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modelo Petição Sentido Restrito

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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 1º Vara Criminal desta Comarca de Rio Grande - Estado de RS
SENECA DOS SANTOS por intermédio de seu advogado, infra-assinado, nos autos da Ação Penal n. 001234/2016- IP 9876/2014/1234-A, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, interpor, dentro do quinquídio legal, RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fundamento no art. 581, IV, do Código de Processo Penal, pois não se conforma com a respeitável sentença de pronúncia contra o recorrente (fls.431), o qual foi pronunciado como incurso no art. 121, § 1º, do Código Penal, endereçando o presente recurso ao egrégio Tribunal de Justiça do Estado de RS.
O Parquet requer a Vossa Excelência a reforma da respeitável sentença, ou seja, o juízo de retratabilidade, para que seja desclassificado o homicídio para o crime de culposo (Art. 121.§ 1º) Caso não ocorra a reforma, postula-se o envio do recurso e dos autos ao Tribunal referido.
Termos em que,
Pede deferimento.
Rio Grande, RS em 15 de junho de 2015.
Advogado Xxxxxxxxx
0000.000/02
Razões de Recurso em Sentido Estrito
Processo-Crime n. 001234/2016- IP 9876/2014/1234-A
Recorrente: SENECA DOS SANTOS
Recorrido: a Justiça Pública
Colendo Tribunal de Justiça do Estado de RS,
Distinta Câmara, 1º Vara Criminal
Digníssimo Desembargador Relator,
Doutor Procurador de Justiça: Paulo Justos
Distinta Câmara, o presente recurso em sentido estrito merece ser provido, para que seja desclassificado o homicídio para o crime de homicídio culposo.
O recorrente Sr. Sêneca dos Santos, estava transtornado, pois ouvirá dizer que sua companheira tinha traído e chegou a sua residência dizendo que agora sabia toda a verdade. Que ouviu a vítima dizer que era mesmo verdade e que ela estava cansada de mentir ao marido. Que os filhos do casal choravam muito e que o declarante quis tirá-los do local. O Sr. Manoel Calabreza o declarante nos autos da Ocorrência nº 98765/2015/3456, tentou acalmar Sêneca que tremia muito e chorava enquanto segurava a arma. Que acha que a arma disparou involuntariamente diante da mão trêmula de Sêneca, que o segundo tiro também foi fruto do desespero. Que Sêneca chorou muito depois dos disparos e saiu correndo afirmando que mataria o amante e depois se mataria. Que Sêneca é um homem bom, trabalhador. Que não compreende o que ocorreu.
Como se vê das provas dos autos e demonstraremos, nobres Desembargadores, não foi feliz o ilustre juiz de primeiro grau, pronunciando Sr. Sêneca dos Santos, não levando que estava sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima.
A despeito do entendimento em contrário do culto juiz sentenciante, forçoso é reconhecer que, o presente réu não oferece perigo iminente a população e seus familiares, visto que o Sr. Senêca sempre teve uma vida tranquila sem ter problemas com a justiça, além de ser um homem religioso. 
Somada a essa versão, que se coaduna com aquelas ofertadas pelo recorrente e vítima na fase policial, a prova pericial, deve-se reconhecer que SÊNECA, depois de atirar a vítima, num ato de nervosismo e logo após arrependimento sem no momento Inconscientemente, atentar por uma atitude no qual não era sua intenção por circunstância alheia à sua vontade, mas, sim, porque não quis ter seu nome associado como o companheiro traído pela companheira
Nessa situação concreta, Roberto Parentoni – Advogado Criminalista diz: 
"Entretanto, entendo, haver um enorme “vale” entre a lei e a realidade, pois a emoção não está sujeita ao tempo cronológico, mas sim ao tempo psicológico, como ensinam os mais ilustres juristas. GIUSEPPE BETTIOL leciona que o estado de ira pode perdurar por algum tempo, e pode ressurgir violento à recordação da provocação sofrida. BASILEU GARCIA complementa, afirmando que realmente, seria excessivo rigor pretender que os estados passionais não tivessem nem o poder de diminuir a pena, através de avaliação subjetiva da conduta, e o nosso Código expressamente dispôs a esse respeito, criando figuras em que há sensível atenuação penal sob a égide da emoção ou paixão”.
Roberto Parentoni - Advogado Criminalista
Em outras palavras, com razão, disse o douto Procurador de Justiça: "É incontroverso e até confesso que SÊNECA, tinha a intenção de cometer o Homocido doloso. Pois não tinha a intenção no momento de tirar a vida da sua companheira a qual ele amava e tinha um cuidado elogiável por todos sobre sua família. Fato é que se arrependeu de seu intento inicial mas não foi possível salvar a Vítima: Maria Clemência, pois caso assim não fosse, teria desferido outros tiros para confirmar ali no momento a morte da vítima. (fls. 501).
Desta forma, tem-se por configurada o Homicídio culposo, devendo responder o recorrente, a teor do art. do Código Penal, somente pelos atos anteriormente praticados - lesão corporal de natureza grave, com consequencia a morte da vitima, consoante laudos de fls.600 -, os quais deverão ser examinados pelo juiz singular.
Ante o exposto, requer o provimento do presente recurso em sentido estrito, em favor do recorrente SENÊCA DOS SANTOS, já qualificado nos autos, para que seja reformada a respeitável sentença de pronúncia, desclassificando o homicídio qualificado para o crime de homicídio culposo. ( Art. 121. § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.)
Termos em que,
Pede deferimento.
Rio Grande, RS em 15 de junho de 2015.
Advogado Xxxxxxxxx
0000.000/02

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