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Código de Organização Judiciária Parte 1

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Aula 00
Código de Organização Judiciária, Regimento Interno e Código p/ TJ-MS (Todos os
Cargos)
Professor: Tiago Zanolla
00646177184 - Caroline Conciani de Oliveira
 
 
Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 26 
 
LEGISLA‚ÌO ESPECêFICA P/ TJ-MS (TODOS OS CARGOS) 
TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
AULA 00 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA 
 
 
Aula 00 
APRESENTA‚ÌO DO CURSO 
NO‚ÍES INICIAIS SOBRE O PODER JUDICIçRIO 
CîDIGO DE ORGANIZA‚ÌO E DIVISÌO JUDICIçRIA 
Sum‡rio 
Sum‡rio ................................................................................................................................. 2	
Apresenta‹o do Curso ..................................................................................................... 3	
Estrutura das Aulas ........................................................................................................... 4	
Teoria ................................................................................................................................. 4	
Quest›es de Concurso .................................................................................................... 5	
Suporte .............................................................................................................................. 5	
A metodologia funciona? ............................................................................................... 5	
Cronograma de Aulas ........................................................................................................ 8	
No›es Preliminares ............................................................................................................ 9	
Lei n.¼ 1.511/1994 ................................................................................................................ 14	
Do Objeto e da Divis‹o Judici‡ria ............................................................................... 14	
Da Cria‹o, Eleva‹o, Rebaixamento e Extin‹o de Comarca ............................ 20	
Quest›es Propostas ........................................................................................................... 23	
Gabaritos ......................................................................................................................... 24	
Quest›es Comentadas ..................................................................................................... 25	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
00646177184 - Caroline Conciani de Oliveira
 
 
Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 26 
 
LEGISLA‚ÌO ESPECêFICA P/ TJ-MS (TODOS OS CARGOS) 
TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
AULA 00 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA 
 
APRESENTA‚ÌO DO CURSO 
Oi, amigo(a)! Tudo bem? 
Seja muito bem-vindo ao EstratŽgia Concursos! 
Meu nome Ž Tiago Elias Zanolla, Engenheiro de Produ‹o de forma‹o. Estou 
envolvido com concursos pœblicos desde 2009, ano em que prestei meus primeiros 
concursos. 
Atualmente, resido em Cascavel e, desde 2011, sou servidor do Tribunal de Justia 
do Estado do Paran‡, exercendo o cargo de TŽcnico Judici‡rio Cumpridor de 
Mandados. Cargo que me trouxe enorme satisfa‹o pessoal e profissional. AlŽm das 
fun›es de Oficial de Justia, tambŽm exero a fun‹o de Assistente da Dire‹o 
do F—rum, algo como um s’ndico local. 
Atuo como professor em diversos preparat—rios pelo pa’s, ministrando cursos de 
legisla›es espec’ficas de Tribunais (Estaduais e Federais) e de demais —rg‹os, 
como, por exemplo, MPU, DPEÕs, SEFAZ-GO, SEFAZ-SP, CREAs, Autarquias Estatuais 
etc. Voc pode conhece-los no link abaixo: 
https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/tiago-zanolla-3550/ 
Juntando tudo isso, em parceria com o EstratŽgia Concursos, que Ž referncia 
nacional em concursos pœblicos, trazemos a voc a experincia como servidor 
pœblico, como professor e como concurseiro. Essa Ž uma grande vantagem, pois 
sempre poderei lhes passar a melhor vis‹o, incrementando as aulas e as respostas 
ˆs dœvidas com poss’veis dicas sobre as provas, as bancas, o modo de agir em dias 
de provas, como se preparar para elas etc. 
Deixo, abaixo, meus contatos pessoais1: 
 
 
zanolla.estrategia@gmail.com 
 
https://www.facebook.com/ProfTiagoZanolla/ 
ƒ um privilŽgio poder estar aqui com vocs e trabalhar o C—digo de Organiza‹o 
Judici‡rias e o Regimento Interno do Tribunal de Justia do Estado do Mato Grosso 
do Sul. 
O edital foi publicado e a an‡lise do edital voc pode conferir aqui: 
https://www.youtube.com/watch?v=PJJC6izXp8M 
 
 
1 O e-mail e o Facebook servem para voc ter um contato mais pr—ximo com o professor, ou seja, 
um bate papo, sanar alguma dœvida sobre o concurso etc. Para dœvidas referentes ˆs aulas, utilize 
o f—rum de dœvidas. 
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LEGISLA‚ÌO ESPECêFICA P/ TJ-MS (TODOS OS CARGOS) 
TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
AULA 00 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA 
 Os t—picos abordados em nosso curso ser‹o os seguintes: 
NO‚ÍES DE LEGISLA‚ÌO 
C—digo de organiza‹o e Divis‹o Judici‡rias de MS: Lei n¼ 1.511, de 05.07.94; 
Regimento Interno do Tribunal de Justia (Resolu‹o n¼ 590, de 13 de abril de 2016); 
C—digo de ƒtica dos Servidores do Poder Judici‡rio do Estado de Mato Grosso do 
Sul (Resolu‹o no 98, de 04.11.2013) 
 
Estrutura das Aulas 
As aulas ser‹o estruturadas da seguinte forma: 
! Teoria com esquemas e macetes; 
! Quest›es Comentadas; 
! Avisos; e 
! Suporte - F—rum de dœvidas. 
 
Teoria 
Os assuntos ser‹o tratados ponto a ponto, com LINGUAGEM OBJETIVA, CLARA, 
ATUALIZADA e de FçCIL ABSOR‚ÌO. 
Todo nosso conteœdo Ž atualizado atŽ a data do edital. Seu professor teve um 
trabalho imenso ao garimpar a rede em busca da norma atualizada. Isso ocorre 
porque, algumas vezes, mesmo nas assembleias estaduais ou no pr—prio —rg‹o a 
qual o concurso se refere, o texto do normativo pode estar desatualizado (e n‹o 
foram poucas as vezes em que isso aconteceu). 
Outro ponto que merece destaque Ž sobre a doutrina e jurisprudncia. Eu adoraria 
discuti-las, mas isso, alŽm de demandar um curso completo de direito (e v‡rios 
meses), mais atrapalharia do que ajudaria na hora da prova. As discuss›es 
doutrin‡rias aprofundadas voc encontrar‡ nos cursos espec’ficos, os quais s‹o, 
igualmente, oferecidos aqui no EstratŽgia. De todo foram, trataremos da doutrina e 
da jurisprudncia na medida necess‡ria para fins de prova. 
Tudo isso ocorre porque quando se pede legisla‹o espec’fica em concursos, pelo 
fato de serem normas restritas ao —rg‹o, principalmente no que tange a estatutos, 
a normas da corregedoria e a regimentos, a cobrana em provas tem-se restringido 
ao texto de lei e a sua interpreta‹o. E o nosso conteœdo se enquadra bastante 
nessa modalidade. 
Pensando nisso, ao escrevermos o presente material, contemplamos, de forma 
compilada, os pontos mais importantes, sem que ocorra, contudo, a limita‹o ao 
texto de lei. De forma paciente e prazerosa, comentaremos os princ’pios basilares 
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LEGISLA‚ÌO ESPECêFICA P/ TJ-MS (TODOS OS CARGOS) 
TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
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 da norma e os artigos nele contidos com maior probabilidade de serem cobrados 
em eventuais quest›es de prova. 
Alinhado a isso, Ž imprescind’vel a leitura da lei seca, por isso, apresentaremos os 
itens do normativo e explicaremos/esquematizando o que Ž mais importante. 
Geralmente,transformamos verso (a lei) em prosa (par‡grafos). Essa Ž uma maneira 
excelente de tornar o estudo agrad‡vel e eficiente. 
Existem tambŽm assuntos que n‹o valem o aprofundamento. Nesses t—picos, 
passaremos de maneira mais r‡pida, para que possamos nos aprofundar nos 
assuntos mais importantes e com maior probabilidade de cair na prova. 
 
Quest›es de Concurso 
A resolu‹o de quest›es Ž uma das tŽcnicas mais eficazes para a absor‹o do 
conhecimento e uma importante ferramenta para sua prepara‹o, pois alŽm de 
aprender a parte te—rica, voc aprende a fazer a prova. Quanto mais quest›es 
forem feitas, melhor tende a ser o ’ndice de acertos. 
O motivo Ž muito simples: quando falamos em provas de concurso, todo aluno deve 
ter em mente que o seu objetivo Ž aprender a resolver quest›es da forma como 
elas s‹o elaboradas e cobradas pelas bancas. 
Existem apenas 17 quest›es anteriores sobre o CODJ-
MS e 7 sobre o Regimento Interno. Por esse motivo, a 
maioria das quest›es apresentadas no curso ser‹o 
inŽditas. 
 
Suporte 
Nosso estudo n‹o se limita apenas ˆ apresenta‹o das aulas ao longo do curso. ƒ 
natural surgirem dœvidas. Por isso, estarei sempre ˆ disposi‹o para responder aos 
seus questionamentos por meio do f—rum de dœvidas. 
 
A metodologia funciona? 
Acreditamos que a nossa metodologia seja o ideal para o nosso objetivo: Fazer voc 
acertar as quest›es de prova. Temos certeza que estamos no caminho certo 
quando recebemos avalia›es dos cursos como as abaixo: 
 
 
 
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Outro ponto que nos motiva a escrever o curso s‹o os resultados obtidos de nossos 
alunos: 
 
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TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
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Naturalmente, ainda que em nœmero infinitamente menor, tambŽm recebo 
sugest›es e cr’ticas. Quando isso acontece, trabalhamos o mais rapidamente 
poss’vel para sanar poss’veis falhas e trazer as melhorias pertinentes ao material. 
Para finalizar, j‡ que estamos falando de concurso de Tribuanis, trago abaixo alguns 
depoimentos dos nossos alunos que fizeram a prova do TJ-SP em julho deste ano: 
 
 
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TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
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Cronograma de Aulas 
Nosso curso ser‡ ministrado em 24 aulas, incluindo esta aula inaugural. 
AULA CONTEòDO DATA 
Aula 0 
Apresenta‹o do curso. C—digo de Organiza‹o 
Judici‡ria (PARTE I) 
05/ago 
Aula 1 C—digo de Organiza‹o Judici‡ria (PARTE II) 10/ago 
Aula 2 C—digo de Organiza‹o Judici‡ria (PARTE III) 15/ago 
Aula 3 C—digo de Organiza‹o Judici‡ria (PARTE IV) 20/ago 
Aula 4 C—digo de Organiza‹o Judici‡ria (PARTE V) 25/ago 
Aula 5 C—digo de Organiza‹o Judici‡ria (PARTE VI) 30/ago 
Aula 6 C—digo de Organiza‹o Judici‡ria (PARTE VII) 03/set 
Aula 7 C—digo de Organiza‹o Judici‡ria (PARTE VIII) 06/set 
Aula 8 C—digo de Organiza‹o Judici‡ria (PARTE IX) 09/set 
Aula 9 Regimento Interno (PARTE I) 12/set 
Aula 10 Regimento Interno (PARTE II) 15/set 
Aula 11 Regimento Interno (PARTE III) 18/set 
Aula 12 Regimento Interno (PARTE IV) 21/set 
Aula 13 Regimento Interno (PARTE V) 24/set 
Aula 14 Regimento Interno (PARTE VI) 27/set 
Aula 15 Regimento Interno (PARTE VII) 30/set 
Aula 16 Regimento Interno (PARTE VIII) 03/out 
Aula 17 Regimento Interno (PARTE IX) 06/out 
Aula 18 Regimento Interno (PARTE X) 09/out 
Aula 19 Regimento Interno (PARTE XI) 12/out 
Aula 20 Regimento Interno (PARTE XII) 15/out 
Aula 21 Regimento Interno (PARTE XIII) 18/out 
Aula 22 Regimento Interno (PARTE XIV) 21/out 
Aula 23 C—digo de ƒtica 23/out 
 
Por enquanto era isso! 
M‹os ˆ obra! 
 
 
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LEGISLA‚ÌO ESPECêFICA P/ TJ-MS (TODOS OS CARGOS) 
TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
AULA 00 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA 
 
NO‚ÍES PRELIMINARES 
ƒ natural que o primeiro contato com uma disciplina seja, de certa forma, estranho 
e confuso. ƒ natural tambŽm que existam dœvidas. Portanto, o objetivo dessa aula Ž 
trazer de forma simples o funcionamento do judici‡rio, pois, o conteœdo hoje visto 
servir‡ de base para tudo o que vem depois. 
Comecemos! 
O Poder Judici‡rio Ž um poder independente, incumbido de ÒprotegerÓ a 
Constitui‹o Federal, no intento de proporcionar efetividade a diversos princ’pios e 
garantias constitucionais. 
Afirma-se n‹o Ž poss’vel conceber um Estado de Direito sem um Poder Judici‡rio 
independente, respons‡vel n‹o s— pela solu‹o definitiva de conflitos, mas tambŽm 
pela garantia da integridade do ordenamento jur’dico fiscalizando os atos estatais. 
Em alguns pa’ses, certas matŽrias n‹o podem ser apreciadas pelo Judici‡rio. 
Falemos um pouco sobre os sistemas de jurisdi‹o. 
Na Frana, as decis›es administrativas s‹o definitivas, ou seja, n‹o cabe a 
reaprecia‹o pelo Poder Judici‡rio das decis›es tomadas no ‰mbito da 
Administra‹o Pœblica. ƒ o que a doutrina denomina contencioso administrativo. 
Portanto, na Frana, n‹o temos apenas uma jurisdi‹o, mas sim duas: a 
administrativa (sistema de contencioso administrativo) e a judici‡ria (comum). Nesse 
contexto, as decis›es geradas pelo Estado-administrador s‹o definitivas e, assim, 
n‹o sindic‡veis pelo Poder Judici‡rio, e vice-versa; isso quer dizer que as decis›es 
do Poder Judici‡rio n‹o podem ser tuteladas pela Administra‹o Pœblica 
Ent‹o responda: no Brasil, ser‡ que existe a separa‹o das autoridades 
administrativa e judici‡ria? Ser‡ que as decis›es adotadas por um MinistŽrio ou por 
Tribunais de Contas n‹o poder‹o ser sindic‡veis/control‡veis pelo Poder Judici‡rio? 
A resposta Ž simples. No entanto, primeiro passemos ˆ leitura do inc. XXXV do art. 5.¼ 
da Constitui‹o Federal de 1988 (CF/88): 
Art. 5.¼ Todos s‹o iguais perante a lei, sem distin‹o de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa’s a inviolabilidade do direito ˆ vida, ˆ liberdade, 
ˆ igualdade, ˆ segurana e ˆ propriedade, nos termos seguintes: (...) 
XXXV Ð a lei n‹o excluir‡ da aprecia‹o do Poder Judici‡rio les‹o ou ameaa a direito. 
A partir da leitura do texto constitucional, desvendamos que n‹o vigora entre n—s a 
existncia de duas jurisdi›es (como na Frana) Ð o sistema contencioso; houve, 
para a forma‹o do nosso sistema de jurisdi‹o, a contribui‹o do sistema ingls, 
em que a definitividade Ž trao formal do Judici‡rio (sistema de jurisdi‹o una ou 
œnica). 
O juiz, nas lides (demandas, lit’gios), atua de forma imparcial, n‹o sendo parte no 
processo em si. Portanto, a rela‹o estabelecida nos contenciosos judiciais costuma 
ser trilateral (de um lado as partes Ð autor e rŽu, e, de outro, o juiz). 
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TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
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 Por outro lado, os lit’gios que surgem no interior do Estado-administrador (da 
Administra‹o Pœblica) tm deum lado o administrado (particulares ou servidores, 
conforme o caso), e de outro a pr—pria Administra‹o. Curioso, n‹o Ž verdade? A 
Administra‹o Ž parte na rela‹o e julgadora, agindo, por conseguinte, de forma 
parcial. E, por isso, a doutrina registra que a decis‹o administrativa n‹o pode ser 
definitiva, afinal ninguŽm pode ser juiz e parte ao mesmo tempo. Abre-se, dessa 
forma, a possibilidade de o prejudicado Òbater ˆs portasÓ do Poder Judici‡rio para 
suscitar a revis‹o da decis‹o. 
Em conclus‹o, as decis›es adotadas pelas inst‰ncias administrativas (ressalvado o 
mŽrito administrativo) podem ser analisadas (princ’pio da sindicabilidade) pelo 
Poder Judici‡rio. Quer dizer que apenas o Poder Judici‡rio tem jurisdi‹o para, em 
car‡ter definitivo, aplicar o Direito ˆs controvŽrsias a ele submetidas. 
Jurisdi‹o Ž o poder que o Estado detŽm para 
aplicar o direito a um determinado caso, com o 
objetivo de solucionar conflitos de interesses e, com 
isso, resguardar a ordem jur’dica e a autoridade da 
lei. Jurisdi‹o significa Òdizer o direitoÓ. 
 
Mas, se a Jurisdi‹o Ž œnica, porque existem v‡rias justias no pa’s? Explico. 
Com o advento da Revolu‹o Industrial (sim, no milnio passado), iniciou-se uma 
massiva migra‹o da popula‹o rural para os centros urbanos. Essa mudana na 
estrutura das cidades tornou a sociedade mais complexa. Interesses difusos e 
coletivos comearam a chamar aten‹o: implicavam mudana no tocante ˆ 
legitimidade ativa para a sua defesa. 
Portanto, dado a grandeza de nosso pa’s e os diferentes ensejos da sociedade, a 
jurisdi‹o Ž compartilhada entre diferentes —rg‹os. Existem, basicamente, duas 
aladas: a Justia Federal e a Justia Estadual. 
As competncias da Justia Federal s‹o dispostas expressamente na Constitui‹o, 
deixando ˆ Justia Estadual a competncia residual Ð em termos simples, tudo o 
que n‹o for da competncia da Justia Federal, Ž de competncia da Justia 
Estadual. Enfim, esses par‰metros definem quem vai julgar cada conflito 
(demanda). 
Por exemplo, algumas vezes, a competncia Ž definida em raz‹o do territ—rio - no 
Rio Grande do Sul, quest›es entre particulares s‹o julgadas, via de regra, pelo 
Tribunal de Justia Estadual do Estado do Rio Grande do Sul. 
Outras vezes, Ž definida em virtude da matŽria - quest›es trabalhistas s‹o julgadas 
pela Justia do Trabalho. Quest›es eleitorais pela Justia Eleitoral. 
E, ainda, a competncia pode ser definida em fun‹o da pessoa envolvida - causas 
que envolvam empresas pœblicas, como a Caixa Econ™mica Federal (CEF), por 
exemplo, s‹o julgadas pela Justia Federal. 
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A jurisdi‹o da Comarca Ž exercida pelos Juiz de 
Direito. 
 
Os —rg‹os que integram o Poder Judici‡rio est‹o enumerados no art. 92, da 
Constitui‹o, nos seguintes termos: 
Art. 92. S‹o —rg‹os do Poder Judici‡rio: 
I - o Supremo Tribunal Federal; 
I-A o Conselho Nacional de Justia; (Inclu’do pela Emenda Constitucional n¼ 45, de 2004) 
II - o Superior Tribunal de Justia; 
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Inclu’do pela Emenda Constitucional n¼ 92, de 
2016) 
III - os Tribunais Regionais Federais e Ju’zes Federais; 
IV - os Tribunais e Ju’zes do Trabalho; 
V - os Tribunais e Ju’zes Eleitorais; 
VI - os Tribunais e Ju’zes Militares; 
VII - os Tribunais e Ju’zes dos Estados e do Distrito Federal e Territ—rios. 
 
Para auxiliar na memoriza‹o, vejamos graficamente: 
 
SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL (STF)
Conselho Nacional de Justia 
(CNJ). Administrativo - n‹o 
exerce jurisdi‹o
TST Ð TRIBUNAL 
SUPERIOR DO 
TRABALHO
STJ Ð SUPERIOR 
TRIBUNAL DE 
JUSTI‚A
TSE Ð TRIBUNAL 
SUPERIOR 
ELEITORAL
STM Ð SUPERIOR 
TRIBUNAL 
MILITAR
TJM Ð Tribunal 
de Justia Militar
TJ - Tribunal 
de Justia 
Estadual
TRE Ð Tribunal 
Regional 
Eleitoral
TRT Ð Tribunal 
Regional do 
Trabalho
TRF Ð 
Tribunal 
Regional 
Federal
JM - Juiz Militar
JD Ð Juiz de 
Direito
JE Ð Juiz 
Eleitoral
JT - Juiz do 
Trabalho
JF - Justia 
Federal
Justia Especial Justia Comum
Ministros
Ju’zes
Juiz
Desembargador
 
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 Mas, por que estou lhe falando sobre isso? 
ƒ que o Poder Judici‡rio Estadual Ž organizado pelos Estados. Assim, Ž a pr—pria 
Constitui‹o Estadual que definir‡ as competncias dos Tribunais Estaduais e 
atribuindo a estes (TJ) a iniciativa de lei de organiza‹o judici‡ria. 
Nesse contexto, a Lei de Organiza‹o e Divis‹o Judici‡rias (CODJ) disp›e sobre a 
estrutura e funcionamento do Poder Judici‡rio do Estado e a carreira de 
magistratura. 
J‡ o C—digo de Normas (ou normas da Corregedoria), consolida as regras relativas 
ao foro judicial e aos foro extrajudicial, constantes em provimentos, circulares e 
demais atos administrativos e editados pela Corregedoria-Geral da Justia (Ž como 
se fosse a CLT, que Ž uma consolida‹o de normas trabalhistas). 
Eu sei que voc quer saber, ent‹o, pode perguntar! Que raios Ž foro judicial e foro 
extrajudicial? Isso cai em prova? Cair, n‹o cai, mas voc precisa saber onde est‡ se 
metendo. 
FORO JUDICIAL Ž a denomina‹o dada a todos os servios prestados pelo Poder 
Judici‡rio, englobando as varas e of’cios judiciais (escrivanias do c’vel, do crime, 
fam’lia, juizados etc.) e toda a estrutura destinada ao funcionamento do Poder 
Judici‡rio. Em suma, s‹o os cart—rios dentro do F—rum em que tramitam os processos. 
ƒ em um desses que voc vai trabalhar. 
FORO EXTRAJUDICIAL Ž o local onde s‹o praticados os atos notariais e registrais. A 
express‹o Ž utilizada para designar os servios prestados pelos Not‡rios e 
Registradores. S‹o os cart—rios que est‹o espalhados pela cidade em que se 
reconhece firma, realiza-se casamento, registram-se nascimentos e —bitos, fazem-se 
escrituras etc. A divis‹o Ž essa: 
Servios Registrais Servios Notariais 
Registro Civil das Pessoas 
Naturais 
Registro de T’tulos e 
Documentos 
 Tabelionato de Notas 
Registro Civil das Pessoas 
Jur’dicas 
Registro de Im—veis Tabelionato de Protesto 
 
Agora que voc est‡ lŽguas a frente de 90% da popula‹o brasileira, vamos falar 
sobre a Corregedoria de Justia. 
A primeira e mais importante li‹o sobre a Corregedoria de Justia Ž que esta 
exerce, em todo o territ—rio do Estado, a atividade correicional, que compreende 
atribui›es relacionadas ˆs fun›es administrativas, de orienta‹o, de fiscaliza‹o 
e disciplinares, a serem exercidas por sua secretaria, nos —rg‹os de jurisdi‹o de 
primeiro grau, nos —rg‹os auxiliares da Justia de Primeira Inst‰ncia e nos servios 
notariais e de registro do Estado (guarde isso que j‡ vamos falar dos graus de 
jurisdi‹o). 
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 A fun‹o correcional consiste na orienta‹o, na fiscaliza‹o e na inspe‹o 
permanente sobre todos os ju’zes, serventu‡rios da justia, auxiliares da justia, 
of’cios de justia, serventias do foro extrajudicial, secretarias, servios auxiliares e 
unidades prisionais, sendo exercida em todo o Estado pelo Corregedor-Geral da 
Justia. 
 
E o que seria oprimeiro grau de jurisdi‹o? 
Os graus s‹o chamados de inst‰ncias. Em cada uma delas Ž proferida uma 
sentena judicial ou ac—rd‹o. Quando uma das partes n‹o concorda com a 
sentena proferida nessa inst‰ncia, ele recorre. O processo, ent‹o, Ž distribu’do ˆ 
inst‰ncia superior para ÒnovoÓ julgamento. 
Tribunal de 
Justia
Vara JUDICIAL
(in’cio do processo)
Havendo 
Recurso
Supremo 
Tribunal Federal 
(STF)
Superior 
Tribunal de 
Justia (STJ)
Havendo 
Recurso
Havendo 
Recurso
1» Inst‰ncia 2» Inst‰ncia Inst‰ncia Extraordin‡ria
 
No primeiro grau atuam os Ju’zes e Servidores. J‡ no segundo grau, atuam servidores 
e Desembargadores. 
Essa estrutura se d‡ em virtude do duplo grau de jurisdi‹o. No primeiro grau, atuam 
os ju’zes, nas Varas Judiciais. No 2¼ grau, tratado como Tribunal de Justia, atuam os 
desembargadores, que julgam os recursos interpostos ˆs sentenas preferidas pelos 
ju’zes em primeiro grau. 
 
N‹o devemos tratar o STF e o STJ como 3» inst‰ncia, 
mas sim como inst‰ncia extraordin‡ria. 
 
Outra coisa bastante importante: 
Quando as normas da corregedoria se referem aos —rg‹os de jurisdi‹o de 1¼ grau, 
est‡ se referindo aos of’cios da justia. ƒ o nome dado a determinada ‡rea (foro) 
em que atua o juiz e exerce sua jurisdi‹o. Podemos entender que Ž um CARTîRIO 
com toda a sua estrutura (Juiz, servidores etc.). 
Corregedoria
Exerce atividade 
correicional em TODO o 
territ—rio do Estado
îrg‹os de Jurisdi‹o de 1¼ 
Grau
îrg‹os Auxiliares da Justia 
de Primeira Inst‰ncia
Servios Notariais e de 
Registro
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 Portanto, a corregedoria vai atuar na orienta‹o e fiscaliza‹o dos Ju’zes e 
servidores do Primeiro Grau. O 2¼ grau de jurisdi‹o (Desembargadores) ser‡ 
fiscalizado pelo Presidente do TJ. 
Por fim, h‡ tambŽm o Regimento Interno. Este, alŽm de tratar de forma 
complementar acerca da organiza‹o, competncia e estrutura do TJ, detalha de 
forma mais espec’fica a condu‹o e o julgamento dos processos que tramitam no 
Judici‡rio. 
 
LEI N.¼ 1.511/1994 
A melhor forma de estudar Òlegisla‹o espec’ficaÓ Ž atravŽs de seus artigos. Ent‹o, 
faremos assim: apresentarei os artigos com o devido destaque e em seguida 
conversaremos sobre eles. 
N‹o obstante, nem todas as regras expressas no normativo s‹o de import‰ncia para 
o nosso curso (acredite, seu professor tem v‡rios anos de experincia com 
legisla›es). Outros, tampouco tm probabilidade de cobrana em provas. Assim, 
algumas vezes, iremos passar rapidamente pelo texto, nos limitando a replicar a 
norma regulamentar. 
Iniciemos! 
 
Do Objeto e da Divis‹o Judici‡ria 
A lei n. 1.511/1994 regula a divis‹o e a organiza‹o judici‡rias do Estado, 
compreendendo a constitui‹o, estrutura, atribui›es e competncia dos Tribunais, 
Ju’zes e Servios Auxiliares da Justia. 
O referido normativo tem abrangncia estadual, e tem como finalidade: 
Art. 1¼ Este C—digo estabelece a organiza‹o e divis‹o judici‡rias do Estado de Mato 
Grosso do Sul e, respeitada a legisla‹o federal, compreende: 
I - a constitui‹o, estrutura, atribui‹o e competncia do Tribunal de Justia; 
II - a constitui‹o, classifica‹o, atribui›es e competncia dos —rg‹os da Justia de 
primeira inst‰ncia; 
III - a organiza‹o e disciplina da carreira dos magistrados; 
IV - a organiza‹o, classifica‹o, disciplina e atribui›es dos servios auxiliares da justia 
do foro judicial e extrajudicial. 
 
ƒ importante que voc entenda isso ponto a ponto. Vejamos: 
A constitui‹o, estrutura, atribui‹o e competncia do Tribunal de Justia. 
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 A norma quando traz escrito Tribunal de Justia com letras maiœsculas, est‡ se 
referindo ao segundo grau de jurisdi‹o. Basicamente, refere-se aos 35 
Desembargadores que funcionam junto aos —rg‹os superiores do Poder Judici‡rio 
do estado. Os —rg‹os superiores s‹o os elencados no artigo 25: 
Art. 25. O Tribunal de Justia funciona com o Tribunal Pleno, îrg‹o Especial, Se›es, 
C‰maras, Corregedoria-Geral de Justia e Conselho Superior da Magistratura. 
Fique tranquilo que teremos tempo de estudar um a um. 
 
A constitui‹o, classifica‹o, atribui›es e competncia dos —rg‹os da Justia de 
primeira inst‰ncia. 
A primeira inst‰ncia voc j‡ sabe o que Ž. Portanto, o CODJ vai tratar da 
organiza‹o de todos esses servios, judiciais ou administrativos. 
 
A organiza‹o e disciplina da carreira dos magistrados. 
Consideram-se magistrados os membros do Tribunal de Justia e os ju’zes de primeira 
inst‰ncia. 
Os ju’zes de primeira inst‰ncia s‹o os ju’zes dos cart—rios (varas judiciais). Os 
membros, sinto lhe dizer, mas voc n‹o ser‡ um (exceto se fizer concurso para Juiz 
e trabalhar por v‡rios anos e chegar a ser um Desembargador). Isso mesmo, os 
membros s‹o os Desembargadores que atuam no segundo grau (e s— l‡). 
 
 
A organiza‹o, classifica‹o, disciplina e atribui›es dos servios auxiliares da 
justia do foro judicial e extrajudicial. 
Os of’cios do foro judicial e do foro extrajudicial ter‹o suas atribui›es e 
competncias disciplinadas pelo C—digo de Organiza‹o e Divis‹o Judici‡ria 
(CODJ). 
Aos of’cios de justia do foro extrajudicial incumbem a lavratura dos atos notariais e 
os servios concernentes aos registros pœblicos, na forma da lei. 
Art. 102. S‹o of’cios de justia do foro extrajudicial: 
I - os cart—rios de notas; 
II - os cart—rios de registro de im—veis; 
III - os cart—rios de registro civil de pessoas naturais; 
IV - os cart—rios de registro de t’tulos e documentos e de registro civil de pessoas jur’dicas; 
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V - os cart—rios de registro de protesto de t’tulos cambiais. 
 
J‡ aos of’cios de justia incumbe a execu‹o dos servios do foro judicial, sendo-
lhes atribu’das as fun›es auxiliares do ju’zo a que se vinculam. 
Art. 99. Os of’cios de justia do foro judicial classificam-se em: 
I - Of’cios de justia de entr‰ncia especial; 
II - Of’cios de justia de Segunda entr‰ncia; 
III - Of’cios de justia de primeira entr‰ncia; 
IV - Of’cios de justia dos juizados especiais. 
Parece complicado, mas n‹o Ž. Essa classifica‹o Ž em raz‹o do tipo de comarca. 
Comarca? ƒ, vejamos alguns conceitos b‡sicos. 
O Poder Judici‡rio nos Estados Ž dividido em Circunscri›es Judici‡rios, que Ž 
composto por Comarcas, que s‹o compostas por Varas. 
Art. 6¼ O territ—rio do Estado, para os fins de administra‹o da Justia, divide-se em 
circunscri›es, comarcas e distritos judici‡rios, formando, porŽm, uma s— unidade para 
os atos de competncia do Tribunal de Justia. 
Quando falamos em unidade, entende-se que o TJ Ž apenas um. Assim, a 
manifesta‹o de um membro (Juiz ou Desembargador) em um processo, por 
exemplo, representa a vontade do TJ enquanto institui‹o e n‹o a vontade do 
Magistrado. 
Todavia, considerando a extens‹o territorial do Estado, bem como as demandas 
judiciais, o Poder Judici‡rio do Estado Ž dividido em circunscri›es menores, que por 
sua vez Ž composto de comarcas.Art. 7¼ A circunscri‹o constitui-se de uma ou mais comarcas, formando ‡rea cont’nua. 
Art. 8¼ A sede da circunscri‹o Ž a da comarca que lhe empresta o nome. 
O gr‡fico abaixo ilustra bem essa divis‹o. 
 
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 Para voc saber, s‹o doze as circunscri›es do estado do Mato Grosso do Sul. 
Art. 9¼ S‹o as seguintes as circunscri›es judici‡rias do Estado de Mato Grosso do Sul: 
I - a primeira, de Campo Grande, que compreende esta Comarca e as de 
Bandeirantes, Ribas do Rio Pardo, Terenos, Sidrol‰ndia, Rochedo e de Jaraguari; 
II - a segunda, de Dourados, que compreende esta comarca e as de Caarap—, Itapor‹, 
F‡tima do Sul, Gl—ria de Dourados, Deod‡polis, Douradina, Laguna Carap‹, Jate’ e de 
Vicentina; 
III - a terceira, de Corumb‡, que compreende esta comarca e a de Lad‡rio; 
IV - a quarta, de Trs Lagoas, que compreende esta Comarca, e as de çgua Clara, 
Brasil‰ndia, Bataguassu, Santa Rita do Pardo e de Selv’ria; 
V - a quinta, de Aquidauana, que compreende essa comarca e a de Anast‡cio, a de 
Dois Irm‹os do Buriti, Miranda e de Bodoquena; 
VI - a sexta, de Ponta Por‹, que compreende esta comarca e as de Amambai, Coronel 
Sapucaia, Ant™nio Jo‹o e de Aral Moreira; 
VII - a sŽtima, de Nova Andradina, que compreende esta comarca e as de 
Anauril‰ndia, AngŽlica, Bataypor‹, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul e de Taquarussu; 
VIII - a oitava, de Navira’, que compreende esta Comarca e as de Eldorado, Iguatemi, 
Itaquira’, Mundo Novo, Sete Quedas, Japor‹, Juti, Paranhos e de Tacuru; 
IX - a nona, de Coxim, que compreende esta comarca e as de Camapu‹, Pedro 
Gomes, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, S‹o Gabriel do Oeste, Sonora, Alcin—polis, 
Corguinho e de Figueir‹o; 
X - a dŽcima, de Parana’ba, que compreende esta comarca e as de Aparecida do 
Taboado, Cassil‰ndia, Costa Rica, Chapad‹o do Sul, Inocncia e de Para’so das çguas; 
XI - a dŽcima primeira, de Jardim, que compreende esta comarca e as de Bela Vista, 
Bonito, Nioaque, Porto Murtinho, Caracol e de Guia Lopes da Laguna; 
XII - a dŽcima segunda, de Maracaju, que compreende esta comarca e as de Nova 
Alvorada do Sul e de Rio Brilhante. 
As circunscri›es s‹o divididas em comarcas. Cada munic’pio Ž sede de uma 
comarca e cada comarca recebe o nome do munic’pio. Comarca, nada mais Ž 
do o espao/divis‹o territorial em que os ju’zes de primeiro grau exercer sua 
jurisdi‹o. 
Art. 10. Todos os Munic’pios ser‹o sede de comarca, a ser constitu’da por um ou mais 
distritos judici‡rios. 
Art. 11. A sede da comarca Ž a do munic’pio que lhe d‡ o nome. 
 
As comarcas s‹o classificadas de acordo com o movimento forense, densidade 
demogr‡fica, rendas pœblicas, meios de transporte, situa‹o geogr‡fica, extens‹o 
territorial e outros fatores socioecon™micos de relev‰ncia. No TJ-MS, as pequenas 
cidades ser‹o tratadas como de primeira entr‰ncia. As de mŽdio porte, de segunda 
entr‰ncia. J‡ as grandes cidades como entr‰ncia especial. 
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COMARCAS CIDADES 
Entr‰ncia 
Especial 
Campo Grande, Dourados, Corumb‡ e Trs Lagoas; 
Segunda 
Entr‰ncia 
Amambai, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Bataguassu, 
Bela Vista, Bonito, Caarap—, Camapu‹, Cassil‰ndia, Chapad‹o 
do Sul, Costa Rica, Coxim, F‡tima do Sul, Iguatemi, Itapor‹, 
Ivinhema, Jardim, Maracaju, Miranda, Mundo Novo, Navira’, Nova 
Alvorada do Sul, Nova Andradina, Parana’ba, Ponta Por‹, Ribas 
do Rio Pardo, Rio Brilhante, S‹o Gabriel do Oeste e Sidrol‰ndia;! 
Primeira 
Entr‰ncia 
çgua Clara, Alcin—polis, Anast‡cio, Anauril‰ndia, AngŽlica, 
Ant™nio Jo‹o, Aral Moreira, Bandeirantes, Bataypor‹, Bodoquena, 
Brasil‰ndia, Caracol, Corguinho, Coronel Sapucaia, Deod‡polis, 
Dois Irm‹os do Buriti, Douradina, Eldorado, Figueir‹o, Gl—ria de 
Dourados, Guia Lopes da Laguna, Inocncia, Itaquira’, Japor‹, 
Jaraguari, Jate’, Juti, Lad‡rio, Laguna Carap‹, Nioaque, Novo 
Horizonte do Sul, Para’so das çguas, Paranhos, Pedro Gomes, Porto 
Murtinho, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, Santa 
Rita do Pardo, Selv’ria, Sete Quedas, Sonora, Tacuru, Taquarussu, 
Terenos e Vicentina.! 
 
Dentro de uma comarca pode haver uma ou mais varas e, consequentemente, um 
ou mais ju’zes. Uma comarca tambŽm pode ser constitu’da de um ou mais distritos 
judici‡rios. Os ju’zes s‹o lotadas nas varas, local em que exercem suas atividades. 
Art. 12. Cada comarca tem tantos distritos judici‡rios quantos s‹o os distritos 
administrativos fixados em lei, salvo resolu‹o em contr‡rio do Tribunal de Justia. 
 
Os Juizados especiais comp›em um sistema pr—prio dentro dos Tribunais. Por isso 
que s‹o sempre considerados a parte. 
Art. 13. As comarcas s‹o classificadas, de acordo com o movimento forense, densidade 
demogr‡fica, rendas pœblicas, meios de transporte, situa‹o geogr‡fica, extens‹o 
territorial e outros fatores socioecon™micos de relev‰ncia, em:!
I - comarca de entr‰ncia especial: Campo Grande, Dourados, Corumb‡ e Trs Lagoas; 
II - comarcas de segunda entr‰ncia: Amambai, Aparecida do Taboado, Aquidauana, 
Bataguassu, Bela Vista, Bonito, Caarap—, Camapu‹, Cassil‰ndia, Chapad‹o do Sul, 
Costa Rica, Coxim, F‡tima do Sul, Iguatemi, Itapor‹, Ivinhema, Jardim, Maracaju, 
Miranda, Mundo Novo, Navira’, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Parana’ba, 
Ponta Por‹, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, S‹o Gabriel do Oeste e Sidrol‰ndia;! 
III - comarcas de primeira entr‰ncia: çgua Clara, Alcin—polis, Anast‡cio, Anauril‰ndia, 
AngŽlica, Ant™nio Jo‹o, Aral Moreira, Bandeirantes, Bataypor‹, Bodoquena, 
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 Brasil‰ndia, Caracol, Corguinho, Coronel Sapucaia, Deod‡polis, Dois Irm‹os do Buriti, 
Douradina, Eldorado, Figueir‹o, Gl—ria de Dourados, Guia Lopes da Laguna, Inocncia, 
Itaquira’, Japor‹, Jaraguari, Jate’, Juti, Lad‡rio, Laguna Carap‹, Nioaque, Novo 
Horizonte do Sul, Para’so das çguas, Paranhos, Pedro Gomes, Porto Murtinho, Rio Negro, 
Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, Santa Rita do Pardo, Selv’ria, Sete Quedas, Sonora, 
Tacuru, Taquarussu, Terenos e Vicentina.! 
¤ 1¼ As comarcas de primeira entr‰ncia ainda n‹o efetivamente instaladas continuar‹o 
sendo atendidas, ordinariamente, pela respectiva comarca regional, na forma da 
disposi‹o contida no Quadro IV do Anexo I desta Lei, e, extraordinariamente, pela 
Vara da Justia Itinerante do Estado de Mato Grosso do Sul.!
¤ 2¼ A comarca disposta no Quadro IV do Anexo I desta Lei fica desvinculada da 
respectiva comarca regional no momento de sua instala‹o, passando a compor 
automaticamente o Quadro III do referido Anexo, em ordem alfabŽtica, mediante a 
devida renumera‹o dos itens. 
Avancemos! 
Acima, citamos que Jurisdi‹o Ž o poder que o Estado detŽm para aplicar o direito 
a um determinado caso, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e com 
isso resguardar a ordem jur’dica e a autoridade da lei. Pois bem, alinhado a esse 
pensamento, a lei em comento diz que a Justia Estadual Ž institu’da para o 
seguinte: 
Art. 2¼ A Justia do Estado Ž institu’da para assegurar a defesa social, tutelar e restaurar 
as rela›es jur’dicas na —rbitada sua competncia. 
Pois bem, tutelar e restaurar as rela›es jur’dicas Ž dirimir conflitos. Defesa social Ž 
resguardar a ordem jur’dica. 
Seguindo, voc viu que acima eu destaquei de forma diferente o trecho Òna —rbita 
da sua competnciaÓ. Isso se d‡ em virtude da dita Òcompetncia residualÓ que 
cabe as Justias Estaduais. 
Art. 4¼ O Tribunal de Justia e os ju’zes mencionados neste C—digo tm competncia 
exclusiva para conhecer de todas as espŽcies jur’dicas, ressalvadas as restri›es 
constitucionais e legais. 
Sobre a competncia, voc precisa saber que o Judici‡rio, em regra, n‹o atua de 
of’cio, ele precisa ser provocado (e n‹o estou falando no sentido de irritar, mas sim 
no sentido de pedir). Isso quer dizer o seguinte: O juiz ao presenciar um ato que 
infringe a lei, n‹o pode processar o infrator ou tomar alguma decis‹o judicial. Para 
que ele julgue qualquer que seja o caso, Ž necess‡rio haja uma demanda (alguŽm 
pea ao Judici‡rio, isso Ž provocar). Esse alguŽm pode ser o particular ou ent‹o o 
MinistŽrio Pœblico. Essa Ž a regra. H‡, entretanto, hip—teses que o Judici‡rio pode 
agir de of’cio (ex of’cio). Seria a hip—tese de o Juiz tomar uma decis‹o alŽm do 
pedido do interessado. 
Art. 3¼ Na guarda e aplica‹o da Constitui‹o da Repœblica, da Constitui‹o do Estado 
e das leis, o Poder Judici‡rio s— intervir‡ em espŽcie e por provoca‹o da parte, salvo 
quando a lei expressamente determinar procedimento de of’cio. 
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 Para finalizar, o Tribunal ou os ju’zes podem requisitar aux’lio do Poder Pœblico 
(geralmente foras policiais) para o cumprimento de suas decis›es. 
Art. 5¼ Para garantir o cumprimento e a execu‹o de seus atos e decis›es, podem o 
Tribunal ou os ju’zes requisitar do Poder Pœblico os meios necess‡rios ˆquele fim, vedada 
a aprecia‹o do mŽrito da decis‹o ou do fato a ser executado ou cumprido. 
 
Da Cria‹o, Eleva‹o, Rebaixamento e Extin‹o de Comarca 
Acima, vimos a seguinte disposi‹o do artigo 13: 
¤ 1¼ As comarcas de primeira entr‰ncia ainda n‹o efetivamente instaladas continuar‹o 
sendo atendidas, ordinariamente, pela respectiva comarca regional, na forma da 
disposi‹o contida no Quadro IV do Anexo I desta Lei, e, extraordinariamente, pela 
Vara da Justia Itinerante do Estado de Mato Grosso do Sul.!
¤ 2¼ A comarca disposta no Quadro IV do Anexo I desta Lei fica desvinculada da 
respectiva comarca regional no momento de sua instala‹o, passando a compor 
automaticamente o Quadro III do referido Anexo, em ordem alfabŽtica, mediante a 
devida renumera‹o dos itens. 
Pois bem, o Judici‡rio est‡ em constante crescimento. Quanto mais complexa se 
torna a sociedade, mais conflitos aparecem. Cabe, ent‹o, ao Judici‡rio resolver tais 
conflitos. Para isso, precisa de cada vez mais ju’zes, varas e servidores. 
O que veremos nesse t—pico s‹o os requisitos para a cria‹o de uma nova 
comarca. Esse Ž daquele tipo de informa‹o que tem critŽrios objetivos e por isso, 
de f‡cil assimila‹o. 
Inicialmente destaco que cabe ao îrg‹o Especial aprovar a instala‹o de 
comarca ou vara. ƒ uma informa‹o que n‹o tem aqui no CODJ, mas sim no 
Regimento Interno: 
Art. 150. S‹o atribui›es do îrg‹o Especial, por delega‹o do Tribunal Pleno, dentre outras 
previstas neste Regimento: 
XVI - autorizar a instala‹o e desinstala‹o de C‰maras, Se›es, Varas, Juizados, Comarcas, 
of’cios do foro judicial e extrajudicial; 
O —rg‹o especial desempenha a fun‹o delegada pelo Tribunal Pleno. O îrg‹o 
Especial tem 15 membros e Ž composto do Presidente do Tribunal, do Vice-
Presidente e do Corregedor-Geral de Justia e de mais doze Desembargadores. 
Fique tranquilo, esse Ž um assunto que ser‡ detalhado na parte do Regimento 
Interno. 
Aprovado a instala‹o, cabe ao Conselho da Magistratura (outro —rg‹o a ser 
estudado mais pra frente) proceder a instala‹o. 
Art. 19. O Conselho Superior da Magistratura, mediante ato pr—prio, autorizar‡ a 
instala‹o da vara e fixar‡ o local, a data e a hora da sess‹o solene, que ser‡ presidida 
pelo Presidente do Tribunal de Justia, atendendo ˆ convenincia e ˆ oportunidade 
da administra‹o. 
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Par‡grafo œnico. O Presidente do Tribunal de Justia informar‡ ao Governo do Estado, 
ˆ Procuradoria-Geral de Justia, ˆ Defensoria Pœblica-Geral, ao Tribunal Regional 
Eleitoral, ao Tribunal Regional do Trabalho, ˆ Justia Federal Estadual, ˆ AssemblŽia 
Legislativa e ˆ Ordem dos Advogados do Brasil, Se‹o de Mato Grosso do Sul, dentre 
outros interessados, sobre a sess‹o de instala‹o da vara, para as providncias 
necess‡rias. 
 
Vejamos os requisitos para instala‹o de varas ou comarcas: 
Art. 14. S‹o requisitos necess‡rios para a cria‹o de uma nova comarca ou vara. 
I - movimento forense superior a duzentos feitos anuais, comprovado pelo relat—rio do 
juiz de direito diretor do foro da comarca a que pertence o munic’pio ou os munic’pios 
que integrar‹o a comarca; 
II - popula‹o superior a dez mil habitantes no munic’pio ou nos munic’pios que 
integrar‹o a comarca; 
III - cinco mil eleitores, no m’nimo, no munic’pio ou nos munic’pios que integrar‹o a 
comarca, comprovados por informa‹o do Tribunal Regional Eleitoral; 
IV - cadeia pœblica e alojamento do destacamento policial, comprovados por 
informa›es fornecidas pela Secretaria de Estado de Segurana Pœblica; 
V - previs‹o de edifica‹o ou de local para funcionamento do f—rum; 
VI - prŽvia correi‹o e parecer da Corregedoria-Geral de Justia, sobre a convenincia 
e oportunidade da medida; 
VII - convenincia e oportunidade da administra‹o. 
Par‡grafo œnico. Os requisitos estabelecidos nos incisos I a IV deste artigo poder‹o ser 
dispensados quando o interesse pœblico justificar, observado o critŽrio de convenincia 
e de oportunidade da administra‹o e a disponibilidade financeira do Tribunal de 
Justia. 
 
Bem, como dito, o Judici‡rio est‡ em permanente expans‹o. Por conta disso, as 
comarcas podem ser elevadas de entr‰ncia. 
Art. 15. S‹o requisitos necess‡rios para a eleva‹o de uma comarca ˆ categoria de 
segunda entr‰ncia: 
I - movimento forense superior a quatrocentos feitos anuais, verificado no relat—rio do 
juiz de direito diretor do foro da respectiva comarca; 
II - prŽvia correi‹o e parecer da Corregedoria-Geral de Justia sobre a medida; 
III - convenincia e oportunidade da administra‹o; 
IV - a existncia de unidade de interna‹o de adolescentes, comprovada por 
informa›es fornecidas pela Secretaria de Estado de Justia e Segurana Pœblica. 
Temos tambŽm a hip—tese em que a pr—pria comarca crescer e ensejar a instala‹o 
de novas varas. 
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LEGISLA‚ÌO ESPECêFICA P/ TJ-MS (TODOS OS CARGOS) 
TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
AULA 00 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA 
 
Art. 16. S‹o requisitos necess‡rios para a cria‹o de novas varas ou desdobramento de 
ju’zos nas comarcas de entr‰ncia especial ou de segunda entr‰ncia: 
I - caber, no m’nimo, seiscentos feitos para cada nova vara, conforme o relat—rio do 
exerc’cio anterior; 
II - prŽvia correi‹o e parecer da Corregedoria-Geral de Justia sobre a medida; 
III - convenincia e oportunidade da administra‹o.Art. 18. S‹o requisitos para a instala‹o de uma vara: 
I - local adequado contendo a estrutura f’sica, o mobili‡rio e os equipamentos 
necess‡rios para o seu funcionamento; 
II - estrutura de pessoal, de acordo com o quantitativo de servidores especificado pelo 
Conselho Superior da Magistratura. 
 
ƒ claro que vai ter esquema! 
 
Naturalmente, havendo pouco movimento forense, a comarca pode ser rebaixar a 
extin‹o da comarca ou da vara. 
Cria‹o Comarca ou Vara Eleva‹o de Entr‰ncia 
Cria‹o de novas varas ou 
desdobramento de ju’zos 
nas comarcas de entr‰ncia 
especial ou de segunda 
entr‰ncia 
Movimento forense superior 
a 200 processos anuais; 
Movimento forense superior 
a 400 feitos anuais 
Caber, no m’nimo, 600 
feitos para cada vara 
Popula‹o superior a 10 mil 
habitantes; 
 
5 mil eleitores; 
Cadeia Pœblica; 
Edif’cio apropriado; Local Adequado 
Correi‹o e parecer da 
CGJ; 
Correi‹o e parecer da 
CGJ; 
Correi‹o e parecer da 
CGJ; 
Convenincia e 
oportunidade ($) da 
Administra‹o; 
Convenincia e 
oportunidade ($) da 
Administra‹o; 
Convenincia e 
oportunidade ($) da 
Administra‹o; 
 
Unidade de interna‹o de 
adolescentes 
 
 Estrutura de Pessoal 
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Art. 17. A perda dos requisitos de cria‹o de comarca e de eleva‹o de comarca pode 
determinar a extin‹o, o rebaixamento ou a mudana da sede da comarca. A 
distribui‹o de menos de duzentos feitos por ano pode ensejar o encerramento das 
atividades da respectiva vara. 
 
Finalizamos aqui a nossa aula demonstrativa. ƒ s— um aperitivo para voc decidir se 
Ž o que busca em sua prepara‹o e para que possa compreender nossa proposta 
de curso (espero que tenha gostado, J). 
Quaisquer dœvidas, sugest›es ou cr’ticas, entrem em contato conosco. Estou 
dispon’vel no f—rum no Curso, por e-mail ou pelo Facebook. 
 
 
zanolla.estrategia@gmail.com 
 
https://www.facebook.com/ProfTiagoZanolla/ 
Aguardo vocs na pr—xima aula. AtŽ l‡! 
Tiago Zanolla. 
 
QUESTÍES PROPOSTAS 
 
!IESES Ð 2014 Ð TJ-MS) 
Atualmente, quantas s‹o as circunscri›es judici‡rias do Estado de Mato Grosso do 
Sul: 
a) Doze. 
b) Quinze. 
c) Dez. 
d) Onze. 
 
!(IESES Ð 2014 Ð TJ-MS) 
As comarcas s‹o classificadas, de acordo com o movimento forense, densidade 
demogr‡fica, rendas pœblicas, meios de transporte, situa‹o geogr‡fica, extens‹o 
territorial e outros fatores socioecon™micos de relev‰ncia. No Estado do Mato Grosso 
do Sul s‹o consideradas comarcas de entr‰ncia especial as dos munic’pios de: 
a) Campo Grande, Ponta Por‹ e Parna’ba. 
b) Campo Grande e Dourados. 
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TEORIA, VIDEOAULAS E QUESTÍES COMENTADAS 
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c) Campo Grande e Ponta Por‹. 
d) Campo Grande, Dourados, Novo Mundo e Aquidauana. 
 
!(IESES Ð 2014 Ð TJ-MS) 
S‹o requisitos necess‡rios para a eleva‹o de uma comarca ˆ categoria de 
segunda entr‰ncia: 
I. Movimento forense superior a quatrocentos feitos anuais, verificado no relat—rio do 
juiz de direito diretor do foro da respectiva comarca. 
II. PrŽvia correi‹o e parecer da Corregedoria-Geral de Justia sobre a medida. 
III. Convenincia e oportunidade da administra‹o. 
IV. A existncia de unidade de interna‹o de adolescentes, comprovada por 
informa›es fornecidas pela Secretaria de Estado de Justia e Segurana Pœblica. 
A sequncia correta Ž: 
a) Apenas as assertivas I e III est‹o corretas. 
b) As assertivas I, II, III e IV est‹o corretas. 
c) Apenas as assertivas I e IV est‹o corretas. 
d) Apenas as assertivas I, II e IV est‹o corretas. 
 
!(VUNESP Ð 2009 Ð TJ-MS) 
ƒ correto afirmar que 
a) o territ—rio do Estado n‹o pode ser dividido para os efeitos da administra‹o da 
justia. 
b) comarcas e circunscri›es possuem as mesmas competncias. 
c) a circunscri‹o constitui-se de uma ou mais comarcas. 
d) a circunscri‹o n‹o possui sede. 
e) a comarca constitui-se de uma ou mais circunscri›es. 
 
 
Gabaritos 
01 02 03 04 
A B B C 
 
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a
 
 
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QUESTÍES COMENTADAS 
!(IESES Ð 2014 Ð TJ-MS) 
Atualmente, quantas s‹o as circunscri›es judici‡rias do Estado de Mato Grosso do 
Sul: 
a) Doze. 
b) Quinze. 
c) Dez. 
d) Onze. 
Coment‡rios 
Conforme artigo nono, em Mato Grosso do Sul existem DOZE circunscri›es 
judici‡rias. 
GABARITO: Letra A 
 
!(IESES Ð 2014 Ð TJ-MS) 
As comarcas s‹o classificadas, de acordo com o movimento forense, densidade 
demogr‡fica, rendas pœblicas, meios de transporte, situa‹o geogr‡fica, extens‹o 
territorial e outros fatores socioecon™micos de relev‰ncia. No Estado do Mato Grosso 
do Sul s‹o consideradas comarcas de entr‰ncia especial as dos munic’pios de: 
a) Campo Grande, Ponta Por‹ e Parna’ba. 
b) Campo Grande e Dourados. 
c) Campo Grande e Ponta Por‹. 
d) Campo Grande, Dourados, Novo Mundo e Aquidauana. 
Coment‡rios 
S‹o considerados de entr‰ncia especial as seguintes: 
Art. 13. As comarcas s‹o classificadas, de acordo com o movimento forense, densidade 
demogr‡fica, rendas pœblicas, meios de transporte, situa‹o geogr‡fica, extens‹o 
territorial e outros fatores socioecon™micos de relev‰ncia, em:!
I - comarca de entr‰ncia especial: Campo Grande, Dourados, Corumb‡ e Trs Lagoas; 
GABARITO: Letra B 
 
!(IESES Ð 2014 Ð TJ-MS) 
S‹o requisitos necess‡rios para a eleva‹o de uma comarca ˆ categoria de 
segunda entr‰ncia: 
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I. Movimento forense superior a quatrocentos feitos anuais, verificado no relat—rio do 
juiz de direito diretor do foro da respectiva comarca. 
II. PrŽvia correi‹o e parecer da Corregedoria-Geral de Justia sobre a medida. 
III. Convenincia e oportunidade da administra‹o. 
IV. A existncia de unidade de interna‹o de adolescentes, comprovada por 
informa›es fornecidas pela Secretaria de Estado de Justia e Segurana Pœblica. 
A sequncia correta Ž: 
a) Apenas as assertivas I e III est‹o corretas. 
b) As assertivas I, II, III e IV est‹o corretas. 
c) Apenas as assertivas I e IV est‹o corretas. 
d) Apenas as assertivas I, II e IV est‹o corretas. 
Coment‡rios 
Vamos utilizar nosso esquema para resolver a quest‹o. 
 
Cria‹o Comarca ou Vara Eleva‹o de Entr‰ncia 
Cria‹o de novas varas ou 
desdobramento de ju’zos 
nas comarcas de entr‰ncia 
especial ou de segunda 
entr‰ncia 
Movimento forense superior 
a 200 processos anuais; 
Movimento forense superior 
a 400 feitos anuais 
Caber, no m’nimo, 600 
feitos para cada vara 
Popula‹o superior a 10 mil 
habitantes; 
 
5 mil eleitores; 
Cadeia Pœblica; 
Edif’cio apropriado; Local Adequado 
Correi‹o e parecer da 
CGJ;Correi‹o e parecer da 
CGJ; 
Correi‹o e parecer da 
CGJ; 
Convenincia e 
oportunidade ($) da 
Administra‹o; 
Convenincia e 
oportunidade ($) da 
Administra‹o; 
Convenincia e 
oportunidade ($) da 
Administra‹o; 
 
Unidade de interna‹o de 
adolescentes 
 
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==c109a==
 
 
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Portanto, todas as alternativas est‹o corretas! 
GABARITO: Letra B 
 
!(VUNESP Ð 2009 Ð TJ-MS) 
ƒ correto afirmar que 
a) o territ—rio do Estado n‹o pode ser dividido para os efeitos da administra‹o da 
justia. 
b) comarcas e circunscri›es possuem as mesmas competncias. 
c) a circunscri‹o constitui-se de uma ou mais comarcas. 
d) a circunscri‹o n‹o possui sede. 
e) a comarca constitui-se de uma ou mais circunscri›es. 
Coment‡rios 
Vamos corrigir uma a uma: 
LETRA A Ð Errada. Pode e Ž dividido. 
Art. 6¼ O territ—rio do Estado, para os fins de administra‹o da Justia, divide-se em 
circunscri›es, comarcas e distritos judici‡rios, formando, porŽm, uma s— unidade para 
os atos de competncia do Tribunal de Justia. 
LETRA B Ð Errada. Circunscri‹o Judici‡ria Ž uma divis‹o territorial que pode ser 
administrativa ou judici‡ria. J‡ comarca Ž o territ—rio em que o juiz exerce sua 
jurisdi‹o. 
LETRA C Ð Correta. 
Art. 7¼ A circunscri‹o constitui-se de uma ou mais comarcas, formando ‡rea cont’nua. 
LETRA D Ð Errada. 
Art. 8¼ A sede da circunscri‹o Ž a da comarca que lhe empresta o nome. 
LETRA E Ð Errada. A comarca constitui-se de um ou mais distritos judici‡rios. 
Art. 10. Todos os Munic’pios ser‹o sede de comarca, a ser constitu’da por um ou mais 
distritos judici‡rios. 
GABARITO: Letra C 
 
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