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APOSTILA COMEX UNIDADE 1

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Estimado (a) participante, 
 
ACE - Almada Centro de Estudos & ICMS Prático, tem a satisfação em 
recebê-los em um de nossos cursos profissionalizantes. 
O Curso Comércio Exterior – Importação, Exportação e Despacho Aduaneiro, 
tem como propósito possibilitar aos participantes a devida compreensão a respeito 
do Comércio Exterior em relação às operações de importação e exportação e do 
despacho aduaneiro, identificando a respectiva tributação no âmbito federal e 
estadual e os respectivos procedimentos operacionais quando do desembaraço. 
Nessa oportunidade desejamos que o curso, assim como todo o material 
didático esteja em conformidade com suas expectativas. 
Agradecemos sua participação em nosso evento e acreditamos que nosso 
curso possa colaborar proativamente com sua atividade profissional. 
 
Saudações, 
 
Prof. Paulo Almada 
Coordenador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
A globalização internacional faz com que os países intercambiem bens e 
serviços num fluxo que a cada dia se torna mais ágil e interativo. 
As empresas devem estar preparadas para enfrentar novos desafios e, essa 
preparação, nada mais é do que capacitar, treinar e motivar seu pessoal para lutar 
num campo em que os adversários são competentes e agressivos. 
Esta apostila foi elaborada para responder às muitas indagações sobre as 
dúvidas que cercam as operações de comércio exterior. 
 
 
 
Facilitador: Jorge Barroso Filho 
 
 
 
 
3 
UNIDADE 1 – VISÃO GERAL DOS PROCEDIMENTOS ADUANEIROS 
1.1. IMPORTAÇÃO 
Consideram-se importações todas as operações pelas quais ocorre entrada 
de mercadorias e/ou serviços estrangeiros no País, independente de tais produtos 
terem sido comprados ou não dos países que os fornecem. 
O procedimento deve ser efetuado via nacionalização do produto ou serviço, 
que ocorre à partir de procedimentos burocráticos ligados à Receita do país de 
destino, bem como da alfândega, durante o descarregamento e entrega, que pode 
ser por via aérea, marítima, rodoviária ou ferroviária. 
 
1.2. EXPORTAÇÃO 
É a saída de bens, produtos e serviços do país de origem, podendo envolver 
pagamento, como venda de produtos, ou não, como nas doações. 
A exportação pode ser caracterizada como perfeita e imperfeita. 
A exportação perfeita ocorre quando a própria empresa faz a exportação, 
sem a utilização de intermediários no processo de introdução do produto no 
mercado-alvo. 
Exportação imperfeita trata-se de uma alternativa disponível para 
empresas que desejam iniciar seu processo de internacionalização, porém não 
possuem experiência suficiente para fazê-lo de forma independente. 
 
 
 
4 
1.3. TERRITÓRIO ADUANEIRO 
O Território Aduaneiro compreende todo o território nacional, inclusive o mar 
territorial, as águas territoriais e o espaço aéreo correspondente. 
A Convenção das Nações Unidas sobre o direito do Mar, concluída em 
Montego Bay, Jamaica, em 10 de dezembro de 1982, estabelece o que segue: 
 
 Regime jurídico do mar territorial, seu espaço aéreo sobrejacente, leito e subsolo 
a) A soberania do Estado costeiro estende-se além do seu território e das suas 
águas interiores e, no caso de Estado arquipélago, das suas águas 
arquipelágicas, a uma zona de mar adjacente designada pelo nome de mar 
territorial. 
b) Esta soberania estende-se ao espaço aéreo sobrejacente ao mar territorial, 
bem como ao leito e ao subsolo deste mar. 
 Largura do mar territorial 
Todo Estado tem o direito de fixar a largura do seu mar territorial até um limite 
que não ultrapasse 12 milhas marítimas, medias a partir de linhas de base 
determinadas de conformidade com a Convenção. 
 
Numa zona contígua (+ 12 milhas marítimas) ao seu mar territorial, o 
Estado costeiro pode tomar as medidas de fiscalização necessárias a: 
a) Evitar as infrações às leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, de 
imigração ou sanitários no seu território ou no seu mar territorial; 
b) Reprimir as infrações à leis e regulamentos no seu território ou no seu 
mar territorial. 
Regulamentado pela Lei nº 7.565/1986, que dispõe sobre o Código 
Brasileiro de Aeronáutica, o espaço aéreo de um país é a porção da atmosfera que 
 
 
5 
se sobrepõe ao território, incluindo o território marítimo, indo do nível do solo, ou do 
mar, até 100 a 110Km de altitude. 
 
1.4. JURISDIÇÃO ADUANEIRA 
A jurisdição aduaneira é o poder atribuído à autoridade aduaneira para que 
se faça cumprir a administração das atividades e a fiscalização, bem como o 
controle e a tributação das operações de comércio exterior. Refere-se também à 
área geográfica de jurisdição da aduana de um país. 
No Brasil, a jurisdição aduaneira estende-se por todo o território aduaneiro, 
abrangendo: 
 a ZONA PRIMÁRIA, constituída pelas seguintes áreas demarcadas 
pela autoridade aduaneira local: 
 - a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, 
nos portos alfandegados;- a área terrestre, 
nos aeroportos alfandegados; 
- a área terrestre, que compreende os pontos 
de fronteira alfandegados. 
 a ZONA SECUNDÁRIA, que compreende a parte restante do território 
aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo. 
 as ÁREAS DE CONTROLE INTEGRADO criadas em regiões limítrofes 
dos países integrantes do Mercosul com o Brasil (no caso das ACIs, a jurisdição 
da autoridade aduaneira vai além das fronteiras do território nacional). 
 
 
 
 
6 
1.5. DESPACHO ADUANEIRO x DESEMBARAÇO ADUANEIRO 
Despacho aduaneiro é o procedimento mediante o qual é verificada a 
exatidão dos dados declarados pelo importador ou exportador em relação à 
mercadoria importada ou exportada, aos documentos apresentados e à legislação 
específica. Tem como objetivo final o desembaraço aduaneiro. 
O despacho aduaneiro na importação possui duas modalidades: 
 Despacho para consumo 
 Despacho para admissão 
 
As etapas do Despacho aduaneiro de importação são: 
1) Registro da DI no siscomex 
2) Parametrização da DI 
3) Instrução da Declaração ou recepção dos documentos 
4) Distribuição para conferência aduaneira 
5) Conferência aduaneira 
6) Desembaraço aduaneiro 
O despacho aduaneiro de exportação possui etapas análogas às do 
despacho de importação: 
1) Registro da declaração de exportação (DE) 
2) Confirmação da Presença de carga 
3) Recepção dos documentos 
4) Parametrização 
5) Distribuição para conferência aduaneira 
6) Conferência aduaneira 
7) Desembaraço 
8) Trânsito aduaneiro, se for o caso 
9) Registro dos dados de embarque ou da transposição de fronteira 
10) Averbação do Embarque ou da transposição de fronteira 
 
 
 
7 
1.6. DOCUMENTOS DO COMÉRCIO EXTERIOR 
Nas transações internacionais, seja na importação ou na exportação, os 
documentos desempenham uma importante função de negociação. São eles que 
descrevem o que está sendo vendido, transportado ou atestam a qualidade do 
produto feita através de de um laboratório ou de uma instituição credenciada de 
renome internacional. 
 Fatura Proforma (ou Proforma Invoice): documento emitido pelo exportador 
para o importador e formaliza a negociação internacional. Muitos entendem 
que este é o primeiro contrato entre as partes, apesar de não gerar 
obrigações de pagamento por parte do importador. Podemos conceitua-lo 
como uma tomada de preço internacional, onde o interessado (importador) 
busca detalhes daquilo que está disposto a comprar. 
 
 Fatura Comercial (ou CommercialInvoice): após a discussão dos termos 
contratuais da fatura proforma, e depois das condições pactuadas do 
pagamento, a operação é concretizada através do aceite (assinatura) de 
alguma proposta ou na própria fatura proforma, e o exportador irá emitir a a 
fatura comercial (ou comercial invoice). Este documento representa que a 
operação já foi consumada e que daqui por diante, o exportador deverá cuidar 
dos trâmites operacionais de envio da mercadoria para o país comprador. 
Este documento é internacional e equivale à Nota Fiscal brasileira. É 
imprescindível para a liberação aduaneira em qualquer parte do mundo, e 
nela contém todas as informações pactuadas na negociação internacional. No 
Brasil, o Regulamento Aduaneiro (Decreto 6759, 05/02/2009) define critérios 
mínimos para emissão e quais as informações necessárias para a sua 
apresentação na Aduana brasileira. O importador deve estar atento a esta 
legislação, pois a falta de qualquer informação descrita no Art. 557, do R.A. 
poderá incidir em sansão pecuniária, além do atraso na liberação mercadoria. 
 
 Packing List (ou Romaneio de embarque): trata-se de uma relação dos 
produtos embarcados, indicando os tipos de volumes, quantidade, dimensões, 
peso líquido e bruto, além dos seus respectivos conteúdos. Não se trata de 
um relatório que substitua a fatura comercial, mas apenas uma lista detalhada 
do que está sendo enviado ao importador e que serve de roteiro para a 
conferência aduaneira no país de destino. Apesar de muitos considerarem um 
 
 
8 
documento meramente burocrático, este é fundamental para as autoridades 
aduaneiras efetuarem uma correta e rápida conferência da carga no país de 
destino, quanto para o importador poder recepcionar os produtos comprados 
em seu armazém. A prova desta importância está no RA, onde determina que 
a falta deste incida uma multa de R$500,00. 
 
 Conhecimento de Embarque: considerado o mais importante do comércio 
exterior, recebe denominações de acordo com o meio de transporte utilizado. 
O art. 554, do RA, dispões que o conhecimento de carga original, constitui 
prova de posse ou de propriedade da mercadoria. Este documento é emitido 
pela companhia transportadora, ou através do seu agente ou representante. É 
ao mesmo tempo um contrato de transporte, um recibo de que a mercadoria 
foi entregue para o transporte e um documento de propriedade, definindo 
assim um título de crédito. De acordo com o modal, este mesmo documento 
recebe nomes diferentes, a saber: 
- Modal marítimo: BL (Bill of Lading); 
- Modal aéreo: AWB (Air Way Bill); 
- Modal rodoviário: CRT (Conhecimento Rodoviário de Transporte) 
- Modal ferroviário: TIF 
 
 Certificado de Origem: documento imprescindível para o importador, quando 
o produto e o país exportador são beneficiários de acordos internacionais que 
permitem a isenção ou a redução do imposto de importação. Além do 
benefício tributário o CO também é exigido em decorrência de disposições 
previstas na legislação interna do país. No Brasil, vinhos e alimentos são 
produtos, a título de exemplo, que exigem o certificado de origem para a sua 
liberação pelo Ministério da Agricultura. Dependendo do acordo internacional, 
existem vários modelos de certificado de origem. No Brasil, o Certificado de 
Origem do Mercosul e o Certificado de Origem Aladi são muito utilizados para 
importações originárias de países da América do Sul. 
 
 Certificado fitossanitário: é um documento que atesta a qualidade do 
aspecto sanitário de um vegetal relativo à ocorrência de insetos-pragas e 
doenças, e em muitos países são obrigatórios para terem a sua liberação 
aduaneira. No Brasil é emitido pelo Ministério da Agricultura. 
 
 
9 
 
 Certificado sanitário internacional: é um documento que atesta que as 
carnes ou produtos de origem animal cumpriu com as condições 
internacionais de higiene veterinária. Este documento é emitido pela 
autoridade veterinária do país exportador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
MODELOS 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
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16 
 
 
 
 
 
17 
1.7. INCOTERMS 
Os chamados Incoterms (International Commercial Terms / Termos 
Internacionais de Comércio) servem para definir, dentro da estrutura de um contrato 
de compra e venda internacional, os direitos e obrigações recíprocos do exportador 
e do importador, estabelecendo um conjunto-padrão de definições e determinando 
regras e práticas neutras, como por exemplo: onde o exportador deve entregar a 
mercadoria, quem paga o frete, quem é o responsável pela contratação do seguro. 
Enfim, os Incoterms têm esse objetivo, uma vez que se trata de regras 
internacionais, imparciais, de caráter uniformizador, que constituem toda a base dos 
negócios internacionais e objetivam promover sua harmonia. 
Na realidade, não impõem e sim propõem o entendimento entre vendedor e 
comprador, quanto as tarefas necessárias para deslocamento da mercadoria do 
local onde é elaborada até o local de destino final (zona de consumo): embalagem, 
transportes internos, licenças de exportação e de importação, movimentação em 
terminais, transporte e seguro internacionais etc. 
Para facilitar seu entendimento na apresentação de cada INCOTERM, 
observe o gráfico abaixo. 
 
 
 
 
18 
Os Incoterms foram agrupados em quatro categorias por ordem crescente 
de obrigação do vendedor. 
 
GRUPO INCOTERMS DESCRIÇÃO 
E de Ex (PARTIDA - 
Mínima obrigação para o 
exportador) 
EXW - Ex Works Mercadoria entregue ao 
comprador no 
estabelecimento do 
vendedor. 
F de Free 
(TRANSPORTE 
PRINCIPAL NÃO PAGO 
PELO EXPORTADOR) 
FCA - Free Carrier 
FAS - Free Alongside 
Ship 
FOB - Free on Board 
Mercadoria entregue a 
um transportador 
internacional indicado 
pelo comprador. 
C de Cost ou Carriage 
(TRANSPORTE 
PRINCIPAL PAGO 
PELO EXPORTADOR) 
CFR - Cost and Freight 
CIF - Cost, Insurance 
and Freight 
CPT - Carriage Paid To 
CIP - Carriage and 
Insurance Paid to 
O vendedor contrata o 
transporte, sem assumir 
riscos por perdas ou 
danos às mercadorias ou 
custos adicionais 
decorrentes de eventos 
ocorridos após o 
embarque e despacho. 
D de Delivery 
(CHEGADA - Máxima 
obrigação para o 
exportador) 
DAT - Delivered Duty 
Paid 
 
DAP - Delivered Duty 
Paid 
 
DDP - Delivered Duty 
Paid 
O vendedor se 
responsabiliza por todos 
os custos e riscos para 
colocar a mercadoria no 
local de destino. 
 
 
 
 
19 
 
 A mercadoria é colocada à disposição do comprador no estabelecimento do 
vendedor, ou em outro local nomeado (fábrica, armazém, etc), não 
desembaraçada para exportação e não carregada em qualquer veículo 
coletor; 
 Este termo representa obrigação mínima para o vendedor; 
 O comprador arca com todos os custos e riscos envolvidos em retirar a 
mercadoria do estabelecimento do vendedor; 
 Desde que o contrato de compra e venda contenha cláusula explícita a 
respeito, os riscos e custos envolvidos e o carregamento da mercadoria na 
saída, poderão ser do vendedor; 
 EXW não deve ser usado se o comprador não puder se responsabilizar, direta 
ou indiretamente, pelas formalidades de exportação; 
 Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 O vendedor complete suas obrigações quando entrega a mercadoriadesembaraçada para a exportação, aos cuidados do transportador 
internacional indicado pelo comprador, no local determinado; 
 A partir daquele momento, cessam todas as responsabilidades do vendedor, 
ficando o comprador responsável por todas as despesas e por quaisquer 
perdas ou danos que a mercadoria possa vir a sofrer; 
 O local escolhido para entrega é muito importante para definir 
responsabilidades quanto à carga e descarga da mercadoria: se a entrega 
ocorrer nas dependências do vendedor, este é o responsável pelo 
carregamento no veículo coletor do comprador, se a entrega ocorrer em 
qualquer outro local pactuado, o vendedor não se responsabiliza pelo 
descarregamento de seu veículo; 
 O comprador poderá indicar outra pessoa que não seja o transportador, para 
receber a mercadoria. Nesse caso, o vendedor encerra suas obrigações 
quando a mercadoria é entregue àquela pessoa indicada; 
 Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 O vendedor encerra suas obrigações no momento em que a mercadoria é 
colocada ao lado do navio transportador, no cais ou em embarcações 
utilizadas para carregamento, no porto de embarque designado; 
 A partir daquele momento, o comprador assume todos os riscos e custos com 
carregamento, pagamento de frete e seguro e demais despesas; 
 O vendedor é responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação; 
 Este termo poder ser utilizado somente para transporte aquaviário (marítimo, 
fluvial ou lacustre). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 O vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria transpõe a 
amurada do navio no porto de embarque indicado e, a partir daquele 
momento, o comprador assume todas as responsabilidades quanto a perdas 
e danos; 
 A entrega se consuma a bordo do navio designado pelo comprador, quando 
todas as despesas passam a correr por conta do comprador; 
 O vendedor é o responsável pelo desembaraço da mercadoria para 
exportação; 
 Este termo pode ser utilizado exclusivamente no transporte aquaviário 
(marítimo, fluvial ou lacustre). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos necessários para 
colocar a mercadoria a bordo do navio; 
 O vendedor é responsável pelo pagamento do frete até o porto de destino 
designado; 
 O vendedor é responsável pelo desembaraço da exportação; 
 Os riscos de perda ou dano da mercadoria, bem como quaiquer outro custos 
adicionais são transferidos do vendedor para o comprador no momento em 
que a mercadoria cruze a murada do navio; 
 Caso queira se resguardar, o comprador deve contratar e pagar o seguro da 
mercadoria; 
 Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial 
ou lacustre). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 A responsabilidade sobre a mercadoria é transferida do vendedor para o 
comprador no momento da transposição da amurada do navio no porto de 
embarque; 
 O vendedor é responsável pelo pagamento dos custos e do frete necessários 
para levar a mercadoria até o porto de destino indicado; 
 O comprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e daí para a 
frente se responsabilizar por todas as despesas; 
 O vendedor é responsável pelo desembaraço das mercadorias para 
exportação; 
 O vendedor deverá contratar e pagar o prêmio do seguro do transporte 
principal; 
 O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que compete 
ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar; 
 Os riscos a partir da entrega (transposição da amurada do navio) são do 
comprador; 
 Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial 
ou lacustre) 
 
 
 
 
25 
 
 O vendedor contrata e paga o frete para levar as mercadorias ao local de 
destino designado; 
 A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do 
transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o 
comprador, assim como possíveis custos adicionais que possam incorrer; 
 O vendedor é responsável pelo desembaraço das mercadorias para 
exportação; 
 Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 Nesta modalidade, as responsabilidades do vendedor são as mesmas 
descritas no CPT, acrescidas da contratação e pagamento do seguro até o 
destino; 
 A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do 
transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o 
comprador, assim como possíveis custos adicionais que possam incorrer; 
 O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que compete 
ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar; 
 Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 O vendedor entrega a mercadoria ao comprador, desembaraçada para 
importação no local de destino designado; 
 O INCOTERM que estabelece maior grau de compromisso para o vendedor, 
na medida em que o mesmo assume todos os riscos e custos relativos ao 
transporte e entrega da mercadoria no local de destino designado; 
 Não deve ser utilizado quando o vendedor não está apto a obter, direta ou 
indiretamente, os documentos necessários a importação da mercadoria; 
 Esse termo passa ser utilizado para qualquer meio de transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
1.8. NCM (NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL) 
NCM significa "Nomenclatura Comum do Mercosul" e trata-se de 
um código de oito dígitos estabelecido pelo Governo Brasileiro para identificar a 
natureza das mercadorias e promover o desenvolvimento do comércio 
internacional, além de facilitar a coleta e análise das estatísticas do comércio 
exterior. 
Qualquer mercadoria, importada ou comprada no Brasil, deve ter um código 
NCM na sua documentação legal (nota fiscal, livros legais, etc.), cujo objetivo é 
classificar os itens de acordo com regulamentos do Mercosul. 
A NCM foi adotada em janeiro de 1995 pela Argentina, Brasil, Paraguai e 
Uruguai e tem como base o SH (Sistema Harmonizado de Designação e Codificação 
de Mercadorias). Por esse motivo existe a sigla NCM/SH. 
O SH é um método internacional de classificação de mercadorias 
que contém uma estrutura de códigos com a descrição de características específicas 
dos produtos, como por exemplo, origem do produto, materiais que o compõe e sua 
aplicação. 
Dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são classificações 
do SH. Os dois últimos dígitos fazem parte das especificações próprias do Mercosul. 
 
Uma pesquisa pelo código NCM 0102.10.10 permite determinar que se trata 
de: 
01 - Animais Vivos 
0102 - Animais Vivos da Espécie Bovina 
 
 
29 
010210 - Reprodutores de Raça Pura 
01021010 - Prenhes ou com cria ao pé. 
A classificação fiscal de mercadorias é de competência da SRF (Secretaria 
da Receita Federal). A partir do dia 1 de Janeiro de 2010 passou a ser obrigatória a 
inclusão da categorização NCM/SH dos produtos nos documentos fiscais. 
É possível encontrar tabelas com os códigos NCM. Também há a 
possibilidade de pesquisar no site da Receita Federal, introduzindo a descrição do 
produto ou pesquisando de acordo com os códigos de capítulo, posição, subposição, 
item e subitem. 
 
 
1.9. REGIMES ADUANEIROS 
 Regime Aduaneiro Comum: aquele em que a mercadoria é nacionalizada a 
título definitivo na importação o desnacionalizadaa título definitivo na 
exportação. Neste regime a mercadoria é desembaraçada por meio de 
despacho para consumo. Ocorre via de regra, o pagamento de tributos 
quando na importação. 
 Regime Aduaneiro Especial: aquele que, via de regra, implica na suspensão 
dos tributos incidentes na operação (importação ou exportação), pelo período 
de concessão do regime. A concessão do regime se processa por meio de 
despacho de admissão. Podemos citar como exemplos: 
 
- Trânsito Aduaneiro 
 É o regime que permite o transporte de mercadorias, sob controle 
aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de 
tributos. 
O regime subsiste do local de origem (ponto inicial do itinerário) ao 
local de destino (ponto final do itinerário), e desde o momento do 
desembaraço para trânsito aduaneiro efetuado pela repartição da Receita 
Federal que jurisdiciona o local de origem até o momento em que a repartição 
que jurisdiciona o local de destino certifica a chegada da mercadoria. 
 
 
 
30 
São algumas modalidades de operação de trânsito aduaneiro: 
- O transporte de mercadoria nacional ou nacionalizada, após sofrer o 
processo de liberação para exportação, do local de origem ao local de 
destino, para embarque ou armazenamento em área alfandegada para 
posterior embarque; 
- O transporte de mercadoria estrangeira para reexportação, do local de 
origem ao local de destino, para embarque ou armazenamento em área 
alfandegada para posterior embarque; 
- O transporte, pelo território aduaneiro, de mercadoria estrangeira, nacional 
ou nacionalizada, verificada ou despachada para reexportação ou 
exportação e conduzida em veículo destinado ao exterior. 
O transporte de mercadorias em operação de trânsito aduaneiro 
poderá ser efetuado por empresas transportadoras previamente habituadas, 
em caráter precário, pela Secretaria da Receita Federal. 
A autoridade aduaneira, sob cuja jurisdição se encontrar a mercadoria 
a ser transportada, concederá o regime de trânsito aduaneiro, estabelecendo 
rota, prazo para execução de operação, prazo para a comprovação da 
chegada e cautelas julgadas necessárias. 
As obrigações fiscais relativas a mercadoria em regime especial de 
trânsito aduaneiro serão constituídas em termo de responsabilidade que 
assegure sua eventual liquidação e cobrança. 
 
- Admissão Temporária 
A admissão temporária consiste no regime aduaneiro que permite a 
entrada de certas mercadorias no país, com finalidade e período de tempo 
determinados, com a suspensão total ou parcial do pagamento de tributos 
aduaneiros incidentes na importação e com o compromisso de serem 
reexportadas. 
Incluem-se nas hipóteses previstas, entre outros, bens destinados a 
feiras, exposições, congressos e eventos (de caráter científico, comercial, 
técnico, cultural ou esportivo) para promoção comercial e para uso pessoal ou 
exercício temporário de atividade profissional de não residente. 
Em consonância com a IN RFB nº 1.361/2013, o pedido deve ser 
formalizado na unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), 
 
 
31 
responsável pelo despacho aduaneiro das mercadorias ou dos bens a serem 
submetidos ao regime de admissão temporária. Geralmente com a assinatura 
de Termo de Responsabilidade, em alguns casos com apresentação de 
garantia, em que se assume a responsabilidade pelo pagamento dos tributos 
se houver descumprimento do regime. 
Para despacho dos bens, são utilizadas a Declaração Simplificada de 
Importação (DSI), a Declaração de Bagagem Acompanhada, a Declaração de 
Importação (DI) ou outras, conforme o bem e a finalidade. 
 
- Drawback 
DRAWBACK é um Regime Aduaneiro Especial cujo principal objetivo é 
incentivar as Exportações Brasileiras. 
Este Regime Aduaneiro Especial possui grande flexibilidade para 
ajustar-se as necessidades de cada beneficiário, pois existem diversas 
modalidades e submodalidades de uso (Suspensão Integrado, Suspensão 
Embarcação, Suspensão Fornecimento de Mercado Interno, Isenção 
Integrado, e Restituição). Em geral o regime concede aos seus beneficiários 
vantagens (suspensão/isenção/restituição ou redução) relacionadas 
às tributações de impostos e taxas sobre as matérias primas adquiridas 
(locais ou importadas) com o objetivo de serem empregadas na produção de 
Bens com maior Valor Agregado e em seguida obrigatoriamente exportados 
ou utilizados em venda equiparada a exportação. Esta concessão é feita 
através de um pedido de Ato Concessório, que possui um período de validade 
e especifica todos os montantes em valor e quantidade do que será comprado 
(local ou importado) e do que será exportado. Este Ato Concessório é um 
compromisso assumido previamente com o DECEX e a partir deste pedido 
aprovado o beneficiário poderá usufruir dos benefícios do regime. 
Desta forma o custo de produção reduz, o fluxo de caixa melhora 
devido a não necessidade de desembolso no pagamento dos impostos/taxas 
no momento da compra e com possibilidade inclusive de eliminação de 
tomada de crédito nas compras locais evitando acúmulos (dificilmente 
recuperáveis) desses créditos com as exportações futuras. 
 
 
32 
Sendo o DRAWBACK conceituado como um Incentivo a Exportação e 
não como um benefício fiscal conforme suas legislações bases, fica afastada 
a necessidade de exame de similaridade para as importações feitas sob tal 
regime. 
Para o beneficiário cumprir as previsões de compras, produção e 
exportações indicadas no Ato Concessório o mesmo precisará garantir 
organização e consistência dos seus principais processos (Planejamento, 
Compra, Estoque, Produção, Exportação). No entanto, este cenário trará ao 
beneficiário muitas vantagens, sendo elas: 
 Maior Competitividade no Mercado Interno e Externo 
 Abertura de Novos Mercados 
 Ganhos Financeiros 
 Aumento da Lucratividade 
 Organização de Processos 
 
As informações dos Atos Concessórios na modalidade Integrado 
Suspensão são armazenadas no sistema DRAWBACK WEB. Este é o 
sistema oficial de acompanhamento do Governo em conjunto com o Siscomex 
Importação/Exportação, no entanto, ele não possui muitas facilidades 
operacionais/preventivas para o dia-a-dia da Operação de DRAWBACK. É um 
sistema de comprovação e não uma ferramenta de acompanhamento do 
planejamento ao encerramento do ato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Fluxo Simplificado do Drawback Integrado Suspensão (Exportador): 
 
Fluxo Simplificado do Drawback Integrado Suspensão (Intermediário):
 
 
 
 
 
 
 
34 
Fluxo Simplificado do Drawback Integrado Isenção: 
 
- Entreposto Aduaneiro 
O regime aduaneiro especial de Entreposto Aduaneiro permite na 
importação e na exportação, o depósito de mercadoria, em local determinado, 
com suspensão do pagamento de tributos e sob controle fiscal. 
Na exportação temos duas modalidades: regime comum ou regime 
extraordinário. 
 
Os impostos suspensos na importação são imposto de importação (II), 
imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre circulação de 
mercadorias e serviços (ICMS), PIS/PASEP e COFINS. 
 
Já na exportação os tributos suspensos são os tributos Federais e 
ICMS. 
 
1.10. REGIMES DE TRIBUTAÇÃO ADUANEIRA 
 Regime de Tributação Simplificada – RTS: utilizado no despacho aduaneiro 
de importação de bens integrantes de remessa postal (Correios) ou de 
encomenda aérea internacional (courier) no valor de até US$3.000,00 ou o 
equivalente em outra moeda, destinada a pessoa física ou jurídica, mediante 
 
 
35 
o pagamento do imposto de importaçãocalculado com aplicação da alíquota 
de 60%, independentemente da classificação tarifária dos bens que compõem 
a remessa ou encomenda. 
 Regime de Tributação Especial – RTE: permite o despacho de bens 
incluídos no conceito de bagagem, mediante, exclusivamente, o pagamento 
do imposto de importação de 50% sobre o valor do bem. 
 Regime de Tributação Unificada – RTU: permite a importação, por via 
terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento 
unificado de impostos e contribuições federais incidentes na importação. 
 
1.11. TRIBUTOS E TAXAS 
 IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II) 
Usado mais como instrumento de proteção da indústria nacional do que como 
instrumento de arrecadação de recursos financeiros para o tesouro público. 
Se não existisse o imposto de importação, a maioria dos produtos in-
dustrializados no Brasil não teria condições de competir no mercado com 
seus similares produzidos em países economicamente mais desenvolvidos, 
onde o custo industrial é reduzido graças aos processos de racionalização da 
produção e ao desenvolvimento tecnológico de um modo geral. Além disto, 
vários países subsidiam as exportações de produtos industrializados, de sorte 
que os seus preços ficam consideravelmente reduzidos. Assim, o imposto de 
importação funciona como valioso instrumento de política econômica. 
 
Fato gerador: 
Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador: 
I - Na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida 
a despacho para consumo. 
II – no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se 
tratar de: 
a) bens contidos em remessa pessoal internacional não sujeitos ao ergime de 
importação comum; 
 
 
36 
b) bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou 
desacompanhada; e 
c) mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito 
equivalente, cujo extravio ou avaria for apurado pela autoridade aduaneira. 
III – na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em 
recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de 
aplicada a pena de perdimento da mercadoria, na hipótese a que se refere o 
inciso XXI do artigo 618 (Nova Redação dada pelo Decreto n° 4.765/03). 
Alíquotas: 
Duas são as espécies de alíquotas no imposto de importação. A primeira 
espécie é a chamada alíquota específica, que é, na verdade, um valor em 
moeda, que é multiplicado por uma unidade de medida, determinando o total 
do tributo a pagar. O que deve ser observado no caso da alíquota específica 
é que a base de cálculo não é um valor em dinheiro, mas sim uma unidade de 
medida. A segunda espécie é a ad valorem, que é um percentual aplicado 
sobre uma base de cálculo determinada em moeda de onde é gerado o total 
do imposto a pagar. 
 
Base de Cálculo: 
A lei ordinária estabelece que a base de cálculo do imposto é, quando a 
alíquota for específica, a quantidade de mercadoria, expressa na unidade de 
medida indicada na tarifa, e quando a alíquota for ad valorem, o valor 
aduaneiro apurado segundo norma do art. VII, do Acordo Geral sobre Tarifas 
e Comércio (GATT) (art. 2Q do Decreto-lei n. 37, de 18.11.1966, com redação 
que lhe deu o Decreto n. 2.472, de 1° setembro de 1988). 
 
 IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRUALIZADOS (IPI) 
Trataremos o Imposto sobre Produtos Industrializados de forma mais 
abrangente, buscando na legislação infraconstitucional, esclarecer suas 
principais características no que tange ao comércio exterior. O IPI, bem como 
o II e IE, também não atende ao Princípio da Anterioridade nem ao Princípio 
da Legalidade, relativo às alíquotas. 
 
 
37 
Fato gerador: 
O fato gerador do IPI na importação é o desembaraço aduaneiro, conforme 
art. 238 do RA. 
 
Alíquotas: 
As alíquotas do IPI por mercadoria estão listadas na TIP (Tabela de 
Incidência do IPI, aprovada pelo Decreto n° 4.542, de 26 de dezembro de 
2002). 
Base de Cálculo: 
O Regulamento Aduaneiro no seu artigo 239 dispõe que a base de cálculo do 
IPI na importação é o valor aduaneiro acrescido do imposto de importação. 
 
 PIS E COFINS IMPORTAÇÃO 
Fato gerador: 
O fato gerador do PIS e da COFINS na importação é o registro da DI, 
conforme Lei nº 10.865, de 2004, art. 4º e § único; e Lei nº 9.779, de 1999, 
art. 18. 
 
Alíquotas: 
As alíquotas gerais vigentes são: 
1) Na hipótese de importação de bens: 
a) 2,1% para a Contribuição para o PIS/Pasep-Importação; e 
b) 9,65% para a Cofins-Importação. 
2) Na hipótese de importação de serviços: 
a) 1,65% para a Contribuição para o PIS/Pasep-Importação; e 
b) 7,6% para a Cofins-Importação 
 
Base de Cálculo: 
A base de cálculo dessas contribuições é: 
a) o valor aduaneiro, na hipótese da importação de bens; ou 
b) o valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o 
exterior, antes da retenção do imposto de renda, acrescido do ISS e do valor 
das próprias contribuições, na hipótese de importação de serviços. 
 
 
38 
 ADICIONAL DE FRETE PARA RENOVAÇÃO DA MARINHA MERCANTE 
(AFRMM) 
O AFRMM destina-se a atender aos encargos da intervenção da União no 
apoio ao desenvolvimento da marinha mercante e da indústria de construção 
e reparação naval brasileiras, e constitui fonte básica do Fundo da Marinha 
Mercante (FMM). 
 
Fato gerador: 
O fato gerador do AFRMM é o início efetivo da operação de descarregamento 
da embarcação em porto brasileiro, a qual pode ser proveniente do exterior, 
em navegação de longo curso ou de portos brasileiros, em navegação de 
cabotagem ou em navegação fluvial e lacustre. 
 
Alíquotas: 
As alíquotas gerais vigentes são: 
O AFRMM será calculado sobre a remuneração do transporte aquaviário, 
aplicando-se as seguintes alíquotas: 
I - 25% (vinte e cinco por cento) na navegação de longo curso; 
II - 10% (dez por cento) na navegação de cabotagem; e 
III - 40% (quarenta por cento) na navegação fluvial e lacustre, quando do 
transporte de granéis líquidos nas regiões Norte e Nordeste. 
 
 TAXA SISCOMEX 
Essa taxa é devida ao ato de registro da Declaração de Importação (DI) no 
SISCOMEX, conforme especificado na Lei No. 9.716, de 26 de novembro de 
1998. Assim, a Taxa de Utilização do Siscomex tem como fato gerador a 
utilização desse sistema. A taxa é devida independentemente da ocorrência 
de tributo a recolher, sendo debitada em conta-corrente, juntamente com os 
tributos incidentes na importação. A Portaria MF No. 257 de 20 de maio de 
2011 reajustou os valores definidos em Lei para os seguintes: 
- R$ 185,00 (cento e oitenta e cinco reais) por DI; 
- R$ 29,50 (vinte e nove reais e cinquenta centavos) para cada adição de 
 
 
39 
mercadorias à DI, observados os limites fixados pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil (RFB). 
A) Até a 2ª adição - R$ 29,50; 
B) Da 3ª à 5ª - R$ 23,60; 
C) Da 6ª à 10ª - R$ 17,70; 
D) Da 11ª à 20ª - R$ 11,80; 
E) Da 21ª à 50ª - R$ 5,90; e 
F) A partir da 51ª - R$ 2,95. 
 
1.12. SISCOMEX 
O Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) foi criado 
pelo Decreto nº 660, de 25 de setembro de 1992, passando a operar em 1993 como 
uma interface eletrônica entre os exportadores e os diversos órgãos governamentais 
que intervêm no comércio exterior. Por meio da informatização de processos, 
buscava-se simplificar as operações brasileiras de exportação. Em 1997, o 
SISCOMEX foi ampliado com a criação de um novo módulo para as operações de 
importação. 
Segundo o Decreto nº 660/1992, “o Siscomex é o instrumento administrativo 
que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações decomércio exterior, mediante fluxo único, computadorizado, de informações”. O 
SISCOMEX foi, portanto, projetado para ser o instrumento pelo qual a legislação de 
comércio exterior seria executada. Todos as medidas administrativas incidentes 
sobre as importações e sobre as exportações deveriam, assim, ser implementadas 
mediante o SISCOMEX. 
Conforme novas necessidades foram surgindo, novos sistemas foram sendo 
criados e integrados ao SISCOMEX, a exemplo do SISCOMEX Drawback Web, para 
a concessão dos regimes especiais de drawback, e do SISCOMEX Carga, destinado 
ao acompanhamento aduaneiro das cargas que ingressam no Brasil pela via 
marítima. Outros foram modernizados, como o SISCOMEX Exportação. 
A importante iniciativa de criação do SISCOMEX fez com que o Brasil, na 
década de 1990, estivesse na vanguarda mundial em desenvolvimento de sistemas 
de comércio exterior. No entanto, apesar do sucesso de sua implementação, o 
 
 
40 
sistema foi idealizado no contexto do comércio exterior brasileiro daquela época. 
Desde então, o comércio do Brasil com o Mundo aumentou expressivamente em seu 
fluxo e em sua complexidade. Aliada ao crescimento do comércio, tem-se também a 
constante necessidade de elaboração de novas políticas públicas voltadas ao 
desenvolvimento e à melhoria da condição de vida da população nas mais diversas 
áreas, como a saúde humana, a segurança alimentar, o meio ambiente, a segurança 
pública e a segurança do consumidor. Essas políticas são também implementadas 
mediante controles incidentes sobre operações de comércio exterior, que demandam 
a criação de instrumentos específicos adequados à sua implementação. 
O desenvolvimento econômico pressupõe também aumento da eficiência do 
setor produtivo, o que somente é possível com um comércio exterior competitivo. 
Diante da realidade atual tão distinta daquela em que se deu a criação da presente 
estrutura de controle governamental do comércio exterior, mesmo com as 
constantes atualizações e modernizações feitas pelo governo em anos recentes, 
urge uma reformulação das ferramentas presentemente utilizadas. O Programa 
Portal Único de Comércio Exterior foi assim lançado com o objetivo de atender de 
forma mais eficiente a demanda do comércio exterior brasileiro de hoje e dos 
próximos anos, de modo a fazer com que o SISCOMEX se mantenha efetivo no 
cumprimento de seus objetivos simplificadores e integradores, conforme traçados no 
momento de sua criação. 
O Portal Siscomex é uma iniciativa de governo eletrônico centrada no 
aumento da transparência e da eficiência nos processos e controles de exportações 
e importações. Voltado primordialmente aos operadores de comércio exterior - 
exportadores, importadores, transportadores, depositários, despachantes 
aduaneiros, terminais portuários, etc. - o Portal Siscomex objetiva, em sua etapa 
inicial de implementação, simplificar o acesso aos serviços e sistemas 
governamentais e à legislação pertinentes às operações de comércio exterior. 
Todos os sistemas componentes do Sistema Integrado de Comércio Exterior 
(SISCOMEX), bem como os demais sistemas governamentais destinados à 
obtenção de autorizações, certificações e licenças para exportar ou importar estão 
presentes no Portal Siscomex. Por meio dele, os operadores do comércio exterior 
também contam com acesso simplificado às normas que regem as importações e 
exportações brasileiras, organizadas por órgão responsável pela edição ou 
administração da norma em questão. 
 
 
41 
O Portal Siscomex é a etapa inicial de um grande programa de reformulação 
da atuação governamental sobre as operações do comércio exterior brasileiro - o 
Programa Portal Único de Comércio Exterior. Irmanado às ações de infraestrutura 
promovidas pelo governo, o Programa Portal Único se apresenta como o segundo 
pilar basilar para o aumento da eficiência do comércio exterior brasileiro e da 
competitividade exportadora do País. Assim, o Portal Siscomex figura como o 
espaço de interação entre o governo e os operadores de comércio exterior mediante 
o qual importantes inovações serão apresentadas e implementadas, de forma 
incremental, ao longo dos próximos anos. 
Veja mais em Manuais Aduaneiros: 
http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais.

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