................... 14
século xviii ......................................................................................................................................................................................... 56
século xix .............................................................................................................................................................................................. 150
Fontes bibliográFicAs ...................................................................................................................................................................... 503
Índice de Assuntos .............................................................................................................................................................................. 509
1312
CICERO. orAtioni dim. t. cicerone di lAtine FAtte itAliAne: 
divise per i generi in giudiciali, deliberative, e dimostrative. 
Vinegia: [s.n.], 1556. 2 v. em 1, 14 cm. 
Dos discursos políticos que compõem esta coleção, os principais são: 
Pro Roscio Amerino (80 a.C.), no qual Cícero demonstra pelaprimei-
ra vez sua habilidade como advogado de defesa e sua antipatia por 
Sula; VII in Verrem (sete discursos contra Verres – 70 a.C.), em que 
critica o governo corrupto de Verres, defendendo as reinvindicações 
populares; e Pro lege Manilia ou De imperio Gnaei Pompei (66 a.C.), 
no qual defende a proposta do tribuno Manilio de entregar a Pompeu 
o comando das forças romanas contra Mitridates.
A obra, escrita em latim, divide-se em capítulos iniciados com letras 
capitulares ornamentadas e historiadas.
Ao longo do texto, existem corandéis e reclamo. É a mais antiga do 
acervo de obras raras da Biblioteca do STF.
Marcus Tullius Cícero nasceu em Arpino, no ano de 106 a.C., e morreu em 
Formia, em 43 a.C. É considerado uma das mentes mais notáveis da Roma 
Antiga. Foi político, orador e escritor, estudou retórica, filosofia e direito 
com os maiores oradores e jurisconsultos da época. Por sua eloquência abun-
dante, gerou modelos da arte oratória; nas composições filosóficas, criou 
uma língua latina nova, enriquecendo seus concidadãos com novas ideias 
aprendidas dos gregos. Foi eleito edil, pretor e posteriormente cônsul; no 
auge de sua carreira, foi aclamado como salvador da república oligárquica.
Fontes:
BRASIL, Congresso Nacional, 2000, v. 1, p. 59.
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1936-1960, v. 6, p. 732.
ENCICLOPÉDIA Mirador, 1975-1980, v. 5, p. 2382-2383. 
1716
FORSTERI, Valentini. HistoriA iuris civilis romAni. [S.l.]: 
Aurelianae Allobrogum, Excudebat Ioannes Arnoldus, 1609-. 
v., 16 cm.
Apresenta um estudo histórico do direito civil romano. É considerado 
um marco da civilização, pois sua influência não se restringiu apenas 
às instituições romanas mas também alcançou o pensamento, o méto-
do, a forma e toda a educação jurídica. 
Obra com incipit e reclamo.
Jurisconsulto alemão nascido em Wittemberg, em 1530, morreu em 1608. 
Estudou direito, filosofia e matemática e foi seguidor das lições de Marti-
nho Lutero, Philipp Melanchthon e Paul Eber. Completou sua formação 
na Itália e na França, tendo recebido seu doutorado em Bourges, França. 
Retornou para a Alemanha, onde exerceu com grande sucesso o direito em 
Ingolstadt, Wittemberg, Marbourg, Heidelberg e Helmsuedt. 
Fonte:
LAROUSSE, 1865-1879, v. 8, p. 618-619.
1918
FARINACCI, Prospero. prAxis et tHeoricAe criminAlis 
AmplissimAe. Francofurti: Prodit e Collegio Paltheniano, 
Quod eft in nobili Francofurto, 1610-. v., 32 cm. 
Apresenta um estudo sobre o direito criminal, sendo reconhecido 
como um trabalho definitivo acerca da jurisprudência da tortura.
Obra com incipit, letras capitulares, texto em colunas e reclamo.
Prospero Farinacci nasceu em Roma, em 1544, e faleceu na mesma cidade, 
em 1618. Estudou Direito na Universidade de Pádua e especializou-se em 
direito criminal, tendo influenciado o direito penal internacional. Entrou 
para o serviço papal como clérigo e foi procurador-geral de Paulo V.
Fontes:
BRITANNICA, 1980, v. 4, p. 54.
ENCICLOPÉDIA Italiana, 1929-1939, v. 14, p. 808.
2120
FARINACCI, Prospero. operum criminAlium. Francofurti: E 
Collegio Musarum Paltheniano, 1612-. v., 32 cm.
Apresenta um estudo sobre o direito criminal que foi largamente apli-
cado no fórum penal, tendo influenciado a formação do direito penal 
estrangeiro.
Obra com incipit, letras capitulares, texto em colunas e reclamo.
Prospero Farinacci nasceu em Roma, em 1544, e faleceu na mesma cida-
de, em 1618. Estudou Direito na Universidade de Pádua e especializou-
-se em direito criminal, tendo influenciado o direito penal internacional. 
Entrou para o serviço papal como clérigo e foi procurador-geral de Paulo V.
Fontes:
BRITANNICA, 1980, v. 4, p. 54.
ENCICLOPÉDIA Italiana, 1929-1939, v. 14, p. 808.
2322
MARTINIO, Matthia. lexicon pHilologicum prAecipue 
etymologicum, in duo lAtinAe et A lAtinis Auctoribus usurpAtAetum 
purAe... Bremae: Typis Villerianis, 1623. 4137 p., 32 cm.
Dicionário etimológico em latim.
As letras do título apresentam coloração vermelha e preta. 
A obra contém ilustração, corandel, reclamo, letras capitulares, incipit 
e textos em colunas.
Matthia Martinio nasceu em Freinhage, no Condado de Waldeck, Alema-
nha, em 1572, e morreu próximo a Bremen, em 1630. Teólogo e filólogo, 
foi sucessivamente pregador do Conde de Nassau, professor de latim em 
Herborn, pastor em Embden e, por fim, reitor da École Ilustre de Bremen. 
Em 1618, Martinio deu assistência ao Sínodo de Dordrecht, em que se fez 
notar pela moderação.
Fonte:
LAROUSSE, 1865-1879?, v. 10, p. 1284.
2524
CUJAS, Jacques de. operum quAe de ivre Fecit tAm eorum quAe 
e o superstite, quAm quAe post obitum eiusdem iussu editA sunt. 
Lutetiae Parisiorum (Paris): Apud Guillelmun Maceum, via 
iacobea, sub signo Pyramidis, 1637. 2 v., 36 cm.
Apresenta comentários tomando por base a compilação do Código do 
Direito romano de Justiniano. A tradição medieval dos comentaristas 
é renovada pelo autor por meio do uso do método histórico, empres-
tado dos humanistas.
A obra traz ilustração com o busto do autor e contém letras capitula-
res, texto em colunas, corandel, incipit e ilustrações.
Jacques de Cujas nasceu em Toulouse, na França, em 1522, e faleceu em 
Bourges, em 1590. Foi jurista e estudioso do direito romano, fez parte do 
renascimento humanista da cultura clássica e atuou como professor na 
Universidade de Valência e na de Bourges.
Fonte:
BRITANNICA, 1980, v. 3, p. 284. 
2726
GAMA, Antonius A. et al. promptuArium juridicum: quod 
scilicet in promptu exhibebit rite ac diligenter quarentibus 
omnes resolutiones circa universum jus pontificium, 
imperiale, ac regium, secundum quod in tribunalibus 
lusitaniae causae decidi solent... Ulysippone (Lisboa): Ex 
Typographia Dominici Carneiro, 1664. 461 p., 31 cm.
Trata-se de prontuário jurídico datado do século XVII, formado por 
um conjunto de normas, resoluções e leis pontifícias, reais e imperiais, 
tal como o título descreve. A obra possui uma dedicatória a S. Maria 
e uma autorização dos jesuítas por intermédio do irmão Hieronymus 
Claramontius, assim como várias outras autorizações como o Impri-
matur Real.
Obra escrita em latim, com conteúdo distribuído em duas colunas. 
Contém reclamos, capital ornamentada e vinhetas. 
Antonio da Gama, doutor em direito civil pela Universidade de Coimbra, 
nasceu em Funchal, em 1520, e faleceu em Lisboa, em 1595. Foi professor 
no Colégio dos Espanhóis em Bolonha, desembargador da antiga Casa da 
Suplicação, passando a chanceler e, por último, a desembargador do Paço. 
Fonte:
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1936-1960, v. 12, p. 108. 
2928
BARBOSA, Pedro. de mAtrimonio: et pluribus aliis materiebus, 
In Tit. ff. soluto matrimonio quemadmod. dos pet.: magistrali 
commentario explicatum incidentibus. Editio Novissima. 
Lugduni (Lyon): Sumptibus Ioannis Antonii Huguetan & 
Guillielmi Barbier, 1668. 2 v., 43 cm.
Trata de questões legais do casamento, de sua dissolução e da defesa 
da família.
Obra escrita em latim.
Notável jurista português, nasceu em Viana do Castelo e morreu em Lis-
boa, em 1606. Foi professor da Universidade de Coimbra, desembargador 
do Paço e chanceler-mor do Reino de Portugal. Foi também desembarga-
dor da Casa da Suplicação e deputado da Inquisição de Coimbra. 
Fontes:
BRASIL. Congresso Nacional. 2000, v. 1, p. 141.
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1936-1960, v. 4, p. 198.
3130
REYNOSO, Miguel de. observAtiones prActicAe, in quibus multA, 
quAe per controvertiAm in Forensibus judicijs Adducuntur, Felici 
stylo pertrActAntur: opus non solum iudicibus, causarum patronis, 
sed omnibus in forotam ecclesiastico, quam seculari versantibus ap-
prime utile, & maxime necessarium. Hac Ultima Ed, Novissimis. 
Conimbricensis (Coimbra): D. & C. losephus Ferreyra Typogra-
phus, 1675. 64 p., 29 cm.
São observações feitas por um jurisconsulto português do século XVII 
acerca da prática jurídica à época da regência de D. Pedro II, o Pací-
fico. Tal como era costume na época, o livro possui marginália, dedi-
catórias usuais e todas as autorizações para impressão. Em português, 
consta alvará real proibindo a reprodução da obra por outro editor, 
seguido de pena. A obra foi publicada após a morte do autor, por ini-
ciativa de seu filho, conquistando grande reputação no foro e passando 
por repetidas reedições.
Obra em duas colunas, com reclamos, capital ornamentada e vinhetas. 
Escrita em latim. 
Michaele de Reynoso foi um jurisconsulto português nascido em Viseu, no 
ano de 1563, e falecido em Lisboa, em 1623. Formou-se na Universidade 
de Coimbra. Em Lisboa, exerceu a advocacia, por meio da qual conquistou 
renome. 
Fonte:
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1936-1960, v. 24, p. 883. 
3332
COWELL, John. institutiones juris AnglicAni, Ad metHodum et 
seriem institutionum imperiAlium compositAe & digestAe: opus 
non solum juris anglicani romanique in hoc regno studiosis, 
sed omnibus qui politeian & consuetudines inclyti nostri 
imperii penitins seire cuprint, utile & accommodatum. Oxoniae 
(Oxford): Excudebat H.h. Academiae Typographus Impensis F. 
Oxlad, Sen. & Ed. Forrest, 1676. 14, 248, 22 p., 16 cm.
Principal obra de Cowell, aborda as instituições jurídicas da Inglaterra 
em fins do século XVI. Foi reeditada em Oxford no terceiro quartel 
do século XVII, edição que consiste nesse volume. Em seu conteúdo, 
incluem-se não somente as leis inglesas e romanas mas também o con-
junto de costumes jurídicos do período.
Obra escrita em latim, com capital ornamentada, reclamos, vinhetas 
e glosa.
John Cowell foi um jurisconsulto inglês nascido em Ernsborough, em 
1554, e falecido em Oxford, em 1611. Foi professor de direito romano em 
Cambridge. Em 1607, compilou o dicionário jurídico The interpreter, 
no qual exaltava a prerrogativa da coroa. Suas colocações resultaram na 
destruição da obra e lhe renderam uma condenação ao cárcere pela Câma-
ra dos Comuns, evitada apenas pela intervenção de James I. 
Fonte:
ENCICLOPÉDIA Italiana, 1929-1939, v. 11, p. 764.
3534
páginas 35 a 37GROTIUS, Hugo. de jure belli Ac pAcis libri tres: in quibus jus 
naturae & gentium, item juris publici praecipua explicantur... 
Ed. novissima cum annotatis auctoris, ex postrema ejus ante 
obitum cura. Hagae Comitis (Haia): Apud Arnoldum Leers, 
1680. Paginação irregular, 20 cm.
Principal documento jurídico de Grotius, teve sua primeira edição 
em Paris, em 1625, à qual se seguiram muitas edições e traduções 
em vários idiomas. A obra foi considerada um verdadeiro código de 
direito internacional em quase todos os idiomas europeus e contribuiu 
significativamente para a formação do direito internacional como dis-
ciplina distinta.
Obra escrita em latim, com estampa no frontispício, estampa do autor 
no verso da folha de guarda, folha de rosto impressa nas cores preta 
e vermelha, capitulares ornamentadas, reclamo no fim das páginas e 
corandel.
Hugo Van Groot, mais conhecido como Grotius, foi um jurisconsulto, di-
plomata e escritor holandês, nascido em Delft, em 1583, e falecido em Ros-
tock, em 1645. Tornou-se grande teólogo, poeta, dramaturgo e historiador. 
Opôs-se ao dogma calvinista e foi expulso da Holanda em 1621, fixando-se 
em Paris, onde assumiu o cargo de embaixador da Suécia.
Fonte:
LAROUSSE, 1865-1879?, v. 8, p. 1556. 
36 37
3938
CASTRO, Manuel Mendes de. prActicA lusitAnA. Posterior 
et Acuratior Editio de Novo Aucta, et Ditata Uberrimis. 
Conimbricae (Coimbra): Josephum Ferreyra Universitat 
Typograph, 1680. 2 v., 23 cm.
A obra expõe considerações sobre o direito exercido nos tribunais de 
Portugal. A primeira edição foi publicada em Coimbra, em 1676, com 
outra edição, também de Coimbra, acrescentada de “cum commentariis 
a doctore F. X. Sanctis da Fonseca”. 
Obra escrita em latim, com texto em colunas, capitulares ornamenta-
das e reclamo. 
Folha de rosto impressa em preto e vermelho.
Jurisconsulto português do século XVI e doutor em direito civil pela Uni-
versidade de Salamanca. Exerceu a profissão de advogado e professor de di-
reito em Madri e Lisboa e foi procurador da Coroa na Casa da Suplicação.
Fontes:
BRASIL. Congresso Nacional, 2000, v. 1, p. 183.
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1936-1960, v. 16, p. 886.
SILVA, 1862, v. 6, p. 59.
4140
PINHEIRO, Francisco. trActAtus de testAmetis. Conimbricae 
(Coimbra): Josephum Ferreyra, Universit Typograph, 1681-
1684. 2 v., 27 cm.
Obra produzida para dar publicidade às leis do Reino de Portugal so-
bre as alianças com outros povos. Para a publicação da obra, foram ne-
cessárias todas as permissões de impressão, inclusive a do Santo Ofício.
Obra escrita em latim.
Professor e escritor, Francisco Pinheiro nasceu em Gouveia, em 1596, e 
entrou na Companhia de Jesus em Coimbra, em 1611. Ensinou teologia 
especulativa na Universidade de Évora, onde recebeu o grau de doutor.
Fonte:
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1936-1960, v. 21, p. 743.
4342
PEGAS, Manuel Alvares. resolutiones Forenses prActicAbiles: in 
quibus multa quae in utroque foro controversa... opus novis 
auctum quaestionibus circa praxim. Ulyssipone (Lisboa): Ex 
Typographia Michaelis Deslandes, 1682-. v., 27 cm.
Expõe as práticas forenses nos tribunais. 
Obra escrita em latim. 
Apresenta letras capitulares, reclamo, texto em colunas e iluminura.
Folha de rosto impressa em preto e vermelho.
Bacharel em direito pela Universidade de Coimbra, advogou tanto no foro 
civil como no eclesiástico. Como jurista, publicou diversos textos que tive-
ram grande repercussão entre os magistrados. Foi advogado da Casa da Su-
plicação, com privilégios de desembargador concedidos por el-rei D. Pedro 
II; procurador das Mitras de Lisboa, Braga, Évora e Lamego, da Capella 
Real e das igrejas do Padroado; além de promotor da Bula da Cruzada.
Fonte:
SILVA, 1860, v. 5, p. 353.
4544
VALASCO, Alvaro. decisionum, consultAtionum Ac rerum 
judicAtArum in regno lusitAniAe. Conimbricae (Coimbra): Apud 
Emmanuelem Rodericum de Almeyda, 1686-. 2 v. em 1, 29 cm.
Consiste em um conjunto de decisões judiciais tomadas por juízes 
portugueses do século XVI e em reflexões do autor acerca da questão. 
Os temas abordados tratam de assuntos jurídicos relativos aos códigos 
civil, canônico e feudal. 
Obra escrita em latim, com texto distribuído em duas colunas, capital 
ornamentada e reclamos. 
Alvaro Valasco ou Vaz foi um jurisconsulto português nascido em Évora ou 
em Sintra, em 1526, e falecido em Lisboa, em 1593. Estudou na Univer-
sidade de Coimbra, onde se doutorou em leis. Foi também lente de Insti-
tutas na Universidade de Coimbra e advogado da Casa da Suplicação em 
Lisboa. Em 1577, foi nomeado desembargador dos Agravos e, no mesmo 
ano, provido na cátedra de Prima na universidade. Em 1588, iniciou a 
publicação de suas obras, que vieram a sair postumamente. 
Fonte:
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1936-1960, v. 34, p. 365. 
4746
RAPIN, Rene. du grAnd, ou, du sublime dAns les moeurs et 
dAns les diFFerentes conditions des Hommes: a monsieur de 
lamoignon de basville: observations sur l'eloquence des 
bienseances. Paris: Cramoity, 1686. 124 p., 16 cm.
Título classificado, segundo os estudiosos, como uma das obras críti-
cas do autor sobre a moral.Obra com corandel e incipit.
Rene Rapin, escritor e teólogo francês, nasceu em Tours, em 1621, e faleceu 
em Paris, em 1687. Aos dezoito anos, ingressou na Companhia de Jesus, 
onde ensinou retórica e escreveu extensivamente em verso e prosa. Con-
sagrou toda a vida tanto à defesa da religião como ao cultivo das letras. 
Profundo conhecedor da poesia latina, soube imitar com extraordinária 
perfeição os poetas da era de Augusto, o que lhe valeu o codinome de “Se-
gundo Teócrito”. Foi um dos mais notáveis comentadores estrangeiros de 
Os Lusíadas, de Camões.
Fontes:
LAROUSSE, 1865-1879, v. 13, p. 699.
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1936-1960, v. 24, p. 390.
4948
PITHOU, Pierre. petri et FrAncisci pitHoei jurisconsultorum 
observAtiones Ad codicem novellAs justiniAni imperAtoris per 
juliAnum trAnslAtAs: accedit legum romanarum et mosaicarum 
collatio notis illustrata... Paris: Typographia Regia, 1689. 16, 
746, 32, 70, 4 p., 40 cm.
Apresenta observações feitas por dois advogados ao Imperador Justi-
niano sobre o código deste, que fazia parte do direito romano.
Obra com estampa, letras capitulares, incipit, texto em colunas e 
reclamo.
Edição especial de luxo.
Pierre Pithou nasceu em Troyes, na França, em 1539, e faleceu em Nogent-
-Sur-Seine, em 1596. Célebre escritor, estudioso e advogado, escreveu mui-
tos livros jurídicos e históricos. Sua primeira publicação foi Adversariorum 
subsectorum lib. II. (1565). Foi recebido como advogado no Parlamento 
de Paris, onde chegou a exercer a função de procurador-geral. Prestou im-
portantes serviços ao Rei Henrique IV, por quem foi encarregado de organi-
zar um parlamento provisório. 
Fonte:
LAROUSSE, 1865-1879, v. 12, p. 1085.
5150
AROUCA, Antonio Mendes. AllegAtiones juris: in quibus 
quamplurimae valde utiles, & necessariae quaestior es in 
lusitaniae tribunalibus disceptatae proponuntur, & juxta 
facti contingentias pro advocationis munere enucleantur. 
Ulyssipone (Lisboa): Sumptibus Michaelis Manescal, Sancti 
Officii Typographi, 1690. 16, 394 p., 29 cm.
Esclarece alegações no campo do direito em tribunais arbitrais de Por-
tugal. Trata-se de obra póstuma, dada a lume pelo neto do autor.
A obra apresenta capitulares ornamentadas, texto em colunas, ilumi-
nuras na primeira página e na folha de rosto e reclamo ao longo do 
texto.
Capa em couro rústico.
Lombada costurada com tiras de couro. 
Antonio Mendes de Arouca cursou direito civil nas Universidades de Sala-
manca e de Coimbra. Foi advogado em Lisboa e membro da Casa da Su-
plicação. Era considerado bom árbitro por suas soluções sempre realizadas 
no mais estrito senso do direito.
Fonte:
MACHADO, 1741.
5352
CASTRO, Gabriel Pereira de (Org.) decisiones supremi 
eminentissimique senAtus portugAlliAe, ex grAvissimorum pAtrum: 
dicat ae serenissimo Principi Cosmo III Magno. Ulyssipone 
(Lisboa): Typis Bernardi a Costa de Carvalho: a custa de 
Antonio Leyte Pereyra, 1699. 648 p., 30 cm.
Compilação de decisões tomadas pelo Senado de Portugal. Compõe-
-se de 129 decisões.
Obra escrita em latim, com capital ornamentada, reclamos e em duas 
colunas.
Gabriel Pereira de Castro nasceu em Braga, em 1571, e faleceu em Lisboa, 
em 1632. Foi cavaleiro da Ordem de Cristo e doutor em direito canônico. 
Estudou Direito na Universidade de Coimbra, tendo sido ainda professor, 
desembargador da Relação do Porto (1606) e da Casa da Suplicação, cor-
regedor do Crime e procurador-geral das Ordens Militares. Escreveu vários 
tratados de direito, poesias em português, latim e espanhol, assim como o 
poema heroico em oitava rima e dez cantos.
Fonte:
SILVA, 1859-1923, v. 3, p. 107-108.
5554
ABOIM, Diogo Guerreiro Camacho de. trActAtus de 
recusAtionibus: omnium judicum, officialiumque tam justititae 
commutativae, quam distributivae utriusque fori tam 
saecularis, quam ecclesiastici, five regularis, a nemine, ut par 
erat, in lucem editus, nunc primum in lucem datus, omnibus 
sive saecularibus, sive ecclesiasticis, sive regularibus non 
tantum utilis, sed necessarius. Conimbricae (Coimbra): Ex 
Officina Joannis Antunes, 1699. 444 p., 30 cm.
Consiste em obra de grande importância por ser um tratado sobre as 
recusas tanto na justiça civil quanto na eclesiástica. 
Obra escrita em latim, em duas colunas, com reclamos, capital orna-
mentada, vinhetas, corandel e marca do impressor. 
Diogo Guerreiro Camacho de Aboim nasceu em Ourique, no Alente-
jo. Formou-se em direito civil em Coimbra e serviu em vários postos da 
magistratura. Morreu como desembargador da Casa da Suplicação, em 
1709. Publicou várias obras de jurisprudência em latim.
Fonte:
SILVA, 1858, v. 2, p. 159.
5958
CEPOLLAE, Bartholomeu. trActAtus de servitutibus: 
tam urbanorum quam rusticorum praediorum et additio 
cum cautellis. Ed. ultima a mendis omnibus expurgata. 
Conimbricae (Coimbra): Apud Josephum Antunes a Silva 
Universitatis Typog., 1707. 319, 32, 115 p., 30 cm.
Estudo elaborado como um tratado sobre as servidões praticadas nas 
propriedades rurais. Foi publicado após a conferência com os escritos 
originais e a obtenção das devidas licenças, tanto a real como a da 
Santa Igreja. 
Obra escrita em latim, com folha de rosto nas cores preta e vermelha, 
incipit, letras capitulares ornamentadas, reclamo e texto em colunas.
O autor foi um canonista italiano que ensinou Direito em Pádua e em 
Verona. Suas obras foram comentadas por grandes pensadores. 
Fonte:
ENCICLOPÉDIA Universal Ilustrada Europeu-Americana, 1907-1930, v. 12.
6160
STEELE, Richard. lA crise, ou, discours, où l'on démontre, pAr 
les Actes les plus AutHentiques, les justes cAuses de l'Heureuse 
revolution: avec les différentes dispositions des couronnes 
d'Angleterre e d'Ecosse... A Amsterdam: Chez David Mortier, 
XXIV, 1714. 107 p., 16 cm.
Reúne comentários políticos de caráter liberal sobre a Grã-Bretanha.
Apresenta capital ornamentada, reclamos e vinhetas.
Produzida em pergaminho, com capa em couro, lombada costurada 
com tiras de couro e título na lombada manuscrito.
A obra foi encadernada com outros títulos.
Richard Steele foi escritor e político irlandês. Nasceu em Dublin, em março 
de 1671, e faleceu em Carmarthen, em 1º de setembro de 1729. Com seus 
talentos e qualidades sociais, atingiu o cargo de capitão no Exército. Foi co-
fundador, com o amigo Joseph Addison, da revista The Spectator, em 1711. 
Tornou-se membro do Parlamento do Reino Unido em 1713. No mesmo 
ano, fundou a revista The Guardian, cujo caráter político lhe rendeu a 
exclusão do Parlamento no ano seguinte. Foi nomeado diretor do teatro 
Drury Lane, onde representou a comédia The Conscious Lover (1722). 
Redigiu muitas poesias, comédias e escritos políticos. Contudo, suas obras 
mais importantes foram os artigos publicados em revistas. 
Fonte:
ENCICLOPÉDIA Universal Ilustrada Europeu-Americana, 1907-1930, v. 57, p. 
1036-1037. 
62 63
6564
páginas 62 a 64 BOHMER, Justus Henning. iustiniAni imperAtoris 
institutionum: libri quatuor seu legitimae scientiae prima 
elementa: ictus recensuit ex codice... atque theophili 
parapharasin subiunxit cum duplici índice. Secunda 
editio auctior atque emendatior. Halae Magdeburgicae 
Magdeburgo: Impensis Orphanotrophei, 1728. 760 p., 22 cm.
A obra apresenta uma introdução ao estudo do direito romano, trazen-
do compilações do Código do Direito romano criado por ordem do 
Imperador Justiniano, na época do Império Bizantino, com o objetivo 
de facilitar o ensino do direito.
Obra com ilustração e reclamo.
Justus Henning Bohmer, jurista alemão, nasceu em 29 de janeiro de 1674, 
em Hanover, e morreu em 29 de agosto de 1749,em Halle, onde foi pro-
fessor na Universidade de Direito. Fundou o direito canônico protestante e 
é considerado o príncipe do direito canônico alemão. 
Fontes:
ENCICLOPÉDIA Italiana, 1929-1939, v. 7, p. 280-281.
GRANDE Enciclopédia Delta Larousse, 1970, v. 2, p. 947.
6766
RIBEIRO, João Pinto. obrAs vAriAs sobre vArios cAsos, com 
tres relAçoens de direito, e lustre Ao dezembArgo do pAço, As 
eleyções, perdões, & pertençAs de suA jurisdicção. Coimbra: 
Na Officina de Joseph Antunes da Sylva, Impressor da 
Universidade, 1729. 144, 83, 28 p., 30 cm.
Reúne a coleção de diversos tratados e opúsculos publicados pelo au-
tor avulsamente.
Apresenta capitulares ornamentadas, incipit, reclamo no fim de cada 
página e corandel nas laterais das páginas. 
Folha de rosto impressa em preto e vermelho.
João Pinto Ribeiro era doutor em leis pela Universidade de Coimbra. Após 
exercer a magistratura, foi elevado ao cargo de desembargador do Paço, con-
tador-mor da Fazenda e guarda-mor da Torre do Tombo.
Fonte:
SILVA, 1860, v. 4, p. 22.
6968
MORAES, Silvestre Gomes de. trActAtus de executionibus 
instrumentorum & sententiArum. Editio secunda. Conimbricae 
(Coimbra): Apud Ludovicum Secco Ferreyra, 1729. Paginação 
irregular, 30 cm.
Dividida em três tomos, a obra tinha por finalidade servir como fonte 
de pesquisa para instrumentos de execuções. Contém informações au-
xiliares e de referência para estudos jurídicos e decisões das execuções. 
A obra possui incipit, letras capitulares, anotações nas primeiras pági-
nas e na última e reclamo.
Silvestre Gomes de Moraes estudou em Coimbra, foi advogado da Casa 
da Suplicação e procurador da Fazenda da Casa e Estado de Aveiro e das 
Mitras de Coimbra, Algarve e Baía. Era de muita caridade com os pobres, 
tendo-os nomeado herdeiros de todos os seus bens.
Fonte:
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1836-1860, v. 17.
7170
CABRAL, Antonio Vanguerve. prAticA judiciAl, muyto util 
e necessAriA pArA os que principiAo os oFFicios de julgAr & 
AdvogAr, & pArA todos os que solicitAo cAusAs nos Auditorios de 
Hum, & outro Foro, tirAdA de vArios AutHores prAticos, e dos 
estilos mAis prAticAdos nos Auditorios: com a nova reformaçam 
da justiça, novamente impressa, correcta, emendada e 
accrescentado hum novo indice geral alphabetico de toda a 
obra, athequi não impresso. Coimbra: Na Officina de Antonio 
Simoens Ferreyra, 1730. 718, 202 p., 30 cm. 
Destinada aos iniciantes nos ofícios de julgar e advogar, bem como a 
todos que solicitavam causas nos auditórios, tanto do foro cível quan-
to do criminal.
Apresenta capitulares ornamentadas, incipit ornamentado e reclamo 
no fim das páginas. 
Folha de rosto impressa em preto e vermelho, com assinatura e carim-
bo do jurista Pontes de Miranda.
Bacharel em direito civil pela Universidade de Coimbra e advogado em 
Lisboa. 
Fonte:
SILVA, 1858, v. 1, p. 282.
7372
MACEDO, Antonio de Sousa de (Org.) decisiones supremi 
senAtus justitiAe lusitAniAe, et supremi concilij Fisci, Ac 
pAtrimonij regij, cum grAvissimis collegis decretAe. Editio 
quarta. Conimbricae (Coimbra): Apud Ludovicum Seco 
Ferreyra: a custa de Luis Seco Ferreyra, 1734. 412 p., 30 cm.
Compilação de decisões tomadas pelo Senado português e pelo Con-
selho de Finanças sobre o patrimônio do rei. 
Obra escrita em latim, com texto distribuído em duas colunas, capital 
ornamentada, reclamos e vinhetas.
Antonio de Sousa de Macedo nasceu no Porto, em 1606. Foi estadista, 
diplomata, jurisconsulto e escritor, autor da famosa obra Arte de furtar, 
como provou Afonso Pena Junior. Fidalgo da Casa Real, doutor em direito 
civil pela Universidade de Coimbra, comendador das Ordens de Cristo e 
de S. Bento de Avis, desembargador da Casa da Suplicação, secretário de 
Estado de D. Afonso VI, participou das negociações na questão referente a 
Pernambuco e suas relações com a Holanda.
Fontes:
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1836-1860, v. 29, p. 861-865.
SILVA, 1858, v. 1, p. 276-278.
7574
PEGAS, Manuel Alvares. trActAtus de obligAtionibus, 
& Actionibus, e deFensionibus civilibus, & criminAlibus, 
sAeculAribus, & ecclesiAsticis, Ad utriusque Fori judiciA 
spectAntibus. Conimbricae (Coimbra): Ex Tipog. Antonii 
Simoens Ferreyra, Universit Typ., 1734-1740. 5 v., 29 cm.
Obra escrita no século XVI e publicada no século seguinte. Composta 
de cinco volumes sobre os tratados jurídicos que compunham a pauta 
da época entre os juristas europeus.
Obra escrita em latim, apresenta letras capitulares, reclamo, texto em 
colunas e iluminura.
Folha de rosto impressa em preto e vermelho.
Bacharel em direito pela Universidade de Coimbra, advogou tanto no foro 
civil quanto no eclesiástico. Como jurista, publicou diversos textos que tive-
ram grande repercussão entre os magistrados. Foi advogado da Casa da Su-
plicação, com privilégios de desembargador concedidos por El-Rei D. Pedro 
II; procurador das Mitras de Lisboa, Braga, Évora e Lamego, da Capella 
Real, e das igrejas do Padroado; além de promotor da Bula da Cruzada.
Fonte:
SILVA, 1860, v. 5, p. 353.
7776
CASTRO, Gabriel Pereira de. trActAtus de mAnu regiA. 
Ulyssipone (Lisboa): Ex Typis Joannis Baptistae Lerzo, 1742. 
2 v., 30 cm.
Obra de jurisprudência proibida em Roma, por decreto da Congrega-
ção do Index de 26 de outubro de 1640, e como tal incluída no Index 
Librorum prohibitorum, SSPiiSextejussueditus: Romae, 1787, p. 201. 
Tractatus de manu regia, ou Tratado Real, é uma edição nova do autor, 
com adições e índice completo, escrita parcialmente em latim, mas 
com muita documentação em português ou vertida para o português. 
A obra foi publicada com a autorização de D. João e com a revisão do 
padre Francisco Soares sobre alguns pontos de competência da jurisdi-
ção eclesiástica e secular.
Encadernação da época em pele castanha, com lombada de cinco ner-
vuras, gravada a ferros dourados. 
Texto em duas colunas. 
Frontispício impresso a duas cores, com xilogravura das armas de 
Portugal. 
Tarjas e capitulares ornamentadas e papel sonante.
Gabriel Pereira de Castro nasceu em Braga, em 1571, e faleceu em Lisboa, 
em 1632. Foi cavaleiro da Ordem de Cristo e doutor em direito canônico. 
Estudou Direito na Universidade de Coimbra, tendo sido ainda professor, 
desembargador da Relação do Porto (1606) e da Casa da Suplicação, cor-
regedor do Crime e procurador-geral das Ordens Militares. Escreveu vários 
tratados de direito, poesias em português, latim e espanhol, assim como o 
poema heroico em oitava rima e dez cantos. 
Fonte:
SILVA, 1859, v. 3, p. 107-108.
7978
DANTOINE, J. B. les regles du droit cAnon: dans la meme 
ordre qu'elles sont disposees au dernier titre du cinquieme 
livre du sextte, & au dernier titre du cinquieme livre des 
decretaces: traduites en françois avec des explications et 
des commentaires sur chaque regle et trois tables. Brusseles: 
Ches Gilles Stryckwant, Ches Charles de Vos, 1742?. 468, 
45 p., 26 cm.
Aborda as normas do direito canônico, com comentários.
Obra com capitulares ornamentadas, incipit e corandel.
Jean Baptiste Dantoine, jurisconsulto francês do começo do século XVIII, 
foi advogado no Parlamento e nos tribunais de Lyon. 
Fonte:
LAROUSSE, 1865-1879, v. 6, p. 92.
8180
DANTOINE, J. B. les regles du droit civil: dans le meme 
ordre, qu’elles sont disposees au dernier titre du digeste. 
Traduites en françois avec des explications et des 
commentaires sur chaque regle... Brusselles: Ches Gilles 
Stryckwant, Charles de Vos, 1742. 502 p., 27 cm.
A obra é composta por terminologias do direito romano e civil francês, 
com explicações e comentáriosem latim e na língua francesa, apresen-
tados por ordem alfabética.
Obra com capitulares ornamentadas, incipit. e corandel.
Jean Baptiste Dantoine, jurisconsulto francês do começo do século XVIII, 
foi advogado no Parlamento e nos tribunais de Lyon.
Fonte:
LES REGLES, 1742, 502 p.
8382
MORAES, Silvestre Gomes. trActAtus de executionibus 
instrumentorum e sententiArum. Editio Ultima. Conimbricae 
(Coimbra): Apud Ludovicum Secco Ferreyra, 1742. v. 30 cm.
Esta obra é dividida em três tomos e tem por finalidade servir como 
fonte de pesquisa para instrumentos de execuções. Contém informa-
ções auxiliares e de referência para estudos jurídicos e decisões das 
execuções. 
A obra possui incipit, letras capitulares, anotações e assinaturas da épo-
ca nas primeiras páginas e reclamo. 
Silvestre Gomes de Moraes estudou em Coimbra, foi advogado da Casa 
da Suplicação e procurador da Fazenda da Casa e Estado de Aveiro e das 
Mitras de Coimbra, Algarve e Baía. Era de muita caridade com os pobres, 
tendo-os nomeado herdeiros de todos os seus bens.
Fonte:
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1836-1860, v. 17. 
8584
HEINECKE, Johan Gottlieb. elementA iuris germAnici: tum 
veteris, tum hodierni: ex genuinis principiis eruit et commoda 
auditoribus methodo adornavit. Editio II. Halae: Impensis 
Orphanotrophei, 1743. 2 v., 20 cm.
Manual dividido em dois volumes sobre as leis germânicas vigentes no 
período. O autor examina as definições teóricas e a prática jurídica.
Obra escrita em latim, com reclamos, vinhetas, corandel, marca do 
impressor, capa em couro com douração na lombada e lateral colorida.
Johan Gottlieb Heinecke nasceu em Eisenberg, em 1681, e faleceu em 
Halle, em 1741. Foi filósofo e jurista, dedicou-se à teologia, ao estudo da 
jurisprudência e ao direito germânico. Lecionou em Halle, Franacker e 
Frankfurt. Sua obra ficou conhecida também fora da Alemanha, sobretu-
do na Itália e na Polônia. 
Fonte:
ENCICLOPÉDIA Italiana, 1929-1939, v. 18, p. 439. 
86 87
8988
páginas 86 a 88 HEINECKE, Johan Gottlieb. elementA iuris germAnici: tum 
veteris, tum hodierni: genuinis principiis eruit et commoda 
auditoribus methodo adornavit. Editio Tertia. Halae: 
Impensis Orphanotrophei, 1746. 2 v., 20 cm.
Manual dividido em dois volumes sobre as leis germânicas vigentes no 
período. O autor examina as definições teóricas e a prática jurídica.
Obra escrita em latim, com reclamos, vinhetas, corandel, marca do 
impressor, capa em couro com douração na lombada e lateral colorida.
Johan Gottlieb Heinecke nasceu em Eisenberg, em 1681, e faleceu em 
Halle, em 1741. Foi filósofo e jurista, dedicou-se à teologia, ao estudo da 
jurisprudência e ao direito germânico. Lecionou em Halle, Franacker e 
Frankfurt. Sua obra ficou conhecida também fora da Alemanha, sobretu-
do na Itália e na Polônia. 
Fonte:
ENCICLOPÉDIA Italiana, 1929-1939, v. 18, p. 439.
9190
LEITÃO, Antonio Lopes. liber utilissimus judicibus, 
et AdvocAtis Ad prAxim de judicio Finium regundorum. 
Conimbricae (Coimbra): Ex Typ. Ludovici Secco Ferreyra, 
1747. 299, 68 p., 22 cm.
Apresenta um aparato de códigos e leis estudadas pelo autor acerca das 
práticas que deviam ser utilizadas pelos juízes e advogados em interro-
gatórios realizados pela instituição da Santa Inquisição.
Obra escrita em latim.
Antonio Lopes Leitão foi eclesiástico e jurista português. Formou-se em 
direito pela Universidade de Coimbra e exerceu os cargos de protonotário 
apostólico, promotor da relação eclesiástica de Lisboa e ouvidor e visitador 
da Igreja dos Freires da Conceição, também de Lisboa. 
Fonte:
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1936-1960, v. 14, p. 857.
9392
GOMES, Alexandre Caetano. mAnuAl prActico judiciAl, civel 
e criminAl em que se descrevem recopilAdAmente os modos de 
processAr em Hum e outro juizo, Acções summAriAs, ordinAriAs, 
execuções, AggrAvos, e AppelAções. Lisboa: Na Officina de 
Miguel Manescal da Costa, 1748. 268 p., 29 cm.
Obra realizada com a licença do Santo Ofício, tida como muito útil 
e necessária para juízes no foro eclesiástico e secular por expor muitos 
dos princípios canônicos da época. Apresenta correções de erros das 
edições anteriores.
Apresenta capitular ornamentada e reclamo no fim de cada página.
Formado em Cânones pela Universidade de Coimbra, Alexandre Caetano 
Gomes foi presbítero, protonotário apostólico de Sua Santidade e advogado 
nos auditórios da Corte de Lisboa.
Fontes:
SILVA, 1879, p. 432.
SILVA, 1858, v. 1, p. 30.
9594
MAUPERTUIS, Pierre-Louis Moreau de. lettres. A Dresde: 
Chez George Conrad Walther, Librairie Du Roi, 1752. 228 p., 
17 cm.
Lettres é um conjunto de ensaios filosóficos e científicos acerca de va-
riados temas de relevância para a época. Nesta obra de Maupertuis, 
há importantes referências à origem dos primeiros organismos e das 
primeiras espécies.
Obra com reclamos, vinhetas e estampa na folha de rosto.
Pierre-Louis Moreau de Maupertuis nasceu em Saint Malo, em 17 de 
julho de 1698, e faleceu em Basileia, em 27 de julho de 1759. Físico e 
filósofo, escreveu várias obras sobre matemática, física e filosofia. Traba-
lhou para comprovar a teoria de Newton sobre o achatamento da Terra, 
dirigindo, para isso, uma expedição à Lapônia para a medição dos graus. 
As descobertas resultantes desse estudo foram publicadas em 1738. Mau-
pertuis foi quem introduziu a noção de mínimo nas leis naturais. Por isso, 
o princípio da mínima ação recebeu seu nome. 
Fonte:
ENCICLOPÉDIA Universal Ilustrada Europeu-Americana, 1907-1930, v. 33, p. 
1192-1193. 
9796
BURLAMAQUI, Jean-Jacques. juris nAturAlis elementA Auctore. 
Geneve: Apud Fratres de Tournes, 1754. 323 p., 21 cm.
A obra conta com elementos jurídicos, dos termos gerais da natureza 
do homem até os elementos mais complexos, como, por exemplo, o 
conceito de liberdade, de razão, de compreensão e de humanidade.
Obra escrita em latim, com reclamos e corandel. 
Jean-Jacques Burlamaqui, jurisconsulto suíço, nasceu em Genebra, em 
1694, e faleceu na mesma cidade, em 1748. Foi professor honorário de 
direito natural na Universidade de Genebra. Segundo suas doutrinas, o 
desenvolvimento da sociedade só era possível com um sistema de leis que não 
se opusesse à ordem, deduzindo que a sociedade civil era prolongamento e 
aperfeiçoamento da sociedade natural. 
Fonte:
ENCICLOPÉDIA Universal Ilustrada Europeo-americana, 1907-1930, v. 9, p. 1490.
9998
PORTUGAL. repertório dAs ordenAções e leys do reyno de 
portugAl novAmente correcto: accrescentado com muitas 
conclusões tiradas das mesmas ordenações... Lisboa: Mosteiro 
de S. Vicente de Fora, Camara Real de sua Magestade, 1754. 2 
v., 43 cm.
As Ordenações Filipinas foram promulgadas em 1603 por Filipe I, rei 
de Portugal, e vigoraram no Brasil até 1830. São formadas por cinco 
livros, o último deles dedicado inteiramente ao direito penal e com-
posto do conjunto dos dispositivos legais que definiam os crimes e a 
punição dos criminosos.
Obra com reclamos e vinhetas, em duas colunas.
Fontes:
LARA, 1999. 
PORTUGAL, 1998.
101100
FRANÇA, Feliciano da Cunha. Additiones AureAeque 
illustrAtiones Ad librum primum secundAe pArtis prAticAe 
lusitAnAe emmAnuelis mendes de cAstro: cum quibus 
reperiuntur leges extravagantes, Epistola Regiae, decreta, 
sematus-consulta, atque aresta sematuum, cum notis 
specialibus senatoris Ignatii Lopes de Moura, & aliorum 
insignium senatorum. Lisbonae (Lisboa): Ex Typographia 
Josephi da Costa Coimbra, 1755. 16, 652 p., 28 cm.
Elaborada para dar publicidade às decisões tomadas no reino portu-
guês, esta obra teve o propósitode expor as matérias que decidiam 
questões úteis e proveitosas da época. Fundada nas doutrinas e na 
praxe do jurisconsulto Manoel Mendes de Castro, consiste em com-
plemento ao livro de autoria deste, intitulado Pratica Lusitana, no 
qual Castro expõe considerações sobre o direito exercido nos tribu-
nais de Portugal. 
Obra escrita em latim, apresenta capitulares ornamentadas, texto em 
colunas, reclamo e incipit ornamentado.
Possui anotações de época no verso da folha de guarda.
Feliciano da Cunha França foi bacharel em direito formado em Cânones 
pela Universidade de Coimbra e advogado de causas forenses em Lisboa.
Fonte:
SILVA, 1859, v. 2, p. 250.
103102
GOMES, Alexandre Caetano. dissertAções juridicAs, sobre A 
intelligenciA de AlgumAs ordenAções do reyno. Lisboa: Officina 
de Domingos Gonçalves, 1756. 456 p., 19 cm.
Contesta os conceitos jurídicos considerados equivocados e publica-
dos por “alguns praxistas reinículas”. Mesmo se tratando de espécie de 
crítica, o autor do trabalho procurou observar nele os preceitos da fé e 
dos bons costumes. Autorizada pelo desembargador da cúria patriar-
cal, a obra foi considerada benéfica ao público leitor pelo prefaciador.
Apresenta capitular ornamentada e reclamo no fim de cada página.
Formado em Cânones pela Universidade de Coimbra, Alexandre Caetano 
Gomes foi presbítero, protonotário apostólico de Sua Santidade e advogado 
nos auditórios da Corte de Lisboa.
Fonte:
SILVA, 1879, v. 1, p. 30.
105104
CORPUS JURIS CIVILIS. corpus juris civilis romAni, in quo 
institutiones, digestA Ad codicem Florentinum emendAtA, codex 
item et novellAe, nec non justiniAni edictA, leonis et Aliorum 
imperAtorum novellAe, cAnones Apostolorum, Feudorum libri, 
leges... Coloniae Munatianae: Sumptibus Fratrum Cramer, 
1756. 2 v., 46 cm.
A obra se propõe a estudar o Código Civil romano — apresentando 
uma introdução histórico-cronológica — e os Institutos de Justinia-
no, manual da lei que contém os elementos do direito romano feito 
por ordem do imperador Justiniano, na época do Império Bizantino, 
com o objetivo de facilitar o ensino do direito. Os Institutiones ou 
Elementa formam a primeira parte do corpo da lei de Justiniano e 
serviu como introdução para os outros três: o Código, o Digest ou 
Pandects e Romances. 
Obra escrita em latim.
Apresenta texto em colunas e letras capitulares.
Fonte:
CORPUS Juris Civilis, 1756. 
107106
PONA, Antonio de Paiva e. orpHAnologiA prActicA: em que se 
descreve tudo o que respeita aos inventarios, partilhas e mais 
dependencias dos pupillos, com varias materias aos mesmos 
pertencentes, obra breve, mas muito util não so para os 
juizes, e advogados... Lisboa: Na Officina de Manoel Antonio 
Monteiro, 1759. 141 p., 29 cm.
A obra trata da orfanologia, parte do sistema jurídico que se dedica 
ao acompanhamento de questões relacionadas à proteção dos órfãos. 
O autor apresenta o que se refere mais especificamente a inventários e 
partilhas de bens a serem transmitidos aos herdeiros órfãos.
Bacharel em leis pela Universidade de Coimbra, Antonio de Paiva e 
Pona serviu em cargos da magistratura e foi provedor da comarca d’Evora 
em 1728.
Fonte:
SILVA, 1858, v. 1, p. 218-219.
109108
MASCOV, Johann Jakob. principiA iuris publici imperii romAno-
-germAnici: ex ipsis legibus, actisque, publicis eruta et ad usum 
rerum accommodata. Posonii (Poznan): Apud Ioann Michael 
Landerer, 1759? 6, 462, 14 p., 19,5 cm.
Trata dos princípios do direito público nos Impérios Romano e 
Alemão.
Obra escrita em latim, com letras capitulares, incipit e reclamo.
Johann Jakob Mascov nasceu em Danzig, em 26 de novembro de 1689, e 
faleceu em Leipzig, Alemanha, em 21 de maio de 1761. Cursou teologia 
e direito e foi professor associado da Faculdade de Direito da Universidade 
de Leipzig, tendo também ocupado altos cargos públicos nessa cidade, como 
o de conselheiro e o de juiz.
Fonte:
ENCICLOPÉDIA Italiana, 1929-1939, v. 22, p. 497.
110 111
113112
páginas 110 a 112 VICAT, Beat Philip. vocAbulArium juris utriusque: ex variis 
ante editis, praesertim ex alexand. scoti, jo. kahl, barn. 
brissonii, et jo. gottl. heineccii accessionibus. Editio secunda 
auctior atque emendatior. Neapoli (Napoles): Sumtibus 
Joannis Gravier, 1760-. v.1-2, 21 cm.
Obra considerada completa em relação à terminologia tanto do direito 
civil como do canônico.
Obra com capital ornamentada, reclamos, vinhetas, belíssima gravura 
e texto em colunas.
Beat Philip Vicat foi um jurista suíço, professor de direito e bibliotecário. 
Escreveu várias obras na área do direito e participou como colaborador do 
catálogo da Biblioteca de Lausanne, em 1768.
Fonte:
LAROUSSE, 1865-1879?, v. 15, p. 984.
115114
PORTUGAL. Appendix dAs leys extrAvAgAntes, decretos, e Avisos, 
que se tem publicAdo no Anno de 1747 Ate o Anno de 1761, A que 
se Ajuntão As reFeridAs nAs mesmAs leys... Lisboa: Camara Real de 
Sua Magestade Fidelissima, Mosteiro de São Vicente de Fora, 
1760. 454 p., 43 cm.
As Ordenações Filipinas foram promulgadas em 1603 por Filipe I, rei 
de Portugal, e vigoraram no Brasil até 1830. São formadas por cinco 
livros, o último deles dedicado inteiramente ao direito penal e com-
posto do conjunto dos dispositivos legais que definiam os crimes e a 
punição dos criminosos.
Obra com texto distribuído em duas colunas. 
Apresenta reclamos, corandel e vinhetas.
Fonte:
LARA, 1999. 
117116
AGUESSEAU, Henri François D'. oeuvres. Paris: Chez Les 
Libraires Associes, 1761-1789. 
13 v., 25 cm. 
Apresenta todos os trabalhos que o autor realizou quando era chance-
ler do Parlamento da França, no que se refere a seus estudos, escritos 
jurídicos e trabalhos legislativos. Inclui discursos de abertura de au-
diências e, em outras ocasiões, instruções e propostas de estudos para 
formar magistrados.
Obra com incipit, letras capitulares ornamentadas, corandel e reclamo.
D’Aguesseau nasceu em Limoges, em 1668, e faleceu em Paris, em 1751. 
Além de magistrado francês, foi nomeado advogado-geral para o Parlamen-
to de Paris e posteriormente procurador-geral. Orador eloquente, posicio-
nou-se contrariamente ao sistema de leis vigente, tendo sido por isso exilado 
duas vezes. Como chanceler e ministro da Justiça, aperfeiçoou a legislação 
e lançou os fundamentos da reforma legislativa, o que lhe valeu renome na 
história forense francesa. 
Fonte:
LAROUSSE, 1865-1879, v. 1, p. 144.
119118
FRANCO, Manoel Antonio Monteiro de Campos Coelho da 
Costa. trActAdo prActico juridico civel e criminAl, dividido 
em tres pArtes: na primeira, se tracta de todo o processo 
judicial ate a revista da sentença: na segunda, sobre a materia 
crime com as leys novissimas a elle pertencente: na terceira, 
sobre o juizo dos orfãos ate a sua final conclusão: ornado 
finalmente com hum epilogo juridico sobre a materia dos 
compromissos, e cessoens de bens dos devedores, e fallidos, 
com as reaes leyes a elles pertencentes: fundado em as leys 
do reyno, direito commum, canonico, civil e com as mais 
solidas douctrinas dos doutores. Lisboa: Na Officina de Joam 
Antonio da Costa, impressor do serenissimo senhor Infante 
D. Pedro e da Sagrada Religião de Malta, 1765. 393 p., 30 cm.
Obra fundada nas leis do Reino de Portugal e no direito comum, con-
siderada indispensável para todos que iniciavam os ofícios de julgar e 
de advogar, assim como para as pessoas que recorriam aos auditórios 
portugueses do Reino.
Apresenta texto em colunas, reclamo e capitulares ornamentadas. 
Folha de rosto impressa em preto e vermelho.
Manoel Antonio Monteiro de Campos Coelho da Costa Franco foi escritordo século XVIII e autor da obra História da vida e morte de Maria Stuart, 
rainha da Escócia, da Inglaterra e da Irlanda.
Fontes:
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1936-1960, v. 11, p. 790.
SILVA, 1860, v. 5, p. 362.
121120
FERREIRA, Manuel Lopes. prAticA criminAl: expendida na 
forma da praxe observada neste nosso Reyno de Portugal, 
e illustrada com muitas ordenaçõens, leys extravagantes, 
regimentos, e doutores, e em quatro tomos destribuida, 
muito util, e necessaria a todos os ministros, e officiaes 
de justiça, advogados, e pessoas, que julgão, como tambem, 
a todas as mais que tratão em juizo. Porto: Na Officina de 
Antonio Alves Rybeyro Guimaraens, 1767. 656 p., 29 cm.
Os escritos versam sobre a prática criminal e seus desdobramentos, 
principalmente perante as leis divinas. Possui estimado valor histó-
rico pelo assunto e pela beleza tipográfica. Trata-se de reimpressão, 
acrescentada de leis criminais extravagantes e de índice alfabético.
Apresenta letras capitulares, reclamo, texto em colunas e iluminura. 
Folha de rosto impressa em preto e vermelho.
Manuel Lopes Ferreira, doutor em direito canônico pela Universidade de 
Coimbra, foi ouvidor no Algarve e corregedor em Lamengo, Lisboa.
Fonte:
SILVA, 1862, v. 6, p. 39.
123122
PLATÃO. loix de plAton. A Amsterdam: Chez Marc-michel 
Rey, 1769. 2 v., 21 cm.
Loix de Platon, ou Leis de Platão, é a última obra de Platão e, tam-
bém, seu testamento político. A obra, além de traçar um desenho 
geral do Estado, aprofunda-se em suas particularidades, fornecendo 
um modelo quase completo de legislação de uma cidade. De suma 
importância e, sob mais de um aspecto, de grande valor, em razão de 
sua finalidade prática.
O filósofo grego Platão era discípulo de Sócrates e foi fundador da “Acade-
mia”, escola destinada à investigação filosófica em Atenas, coordenando-a 
pelo resto de sua vida. Autor de vasta obra filosófica, dedicou-se ao conhe-
cimento das verdades essenciais que determinavam a realidade e, a partir 
disso, estabeleceu os princípios éticos que norteariam o mundo social. Seu 
pensamento foi absorvido pelo cristianismo primitivo e, junto com seu 
mestre Sócrates e o discípulo Aristóteles, lançou os alicerces sobre os quais se 
assentariam as bases de toda a filosofia ocidental. 
Fontes:
NOVA Enciclopédia Barsa, 1997, v. 11, p. 372.
REALE, 1994, v. 3, p. 282.
125124
BOHMER, Justus Henning. introductio in ius publicum 
universAle: ex genuinis iuris naturae principiis deductum: 
et in usum iuris publici particularis quarumcunque rerum 
publicarum adornatum... Francofurti (Frankfurt): In 
Officinis Trattnerianis, 1771. 642 p., 19 cm.
Trata-se de longa revisão dos conceitos atinentes ao direito público em 
terras germânicas. A análise foi de profundo impacto para juristas e 
estudantes de direito público, uma vez que as obras jurídicas desse pe-
ríodo tinham caráter de revisão das leis, com vistas a um modelo natu-
ralista ou racionalista, sugerindo certa imparcialidade das leis naturais.
Obra com reclamos e vinhetas, capa em couro com douração na lom-
bada e lateral colorida.
Justus Henning Bohmer, jurista alemão, nasceu em 29 de janeiro de 
1674, em Hanover, e morreu em 29 de agosto de 1749, em Halle, onde 
foi professor na Universidade de Direito. Fundador do direito canônico 
protestante, foi considerado o príncipe do direito canônico alemão. 
Fontes:
ENCICLOPÉDIA Italiana, 1929-1939, v. 7, p. 280-281.
GRANDE Enciclopédia Delta Larousse, c1970, v. 2, p. 947.
127126
LOLME, Jean-Louis de. constitution de l'Angleterre. 
Amsterdam: Chez e. Van Harrevelt, 1774. 250 p., 21 cm.
Destacada obra do século XVIII publicada originalmente em francês, 
em Amsterdã, em 1771. Reúne a originalidade dos pensamentos e a 
percepção sobre a justiça da época.
Possui vinhetas, dedicatória do autor ao Comte d’Abindon nas páginas 
iniciais, além de ilustrações nas folhas iniciais e finais dos capítulos.
Jean-Louis de Lolme, advogado e escritor suíço, nasceu em 1740, em Ge-
neve, e faleceu em 1816. Viveu muitos anos na Inglaterra, onde escreveu a 
maioria de suas obras, em inglês. Foi membro do Conselho de Deux-Cents.
Fonte:
LAROUSSE, 1865-1879, v. 10, p. 646.
129128
FURGOLE, Jean-Baptiste. oeuvres complettes. A Paris: Chez 
Celot, 1775-1776. 8. v., 406 p., 20 cm.
A obra é composta por oito volumes. Os quatro primeiros referem-se 
ao Traité des testaments. No fim, há uma lista com os temas tratados 
no texto. Nos volumes cinco, seis e sete, constam ordens de Luís XV, 
rei da França.
Obra com capital ornamentada, vinhetas e glosa. 
Jean-Baptiste Furgole foi um jurisconsulto francês nascido em Castelferrus, 
em 1690, e falecido em Toulouse, em 1761. Era advogado do Parlamento 
de Toulouse e posteriormente foi nomeado magistrado pelo rei Luís XV. 
Fonte:
LAROUSSE, 1865-1879?, v. 8, p. 884.
131130
VOET, Johann. commentArius Ad pAndectAs: in quo praeter 
romani juris principia ac controversias illustriores, jus etiam 
hodiernum, e praecipuae fori quaestiones excutiuntur. Editio 
Ultima Accuratior. Coloniae Allobrogum: Apud Fratres de 
Tournes, 1778. 2 v., 37 cm.
A obra apresenta comentários sobre o Digest, também chamado de 
Pandects, um dos elementos do Código do Direito Romano criado por 
ordem do Imperador Justiniano, na época do Império Bizantino, com 
o objetivo de facilitar o ensino do direito. Obra verdadeiramente ma-
gistral, à qual a fama do autor está associada; ressente-se, entretanto, 
de direcionamento histórico jurídico.
Obra escrita em latim, com ilustração, letras capitulares, reclamo, in-
cipit e texto em colunas.
Johann Voet nasceu em Utrecht, Holanda, em 3 de outubro de 1647, e 
morreu em Leiden, Holanda, em 11 de setembro de 1714. Filho do jurista 
Paolo Voet, estudou em Utrecht, principalmente sob orientação paterna, 
e sucessivamente ensinou Direito em Herborn, em Utrecht e em Leiden. 
Foi um dos maiores juristas holandeses e exerceu, com sua obra, profunda 
e vastíssima influência não só em seu país natal mas também na Itália — 
onde seus livros receberam várias traduções —, na Alemanha e na França. 
Fonte:
ENCICLOPÉDIA Italiana, 1929-1939, v. 35, p. 540.
132 133
135134
páginas 132 a 134 VELEIO PATERCULO, Caio. HistoriAe romAnAe voluminibus 
duobus: cum integris animadversionubus doctorum. Lugduni 
Batavorum (Leyden): Apud Samuel Et Joann Luchtmans 
Academiae Typographos, 1779. 499 p., 21 cm.
A obra, dedicada a Marco Vinício, cônsul em 30 d.C., trata da his-
tória de Roma desde sua origem, passando pelo fim da República e 
se concentrando na criação do Principado e seus representantes mais 
destacados: César, Augusto e Tibério. Trata da evolução da literatura 
latina e discute as razões de seu declínio. 
Obra com letras capitulares, reclamo e ilustração.
Veleio Patérculo, historiador do Império Romano, nasceu em 19 a.C. e 
morreu em 31 d.C. De família abastada, foi tribuno militar na Trácia, 
na Macedônia, na Grécia e no Oriente. A partir de 2 a.C., participou 
ativamente da vida pública de Roma. Serviu como oficial de cavalaria sob 
o comando de Tibério, foi pretor e prefeito de cavalaria e, posteriormente, 
promovido da Ordem Equestre à Senatorial. 
Fonte:
ENCICLOPÉDIA Mirador, 1975-1980, v. 18, p. 10015.
137136
AGUESSEAU, Henri François d'. meditAtions pHilosopHiques 
sur l’origine de lA justice. Yverdon: [s. n.], 1780. 4 v., 17 cm.
Reúne algumas considerações filosóficas sobre a origem do direito e 
das ideias que conduzem o mundo jurídico. 
D'Aguesseau nasceu em Limoges, em 1668, e faleceu em Paris, em 1751. 
Além de magistrado francês, foi nomeado advogado-geral para o Parla-
mentode Paris e, posteriormente, procurador-geral. Orador eloquente, era 
contrário ao sistema de leis em vigor, tendo sido por isso exilado duas vezes. 
Como chanceler e ministro da Justiça, aperfeiçoou a legislação e lançou os 
fundamentos da reforma legislativa, o que lhe valeu renome na história 
forense francesa.
Fonte:
LAROUSSE, 1865-1879?, v. 1, p. 144.
139138
TEVENAR, Johann Wilhelm Von. tHeorie der beweise im 
civilprocess. Magdeburg Und Leipzig: Bei Joaquim Ernft 
Scheidhaver, 1780. viii, 256 p., 20 cm.
Trata da teoria da prova no processo civil. A obra foi citada pelo jurista 
Pontes de Miranda em seu estudo Tratado das ações, ao debater sobre 
o processo e sentença de interdição e sobre a prova.
Apresenta capitulares ornamentadas, iluminuras, reclamo, incipit e 
ex líbris de Hburckhard.
Johann Wilhelm Von Tevenar foi presidente do Ducado de Magdeburg, 
província da Prússia Real, e do Pupillen Collegii. Nascido na região de 
Kleve, em 1724, firmou-se primeiro como servidor sênior em Kleve, man-
tendo-se posteriormente no governo. Alcançou considerável erudição em 
Direito e foi conhecido pela idoneidade. Faleceu em 1797, em Magdeburg.
Fontes:
MIRANDA, 1970-1978, v. 4, p. 13.
WEIDLICH, 1781, v. 2, p. 402.
141140
CORTE-REAL, Jeronymo. successo do segundo cerco de diu 
estAndo dom joHAm mAzcArenHAs por cApitAm dA FortAlezA: 
anno de 1546. Lisboa: Na Offic. de Simam Thaddeo Ferreira, 
1784. xvi, 436 p., 14 cm.
Poema épico composto por 21 cantos em versos hendecassílabos bran-
cos, celebra a defesa de Diu, na Índia, por Dom João de Mascarenhas, 
representante da Coroa Portuguesa, e a libertação da praça em 1546 
por Dom João de Castro. A edição original foi dedicada pelo autor ao 
rei Dom Sebastião de Portugal. 
Obra com incipit, capitular ornamentada e reclamo.
Jeronymo Corte-Real nasceu nos Açores, por volta de 1530, e morreu em 
Évora, em 1590. Poeta, músico e pintor português, distinguiu-se graças à 
poesia, sendo chamado docto por Lope de Veja em oposição à classificação 
de divino, atribuída a Camões.
Fontes:
BRASIL, Congresso Nacional, 2000, v. 1, p. 21.
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1936-1960, v. 7, p. 808.
SILVA, 1885, v. 3, p. 262.
143142
ANECDOTES du ministere de Sebastien-Joseph Carvalho, 
Comte d’oyeras, Marquis de Pombal: sous le regne de Joseph 
I, Roi de Portugal. Varsovie: Janosrovicki, 1784. 432 p., 19 cm.
Consiste em crítica acerca da administração do ministro Marquês de 
Pombal, no reinado de José I, rei de Portugal. A obra foi traduzida 
para o italiano e para o alemão, versão esta que teve duas edições.
Obra com vinhetas e corandel. 
Fonte:
MORAES, 2010, v. 1, p. 65.
145144
BEZOUT, Etienne. curso de mAtHemAticA: para uso dos 
guardas-bandeiras e guardas-marinha: que contém o tratado 
de navegação. Lisboa: Na Regia Officina Typografica, 1785. xv, 
316 p., 20 cm. 
Trata-se de curso de matemática utilizado por muitos anos pelos estu-
dantes que esperavam entrar na École Polytechnique. A obra fez com 
que o autor alcançasse grande reconhecimento em sua área. 
A obra contém mapas de navegação dobrados e assinados, como o que 
retrata o hemisfério austral.
Etienne Bezout foi um matemático francês da escola de Mézières, nascido 
em Nemours, Seine-et-Marne. Em 1758, foi nomeado adjunto em mecâ-
nica da Académie des Sciences e, no mesmo ano, censor real. Mais tarde, 
em 1763, foi designado examinador do Gardes de la Marine, onde passou 
a escrever importantes livros de ensino projetados especialmente para a 
matemática pedagógica. Escreveu também sobre a teoria geral das equa-
ções algébricas. Napoleão tinha Bezout em grande estima.
Fonte:
LAROUSSE, 1865-1879, v. 2, p. 668.
147146
RESENDE, Andre de. L. Andr. Resendii. eborensis de 
AntiquitAtibus lusitAniAe: caeteraque historica, quae extant, 
opera conimbricensis academiae jussu edita. Coimbra: Ex 
Typographia Academico-regia, 1790. 2 v., 18 cm.
A obra apresenta a história de Portugal na Antiguidade. O Reino de 
Portugal foi fundado em 1139 a partir do Condado Portucalense. 
Com a estabilização de suas fronteiras em 1249, tornou-se o primeiro 
Estado-Nação europeu e pioneiro da exploração marítima na era dos 
descobrimentos; expandiu, assim, seus territórios entre os séculos XV 
e XVI, estabelecendo o primeiro império global da história.
Obra com incipit e reclamo.
André de Rezende nasceu em Évora, onde faleceu em 9 de dezembro de 
1573. Humanista e arqueólogo do século XVI, foi religioso da Ordem 
de São Domingos. Cursou o doutorado em teologia, em Salamanca; com 
fama de erudito, passou para a Universidade de Paris, onde ganhou maior 
prestígio. Foi convocado por D. João III para ser mestre do infante D. 
Duarte. Dedicou-se aos estudos arqueológicos com o zelo e o escrúpulo que 
o tornaram insigne — é dele o primeiro estudo dos monumentos epigrá-
ficos da época romana em Portugal. Foi também pregador notável, tendo 
pronunciado em latim um sermão no sínodo diocesano de Évora, onde 
exaltou a utilidade dos concílios na conservação da defesa da fé e na extir-
pação das heresias e dos abusos.
Fontes:
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1936-1960, v. 25, p. 231-233.
SILVA, 1885, v. 1, p. 65-67.
149148
SOUSA, Joaquim José Caetano Pereira e. primeirAs linHAs sobre 
o processo criminAl. 2. ed. emendada e acrescentada. Lisboa: 
Officina de Simão Thaddeo Ferreira, 1800. 233 p., 22 cm.
Trata-se de um dos primeiros escritos sobre processo criminal, ainda 
no século XVII, sendo bastante referenciado por magistrados.
Apresenta autógrafos, revisões e anotações feitas pelo autor.
Joaquim José Caetano Pereira e Sousa foi político, bacharel em leis pela 
Universidade de Coimbra, deputado da Corte e governador civil do Dis-
trito da Horta, cavalheiro da Ordem de Cristo e advogado da Casa da 
Suplicação de Lisboa.
Fonte:
SILVA, 1860, v. 4, p. 116.
153152
SOUSA DE LOBÃO, Manuel de Almeida e. começA-se A FormA 
dos libellos. [S.l.: s.n.], [18--?]. 328 p., 20 cm.
Trata-se de importante manual do século XIX; contém diversas ações 
na área jurídica. Apresenta, ainda, casos reais da época com os proce-
dimentos jurídicos adotados. 
Manuel de Almeida e Sousa de Lobão formou-se na Faculdade de Câno-
nes, em Coimbra, exerceu a advocacia e escreveu várias obras jurídicas. 
Seus muitos e variados escritos compreendem todas as partes da jurispru-
dência; além do direito romano e canônico, trazem os conhecimentos da 
história e das leis pátrias e, sobretudo, da prática do foro. Muitas de suas 
obras foram impressas quando o autor ainda era vivo, porém outras foram 
publicadas postumamente e algumas foram concluídas pelo filho. 
Fontes:
SILVA, 1860, v. 5, p. 351-352.
GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1936-1960, v. 29, p. 879.
155154
TRATADO de commercio e navegação entre os muito altos 
e muito poderosos senhores o Príncipe Regente de Portugal 
e EL Rey do Reino Unido da Grande Bretanha e Irlanda: 
assinado no Rio de Janeiro pelos plenipotenciários de huma 
e outra corte em 19 de fevereiro de 1810 e ratificado por 
ambas. Rio de Janeiro: Impressão Regia, 1810. 39 p., 30 cm.
O tratado foi assinado pelo Conde de Linhares, representante por-
tuguês, e por Lord Strangford, diplomata inglês que exercia grande 
influência sobre D. João VI. Refere-se a um dos mais importantes 
acordos comerciais estabelecidos por D. João VI no período em que a 
Corte Portuguesa esteve no Brasil. Trata da abertura dos portos brasi-
leiros às nações amigas, o que ocorreu após a vinda da família real ao 
Brasil, em 1808.
Obra encadernada com outros títulos. 
Produzida na fase inicial da imprensa noBrasil, com a criação da im-
prensa régia.
Fontes:
CAMARGO, 1993, p. 66.
CARVALHO, 2012.
157156
CAYRU, José da Silva Lisboa, Visconde de. principios de direito 
mercAntil e leis de mArinHA: para uso da mocidade portugueza 
destinada ao commercio, divididos em oito tratados 
elementares, contendo a respectiva legislação pátria... Lisboa: 
Na Impressão Regia, 1815-1828. 7 v. em 1, 29 cm.
Primeira obra sobre direito mercantil escrita em português, serviu na 
época de Código Comercial nos domínios da monarquia portuguesa. 
Também foi útil para a Carta Régia de 28 de janeiro de 1808, que 
abriu os portos brasileiros a todas as nações amigas de Portugal, cons-
tituindo grande passo para a independência do Brasil.
Obra com brasões da Coroa Portuguesa.
José da Silva Lisboa, Visconde de Cayru, nasceu na cidade da Bahia, 
em 16 de julho de 1756, e faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de agosto 
de 1835. Bacharel em direito canônico e filosófico pela Universidade de 
Coimbra, foi senador, fidalgo cavaleiro da Casa Imperial, diretor-geral 
dos Estudos, desembargador do Paço e do Conselho do Imperador D. Pedro 
I, comendador da Ordem de Cristo e oficial do Cruzeiro.
Fontes:
BLAKE, 1899, v. 5, p. 193-203.
SILVA, 1885, v. 13, p. 200-203.
159158
PINTO, Antônio Joaquim de Gouvea. mAnuAl de AppellAções e 
AggrAvos, ou, deducção systemAticA dos principios mAis solidos e 
necessArios, relAtivos A suA mAteriA, FundAmentAdA nAs leis deste 
reino, pArA uso e utilidAde dA mAgistrAturA, e AdvocAciA. Bahia: 
Typog. de Manoel Antonio da Silva Serva, 1816. xii, 
174 p., 21 cm.
Faz referências às apelações, aos agravos e aos seus princípios relativos 
e necessários. A obra foi criada para esclarecer as questões relacionadas 
ao assunto, e o autor desenvolveu essa matéria pelo fato de ela ser 
muito recorrente nos foros e por ter interpretação difícil. Baseada em 
pesquisas e outras narrativas já publicadas pelo autor, servia tanto a 
juízes como a advogados.
Antônio Joaquim de Gouveia Pinto, bacharel em leis pela Universidade 
de Coimbra, serviu a magistratura em várias localidades, como quando 
corregedor da comarca de Porto Alegre, juiz do Tombo dos Almoxarifados 
da Bem-Posta e Reguengo de Algés, e desembargador na Casa da Suplica-
ção. Foi sócio da Academia Real das Secretarias de Lisboa e membro do 
Sitio da Mealhada.
Fonte:
SILVA, 1858, v. 1, p. 161-162.
161160
CARVALHO, Porphirio Hemeterio Homem de. primeirAs 
linHAs do direito commerciAl deste reino. Rio de Janeiro: 
Impressão Regia, 1816. 49 p., 21 cm.
Trata da demarcação de terras e posses de fazendas, com base nas leis 
do direito comercial.
Porphirio Hemeterio Homem de Carvalho foi escritor do século XIX, for-
mado em direito pela Universidade de Coimbra.
Fonte:
SILVA, 1862, v. 7, p. 19-20.
163162
COLLECÇÃO chronologica dos assentos das casas da 
Supplicação e do Civel. 2. ed., augm. com 33 assentos e 
diligentemente emendada dos frequentes erros e faltas da 
primeira, cuja mor e mais notavel parte se refere no relatorio, 
que no fim vai estampado. Coimbra: Na Real Imprensa da 
Universidade, 1817. 571, 7, lvi, 14, 36, 24 p., 19 cm. 
Compilação de decisões de 1603 até 1817, incluindo jurisprudência, 
em texto integral. A obra faz parte da Collecção da Legislação Antiga 
e Moderna do Reino de Portugal. 
Fonte:
COLLECÇÃO, 1817.
165164
PEDRO I, Imperador do Brasil, 1798-1834. discurso de suA 
mAgestAde, o imperAdor, A AssembleA gerAl constituinte e 
legislAtivA do imperio do brAsil, no diA dA AberturA dA mesmA 
AssembleA. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1823?. 11 p., 
30 cm.
Discurso feito pelo imperador D. Pedro I na instalação da Assembleia 
Constituinte, em 3 de maio de 1823, no qual faz um relato do seu 
governo nos primeiros meses após a Independência do Brasil. 
Obra encadernada com outros títulos.
Primeiro imperador do Brasil (1822-1831). Após a Independência do 
Brasil, foi aclamado imperador constitucional e defensor perpétuo do Bra-
sil. Abdicou o trono em 1831 e retornou para Portugal, onde faleceu. 
Escreveu um grande número de proclamações e manifestos. 
Fonte:
BLAKE, 1883-1902, v. 6, p. 367.
167166
PEDRO I, Imperador do Brasil, 1798-1834. mAniFesto de s.A.r. 
o prÍncipe regente constitucionAl e deFensor perpétuo do 
reino do brAsil Aos povos deste reino. Rio de Janeiro: Imprensa 
Nacional, 1822. 4 p., 3 cm.
Discurso feito por D. Pedro I quando Príncipe Regente, em agosto 
de 1822, pouco antes da independência. O texto relata a situação das 
relações entre Portugal e Brasil e conclama a união dos brasileiros. 
Obra encadernada com outros títulos.
Primeiro imperador do Brasil (1822-1831). Após a independência do 
Brasil, foi aclamado imperador constitucional e defensor perpétuo do Bra-
sil. Abdicou o trono em 1831 e retornou para Portugal, onde faleceu. 
Escreveu um grande número de proclamações e manifestos.
Fonte:
BLAKE, 1883-1902. v. 6, p. 367.
169168
PEDRO I, Imperador do Brasil, 1798-1834. mAniFesto do 
principe regente do brAsil Aos governos, e nAções AmigAs. Rio 
de Janeiro: Na Impressam (i.e. Imprensa) Nacional, 1822. 8 p., 
30 cm.
Manifesto feito por D. Pedro I em 6 de agosto de 1822. O texto expõe 
os motivos que levaram o Príncipe Regente a concordar com a von-
tade geral do Brasil em relação à independência, traça historicamente 
a situação do País desde a colonização até a volta de D. João VI para 
Portugal e apela às nações amigas que continuem a manter as mesmas 
relações diplomáticas com o Brasil. O manifesto foi também escrito 
em francês.
Obra encadernada com outros títulos. 
Primeiro imperador do Brasil (1822-1831). Após a independência do 
Brasil, foi aclamado imperador constitucional e defensor perpétuo do Bra-
sil. Abdicou o trono em 1831 e retornou para Portugal, onde faleceu. 
Escreveu um grande número de proclamações e manifestos. 
Fontes:
BLAKE, 1883-1902, v. 6, p. 367.
CAMARGO, 1993.
171170
COSTA, Vicente José Ferreira Cardozo da. que He o codigo 
civil? Lisboa: Typ. de Antonio Rodrigues Galhardo, 1822. ix, 
156 p., il, 19 cm.
Em 1822, estando para se nomear uma comissão exclusivamente en-
carregada de redigir um projeto de Código Civil português, o autor 
ofereceu ao Congresso, por meio do deputado José Joaquim Rodri-
gues de Bastos, um estudo sobre o que deveria ser um Código Civil e 
como ele deveria ser elaborado.
Vicente José Ferreira Cardoso da Costa foi doutor em leis pela Universi-
dade de Coimbra e poeta. Deixou o magistério para se dedicar à magis-
tratura, na qual exerceu vários cargos até o de desembargador da Relação 
do Porto.
Fonte:
BLAKE, 1902, v. 7, p. 361.
173172
PEDRO I, Imperador do Brasil, 1798-1834. mAniFesto de 
suA mAgestAde o imperAdor Aos brAsileiros. Rio de Janeiro: 
Typographia Nacional, 1823. 3 p., 30 cm.
Manifesto feito pelo imperador D. Pedro I com justificativas para a 
dissolução da Assembleia Constituinte, por meio do Decreto de 12 de 
novembro de 1823. 
Obra encadernada com outros títulos. 
Primeiro imperador do Brasil (1822-1831). Após a independência do 
Brasil, foi aclamado imperador constitucional e defensor perpétuo do Bra-
sil. Abdicou o trono em 1831 e retornou para Portugal, onde faleceu. 
Escreveu um grande número de proclamações e manifestos. 
Fonte:
BLAKE, 1883-1902, v. 6, p. 367.
175174
BRASIL. Conselho de Estado. projecto de constituição pArA o 
imperio do brAsil. Rio de Janeiro: Impresso no Ryo de Janeiro 
e reimpresso no... na Typografia Nacional, 1824. 21 p., 21 cm.
Obra originalmente impressa em Londres. Projeto da Constituição 
brasileira organizado pelo Conselho de Estado sobre as

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