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Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA - Aula 01

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Livro Eletrônico
Aula 01
Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com
Videoaulas - Pós-Edital
Tiago Zanolla
60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira
 
 
 
 
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PODER JUDICIÁRIO 
Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão 
 
AULA 01 
CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO (ARTS. 1º A 28) 
 
Considerações Iniciais ........................................................................................... 2 
Da Divisão Judiciária .................................................................................................... 3 
Juízes de Direito .....................................................................................................................................19 
Da Organização Judiciária .......................................................................................... 23 
Do Tribunal de Justiça - Sede, Jurisdição e Composição .......................................................................23 
Cúpula Diretiva.......................................................................................................................................29 
Do Funcionamento do Tribunal .............................................................................................................32 
Da Complementação do Quórum ..........................................................................................................37 
Das Substituições ...................................................................................................................................39 
Substituição do Relator ..........................................................................................................................39 
Das Sessões ............................................................................................................................................42 
Das Disposições Preliminares ..................................................................................... 43 
Questões .................................................................................................................... 49 
Questões Propostas ...............................................................................................................................50 
Gabaritos ...............................................................................................................................................64 
Questões Comentadas ...........................................................................................................................65 
 
 
Tiago Zanolla
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
É uma imensa satisfação saber que você aprovou nosso curso e assim recebê-lo em 
nossa aula 01. Certamente você fez a escolha certa! Isso será perceptível no decorrer 
das aulas, na medida em que formos desenvolvendo os assuntos. 
Assim, nós assumimos com você o compromisso de possibilitar uma preparação sólida, 
por meio de um material de alto nível e 100% focado em seu concurso. Não espere 
nada menos do que o nosso melhor! 
Para deixar nossa aula mais objetiva, mais produtiva e menos “enrolativa”, não vou 
ficar alongando naquilo que é desnecessário para o curso de legislação. Isso seria 
extremamente contraproducente. Explico. Nós veremos muitos, mas muitos conceitos 
da área do direito processual. Por mais que eu gostaria de detalhar cada um, seria 
inútil para fins de concurso público e estaríamos lhe vendendo um curso sem muita 
utilidade para sua prova. Para nosso nível de questões (que não é magistratura), o 
examinador vai cobrar o rito, estrutura e quem faz o que, e não o significado. 
Talvez, nas questões de direito processual, o examinador cobre alguma coisa 
aprofundada, mas, acredite, para a prova de LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA (nossa matéria 
☺), você nem precisa saber o que é um habeas corpus, ação monitória ou o 
significado do vasto número de competências. Para entender isso por completo, seria 
necessário um bom e extenso curso de direito (possivelmente vários meses de estudo). 
Outro ponto é que não trataremos todos os itens da lei. Dá uma olhada no artigo 
abaixo: 
§7º Cada município corresponde a um termo judiciário, cuja denominação será a 
mesma daquele. 
Você acha que isso cai? Não cai, DESPENCA em prova!! 
Agora, olhem o item seguinte: 
"Art. 13-E - Na Comarca de Pinheiro, os serviços judiciários serão distribuídos da seguinte 
forma: 
I - 1ª Vara: Cível. Comércio. Fazenda Estadual, Fazenda Municipal e Saúde Pública. 
Registros Públicos. Ações do art. 129, inciso II, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. 
Improbidade administrativa; 
Esse tipo de coisa não costuma ser cobrado (nunca vi). 
Assim, vamos trabalhar de forma mais direta, sistematizando o código. Presumo, assim, 
que nosso curso será mais didático e produtivo. 
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DA DIVISÃO JUDICIÁRIA 
A Lei Complementar n.º 14/1991 dispõe sobre a organização judiciária do Estado do 
Maranhão, compreendendo a estrutura e o funcionamento do Poder Judiciário e de 
seus serviços auxiliares, observados os princípios definidos nas Constituições Federal e 
Estadual. 
Art. 1º Este Código regula a Divisão e a Organização Judiciária do Estado do Maranhão, 
compreendendo a constituição, estrutura, atribuições e competência dos Tribunais, 
Juízes e Serviços Auxiliares da Justiça. 
A divisão judiciária, portanto, compreende a criação, a alteração e a extinção de 
unidades judiciárias, sua classificação e agrupamento. 
E o que isso quer dizer? 
 CRIAÇÃO - Existem requisitos mínimos para a criação de vara judicial ou de 
comarca; 
 ALTERAÇÃO - O Judiciário é mutável, está em constante alteração. A população 
cresce, as cidades crescem e, naturalmente, a demanda pelo judiciário também. 
Por isso, o CODJ traça requisitos para a alteração da organização judiciária; 
 EXTINÇÃO - Assim como as cidades crescem, elas podem diminuir. Imagine uma 
cidade que vive do garimpo e, de repente, a mina é fechada. Haverá um êxodo 
da população. A cidade que tinha antes, por exemplo, 50 mil habitantes, passa a 
ter 20 mil. Naturalmente, a estrutura do judiciário para atender uma população 
de 20 mil habitantes é diferente da de 50 mil. Por isso, as unidades judiciárias e 
comarcas podem ser extintas1. 
 CLASSIFICAÇÃO - As comarcas são classificadas de acordo com o movimento 
forense, densidade demográfica, rendas públicas, meios de transporte, situação 
geográfica, extensão territorial e outros fatores de relevância; 
 AGRUPAMENTO - Diz respeito à junção de duas ou mais unidades judiciárias em 
virtude do movimento forense não comportar unidade autônoma. 
 
 
1 Resolução n. 184/2013 do CNJ. 
Art. 9º Os tribunais devem adotar providências necessárias para extinção, transformação ou transferência de 
unidades judiciárias e/ou comarcas com distribuição processual inferior a 50% da média de casos novos por 
magistrado do respectivo tribunal, no último triênio. 
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Se pudéssemos definir em termos simples, a divisão judiciária divide o território do Estado 
(ah vá!) e limita a atuação de cada magistrado aquele espaço geográfico (limita a 
competência). 
Mister destacar, conforme previsão constitucional, a alteração da organização 
judiciária do estado é de competência PRIVATIVA do Judiciário. 
Art. 96. Compete privativamente: 
I - aos tribunais: 
a) elegerseus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das 
normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a 
competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; 
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem 
vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; 
d) propor a criação de novas varas judiciárias; 
 
Nesse caso, havendo necessidade, o Tribunal de Justiça fará a proposta de lei, por 
meio do Plenário e encaminhará DIRETAMENTE ao Poder Legislativo (ou seja, não 
precisa de aval do Executivo ou qualquer outro órgão ou entidade). 
Isso ocorre porque o Judiciária tem autonomia administrativa, financeira e funcional. 
Art. 29. São atribuições do Tribunal de Justiça: 
I – propor ao Poder Legislativo alteração do Código da Divisão e Organização 
Judiciárias do Estado; 
Portanto, 
ALTERAÇÃO DA 
ORGANIZAÇÃO 
JUDICIÁRIA
COMPETÊNCIA PRIVATIVA 
DO JUDICIÁRIO
ENCAMINHA PROJETO DE 
LEI DIRETAMENTE AO 
LEGISLATIVO
 
 
E como o Judiciário Maranhense se divide? A resposta está no artigo abaixo: 
Art. 6º O território do Estado, para os efeitos da administração da Justiça Comum, divide-
se em comarcas, termos judiciários e zonas judiciárias. 
Tem bastante coisa para falar sobre esse artigo. 
Em primeiro lugar, o fracionamento é unicamente para fins de administração da 
Justiça. O Poder Judiciário é apenas um, formando uma só circunscrição2 judiciária 
para os atos de competência do Poder Judiciário. Assim, a manifestação de um 
 
2 CIRCUNSCRIÇÃO – Divisão territorial para fins administrativos. 
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membro (Juiz ou Desembargador) em um processo, por exemplo, representa a 
vontade do Judiciário enquanto instituição e não a vontade de cada Magistrado. 
Em segundo lugar, cada município corresponde a um termo judiciário, cuja 
denominação será a mesma daquele. A comarca pode ser constituída por mais de 
um termo judiciário, terá a denominação daquele que lhe servir de sede. 
As zonas judiciárias, numeradas ordinalmente, são constituídas de quatro unidades 
jurisdicionais do interior e destinadas à designação dos juízes de direito substitutos de 
entrância inicial. 
E o que são unidades jurisdicionais? 
Art. 6º- São unidades jurisdicionais de 1º Grau, as varas de uma comarca, as comarcas 
de vara única e os juizados especiais, sendo todas as unidades jurisdicionais, com os 
respectivos cargos de juízes de direito titulares e os servidores necessários, criadas por lei. 
 
Vamos lá! 
Quando você vai ao fórum, pode observar diversas varas judiciais. A depender de 
onde você mora, uma vara também pode ser chamada de cartório ou de secretaria 
(igual aqui no Paraná). A vara é a menor divisão judiciária e é o local em que muito 
possivelmente você irá trabalhar. Essa vara tem um Juiz e a atuação dele se limita à 
competência da respectiva vara. Não pode ele, por exemplo, se meter em feitos 
tramitando em outra Vara. 
Cada VARA JUDICIAL do interior é denominada de UNIDADE JURISDICIONAL DE 1º 
GRAU. Quando unimos todas as unidades jurisdicionais de um município, elas formam 
um TERMO JUDICIÁRIO, que corresponde ao próprio município. Dependendo do 
tamanho do município, este pode ser uma COMARCA ou, em alguns casos, a união de 
dois ou mais termos formam uma COMARCA. 
 
Também sabemos que não necessariamente cada município é uma comarca 
instalada. Podemos ter, por exemplo, agrupamento de municípios e estes formam uma 
Comarca, a qual receberá o nome do município-sede (em regra, a maior cidade 
dentre as agrupadas). 
Os municípios que não forem sedes de comarcas serão qualificados como TERMOS 
JUDICIÁRIOS. 
 
E quanto as ZONAS JUDICIÁRIAS? 
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As zonas judiciárias, numeradas ordinalmente, são constituídas de quatro unidades 
jurisdicionais do interior e destinadas à designação dos juízes de direito substitutos de 
entrância inicial. 
Por exemplo, uma Comarca “x” tem 12 varas judiciais. Nesse caso, teremos três zonas 
judiciárias, pois é uma a cada quatro unidades jurisdicionais. Isso serve para a lotação 
dos juízes substitutos de entrância inicial. 
 
Tudo certo? Podemos continuar? Antes, todavia, anote: 
DIVISÃO 
JUDICIÁRIA
COMARCAS
TERMOS 
JUDICIÁRIOS
ZONAS 
JUDICIÁRIA
A COMARCA PODE SER CONSTITUÍDA POR MAIS DE 
UM TERMO JUDICIÁRIO, TERÁ A DENOMINAÇÃO 
DAQUELE QUE LHE SERVIR DE SEDE
CADA MUNICÍPIO CORRESPONDE A UM TERMO 
JUDICIÁRIO TENDO A DENOMINAÇÃO DAQUELE
CONSTITUÍDAS DE 4 UNIDADES JURISDICIONAIS DO 
INTERIOR E DESTINADAS À DESIGNAÇÃO DOS JUÍZES 
DE DIREITO SUBSTITUTOS DE ENTRÂNCIA INICIAL.
 
 
As comarcas são classificadas pelo Tribunal de Justiça, por maioria absoluta de seus 
membros em três entrâncias sendo: 
COMARCAS
ENTRÂNCIA 
INICIAL
ENTRÂNCIA 
INTERMEDIÁRIA
ENTRÂNCIA 
FINAL
COMARCAS COM UM ÚNICO JUIZ 
(JUÍZO ÚNICO)
COMARCAS COM MAIS DE UM JUIZ
COMARCAS COM MAIS DE UM JUIZ 
E MAIS DE 200.000 ELEITORES NO 
TERMO SEDE DA COMARCA 
 
 
 
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Além dessa divisão, a Corregedoria-Geral de Justiça, no uso das atribuições 
que lhe são conferidas pelo COJE, divide as Comarcas do Estado em POLOS. 
PROVIMENTO N. 43/2018 
Art. 1º Dividir as Comarcas do Estado do Maranhão em 12 (doze) Polos, assim dispostos: 
Apesar dessa importante divisão, o Código de Organização (COJE) não 
dispõe acerca dos polos. 
NOTA 1 – Quando a norma falar em manifestação do Tribunal de Justiça com letras 
maiúsculas, está se referindo aos Desembargadores. 
NOTA 2 - A maioria absoluta representa, atualmente, 16 Desembargadores (metade 
de 30 + 1). 
NOTA 3 - A classificação das comarcas em entrâncias não importa em diversidade de 
atribuições e competências, mas visam exclusivamente à ordem das nomeações, das 
promoções, do acesso e da fixação dos vencimentos dos respectivos juízes. 
NOTA 4: Não confunda entrância com instância (em caso de dúvidas, volte na aula 
00). 
NOTA 5: Os juízes também são classificados por entrância: 
• Juiz de Direito de Entrância Inicial; 
• Juiz de Direito de Entrância Intermediária; 
• Juiz de Direito de Entrância Final. 
Os subsídios dos Juízes de Direito serão fixados com a diferença de 5% de uma para 
outra entrância. 
Destaco que modificação de entrância da Comarca, não importa em promoção ou 
disponibilidade do Juiz, que nela permanecerá com os mesmos vencimentos, até ser 
promovido ou removido. 
 
 
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 (IESES – 2016 – TJ-MA) 
O território do Estado do Maranhão, para os efeitos da administração da 
Justiça Comum, divide-se em: 
a) Comarcas, termos judiciários e seções judiciárias. 
b) Jurisdições, termos judiciários e zonas judiciárias. 
c) Comarcas, termos judiciários e zonas judiciárias. 
d) Comarcas e seções judiciárias. 
Comentários 
Art. 6º O território do Estado, para os efeitos da administração da Justiça Comum, divide-se 
em comarcas, termos judiciários e zonas judiciárias. 
GABARITO: Letra C 
 
 (IESES – 2016 – TJ-MA) 
No Estado do Maranhão a Justiça Comum considera como comarcas de 
entrância final: 
a) As comarcas com apenas um juize menos de duzentos mil eleitores no 
termo sede da comarca. 
b) As comarcas com mais de um juiz e mais de cinquenta mil eleitores no 
termo sede da comarca. 
c) As comarcas com mais de um juiz e mais de cem mil eleitores no termo 
sede da comarca. 
d) As comarcas com mais de um juiz e mais de duzentos mil eleitores no termo 
sede da comarca. 
Comentários 
O fundamento está lá no art. 6º: 
Art. 6º §2º As comarcas, divididas em três entrâncias, inicial, intermediária e final, serão 
classificadas pelo Tribunal de Justiça, por maioria absoluta de seus membros, nos 
termos desta Lei, obedecendo aos seguintes critérios: 
I – comarcas de entrância inicial: as comarcas com um único juiz; 
II – comarcas de entrância intermediária: as comarcas com mais de um juiz; 
III – comarcas de entrância final: as comarcas com mais de um juiz e mais de duzentos 
mil eleitores no termo sede da comarca. 
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GABARITO: Letra D 
 
A criação de uma nova Comarca depende de lei e obedecerá a fatores objetivos: 
§4º A criação de novas comarcas dependerá da ocorrência dos seguintes requisitos: 
I – população mínima de vinte mil habitantes e cinco mil eleitores no termo judiciário 
que servirá de sede; 
II – audiência prévia da Corregedoria Geral da Justiça. 
§5º O Tribunal estabelecerá os requisitos mínimos necessários à instalação e 
elevação de comarcas, bem como à criação de novas varas. 
§6º O Tribunal, em decisão motivada e por maioria absoluta de seus membros, 
poderá dispensar os requisitos exigidos nos parágrafos 4º e 5º, deste artigo, quando 
assim o recomendar o interesse da Justiça. 
 
No caso da IMPLANTAÇÃO E INSTALAÇÃO DE COMARCA NOVA, o Tribunal de Justiça, 
após atendidos os requisitos mínimos e após a deliberação do Tribunal Pleno, 
providenciará o envio de projeto de lei à Assembleia Legislativa, do qual deverá 
constar, também, a proposta de criação dos cargos necessários para prover o juízo a 
ser implantado, e dos respectivos ofícios extrajudiciais. 
OBS: Aprovada pelo Plenário, o Tribunal encaminhará a proposta diretamente ao 
Poder Legislativo a (não precisa passar pelo Executivo, inicialmente); 
 
E no caso de uma comarca já instalada? Ela pode ser reclassificada? 
Pode sim! Nessa hipótese, cabe ao Presidente do TJ submeter ao Plenário para 
deliberação. 
Art. 6º §3º Sempre que uma comarca alterar o seu número de juízes ou alterar o número 
de eleitores, o Presidente do Tribunal submeterá ao Plenário, se for o caso, a nova 
classificação dessa comarca. 
 
IMPORTANTE! Nem toda comarca criada é instalada. 
O primeiro passo para a instalação de uma comarca é sua CRIAÇÃO POR LEI. Após 
“existir” no mundo jurídico, ainda é necessária a INSTALAÇÃO (prédio, servidores, 
sessão de instalação etc.). 
Enquanto não instalada a comarca criada, a competência permanecerá com as 
comarcas das quais foram desmembrados os termos judiciários da nova comarca. 
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Vamos pegar o exemplo da Comarca de Vargem Grande que tem como Termos Nina 
Rodrigues e Presidente Vargas. 
Se o Tribunal decidir desmembrar o termo de Presidente Vargas e transformá-lo em 
Comarca, a presente lei precisa ser modificada. Uma vez alterada a lei, a Comarca 
de Presidente Vargas existe, mas ainda não está instalada. Até que o seja, os serviços 
continuam na comarca de Vargem Grande. 
 
A mesma coisa acontece quando da criação de uma nova vara judicial. 
§1º Alterada a competência de uma vara pela criação de nova vara e enquanto não 
for esta instalada, permanecerá a competência fixada na lei anterior. 
Nessa hipótese, quando da instalação da 2ª Vara em uma comarca, o juiz titular da 
unidade jurisdicional fará opção para em qual das duas varas será titularizado. A que 
restar, será provida por antiguidade ou merecimento. 
§ 3º - Quando da instalação de uma vara com competência exclusiva para 
determinada matéria e essa competência esteja sendo retirada de outra unidade 
jurisdicional, também com competência exclusiva da matéria, será facultado ao juiz da 
unidade anterior fazer opção pela nova vara, antes da apreciação dos pedidos de 
remoção. 
 
O artigo 15 vai tratar de regras a serem observadas em TODAS AS COMARCAS. 
Art. 15. Em todas as comarcas serão obedecidas as seguintes regras: 
I – nos feitos comuns a duas ou mais varas, a competência dos juízes será fixada por 
distribuição; 
A distribuição é procedimento que possui a finalidade de distribuir os diversos feitos que 
chegam à comarca entre as varas que a compõem. 
Vamos olhar o Código de Processo Civil: 
Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde 
houver mais de um juiz. 
Art. 285. A distribuição, que poderá ser eletrônica, será alternada e aleatória, 
obedecendo-se rigorosa igualdade. 
Todavia, a tarefa do distribuidor não é sair arremessando processos caoticamente 
pelas Varas. 
E aqui vai mais uma historinha. 
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Tenho certeza de que você já leu algum texto na vida. Agora, por acaso, já se viu em 
uma discussão onde você e outra pessoa, que leu o mesmo texto que você, chegaram 
a conclusões diversas sobre aquilo que estava escrito? 
E pior: nenhum dos dois estava errado. O que há no caso são interpretações diferentes 
do texto. 
E leis também são textos, lidas por Juízes e aplicadas ao caso concreto. E Juízes podem 
ter diferentes visões sobre o mesmo fato. Por esta razão, alguma parte mal 
intencionada, sabendo que a visão de determinado Magistrado lhe é favorável, pode 
ter a intenção de guiar a distribuição, fazendo com que o processo chegue a um Juiz 
específico, ou evitando outro Juiz, cujo entendimento sobre o assunto é contrário ao 
desejado pela parte. 
E aqui chegamos onde eu queria chegar: para evitar a situação narrada acima, 
existem regras de distribuição dos feitos, cuja função principal, além de garantir a 
correta divisão de trabalho entre Magistrados, é garantir que as partes não saibam 
para qual Juiz o processo será distribuído. 
Quando ela souber, aquele Juízo já será prevento (será o Juiz designado para aquele 
processo), e não haverá nada que a parte possa fazer, a não ser aceitar o julgamento 
daquele Juiz :P. 
 
II – havendo impedimento ou suspeição do juiz, será o feito redistribuído, mediante 
posterior compensação; salvo em não havendo outra unidade jurisdicional na comarca 
com a mesma competência, quando então será designado outro juiz de direito pelo 
corregedor-geral da Justiça, para presidi-lo; 
III – nos casos de falta ou impedimento dos titulares da comarca, sua competência será 
prorrogada, quanto a todos os feitos, ao juiz de direito designado pelo corregedor-geral 
da Justiça; 
O CPC traz diversas hipóteses sobre o impedimento e suspeição do Juiz. 
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: 
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como 
membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; 
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; 
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do 
Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou 
afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; 
IV - quando for parte noprocesso ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; 
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica 
parte no processo; 
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; 
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VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de 
emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; 
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, 
companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 
terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; 
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. 
Art. 145. Há suspeição do juiz: 
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; 
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de 
iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou 
que subministrar meios para atender às despesas do litígio; 
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou 
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; 
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. 
 
As regras de impedimento e suspeição tem como finalidade preservar a 
imparcialidade do julgador. Imagine um juiz conduzindo um processo em que seu 
irmão é réu.... 
O que é mais explorado em provas de legislação é do parentesco. 
Os graus parentesco são contados a cada vínculo, por exemplo, pai e filho é primeiro 
grau, agora, avô e neto é segundo grau. 
Olhe a tabela abaixo: 
 
Pense na tabela como um jogo de tabuleiro. A cada casa, se conta um grau de 
parentesco. Assim, entre você e seu pai, anda-se somente uma casa. Tem-se, portanto, 
parentes de primeiro grau. 
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 Parentes consanguíneos - são aqueles em que há laço de sangue e podem ser 
em linha reta ou colateral. 
o Em linha reta os ascendentes são pais, avós, bisavós etc. Já os 
descendentes seu filho seu neto bisneto e assim por diante. 
o Os parentes em linha colateral são aqueles descendentes dos seus 
parentes em linha reta, assim temos os seus irmãos, o seu tio, seu primo etc. 
 Parentes por afinidade – São aqueles adquiridos em razão do matrimônio. Veja, 
não há grau de parentesco entre você e o seu cônjuge, o que existe é uma 
relação conjugal. Assim, temos com os parentes por afinidade sobre sua sogra, 
cunhados e assim por diante. 
Note que seu sogro está para você como o seu pai está para você. Também, 
seus cunhados estão como para você como seus irmãos estão. Na prática, 
SOGRO=PAI; CUNHADO=IRMÃO e assim sucessivamente. 
ATENÇÃO: primos são parentes de 4ª grau. Portanto, não há impedimentos. 
 
 (CESPE – 2017 – TRE-TO - adaptada) 
Valter, juiz do Poder Judiciário, é sogro de Josué, é sobrinho de Lucas (Lucas é irmão 
da mãe de Valter) e é primo de Joaquim (Joaquim é filho de Lucas). 
Nessa situação hipotética, Valter poderá julgar quando for parte no processo. 
a) Joaquim. 
b) Josué. 
c) Joaquim e Lucas. 
d) Lucas e Josué. 
e) Lucas. 
Comentários 
Sabemos que a Lei veda até o terceiro grau, por isso, precisamos organizar as 
informações trazidas pela questão: 
Valter, é sogro de Josué, é sobrinho de Lucas (Lucas é irmão da mãe de Valter) e é 
primo de Joaquim (Joaquim é filho de Lucas). 
Assim, 
• Valter, é sogro de Josué ==> Parentes de PRIMEIRO grau; 
• Valter é sobrinho de Lucas ==> Parentes de TERCEIRO grau 
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• Lucas é irmão da mãe de Valter ==> Lucas e Valter são parentes de TERCEIRO grau; 
• Valter é Primo de Joaquim ==> Parentes de QUARTO grau; 
• Joaquim é filho de Lucas ==> Joaquim e Lucas são parentes de PRIMEIRO grau; 
 
Nessa situação hipotética, Valter poderá julgar quando for parte no processo somente 
Joaquim, pois são parentes de quarto grau e a vedação atinge parentes até o terceiro 
grau. 
GABARITO: LETRA A. 
 
 
 
 
 
 
Dica do Professor! 
Utilize um leitor de QR CODE no seu smartphone 
e assista ao vídeo explicando um pouco mais 
sobre os Graus de Parentesco 
 
 
 
Avante! 
VI – As atribuições de juiz do Juizado Especial da Fazenda Pública previstas na Lei 12.153, 
de 22 de dezembro de 2009, nas comarcas onde não exista Juizado Especial da 
Fazenda Pública, serão exercidas pelo juiz da Vara da Fazenda Pública; 
Inicialmente, foram criados os Juizados especiais Cíveis e Criminais pela lei n. 9.099/95. 
Em 2009, por meio da lei n. 12.153, foram instituídos os juizados especiais da fazenda 
pública. 
Em muitas comarcas, você encontrar as unidades judiciais como “Juizado Especial 
Cível, Criminal e da Fazenda Pública”, todavia, em outros não. São nesses em que não 
exista o Juizado da Fazenda que as competências serão exercidas pelo Juiz da Vara 
da Fazenda Pública. 
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E qual a diferença de um para o outro? 
Assim como nos juizados cíveis3, há limite de valor para a tramitação: 
Lei n. 12.153/2009 
Art. 2o É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar 
e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. 
X – As cartas deprecadas às comarcas com mais de uma vara serão distribuídas de 
acordo com as competências de cada unidade jurisdicional, salvo disposição em 
contrário deste Código. 
Parágrafo único. Aos magistrados com jurisdição plena em mais de uma unidade 
jurisdicional ou acumulando turma recursal, será atribuído um décimo do subsídio de seu 
cargo, correspondente aos dias trabalhados. E, em sendo acumulada mais de duas 
unidades, além da qual é titular, o valor único a ser acrescido será de quinze por cento 
do subsídio. 
A “carta” supramencionada é a carta precatória. 
Imagine que Dart Veiderson, conhecido como Dartinho, cometa um homicídio em 
Açailândia. Objetivando “fugir” da Justiça, ele se muda para Montes Altos, achando 
que não será encontrado. 
O processo será ajuizado no foro em que o crime ocorreu (Açailândia). Durante a 
análise do Ministério Público, apurou-se que “Dartinho” tinha novo endereço em novo 
município 
Nessa hipótese, como o ato processual precisa ser praticado fora da jurisdição do juízo 
originário, é expedida uma carta precatória, uma vez que cada Juiz tem, em regra, 
como limites de atuação os limites territoriais de sua comarca. 
 
A carta precatória é um instrumento utilizado para requisitar a outro juiz o 
cumprimento de algum ato necessário ao andamento do processo, em 
razão do requerido estar em outra área territorial. É por meio da Carta 
Precatória que os atos processuais são repassados de uma cidade à outra. 
 
Assim, é solicitado sua citação em Montes Altos (juízo de destino). 
 
3 Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor 
complexidade, assim consideradas: 
I - as causas cujo valor não excedaa quarenta vezes o salário mínimo; 
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; 
III - a ação de despejo para uso próprio; 
IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. 
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Tem alguns “termos” que você precisa conhecer. 
 
 
Uma vez cumprida a precatória, os autos retornam ao deprecante para a 
continuidade do ato. 
 
Sempre que for entre Juízos dentro do Brasil, expediremos uma carta 
precatória. A carta rogatória é expedida quando precisamos que um ato ou 
termo judicial em outro país. 
 
A título de curiosidade, a rogatória é ativa quando é expedida por 
autoridade judiciária brasileira e passiva, quando expedida por autoridade 
judiciária estrangeira para realização de diligência no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dica do Professor! 
Utilize um leitor de QR CODE no seu smartphone 
e assista ao vídeo explicando um pouco mais 
sobre as Cartas. 
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O restante dos itens trata da execução penal e das medidas socioeducativas. Itens 
que tem baixíssima probabilidade de cobrança. 
IV - as varas de execução penal terão competência para o processamento dos feitos 
referentes aos sentenciados que estejam cumprindo penas em estabelecimentos 
prisionais ou penas e medidas alternativas em instituições públicas ou privadas 
localizadas na área de sua jurisdição, bem como, suspensão condicional do processo, 
transação penal ou medidas cautelares alternativas à prisão de réu domiciliado na sua 
comarca, ainda que as guias de recolhimento para execução sejam oriundas de outra 
comarca ou unidade da Federação; 
V – Para cumprimento do disposto na parte final do inciso anterior, o juiz criminal ou da 
execução penal que, por qualquer motivo, transfira de sua jurisdição o sentenciado 
encaminhará obrigatoriamente a respectiva guia de recolhimento para execução ao 
juízo competente; 
VII – é competente para execução da medida socioeducativa o Juízo da Infância e 
Juventude com competência em matéria de ato infracional da comarca onde estiver 
situada a unidade de atendimento responsável pelo cumprimento da medida 
aplicada; 
VIII – ao aplicar a medida socioeducativa, em sendo o caso, o juiz determinará a 
expedição da guia de cumprimento, formalizando o processo de execução com os 
documentos necessários e, ainda, proceder, se for o caso, à unificação das medidas, 
além de, em seguida, encaminhar os autos respectivos ao juízo competente para a 
execução, determinando o arquivamento provisório da representação por ato 
infracional; 
IX – em sendo imposta nova medida ao sócio educando que tenha processo de 
execução, compete ao juízo da execução a unificação, devendo ser encaminhado a 
ele pelo juízo que aplicou a nova medida a devida guia de cumprimento para tal 
providência; 
Na sequência, vamos analisar os artigos 15-A e 15-B. 
O 15-A tem um fato curioso. É indicado que sua inclusão foi pela LC 96/2006. Todavia, 
pesquisamos e a LC 96 não fala nada disso. Aliás, vasculhamos lei a lei e não 
encontramos a lei que incluiu o presente dispositivo. 
Vamos falar dele? Vamos sim, porque é uma competência que os Tribunais têm em 
comum. 
Art. 15-A. O Tribunal de Justiça, por maioria absoluta de seus membros, poderá, por meio 
de resolução, alterar a denominação e a competência de varas, com a consequente 
redistribuição dos feitos. (Redação conforme LC nº 096, de 05.07.2006) 
Parágrafo único. O disposto neste artigo somente será aplicado nas varas que se 
encontrem vagas.6 (Redação conforme LC nº 096, de 05.07.2006) 
Digamos que na comarca ABC existam 5 unidades judiciais, sendo: 
• 01 Vara Criminal; 
• 02 Varas Cíveis; 
• 01 Vara de Família, Sucessões e Acidentes de Trabalho (sim, os processos de 
acidentes de trabalho tramitam no judiciário estadual); 
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• 01 Juizado Especial; 
O Tribunal pode, por RESOLUÇÃO, alterar a competência das varas e, por exemplo, 
passar a competência de “acidentes de trabalho” para uma das Varas cíveis. 
Os feitos, então, referentes a acidentes de trabalho, devem ser REDISTRIBUÍDOS a nova 
vara competente. 
Note que o Tribunal pode, por RESOLUÇÃO, apenas ALTERAR A DENOMINAÇÃO e a 
COMPETÊNCIA. Não pode, por exemplo, criar uma vara nova. 
Ainda, algumas notas sobre o item acima: 
• A referência ao Tribunal de Justiça com letras maiúsculas indica manifestação 
do Plenário; 
• A maioria absoluta indica metade do total de membros + um. Atualmente esse 
número corresponde a 16 Desembargadores. 
 
É importante diferenciar as maiorias para não cair em pegadinhas. 
Maioria Simples (ou 
relativa) 
O número inteiro imediatamente superior à metade dos 
membros presentes na sessão; 
Maioria Absoluta 
O número inteiro imediatamente superior à metade do 
total dos membros do Tribunal em condições legais de 
votar; 
Dois terços 
O número inteiro que corresponda a duas terças partes 
ou que lhe seja, havendo fração, imediatamente 
superior, considerada a totalidade dos membros do 
Tribunal em condições legais de votar. 
 
Também, pelo mesmo procedimento, o Tribunal pode agregar uma comarca 
deficitária à outra comarca (o COJE não estabelece o que é uma comarca 
deficitária). 
Art. 15-B - O Tribunal de Justiça, por maioria absoluta de seus membros, por meio de 
resolução, poderá agregar uma comarca vaga deficitária à outra comarca. 
§ 1º - Os critérios para definição de uma comarca como deficitária serão estabelecidos 
pelo Plenário, em resolução, aprovada por maioria absoluta de seus membros. 
§ 2º - Os servidores da comarca agregada serão removidos para outras unidades 
judiciárias de acordo com a necessidade da Administração. 
Em havendo desagregação, os servidores removidos poderão retornar à comarca de 
origem. 
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JUÍZES DE DIREITO 
Para fins de administração da Justiça de 1º Grau, as comarcas contarão com o seguinte 
número de juízes de direito (Art. 7º): 
JUÍZES COMARCAS 
143 Juízes Comarca da Ilha de São Luís (101 titulares e 42 auxiliares) 
25 Juízes Comarca de Imperatriz 
10 Juízes Comarca de Timon 
08 Juízes Comarca de Açailândia 
07 Juízes Comarca de Caxias 
06 Juízes Comarcas de Bacabal 
05 Juízes cada Balsas, Pedreiras e Santa Inês 
04 Juízes cada Comarcas de Codó e Pinheiro 
03 Juízes cada 
Comarcas de Barra do Corda, Chapadinha, Itapecuru- Mirim, Lago da 
Pedra 
02 Juízes cada 
Comarcas de Araioses, Barreirinhas, Brejo, Buriticupu, Coelho Neto, Colinas, 
Coroatá, Estreito, Grajaú, João Lisboa, Maracaçumé, Porto Franco, 
Presidente Dutra, Rosário, Santa Helena, Santa Luzia, São Domingos do 
Maranhão, Tuntum, Vargem Grande, Viana, Vitorino Freire e Zé Doca 
01 Juiz Demais comarcas 
 
 
COMARCA DE SÃO LUÍS 
A comarca da capital, por sua importância, pode ser objeto de cobrança. 
A Comarca da Ilha de São Luís é composta pelos municípios de São Luís, São José de 
Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. 
Cada termo judiciário terá um fórum próprio, com seus juízes titulares e unidades 
jurisdicionais, distribuídos da seguinte forma: 
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COMARCA DE SÃO 
LUÍS
TERMO JUDICIÁRIO DE 
SÃO LUÍS
TERMO JUDICIÁRIO DE 
SÃO JOSÉ DO RIBAMAR
TERMO JUDICIÁRIO DE 
PAÇO DO LUMIAR
88 JUÍZES DE DIREITO 
TITULARES
08 JUÍZES TITULARES
4 JUÍZES TITULARES
TERMO JUDICIÁRIO DE 
RAPOSA
01 JUIZ TITULAR
 
 
§3º Os juízes de direito auxiliares de entrância final terão jurisdição em toda a Comarca 
da Ilha de São Luís, conforme designação do corregedor-geral da Justiça. 
Os juízes de direito auxiliares têm as seguintes atribuições: 
• Jurisdicionar cumulativamente com o titular na Comarca da Ilha de São Luís 
quando designados pelo corregedor-geral da Justiça; 
• Substituir os titulares nas varas da Comarca da Ilha de São Luís, nos casos de 
impedimento eventual, férias, licenças ou vacâncias; 
• Jurisdicionar, com os titulares, o serviço de plantão da Comarca da Ilha de São 
Luís; 
• Realizar outras atividades judicantes e proceder a correições, sindicâncias e a 
inquéritos administrativos, quando designados pelo corregedor-geral da Justiça; 
 
§4º O plantão judiciário noturno, de feriados e finais de semana será realizado no Fórum 
do Município de São Luís, dele participando todos os juízes auxiliares e titulares da 
Comarca da Ilha de São Luís. 
O Judiciário está 24 horas por dia à disposição da população para garantir a 
possibilidade de busca de direitos considerados urgentes. 
Fora dos horários de expediente normal (à noite ou em feriados e fins de semana) estão 
à disposição para encaminhar a petições urgentes magistrados e servidores de 
plantão. 
No plantão jurisdicional serão analisados feitos com caráter de urgência, de matéria 
criminal ou cível, de Direto Privado ou de Direito Público, que, sob pena de prejuízo 
grave ou de difícil reparação, tiverem de ser apreciados de imediato, inadiavelmente, 
no expediente excepcional. 
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Caberá ao magistrado plantonista avaliar a admissibilidade da utilização do plantão 
jurisdicional, tendo em vista a apuração estrita da urgência que o caso oferece, de 
modo a justificar a necessidade de provisão jurisdicional imediata e extraordinária. 
Se o magistrado plantonista entender que não há urgência ou que o aguardo para 
distribuição normal não causará prejuízo, remeterá a medida para distribuição normal, 
via decisão. 
 
O art. 9º trata da distribuição de serviços do Termo Judiciário e São Luís. 
Art. 9º. Os serviços judiciários do Termo Judiciário de São Luís serão distribuídos da 
seguinte forma: 
I – 1ª Vara da Infância e da Juventude, com as atribuições cíveis e administrativas 
definidas na legislação específica; 
II – 2ª Vara da Infância e da Juventude, com atribuições de processar e julgar atos 
infracionais, de acordo com a legislação específica. Habeas corpus; 
III – 1ª Vara Cível: Cível e Comércio; 
IV – 2ª Vara Cível: Cível e Comércio; 
V – 3ª Vara Cível: Cível e Comércio; 
[...] 
Tem mais 60 incisos aí…, mas esse é o tipo de coisa que não cai na sua prova, por isso 
vou suprimi-los. 
Todavia, há alguns itens que podem ser explorados: 
§1º Os crimes de menor potencial ofensivo praticados contra crianças e adolescentes 
são de competência do 1º Juizado Especial Criminal. 
Em regra, os crimes contra crianças e adolescentes são julgados e processados pelas 
Varas da Infância e Juventude. Todavia, os crimes de menor potencial ofensivo 
(aqueles que cominam pena máximo não superior a dois anos) contra estes serão de 
competência do 1º JEC. 
 
§3º As Varas da Infância e Juventude, as Varas de Família, a 9ª Vara Criminal, as Varas 
das Execuções Penais, a Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a 
Mulher e a Vara Especial do Idoso contarão com equipes multidisciplinares, constituídas 
por servidores do Poder Judiciário ou requisitados de outros órgãos do Poder Executivo, 
conforme resolução do Tribunal de Justiça. 
Separei esse parágrafo para falarmos das equipes multidisciplinares. 
Tais equipes são formadas por servidores, psicólogos e assistentes sociais e a atuação 
visa subsidiar o trabalho do magistrado acerca dos aspectos psicossociais dos sujeitos. 
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§§ 4º - As ações que envolvam interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos de 
relevante interesse social, meio ambiente, improbidade administrativa ambiental e 
urbanística e que tenham como parte a Fazenda Pública Estadual ou Municipal são de 
competência da Vara de Interesses Difusos e Coletivos. 
Existe uma vara específica para tratar dos interesses difusos, coletivos e individuais 
homogêneos. 
 
§ 5º - A Central de Inquéritos e Custódia será regulamentada por resolução do Tribunal 
de Justiça e jurisdicionada por até cinco juízes auxiliares, designados pelo corregedor-
geral da Justiça e aprovados pelo Plenário, com prazo mínimo de um ano. 
A central de inquéritos centraliza as audiências de custódia na capital do estado e 
também com competência para o processamento dos inquéritos policiais da 
Comarca da Ilha de São Luís, decidindo seus incidentes e medidas cautelares, 
ressalvados os de competência da 1ª Vara Criminal. 
A audiência de custódia é a apresentação da pessoa presa em flagrante delito, 
independentemente da motivação ou natureza do ato, obrigatoriamente, em ate ́ 24 
horas da comunicação do flagrante, à autoridade judicial competente, e ouvida 
sobre as circunstâncias em que se realizou sua prisão ou apreensão. 
ANOTE A COMPOSIÇÃO: 
CENTRAL DE 
INQUÉRITOS E 
CUSTÓDIA DE SÃO LUÍS
COMPOSIÇÃO
DESIGNAÇÃO
APROVAÇÃO
ATÉ 5 JUÍZES AUXILIARES
CORREGEDOR-GERAL
PLENÁRIO
PRAZO PELO MENOS 1 ANO
 
 
 
§ 7º - O titular da 1ª Vara Criminal decidirá sobre a instauração do colegiado de que 
trata a Lei nº 12.694, de 24 de julho de 2012, nos termos da referida Lei e de resolução 
do Tribunal de Justiça. 
Outro item interessante! 
A lei n. 12.694/2012 dispõe sobre o processo e o julgamento colegiado em primeiro grau 
de jurisdição de crimes praticados por organizações criminosas. 
Nesse caso, cabe ao juiz titular da 1ª Vara Criminal decidir pela formação de colegiado 
para a prática de qualquer ato processual. 
 
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§ 8º - A Vara de Saúde Pública contará com estruturas de apoio para a solução 
consensual e/ou administrativa das demandas de sua competência, constituídas por 
servidores do Poder Judiciário ou de outros órgãos, incluindo-se o Núcleo de Apoio 
Técnico do Judiciário (NAT-JUS), previsto na Resolução no 238, do Conselho Nacional de 
Justiça, sendo o funcionamento dessas estruturas de apoio disciplinadas por meio de 
resolução do Tribunal de Justiça. 
Deixei esse item porque é de uma alteração de abril do ano de 2019. 
 
Os artigos 10 a 14 foram suprimidos, mas você pode encontrá-los ao final do material. 
 
DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA 
São Órgãos do Poder Judiciário: 
PODER 
JUDICIÁRIO DO 
MARANHÃO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
JUÍZES DE DIREITO
TRIBUNAL DO JÚRI
JUÍZES DE PAZ
JUIZADOS ESPECIAIS E 
TURMAS RECURSAIS
CONSELHO DA 
JUSTIÇA MILITAR
 
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA - SEDE, JURISDIÇÃO E COMPOSIÇÃO 
O Tribunal tem sede na cidade de São Luís, jurisdição em 
todo o Estado e é o órgão supremo do Poder Judiciário 
Estadual. 
Como vimos, o Tribunalde Justiça é um dos órgãos do 
Poder Judiciário Estadual e representa a justiça estadual 
de segunda instância. 
 
SEDE
SÃO LUÍS
JURISDIÇÃO
TODO O ESTADO 
DO MARANHÃO
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Você deve se lembrar que falamos na aula anterior que no primeiro grau, o processo 
é julgado por um juiz que toma uma decisão monocrática. Em segundo grau, atuam 
os Desembargadores por meio de órgãos colegiados para decidir sobre os processos 
pelo voto. 
Em instâncias extraordinárias (STF e STJ), os ministros dos tribunais superiores também se 
reúnem em órgãos colegiados para o julgamento dos recursos, mas não fazem parte 
da estrutura do Poder Judiciário Estadual, razão esta que deixa o estudo desses 
tribunais de fora de nossas aulas. 
 
Assim, quando você encontrar Tribunal de Justiça com letras maiúsculas na norma, está 
se referindo ao segundo grau. Portanto, Tribunal de Justiça é um órgão colegiado 
constituído de juízes de segunda instância, denominados "Desembargadores". 
Atualmente, o Tribunal é constituído por 30 Desembargadores. Guarde esse número: 
TJ-MA
CONSTITUÍDO POR 30 
DESEMBARGADORES
 
A alteração do número de membros do Tribunal de Justiça dependerá de proposta do 
Tribunal Pleno, que deverá ser remetida na forma de projeto de lei à Assembleia 
Legislativa para apreciação. 
Art. 29. São atribuições do Tribunal de Justiça: 
IV – Propor ao Poder Legislativo a alteração do número dos seus membros; 
 
 
 (ESAG – 2005 – TJ-MA – adaptada) 
Quantos Desembargadores compõem o Tribunal de Justiça do Estado do 
Maranhão? 
a) 18 (dezoito) Desembargadores. 
ATIVIDADE 
JURISDICIONAL
1ª INSTÂNCIA
2ª INSTÂNCIA
INSTÂNCIA 
EXTRAORDINÁRIA
JUÍZES DE DIREITO E 
SUBSTITUTOS
DESEMBARGADORES 
(TRIBUNAL DE JUSTIÇA)
MINISTROS
(STF, STJ, TST, TSE E TSM)
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b) 21 (vinte e um) Desembargadores. 
c) 20 (vinte) Desembargadores. 
d) 30 (trinta) Desembargadores. 
Comentários 
Art. 17 - O Tribunal de Justiça, com sede na cidade de São Luís, e jurisdição em todo o Estado, é o 
órgão supremo do Poder Judiciário Estadual, compor-se-á de 30 (trinta) Desembargadores, [...]. 
GABARITO: Letra D 
 
Em frente! 
 
A forma de provimento do cargo de Desembargador também já antecipamos na aula 
anterior. Existem os membros oriundos da carreira da magistratura e os membros 
oriundos do quinto constitucional (advogados e membros do Ministério Público 
Estadual) conforme mandamento constitucional. 
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, 
e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com 
mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação 
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista 
sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
Assim, o provimento do cargo de desembargador dar-se-á por acesso (promoção de 
juiz de carreira) ou nomeação (membro oriundo do quinto constitucional). 
No caso dos MEMBROS DA MAGISTRATURA, o acesso ao Tribunal de Justiça far-se-á 
mediante promoção dos membros de última entrância por antiguidade E 
merecimento, alternadamente. 
Art. 19. Ressalvado os casos de nomeação como previsto no art. 94 da Constituição da 
República, a investidura no cargo de desembargador será feito por acessos de juízes de 
direito, segundo os critérios, alternados, de antiguidade e merecimento. 
Parágrafo único. O acesso dos juízes de direito pelos critérios de antiguidade ou 
merecimento se dará da mesma forma da promoção dos juízes de uma entrância para 
outra, prevista neste Código e no Regimento Interno do Tribunal de Justiça. 
 
O que são esses critérios? 
 Antiguidade - é uma lista que faz o que o nome diz. Enumera, do mais antigo 
para o mais novo, a relação de magistrados. Segundo a CF, o primeiro nome da 
relação só pode ser recusado pelo voto da maioria de dois terços dos membros 
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do Tribunal (Constituição Federal, artigo 93, II, “d”). Assim, repetir-se-á votação 
do nome imediato, e assim sucessivamente, até se fixar a indicação. 
 Merecimento - É apurado mediante critérios objetivos (quantidade de 
sentenças, aprimoramento etc.), fixados em regulamento pelo Tribunal. 
Juízes de Direito NÃO pertencem ao Tribunal de Justiça. A 
magistratura de 1º grau é órgão do Poder Judiciário do 
Estado. Portanto, TODOS os órgãos do Tribunal de Justiça 
têm como membros os Desembargadores. 
 
ATENÇÃO! Apenas juízes de direito da entrância final podem ter acesso ao Tribunal. 
CF 88 - Art. 93. III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e 
merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; 
 
Quando a vaga no Tribunal deva ser preenchida por advogado ou membro do 
Ministério Público, a eleição será precedida de lista sêxtupla, encaminhada pelos 
órgãos de representação da respectiva classe. 
Art. 20. Na composição do Tribunal, 1/5 (um quinto) dos lugares será preenchido por 
advogados de notório saber jurídico, com mais de 10 (dez) anos de efetiva atividade 
profissional, e de membros do Ministério Público Estadual, de notório merecimento, com 
mais de 10 (dez) anos de carreira, todas de reputação ilibada e indicadas em lista 
sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
 
Toma nota dos requisitos: 
 Membros do Ministério Público Estadual ➔ com mais de 10 anos de carreira 
(conta-se após a nomeação e posse); 
 Advogados ➔ de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez 
anos de efetiva atividade profissional (contados após a inscrição como 
advogado na OAB). 
Ao advogado nomeado Desembargador computar-se-á, 
para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de 
exercício na advocacia, até o máximo de 15 (quinze) anos. 
 
 
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Recebida a lista sêxtupla, o Tribunal Pleno transformará a lista sêxtupla em lista tríplice 
e a enviará ao Chefe do Poder Executivo (Governador) para que, nos 20 dias 
subsequentes à remessa, escolha e nomeie um dos integrantes para o cargo de 
desembargador. 
Art. 20. §1º Recebidas as indicações, o Tribunal formará lista tríplice enviando-a ao Poder 
Executivo que nos 20 (vinte) dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para 
nomeação. 
 
Em síntese: 
TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA
DESEMBARGADORES
MAGISTRADOS 
DE CARREIRA
1/5 DOS 
MEMBROS 
MEMBROS DO MP
(+10 ANOS DE CARREIRA)
ADVOGADOS
(+10 ANOS DE ATIVIDADE, 
REPUTAÇÃO ILIBADA E 
NOTÓRIO SABER JURÍDICO)
MP/OAB ELABORAM 
LISTA SÊXTUPLA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
(PLENO) TRANSFORMA EM 
LISTA TRÍPLICE
GOVERNADOR 
ESCOLHE E NOMEIA
PRAZO DE 20 DIAS
30
24
6
 
Ocorrendo vacância do cargo de desembargador dentre os integrantes do quinto 
constitucional, o preenchimento se dará por representante da categoria que originou 
a vaga. Assim, se surgir vacância na classe de advogados, necessariamente, será 
preenchida por outro membro da advocacia. Se for do MP, necessariamente do MP. 
E se o número fosse ímpar? 
Nessa hipótese, uma delas será, alternada e sucessivamente, preenchida por 
advogado e pormembro do Ministério Público, de tal forma que, também sucessiva e 
alternadamente, os representantes de uma dessas classes superem os da outra em 
uma Unidade. 
LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA (LC 35/1979) 
Art. 100 - Na composição de qualquer Tribunal, um quinto dos lugares será 
preenchido por advogados, em efetivo exercício da profissão, e membros do 
Ministério Público, todos de notário merecimento e idoneidade moral, com dez 
anos, pelo menos, de prática forense. 
§ 1º - Os lugares reservados a membros do Ministério Público ou advogados 
serão preenchidos, respectivamente, por membros do Ministério Público ou 
por advogados, indicados em lista tríplice pelo Tribunal de Justiça ou seu órgão 
especial. 
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§ 2º - Nos Tribunais em que for ímpar o número de vagas destinadas ao quinto 
constitucional, uma delas será, alternada e sucessivamente, preenchida por 
advogado e por membro do Ministério Público, de tal forma que, também 
sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes 
superem os da outra em uma Unidade. 
 
 (IESES – 2011 – TJ-MA) 
Assinale a alternativa correta de acordo com Código de Divisão e Organização 
Judiciárias do Estado do Maranhão: 
a) As vagas destinadas ao quinto constitucional serão, preenchidas por advogados 
e por membros do Ministério Público, de tal forma que, sucessiva e alternadamente, 
os representantes de uma dessas classes não superem os da outra em uma unidade. 
b) Ao advogado nomeado Desembargador não será computado, para efeito de 
aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício na advocacia. 
c) Ao advogado nomeado Desembargador computar-se-á, para efeito de 
aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício na advocacia, até o 
máximo de 20 (vinte) anos. 
d) As vagas destinadas ao quinto constitucional serão, alternada e sucessivamente, 
preenchidas por advogados e por membros do Ministério Público, de tal forma que, 
também sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes 
superem os da outra em uma unidade. 
Comentários 
Vamos ponto a ponto: 
LETRA A – Errada. As vagas destinadas ao quinto constitucional serão, preenchidas 
por advogados e por membros do Ministério Público, de tal forma que, sucessiva e 
alternadamente, os representantes de uma dessas classes não superem os da outra 
em uma unidade. 
LETRA B e C – Errada. Ao advogado nomeado Desembargador computar-se-á, para 
efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício na advocacia, até 
o máximo de 15 anos. 
LETRA D – Correta. 
LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA (LC 35/1979) 
Art. 100 - § 2º - Nos Tribunais em que for ímpar o número de vagas destinadas ao 
quinto constitucional, uma delas será, alternada e sucessivamente, preenchida 
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por advogado e por membro do Ministério Público, de tal forma que, também 
sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes superem os 
da outra em uma Unidade. 
GABARITO: Letra D 
 
 (IESES – 2009 – TJ-MA) 
A escolha e subsequente nomeação para preenchimento das vagas oriundas do 
quinto constitucional no Tribunal de Justiça do Estado são efetuadas pelo: 
a) Presidente da Assembleia Legislativa. 
b) Plenário do Tribunal de Justiça. 
c) Chefe do Poder Executivo. 
d) Presidente do Tribunal de Justiça. 
Comentários 
§1º Recebidas as indicações, o Tribunal formará lista tríplice enviando-a ao Poder 
Executivo que nos 20 (vinte) dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para 
nomeação. 
GABARITO: Letra C 
 
CÚPULA DIRETIVA 
Dentre os 30 Desembargadores, por maioria dos seus membros efetivos e por votação 
secreta, o Plenário elegerá o presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral da 
Justiça, na última sessão plenária do mês de dezembro, dos anos ímpares, dentre os 
seus juízes mais antigos, em número correspondente aos dos cargos de direção, para 
mandato de dois anos, proibida a reeleição. 
Art. 21 §5º Na mesma data será eleito pelo Tribunal o Diretor do Fórum da Comarca de 
São Luís, com mandato de 02 (dois) anos. 
 
Quem tiver exercido quaisquer cargos de direção por 04 anos, ou de Presidente, não 
figurará mais entre os elegíveis, até que se esgotem todos os nomes na ordem de 
antiguidade. 
OBS: A proibição de reeleição e o exercício dos cargos de direção não se aplicam ao 
desembargador eleito para completar período de mandato inferior a um ano. 
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Uma vez eleito, é obrigatória a aceitação do cargo, salvo recusa manifestada e aceita, 
antes da eleição. 
A posse dos eleitos, que será realizada em sessão solene do Plenário, ocorrerá na última 
sexta-feira útil do mês de abril do ano subsequente ao da eleição. 
OBS: A representação do Poder Judiciário compete ao presidente do Tribunal de 
Justiça. 
Alguém disse mapa mental? 
CARGOS DE 
DIREÇÃO
PRESIDENTE DO TRIBUNAL
VICE-PRESIDENTE
CORREGEDOR-GERAL
CÚPULA 
DIRETIVA
ELEIÇÃO
MANDATO
REELEIÇÃO
POSSE
REALIZADA PELO TRIBUNAL PLENO
ÚLTIMA SESSÃO PLENÁRIA DO MÊS DE DEZEMBRO, 
DOS ANOS ÍMPARES
POR VOTO DA MAIORIA DOS MEMBROS EFETIVOS
02 ANOS
PROIBIDA
PERANTE O TRIBUNAL PLENO
ÚLTIMA SEXTA-FEIRA ÚTIL DO MÊS DE ABRIL 
DO ANO SUBSEQUENTE AO DA ELEIÇÃO
EM SESSÃO SOLENE
ACEITAÇÃO DO 
CARGO
É OBRIGATÓRIA, SALVO RECUSA MANIFESTADA E 
ACEITA ANTES DA ELEIÇÃO
VEDAÇÕES
QUEM TIVER EXERCIDO QUAISQUER CARGOS DE 
DIREÇÃO POR 04 ANOS, OU DE PRESIDENTE, 
NÃO FIGURARÁ MAIS ENTRE OS ELEGÍVEIS, ATÉ 
QUE SE ESGOTEM TODOS OS NOMES NA ORDEM 
DE ANTIGUIDADE
QUEM PODE JUÍZES MAIS ANTIGOS
NÃO SE APLICAM AO DESEMBARGADOR ELEITO 
PARA COMPLETAR PERÍODO DE MANDATO 
INFERIOR A UM ANO 
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Terminados seus mandatos ou cessadas suas funções, o presidente, o vice-presidente 
e o corregedor-geral da Justiça integrarão as câmaras a que pertenciam seus 
respectivos sucessores. 
Se os seus sucessores não integravam câmaras, o presidente, o vice-presidente e o 
corregedor-geral da Justiça preencherão respectivamente as vagas dos que 
passaram a ocupar os lugares deixados por aqueles. 
 
 (IESES – 2009 – TJ-MA) 
Assinale a alternativa INCORRETA: 
a) o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor-Geral da Justiça são escolhidos, 
pela maioria dos membros efetivos do Tribunal de Justiça, para um mandato de dois 
anos, permitida uma única recondução ao mesmo cargo. 
b) o Tribunal de Justiça funciona em Plenário, em Câmaras Reunidas e em Câmaras 
Isoladas, sendo suas especialidades definidas em lei e no seu regimento interno. 
c) o Tribunal de Justiça, com sede na Capital e jurisdição em todo o Estado, é o 
órgão supremo do Poder Judiciário estadual. 
d) a representação do Poder Judiciário estadual é exercitada pelo Presidente do 
Tribunal de Justiça. 
Comentários 
Vamos ponto a ponto (é para marcar a incorreta): 
LETRA A – Errada. Não é permitida a reeleição 
Art. 21 - Por maioria dos seus membros efetivos e por votação secreta, o Plenário elegerá o 
presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral da Justiça, na última sessão plenária do 
mês de dezembro, dos anos ímpares, dentre os seus juízes mais antigos, em número 
correspondente aos dos cargos de direção,para mandato de dois anos, proibida a 
reeleição. 
LETRA B – Correta. 
Art. 18 - O Tribunal de Justiça funcionará em Plenário, em uma Seção Cível e em Câmaras 
Reunidas e Câmaras Isoladas, cujas especialidades serão especificadas neste Código e no 
Regimento Interno. 
LETRA C – Correta. 
Art. 17 - O Tribunal de Justiça, com sede na cidade de São Luís, e jurisdição em todo o Estado, 
é o órgão supremo do Poder Judiciário Estadual, compor-se-á de 30 (trinta) 
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Desembargadores, dentre os quais serão escolhidos o Presidente, o Vice-presidente e o 
Corregedor-Geral da Justiça, e tem as competências e atribuições presentes na 
Constituição do Estado, neste Código e no Regimento Interno. 
LETRA D – Correta. 
ART. 16. Parágrafo único. A representação do Poder Judiciário compete ao presidente do 
Tribunal de Justiça. 
GABARITO: Letra A 
 
 
 
DO FUNCIONAMENTO DO TRIBUNAL 
O Tribunal de Justiça funcionará em Plenário, em uma Seção Cível e em Câmaras 
Reunidas e Câmaras Isoladas. 
PODER 
JUDICIÁRIO DO 
MARANHÃO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
JUÍZES DE DIREITO
TRIBUNAL DO JÚRI
JUÍZES DE PAZ
PLENÁRIO
SEÇÃO CÍVEL
CÂMARAS REUNIDAS
CÂMARAS ISOLADAS
JUIZADOS ESPECIAIS E 
TURMAS RECURSAIS
CONSELHO DA 
JUSTIÇA MILITAR
02 CÍVEIS
01 CRIMINAL
06 CÍVEIS
03 CRIMINAIS
 
O PLENÁRIO é composto por todos os Desembargadores e será presidido pelo 
Presidente do Tribunal. 
A SEÇÃO CÍVEL será presidida pelo vice-presidente, que não exercerá as funções de 
relator e revisor. 
As CÂMARAS ISOLADAS são em número de nove, divididas em três criminais e seis cíveis, 
compostas cada uma de três desembargadores, e presididas, em sistema de rodízio, a 
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cada ano, pelo desembargador mais antigo na câmara, que também exercerá as 
funções de relator, revisor e vogal. 
As CÂMARAS CRIMINAIS REUNIDAS serão compostas pelos respectivos membros das 
câmaras isoladas criminais, e presididas pelo membro mais antigo do Tribunal, que 
também exercerá as funções de relator, revisor e vogal. 
São duas as CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, compostas pelos respectivos membros das 
câmaras cíveis isoladas e presididas pelo membro de cada uma dessas câmaras cíveis 
reunidas mais antigo no Tribunal, que também exercerá as funções de relator e revisor. 
• As Primeiras Câmaras Cíveis Reunidas, com nove membros, serão compostas 
pelos membros da 1ª, 2ª e 5ª câmaras cíveis deste Tribunal; 
• As Segundas Câmaras Cíveis Reunidas, com nove membros, serão compostas 
pelos membros da 3ª, 4ª e 6ª câmaras cíveis deste Tribunal; 
 
 
 (IESES – 2009 – TJ-MA) 
São órgãos do Poder Judiciário estadual, com EXCEÇÃO DE: 
a) Juizados Especiais e Turmas Recursais. 
b) Tribunais do Júri e Juízes de Direito. 
c) Juízes de Paz e Conselho da Justiça Militar. 
d) Tribunal Regional Eleitoral e Juízes Eleitorais. 
Comentários 
A questão pede para assinalar a alternativa que não tem órgão da Justiça Estadual. 
Art. 16. São Órgãos do Poder Judiciário: 
I – Tribunal de Justiça; 
II – Juízes de Direito; 
III – Tribunal do Júri; 
IV – Juizados Especiais e Turmas Recursais; 
V – Conselho da Justiça Militar; 
VI – Juízes de Paz. 
Desta forma, vemos que apenas a LETRA D está errada. 
GABARITO: Letra D
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ÓRGÃO COMPOSIÇÃO QUÓRUM PRESIDÊNCIA JULGAMENTO 
Plenário Todos os Desembargadores (30) 
16 membros, incluído o 
presidente 
Presidente do TJ 
Maioria de votos, 
salvo os que 
exijam quórum 
especial 
Seção Cível 
Todos os membros das Câmaras 
Cíveis 
10 Membros, não 
incluído o presidente 
Vice-Presidente 
02 Câmaras Cíveis 
Reunidas (CCR) 
1ª CCR com 9 membros oriundos 
da 1ª, 2ª e 5ª câmaras cíveis 
isoladas 
6 membros CADA, 
incluído o presidente 
Desembargador 
+ antigo de 
cada uma 2ª CCR com 9 membros oriundos 
da 3ª, 4ª e 6ª câmaras cíveis 
isoladas 
01 Câmara 
Criminais Reunida 
Todos os membros das Câmaras 
Criminais 
05 membros, além do 
presidente 
Desembargador 
+ antigo 
Câmaras Isoladas 
São 6 Cíveis – 3 membros cada 
3 membros 
Em sistema de 
rodízio pelo 
Desembargador 
+ antigo por 1 
ano 
São 3 Criminais – 3 membros 
cada 
 
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 (CESPE – 2013 – TJ-MA - adaptada) 
Assinale a opção correta no que diz respeito à organização do TJMA. 
a) Em votação secreta, o plenário elegerá, por maioria dos seus membros efetivos, 
o presidente, o vice-presidente e o corregedor geral da justiça, entre seus juízes mais 
antigos, em número correspondente ao dos cargos de direção, para mandato de 
dois anos, permitida uma única reeleição para o mesmo período. 
b) O plenário dessa corte de justiça deve funcionar com a presença de, pelo menos, 
dezesseis desembargadores, incluído o presidente, sendo os julgamentos tomados 
por maioria de votos, salvo quórum especial. 
c) Os julgamentos das câmaras isoladas devem ser realizados por quatro 
desembargadores. 
d) Ao advogado nomeado desembargador deve-se computar, para efeito de 
aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício na advocacia, até o 
máximo de vinte anos. 
Comentários 
Vamos ponto a ponto: 
LETRA A – Errada. É vedada a reeleição. 
Art. 21 - Por maioria dos seus membros efetivos e por votação secreta, o Plenário 
elegerá o presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral da Justiça, na 
última sessão plenária do mês de dezembro, dos anos ímpares, dentre os seus 
juízes mais antigos, em número correspondente aos dos cargos de direção, para 
mandato de dois anos, proibida a reeleição. 
LETRA B – Correta. A assertiva apresenta a literalidade do Art. 22. 
Art. 22 - O Plenário funcionará com a presença, pelo menos, de dezesseis 
desembargadores, incluindo o presidente; e os seus julgamentos serão tomados 
por maioria de votos, salvo os casos que exijam quórum especial. 
LETRA C – Errada. Os julgamentos das Câmaras Isoladas serão realizados por três 
desembargadores. 
Art. 22. §2º. Os julgamentos das Câmaras Isoladas serão realizados por três 
desembargadores. 
LETRA D – Errada. Ao advogado nomeado Desembargador computar-se-á, para 
efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício na advocacia, até 
o máximo de 15 (quinze) anos. 
Art. 20. §3º Ao advogado nomeado Desembargador computar-se-á, para efeito 
de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício na advocacia, até o 
máximo de 15 (quinze) anos. 
GABARITO: Letra B 
 
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 (CESPE – 2013 – TJ-MA – adaptada) 
No que se refere à composição e ao funcionamento do TJMA, assinale a opção 
correta. 
a) Integram a referida corte três câmaras cíveis isoladas e três câmaras criminais 
isoladas, com competência cível e criminal, respectivamente, em grau de recurso 
contra decisões proferidas pelos juízos de primeiro grau. 
b) A seção cível será presidida pelo vice-presidente, que não exercerá as funções 
de relator e revisor. 
c) A primeira instância desse tribunal de justiça divide-se nas entrâncias inicial e final.d) O tribunal pleno é composto de vinte desembargadores, entre os mais antigos na 
carreira, além do presidente, do vice-presidente e do corregedor. 
Comentários 
Vamos ponto a ponto: 
LETRA A – Errada. As CÂMARAS ISOLADAS são em número de nove, divididas em três 
criminais e seis cíveis, compostas cada uma de três desembargadores, e presididas, 
em sistema de rodízio, a cada ano, pelo desembargador mais antigo na câmara, 
que também exercerá as funções de relator, revisor e vogal. 
LETRA B – Correta. A SEÇÃO CÍVEL será presidida pelo vice-presidente, que não 
exercerá as funções de relator e revisor. 
LETRA C – Errada. A primeira instância divide-se em entrâncias inicial, intermediária e 
final. 
LETRA D – Errada. O plenário é composto por todos os desembargadores (30), nele 
incluídos o Presidente, Vice-Presidente e Corregedor-Geral. 
GABARITO: Letra B 
 
 (IESES – 2009 – TJ-MA) 
O quórum mínimo para funcionamento do Plenário do Tribunal de Justiça é de: 
a) 21 (vinte e um) desembargadores. 
b) 12 (doze) desembargadores. 
c) 16 (dezesseis) desembargadores. 
d) 8 (oito) desembargadores. 
Comentários 
Art. 22 - O Plenário funcionará com a presença, pelo menos, de dezesseis 
desembargadores, incluindo o presidente; e os seus julgamentos serão tomados por 
maioria de votos, salvo os casos que exijam quórum especial. 
GABARITO: Letra C 
 
 
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DA COMPLEMENTAÇÃO DO QUÓRUM 
O quórum de julgamento é a quantidade mínima de membros presentes para 
instalação das sessões. 
Art. 25. Para composição de quórum de julgamento das CÂMARAS ISOLADAS OU 
REUNIDAS, nos casos de ausência, impedimento eventual ou afastamento por período 
inferior a trinta dias, o desembargador será substituído por membro de outra câmara, de 
preferência da mesma especialidade e na forma fixada no Regimento Interno (Art. 25) 
Parágrafo único. Quando o afastamento de membro de Câmara Isolada for por período 
igual ou superior a trinta dias, a substituição será feita por desembargador de outra 
Câmara de preferência da mesma especialidade. 
 
Olhando assim, parece que não tem diferença. Pelo texto do COJE, realmente não 
tem :p. Para entender, precisamos recorrer ao Regimento Interno. 
 
NO CASO DE AFASTAMENTO INFERIOR A 30 DIAS, assim dispõe o regimento interno: 
Art. 71. Para composição de quórum de julgamento das câmaras isoladas ou reunidas, nos casos 
de ausência, impedimento eventual ou afastamento a qualquer título por período inferior a trinta 
dias, o desembargador será substituído por membro de outra câmara, de preferência da mesma 
especialidade, na forma fixada neste Regimento 
§1º A convocação será feita pelo vice-presidente do Tribunal. 
§2º A convocação de membros das câmaras de outra especialidade só se dará se os 
desembargadores da mesma especialidade estiverem convocados, impedidos, suspeitos ou não 
estiverem disponíveis. 
§3º Quando se tratar de falta ou impedimento ocasional, ocorrido durante a sessão, a substituição 
far-se-á por qualquer desembargador de outra Câmara ou Seção, o qual funcionará como vogal. 
 
NO CASO DE AFASTAMENTO SUPERIOR A 30 DIAS, 
Art. 72. Afastado membro de câmara isolada por período igual ou superior a trinta dias, será 
substituído por desembargador de outra câmara, preferencialmente da mesma especialidade, 
devendo obedecer à ordem de antiguidade, excluindo-se os que já tenham exercido substituição 
por período não inferior a trinta dias no ano, salvo se não houver quem aceite a substituição 
(alterado pela Resolução nº 36/13). 
 
Em suma, temos o seguinte: 
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AFASTAMENTO DE 
DESEMBARGADOR DAS 
CÂMARAS 
- 30 DIAS
+ 30 DIAS
CONVOCA MEMBRO DE OUTRA CÂMARA, DE PREFERÊNCIA DA 
MESMA ESPECIALIDADE
A CONVOCAÇÃO É FEITA PELO VICE-PRESIDENTE
CONVOCA DE OUTRA ESPECIALIDADE SE OS DE MESMA 
ESTIVEREM IMPEDIDOS, SUSPEITOS OU INDISPONÍVEIS
QUANDO SE TRATAR DE FALTA OU IMPEDIMENTO OCASIONAL, 
OCORRIDO DURANTE A SESSÃO, A SUBSTITUIÇÃO FAR-SE-Á POR 
QUALQUER DESEMBARGADOR DE OUTRA CÂMARA OU SEÇÃO, 
O QUAL FUNCIONARÁ COMO VOGAL 
CONVOCA MEMBRO DE OUTRA CÂMARA, DE PREFERÊNCIA DA 
MESMA ESPECIALIDADE
EXCLUI-SE OS QUE JÁ TENHAM EXERCIDO SUBSTITUIÇÃO POR 
PERÍODO NÃO INFERIOR A TRINTA DIAS NO ANO, SALVO SE 
NÃO HOUVER QUEM ACEITE A SUBSTITUIÇÃO 
DEVE-SE OBEDECER A ORDEM DE ANTIGUIDADE
 
Quando por impedimento, suspeição ou ausência eventual de desembargador, não 
for possível atingir o quórum para julgamento no Plenário, nas Câmaras Reunidas e nas 
Câmaras Isoladas, e, no caso das Câmaras Reunidas e das Câmaras Isoladas não for 
possível proceder-se à substituição na forma acima, serão convocados juízes de 
direito. 
A convocação será feita por sorteio dentre os juízes de direito de entrância final, não 
podendo dele participar os já sorteados no ano, os que estejam respondendo ao 
procedimento para perda do cargo previsto no art. 27 da Lei Orgânica da Magistratura 
Nacional ou que tenham sido punidos com as penas previstas no art. 42, I, II, III e IV, da 
mesma Lei. 
Art. 42 - São penas disciplinares: 
I - advertência; 
II - censura; 
III - remoção compulsória; 
IV - disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço; 
 
E o desembargador ou substituto ganha alguma coisa? 
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Aa redistribuição de feitos, a substituição nos casos de ausência ou impedimento 
eventual e a convocação para completar quórum de julgamento, não autorizam a 
concessão de qualquer vantagem. 
 
 
 
DAS SUBSTITUIÇÕES 
Em casos de licenças, férias, faltas ou impedimentos, os presidentes dos órgãos serão 
substituídos da seguinte forma: 
ÓRGÃO MEMBRO SUBSTITUTO 
Plenário 
Presidente Vice-Presidente 
Vice-presidente Desembargador + antigo 
Seção Cível 
Presidente 
Desembargador mais antigo 
presente à sessão e que seja 
membro dessa Câmara 
Câmaras Cíveis Reunidas 
Câmaras Criminais Reunidas 
Câmaras Isoladas 
 
Salvo motivo de saúde ou outro de força maior, a critério da Presidência, não serão 
autorizados afastamentos simultâneos de integrantes da mesma Câmara Isolada. Não 
havendo entendimento prévio entre os interessados para evitar a coincidência, o 
presidente do Tribunal decidirá sobre o afastamento. 
 
SUBSTITUIÇÃO DO RELATOR 
Antes de falar sobre a substituição do Relator, me deixe falar um pouco sobre sua 
atividade. 
Antes de vermos a substituição do Relator, permita-me falar um pouco sobre o trabalho 
dele que, em síntese, é relatar um determinado processo judicial para seus colegas do 
colegiado. 
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Um processo quando chega ao Tribunal será distribuído a um de seus órgãos..... 
REGIMENTO INTERNO 
Art. 240. A distribuição dos processos de competência do Tribunal far-se-á, obedecendo aos 
princípios de publicidade e alternatividade, pelo sistema de sorteio eletrônico, [...] 
 
.... e um dos respectivos membros será sorteado como Relator do processo. 
REGIMENTO INTERNO 
Art. 258. Todos os feitos processados no Tribunal terão um relator, sorteado [...] 
Isso significa que ele será o primeiro Desembargador a analisar aquele processo e fará 
um relatório (tipo um esboço do acórdão da decisão).

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