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Livro Eletrônico Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital Tiago Zanolla 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 1 92 PODER JUDICIÁRIO Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão AULA 01 CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO (ARTS. 1º A 28) Considerações Iniciais ........................................................................................... 2 Da Divisão Judiciária .................................................................................................... 3 Juízes de Direito .....................................................................................................................................19 Da Organização Judiciária .......................................................................................... 23 Do Tribunal de Justiça - Sede, Jurisdição e Composição .......................................................................23 Cúpula Diretiva.......................................................................................................................................29 Do Funcionamento do Tribunal .............................................................................................................32 Da Complementação do Quórum ..........................................................................................................37 Das Substituições ...................................................................................................................................39 Substituição do Relator ..........................................................................................................................39 Das Sessões ............................................................................................................................................42 Das Disposições Preliminares ..................................................................................... 43 Questões .................................................................................................................... 49 Questões Propostas ...............................................................................................................................50 Gabaritos ...............................................................................................................................................64 Questões Comentadas ...........................................................................................................................65 Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 2 92 CONSIDERAÇÕES INICIAIS É uma imensa satisfação saber que você aprovou nosso curso e assim recebê-lo em nossa aula 01. Certamente você fez a escolha certa! Isso será perceptível no decorrer das aulas, na medida em que formos desenvolvendo os assuntos. Assim, nós assumimos com você o compromisso de possibilitar uma preparação sólida, por meio de um material de alto nível e 100% focado em seu concurso. Não espere nada menos do que o nosso melhor! Para deixar nossa aula mais objetiva, mais produtiva e menos “enrolativa”, não vou ficar alongando naquilo que é desnecessário para o curso de legislação. Isso seria extremamente contraproducente. Explico. Nós veremos muitos, mas muitos conceitos da área do direito processual. Por mais que eu gostaria de detalhar cada um, seria inútil para fins de concurso público e estaríamos lhe vendendo um curso sem muita utilidade para sua prova. Para nosso nível de questões (que não é magistratura), o examinador vai cobrar o rito, estrutura e quem faz o que, e não o significado. Talvez, nas questões de direito processual, o examinador cobre alguma coisa aprofundada, mas, acredite, para a prova de LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA (nossa matéria ☺), você nem precisa saber o que é um habeas corpus, ação monitória ou o significado do vasto número de competências. Para entender isso por completo, seria necessário um bom e extenso curso de direito (possivelmente vários meses de estudo). Outro ponto é que não trataremos todos os itens da lei. Dá uma olhada no artigo abaixo: §7º Cada município corresponde a um termo judiciário, cuja denominação será a mesma daquele. Você acha que isso cai? Não cai, DESPENCA em prova!! Agora, olhem o item seguinte: "Art. 13-E - Na Comarca de Pinheiro, os serviços judiciários serão distribuídos da seguinte forma: I - 1ª Vara: Cível. Comércio. Fazenda Estadual, Fazenda Municipal e Saúde Pública. Registros Públicos. Ações do art. 129, inciso II, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Improbidade administrativa; Esse tipo de coisa não costuma ser cobrado (nunca vi). Assim, vamos trabalhar de forma mais direta, sistematizando o código. Presumo, assim, que nosso curso será mais didático e produtivo. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 3 92 DA DIVISÃO JUDICIÁRIA A Lei Complementar n.º 14/1991 dispõe sobre a organização judiciária do Estado do Maranhão, compreendendo a estrutura e o funcionamento do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares, observados os princípios definidos nas Constituições Federal e Estadual. Art. 1º Este Código regula a Divisão e a Organização Judiciária do Estado do Maranhão, compreendendo a constituição, estrutura, atribuições e competência dos Tribunais, Juízes e Serviços Auxiliares da Justiça. A divisão judiciária, portanto, compreende a criação, a alteração e a extinção de unidades judiciárias, sua classificação e agrupamento. E o que isso quer dizer? CRIAÇÃO - Existem requisitos mínimos para a criação de vara judicial ou de comarca; ALTERAÇÃO - O Judiciário é mutável, está em constante alteração. A população cresce, as cidades crescem e, naturalmente, a demanda pelo judiciário também. Por isso, o CODJ traça requisitos para a alteração da organização judiciária; EXTINÇÃO - Assim como as cidades crescem, elas podem diminuir. Imagine uma cidade que vive do garimpo e, de repente, a mina é fechada. Haverá um êxodo da população. A cidade que tinha antes, por exemplo, 50 mil habitantes, passa a ter 20 mil. Naturalmente, a estrutura do judiciário para atender uma população de 20 mil habitantes é diferente da de 50 mil. Por isso, as unidades judiciárias e comarcas podem ser extintas1. CLASSIFICAÇÃO - As comarcas são classificadas de acordo com o movimento forense, densidade demográfica, rendas públicas, meios de transporte, situação geográfica, extensão territorial e outros fatores de relevância; AGRUPAMENTO - Diz respeito à junção de duas ou mais unidades judiciárias em virtude do movimento forense não comportar unidade autônoma. 1 Resolução n. 184/2013 do CNJ. Art. 9º Os tribunais devem adotar providências necessárias para extinção, transformação ou transferência de unidades judiciárias e/ou comarcas com distribuição processual inferior a 50% da média de casos novos por magistrado do respectivo tribunal, no último triênio. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 4 92 Se pudéssemos definir em termos simples, a divisão judiciária divide o território do Estado (ah vá!) e limita a atuação de cada magistrado aquele espaço geográfico (limita a competência). Mister destacar, conforme previsão constitucional, a alteração da organização judiciária do estado é de competência PRIVATIVA do Judiciário. Art. 96. Compete privativamente: I - aos tribunais: a) elegerseus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; d) propor a criação de novas varas judiciárias; Nesse caso, havendo necessidade, o Tribunal de Justiça fará a proposta de lei, por meio do Plenário e encaminhará DIRETAMENTE ao Poder Legislativo (ou seja, não precisa de aval do Executivo ou qualquer outro órgão ou entidade). Isso ocorre porque o Judiciária tem autonomia administrativa, financeira e funcional. Art. 29. São atribuições do Tribunal de Justiça: I – propor ao Poder Legislativo alteração do Código da Divisão e Organização Judiciárias do Estado; Portanto, ALTERAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO JUDICIÁRIO ENCAMINHA PROJETO DE LEI DIRETAMENTE AO LEGISLATIVO E como o Judiciário Maranhense se divide? A resposta está no artigo abaixo: Art. 6º O território do Estado, para os efeitos da administração da Justiça Comum, divide- se em comarcas, termos judiciários e zonas judiciárias. Tem bastante coisa para falar sobre esse artigo. Em primeiro lugar, o fracionamento é unicamente para fins de administração da Justiça. O Poder Judiciário é apenas um, formando uma só circunscrição2 judiciária para os atos de competência do Poder Judiciário. Assim, a manifestação de um 2 CIRCUNSCRIÇÃO – Divisão territorial para fins administrativos. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 5 92 membro (Juiz ou Desembargador) em um processo, por exemplo, representa a vontade do Judiciário enquanto instituição e não a vontade de cada Magistrado. Em segundo lugar, cada município corresponde a um termo judiciário, cuja denominação será a mesma daquele. A comarca pode ser constituída por mais de um termo judiciário, terá a denominação daquele que lhe servir de sede. As zonas judiciárias, numeradas ordinalmente, são constituídas de quatro unidades jurisdicionais do interior e destinadas à designação dos juízes de direito substitutos de entrância inicial. E o que são unidades jurisdicionais? Art. 6º- São unidades jurisdicionais de 1º Grau, as varas de uma comarca, as comarcas de vara única e os juizados especiais, sendo todas as unidades jurisdicionais, com os respectivos cargos de juízes de direito titulares e os servidores necessários, criadas por lei. Vamos lá! Quando você vai ao fórum, pode observar diversas varas judiciais. A depender de onde você mora, uma vara também pode ser chamada de cartório ou de secretaria (igual aqui no Paraná). A vara é a menor divisão judiciária e é o local em que muito possivelmente você irá trabalhar. Essa vara tem um Juiz e a atuação dele se limita à competência da respectiva vara. Não pode ele, por exemplo, se meter em feitos tramitando em outra Vara. Cada VARA JUDICIAL do interior é denominada de UNIDADE JURISDICIONAL DE 1º GRAU. Quando unimos todas as unidades jurisdicionais de um município, elas formam um TERMO JUDICIÁRIO, que corresponde ao próprio município. Dependendo do tamanho do município, este pode ser uma COMARCA ou, em alguns casos, a união de dois ou mais termos formam uma COMARCA. Também sabemos que não necessariamente cada município é uma comarca instalada. Podemos ter, por exemplo, agrupamento de municípios e estes formam uma Comarca, a qual receberá o nome do município-sede (em regra, a maior cidade dentre as agrupadas). Os municípios que não forem sedes de comarcas serão qualificados como TERMOS JUDICIÁRIOS. E quanto as ZONAS JUDICIÁRIAS? Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 6 92 As zonas judiciárias, numeradas ordinalmente, são constituídas de quatro unidades jurisdicionais do interior e destinadas à designação dos juízes de direito substitutos de entrância inicial. Por exemplo, uma Comarca “x” tem 12 varas judiciais. Nesse caso, teremos três zonas judiciárias, pois é uma a cada quatro unidades jurisdicionais. Isso serve para a lotação dos juízes substitutos de entrância inicial. Tudo certo? Podemos continuar? Antes, todavia, anote: DIVISÃO JUDICIÁRIA COMARCAS TERMOS JUDICIÁRIOS ZONAS JUDICIÁRIA A COMARCA PODE SER CONSTITUÍDA POR MAIS DE UM TERMO JUDICIÁRIO, TERÁ A DENOMINAÇÃO DAQUELE QUE LHE SERVIR DE SEDE CADA MUNICÍPIO CORRESPONDE A UM TERMO JUDICIÁRIO TENDO A DENOMINAÇÃO DAQUELE CONSTITUÍDAS DE 4 UNIDADES JURISDICIONAIS DO INTERIOR E DESTINADAS À DESIGNAÇÃO DOS JUÍZES DE DIREITO SUBSTITUTOS DE ENTRÂNCIA INICIAL. As comarcas são classificadas pelo Tribunal de Justiça, por maioria absoluta de seus membros em três entrâncias sendo: COMARCAS ENTRÂNCIA INICIAL ENTRÂNCIA INTERMEDIÁRIA ENTRÂNCIA FINAL COMARCAS COM UM ÚNICO JUIZ (JUÍZO ÚNICO) COMARCAS COM MAIS DE UM JUIZ COMARCAS COM MAIS DE UM JUIZ E MAIS DE 200.000 ELEITORES NO TERMO SEDE DA COMARCA Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 7 92 Além dessa divisão, a Corregedoria-Geral de Justiça, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo COJE, divide as Comarcas do Estado em POLOS. PROVIMENTO N. 43/2018 Art. 1º Dividir as Comarcas do Estado do Maranhão em 12 (doze) Polos, assim dispostos: Apesar dessa importante divisão, o Código de Organização (COJE) não dispõe acerca dos polos. NOTA 1 – Quando a norma falar em manifestação do Tribunal de Justiça com letras maiúsculas, está se referindo aos Desembargadores. NOTA 2 - A maioria absoluta representa, atualmente, 16 Desembargadores (metade de 30 + 1). NOTA 3 - A classificação das comarcas em entrâncias não importa em diversidade de atribuições e competências, mas visam exclusivamente à ordem das nomeações, das promoções, do acesso e da fixação dos vencimentos dos respectivos juízes. NOTA 4: Não confunda entrância com instância (em caso de dúvidas, volte na aula 00). NOTA 5: Os juízes também são classificados por entrância: • Juiz de Direito de Entrância Inicial; • Juiz de Direito de Entrância Intermediária; • Juiz de Direito de Entrância Final. Os subsídios dos Juízes de Direito serão fixados com a diferença de 5% de uma para outra entrância. Destaco que modificação de entrância da Comarca, não importa em promoção ou disponibilidade do Juiz, que nela permanecerá com os mesmos vencimentos, até ser promovido ou removido. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 8 92 (IESES – 2016 – TJ-MA) O território do Estado do Maranhão, para os efeitos da administração da Justiça Comum, divide-se em: a) Comarcas, termos judiciários e seções judiciárias. b) Jurisdições, termos judiciários e zonas judiciárias. c) Comarcas, termos judiciários e zonas judiciárias. d) Comarcas e seções judiciárias. Comentários Art. 6º O território do Estado, para os efeitos da administração da Justiça Comum, divide-se em comarcas, termos judiciários e zonas judiciárias. GABARITO: Letra C (IESES – 2016 – TJ-MA) No Estado do Maranhão a Justiça Comum considera como comarcas de entrância final: a) As comarcas com apenas um juize menos de duzentos mil eleitores no termo sede da comarca. b) As comarcas com mais de um juiz e mais de cinquenta mil eleitores no termo sede da comarca. c) As comarcas com mais de um juiz e mais de cem mil eleitores no termo sede da comarca. d) As comarcas com mais de um juiz e mais de duzentos mil eleitores no termo sede da comarca. Comentários O fundamento está lá no art. 6º: Art. 6º §2º As comarcas, divididas em três entrâncias, inicial, intermediária e final, serão classificadas pelo Tribunal de Justiça, por maioria absoluta de seus membros, nos termos desta Lei, obedecendo aos seguintes critérios: I – comarcas de entrância inicial: as comarcas com um único juiz; II – comarcas de entrância intermediária: as comarcas com mais de um juiz; III – comarcas de entrância final: as comarcas com mais de um juiz e mais de duzentos mil eleitores no termo sede da comarca. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 9 92 GABARITO: Letra D A criação de uma nova Comarca depende de lei e obedecerá a fatores objetivos: §4º A criação de novas comarcas dependerá da ocorrência dos seguintes requisitos: I – população mínima de vinte mil habitantes e cinco mil eleitores no termo judiciário que servirá de sede; II – audiência prévia da Corregedoria Geral da Justiça. §5º O Tribunal estabelecerá os requisitos mínimos necessários à instalação e elevação de comarcas, bem como à criação de novas varas. §6º O Tribunal, em decisão motivada e por maioria absoluta de seus membros, poderá dispensar os requisitos exigidos nos parágrafos 4º e 5º, deste artigo, quando assim o recomendar o interesse da Justiça. No caso da IMPLANTAÇÃO E INSTALAÇÃO DE COMARCA NOVA, o Tribunal de Justiça, após atendidos os requisitos mínimos e após a deliberação do Tribunal Pleno, providenciará o envio de projeto de lei à Assembleia Legislativa, do qual deverá constar, também, a proposta de criação dos cargos necessários para prover o juízo a ser implantado, e dos respectivos ofícios extrajudiciais. OBS: Aprovada pelo Plenário, o Tribunal encaminhará a proposta diretamente ao Poder Legislativo a (não precisa passar pelo Executivo, inicialmente); E no caso de uma comarca já instalada? Ela pode ser reclassificada? Pode sim! Nessa hipótese, cabe ao Presidente do TJ submeter ao Plenário para deliberação. Art. 6º §3º Sempre que uma comarca alterar o seu número de juízes ou alterar o número de eleitores, o Presidente do Tribunal submeterá ao Plenário, se for o caso, a nova classificação dessa comarca. IMPORTANTE! Nem toda comarca criada é instalada. O primeiro passo para a instalação de uma comarca é sua CRIAÇÃO POR LEI. Após “existir” no mundo jurídico, ainda é necessária a INSTALAÇÃO (prédio, servidores, sessão de instalação etc.). Enquanto não instalada a comarca criada, a competência permanecerá com as comarcas das quais foram desmembrados os termos judiciários da nova comarca. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 10 92 Vamos pegar o exemplo da Comarca de Vargem Grande que tem como Termos Nina Rodrigues e Presidente Vargas. Se o Tribunal decidir desmembrar o termo de Presidente Vargas e transformá-lo em Comarca, a presente lei precisa ser modificada. Uma vez alterada a lei, a Comarca de Presidente Vargas existe, mas ainda não está instalada. Até que o seja, os serviços continuam na comarca de Vargem Grande. A mesma coisa acontece quando da criação de uma nova vara judicial. §1º Alterada a competência de uma vara pela criação de nova vara e enquanto não for esta instalada, permanecerá a competência fixada na lei anterior. Nessa hipótese, quando da instalação da 2ª Vara em uma comarca, o juiz titular da unidade jurisdicional fará opção para em qual das duas varas será titularizado. A que restar, será provida por antiguidade ou merecimento. § 3º - Quando da instalação de uma vara com competência exclusiva para determinada matéria e essa competência esteja sendo retirada de outra unidade jurisdicional, também com competência exclusiva da matéria, será facultado ao juiz da unidade anterior fazer opção pela nova vara, antes da apreciação dos pedidos de remoção. O artigo 15 vai tratar de regras a serem observadas em TODAS AS COMARCAS. Art. 15. Em todas as comarcas serão obedecidas as seguintes regras: I – nos feitos comuns a duas ou mais varas, a competência dos juízes será fixada por distribuição; A distribuição é procedimento que possui a finalidade de distribuir os diversos feitos que chegam à comarca entre as varas que a compõem. Vamos olhar o Código de Processo Civil: Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz. Art. 285. A distribuição, que poderá ser eletrônica, será alternada e aleatória, obedecendo-se rigorosa igualdade. Todavia, a tarefa do distribuidor não é sair arremessando processos caoticamente pelas Varas. E aqui vai mais uma historinha. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 11 92 Tenho certeza de que você já leu algum texto na vida. Agora, por acaso, já se viu em uma discussão onde você e outra pessoa, que leu o mesmo texto que você, chegaram a conclusões diversas sobre aquilo que estava escrito? E pior: nenhum dos dois estava errado. O que há no caso são interpretações diferentes do texto. E leis também são textos, lidas por Juízes e aplicadas ao caso concreto. E Juízes podem ter diferentes visões sobre o mesmo fato. Por esta razão, alguma parte mal intencionada, sabendo que a visão de determinado Magistrado lhe é favorável, pode ter a intenção de guiar a distribuição, fazendo com que o processo chegue a um Juiz específico, ou evitando outro Juiz, cujo entendimento sobre o assunto é contrário ao desejado pela parte. E aqui chegamos onde eu queria chegar: para evitar a situação narrada acima, existem regras de distribuição dos feitos, cuja função principal, além de garantir a correta divisão de trabalho entre Magistrados, é garantir que as partes não saibam para qual Juiz o processo será distribuído. Quando ela souber, aquele Juízo já será prevento (será o Juiz designado para aquele processo), e não haverá nada que a parte possa fazer, a não ser aceitar o julgamento daquele Juiz :P. II – havendo impedimento ou suspeição do juiz, será o feito redistribuído, mediante posterior compensação; salvo em não havendo outra unidade jurisdicional na comarca com a mesma competência, quando então será designado outro juiz de direito pelo corregedor-geral da Justiça, para presidi-lo; III – nos casos de falta ou impedimento dos titulares da comarca, sua competência será prorrogada, quanto a todos os feitos, ao juiz de direito designado pelo corregedor-geral da Justiça; O CPC traz diversas hipóteses sobre o impedimento e suspeição do Juiz. Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV - quando for parte noprocesso ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 12 92 VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. Art. 145. Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. As regras de impedimento e suspeição tem como finalidade preservar a imparcialidade do julgador. Imagine um juiz conduzindo um processo em que seu irmão é réu.... O que é mais explorado em provas de legislação é do parentesco. Os graus parentesco são contados a cada vínculo, por exemplo, pai e filho é primeiro grau, agora, avô e neto é segundo grau. Olhe a tabela abaixo: Pense na tabela como um jogo de tabuleiro. A cada casa, se conta um grau de parentesco. Assim, entre você e seu pai, anda-se somente uma casa. Tem-se, portanto, parentes de primeiro grau. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 13 92 Parentes consanguíneos - são aqueles em que há laço de sangue e podem ser em linha reta ou colateral. o Em linha reta os ascendentes são pais, avós, bisavós etc. Já os descendentes seu filho seu neto bisneto e assim por diante. o Os parentes em linha colateral são aqueles descendentes dos seus parentes em linha reta, assim temos os seus irmãos, o seu tio, seu primo etc. Parentes por afinidade – São aqueles adquiridos em razão do matrimônio. Veja, não há grau de parentesco entre você e o seu cônjuge, o que existe é uma relação conjugal. Assim, temos com os parentes por afinidade sobre sua sogra, cunhados e assim por diante. Note que seu sogro está para você como o seu pai está para você. Também, seus cunhados estão como para você como seus irmãos estão. Na prática, SOGRO=PAI; CUNHADO=IRMÃO e assim sucessivamente. ATENÇÃO: primos são parentes de 4ª grau. Portanto, não há impedimentos. (CESPE – 2017 – TRE-TO - adaptada) Valter, juiz do Poder Judiciário, é sogro de Josué, é sobrinho de Lucas (Lucas é irmão da mãe de Valter) e é primo de Joaquim (Joaquim é filho de Lucas). Nessa situação hipotética, Valter poderá julgar quando for parte no processo. a) Joaquim. b) Josué. c) Joaquim e Lucas. d) Lucas e Josué. e) Lucas. Comentários Sabemos que a Lei veda até o terceiro grau, por isso, precisamos organizar as informações trazidas pela questão: Valter, é sogro de Josué, é sobrinho de Lucas (Lucas é irmão da mãe de Valter) e é primo de Joaquim (Joaquim é filho de Lucas). Assim, • Valter, é sogro de Josué ==> Parentes de PRIMEIRO grau; • Valter é sobrinho de Lucas ==> Parentes de TERCEIRO grau Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 14 92 • Lucas é irmão da mãe de Valter ==> Lucas e Valter são parentes de TERCEIRO grau; • Valter é Primo de Joaquim ==> Parentes de QUARTO grau; • Joaquim é filho de Lucas ==> Joaquim e Lucas são parentes de PRIMEIRO grau; Nessa situação hipotética, Valter poderá julgar quando for parte no processo somente Joaquim, pois são parentes de quarto grau e a vedação atinge parentes até o terceiro grau. GABARITO: LETRA A. Dica do Professor! Utilize um leitor de QR CODE no seu smartphone e assista ao vídeo explicando um pouco mais sobre os Graus de Parentesco Avante! VI – As atribuições de juiz do Juizado Especial da Fazenda Pública previstas na Lei 12.153, de 22 de dezembro de 2009, nas comarcas onde não exista Juizado Especial da Fazenda Pública, serão exercidas pelo juiz da Vara da Fazenda Pública; Inicialmente, foram criados os Juizados especiais Cíveis e Criminais pela lei n. 9.099/95. Em 2009, por meio da lei n. 12.153, foram instituídos os juizados especiais da fazenda pública. Em muitas comarcas, você encontrar as unidades judiciais como “Juizado Especial Cível, Criminal e da Fazenda Pública”, todavia, em outros não. São nesses em que não exista o Juizado da Fazenda que as competências serão exercidas pelo Juiz da Vara da Fazenda Pública. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 15 92 E qual a diferença de um para o outro? Assim como nos juizados cíveis3, há limite de valor para a tramitação: Lei n. 12.153/2009 Art. 2o É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. X – As cartas deprecadas às comarcas com mais de uma vara serão distribuídas de acordo com as competências de cada unidade jurisdicional, salvo disposição em contrário deste Código. Parágrafo único. Aos magistrados com jurisdição plena em mais de uma unidade jurisdicional ou acumulando turma recursal, será atribuído um décimo do subsídio de seu cargo, correspondente aos dias trabalhados. E, em sendo acumulada mais de duas unidades, além da qual é titular, o valor único a ser acrescido será de quinze por cento do subsídio. A “carta” supramencionada é a carta precatória. Imagine que Dart Veiderson, conhecido como Dartinho, cometa um homicídio em Açailândia. Objetivando “fugir” da Justiça, ele se muda para Montes Altos, achando que não será encontrado. O processo será ajuizado no foro em que o crime ocorreu (Açailândia). Durante a análise do Ministério Público, apurou-se que “Dartinho” tinha novo endereço em novo município Nessa hipótese, como o ato processual precisa ser praticado fora da jurisdição do juízo originário, é expedida uma carta precatória, uma vez que cada Juiz tem, em regra, como limites de atuação os limites territoriais de sua comarca. A carta precatória é um instrumento utilizado para requisitar a outro juiz o cumprimento de algum ato necessário ao andamento do processo, em razão do requerido estar em outra área territorial. É por meio da Carta Precatória que os atos processuais são repassados de uma cidade à outra. Assim, é solicitado sua citação em Montes Altos (juízo de destino). 3 Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor não excedaa quarenta vezes o salário mínimo; II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; III - a ação de despejo para uso próprio; IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 16 92 Tem alguns “termos” que você precisa conhecer. Uma vez cumprida a precatória, os autos retornam ao deprecante para a continuidade do ato. Sempre que for entre Juízos dentro do Brasil, expediremos uma carta precatória. A carta rogatória é expedida quando precisamos que um ato ou termo judicial em outro país. A título de curiosidade, a rogatória é ativa quando é expedida por autoridade judiciária brasileira e passiva, quando expedida por autoridade judiciária estrangeira para realização de diligência no Brasil. Dica do Professor! Utilize um leitor de QR CODE no seu smartphone e assista ao vídeo explicando um pouco mais sobre as Cartas. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 17 92 O restante dos itens trata da execução penal e das medidas socioeducativas. Itens que tem baixíssima probabilidade de cobrança. IV - as varas de execução penal terão competência para o processamento dos feitos referentes aos sentenciados que estejam cumprindo penas em estabelecimentos prisionais ou penas e medidas alternativas em instituições públicas ou privadas localizadas na área de sua jurisdição, bem como, suspensão condicional do processo, transação penal ou medidas cautelares alternativas à prisão de réu domiciliado na sua comarca, ainda que as guias de recolhimento para execução sejam oriundas de outra comarca ou unidade da Federação; V – Para cumprimento do disposto na parte final do inciso anterior, o juiz criminal ou da execução penal que, por qualquer motivo, transfira de sua jurisdição o sentenciado encaminhará obrigatoriamente a respectiva guia de recolhimento para execução ao juízo competente; VII – é competente para execução da medida socioeducativa o Juízo da Infância e Juventude com competência em matéria de ato infracional da comarca onde estiver situada a unidade de atendimento responsável pelo cumprimento da medida aplicada; VIII – ao aplicar a medida socioeducativa, em sendo o caso, o juiz determinará a expedição da guia de cumprimento, formalizando o processo de execução com os documentos necessários e, ainda, proceder, se for o caso, à unificação das medidas, além de, em seguida, encaminhar os autos respectivos ao juízo competente para a execução, determinando o arquivamento provisório da representação por ato infracional; IX – em sendo imposta nova medida ao sócio educando que tenha processo de execução, compete ao juízo da execução a unificação, devendo ser encaminhado a ele pelo juízo que aplicou a nova medida a devida guia de cumprimento para tal providência; Na sequência, vamos analisar os artigos 15-A e 15-B. O 15-A tem um fato curioso. É indicado que sua inclusão foi pela LC 96/2006. Todavia, pesquisamos e a LC 96 não fala nada disso. Aliás, vasculhamos lei a lei e não encontramos a lei que incluiu o presente dispositivo. Vamos falar dele? Vamos sim, porque é uma competência que os Tribunais têm em comum. Art. 15-A. O Tribunal de Justiça, por maioria absoluta de seus membros, poderá, por meio de resolução, alterar a denominação e a competência de varas, com a consequente redistribuição dos feitos. (Redação conforme LC nº 096, de 05.07.2006) Parágrafo único. O disposto neste artigo somente será aplicado nas varas que se encontrem vagas.6 (Redação conforme LC nº 096, de 05.07.2006) Digamos que na comarca ABC existam 5 unidades judiciais, sendo: • 01 Vara Criminal; • 02 Varas Cíveis; • 01 Vara de Família, Sucessões e Acidentes de Trabalho (sim, os processos de acidentes de trabalho tramitam no judiciário estadual); Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 18 92 • 01 Juizado Especial; O Tribunal pode, por RESOLUÇÃO, alterar a competência das varas e, por exemplo, passar a competência de “acidentes de trabalho” para uma das Varas cíveis. Os feitos, então, referentes a acidentes de trabalho, devem ser REDISTRIBUÍDOS a nova vara competente. Note que o Tribunal pode, por RESOLUÇÃO, apenas ALTERAR A DENOMINAÇÃO e a COMPETÊNCIA. Não pode, por exemplo, criar uma vara nova. Ainda, algumas notas sobre o item acima: • A referência ao Tribunal de Justiça com letras maiúsculas indica manifestação do Plenário; • A maioria absoluta indica metade do total de membros + um. Atualmente esse número corresponde a 16 Desembargadores. É importante diferenciar as maiorias para não cair em pegadinhas. Maioria Simples (ou relativa) O número inteiro imediatamente superior à metade dos membros presentes na sessão; Maioria Absoluta O número inteiro imediatamente superior à metade do total dos membros do Tribunal em condições legais de votar; Dois terços O número inteiro que corresponda a duas terças partes ou que lhe seja, havendo fração, imediatamente superior, considerada a totalidade dos membros do Tribunal em condições legais de votar. Também, pelo mesmo procedimento, o Tribunal pode agregar uma comarca deficitária à outra comarca (o COJE não estabelece o que é uma comarca deficitária). Art. 15-B - O Tribunal de Justiça, por maioria absoluta de seus membros, por meio de resolução, poderá agregar uma comarca vaga deficitária à outra comarca. § 1º - Os critérios para definição de uma comarca como deficitária serão estabelecidos pelo Plenário, em resolução, aprovada por maioria absoluta de seus membros. § 2º - Os servidores da comarca agregada serão removidos para outras unidades judiciárias de acordo com a necessidade da Administração. Em havendo desagregação, os servidores removidos poderão retornar à comarca de origem. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 19 92 JUÍZES DE DIREITO Para fins de administração da Justiça de 1º Grau, as comarcas contarão com o seguinte número de juízes de direito (Art. 7º): JUÍZES COMARCAS 143 Juízes Comarca da Ilha de São Luís (101 titulares e 42 auxiliares) 25 Juízes Comarca de Imperatriz 10 Juízes Comarca de Timon 08 Juízes Comarca de Açailândia 07 Juízes Comarca de Caxias 06 Juízes Comarcas de Bacabal 05 Juízes cada Balsas, Pedreiras e Santa Inês 04 Juízes cada Comarcas de Codó e Pinheiro 03 Juízes cada Comarcas de Barra do Corda, Chapadinha, Itapecuru- Mirim, Lago da Pedra 02 Juízes cada Comarcas de Araioses, Barreirinhas, Brejo, Buriticupu, Coelho Neto, Colinas, Coroatá, Estreito, Grajaú, João Lisboa, Maracaçumé, Porto Franco, Presidente Dutra, Rosário, Santa Helena, Santa Luzia, São Domingos do Maranhão, Tuntum, Vargem Grande, Viana, Vitorino Freire e Zé Doca 01 Juiz Demais comarcas COMARCA DE SÃO LUÍS A comarca da capital, por sua importância, pode ser objeto de cobrança. A Comarca da Ilha de São Luís é composta pelos municípios de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. Cada termo judiciário terá um fórum próprio, com seus juízes titulares e unidades jurisdicionais, distribuídos da seguinte forma: Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA(Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 20 92 COMARCA DE SÃO LUÍS TERMO JUDICIÁRIO DE SÃO LUÍS TERMO JUDICIÁRIO DE SÃO JOSÉ DO RIBAMAR TERMO JUDICIÁRIO DE PAÇO DO LUMIAR 88 JUÍZES DE DIREITO TITULARES 08 JUÍZES TITULARES 4 JUÍZES TITULARES TERMO JUDICIÁRIO DE RAPOSA 01 JUIZ TITULAR §3º Os juízes de direito auxiliares de entrância final terão jurisdição em toda a Comarca da Ilha de São Luís, conforme designação do corregedor-geral da Justiça. Os juízes de direito auxiliares têm as seguintes atribuições: • Jurisdicionar cumulativamente com o titular na Comarca da Ilha de São Luís quando designados pelo corregedor-geral da Justiça; • Substituir os titulares nas varas da Comarca da Ilha de São Luís, nos casos de impedimento eventual, férias, licenças ou vacâncias; • Jurisdicionar, com os titulares, o serviço de plantão da Comarca da Ilha de São Luís; • Realizar outras atividades judicantes e proceder a correições, sindicâncias e a inquéritos administrativos, quando designados pelo corregedor-geral da Justiça; §4º O plantão judiciário noturno, de feriados e finais de semana será realizado no Fórum do Município de São Luís, dele participando todos os juízes auxiliares e titulares da Comarca da Ilha de São Luís. O Judiciário está 24 horas por dia à disposição da população para garantir a possibilidade de busca de direitos considerados urgentes. Fora dos horários de expediente normal (à noite ou em feriados e fins de semana) estão à disposição para encaminhar a petições urgentes magistrados e servidores de plantão. No plantão jurisdicional serão analisados feitos com caráter de urgência, de matéria criminal ou cível, de Direto Privado ou de Direito Público, que, sob pena de prejuízo grave ou de difícil reparação, tiverem de ser apreciados de imediato, inadiavelmente, no expediente excepcional. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 21 92 Caberá ao magistrado plantonista avaliar a admissibilidade da utilização do plantão jurisdicional, tendo em vista a apuração estrita da urgência que o caso oferece, de modo a justificar a necessidade de provisão jurisdicional imediata e extraordinária. Se o magistrado plantonista entender que não há urgência ou que o aguardo para distribuição normal não causará prejuízo, remeterá a medida para distribuição normal, via decisão. O art. 9º trata da distribuição de serviços do Termo Judiciário e São Luís. Art. 9º. Os serviços judiciários do Termo Judiciário de São Luís serão distribuídos da seguinte forma: I – 1ª Vara da Infância e da Juventude, com as atribuições cíveis e administrativas definidas na legislação específica; II – 2ª Vara da Infância e da Juventude, com atribuições de processar e julgar atos infracionais, de acordo com a legislação específica. Habeas corpus; III – 1ª Vara Cível: Cível e Comércio; IV – 2ª Vara Cível: Cível e Comércio; V – 3ª Vara Cível: Cível e Comércio; [...] Tem mais 60 incisos aí…, mas esse é o tipo de coisa que não cai na sua prova, por isso vou suprimi-los. Todavia, há alguns itens que podem ser explorados: §1º Os crimes de menor potencial ofensivo praticados contra crianças e adolescentes são de competência do 1º Juizado Especial Criminal. Em regra, os crimes contra crianças e adolescentes são julgados e processados pelas Varas da Infância e Juventude. Todavia, os crimes de menor potencial ofensivo (aqueles que cominam pena máximo não superior a dois anos) contra estes serão de competência do 1º JEC. §3º As Varas da Infância e Juventude, as Varas de Família, a 9ª Vara Criminal, as Varas das Execuções Penais, a Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e a Vara Especial do Idoso contarão com equipes multidisciplinares, constituídas por servidores do Poder Judiciário ou requisitados de outros órgãos do Poder Executivo, conforme resolução do Tribunal de Justiça. Separei esse parágrafo para falarmos das equipes multidisciplinares. Tais equipes são formadas por servidores, psicólogos e assistentes sociais e a atuação visa subsidiar o trabalho do magistrado acerca dos aspectos psicossociais dos sujeitos. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 22 92 §§ 4º - As ações que envolvam interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos de relevante interesse social, meio ambiente, improbidade administrativa ambiental e urbanística e que tenham como parte a Fazenda Pública Estadual ou Municipal são de competência da Vara de Interesses Difusos e Coletivos. Existe uma vara específica para tratar dos interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos. § 5º - A Central de Inquéritos e Custódia será regulamentada por resolução do Tribunal de Justiça e jurisdicionada por até cinco juízes auxiliares, designados pelo corregedor- geral da Justiça e aprovados pelo Plenário, com prazo mínimo de um ano. A central de inquéritos centraliza as audiências de custódia na capital do estado e também com competência para o processamento dos inquéritos policiais da Comarca da Ilha de São Luís, decidindo seus incidentes e medidas cautelares, ressalvados os de competência da 1ª Vara Criminal. A audiência de custódia é a apresentação da pessoa presa em flagrante delito, independentemente da motivação ou natureza do ato, obrigatoriamente, em ate ́ 24 horas da comunicação do flagrante, à autoridade judicial competente, e ouvida sobre as circunstâncias em que se realizou sua prisão ou apreensão. ANOTE A COMPOSIÇÃO: CENTRAL DE INQUÉRITOS E CUSTÓDIA DE SÃO LUÍS COMPOSIÇÃO DESIGNAÇÃO APROVAÇÃO ATÉ 5 JUÍZES AUXILIARES CORREGEDOR-GERAL PLENÁRIO PRAZO PELO MENOS 1 ANO § 7º - O titular da 1ª Vara Criminal decidirá sobre a instauração do colegiado de que trata a Lei nº 12.694, de 24 de julho de 2012, nos termos da referida Lei e de resolução do Tribunal de Justiça. Outro item interessante! A lei n. 12.694/2012 dispõe sobre o processo e o julgamento colegiado em primeiro grau de jurisdição de crimes praticados por organizações criminosas. Nesse caso, cabe ao juiz titular da 1ª Vara Criminal decidir pela formação de colegiado para a prática de qualquer ato processual. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 23 92 § 8º - A Vara de Saúde Pública contará com estruturas de apoio para a solução consensual e/ou administrativa das demandas de sua competência, constituídas por servidores do Poder Judiciário ou de outros órgãos, incluindo-se o Núcleo de Apoio Técnico do Judiciário (NAT-JUS), previsto na Resolução no 238, do Conselho Nacional de Justiça, sendo o funcionamento dessas estruturas de apoio disciplinadas por meio de resolução do Tribunal de Justiça. Deixei esse item porque é de uma alteração de abril do ano de 2019. Os artigos 10 a 14 foram suprimidos, mas você pode encontrá-los ao final do material. DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA São Órgãos do Poder Judiciário: PODER JUDICIÁRIO DO MARANHÃO TRIBUNAL DE JUSTIÇA JUÍZES DE DIREITO TRIBUNAL DO JÚRI JUÍZES DE PAZ JUIZADOS ESPECIAIS E TURMAS RECURSAIS CONSELHO DA JUSTIÇA MILITAR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA - SEDE, JURISDIÇÃO E COMPOSIÇÃO O Tribunal tem sede na cidade de São Luís, jurisdição em todo o Estado e é o órgão supremo do Poder Judiciário Estadual. Como vimos, o Tribunalde Justiça é um dos órgãos do Poder Judiciário Estadual e representa a justiça estadual de segunda instância. SEDE SÃO LUÍS JURISDIÇÃO TODO O ESTADO DO MARANHÃO Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 24 92 Você deve se lembrar que falamos na aula anterior que no primeiro grau, o processo é julgado por um juiz que toma uma decisão monocrática. Em segundo grau, atuam os Desembargadores por meio de órgãos colegiados para decidir sobre os processos pelo voto. Em instâncias extraordinárias (STF e STJ), os ministros dos tribunais superiores também se reúnem em órgãos colegiados para o julgamento dos recursos, mas não fazem parte da estrutura do Poder Judiciário Estadual, razão esta que deixa o estudo desses tribunais de fora de nossas aulas. Assim, quando você encontrar Tribunal de Justiça com letras maiúsculas na norma, está se referindo ao segundo grau. Portanto, Tribunal de Justiça é um órgão colegiado constituído de juízes de segunda instância, denominados "Desembargadores". Atualmente, o Tribunal é constituído por 30 Desembargadores. Guarde esse número: TJ-MA CONSTITUÍDO POR 30 DESEMBARGADORES A alteração do número de membros do Tribunal de Justiça dependerá de proposta do Tribunal Pleno, que deverá ser remetida na forma de projeto de lei à Assembleia Legislativa para apreciação. Art. 29. São atribuições do Tribunal de Justiça: IV – Propor ao Poder Legislativo a alteração do número dos seus membros; (ESAG – 2005 – TJ-MA – adaptada) Quantos Desembargadores compõem o Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão? a) 18 (dezoito) Desembargadores. ATIVIDADE JURISDICIONAL 1ª INSTÂNCIA 2ª INSTÂNCIA INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA JUÍZES DE DIREITO E SUBSTITUTOS DESEMBARGADORES (TRIBUNAL DE JUSTIÇA) MINISTROS (STF, STJ, TST, TSE E TSM) Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 25 92 b) 21 (vinte e um) Desembargadores. c) 20 (vinte) Desembargadores. d) 30 (trinta) Desembargadores. Comentários Art. 17 - O Tribunal de Justiça, com sede na cidade de São Luís, e jurisdição em todo o Estado, é o órgão supremo do Poder Judiciário Estadual, compor-se-á de 30 (trinta) Desembargadores, [...]. GABARITO: Letra D Em frente! A forma de provimento do cargo de Desembargador também já antecipamos na aula anterior. Existem os membros oriundos da carreira da magistratura e os membros oriundos do quinto constitucional (advogados e membros do Ministério Público Estadual) conforme mandamento constitucional. Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Assim, o provimento do cargo de desembargador dar-se-á por acesso (promoção de juiz de carreira) ou nomeação (membro oriundo do quinto constitucional). No caso dos MEMBROS DA MAGISTRATURA, o acesso ao Tribunal de Justiça far-se-á mediante promoção dos membros de última entrância por antiguidade E merecimento, alternadamente. Art. 19. Ressalvado os casos de nomeação como previsto no art. 94 da Constituição da República, a investidura no cargo de desembargador será feito por acessos de juízes de direito, segundo os critérios, alternados, de antiguidade e merecimento. Parágrafo único. O acesso dos juízes de direito pelos critérios de antiguidade ou merecimento se dará da mesma forma da promoção dos juízes de uma entrância para outra, prevista neste Código e no Regimento Interno do Tribunal de Justiça. O que são esses critérios? Antiguidade - é uma lista que faz o que o nome diz. Enumera, do mais antigo para o mais novo, a relação de magistrados. Segundo a CF, o primeiro nome da relação só pode ser recusado pelo voto da maioria de dois terços dos membros Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 26 92 do Tribunal (Constituição Federal, artigo 93, II, “d”). Assim, repetir-se-á votação do nome imediato, e assim sucessivamente, até se fixar a indicação. Merecimento - É apurado mediante critérios objetivos (quantidade de sentenças, aprimoramento etc.), fixados em regulamento pelo Tribunal. Juízes de Direito NÃO pertencem ao Tribunal de Justiça. A magistratura de 1º grau é órgão do Poder Judiciário do Estado. Portanto, TODOS os órgãos do Tribunal de Justiça têm como membros os Desembargadores. ATENÇÃO! Apenas juízes de direito da entrância final podem ter acesso ao Tribunal. CF 88 - Art. 93. III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; Quando a vaga no Tribunal deva ser preenchida por advogado ou membro do Ministério Público, a eleição será precedida de lista sêxtupla, encaminhada pelos órgãos de representação da respectiva classe. Art. 20. Na composição do Tribunal, 1/5 (um quinto) dos lugares será preenchido por advogados de notório saber jurídico, com mais de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional, e de membros do Ministério Público Estadual, de notório merecimento, com mais de 10 (dez) anos de carreira, todas de reputação ilibada e indicadas em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Toma nota dos requisitos: Membros do Ministério Público Estadual ➔ com mais de 10 anos de carreira (conta-se após a nomeação e posse); Advogados ➔ de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional (contados após a inscrição como advogado na OAB). Ao advogado nomeado Desembargador computar-se-á, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício na advocacia, até o máximo de 15 (quinze) anos. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 27 92 Recebida a lista sêxtupla, o Tribunal Pleno transformará a lista sêxtupla em lista tríplice e a enviará ao Chefe do Poder Executivo (Governador) para que, nos 20 dias subsequentes à remessa, escolha e nomeie um dos integrantes para o cargo de desembargador. Art. 20. §1º Recebidas as indicações, o Tribunal formará lista tríplice enviando-a ao Poder Executivo que nos 20 (vinte) dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. Em síntese: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESEMBARGADORES MAGISTRADOS DE CARREIRA 1/5 DOS MEMBROS MEMBROS DO MP (+10 ANOS DE CARREIRA) ADVOGADOS (+10 ANOS DE ATIVIDADE, REPUTAÇÃO ILIBADA E NOTÓRIO SABER JURÍDICO) MP/OAB ELABORAM LISTA SÊXTUPLA TRIBUNAL DE JUSTIÇA (PLENO) TRANSFORMA EM LISTA TRÍPLICE GOVERNADOR ESCOLHE E NOMEIA PRAZO DE 20 DIAS 30 24 6 Ocorrendo vacância do cargo de desembargador dentre os integrantes do quinto constitucional, o preenchimento se dará por representante da categoria que originou a vaga. Assim, se surgir vacância na classe de advogados, necessariamente, será preenchida por outro membro da advocacia. Se for do MP, necessariamente do MP. E se o número fosse ímpar? Nessa hipótese, uma delas será, alternada e sucessivamente, preenchida por advogado e pormembro do Ministério Público, de tal forma que, também sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes superem os da outra em uma Unidade. LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA (LC 35/1979) Art. 100 - Na composição de qualquer Tribunal, um quinto dos lugares será preenchido por advogados, em efetivo exercício da profissão, e membros do Ministério Público, todos de notário merecimento e idoneidade moral, com dez anos, pelo menos, de prática forense. § 1º - Os lugares reservados a membros do Ministério Público ou advogados serão preenchidos, respectivamente, por membros do Ministério Público ou por advogados, indicados em lista tríplice pelo Tribunal de Justiça ou seu órgão especial. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 28 92 § 2º - Nos Tribunais em que for ímpar o número de vagas destinadas ao quinto constitucional, uma delas será, alternada e sucessivamente, preenchida por advogado e por membro do Ministério Público, de tal forma que, também sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes superem os da outra em uma Unidade. (IESES – 2011 – TJ-MA) Assinale a alternativa correta de acordo com Código de Divisão e Organização Judiciárias do Estado do Maranhão: a) As vagas destinadas ao quinto constitucional serão, preenchidas por advogados e por membros do Ministério Público, de tal forma que, sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes não superem os da outra em uma unidade. b) Ao advogado nomeado Desembargador não será computado, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício na advocacia. c) Ao advogado nomeado Desembargador computar-se-á, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício na advocacia, até o máximo de 20 (vinte) anos. d) As vagas destinadas ao quinto constitucional serão, alternada e sucessivamente, preenchidas por advogados e por membros do Ministério Público, de tal forma que, também sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes superem os da outra em uma unidade. Comentários Vamos ponto a ponto: LETRA A – Errada. As vagas destinadas ao quinto constitucional serão, preenchidas por advogados e por membros do Ministério Público, de tal forma que, sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes não superem os da outra em uma unidade. LETRA B e C – Errada. Ao advogado nomeado Desembargador computar-se-á, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício na advocacia, até o máximo de 15 anos. LETRA D – Correta. LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA (LC 35/1979) Art. 100 - § 2º - Nos Tribunais em que for ímpar o número de vagas destinadas ao quinto constitucional, uma delas será, alternada e sucessivamente, preenchida Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 29 92 por advogado e por membro do Ministério Público, de tal forma que, também sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes superem os da outra em uma Unidade. GABARITO: Letra D (IESES – 2009 – TJ-MA) A escolha e subsequente nomeação para preenchimento das vagas oriundas do quinto constitucional no Tribunal de Justiça do Estado são efetuadas pelo: a) Presidente da Assembleia Legislativa. b) Plenário do Tribunal de Justiça. c) Chefe do Poder Executivo. d) Presidente do Tribunal de Justiça. Comentários §1º Recebidas as indicações, o Tribunal formará lista tríplice enviando-a ao Poder Executivo que nos 20 (vinte) dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. GABARITO: Letra C CÚPULA DIRETIVA Dentre os 30 Desembargadores, por maioria dos seus membros efetivos e por votação secreta, o Plenário elegerá o presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral da Justiça, na última sessão plenária do mês de dezembro, dos anos ímpares, dentre os seus juízes mais antigos, em número correspondente aos dos cargos de direção, para mandato de dois anos, proibida a reeleição. Art. 21 §5º Na mesma data será eleito pelo Tribunal o Diretor do Fórum da Comarca de São Luís, com mandato de 02 (dois) anos. Quem tiver exercido quaisquer cargos de direção por 04 anos, ou de Presidente, não figurará mais entre os elegíveis, até que se esgotem todos os nomes na ordem de antiguidade. OBS: A proibição de reeleição e o exercício dos cargos de direção não se aplicam ao desembargador eleito para completar período de mandato inferior a um ano. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 30 92 Uma vez eleito, é obrigatória a aceitação do cargo, salvo recusa manifestada e aceita, antes da eleição. A posse dos eleitos, que será realizada em sessão solene do Plenário, ocorrerá na última sexta-feira útil do mês de abril do ano subsequente ao da eleição. OBS: A representação do Poder Judiciário compete ao presidente do Tribunal de Justiça. Alguém disse mapa mental? CARGOS DE DIREÇÃO PRESIDENTE DO TRIBUNAL VICE-PRESIDENTE CORREGEDOR-GERAL CÚPULA DIRETIVA ELEIÇÃO MANDATO REELEIÇÃO POSSE REALIZADA PELO TRIBUNAL PLENO ÚLTIMA SESSÃO PLENÁRIA DO MÊS DE DEZEMBRO, DOS ANOS ÍMPARES POR VOTO DA MAIORIA DOS MEMBROS EFETIVOS 02 ANOS PROIBIDA PERANTE O TRIBUNAL PLENO ÚLTIMA SEXTA-FEIRA ÚTIL DO MÊS DE ABRIL DO ANO SUBSEQUENTE AO DA ELEIÇÃO EM SESSÃO SOLENE ACEITAÇÃO DO CARGO É OBRIGATÓRIA, SALVO RECUSA MANIFESTADA E ACEITA ANTES DA ELEIÇÃO VEDAÇÕES QUEM TIVER EXERCIDO QUAISQUER CARGOS DE DIREÇÃO POR 04 ANOS, OU DE PRESIDENTE, NÃO FIGURARÁ MAIS ENTRE OS ELEGÍVEIS, ATÉ QUE SE ESGOTEM TODOS OS NOMES NA ORDEM DE ANTIGUIDADE QUEM PODE JUÍZES MAIS ANTIGOS NÃO SE APLICAM AO DESEMBARGADOR ELEITO PARA COMPLETAR PERÍODO DE MANDATO INFERIOR A UM ANO Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 31 92 Terminados seus mandatos ou cessadas suas funções, o presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral da Justiça integrarão as câmaras a que pertenciam seus respectivos sucessores. Se os seus sucessores não integravam câmaras, o presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral da Justiça preencherão respectivamente as vagas dos que passaram a ocupar os lugares deixados por aqueles. (IESES – 2009 – TJ-MA) Assinale a alternativa INCORRETA: a) o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor-Geral da Justiça são escolhidos, pela maioria dos membros efetivos do Tribunal de Justiça, para um mandato de dois anos, permitida uma única recondução ao mesmo cargo. b) o Tribunal de Justiça funciona em Plenário, em Câmaras Reunidas e em Câmaras Isoladas, sendo suas especialidades definidas em lei e no seu regimento interno. c) o Tribunal de Justiça, com sede na Capital e jurisdição em todo o Estado, é o órgão supremo do Poder Judiciário estadual. d) a representação do Poder Judiciário estadual é exercitada pelo Presidente do Tribunal de Justiça. Comentários Vamos ponto a ponto (é para marcar a incorreta): LETRA A – Errada. Não é permitida a reeleição Art. 21 - Por maioria dos seus membros efetivos e por votação secreta, o Plenário elegerá o presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral da Justiça, na última sessão plenária do mês de dezembro, dos anos ímpares, dentre os seus juízes mais antigos, em número correspondente aos dos cargos de direção,para mandato de dois anos, proibida a reeleição. LETRA B – Correta. Art. 18 - O Tribunal de Justiça funcionará em Plenário, em uma Seção Cível e em Câmaras Reunidas e Câmaras Isoladas, cujas especialidades serão especificadas neste Código e no Regimento Interno. LETRA C – Correta. Art. 17 - O Tribunal de Justiça, com sede na cidade de São Luís, e jurisdição em todo o Estado, é o órgão supremo do Poder Judiciário Estadual, compor-se-á de 30 (trinta) Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 32 92 Desembargadores, dentre os quais serão escolhidos o Presidente, o Vice-presidente e o Corregedor-Geral da Justiça, e tem as competências e atribuições presentes na Constituição do Estado, neste Código e no Regimento Interno. LETRA D – Correta. ART. 16. Parágrafo único. A representação do Poder Judiciário compete ao presidente do Tribunal de Justiça. GABARITO: Letra A DO FUNCIONAMENTO DO TRIBUNAL O Tribunal de Justiça funcionará em Plenário, em uma Seção Cível e em Câmaras Reunidas e Câmaras Isoladas. PODER JUDICIÁRIO DO MARANHÃO TRIBUNAL DE JUSTIÇA JUÍZES DE DIREITO TRIBUNAL DO JÚRI JUÍZES DE PAZ PLENÁRIO SEÇÃO CÍVEL CÂMARAS REUNIDAS CÂMARAS ISOLADAS JUIZADOS ESPECIAIS E TURMAS RECURSAIS CONSELHO DA JUSTIÇA MILITAR 02 CÍVEIS 01 CRIMINAL 06 CÍVEIS 03 CRIMINAIS O PLENÁRIO é composto por todos os Desembargadores e será presidido pelo Presidente do Tribunal. A SEÇÃO CÍVEL será presidida pelo vice-presidente, que não exercerá as funções de relator e revisor. As CÂMARAS ISOLADAS são em número de nove, divididas em três criminais e seis cíveis, compostas cada uma de três desembargadores, e presididas, em sistema de rodízio, a Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 33 92 cada ano, pelo desembargador mais antigo na câmara, que também exercerá as funções de relator, revisor e vogal. As CÂMARAS CRIMINAIS REUNIDAS serão compostas pelos respectivos membros das câmaras isoladas criminais, e presididas pelo membro mais antigo do Tribunal, que também exercerá as funções de relator, revisor e vogal. São duas as CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, compostas pelos respectivos membros das câmaras cíveis isoladas e presididas pelo membro de cada uma dessas câmaras cíveis reunidas mais antigo no Tribunal, que também exercerá as funções de relator e revisor. • As Primeiras Câmaras Cíveis Reunidas, com nove membros, serão compostas pelos membros da 1ª, 2ª e 5ª câmaras cíveis deste Tribunal; • As Segundas Câmaras Cíveis Reunidas, com nove membros, serão compostas pelos membros da 3ª, 4ª e 6ª câmaras cíveis deste Tribunal; (IESES – 2009 – TJ-MA) São órgãos do Poder Judiciário estadual, com EXCEÇÃO DE: a) Juizados Especiais e Turmas Recursais. b) Tribunais do Júri e Juízes de Direito. c) Juízes de Paz e Conselho da Justiça Militar. d) Tribunal Regional Eleitoral e Juízes Eleitorais. Comentários A questão pede para assinalar a alternativa que não tem órgão da Justiça Estadual. Art. 16. São Órgãos do Poder Judiciário: I – Tribunal de Justiça; II – Juízes de Direito; III – Tribunal do Júri; IV – Juizados Especiais e Turmas Recursais; V – Conselho da Justiça Militar; VI – Juízes de Paz. Desta forma, vemos que apenas a LETRA D está errada. GABARITO: Letra D Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 34 92 ÓRGÃO COMPOSIÇÃO QUÓRUM PRESIDÊNCIA JULGAMENTO Plenário Todos os Desembargadores (30) 16 membros, incluído o presidente Presidente do TJ Maioria de votos, salvo os que exijam quórum especial Seção Cível Todos os membros das Câmaras Cíveis 10 Membros, não incluído o presidente Vice-Presidente 02 Câmaras Cíveis Reunidas (CCR) 1ª CCR com 9 membros oriundos da 1ª, 2ª e 5ª câmaras cíveis isoladas 6 membros CADA, incluído o presidente Desembargador + antigo de cada uma 2ª CCR com 9 membros oriundos da 3ª, 4ª e 6ª câmaras cíveis isoladas 01 Câmara Criminais Reunida Todos os membros das Câmaras Criminais 05 membros, além do presidente Desembargador + antigo Câmaras Isoladas São 6 Cíveis – 3 membros cada 3 membros Em sistema de rodízio pelo Desembargador + antigo por 1 ano São 3 Criminais – 3 membros cada Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 35 92 (CESPE – 2013 – TJ-MA - adaptada) Assinale a opção correta no que diz respeito à organização do TJMA. a) Em votação secreta, o plenário elegerá, por maioria dos seus membros efetivos, o presidente, o vice-presidente e o corregedor geral da justiça, entre seus juízes mais antigos, em número correspondente ao dos cargos de direção, para mandato de dois anos, permitida uma única reeleição para o mesmo período. b) O plenário dessa corte de justiça deve funcionar com a presença de, pelo menos, dezesseis desembargadores, incluído o presidente, sendo os julgamentos tomados por maioria de votos, salvo quórum especial. c) Os julgamentos das câmaras isoladas devem ser realizados por quatro desembargadores. d) Ao advogado nomeado desembargador deve-se computar, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício na advocacia, até o máximo de vinte anos. Comentários Vamos ponto a ponto: LETRA A – Errada. É vedada a reeleição. Art. 21 - Por maioria dos seus membros efetivos e por votação secreta, o Plenário elegerá o presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral da Justiça, na última sessão plenária do mês de dezembro, dos anos ímpares, dentre os seus juízes mais antigos, em número correspondente aos dos cargos de direção, para mandato de dois anos, proibida a reeleição. LETRA B – Correta. A assertiva apresenta a literalidade do Art. 22. Art. 22 - O Plenário funcionará com a presença, pelo menos, de dezesseis desembargadores, incluindo o presidente; e os seus julgamentos serão tomados por maioria de votos, salvo os casos que exijam quórum especial. LETRA C – Errada. Os julgamentos das Câmaras Isoladas serão realizados por três desembargadores. Art. 22. §2º. Os julgamentos das Câmaras Isoladas serão realizados por três desembargadores. LETRA D – Errada. Ao advogado nomeado Desembargador computar-se-á, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício na advocacia, até o máximo de 15 (quinze) anos. Art. 20. §3º Ao advogado nomeado Desembargador computar-se-á, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício na advocacia, até o máximo de 15 (quinze) anos. GABARITO: Letra B Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 36 92 (CESPE – 2013 – TJ-MA – adaptada) No que se refere à composição e ao funcionamento do TJMA, assinale a opção correta. a) Integram a referida corte três câmaras cíveis isoladas e três câmaras criminais isoladas, com competência cível e criminal, respectivamente, em grau de recurso contra decisões proferidas pelos juízos de primeiro grau. b) A seção cível será presidida pelo vice-presidente, que não exercerá as funções de relator e revisor. c) A primeira instância desse tribunal de justiça divide-se nas entrâncias inicial e final.d) O tribunal pleno é composto de vinte desembargadores, entre os mais antigos na carreira, além do presidente, do vice-presidente e do corregedor. Comentários Vamos ponto a ponto: LETRA A – Errada. As CÂMARAS ISOLADAS são em número de nove, divididas em três criminais e seis cíveis, compostas cada uma de três desembargadores, e presididas, em sistema de rodízio, a cada ano, pelo desembargador mais antigo na câmara, que também exercerá as funções de relator, revisor e vogal. LETRA B – Correta. A SEÇÃO CÍVEL será presidida pelo vice-presidente, que não exercerá as funções de relator e revisor. LETRA C – Errada. A primeira instância divide-se em entrâncias inicial, intermediária e final. LETRA D – Errada. O plenário é composto por todos os desembargadores (30), nele incluídos o Presidente, Vice-Presidente e Corregedor-Geral. GABARITO: Letra B (IESES – 2009 – TJ-MA) O quórum mínimo para funcionamento do Plenário do Tribunal de Justiça é de: a) 21 (vinte e um) desembargadores. b) 12 (doze) desembargadores. c) 16 (dezesseis) desembargadores. d) 8 (oito) desembargadores. Comentários Art. 22 - O Plenário funcionará com a presença, pelo menos, de dezesseis desembargadores, incluindo o presidente; e os seus julgamentos serão tomados por maioria de votos, salvo os casos que exijam quórum especial. GABARITO: Letra C Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 37 92 DA COMPLEMENTAÇÃO DO QUÓRUM O quórum de julgamento é a quantidade mínima de membros presentes para instalação das sessões. Art. 25. Para composição de quórum de julgamento das CÂMARAS ISOLADAS OU REUNIDAS, nos casos de ausência, impedimento eventual ou afastamento por período inferior a trinta dias, o desembargador será substituído por membro de outra câmara, de preferência da mesma especialidade e na forma fixada no Regimento Interno (Art. 25) Parágrafo único. Quando o afastamento de membro de Câmara Isolada for por período igual ou superior a trinta dias, a substituição será feita por desembargador de outra Câmara de preferência da mesma especialidade. Olhando assim, parece que não tem diferença. Pelo texto do COJE, realmente não tem :p. Para entender, precisamos recorrer ao Regimento Interno. NO CASO DE AFASTAMENTO INFERIOR A 30 DIAS, assim dispõe o regimento interno: Art. 71. Para composição de quórum de julgamento das câmaras isoladas ou reunidas, nos casos de ausência, impedimento eventual ou afastamento a qualquer título por período inferior a trinta dias, o desembargador será substituído por membro de outra câmara, de preferência da mesma especialidade, na forma fixada neste Regimento §1º A convocação será feita pelo vice-presidente do Tribunal. §2º A convocação de membros das câmaras de outra especialidade só se dará se os desembargadores da mesma especialidade estiverem convocados, impedidos, suspeitos ou não estiverem disponíveis. §3º Quando se tratar de falta ou impedimento ocasional, ocorrido durante a sessão, a substituição far-se-á por qualquer desembargador de outra Câmara ou Seção, o qual funcionará como vogal. NO CASO DE AFASTAMENTO SUPERIOR A 30 DIAS, Art. 72. Afastado membro de câmara isolada por período igual ou superior a trinta dias, será substituído por desembargador de outra câmara, preferencialmente da mesma especialidade, devendo obedecer à ordem de antiguidade, excluindo-se os que já tenham exercido substituição por período não inferior a trinta dias no ano, salvo se não houver quem aceite a substituição (alterado pela Resolução nº 36/13). Em suma, temos o seguinte: Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 38 92 AFASTAMENTO DE DESEMBARGADOR DAS CÂMARAS - 30 DIAS + 30 DIAS CONVOCA MEMBRO DE OUTRA CÂMARA, DE PREFERÊNCIA DA MESMA ESPECIALIDADE A CONVOCAÇÃO É FEITA PELO VICE-PRESIDENTE CONVOCA DE OUTRA ESPECIALIDADE SE OS DE MESMA ESTIVEREM IMPEDIDOS, SUSPEITOS OU INDISPONÍVEIS QUANDO SE TRATAR DE FALTA OU IMPEDIMENTO OCASIONAL, OCORRIDO DURANTE A SESSÃO, A SUBSTITUIÇÃO FAR-SE-Á POR QUALQUER DESEMBARGADOR DE OUTRA CÂMARA OU SEÇÃO, O QUAL FUNCIONARÁ COMO VOGAL CONVOCA MEMBRO DE OUTRA CÂMARA, DE PREFERÊNCIA DA MESMA ESPECIALIDADE EXCLUI-SE OS QUE JÁ TENHAM EXERCIDO SUBSTITUIÇÃO POR PERÍODO NÃO INFERIOR A TRINTA DIAS NO ANO, SALVO SE NÃO HOUVER QUEM ACEITE A SUBSTITUIÇÃO DEVE-SE OBEDECER A ORDEM DE ANTIGUIDADE Quando por impedimento, suspeição ou ausência eventual de desembargador, não for possível atingir o quórum para julgamento no Plenário, nas Câmaras Reunidas e nas Câmaras Isoladas, e, no caso das Câmaras Reunidas e das Câmaras Isoladas não for possível proceder-se à substituição na forma acima, serão convocados juízes de direito. A convocação será feita por sorteio dentre os juízes de direito de entrância final, não podendo dele participar os já sorteados no ano, os que estejam respondendo ao procedimento para perda do cargo previsto no art. 27 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional ou que tenham sido punidos com as penas previstas no art. 42, I, II, III e IV, da mesma Lei. Art. 42 - São penas disciplinares: I - advertência; II - censura; III - remoção compulsória; IV - disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço; E o desembargador ou substituto ganha alguma coisa? Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 39 92 Aa redistribuição de feitos, a substituição nos casos de ausência ou impedimento eventual e a convocação para completar quórum de julgamento, não autorizam a concessão de qualquer vantagem. DAS SUBSTITUIÇÕES Em casos de licenças, férias, faltas ou impedimentos, os presidentes dos órgãos serão substituídos da seguinte forma: ÓRGÃO MEMBRO SUBSTITUTO Plenário Presidente Vice-Presidente Vice-presidente Desembargador + antigo Seção Cível Presidente Desembargador mais antigo presente à sessão e que seja membro dessa Câmara Câmaras Cíveis Reunidas Câmaras Criminais Reunidas Câmaras Isoladas Salvo motivo de saúde ou outro de força maior, a critério da Presidência, não serão autorizados afastamentos simultâneos de integrantes da mesma Câmara Isolada. Não havendo entendimento prévio entre os interessados para evitar a coincidência, o presidente do Tribunal decidirá sobre o afastamento. SUBSTITUIÇÃO DO RELATOR Antes de falar sobre a substituição do Relator, me deixe falar um pouco sobre sua atividade. Antes de vermos a substituição do Relator, permita-me falar um pouco sobre o trabalho dele que, em síntese, é relatar um determinado processo judicial para seus colegas do colegiado. Tiago Zanolla Aula 01 Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 608218 60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira 40 92 Um processo quando chega ao Tribunal será distribuído a um de seus órgãos..... REGIMENTO INTERNO Art. 240. A distribuição dos processos de competência do Tribunal far-se-á, obedecendo aos princípios de publicidade e alternatividade, pelo sistema de sorteio eletrônico, [...] .... e um dos respectivos membros será sorteado como Relator do processo. REGIMENTO INTERNO Art. 258. Todos os feitos processados no Tribunal terão um relator, sorteado [...] Isso significa que ele será o primeiro Desembargador a analisar aquele processo e fará um relatório (tipo um esboço do acórdão da decisão).
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