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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL
DISCIPLINA DE PATOLOGIA FLORESTAL
Carolina Rovira Pereira Fernandes
Gabriela Costa de Almeida
Aspergillus sp.
Recife, PE
Novembro de 2017
TAXONOMIA E CARACTERÍSTICAS GERAIS
Os fungos são organismos extremamente importantes para o funcionamento dos ecossistemas, embora estejam entre os organismos mais importantes do mundo, existem informações limitadas ou incompletas para a maioria das espécies (MUELLER et al., 2004; MUELLER; SCHMIT, 2007).
O reino Fungi é dividido em sete filos, (Chytridiomycota, Neocallimastigomycota, Blastocladiomycota, Microsporídia, Glomeromycota, Ascomycota e Basidiomycota), e um grupo, os fungos anamórficos. Este grupo não possui valor taxonômico, sendo seus membros relacionados aos filos Ascomycota e Basidiomycota. (MORAES; PAES; HOLANDA, 2009)
O filo Ascomycota compreende o maior grupo do reino Fungi, constituído de aproximadamente 75% de todos os fungos descritos. Seus representantes são considerados cosmopolitas e são encontrados na natureza como saprófitos, parasitas (especialmente de plantas), ou em associação mutualística (com algas unicelulares) formando os liquens. A principal caracterÌstica do grupo é a presença de asco contendo ascósporos, geralmente oito, que representam a estrutura de propagação do grupo. São produzidos por reprodução sexuada. (MORAES; PAES; HOLANDA, 2009)
O gênero Aspergillus é um anamórfico pertencente à família Trichocomaceae, ordem Eurotiales, subclasse Eurotiomycetidae, classe Eurotiomycetes, filo Ascomycota. Sua reprodução é assexuada e caracteriza-se pela produção de fiálides e conídios em cadeia. O conidióforo de Aspergillus é simples, usualmente aseptado e termina numa vesícula, onde ficam inseridas as fiálides. Algumas espécies podem produzir células Hülle ou esclerócios. Muitas espécies de Aspergillus apresentam telemorfos e se reproduzem sexuadamente. (KLICH, 2002). Aspergillus é um gênero de fungos que apresenta coloração branca amarelada com formação de pedúnculos e uma ponta colorida. São importantes agentes decompositores de alimentos.
A família Trichocomaceae compreende uma família grande de fungos, é conhecida por apresentar impactos positivos e negativos sobre as atividades humanas. As espécies mais conhecidas nessa família pertencem aos gêneros Aspergillus, Penicillium e Paecilomyces (HOUBRAKEN; SAMSON, 2011). 
De acordo com tipo de reprodução realizada, os fungos podem ser divididos em três grupos: Holomorfo: aquele que no ciclo de vida realiza ambas as reproduções, sexuada e assexuada. Anamorfo: aquele que no ciclo de vida realiza apenas a reprodução assexuada. Teleomorfo: aquele que no ciclo de vida realiza apenas a reprodução sexuada. (MORAES; PAES; HOLANDA, 2009)
Os Fungos Anamórficos formam um grupo de fungos onde a reprodução assexuada é predominante, com a formação de conídios como estrutura de propagação. A reprodução sexuada é ausente, desconhecida ou teve a capacidade perdida. Esse grupo está relacionado a gêneros do filo Ascomycota e Basidiomycota por comparação de sequências gênicas. São considerados como cosmopolitas, saprófitos, e parasitas de animais e plantas. Os conídios são formados por células conidiogênicas, presentes nos conidióforos, que são prolongamentos de hifas modificadas, com função reprodutiva. Os conídios podem ter diferentes formas, tamanhos e cores, podem possuir ou não a superfície texturizada, ornamento ou septo. Ex: Aspergillus sp e Penicillium sp. (MORAES; PAES; HOLANDA, 2009).
CICLO DE VIDA
O ciclo de vida dos fungos compreende duas fases. Uma somática, caracterizada por atividades alimentares, e outra reprodutiva, onde os fungos podem realizar reprodução sexuada ou assexuada. Em ambos os casos, um grande número de estruturas é formado, dependendo da espécie. As estruturas assexuadas, como também as sexuadas, podem ser formadas isoladamente ou em grupos, neste caso, formando corpos de frutificação. Assim, conídios podem ser formados em conidióforos isolados ou agrupados, constituindo então os conidiomas. Os esporos podem ser formados em ascomas (onde são formados os ascos) ou basidiomas (onde são formados os basídios). (MORAES; PAES; HOLANDA, 2009)
Atualmente o gênero Aspergillus compreende mais de 260 espécies, embora esse gênero tenha sido estudado desde 1729, a sistemática está em um estado de fluxo, além das características morfológicas e da utilização das técnicas moleculares, as espécies podem ser caracterizadas através de seus perfis de metabólitos secundários, coloração dos conídios, por sua taxa de crescimento em determinadas temperaturas e atividade de água, através de seu crescimento no meio de cultura Creatine Sucrose Agar - CREA (SAMSON; VARGA, 2009). 
Este gênero é considerado cosmopolita e amplamente distribuído na natureza, o isolamento de espécies em solos e em plantas caídas é muito comum, o gênero possui uma abundância maior nas regiões de climas tropicais e subtropicais (KLICH, 2002; PITT; HOCKING, 1997) 
As espécies tipicamente produzem um conidióforo, asseptado e com a base normalmente em forma de “T” ou “L”, comumente chamada de “célula pé”, conectada a uma hifa vegetativa. O conidióforo estende-se a partir da célula pé e pode continuar a se estender por alguns milímetros de comprimento até chegar à vesícula, na qual as células conidiogênicas métulas e fiálides são formadas. As vesículas podem ter várias formas características. Espécies que possuem o conídio diretamente ligado às fiálides; são denominadas de unisseriadas. Outras espécies apresentam estruturas especializadas que ficam entre a vesícula e as fiálides, designadas métulas, e a presença dessas estruturas caracteriza essas espécies como bisseriadas. (KLICH, 2002; KOZAKIEWICZ, 1989; RAPER; FENNELL, 1965).
A temperatura ótima para o crescimento e desenvolvimento da maioria dos fungos de armazenamento encontra-se entre 28 e 35 °C, estando a máxima e a mínima, respectivamente, entre 50 e 55 °C e 0 e 5 °C (Dhingra, 1985). A atividade de fungos decai prontamente com a redução da temperatura e algumas espécies de Aspergillus spp. podem
chegar a ampliar sua população 10 a 20 vezes mais rápido quando a temperatura for de 15 °C para 32 °C (CARVALHO; VON PINHO, 1997).
OCORRÊNCIAS 
Os fungos que ocorrem nas sementes podem ser divididos em dois grupos: de campo e de armazenamento. Os primeiros causam doenças nas plantas em desenvolvimento e, transmitidos por sementes, podem danificá-las, desde que estas estejam mantidas sob condições inadequadas de armazenamento. O segundo grupo de fungos compreende principalmente espécies de Aspergillus e Penicillium, podendo estar presentes como contaminantes, ou na forma de micélios dormentes entre os tecidos do pericarpo ou do tegumento das sementes. Podem desenvolver e provocar danos às sementes durante o armazenamento. A temperatura e umidade relativa do ar são os principais fatores do ambiente que influenciam o desenvolvimento de fungos, verificando-se em decorrência, apodrecimentos, redução da germinação, desenvolvimento de plantular anormais e outros (MACHADO 2000; NEERGAARD, 1979; CHRISTENSEN, 1974; NOVEMBRE, 1987).
Em relação à importância econômica, Aspergillus é um dos gêneros de fungos economicamente mais importantes, muitos isolados são utilizados na produção de diversos produtos, porém algumas espécies são responsáveis por diversas desordens em várias plantas, são considerados patógenos oportunistas, entre os patógenos comuns encontram-se as espécies Aspergillus flavus e Aspergillus niger (VARGA et al., 2004). 
Aspergillus é um patógeno comum que é disseminado pelo mundo através do ar na forma de esporos. Embora usualmente inofensivo, a espécie Aspergillus fumigatus foi identificada como uma causa de infecção em 1848, e é agora a principal causa de morte em pacientes vulneráveis com leucemia e transplante de medula óssea. Aspergillus nidulans tem sido um dos principais sistemas modelo, ajudando nos últimos50 anos na descoberta de diversos processos celulares fundamentais. Aspergillus oryzae tem sido usado no Oriente por 2000 anos para a produção de sake (vinho de arroz), miso (pasta de soja) e shoyu (molho de soja).
A aspergilose é causada por membros do gênero Aspergillus que se apresentam nos tecidos como hifas hialinas septadas e ramificadas dicotomicamente. A micose se manifesta em três formas clÌnicas: a alérgica, de colonização e a forma invasiva. Poucos grupos de Aspergillus causam infecção no homem. Espécies de Aspergillus dos grupos fumigatus, niger e flavus são os patógenos mais comuns, porém também podem causar infecção fungos dos grupos nidulans, terreus, ustus e restrictus. O aspecto microscópico do conidióforo permite a distinção entre as diferentes espécies. (MORAES; PAES; HOLANDA, 2009)
Pode-se citar algumas muito danosas ao ser humano: Aspergilose broncopulmonar alérgica, Aspergilose pulmonar invasiva, Aspergilose traqueobrônquica, Aspergilose pulmonar necrotizante crônica, Aspergiloma, Aspergilose pulmonar cavitária crônica (SALES, 2009)
 
REFERÊNCIAS
MUELLER, G. M. et al. Biodiversity of fungi: inventory and monitoring methods. Burlington: Elsevier Academic, 2004. 777 p. 
MUELLER, G. M.; SCHMIT, J. P. Fungal biodiversity: what do we know? What can we predict? Biodiversity and Conservation, London, v. 16, n. 1/5, 2007. 
HOUBRAKEN.J; SAMSON, R.A. Phylogeny of Penicillium and the segregation of Trichocomaceae into three families. Studies in Mycology. The Netherlands. v. 70:p. 1–51. 2011. 
SAMSON, R. A; VARGA, J. What is a species in Aspergillus? Medical Mycology, Oxford, v. 47, p. 13-20, 2009. Suppl. 
KLICH, M. A. Biogeography of Aspergillus species in soil and litter. Mycologia, New York, v. 94, n. 1, p. 21-27, 2002. 
PITT, J. I.; HOCKING, A. D. Fungi and food spoilage. 2nd ed. London: Blackie Academic and Professional, 1997. 540 p. 
VARGA, J. et al. Molecular diversity of agriculturally important Aspergillus species. European Journal of Plant Pathology, Dordrecht, v. 110, p. 627–640, 2004
MORAES, A. M. L.; PAES, R. A.; HOLANDA, V. L. Conceitos e Métodos para formação de profissionais em laboratórios de saúde: Volume 4. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009. 496 p. Disponível em: <http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/cap4.pdf>. Acesso em: 09 nov. 2017.
CARVALHO, M. L. M.; VON PINHO, E. V. R. Armazenamento de sementes. Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” (Especialização) a Distância: Produção e Tecnologia de Sementes. Lavras: UFLA/FAEPE, 1997. 67p.
MACHADO, J. C. Tratamento de sementes no controle de doenças. Lavras: LAPS/UFLA/FAEPE, 2000. 13p.
NEERGAARD, P. Seed pathology. London: MacMillan, 1979. 2p. 
Novembre, A. D. L. C. Tratamento fungicida e conservação de sementes de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). Piracicaba: ESALQ, 1987. 147p. Dissertação Mestrado
CHRISTENSEN, C. M. Storage of cereal grains and their products. Minnesota: American Association of Cereal Chemists, 2 ed.,1974.
SALES, Maria da Penha Uchoa. Capítulo 5 - Aspergilose: do diagnóstico ao tratamento. Jornal Brasileiro de Pneumologia, [s.l.], v. 35, n. 12, p.1238-1244, dez. 2009. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1806-37132009001200012.
SAMSON, R. A; VARGA, J. What is a species in Aspergillus? Medical Mycology, Oxford, v. 47, p. 13-20, 2009. Suppl. 
RAPER, K. B.; FENNELL, D. I. The genus Aspergillus. Baltimore: Williams & Wilkins, 1965. 686 p. 
KOZAKIEWICZ, Z. Aspergillus species on stored products. Mycological Papers, Netherlands, v. 161, p. 1-188, 1989.

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