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Sustentabilidade nos Canteiros de Obras

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SUSTENTABILIDADE NO CANTEIRO DE 
OBRAS 
 
 
Paula de Brito Carneiro (SENAC) 
pischi@uol.com.br 
 
 
 
Devido à relevância da cadeia produtiva da construção civil no 
desenvolvimento economico e social do país, este artigo tem por propósito 
analisar o estado da arte da sustentabilidade nos canteiros de obra do 
Brasil. 
Neste contexto foi reaalizada uma revisão de literatura verificando quais 
aspectos da sustentabilidade (economico, ambiental e social) estão de fato 
sendo implantadas ou estudadas para os canteiros de obras. 
 
 
Palavras-chaves: canteiro de obras, sustentabilidade 
5, 6 e 7 de Agosto de 2010 
ISSN 1984-9354 
 
 VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
Energia, Inovação, Tecnologia e Complexidade para a Gestão Sustentável 
Niterói, RJ, Brasil, 5, 6 e 7 de agosto de 2010 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Formulação da situação problema 
A cadeia produtiva da construção civil tem indiscutível relevância no desenvolvimento sócio-
econômico do Brasil. É considerada um importante indicador sócio-econômico, pois além de 
grande multiplicadora de investimentos como núcleo que ativa várias outras cadeias produtivas, 
têm relevância na intensificação do mercado interno, pois aqui compra as matérias primas e 
insumos e transforma-os em bens de elevado valor agregado. E sob o aspecto social, pois esta 
cadeia é empregadora em massa de mão de obra qualificada e não qualificada, além de geradora e 
distribuidora de renda. 
Para demonstrar a extensão do alcançe da cadeia produtiva da construção civil, apresenta-se a 
figura 01 que mostra de forma muito simplificada a segmentação desta cadeia. A figura mostra 
que várias atividades que podem ser ativadas por esta cadeia que inclue uma grande gama de 
indústria de insumos e materiais além de diversos serviços como atividades imobiliárias, projetos 
de arquitetura e gerenciamneto, etc. 
 
Figura 01 – Segmentação da cadeia produtiva da construção 
 
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 Fonte: Deconcic, 2008 
Já a figura 02 apresenta números da significante representação da cadeia produtiva da construção 
civil no desenvolvimento da economia do país, mostrando a considerável participação direta de 
11,9% desta cadeia no PIB brasileiro no ano de 2009. 
 
Figura 02 – Participação da construção civil no PIB 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Adaptado, FIESP, 2009 
 
Edificações 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção pesada 
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Manutenção e reforma 
Construção informal 
Construção formal 
Infra estrutura urbana 
Montagem idustrial 
Infra estrutura de 
transportes 
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Lotes 
urbanizados 
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Construbusiness 
Material de construção 4,8% 
 
Outros materiais 0,8% 
 
Construção 5,5% 
 
Edificações 
Construção 
pesada 
 
Máquinas e equipamentos 0,3% 
 
Serviços 0,5% 
 
Projetos de arquitetura 
Engenharia consultiva 
Atividades imobiliárias 
Incorporação e construção 
 
 
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Segundo a FIESP (2009) o setor foi responsável por aproximadamente 7,8 milhões de postos de 
trabalho no ano de 2008, representando 8,3% no total de ocupados do país, número que confirma 
também a relevância desta cadeia produtiva para o desenvolvimento social do Brasil. 
E por fim a figura 03, que representa a importante contribuição que a cadeia produtiva da 
construção civil teve na superação da crise financeira internacional, onde no ano de 2008, a 
construção civil teve a taxa de crescimento maior que a taxa do PIB do país, abrandando assim os 
efeitos da crise no Brasil. 
 
Figura 03 – Evolução da taxa de crescimento do PIB brasileiro e da Construção Civil (em 
% ao ano) 
5,7
3,2
4,0
5,7
5,1
6,6
1,8
4,7 5,0
8,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
2004 2005 2006 2007 2008
PIB
Construção Civil
 
 Fonte: Adaptado, FIESP, 2009 
Demonstrados os benefícios gerados pela cadeia produtiva da construção civil para o país, é 
importante mencionar que a atividade da construção civil em si, nas realizações necessárias para 
atingir seus objetivos gera consideráveis impactos ambientais e sociais. 
O canteiro de obras é o ambiente onde é realizada a principal atividade da construção civil, além 
de ser o momento e local de maior interação entre a maioria dos elementos da cadeia produtiva. 
Canteiro de obras, segundo a NR-18 (FUNDACENTRO, 1996) é definido como a área de 
trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra. Já 
a NB-1367 (ABNT, 1991) define canteiro de obras como áreas destinadas à execução e apoio dos 
trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência. 
Portanto o canteiro de obras é um dos ambientes onde deve ser aplicada a ação para melhoria de 
 
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produtos e processos, pois é nele onde estão os principais recursos financeiros e humanos, e 
ocorre a maioria dos impactos ambientais e sociais da construção civil. 
O mercado atual é disputado por empresas que dispõem de características cada vez mais 
procuradas pelos clientes e cobradas pela sociedade: o equilíbrio dos vieses da sustentabilidade. 
 
Figura 06 – Dimensões da sustentabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, adaptado de Alledi, 2002 
 
A sustentabilidade, vista como o equilíbrio entre o socialmente desejável, economicamente viável 
e ambientalmente sustentável (o “triple bottom line”) hoje representa para todos os tipos de 
negócios, não mais um diferencial, e sim um limitador para uma empresa, alcançar destaque no 
mercado. 
Até os anos 70, quando ainda não havia grande preocupação com os aspectos ambientais e sociais 
das ações humanas, para que fosse decidido se uma construção era de boa utilidade ou proveito, a 
análise realizada era o estudo econômico-financeiro que apontava o custo x benefício que aquele 
investimento significava, e portanto se era viável ou não a sua realização. Porém quando se insere 
nesta análise os princípios da sustentabilidade não mais é possivel que as áreas ambiental e social 
sejam denegridas no estudo de viabilidade de um projeto. 
2. Objetivo 
Considerando o atendimento dos princípios da sustentabilidade pelo panorama do triple bottom 
line, objetivou-se fazer um levantamento do estado da arte da sustentabilidade nos canteiros de 
Meio 
Ambiente 
Sus- 
tenta-
bilidade 
Social Econômico 
 
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obras da construção civil no Brasil. Pretendeu-se com isto delimitar quais áreas estão sendo de 
fato estudadas, e consequentemente quais áreas encontram-se carentes de atenção quando tratado 
o assunto da sustentabilidade em canteiros de obras. 
3. Método 
Buscando uma visão global do estado da arte da sustentabilidade em canteiros de obras foi 
realizada uma revisão bibliográfica no Banco de Teses da Capes com o intuito de levantar quais 
aspectos da sustentabilidade estão sendo levados em consideração nos estudos. 
Primeiramente foi buscada a expressão “canteiros de obras sustentáveis” que apresentou 20 teses 
e dissertações sobre o assunto. Depois buscou-se a expressão “sustentabilidade em canteiros de 
obras” que mostrou 12 teses e dissertações como resultado. E por ultimo a expressão escolhida 
foi “canteiros sustentáveis” que gerou a resposta de 27 teses e dissertações das quais 22 estão 
relacionados à sustentabilidade em canteiros de obras como pode ser observado nos resultados 
apresentados. 
4. Resultado 
A sustentabilidade no canteiro de obras foi analisada com o objetivo de apontar quais os enfoques 
são dominantes nos trabalhos da área, indicando quais aspectos não foram ainda devidamente 
valorizados. Foi realizada uma pesquisa pelo termo “canteiro sustentável” no banco de teses da 
Capes, e a literatura existente apresenta, conforme descrito a seguir, a variável ambiental da 
sustentabilidade amplamente investigada em detrimento da saúde e segurança ocupacional e 
responsabilidade social. 
O resultado da pesquisa apresentou 27 teses e dissertações, das quais 21 estão envolvidas com o 
tema sustentabilidade em canteiros de obras. Destes 21 trabalhos pode-se observar um grupo de 
18 trabalhos com o foco no aspecto ambiental, principalmente apontando o problema da gestão 
de resíduos sólidos como o problema a ser transposto. Foram encontrados 4 trabalhos com o foco 
social, e 2 trabalhos com foco na qualidade. Registra-se a abordagem de mais de um foco em 
alguns trabalhos. 
A seguir é apresentado uma amostra de cada trabalho pesquisado, com o intuito de subsidiar a 
análise do resultado obtido. 
 
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O estudo de Fonseca (2002) cita que os rejeitos de construção e demolição representam grande 
volume de material desperdiçado no canteiro de obra e fábricas de pré-moldados de concreto. A 
necessidade da reciclagem para o desenvolvimento auto-sustentável, de materiais produzidos a 
partir dos rejeitos de construção, é de grande importância para o impacto ambiental, além de 
proporcionar economia aos construtores e produtores de artefatos de cimento. Ensaios de 
concretos e argamassas, utilizando agregado reciclado, apontaram bom desempenho mecânico e 
são relativamente mais leves quando comparados aos respectivos materiais utilizando agregados 
naturais. 
Teles (2004), em seu trabalho mostra um perfil de engenheiro civil com um alto índice de 
desconhecimento e despreparo profissional para lidar com a questão da sustentabilidade, bem 
como com os instrumentos da gestão ambiental. O engenheiro civil pela qualificação, 
flexibilidade e dinamismo inerentes ao seu trabalho, deveria assumir a condição de gestor 
ambiental. A introdução dos pressupostos da qualidade ambiental seria um requisito 
indispensável à consciência do seu papel político. Os resultados de sua pesquisa revelaram um 
alto índice de desconhecimento e despreparo do profissional para lidar com a questão da 
sustentabilidade, bem como com os instrumentos da gestão ambiental. As lacunas deixadas pelos 
cursos de formação e as pressões da sociedade-mercado demandam procedimentos técnico-
instrumentais insustentáveis à sociedade e ao meio ambiente. Sua pesquisa identificou algumas 
alternativas que possibilitam ao engenheiro a opção por uma prática profissional mais sustentável 
e a ampliação de sua percepção e da sua intervenção sócio-política nas relações sociedade-
natureza. Essa reestruturação de valores delineia um processo de educação ambiental que deve 
ser construído sobre três eixos: o estímulo ao repensar da prática da categoria, o processo de 
formação profissional vivenciado na graduação e a prática no canteiro de obras. 
O trabalho de Mendonça (2004), tem o foco na desmobilização das áreas e pessoas de um grande 
canteiro de obras. Procurou demonstrar como foi o processo de implantação da cidade de Ilha 
Solteira, da Usina Hidrelétrica e do Projeto de Assentamento Cinturão Verde dando enfoque ao 
desenvolvimento social: “Tentamos resgatar um pouco da história e também levantar algumas 
contradições no processo de construção, emancipação do município de Ilha Solteira e instalação 
do Cinturão Verde. Se refere à destinação das terras remanescentes dos canteiros de obras da 
 
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construção da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, as quais foram utilizadas para a implantação do 
assentamento rural Cinturão Verde em 1984, objetivando contribuir para a emancipação da 
cidade, e ao mesmo tempo dando uma destinação social para as terras, procurando assentar 
famílias da região, de baixa renda, comprovadamente com tradição agrícola, pelo menos 
teoricamente. As contradições, na condução de todo o processo (após 1984) até a efetiva 
implantação, com evidente rejeição por parte da comunidade de Ilha Solteira, se fazem presentes 
até hoje.” 
Pissa (2006) abordou a qualificação das empresas construtoras através do Programa Brasileiro de 
Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). O segmento de edificações é hoje um dos 
responsáveis pelo crescimento no cenário sócio-econômico brasileiro e a pesquisa, discussão e 
propostas de melhorias para o setor da construção civil no Brasil é condição relevante ao 
desenvolvimento de toda a cadeia da construção e do país. O trabalho foi norteado pelo 
questionamento: quais as dificuldades que as empresas tem encontrado, para manter ou sustentar, 
a implementação de sistemas da qualidade, do programa PBQP-H? O trabalho apresentou 
também uma série de números que representam alguns pontos em comum entre as empresas 
analisadas, mostrando em porcentagens as tendências e ganhos em relação ao programa de 
qualidade. Sobre as dificuldades na implantação e manutenção do programa PBQP-H, apontou 
desordem na imposição de obtenção da certificação, prazo díspar da política do programa, 
despreparo inicial na implantação e incoerência na postura dos envolvidos. 
Para Machado (2006), a Indústria da Construção Civil é grande consumidora de recursos naturais, 
e conseqüentemente, uma grande geradora de resíduos, que acarretam significativos impactos 
sobre o meio ambiente. Por estas características, citou a importância da conscientização para a 
minimização dos resíduos de construção e demolição (RCD), e introdução de medidas para 
redução da geração de resíduos, reutilização e reciclagem além da deposição apropriada. O autor 
abordou a origem e a caracterização dos RCD e os impactos por eles gerados além das ações que 
podem ser desenvolvidas para diminuí-Ios. A preocupação com as perdas no canteiro de obra foi 
o principal tema abordado bem como a importância de dimensioná-las para solucionar problemas 
futuros. 
 
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Conforme Dias (2006), tem-se também a indústria da construção civil como grande consumidora 
de recursos naturais e ao mesmo tempo a grande geradora de resíduos. Mostrou que algumas 
discussões quanto à necessidade de se buscar maiores níveis de qualidade e eficiência nos 
processos através de uma racionalização da produção, para que as obras reafirmem o conceito de 
desenvolvimento sustentável. O grande número de resíduos e rejeitos produzidos pelas atividades 
construtivas representam um grave problema, principalmente no que diz respeito à questão 
ambiental agravada pela falta de espaço para destinação final dos mesmos. Em seu trabalho 
relacionou os principais fatores de desperdícios gerados pela tecnologia construtiva tradicional 
aplicada no país, para contribuir para a minimização dessas questões e para o planejamento 
adequado dos recursos físicos da construção civil. Abordou as principais perdas de materiais, 
buscando identificar os pontos deficientes no planejamento, no uso inadequado de materiais 
dentro de canteiros de obras, e mão-de-obra desqualificada. 
Cunha (2007) abordou o desenvolvimento sustentável no setor da construção civil, com enfoque 
também nos resíduos gerados pelas atividades construtivas e o papel das usinas de reciclagem. 
Fez referência aos vários aspectos da legislação e do mercado dos resíduos, considerando suas 
fontes geradoras, sua composição e sua minimização, baseada na redução quantitativa e em 
mudanças tecnológicas. Citou, também, a reciclagem no canteiro de obra como alternativa para a 
minimização dos resíduos e apresenta um breve histórico das usinas no Brasil, os equipamentos 
utilizados na reciclagem, o processo de produção e o material produzido. 
Para Tavares (2007), a construção civil é uma das principais fontes de degradação ambiental por 
ser a maior fonte geradora de resíduos da sociedade, além de apresentar deposição não adequada 
destes resíduos nas diferentes etapas do seu processo produtivo. Salientou que no Brasil, até 
início da década de 90, o setor não atentava para questões ambientais, resultando em muitos 
estragos ambientais, agravados pelo intenso processo de urbanização ocorrido na segunda metade 
do século passado, o que ocasionou uma enorme demanda por novas habitações. Em razão do 
baixo grau de intervenção pública e dos impactos sócio-econômico-ambientais causados pelos 
entulhos, impõe-se a tarefa de elaborar novas políticas públicas específicas, que prevejam a 
redução na fonte das quantidades geradas, maximização da reutilização de sobras de materiais 
 
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nos canteiros e reciclagem dos entulhos, disposição e tratamento dos rejeitos e ampliação dos 
serviços relacionados com os resíduos, a fim de reduzir o impacto sobre o meio ambiente. 
Para Oliveira (2007), a indústria da construção civil além de ser uma grande geradora de riqueza 
é também grande consumidora de recursos naturais, e conseqüentemente produtora de resíduos, 
motivo pelo qual é necessário buscar um modelo de gestão mais competitiva. A necessidade de 
uma ação que busque a mitigação dos resíduos gerados pela construção civil existe há muito 
tempo e é muitas vezes acirrada pela discussão da redução do desperdício e por questões 
ambientais, uma vez que desperdício de materiais, seja na forma de resíduo ou sob outra forma, 
significa desperdício dos recursos naturais colocando a construção civil no centro das discussões 
da busca do desenvolvimento sustentável nas suas diversas dimensões. 
Silva (2007) abordou a discussão de princípios sustentáveis na produção de edifício multifamiliar 
com o estudo de caso de um edifício de trinta e dois pavimentos. Seu principal objetivo foi 
analisar os princípios da eco construção, nas etapas de implantação, processo construtivo e no 
gerenciamento do canteiro de obras, analisando no estudo de caso, os aspectos externos da 
construção e os impactos de vizinhança, advindos dessas fases construtivas. Houve um 
comparativo entre as soluções adotadas pelos projetistas, construtores e empreendedores, e, o que 
propõe os princípios da eco construção. 
Para Neto (2007) devido ao fato da construção civil ser responsável por aproximadamente metade 
dos resíduos gerados nas cidades brasileiras, é de fundamental importância minimizar os 
impactos ambientais desta cadeia produtiva, por meio do planejamento de projeto que maximize 
a utilização dos materiais, da segregação que reduza custos do construtor com a remoção dos 
resíduos recicláveis e da disposição final, e que destine ao aterro somente os materiais que não 
podem ser reciclados. O gerenciamento adequado dos resíduos produzidos em canteiros de obras, 
incluindo a sua redução, reutilização e reciclagem, pode tornar o processo construtivo mais 
rentável e competitivo. 
Rocha (2008) estudou o reaproveitamento de resíduos de E.V.A. (Etileno acetato de vinila) da 
indústria de calçados (aparas da produção de solados e palmilhas) na produção de blocos para 
construção civil sem função estrutural. Busca oferecer uma alternativa ecologicamente correta a 
um resíduo que hoje é depositado de forma inadequada na natureza e ao mesmo tempo reduzir o 
 
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consumo de agregados naturais e conseqüentemente os danos que sua extração causa ao meio 
ambiente. O foco na construção seca persegue ainda a otimização das alvenarias reduzindo: mão-
de-obra; consumo de argamassa de assentamento e até a produção de resíduos no próprio canteiro 
de obra. A proposta de um método geral de desenvolvimento de peças a partir de materiais 
inovadores ou alternativos é uma contribuição para o desenvolvimento de materiais que possam 
apontar um viés sustentável à dinâmica de produção do espaço construído pelo homem. 
O trabalho de Gehlen (2008) é o que mais se aprofunda nas questões socioambientais, porém 
ainda assim é bastante focado na variável ambiental, apesar de contar com as dimensões 
econômica, social, ambiental e cultural no desenrolar do estudo. Gehlen (2008) aborda o conceito 
da sustentabilidade e a sua aplicação nos canteiros de obras. Propõe que a sustentabilidade não é 
um conjunto de regras fixas mas uma série de práticas que vão se aprimorando à medida que os 
agentes da cadeia produtiva atingem as metas iniciais. O canteiro de obras sustentável pode ser 
atingido de diversas maneiras por meio da aplicação de ações estratégicas, que são divididas nos 
seguintes temas: Compra responsável; Relação com a comunidade; Gestão de saúde e segurança 
ocupacional; Projeto de gestão da qualidade; Redução das perdas de materiais; Gestão de 
resíduos sólidos; Uso e ocupação do solo (implantação do canteiro); Consumo de água; Consumo 
de energia e transporte; Conservação de fauna e flora local; e Educação dos colaboradores. No 
trabalho são analisadas as certificações dos sistemas de gestão (ISO 9001, PBPQ-H, ISO 14001, 
OHSAS 18000, SA 8000), as certificações de edifícios verdes (LEED e AQUA) e os programas 
locais (PGM e PRAS) sob a perspectiva de suas respectivas contribuições para o 
desenvolvimento de canteiros de obras sustentáveis. A pesquisa mostrou que há um percurso de 
aprendizado a ser seguido, tendo como início as ações relativas às questões econômicas,passando 
para as sociais, seguidas das educacionais e em último lugar aquelas relativas à proteção do meio 
ambiente. 
Gumz (2008) objetivou em seu trabalho identificar as peculiaridades do processo produtivo para 
a construção nova Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo considerando os 
procedimentos quando o canteiro de obras é uma ilha oceânica, principalmente no que tange aos 
aspectos logísticos e ambientais. Avaliou a interação das 5 (cinco) fases do processo produtivo da 
construção civil (planejamento, projeto, materiais, execução e uso) com os serviços de 
 
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implantação, fundações, sistema construtivo e os serviços complementares (água, energia e 
comunicações), onde foram identificadas e analisadas as peculiaridades do processo produtivo da 
construção em condições de isolamento e inospicidade. O principal resultado obtido foi a 
sistematização, registro e análise do processo de construção da nova Estação do Arquipélago de 
São Pedro e São Paulo que, além de contribuir fornecendo informações fundamentais para 
situações semelhantes, identifica a influência significativa das limitações logísticas, dos 
condicionantes naturais do lugar e da necessidade de redução do impacto ambiental oriundo da 
intervenção humana, não só nas decisões arquitetônicas como em todas as fases do processo 
produtivo da construção. 
Segundo Joanello Júnior (2009), o setor da indústria da construção civil causa problemas 
ambientais em suas várias etapas do ciclo produtivo, desde a obtenção da matéria-prima, como na 
produção, na utilização do produto e pelos impactos do destino final. A análise de ciclo de vida 
(ACV) é, basicamente, uma tentativa de relacionar os impactos ambientais gerados pelas 
atividades em toda a cadeia produtiva. Geralmente no estudo de ACV, identificam-se as entradas 
e saídas (matéria e energia) do meio ambiente para a construção, e assim avaliam os potenciais 
impactos ambientais associados a essas entradas e saídas. Visando reduzir o impacto ambiental, o 
foco do estudo foi desenvolver um conjunto de processos elementares da construção civil e 
propor um esquema de entradas e saídas do canteiro para o meio ambiente. O foco foi orientar 
projetistas e construtores a visualizar toda a cadeia produtiva do setor com o estudo do canteiro. 
Conforme Thomazzoni (2009), o setor da construção civil é responsável por significativos 
impactos ambientais seja pelo expressivo consumo de recursos naturais, pela quantidade de 
resíduos e perdas gerados, ou mesmo pela ocupação e uso inadequado do solo. Apontou que em 
alguns países um conceito que vem sendo desenvolvido e pesquisado é o da avaliação ambiental 
de edifícios. No Brasil este tipo de avaliação já começou a ser considerada pelos diversos 
agentes do setor da construção civil e o interesse pelo tema está se consolidando, visto que alguns 
empreendedores já buscam algum tipo de certificação, ainda que estrangeira. O trabalho teve 
como objetivo analisar as principais alterações no processo de construção decorrentes de um 
sistema de certificação ambiental de edificações, com ênfase nos processos de projeto e 
produção. 
 
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Para Araújo (2009) a construção sustentável é uma condição essencial para o alcance do 
desenvolvimento sustentável da sociedade. É necessário então a preocupação com a 
sustentabilidade de todas as etapas do ciclo de vida de um empreendimento, desde sua 
concepção, projeto, construção, manutenção, até sua demolição, considerando sempre as três 
dimensões da sustentabilidade: econômica, social e ambiental. O estudo destacou a redução dos 
impactos negativos da etapa de construção de empreendimentos na medida em que a indústria da 
construção civil, além de grande consumidora de recursos naturais, é fonte de diversos impactos 
negativos causados ao meio ambiente. Dessa forma, o objetivo da pesquisa foi propor práticas a 
serem adotadas por empreendedores e empresas construtoras e seus subcontratados em seus 
canteiros de obras, visando a um processo de produção de edifícios mais sustentável em áreas 
urbanas. 
Para Guerra (2009), a construção civil é um setor produtivo que gera grandes impactos 
ambientais pelo consumo de recursos naturais, modificação da paisagem, ou geração de resíduos. 
Na análise da geração de resíduos da construção civil, apontou que aproximadamente 3% do total 
são destinados a locais licenciados e que ainda 90% desses resíduos podem ser recicláveis 
quando segregados na fonte geradora. Desta forma surge o desafio de conciliar a atividade 
produtiva com as condições que conduzam a um desenvolvimento sustentável menos agressivo 
ao meio ambiente. Aplicou um programa piloto de gerenciamento de resíduos em canteiros de 
obras alinhado às exigências da Resolução CONAMA nº 307/2002, oferecendo apoio técnico e 
monitorando ao longo da construção. Observou-se que na maior parte das empresas o programa 
de gestão não teve continuidade após a finalização do piloto nos canteiros. Por fim, são 
apresentadas sugestões para melhoria de metodologia de gestão dos resíduos da construção civil 
em obras de edificações. 
Conforme Costa (2009) é indiscutível a importância da cadeia produtiva da indústria da 
construção civil para o desenvolvimento do país. Sabe-se também que o setor é um grande 
consumidor de recursos naturais e energéticos além de um grande gerador de resíduos. Porém, 
como qualquer organização, as empresas da construção civil têm como objetivo fim garantir sua 
continuidade. Diante disso verificou-se a necessidade de se aproximar o conceito de 
sustentabilidade ao setor, o que significa incorporar seus conceitos e princípios na estratégia e na 
 
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gestão empresarial com o objetivo de garantir o futuro dos negócios, equilibrando os resultados 
econômicos e os impactos gerados na sociedade e no meio ambiente. Dentro deste contexto, este 
trabalho se propõe a estruturar um modelo de sustentabilidade na indústria da construção civil a 
partir da identificação dos fatores pertinentes e aplicados a este setor industrial. Os fatores de 
sustentabilidade aqui estruturados contemplam todos os ambientes da organização, envolvendo 
desde a alta administração até as questões operacionais do canteiro de obras. Portanto, ações que 
contemplem estes fatores podem garantir a continuidade da própria organização possibilitando 
desta forma o rumo a sustentabilidade. 
Para Evangelista (2009) o desenvolvimento industrial e o processo de urbanização promoveram 
diversos benefícios à vida das populações nas cidades, no entanto trouxeram inúmeros problemas 
ambientais associados. A construção civil apesar de ocupar posição relevante no cenário 
econômico do País, nos aspectos da geração de emprego e renda, apresenta-se também como um 
dos segmentos mais críticos no que se refere aos impactos ambientais, sendo o principal gerador 
de resíduos sólidos da sociedade. Tem-se assim o problema da geração de grande volume de 
resíduos de construção civil, do esgotamento das áreas para recepção dos resíduos gerados pela 
atividade construtiva, da inexistência de áreas de transbordo e triagem e de usinaspara 
reciclagem, bem como da composição do entulho de obra com grande parcela dos resíduos com 
alto potencial de reciclagem. Em seu trabalho teve por objetivo sistematizar o processo e propor 
diretrizes para reciclagem de resíduos classe A em canteiros de obra, como alternativa sustentável 
para destinação destes resíduos, considerando aspectos técnicos, econômicos e ambientais. 
A proposta do trabalho de Noronha (2009) foi contribuir para o avanço da aplicação da NR-18 
nos canteiros de obras de edificações verticais, através de uma visão qualitativa da norma e com a 
utilização de uma ferramenta de fácil emprego pelos profissionais da área de Saúde e Segurança 
do Trabalho (SST), bem como pelos gestores de obras, na perspectiva de construir ambientes 
laborais mais dignos e seguros e, como conseqüência, buscar maior motivação e qualidade de 
vida no trabalho, fatores estes que podem influenciar no aumento da produtividade e na qualidade 
do produto da construção civil que é entregue à sociedade. Seu trabalho sustentou-se na base do 
pensamento de Immanuel Kant (1724-1804) que destaca o valor próprio das pessoas, da 
dignidade, nas estatísticas de acidentes que mantém a construção civil entre os quatro piores 
 
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desempenhos e nos indicadores de performance da NR-18, visto que, após 13 anos da grande 
revisão da norma, mesmo com toda a fiscalização, nem sempre o mínimo é cumprido, conforme 
evidenciado em estudos realizados no país. 
 
5. Conclusão 
Como demonstrado com o levantamento da revisão bibliográfica, um dos aspectos que 
ultimamente tem recebido grande atenção dentro dos canteiros de obra são os aspectos 
ambientais. As questões sociais, entretanto, não têm recebido a mesma atenção. 
Os estudos citados apontam o principal problema como sendo a indústria da construção civil que 
é uma grande fonte de degradação ambiental, pois esta é grande consumidora de recursos naturais 
e conseqüentemente grande geradora de resíduos sólidos. As ferramentas de gestão adotadas para 
elaborar empreendimentos mais eficientes em relação aos resíduos sólidos ainda são incipientes, 
e variam entre melhorias e desenvolvimento de processos como redução, reutilização e 
reciclagem, minimização de perdas e desperdícios, determinação de novos padrões de produção, 
racionalização dos processos, gestão da qualidade, gestão ambiental, desenvolvimento dos 
recursos humanos, etc. 
Pode-se entender que a sustentabilidade nos canteiros de obras ainda é considerada apenas como 
um problema ambiental, mostrando que os aspectos saúde e segurança e responsabilidade social 
ainda não foram devidamente valorizados. 
Com a certeza de equilíbrio na área econômica, propõe-se então que próximos trabalhos tenham o 
foco na variável social, analisando aspectos da saúde e segurança do trabalhador e 
responsabilidade social da empresa em complementaridade aos estudos que privilegiam aspectos 
ambientais. 
 
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