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0 1 Estimado (a) participante, ACE - Almada Centro de Estudos & ICMS Prático, tem a satisfação em recebê-los em um de nossos cursos profissionalizantes. O Curso Comércio Exterior – Importação, Exportação e Despacho Aduaneiro, tem como propósito possibilitar aos participantes a devida compreensão a respeito do Comércio Exterior em relação às operações de importação e exportação e do despacho aduaneiro, identificando a respectiva tributação no âmbito federal e estadual e os respectivos procedimentos operacionais quando do desembaraço. Nessa oportunidade desejamos que o curso, assim como todo o material didático esteja em conformidade com suas expectativas. Agradecemos sua participação em nosso evento e acreditamos que nosso curso possa colaborar proativamente com sua atividade profissional. Saudações, Prof. Paulo Almada Coordenador 2 INTRODUÇÃO A globalização internacional faz com que os países intercambiem bens e serviços num fluxo que a cada dia se torna mais ágil e interativo. As empresas devem estar preparadas para enfrentar novos desafios e, essa preparação, nada mais é do que capacitar, treinar e motivar seu pessoal para lutar num campo em que os adversários são competentes e agressivos. Esta apostila foi elaborada para responder às muitas indagações sobre as dúvidas que cercam as operações de comércio exterior. Facilitador: Jorge Barroso Filho 3 UNIDADE 1 – VISÃO GERAL DOS PROCEDIMENTOS ADUANEIROS 1.1. IMPORTAÇÃO Consideram-se importações todas as operações pelas quais ocorre entrada de mercadorias e/ou serviços estrangeiros no País, independente de tais produtos terem sido comprados ou não dos países que os fornecem. O procedimento deve ser efetuado via nacionalização do produto ou serviço, que ocorre à partir de procedimentos burocráticos ligados à Receita do país de destino, bem como da alfândega, durante o descarregamento e entrega, que pode ser por via aérea, marítima, rodoviária ou ferroviária. 1.2. EXPORTAÇÃO É a saída de bens, produtos e serviços do país de origem, podendo envolver pagamento, como venda de produtos, ou não, como nas doações. A exportação pode ser caracterizada como perfeita e imperfeita. A exportação perfeita ocorre quando a própria empresa faz a exportação, sem a utilização de intermediários no processo de introdução do produto no mercado-alvo. Exportação imperfeita trata-se de uma alternativa disponível para empresas que desejam iniciar seu processo de internacionalização, porém não possuem experiência suficiente para fazê-lo de forma independente. 4 1.3. TERRITÓRIO ADUANEIRO O Território Aduaneiro compreende todo o território nacional, inclusive o mar territorial, as águas territoriais e o espaço aéreo correspondente. A Convenção das Nações Unidas sobre o direito do Mar, concluída em Montego Bay, Jamaica, em 10 de dezembro de 1982, estabelece o que segue: Regime jurídico do mar territorial, seu espaço aéreo sobrejacente, leito e subsolo a) A soberania do Estado costeiro estende-se além do seu território e das suas águas interiores e, no caso de Estado arquipélago, das suas águas arquipelágicas, a uma zona de mar adjacente designada pelo nome de mar territorial. b) Esta soberania estende-se ao espaço aéreo sobrejacente ao mar territorial, bem como ao leito e ao subsolo deste mar. Largura do mar territorial Todo Estado tem o direito de fixar a largura do seu mar territorial até um limite que não ultrapasse 12 milhas marítimas, medias a partir de linhas de base determinadas de conformidade com a Convenção. Numa zona contígua (+ 12 milhas marítimas) ao seu mar territorial, o Estado costeiro pode tomar as medidas de fiscalização necessárias a: a) Evitar as infrações às leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários no seu território ou no seu mar territorial; b) Reprimir as infrações à leis e regulamentos no seu território ou no seu mar territorial. Regulamentado pela Lei nº 7.565/1986, que dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica, o espaço aéreo de um país é a porção da atmosfera que 5 se sobrepõe ao território, incluindo o território marítimo, indo do nível do solo, ou do mar, até 100 a 110Km de altitude. 1.4. JURISDIÇÃO ADUANEIRA A jurisdição aduaneira é o poder atribuído à autoridade aduaneira para que se faça cumprir a administração das atividades e a fiscalização, bem como o controle e a tributação das operações de comércio exterior. Refere-se também à área geográfica de jurisdição da aduana de um país. No Brasil, a jurisdição aduaneira estende-se por todo o território aduaneiro, abrangendo: a ZONA PRIMÁRIA, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local: - a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;- a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; - a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados. a ZONA SECUNDÁRIA, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo. as ÁREAS DE CONTROLE INTEGRADO criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o Brasil (no caso das ACIs, a jurisdição da autoridade aduaneira vai além das fronteiras do território nacional). 6 1.5. DESPACHO ADUANEIRO x DESEMBARAÇO ADUANEIRO Despacho aduaneiro é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador ou exportador em relação à mercadoria importada ou exportada, aos documentos apresentados e à legislação específica. Tem como objetivo final o desembaraço aduaneiro. O despacho aduaneiro na importação possui duas modalidades: Despacho para consumo Despacho para admissão As etapas do Despacho aduaneiro de importação são: 1) Registro da DI no siscomex 2) Parametrização da DI 3) Instrução da Declaração ou recepção dos documentos 4) Distribuição para conferência aduaneira 5) Conferência aduaneira 6) Desembaraço aduaneiro O despacho aduaneiro de exportação possui etapas análogas às do despacho de importação: 1) Registro da declaração de exportação (DE) 2) Confirmação da Presença de carga 3) Recepção dos documentos 4) Parametrização 5) Distribuição para conferência aduaneira 6) Conferência aduaneira 7) Desembaraço 8) Trânsito aduaneiro, se for o caso 9) Registro dos dados de embarque ou da transposição de fronteira 10) Averbação do Embarque ou da transposição de fronteira 7 1.6. DOCUMENTOS DO COMÉRCIO EXTERIOR Nas transações internacionais, seja na importação ou na exportação, os documentos desempenham uma importante função de negociação. São eles que descrevem o que está sendo vendido, transportado ou atestam a qualidade do produto feita através de de um laboratório ou de uma instituição credenciada de renome internacional. Fatura Proforma (ou Proforma Invoice): documento emitido pelo exportador para o importador e formaliza a negociação internacional. Muitos entendem que este é o primeiro contrato entre as partes, apesar de não gerar obrigações de pagamento por parte do importador. Podemos conceitua-lo como uma tomada de preço internacional, onde o interessado (importador) busca detalhes daquilo que está disposto a comprar. Fatura Comercial (ou CommercialInvoice): após a discussão dos termos contratuais da fatura proforma, e depois das condições pactuadas do pagamento, a operação é concretizada através do aceite (assinatura) de alguma proposta ou na própria fatura proforma, e o exportador irá emitir a a fatura comercial (ou comercial invoice). Este documento representa que a operação já foi consumada e que daqui por diante, o exportador deverá cuidar dos trâmites operacionais de envio da mercadoria para o país comprador. Este documento é internacional e equivale à Nota Fiscal brasileira. É imprescindível para a liberação aduaneira em qualquer parte do mundo, e nela contém todas as informações pactuadas na negociação internacional. No Brasil, o Regulamento Aduaneiro (Decreto 6759, 05/02/2009) define critérios mínimos para emissão e quais as informações necessárias para a sua apresentação na Aduana brasileira. O importador deve estar atento a esta legislação, pois a falta de qualquer informação descrita no Art. 557, do R.A. poderá incidir em sansão pecuniária, além do atraso na liberação mercadoria. Packing List (ou Romaneio de embarque): trata-se de uma relação dos produtos embarcados, indicando os tipos de volumes, quantidade, dimensões, peso líquido e bruto, além dos seus respectivos conteúdos. Não se trata de um relatório que substitua a fatura comercial, mas apenas uma lista detalhada do que está sendo enviado ao importador e que serve de roteiro para a conferência aduaneira no país de destino. Apesar de muitos considerarem um 8 documento meramente burocrático, este é fundamental para as autoridades aduaneiras efetuarem uma correta e rápida conferência da carga no país de destino, quanto para o importador poder recepcionar os produtos comprados em seu armazém. A prova desta importância está no RA, onde determina que a falta deste incida uma multa de R$500,00. Conhecimento de Embarque: considerado o mais importante do comércio exterior, recebe denominações de acordo com o meio de transporte utilizado. O art. 554, do RA, dispões que o conhecimento de carga original, constitui prova de posse ou de propriedade da mercadoria. Este documento é emitido pela companhia transportadora, ou através do seu agente ou representante. É ao mesmo tempo um contrato de transporte, um recibo de que a mercadoria foi entregue para o transporte e um documento de propriedade, definindo assim um título de crédito. De acordo com o modal, este mesmo documento recebe nomes diferentes, a saber: - Modal marítimo: BL (Bill of Lading); - Modal aéreo: AWB (Air Way Bill); - Modal rodoviário: CRT (Conhecimento Rodoviário de Transporte) - Modal ferroviário: TIF Certificado de Origem: documento imprescindível para o importador, quando o produto e o país exportador são beneficiários de acordos internacionais que permitem a isenção ou a redução do imposto de importação. Além do benefício tributário o CO também é exigido em decorrência de disposições previstas na legislação interna do país. No Brasil, vinhos e alimentos são produtos, a título de exemplo, que exigem o certificado de origem para a sua liberação pelo Ministério da Agricultura. Dependendo do acordo internacional, existem vários modelos de certificado de origem. No Brasil, o Certificado de Origem do Mercosul e o Certificado de Origem Aladi são muito utilizados para importações originárias de países da América do Sul. Certificado fitossanitário: é um documento que atesta a qualidade do aspecto sanitário de um vegetal relativo à ocorrência de insetos-pragas e doenças, e em muitos países são obrigatórios para terem a sua liberação aduaneira. No Brasil é emitido pelo Ministério da Agricultura. 9 Certificado sanitário internacional: é um documento que atesta que as carnes ou produtos de origem animal cumpriu com as condições internacionais de higiene veterinária. Este documento é emitido pela autoridade veterinária do país exportador. 10 MODELOS 11 12 13 14 15 16 17 1.7. INCOTERMS Os chamados Incoterms (International Commercial Terms / Termos Internacionais de Comércio) servem para definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda internacional, os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador, estabelecendo um conjunto-padrão de definições e determinando regras e práticas neutras, como por exemplo: onde o exportador deve entregar a mercadoria, quem paga o frete, quem é o responsável pela contratação do seguro. Enfim, os Incoterms têm esse objetivo, uma vez que se trata de regras internacionais, imparciais, de caráter uniformizador, que constituem toda a base dos negócios internacionais e objetivam promover sua harmonia. Na realidade, não impõem e sim propõem o entendimento entre vendedor e comprador, quanto as tarefas necessárias para deslocamento da mercadoria do local onde é elaborada até o local de destino final (zona de consumo): embalagem, transportes internos, licenças de exportação e de importação, movimentação em terminais, transporte e seguro internacionais etc. Para facilitar seu entendimento na apresentação de cada INCOTERM, observe o gráfico abaixo. 18 Os Incoterms foram agrupados em quatro categorias por ordem crescente de obrigação do vendedor. GRUPO INCOTERMS DESCRIÇÃO E de Ex (PARTIDA - Mínima obrigação para o exportador) EXW - Ex Works Mercadoria entregue ao comprador no estabelecimento do vendedor. F de Free (TRANSPORTE PRINCIPAL NÃO PAGO PELO EXPORTADOR) FCA - Free Carrier FAS - Free Alongside Ship FOB - Free on Board Mercadoria entregue a um transportador internacional indicado pelo comprador. C de Cost ou Carriage (TRANSPORTE PRINCIPAL PAGO PELO EXPORTADOR) CFR - Cost and Freight CIF - Cost, Insurance and Freight CPT - Carriage Paid To CIP - Carriage and Insurance Paid to O vendedor contrata o transporte, sem assumir riscos por perdas ou danos às mercadorias ou custos adicionais decorrentes de eventos ocorridos após o embarque e despacho. D de Delivery (CHEGADA - Máxima obrigação para o exportador) DAT - Delivered Duty Paid DAP - Delivered Duty Paid DDP - Delivered Duty Paid O vendedor se responsabiliza por todos os custos e riscos para colocar a mercadoria no local de destino. 19 A mercadoria é colocada à disposição do comprador no estabelecimento do vendedor, ou em outro local nomeado (fábrica, armazém, etc), não desembaraçada para exportação e não carregada em qualquer veículo coletor; Este termo representa obrigação mínima para o vendedor; O comprador arca com todos os custos e riscos envolvidos em retirar a mercadoria do estabelecimento do vendedor; Desde que o contrato de compra e venda contenha cláusula explícita a respeito, os riscos e custos envolvidos e o carregamento da mercadoria na saída, poderão ser do vendedor; EXW não deve ser usado se o comprador não puder se responsabilizar, direta ou indiretamente, pelas formalidades de exportação; Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte. 20 O vendedor complete suas obrigações quando entrega a mercadoriadesembaraçada para a exportação, aos cuidados do transportador internacional indicado pelo comprador, no local determinado; A partir daquele momento, cessam todas as responsabilidades do vendedor, ficando o comprador responsável por todas as despesas e por quaisquer perdas ou danos que a mercadoria possa vir a sofrer; O local escolhido para entrega é muito importante para definir responsabilidades quanto à carga e descarga da mercadoria: se a entrega ocorrer nas dependências do vendedor, este é o responsável pelo carregamento no veículo coletor do comprador, se a entrega ocorrer em qualquer outro local pactuado, o vendedor não se responsabiliza pelo descarregamento de seu veículo; O comprador poderá indicar outra pessoa que não seja o transportador, para receber a mercadoria. Nesse caso, o vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria é entregue àquela pessoa indicada; Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte. 21 O vendedor encerra suas obrigações no momento em que a mercadoria é colocada ao lado do navio transportador, no cais ou em embarcações utilizadas para carregamento, no porto de embarque designado; A partir daquele momento, o comprador assume todos os riscos e custos com carregamento, pagamento de frete e seguro e demais despesas; O vendedor é responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação; Este termo poder ser utilizado somente para transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre). 22 O vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria transpõe a amurada do navio no porto de embarque indicado e, a partir daquele momento, o comprador assume todas as responsabilidades quanto a perdas e danos; A entrega se consuma a bordo do navio designado pelo comprador, quando todas as despesas passam a correr por conta do comprador; O vendedor é o responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação; Este termo pode ser utilizado exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre). 23 O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos necessários para colocar a mercadoria a bordo do navio; O vendedor é responsável pelo pagamento do frete até o porto de destino designado; O vendedor é responsável pelo desembaraço da exportação; Os riscos de perda ou dano da mercadoria, bem como quaiquer outro custos adicionais são transferidos do vendedor para o comprador no momento em que a mercadoria cruze a murada do navio; Caso queira se resguardar, o comprador deve contratar e pagar o seguro da mercadoria; Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre). 24 A responsabilidade sobre a mercadoria é transferida do vendedor para o comprador no momento da transposição da amurada do navio no porto de embarque; O vendedor é responsável pelo pagamento dos custos e do frete necessários para levar a mercadoria até o porto de destino indicado; O comprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e daí para a frente se responsabilizar por todas as despesas; O vendedor é responsável pelo desembaraço das mercadorias para exportação; O vendedor deverá contratar e pagar o prêmio do seguro do transporte principal; O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que compete ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar; Os riscos a partir da entrega (transposição da amurada do navio) são do comprador; Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre) 25 O vendedor contrata e paga o frete para levar as mercadorias ao local de destino designado; A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o comprador, assim como possíveis custos adicionais que possam incorrer; O vendedor é responsável pelo desembaraço das mercadorias para exportação; Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte. 26 Nesta modalidade, as responsabilidades do vendedor são as mesmas descritas no CPT, acrescidas da contratação e pagamento do seguro até o destino; A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o comprador, assim como possíveis custos adicionais que possam incorrer; O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que compete ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar; Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte. 27 O vendedor entrega a mercadoria ao comprador, desembaraçada para importação no local de destino designado; O INCOTERM que estabelece maior grau de compromisso para o vendedor, na medida em que o mesmo assume todos os riscos e custos relativos ao transporte e entrega da mercadoria no local de destino designado; Não deve ser utilizado quando o vendedor não está apto a obter, direta ou indiretamente, os documentos necessários a importação da mercadoria; Esse termo passa ser utilizado para qualquer meio de transporte. 28 1.8. NCM (NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL) NCM significa "Nomenclatura Comum do Mercosul" e trata-se de um código de oito dígitos estabelecido pelo Governo Brasileiro para identificar a natureza das mercadorias e promover o desenvolvimento do comércio internacional, além de facilitar a coleta e análise das estatísticas do comércio exterior. Qualquer mercadoria, importada ou comprada no Brasil, deve ter um código NCM na sua documentação legal (nota fiscal, livros legais, etc.), cujo objetivo é classificar os itens de acordo com regulamentos do Mercosul. A NCM foi adotada em janeiro de 1995 pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e tem como base o SH (Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias). Por esse motivo existe a sigla NCM/SH. O SH é um método internacional de classificação de mercadorias que contém uma estrutura de códigos com a descrição de características específicas dos produtos, como por exemplo, origem do produto, materiais que o compõe e sua aplicação. Dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são classificações do SH. Os dois últimos dígitos fazem parte das especificações próprias do Mercosul. Uma pesquisa pelo código NCM 0102.10.10 permite determinar que se trata de: 01 - Animais Vivos 0102 - Animais Vivos da Espécie Bovina 29 010210 - Reprodutores de Raça Pura 01021010 - Prenhes ou com cria ao pé. A classificação fiscal de mercadorias é de competência da SRF (Secretaria da Receita Federal). A partir do dia 1 de Janeiro de 2010 passou a ser obrigatória a inclusão da categorização NCM/SH dos produtos nos documentos fiscais. É possível encontrar tabelas com os códigos NCM. Também há a possibilidade de pesquisar no site da Receita Federal, introduzindo a descrição do produto ou pesquisando de acordo com os códigos de capítulo, posição, subposição, item e subitem. 1.9. REGIMES ADUANEIROS Regime Aduaneiro Comum: aquele em que a mercadoria é nacionalizada a título definitivo na importação o desnacionalizadaa título definitivo na exportação. Neste regime a mercadoria é desembaraçada por meio de despacho para consumo. Ocorre via de regra, o pagamento de tributos quando na importação. Regime Aduaneiro Especial: aquele que, via de regra, implica na suspensão dos tributos incidentes na operação (importação ou exportação), pelo período de concessão do regime. A concessão do regime se processa por meio de despacho de admissão. Podemos citar como exemplos: - Trânsito Aduaneiro É o regime que permite o transporte de mercadorias, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de tributos. O regime subsiste do local de origem (ponto inicial do itinerário) ao local de destino (ponto final do itinerário), e desde o momento do desembaraço para trânsito aduaneiro efetuado pela repartição da Receita Federal que jurisdiciona o local de origem até o momento em que a repartição que jurisdiciona o local de destino certifica a chegada da mercadoria. 30 São algumas modalidades de operação de trânsito aduaneiro: - O transporte de mercadoria nacional ou nacionalizada, após sofrer o processo de liberação para exportação, do local de origem ao local de destino, para embarque ou armazenamento em área alfandegada para posterior embarque; - O transporte de mercadoria estrangeira para reexportação, do local de origem ao local de destino, para embarque ou armazenamento em área alfandegada para posterior embarque; - O transporte, pelo território aduaneiro, de mercadoria estrangeira, nacional ou nacionalizada, verificada ou despachada para reexportação ou exportação e conduzida em veículo destinado ao exterior. O transporte de mercadorias em operação de trânsito aduaneiro poderá ser efetuado por empresas transportadoras previamente habituadas, em caráter precário, pela Secretaria da Receita Federal. A autoridade aduaneira, sob cuja jurisdição se encontrar a mercadoria a ser transportada, concederá o regime de trânsito aduaneiro, estabelecendo rota, prazo para execução de operação, prazo para a comprovação da chegada e cautelas julgadas necessárias. As obrigações fiscais relativas a mercadoria em regime especial de trânsito aduaneiro serão constituídas em termo de responsabilidade que assegure sua eventual liquidação e cobrança. - Admissão Temporária A admissão temporária consiste no regime aduaneiro que permite a entrada de certas mercadorias no país, com finalidade e período de tempo determinados, com a suspensão total ou parcial do pagamento de tributos aduaneiros incidentes na importação e com o compromisso de serem reexportadas. Incluem-se nas hipóteses previstas, entre outros, bens destinados a feiras, exposições, congressos e eventos (de caráter científico, comercial, técnico, cultural ou esportivo) para promoção comercial e para uso pessoal ou exercício temporário de atividade profissional de não residente. Em consonância com a IN RFB nº 1.361/2013, o pedido deve ser formalizado na unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), 31 responsável pelo despacho aduaneiro das mercadorias ou dos bens a serem submetidos ao regime de admissão temporária. Geralmente com a assinatura de Termo de Responsabilidade, em alguns casos com apresentação de garantia, em que se assume a responsabilidade pelo pagamento dos tributos se houver descumprimento do regime. Para despacho dos bens, são utilizadas a Declaração Simplificada de Importação (DSI), a Declaração de Bagagem Acompanhada, a Declaração de Importação (DI) ou outras, conforme o bem e a finalidade. - Drawback DRAWBACK é um Regime Aduaneiro Especial cujo principal objetivo é incentivar as Exportações Brasileiras. Este Regime Aduaneiro Especial possui grande flexibilidade para ajustar-se as necessidades de cada beneficiário, pois existem diversas modalidades e submodalidades de uso (Suspensão Integrado, Suspensão Embarcação, Suspensão Fornecimento de Mercado Interno, Isenção Integrado, e Restituição). Em geral o regime concede aos seus beneficiários vantagens (suspensão/isenção/restituição ou redução) relacionadas às tributações de impostos e taxas sobre as matérias primas adquiridas (locais ou importadas) com o objetivo de serem empregadas na produção de Bens com maior Valor Agregado e em seguida obrigatoriamente exportados ou utilizados em venda equiparada a exportação. Esta concessão é feita através de um pedido de Ato Concessório, que possui um período de validade e especifica todos os montantes em valor e quantidade do que será comprado (local ou importado) e do que será exportado. Este Ato Concessório é um compromisso assumido previamente com o DECEX e a partir deste pedido aprovado o beneficiário poderá usufruir dos benefícios do regime. Desta forma o custo de produção reduz, o fluxo de caixa melhora devido a não necessidade de desembolso no pagamento dos impostos/taxas no momento da compra e com possibilidade inclusive de eliminação de tomada de crédito nas compras locais evitando acúmulos (dificilmente recuperáveis) desses créditos com as exportações futuras. 32 Sendo o DRAWBACK conceituado como um Incentivo a Exportação e não como um benefício fiscal conforme suas legislações bases, fica afastada a necessidade de exame de similaridade para as importações feitas sob tal regime. Para o beneficiário cumprir as previsões de compras, produção e exportações indicadas no Ato Concessório o mesmo precisará garantir organização e consistência dos seus principais processos (Planejamento, Compra, Estoque, Produção, Exportação). No entanto, este cenário trará ao beneficiário muitas vantagens, sendo elas: Maior Competitividade no Mercado Interno e Externo Abertura de Novos Mercados Ganhos Financeiros Aumento da Lucratividade Organização de Processos As informações dos Atos Concessórios na modalidade Integrado Suspensão são armazenadas no sistema DRAWBACK WEB. Este é o sistema oficial de acompanhamento do Governo em conjunto com o Siscomex Importação/Exportação, no entanto, ele não possui muitas facilidades operacionais/preventivas para o dia-a-dia da Operação de DRAWBACK. É um sistema de comprovação e não uma ferramenta de acompanhamento do planejamento ao encerramento do ato. 33 Fluxo Simplificado do Drawback Integrado Suspensão (Exportador): Fluxo Simplificado do Drawback Integrado Suspensão (Intermediário): 34 Fluxo Simplificado do Drawback Integrado Isenção: - Entreposto Aduaneiro O regime aduaneiro especial de Entreposto Aduaneiro permite na importação e na exportação, o depósito de mercadoria, em local determinado, com suspensão do pagamento de tributos e sob controle fiscal. Na exportação temos duas modalidades: regime comum ou regime extraordinário. Os impostos suspensos na importação são imposto de importação (II), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS), PIS/PASEP e COFINS. Já na exportação os tributos suspensos são os tributos Federais e ICMS. 1.10. REGIMES DE TRIBUTAÇÃO ADUANEIRA Regime de Tributação Simplificada – RTS: utilizado no despacho aduaneiro de importação de bens integrantes de remessa postal (Correios) ou de encomenda aérea internacional (courier) no valor de até US$3.000,00 ou o equivalente em outra moeda, destinada a pessoa física ou jurídica, mediante 35 o pagamento do imposto de importaçãocalculado com aplicação da alíquota de 60%, independentemente da classificação tarifária dos bens que compõem a remessa ou encomenda. Regime de Tributação Especial – RTE: permite o despacho de bens incluídos no conceito de bagagem, mediante, exclusivamente, o pagamento do imposto de importação de 50% sobre o valor do bem. Regime de Tributação Unificada – RTU: permite a importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado de impostos e contribuições federais incidentes na importação. 1.11. TRIBUTOS E TAXAS IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II) Usado mais como instrumento de proteção da indústria nacional do que como instrumento de arrecadação de recursos financeiros para o tesouro público. Se não existisse o imposto de importação, a maioria dos produtos in- dustrializados no Brasil não teria condições de competir no mercado com seus similares produzidos em países economicamente mais desenvolvidos, onde o custo industrial é reduzido graças aos processos de racionalização da produção e ao desenvolvimento tecnológico de um modo geral. Além disto, vários países subsidiam as exportações de produtos industrializados, de sorte que os seus preços ficam consideravelmente reduzidos. Assim, o imposto de importação funciona como valioso instrumento de política econômica. Fato gerador: Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador: I - Na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo. II – no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de: a) bens contidos em remessa pessoal internacional não sujeitos ao ergime de importação comum; 36 b) bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada; e c) mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria for apurado pela autoridade aduaneira. III – na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da mercadoria, na hipótese a que se refere o inciso XXI do artigo 618 (Nova Redação dada pelo Decreto n° 4.765/03). Alíquotas: Duas são as espécies de alíquotas no imposto de importação. A primeira espécie é a chamada alíquota específica, que é, na verdade, um valor em moeda, que é multiplicado por uma unidade de medida, determinando o total do tributo a pagar. O que deve ser observado no caso da alíquota específica é que a base de cálculo não é um valor em dinheiro, mas sim uma unidade de medida. A segunda espécie é a ad valorem, que é um percentual aplicado sobre uma base de cálculo determinada em moeda de onde é gerado o total do imposto a pagar. Base de Cálculo: A lei ordinária estabelece que a base de cálculo do imposto é, quando a alíquota for específica, a quantidade de mercadoria, expressa na unidade de medida indicada na tarifa, e quando a alíquota for ad valorem, o valor aduaneiro apurado segundo norma do art. VII, do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) (art. 2Q do Decreto-lei n. 37, de 18.11.1966, com redação que lhe deu o Decreto n. 2.472, de 1° setembro de 1988). IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRUALIZADOS (IPI) Trataremos o Imposto sobre Produtos Industrializados de forma mais abrangente, buscando na legislação infraconstitucional, esclarecer suas principais características no que tange ao comércio exterior. O IPI, bem como o II e IE, também não atende ao Princípio da Anterioridade nem ao Princípio da Legalidade, relativo às alíquotas. 37 Fato gerador: O fato gerador do IPI na importação é o desembaraço aduaneiro, conforme art. 238 do RA. Alíquotas: As alíquotas do IPI por mercadoria estão listadas na TIP (Tabela de Incidência do IPI, aprovada pelo Decreto n° 4.542, de 26 de dezembro de 2002). Base de Cálculo: O Regulamento Aduaneiro no seu artigo 239 dispõe que a base de cálculo do IPI na importação é o valor aduaneiro acrescido do imposto de importação. PIS E COFINS IMPORTAÇÃO Fato gerador: O fato gerador do PIS e da COFINS na importação é o registro da DI, conforme Lei nº 10.865, de 2004, art. 4º e § único; e Lei nº 9.779, de 1999, art. 18. Alíquotas: As alíquotas gerais vigentes são: 1) Na hipótese de importação de bens: a) 2,1% para a Contribuição para o PIS/Pasep-Importação; e b) 9,65% para a Cofins-Importação. 2) Na hipótese de importação de serviços: a) 1,65% para a Contribuição para o PIS/Pasep-Importação; e b) 7,6% para a Cofins-Importação Base de Cálculo: A base de cálculo dessas contribuições é: a) o valor aduaneiro, na hipótese da importação de bens; ou b) o valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o exterior, antes da retenção do imposto de renda, acrescido do ISS e do valor das próprias contribuições, na hipótese de importação de serviços. 38 ADICIONAL DE FRETE PARA RENOVAÇÃO DA MARINHA MERCANTE (AFRMM) O AFRMM destina-se a atender aos encargos da intervenção da União no apoio ao desenvolvimento da marinha mercante e da indústria de construção e reparação naval brasileiras, e constitui fonte básica do Fundo da Marinha Mercante (FMM). Fato gerador: O fato gerador do AFRMM é o início efetivo da operação de descarregamento da embarcação em porto brasileiro, a qual pode ser proveniente do exterior, em navegação de longo curso ou de portos brasileiros, em navegação de cabotagem ou em navegação fluvial e lacustre. Alíquotas: As alíquotas gerais vigentes são: O AFRMM será calculado sobre a remuneração do transporte aquaviário, aplicando-se as seguintes alíquotas: I - 25% (vinte e cinco por cento) na navegação de longo curso; II - 10% (dez por cento) na navegação de cabotagem; e III - 40% (quarenta por cento) na navegação fluvial e lacustre, quando do transporte de granéis líquidos nas regiões Norte e Nordeste. TAXA SISCOMEX Essa taxa é devida ao ato de registro da Declaração de Importação (DI) no SISCOMEX, conforme especificado na Lei No. 9.716, de 26 de novembro de 1998. Assim, a Taxa de Utilização do Siscomex tem como fato gerador a utilização desse sistema. A taxa é devida independentemente da ocorrência de tributo a recolher, sendo debitada em conta-corrente, juntamente com os tributos incidentes na importação. A Portaria MF No. 257 de 20 de maio de 2011 reajustou os valores definidos em Lei para os seguintes: - R$ 185,00 (cento e oitenta e cinco reais) por DI; - R$ 29,50 (vinte e nove reais e cinquenta centavos) para cada adição de 39 mercadorias à DI, observados os limites fixados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). A) Até a 2ª adição - R$ 29,50; B) Da 3ª à 5ª - R$ 23,60; C) Da 6ª à 10ª - R$ 17,70; D) Da 11ª à 20ª - R$ 11,80; E) Da 21ª à 50ª - R$ 5,90; e F) A partir da 51ª - R$ 2,95. 1.12. SISCOMEX O Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) foi criado pelo Decreto nº 660, de 25 de setembro de 1992, passando a operar em 1993 como uma interface eletrônica entre os exportadores e os diversos órgãos governamentais que intervêm no comércio exterior. Por meio da informatização de processos, buscava-se simplificar as operações brasileiras de exportação. Em 1997, o SISCOMEX foi ampliado com a criação de um novo módulo para as operações de importação. Segundo o Decreto nº 660/1992, “o Siscomex é o instrumento administrativo que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações decomércio exterior, mediante fluxo único, computadorizado, de informações”. O SISCOMEX foi, portanto, projetado para ser o instrumento pelo qual a legislação de comércio exterior seria executada. Todos as medidas administrativas incidentes sobre as importações e sobre as exportações deveriam, assim, ser implementadas mediante o SISCOMEX. Conforme novas necessidades foram surgindo, novos sistemas foram sendo criados e integrados ao SISCOMEX, a exemplo do SISCOMEX Drawback Web, para a concessão dos regimes especiais de drawback, e do SISCOMEX Carga, destinado ao acompanhamento aduaneiro das cargas que ingressam no Brasil pela via marítima. Outros foram modernizados, como o SISCOMEX Exportação. A importante iniciativa de criação do SISCOMEX fez com que o Brasil, na década de 1990, estivesse na vanguarda mundial em desenvolvimento de sistemas de comércio exterior. No entanto, apesar do sucesso de sua implementação, o 40 sistema foi idealizado no contexto do comércio exterior brasileiro daquela época. Desde então, o comércio do Brasil com o Mundo aumentou expressivamente em seu fluxo e em sua complexidade. Aliada ao crescimento do comércio, tem-se também a constante necessidade de elaboração de novas políticas públicas voltadas ao desenvolvimento e à melhoria da condição de vida da população nas mais diversas áreas, como a saúde humana, a segurança alimentar, o meio ambiente, a segurança pública e a segurança do consumidor. Essas políticas são também implementadas mediante controles incidentes sobre operações de comércio exterior, que demandam a criação de instrumentos específicos adequados à sua implementação. O desenvolvimento econômico pressupõe também aumento da eficiência do setor produtivo, o que somente é possível com um comércio exterior competitivo. Diante da realidade atual tão distinta daquela em que se deu a criação da presente estrutura de controle governamental do comércio exterior, mesmo com as constantes atualizações e modernizações feitas pelo governo em anos recentes, urge uma reformulação das ferramentas presentemente utilizadas. O Programa Portal Único de Comércio Exterior foi assim lançado com o objetivo de atender de forma mais eficiente a demanda do comércio exterior brasileiro de hoje e dos próximos anos, de modo a fazer com que o SISCOMEX se mantenha efetivo no cumprimento de seus objetivos simplificadores e integradores, conforme traçados no momento de sua criação. O Portal Siscomex é uma iniciativa de governo eletrônico centrada no aumento da transparência e da eficiência nos processos e controles de exportações e importações. Voltado primordialmente aos operadores de comércio exterior - exportadores, importadores, transportadores, depositários, despachantes aduaneiros, terminais portuários, etc. - o Portal Siscomex objetiva, em sua etapa inicial de implementação, simplificar o acesso aos serviços e sistemas governamentais e à legislação pertinentes às operações de comércio exterior. Todos os sistemas componentes do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), bem como os demais sistemas governamentais destinados à obtenção de autorizações, certificações e licenças para exportar ou importar estão presentes no Portal Siscomex. Por meio dele, os operadores do comércio exterior também contam com acesso simplificado às normas que regem as importações e exportações brasileiras, organizadas por órgão responsável pela edição ou administração da norma em questão. 41 O Portal Siscomex é a etapa inicial de um grande programa de reformulação da atuação governamental sobre as operações do comércio exterior brasileiro - o Programa Portal Único de Comércio Exterior. Irmanado às ações de infraestrutura promovidas pelo governo, o Programa Portal Único se apresenta como o segundo pilar basilar para o aumento da eficiência do comércio exterior brasileiro e da competitividade exportadora do País. Assim, o Portal Siscomex figura como o espaço de interação entre o governo e os operadores de comércio exterior mediante o qual importantes inovações serão apresentadas e implementadas, de forma incremental, ao longo dos próximos anos. Veja mais em Manuais Aduaneiros: http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais.
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