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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO VICTOR RABELO GOMES DE SANTANA DIREITO ROMANO Os Juriprudentes RECIFE 2020 VICTOR RABELO GOMES DE SANTANA DIREITO ROMANO Os Juriprudentes Atividade de História do Direito do Curso de Direito da Universidade Católica de Pernambuco para obtenção da nota do 1° Graus de Qualificação (GQ). Orientador: Christiano Souza e Silva RECIFE 2020 SUMÁRIO 1. OS JUSRITAS ROMANOS. ............................................................................. 3 1.1. Gaio .............................................................................................................. 3 1.2. Emílio Papiniano ........................................................................................... 3 1.3. Eneu Domício Ulpiano .................................................................................. 3 1.4. Paulo ............................................................................................................. 4 1.5. Modestinus .................................................................................................... 4 2. JURISTA DA NOSSA REALIDADE ............................................................... 4 2.1. Miguel Reale Júnior ...................................................................................... 4 2.1.1. Suas obras............................................................................................... 5 2.1.2. O mais notório dos seus feitos atualmente ............................................... 5 3. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 6 3 1. OS JUSRITAS ROMANOS. 1.1. Gaio Gaio (Gaius em latim) foi um jurisconsulto romano do século II, tendo redigido seus principais trabalhos entre 130 e 180 d.C. Seu nome completo é desconhecido atualmente, sendo Gaio seu prenome. A única obra de sua autoria que permanece intacta é Institutas, um manual didático de direito romano clássico. Além das Institutas, um manual ou curso para jovens juristas, Gaio foi autor de um tratado intitulado "Éditos dos magistrados", de "Comentários sobre as Doze Tábuas", da importante Lex Papia Poppaea e muitos outros. Seu interesse em antiguidades da lei romana é patente, e por essa razão seu trabalho é muito valioso para os historiadores das antigas instituições romanas. Na disputa entre as duas escolas de juristas romanos ele se posicionou na escola dos sabinos, que se diziam seguidores de Caio Ateio Capitão, sobre a vida do qual temos notícia nos "Anais de Tácito", sendo bastante apegado às regras antigas e resistente às inovações. Muitas citações ao trabalho de Gaio são feitas no Digesto de Justiniano, adquirindo um assento permanente no sistema jurídico romano. Provavelmente, na maior parte do período que compreendeu os três séculos que se passaram entre as Institutas de Gaio e de Justiniano, as Institutas de Gaio foram o livro de cabeceira de todos os estudantes de Direito Romano. 1.2. Emílio Papiniano Emílio Papiniano (Aemilius Papinianus, em latim) foi um jurista romano com origem, provavelmente, síria que alcançou o título de Prefeito do Pretório, exercendo assim grande influência. Papiniano, juntamente com Paulo e Gaio, influenciaram na economia positivamente com suas investigações sobre a escravatura, natureza e significado do dinheiro, os interesses da população, separação e direito à liberdade de culto etc. Suas principais obras são as Quaestiones (em 37 livros, escritos antes de 198); as Responsa (escritas entre 204 e sua morte); as Definitiones; e De adulteriis. 1.3. Eneu Domício Ulpiano Eneu Domício Ulpiano (em latim: Eneo Domitius Ulpianus), nascido na cidade de Tiro, foi o pupilo de Papiniano e foi rival do jurista Paulo. Além de jurista, Ulpiano foi grande economista, demógrafo, historiador e homem de Estado. Foi autor de várias obras, porém o seu 4 maior legado foi ter sido o primeiro pesquisador e sistematizador que interpretou e organizou o direito romano. 1.4. Paulo Júlio Paulus Prudentissimus foi um dos juristas romanos que exerceram grande influência. Suas obras sobreviventes são extremamente prolíficas, exibindo uma análise apurada de outras opiniões de juristas e Paulus expressou suas opiniões legais. Ele escreveu sobre uma grande variedade de assuntos jurídicos, revelando assim ter um conhecimento profundo no direito romano classico. 1.5. Modestinus Herennius Modestinus , ou simplesmente Modestinus, foi discípulo de Ulpiano e deve ter vivido quase até meados do séc. III. Nas suas obras podemos encontrar manuais elementares do direito para uso dos estudantes e da prática. 2. JURISTA DA NOSSA REALIDADE 2.1. Miguel Reale Júnior Miguel Reale Júnior nasceu em São Paulo em 1944, filho de Miguel Reale e Filomena Pucci Reale, é um jurista, político, professor e advogado brasileiro. Miguel Reale Júnior formou-se em direito em 1968 pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, pela qual também se tornou doutor em 1971, com a tese “Dos estados de necessidade”, e livre-docente em 1973. Sua atuação acadêmica foi voltada à área do direito penal. Foi professor da Faculdade de Direito da USP desde 1971 até sua aposentadoria em 2014, tendo se tornado professor titular de direito penal em 1988. É autor de diversos artigos publicados nos mais diversos periódicos. Foi um membro da Comissão Revisora da Parte Geral do Código Penal e da Lei de Execução Penal entre 1980 e 1984. É um membro honorário da cadeira nº 2 da Academia Paulista de Letras, bem como da Real Academia de Jurisprudência y Legislacion madrilenha. 5 Foi conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil de 1974 a 1977. Atuou como secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo de 1983 a 1984, no governo Franco Montoro. Em 1987 tornou-se presidente do Conselho Federal de Entorpecentes - COFEN, órgão ligado ao Ministério da Justiça, permanecendo nesse cargo até 1988. Em 1995, foi secretário estadual da Administração e Modernização do Serviço Público no governo Covas. Em 2002, tornou-se ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso por breve período. Militante do PSDB, sempre esteve ligado a políticos como Franco Montoro, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso. Durante mais de 20 anos Miguel Reale Júnior teve como braço direito seu sócio David Teixeira de Azevedo, tendo formado em 1983 a sociedade Reale & Azevedo Advogados, que perdurou até 2007, passando o escritório a se chamar Reale e Moreira Porto Advogados Associados. Após nova alteração societária em 2012, desde então seu escritório leva o nome de Miguel Reale Júnior Sociedade de Advogados. Tendo sido filiado desde 1990, deixou o PSDB em junho de 2017, após o partido anunciar sua permanência na base do governo Michel Temer, apesar das denúncias surgidas contra a pessoa de Temer e seus aliados. 2.1.1. Suas obras Miguel Reale Júnior escreveu obras que contribuem para o direito brasileiro, sendo elas: I. Instituições de Direito Penal Vol. I e II, São Paulo, Forense; II. Teoria do Delito, São Paulo, RT, 1998; III. Casos de Direito Constitucional, São Paulo, RT, 1992; IV. Problemas Penais Concretos, São Paulo , Malheiros Editores, 1997; V. Questões Atuais de Direito, em co-autoria com o Prof. Miguel Reale, Belo Horizonte, Editora Del Rey, 2000; 2.1.2. O mais notório dos seus feitos atualmente Miguel Reale, e tornou-se notável nos últimos anos como um dos propositores da denúncia que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em 2015, junto aos juristas Hélio Bicudo e Janaina Paschoal, protocolou na Câmara dos Deputados um pedido de abertura de processo de impeachmentcontra a presidente Dilma Rousseff. Os Movimentos sociais pro- impeachment decidiram aderir ao requerimento, que contou também como apoio de parlamentares e parte da sociedade civil que organizou um abaixo-assinado em apoio ao impeachment da presidente da República. O pedido foi posto em votação no dia 17 de abril em 6 sessão extraordinária da Câmara dos Deputados, sendo aprovado na Câmara dos Deputados com 367 a favor, 137 contra, 7 abstenções e duas ausências, e em 31 de agosto de 2016, foi aprovado no Senado por 61 votos a favor e 20 contra. 3. BIBLIOGRAFIA SOUZA, Marcelo Alves. Sobre Gaio. [S. l.]: Tribuna do Norte, 3 ago. 2016. Disponível em: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/sobre-gaio/351043. Acesso em: 27 abr. 2020. COSTA, Keilla Renata. Emílio Papiniano. [S. l.]: Brasil Escola, [21--?]. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/papiniano.htm. Acesso em: 27 abr. 2020. SOUZA, Marcelo Alves. Sobre Ulpiano. [S. l.]: Tribuna do Norte, 10 ago. 2016. Disponível em: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/sobre-ulpiano/351660. Acesso em: 27 abr. 2020. CRUZ, GUILHERMES BRAGA. OBRAS ESPARSAS: ESTUDOS DE HISTÓRIA DO DIREITO ANTIGO. [S. l.: s. n.], 1979. 369 p. v. 1. Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=_Q1NuyXbzd8C&pg=PA244&lpg=PA244&dq=Heren nius+Modestinus+obras&source=bl&ots=oJDLoyxZQF&sig=ACfU3U2q98XffHA2jDKbEdJ QkAUsEmdXGw&hl=pt- BR&sa=X&ved=2ahUKEwjyjPPdxYnpAhUVHrkGHSa4AqcQ6AEwAXoECAkQAQ#v=on epage&q&f=false. Acesso em: 27 abr. 2020. SALERNO, Marilia; ZEMUNER, Adiloar Franco. A importância do Direito Romano na formação do jurista brasileiro. Londrina, [2006?]. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/3744/3005. Acesso em: 27 abr. 2020. SETEMY, Adrianna; HIPPOLITO, Regina. REALE JUNIOR, Miguel. [S. l.]: FGV CPDOC, 2002. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/reale- junior-miguel. Acesso em: 27 abr. 2020.
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