Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PATOLOGIA FLORESTAL VIRÓIDE DEFINIÇÃO Parasita Obrigatório, ser vivo que apresenta as seguintes características: possui RNA fita simples, circular, capaz de se replicar, mas incapaz de traduzir, com no máximo 401 pares de bases nucleotídicas. Não tem vetor. TERMINOLOGIA • Ácido Nucléico - RNA fita simples, circular CICLO DAS RELAÇÕES VÍRÓIDE – HOSPEDEIRO Série de fases ou eventos envolvidos no processo doença. INÓCULO - FONTE DE INÓCULO • Tipo: Disseminação Curtas e Longas Distâncias Ser Humano Elementos de propagação vegetativa e sexual Infecção Fases da Infecção • Penetração - Indireta (transmissão mecânica) • Importação para o núcleo ou cloroplasto • Replicação (núcleo ou cloroplasto) • Exportação para o citoplasma COLONIZAÇÃO Intracelular • Curta distância na planta – Plasmodesmos • Longa distância na planta – Pelo Floema SOBREVIVÊNCIA • Hospedeiros Alternativos • Elementos de propagação vegetativa e/ou sexual (sementes) • Restos de Cultura CONDIÇÕES AMBIENTAIS FAVORÁVEIS Planta bem nutrida e temperatura elevada DETECÇÃO E DIAGNOSE • Testes biológicos, físico-químicos e moleculares TAXONOMIA Os viróides são classificados em Família, Gênero e Espécie Atualmente são conhecidas cerca de 44 espécies de viróides que infectam espécies vegetais. NEMATÓIDES FITOPARASITOS https://sites.google.com/site/paulobrioso/vir%C3%B3ides?authuser=0#h.7xj1z5s3m9bo https://sites.google.com/site/paulobrioso/vir%C3%B3ides?authuser=0#h.7xj1z5s3m9bo INTRODUÇÃO • São animais vermiformes, adaptados a variados “habitats”, de importância econômica, incluídos no Filo Nematoda, parasitas obrigatórios. - Parasitos de Animais - Vida Livre - Fitoparasitos – No Brasil temos mais de 366 espécies descritas (RJ - 41 espécies) MORFOLOGIA E ANATOMIA • Forma do Corpo – Dimorfismo Sexual • Tamanho • Características Anatômicas – Cutícula, Epiderme, Conduto Excretor, Conduto Nervoso, Musculatura, Tubo Digestivo • Sistema digestivo - Cavidade bucal, esôfago, intestino, anus • Sistema Reprodutor - Ovário, Oviduto, Espermateca, Utero, Vulva, Saco Uterino – Fêmea; Macho – Testículos, Vaso Deferente, Canal Ejaculador, Cloaca – Espículos e Gubernáculo; Bolsa de Cópula – cutícula expandida na cauda. BIOLOGIA E ECOLOGIA • Umidade • Aeração • Temperatura • Ciclo de vida: Ovo – Juvenil 1 a 4 (J1 a J4 - ecdises na mudança do estádio juvenil) – Adulto (macho e fêmea). Forma infectante J2 ou J3 (depende da espécie. No endereço eletrônico http://www.fito2009.com/fitop/fitoplabnematquar.html são encontradas todas as 41 espécies de nematóides quarentenários para o Brasil. Anguina agrostis Anguina pacificae Anguina tritici Belonolaimus longicaudatus Bursaphelenchus mucronatus Bursaphelenchus xylophilus Criconema mutabile Ditylenchus africanus Ditylenchus angustus Ditylenchus destructor Ditylenchus dipsaci (todas as raças, exceto as do alho) Globodera pallida Globodera rostochiensis Heterodera avenae Heterodera cajani Heterodera ciceri Heterodera goettingiana Heterodera mediterranea Heterodera oryzae Heterodera oryzicola Heterodera punctata Heterodera sacchari Heterodera schachtii Heterodera trifolii Heterodera zeae Meloidogyne chitwoodi Meloidogyne fallax Nacobbus aberrans Nacobbus dorsalis http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.fito2009.com%2Ffitop%2Ffitoplabnematquar.html&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw24R0AkOM2fBgPD77MyIej8 http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.fito2009.com%2Ffitop%2Ffitoplabnematquar.html&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw24R0AkOM2fBgPD77MyIej8 Pratylenchus crenatus Pratylenchus fallax Pratylenchus goodeyi Pratylenchus scribneri Pratylenchus thornei Punctodera chalcoensis Radopholus citrophilus Rotylenchulus parvus Subanguina radicicola Xiphinema diversicaudatum Xiphinema italiae Xiphinema rivesi CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENO – HOSPEDEIRO Série de fases ou eventos envolvidos no processo doença. Inóculo - Fonte de Inóculo Tipo Disseminação Curtas Distâncias Água Ferramentas e Maquinárias Agrícolas Solo Vetor – Anel Vermelho do Coqueiro (Bursaphelenchus cocophilus X Rhinchophorus palmarum); Murcha do Pinus (Bursaphelenchus xylophilus X Monochamus sp.) – Estados Unidos, Europa, Japão Longas Distâncias Elementos de Propagação Vegetativa e/ou Sementes (Aphelenchoides spp.; Bursaphelenchus cocophilus; Heterodera spp.) Infecção - Penetração Estabelecimento de Relações Parasitárias Colonização Interno - Endoparasitas Migratórios (Pratylenchus spp.; Radopholus spp.) ou Sedentários (Meloidogyne spp.) Externo - Ectoparasitas Migratórios (Globodera spp.) ou Sedentários (Xiphinema spp.) Ação - Expoliatória, Tóxica, Traumática, - Seletividade - Sintomas – necróticos ou plásticos Reprodução · Assexual – Partenogenese · Sexual Sobrevivência · Ativa - Hospedeiro ou partes deste (Elementos de Propagação Vegetativa e/ou Sexual) - Parasitismo em Hospedeiros Intermediários ou Alternativos - Restos de Cultura - Solo - Vetor (para o gênero Bursaphelenchus - Coleoptero do gênero Rhynchophorus ou Monochamus) · Passiva - Anidrobiose - Cisto Exteriorização 5. DIAGNOSE • Teste Biológico, • Teste Físico-químico, • Teste Sorológico, • Teste Molecular Taxonomicamente, os nematoides fitoparasitos são classificadas em Domínio, Superreino, Reino, Subreino, Ramo, Superfilo, Filo, Classe, Subclasse, Ordem, Família, Gênero, Espécie http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.esajournals.org%2Fna101%2Fhome%2Fliteratum%2Fpublisher%2Fesa%2Fjournals%2Fcontent%2Fecol%2F1999%2F00129658-80.5%2F0012-9658%281999%29080%255B1691%253Amtsopw%255D2.0.co%253B2%2Fproduction%2Fimages%2Fsmall%2Fi0012-9658-80-5-90-f10a.gif&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3Y7Wujj5R8BcG6iDuHAHRg http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.esajournals.org%2Fna101%2Fhome%2Fliteratum%2Fpublisher%2Fesa%2Fjournals%2Fcontent%2Fecol%2F1999%2F00129658-80.5%2F0012-9658%281999%29080%255B1691%253Amtsopw%255D2.0.co%253B2%2Fproduction%2Fimages%2Fsmall%2Fi0012-9658-80-5-90-f10a.gif&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3Y7Wujj5R8BcG6iDuHAHRg http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fnematode.unl.edu%2Fburcoco_cycle.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2lCITFYefClb1yEnw1xG7f http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fnematode.unl.edu%2Fburcoco_cycle.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2lCITFYefClb1yEnw1xG7f http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fkeys.lucidcentral.org%2Fkeys%2Fv3%2FWBB%2Fkey%2FWoodboring_Families%2FMedia%2FHtml%2FFact_sheets%2FCerambycidae.html&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0Oo-y1seXK-6PhwcNZETio http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fkeys.lucidcentral.org%2Fkeys%2Fv3%2FWBB%2Fkey%2FWoodboring_Families%2FMedia%2FHtml%2FFact_sheets%2FCerambycidae.html&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0Oo-y1seXK-6PhwcNZETio http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fkeys.lucidcentral.org%2Fkeys%2Fv3%2FWBB%2Fkey%2FWoodboring_Families%2FMedia%2FHtml%2FFact_sheets%2FCerambycidae.html&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0Oo-y1seXK-6PhwcNZETio http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fnematode.unl.edu%2Fpest1.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3eIT7xw2x3ZGbrJlA2Htgf http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fnematode.unl.edu%2Fpest1.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3eIT7xw2x3ZGbrJlA2Htgf http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fnematode.unl.edu%2Fpest1.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3eIT7xw2x3ZGbrJlA2Htgf http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fplpnemweb.ucdavis.edu%2Fnemaplex%2Ftaxadata%2Fheteinae.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0-pSa0uCQnbS1pZWa_4Ncr http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fplpnemweb.ucdavis.edu%2Fnemaplex%2Ftaxadata%2Fheteinae.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0-pSa0uCQnbS1pZWa_4Ncr http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fplpnemweb.ucdavis.edu%2Fnemaplex%2Ftaxadata%2Fheteinae.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0-pSa0uCQnbS1pZWa_4Ncr http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fgroups.ucanr.org%2Fnema%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2ZVDcCVk38ZRBamxT-ydhs http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fgroups.ucanr.org%2Fnema%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2ZVDcCVk38ZRBamxT-ydhshttp://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ufv.br%2Fdfp%2FdisciplinasG%2Ffip320%2FChaveNematoides%2Fradopholus_sp.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0L3yyVWKp2-VjHFlxy5sKV http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ufv.br%2Fdfp%2FdisciplinasG%2Ffip320%2FChaveNematoides%2Fradopholus_sp.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0L3yyVWKp2-VjHFlxy5sKV http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ufv.br%2Fdfp%2FdisciplinasG%2Ffip320%2FChaveNematoides%2Fradopholus_sp.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0L3yyVWKp2-VjHFlxy5sKV http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Ffitopatologia1.blogspot.com%2F2010%2F07%2Fgalhas-causadas-por-nematoides.html&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2MLpYmDwzexbcK_dQ3iyF5 http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Ffitopatologia1.blogspot.com%2F2010%2F07%2Fgalhas-causadas-por-nematoides.html&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2MLpYmDwzexbcK_dQ3iyF5 https://sites.google.com/site/paulobrioso/nemat%C3%B3ides-fitoparasitos?authuser=0#h.kdka48qda3wb https://sites.google.com/site/paulobrioso/nemat%C3%B3ides-fitoparasitos?authuser=0#h.kdka48qda3wb http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.cabdirect.org%2Fabstracts%2F19840818291.html&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3Sv9o0AwsAtI5ju1HYi-ON http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.cabdirect.org%2Fabstracts%2F19840818291.html&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3Sv9o0AwsAtI5ju1HYi-ON http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ufv.br%2Fdfp%2FdisciplinasG%2Ffip320%2FChaveNematoides%2Fheterodera_glycines.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3hK5AfdmNnMESQRP-5pEmX http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ufv.br%2Fdfp%2FdisciplinasG%2Ffip320%2FChaveNematoides%2Fheterodera_glycines.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3hK5AfdmNnMESQRP-5pEmX ALGAS FITOPARASITAS INTRODUÇÃO: As algas são organismos considerados os principais produtores de material fotossintético em ambientes aquáticos. Muitas algas são patogênicas a outros organismos. As algas vermelhas podem ser parasitas de outras algas vermelhas, algumas algas verdes incolores podem provocar infecções em seres humanos. No entanto, a maioria das algas verdes são organismos de vida livre, porém vários de seus gêneros vivem como endófitas de muitos hidrófitos, podendo causar pouco ou nenhum dano. Alguns gêneros de algas verdes são parasitas em plantas superiores, como é o caso do gênero Cephaleuros sp. podendo causar redução da área fotossintética das folhas e/ou desfolhamento extensivo, redução da qualidade de frutos, perda da colheita, necrose tecidual e redução do vigor das plantas HISTÓRICO: A doença causada por Cephaleuros foi primeiramente relatada por Ruehle apud Winston (1938), nos Estados Unidos, em diversos hospedeiros. No Brasil, foi primeiramente relatada por Batista e Lima (1949) que apresentaram uma lista de 448 hospedeiros do gênero. DEFINIÇÃO: Algas são organismos unicelulares que formam colônias ou organismos multicelulares de vida livre, todos com clorofila b, sendo alguns, parasitas facultativos. TERMINOLOGIA E PRINCIPAIS ESTRUTURAS Reprodução Assexuada Zoosporangioforo Zoosporângio Zoosporo Reprodução Sexuada Gametângio Gametas Esporófito CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENO - HOSPEDEIRO: As algas que pertencem à família Trentepohliaceae não são aquáticas, são subaéreas e crescem em solos úmidos, casca de árvore, rochas, folhas, caules e frutos. Suas células podem ser uni ou multinucleadas, com vários cloroplastos parietais discóides ou com formato de banda, por vezes aparecendo reticulados (LÓPEZ-BAUTISTA et al., 2002). Apesar de aerófilas e terrestres, dependem de um filme de água para completar seu ciclo de vida (NELSON, 2008). A reprodução de espécies de Cephaleuros pode se dar de forma sexuada ou assexuada, onde a primeira caracterizada pela produção de um esporófito anão pelo zigoto resultante, tendo a história de vida baseada na alternância de gerações heteromórficas com esporófito reduzido a uma planta anã, sendo o estágio assexuado, provavelmente, mais relevante para processos típicos de infecção e doença (NELSON, 2008). Nos filamentos são produzidos zoosporângios, que abrigam zoosporos, por meio dos quais ocorre a reprodução através da disseminação pelo vento, respingos de chuva, chuva movida pelo vento e podem infectar frutos, brotos e folhas novas, provocando amarelecimento das células vegetais próximas ao talo invasor, enquanto as células próximas se dividem e aumentam (AGRIOS, 2005) Fatores como tempo quente e chuvas frequentes, drenagem irregular do solo, ar estagnado e deficiência nutricional de plantas levam os hospedeiros a uma predisposição a infeccção por algas Por exemplo: Quanto à reprodução de Cephaleuros virescens, Lopez (2015) afirma que a morfologia das estruturas reprodutivas do agente causal é formada por filamentos estéreis e filamentos férteis (zoosporangióforos) eretos, retilíneos ou curvos (130-346 mm x 13-19 mm) que são compostos de células coradas e cilíndricas. Esses filamentos são encimados por uma estrutura vesicular arredondada, sendo cada zoosporangióforo capaz de suportar 3-6 zoosporângios ovóides ou globosos (33-45 mm x 36-41 mm), de coloração amarela, que são presos à vesícula por pedicelos curtos; e se formam numerosos zoósporos biciliados, por fragmentação, no seu interior, que são disseminados pelo vento e pela água. A reprodução sexuada ocorre por fusão de isogametas biflagelados que são produzidos dentro de um gametângio séssil, sendo que a fertilização pode ocorrer dentro ou fora do gametângio. Como no esporângio, os gametângios têm uma área que funciona como poro papilar para liberar os gametas. Em seguida, o zigoto germina e produz um esporófito anão que desenvolve pequenos zoosporângios anões (microzoosporângios ou meiozoosporângios), que voltam a produzir quatro ou oito zoósporos quadriflagelados (microzoósporos ou meiozoósporos). A meiose provavelmente ocorre no esporângio anão (SUTO et al., 2014). A reprodução assexuada ocorre por zoosporos produzidos em ramos férteis formando células-tronco piriformes aumentadas, produzindo, por sua vez, zoosporangios laterais compreendendo células curtas (ou células do pescoço, células do gancho, células do caule, pedicelo, etc.). O zoosporângio é ovoide (= "Hackensporangium", cerca de 21-36 mm x 18-26 mm) que se abscisa de célula sufural por rasgamento circunscissível da parede externa e divisão de parede cruzada modificada. As protuberâncias tipo mamilo do centro da parede cruzada de ambos os zoosporângios e células sufixais podem facilitar a abscisão final do zoosporângio. Os estádios de zoosporângio e em presença de água, libertam 8-64 zoospóros quadriflagelados através de papilas de poro distintivas. Zoosporos formam novos talos (GUIRY, M.D.; GUIRY, G.M., 2016). A inoculação dos hospedeiros ocorre quando os zoosporângios ou fragmentos de talos com zoosporângios são depositados em tecidos de hospedeiros suscetíveis. A infecção, portanto, ocorre e os sintomas se desenvolvem quando os zoospóros móveis são liberados dos zoosporângios, penetram na cutícula do hospedeiro e o talo algal do tipo disco com filamentos de algas filiformes. As manchas de algas podem levar à redução da área fotossintética da folha, desfoliação, perda de frutos de comercialização, seca do ponteiro e necrose do tecido. A reprodução e sobrevivência ocorrem em manchas em folhas ou caules e restos caídos de plantas hospedeiras (NELSON, 2008). Clima quente e úmido e água livre na superfície do hospedeiro favorecem o crescimento da alga e a disseminação do patógeno de uma planta pra outra. Em períodos mais secos a doença tende a desaparecer por completo, ressurgindo no período chuvoso seguinte (VIEIRA JÚNIOR et al., 2010). Isso porque períodos chuvosos cujas temperaturas variem de 28 a 32 ºC são ideais para o rompimento da membrana envoltória dos zoosporângios, o que facilita a dispersão dos zoósporos pelo vento, podendo infectar novas folhas, brotos e frutos de plantas (DUARTE E ALBUQUERQUE, 2005) apud (MALAGI et al., 2011). Dos seis gêneros de algas verdes pertencentes à familiaTrentepohliaceae Cephaleuros é considerado um gênero de grande relevância por provocar manchas ou clorose nas folhas de diversas plantas superiores (LÓPEZ-BAUTISTA et al., 2002). Essas algas verdes baseiam-se em um talo vegetativo similar a um disco, composto por células simétricas, que produzem filamentos com crescimento, principalmente, entre a cutícula e a epiderme das folhas do hospedeiro. No entanto, em algumas condições, os filamentos podem crescer entre as células paliçadicas e as células mesófilas das folhas (AGRIOS, 2005). Cephaleuros Kunze é o gênero mais prejudicial dentre as várias algas que vivem em plantas vasculares (MARLATT E ALFIERI, 1981). Pertence ao filo Clorophyta, subfilo Clorophytina, ordem Trentepohliales, família Trentepohliaceae e no momento há 29 nomes de espécies (e infra-específicas) na base de dados, sendo 17 atualmente sinalizadas como aceitas taxonomicamente: Cephaleuros aucubae Y.Suto & Ohtani, Cephaleuros biolophus Thompson & Wujek, Cephaleuros diffusus Thompson & Wujek, Cephaleuros drouetii Thompson & Wujek, Cephaleuros endophyticus (F.E.Fritsch) Printz, Cephaleuros expansa Thompson & Wujek, Cephaleuros henningsii Schmidle, Cephaleuros japonicus Y.Suto & S.Ohtani, Cephaleuros karstenii Schmidle, Cephaleuros lagerheimii Schmidle, Cephaleuros microcellularis Y.Suto & S.Ohtani, Cephaleuros minimus Karsten,Cephaleuros parasiticus var. nana R.H.Thompson & D.E.Wujek, Cephaleuros parasiticus Karsten, Cephaleuros pilosa Thompson & Wujek, Cephaleuros solutus Karsten, Cephaleuros tumidae-setae Thompson & Wujek , Cephaleuros virescens Kunze ex E.M.Fries. (GUIRY, M.D.; GUIRY, G.M., 2016). DETECÇÃO E DIAGNOSE • Testes biológicos, físico-químicos e moleculares TAXONOMIA As algas são classificados em Domínio, Reino, Filo, Subfilo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie Atualmente são conhecidos cerca de 17 espécies de algas do gênero Cephaleuros que infectam espécies vegetais. PROTOZOÁRIO FITOPATOGÊNICO E PLASMODIOPHORÍDEO DEFINIÇÃO ▪ Protozoários - Organismos pertencentes ao Domínio Eukarya, Reino Protozoa, eucarióticos, unicelulares, sem parede celular, fase fagocítica presente, geralmente móveis por flagelos ou outros meios. Por exemplo, Phytomonas sp. (parasita facultativo). ▪ Plasmodiophorídeos - Organismos pertencentes ao Domínio Eukarya, Reino Rhizaria, eucarióticos, unicelulares, sem parede celular, fase plasmodial presente, geralmente móveis por flagelos ou outros meios. Por exemplo, Plasmodiophora fici- repentis (parasita obrigatório). TAXONOMIA DE PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS E PLASMODIOPHORÍDEOS ▪ Taxonomicamente, os protozoários fitopatogênicos são classificados em Domínio, Superreino, Reino, Filo, Classe, Subclasse, Ordem, Família, Gênero, Espécie. No Brasil temos duas espécies mas somente uma afeta plantas arbóreas e/ ou arbustivas (Phytomonas staheli). Foi detectada no AL, AM, BA, PA, PB, PE, RJ, SE ▪ Taxonomicamente, os plasmodiophorídeos são classificados em Domínio, Superreino, Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero, Espécie No Brasil temos três espécies mas nenhuma afeta plantas arbóreas e/ ou arbustivas. TERMINOLOGIA E PRINCIPAIS ESTRUTURAS Phytomonas sp. - Cinetoplasto: provavelmente é uma mitocôndria especializada, sendo muito rico em DNA; - Corpúsculo basal: base de inserção de flagelos; - Reservatório: supõe-se que seja um local de secreção, excreção e ingestão de macromoléculas, por pinocitose; - Lisossoma: permite a digestão intracelular de partículas; - Aparelho de Golgi: síntese de carboidratos e condensação da secreção protéica; - Reticulo endoplasmático: a) liso — síntese de esteróides; b) rugoso — síntese de proteínas; - Mitocôndria: produção de energia; - Microtúbulos: movimentos celulares (contração e distensão); - Flagelos: locomoção; - Axonema: eixo do flagelo - Citóstoma: permite ingestão de partículas Plasmodiophora sp., Polymyxa sp.*, Spongospora sp.* · Plasmódio · Zoosporângio · Zoosporo com flagelos em uma extremidade · Cisto (Esporo de Resistência) – 15 anos no solo Obs. ¨*Vetores de vírus de plantas (Relação Protozoa x Vetor – Não Persistente ou Persistente) CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENO – HOSPEDEIRO Série de fases ou eventos envolvidos no processo doença. Inóculo - Fonte de Inóculo Tipo Disseminação Curtas e Longas Distâncias Phytomonas sp. · Vetor (Percevejo – Lincus sp.; Ochlerus sp.) · Mudas e/ou Sementes Plasmodiophora sp., Polymyxa sp., Spongospora sp. • Mudas e/ou Sementes · Água · Solo Infecção - Penetração Phytomonas sp. • Vasos floemáticos e/ou lactíferos, frutos e flores – vetor (Percevejo), enxertia Plasmodiophora sp., Polymyxa sp., Spongospora sp. • Raízes e/ou radicelas Estabelecimento de Relações Parasitárias COLONIZAÇÃO · Interno - Endoparasitas - Intracelular - Seletividade Phytomonas sp. · Células vivas floemáticas e/ou lactíferas · Frutos, Radicelas e Raízes - Sintomas – plesionecróticos e/ou holonecróticos Plasmodiophora sp., Polymyxa sp., Spongospora sp. · Somente, radicelas e/ou raízes - Sintomas – plesionecróticos e/ou holonecróticos, plástico (galha) - Classificação · Hemibiotrófico - Parasitas Facultativos (Phytomonas sp.) · Heterotrófico – Parasita Obrigatório (Plasmodiophora sp., Polymyxa sp., Spongospora sp.) · REPRODUÇÃO · Assexual – Miitose (Divisão Binária) - Função: Mais vezes Em número maior · Sexual - Conjugação - Função: Poucas vezes Não muito para a disseminação Evolução Trocas Genéticas Estirpes e Raças Sobrevivência Phytomonas sp. - Parasitismo em Hospedeiros Intermediários ou Alternativos – Látex - espécies das famílias Apocynaceae, Asclepiadaceae, Cecropiaceae, Euphobi aceae, Moraceae, Sapotaceae, Urticaceae; Floema - espécies das famílias Arecaceae, Rubiaceae; Frutos - espécies das famílias Anacardiaceae, Oxalidaceae, Passifloraceae, Punicaceae , Rosaceae, Rutaceae, Solanaceae, · Infectando Plantas ou suas partes e frutos - Vetor Plasmodiophora sp., Polymyxa sp., Spongospora sp. · Infectando Plantas ou suas partes em uma mesma família botânica · Cisto (Esporo de Resistência) DIAGNOSE No Link pode se ter uma noção dos testes usados para diagnóstico de Protozoário fitopatogênico além dos abaixo relatados. • Teste Biológico, • Teste Físico-químico, • Teste Sorológico, • Teste Molecular. NOÇÕES DE EPIDEMIOLOGIA ASSOCIADA Á PATOLOGIA FLORESTAL INTRODUÇÃO Patógeno (associado ou não a Vetor) x Hospedeiro x Ambiente x Ser Humano CONCEITOS • Epidemiologia - Estudo do progresso da doença no espaço e no tempo, em funão das interações entre populações do hospedeiro, populações do patógeno e ambiente • Epidemia - Aumento da doença numa população de plantas em intensidade e/ou extensão geográfica Pandemia - Epidemia que ocupa área extremamente grande • Endemia - Doença sempre presente numa determinada área, sem estar em expansão • Surto Epidêmico - Doença endêmica, que pode se tornar epidêmica, por fatores tais como modificação momentânea do microclima OBJETIVOS • Acadêmico • Aplicado - Estudar a evolução das doenças em populações do hospedeiro; avaliar prejuízos; avaliar os efeitos simples e as interações entre diferentes medidas de controle; avaliar a eficiência técnica e econômica das medidas de controle; estabelecer estratégias de controle aos agentes das doenças e aperfeiçoá-las para a proteção das culturas FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DA EPIDEMIA Planta hospedeira Idade da hospedeira Nível de resistência ou suscetibilidade da hospedeira Tipo de cultura Uniformidade genética Patógeno Nível de virulência Tipo de reprodução Ecologia Modo de disseminação Vetor Ambiente Fertilidade do solo Temperatura Umidade Interferência Humana Escolha e preparo do local http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.infoteca.cnptia.embrapa.br%2Fbitstream%2Fdoc%2F674022%2F1%2Fcirctec17.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0H7uga8k3yVBRU8LdOz0Yhhttp://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.infoteca.cnptia.embrapa.br%2Fbitstream%2Fdoc%2F674022%2F1%2Fcirctec17.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0H7uga8k3yVBRU8LdOz0Yh Introdução de novos patógenos Medidas de controle da doença Práticas culturais Seleção do material propagativo FITOPATOMETRIA Quantificação de doenças Métodos diretos de avaliação de doenças 1) Incidência Porcentagem de plantas doentes ou partes de plantas doentes em uma população Maior simplicidade, precisão e facilidade de obtenção Ex.: Nº de frutos de maçã com sarna 2) Severidade Porcentagem da área ou do volume de tecido coberto por sintoma Apropriado para medir doenças foliares (ferrugens, oídios, míldios) Uso de chaves descritivas, escalas diagramáticas, análises de imagem de vídeo por computador, sensoreamento remoto MÉTODOS INDIRETOS DE AVALIAÇÃO DE DOENÇAS Redução de vigor, diminuição da produção, enfezamento Vírus Teste Sorológico - por exemplo, ELISA Teste Molecular - por exemplo, PCR Nematóides Contagem CURVAS DE PROGRESSO DA DOENÇA Proporção de doença x tempo Parâmetros: to = início da epidemia xo = quantidade de inóculo inicial r = taxa de aumento da doença xmax = quantidade máxima de doença xf = quantidade final de doença CLASSIFICAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE DOENÇA Doenças de juros simples • Doenças monocíclicas • Inóculo inicial: taxa de infecção e total da doença no tempo ( to) Doenças de juros compostos • Doenças policíclicas • Inóculo inicial + inóculo secundário: taxa de infecção e total da doença X = xo . exprt PREVISÃO DE DOENÇAS 1) Inóculo inicial · Quantidade do inóculo · Eficiência do inóculo 2) Inóculo secundário · Quantidade do inóculo · Eficiência do inóculo · Quantidade do inóculo e sua eficiência SISTEMAS DE PREVISÃO DE DOENÇAS Sarna da macieira x Venturia inaequalis • Projeção de ascósporos • Estádio fenológico • Temperaturas PRINCÍPIOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS AO CONTROLE Redução do Inóculo Inicial Princípio de Exclusão: • Sementes Certificadas Príncipio de Erradicação: • Eliminação de Hospedeiros Alternativos • Poda de Ramos Doentes • Rotação de Cultura • Tratamento de Sementes com água quente Príncípio de Imunização: • Resistência Vertical Redução da Taxa de Infecção Princípio de Evasão: • Manejo do Microclima Príncipio de Erradicação: • Defensivos Protetores • Poda de Ramos Doentes • Redução da Dispersão de Inóculo Príncípio de Imunização: • Resistência Horizontal MEDIDAS DE CONTROLE À FITOPATÓGENOS INTRODUÇÃO As medidas de controle só são eficientes quando se faz uma diagnose eficiente e correta, assim como, quando se leva em consideração o Complexo Causal. CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENO – HOSPEDEIRO DEFINIÇÃO: Série de fases ou eventos envolvidos no processo doença. FASES OU EVENTOS: 1. Inóculo - Fonte de Inóculo 2. Infecção - Pré-Penetração, Germinação e Penetração 3. Colonização 4. Reprodução 5. Exteriorização 6. Disseminação 7. Sobrevivência • Ciclo Primário • Ciclo Secundário • Complexo Causal Consiste na interação entre hospedeiro suscetível, patógeno virulento (associado ou não a um vetor) e condições ambientais favoráveis para ambos, originando a Doença. • Princípios gerais de controle: Atualmente, os Princípios Gerais de Controle envolvem sete (07) Medidas que são executadas individualmente ou em conjunto com o objetivo de controlar as atividades do fitopatógeno de modo a evitar uma doença no vegetal PATÓGENO 1. EXCLUSÃO Disseminação: PREVENÇÃO DA ENTRADA DE UM PATÓGENO EM UMA ÁREA AINDA NÃO INFESTADA – Eliminação de Vetores, Inspeção e Certificação, quarentena, Sementes e Mudas Sadias 2. ERRADICAÇÃO Sobrevivência: ELIMINAÇÃO DO PATÓGENO DE UMA ÁREA EM QUE FOI INTRODUZIDO – Eliminação de Plantas ou partes destas infectadas, eliminação de hospedeiros, aração profunda, eliminação de restos de cultura, desinfestação física ou química do solo, tratamento de sementes e rotação de culturas 3. EVASÃO Inóculo - Fonte de Inoculo: Prevenção da doença pelo plantio em épocas ou áreas quando ou onde o inóculo é ineficiente, raro ou ausente - Escolha da área geográfica, local e época do plantio, precocidade das variedades, etc. HOSPEDEIRO 1. PROTEÇÃO Chegada do Inóculo e Infecção: INTERPOSIÇÃO DE UMA BARREIRA PROTETORA ENTRE AS PARTES SUSCETÍVEIS DA PLANTA E O INÓCULO DO PATÓGENO, ANTES DE OCORRER A DEPOSIÇÃO – Defensivos Agrícolas Receituário Agronômico - Agrofit (MAPA) Infecção e Colonização: DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS RESISTENTES OU IMUNES EM UMA ÁREA INFESTADA COM O PATÓGENO – Resistência genética, Pré-Imunização, Proteção Cruzada 3.TERAPIA Após Infecção: ESTABELECIMENTO DA SANIDADE DE UMA PLANTA COM A QUAL O PATÓGENO JÁ ESTABELECEU UMA RELAÇÃO PARASÍTICA – Cirurgia, Crioterapia, Quimioterapia, Termoterapia. AMBIENTE 1. REGULAÇÃO Ambiente: Prevenção da doença pela modificação do ambiente – Controle do vetor, Modificações da Luminosidade, Temperatura, Umidade; Nutrição, Propriedades do Solo, etc. 2. EVASÃO Inóculo - Fonte de Inoculo: Prevenção da doença pelo plantio em épocas ou áreas quando ou onde o inóculo é ineficiente, raro ou ausente - Escolha da área geográfica, local e época do plantio, precocidade das variedades, etc. EXEMPLOS DE ENFERMIDADES BIÓTICAS E SEU CONTROLE Fungo: “Tombamento" ou "Damping - Off” do Eucalipto X Fungos do Solo (Botrytis sp.; Cylindrocladium sp; Fusarium sp.; Rhizoctonia sp.) Straminipila: “Podridão Parda” do Cacaueiro X Phytophthora palmivora Bactéria: “Murcha Bacteriana” do Eucalipto X Ralstonia solanacearum Espiroplasma: “Stubborn” dos Citros X Spiroplasma cutri Fitoplasma: “Amarelecimento Fatal” do Dendezeiro X “Candidatus Phytoplasma sp.” Protozoário Fitoparasita: “Murcha de Phytomonas” do Coqueiro X Phytomonas sp. Nematóide: “Anel Vermelho” do Coqueiro X Bursaphelenchus cocophilus Vírus: “Mosaico” do Sombreiro X Begomovirus Viróide: “Cadang Cadang” do Coqueiro X Coconut cadang cadang viroid
Compartilhar