Buscar

AULA 1

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

A TEORIA CRÍTICA DO CONHECIMENTO E SEUS DESDOBRAMENTOS
FUNDAMENTOS EPISTÊMICOS DA PSICOLOGIA - SDE0026
1
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
Ementa
Objetivos Gerais
Refletir sobre as diversas perspectivas de compreensão da ciência, identificando seus fundamentos históricos. Compreender as implicações para a Psicologia de seus distintos pressupostos epistemológicos.
Objetivos Específicos
1. Compreender teorias que dizem respeito ao processo de formação do conhecimento humano assim como abordagens
epistemológicas, clássicas e contemporâneas, sobre os paradigmas científicos.
2. Identificar referenciais epistemológicos implicados na delimitação do objeto da Psicologia.
2
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
Conteúdos
Unidade I A TEORIA CRÍTICA DO CONHECIMENTO E SEUS DESDOBRAMENTOS 
1.1 Revisão do Racionalismo e do Empirismo 1.2. Kant e a 'revolução copernicana' do conhecimento. 1.3. Quadro panorâmico dos desdobramentos da teoria crítica kantiana. 
Unidade II O IDEALISMO ALEMÃO, O POSITIVISMO E A FENOMENOLOGIA 2.1. Hegel e a Dialética. 2.2. Comte e o Positivismo. 2.3. Husserl e a Fenomenologia. 
Unidade III REPERCUSSÕES DO IDEALISMO ALEMÃO e DO POSITIVISMO 3.1. Marx e o materialismo dialético. 3.2. A Filosofia Analítica e a Relação entre a Linguagem e o Real. 
Unidade IV - DEBATES CONTEMPORÂNEOS 4.1. Popper e o falsificacionismo. 4.2. Thomas S. Kuhn e a questão dos paradigmas. 4.3. Bachelard: A perspectiva da epistemologia histórica. 4.4. Canguilhem e a Filiação dos conceitos 4.5. Foucault: Saber e Poder.
3
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
Bibliografia Básica
AMÁLIA ANDERY, MARIA (org.). Para Compreender a Ciência: uma perspectiva histórica. São Paulo: EDUC, 2004. 
CHAUÍ, Marilena Convite à Filosofia, Editora: Ática Ano: 1995 
DELACAMPAGNE, C. História da Filosofia no Século XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.
4
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
Conteúdo desta aula
1.1 Revisão do Racionalismo e do Empirismo
1.2. Kant e a 'revolução copernicana' do conhecimento.
1.3. Quadro panorâmico dos desdobramentos da teoria crítica kantiana.
5
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
Filosofia da Ciência – Estuda temas mais amplos ou gerais relacionados à ciência; preocupa-se com a visão geral de temas estudados pela ciência.
Epistemologia – Relaciona-se aos conceitos, princípios e resultados de
uma determinada teoria. Estuda as articulações da ideias referentes à teoria em questão.
Teoria do Conhecimento – Estuda os diferentes aspectos do conhecimento, inclusive pensando o papel do sujeito do conhecimento e o objeto do conhecimento.
6
O Racionalismo 
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
A palavra “racionalismo” vem de ratio, que significa razão.
É observada na Idade Moderna através de Descartes
	Razão como única forma de conhecimento
Tem origem em Platão - Idade Antiga – a razão é inata
7
O Empirismo 
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
Nada é inato – conhecimento adquirido
Ideias adquiridas através da experiência humana 
Tabula rasa
John Locke - o direito à vida, à liberdade e à propriedade
John Locke - epistemologia do conhecimento
David Hume - associação de ideias iguais e diferentes
David Hume - princípio da causalidade - “causa” e “efeito”
8
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
Immanuel Kant e a ‘Revolução Copernicana' do conhecimento
Não busca “uma” verdade absoluta.
A Razão está no foco de seus estudos, e não a Realidade ou Experiência.
A estrutura da razão vem a priori, ou seja, se encontra antes da experiência do sujeito.
A matéria do conhecimento vem após a experiência, ou seja, a posteriori.
A experiência não é a causa das ideias, como pensavam os empiristas, mas é a oportunidade para que a razão receba este conteúdo e assim, formule as ideias.
A experiência fornecerá, portanto ao sujeito a matéria, e esta irá dar a forma ao conhecimento.
9
Quadro panorâmico dos desdobramentos da teoria crítica kantiana. 
A menoridade humana
A possibilidade de se autogovernar
A Liberdade para Kant
Pensamento kantiano sobre a felicidade
O Imperativo Categórico
O conceito de imaginação para Kant
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
10
A menoridade humana
Segundo Kant, a permanência do homem na menoridade se deve ao fato de ele não ousar pensar. Os homens quando permanecem na menoridade, são incapazes de fazer uso das próprias pernas, são incapazes de tomar suas próprias decisões e fazer suas próprias escolhas.
Propõe que o homem possa seguir sua razão, para assim sair de sua menoridade, ao conhecer suas possibilidades de entendimento, consciência da força e inteligência. Ao ser humano seria possível assim experimentar uma outra liberdade, através de tal conhecimento, deixando a menoridade.
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
11
A possibilidade de se autogovernar
Kant pensava a possibilidade do indivíduo se autogovernar, estando fora da imposição do outro. O indivíduo será encarado como um fim em si mesmo, sendo cada um é legislador de si. Kant opera no que ficou conhecido como a moral da autonomia. A proposta kantiana para a moral não está vinculada ao estabelecimento do certo ou errado, mas de demonstrar que toda a ação moral, em sentido estrito, é consequência de uma razão livre e autônoma. Todo agir moral é preconizado por uma lei moral. Este agir é despertado por um desejo que pertence ao homem razoável, na medida em que age segundo um ideal.
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
12
A Liberdade para Kant
Kant condenará aqueles que afirmam que o princípio de liberdade se encontra na razão quando empiricamente condicionada. A sede da moralidade não pode ser outra senão a razão prática (pura). A vontade que tende a ser submetida aos princípios a priori (o sumo bem), determina ações que independem das
inclinações naturais. A vontade ganha o status de pura quando está associada à pressupostos
morais razoáveis.
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
13
Pensamento kantiano sobre a felicidade
Segundo o autor, a felicidade não é possível como fundamento para determinação do agir moral, se assim o fosse a liberdade estaria comprometida. Se tomarmos a felicidade como fundamento para ação moral estaremos determinando uma ação interessada em um fim, ou seja, uma ação medíocre, presunçosa, condicionada, interesseira e destituída de valor moral. Eis uma filosofia que não busca a felicidade, mas adquire a dignidade que condicione tal finalidade.
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
14
O Imperativo Categórico
Em sua famosa obra “crítica a Razão pura”, o autor aborda sobre os limites da razão em sua tentativa de conhecimento a priori. O Imperativo pode ser definido como qualquer princípio em que um agente racional age com base em fundamentos ou razões. É Categórico na medida em que a obrigação é não condicional. Os imperativos categóricos possuem uma principal característica que é a inflexibilidade. Kant considera que pode haver exceções deste gênero na medida em que as regras não são princípios universais.
Deste modo, se o imperativo categórico for estabelecido de modo condicionado e este se sobrepujar às leis morais há uma violação da liberdade humana e um comprometimento à autonomia moral do indivíduo.
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
15
O conceito de imaginação para Kant
Para construir o conhecimento, precisamos de intuições e conceitos. Só há conhecimento fenomênico, intuído via sensibilidade e organizado via categorias graças ao esquematismo. Este esquema por sua vez é produto da imaginação. Kant nos chama a atenção para entendermos que o esquema
não é uma imagem, mas uma regra para a constituição de imagens. O esquema criado pela imaginação não é o conteúdo, ou o próprio conhecimento em si, mas algo que torna possível o conhecimento, algo sem o qual seria impossível a aplicação das categorias aos fenômenos. Na medida em que a intuição sensível confere conteúdo a este pensamento e a imaginação cria o esquema correspondente dentro de uma determinação temporal,
o entendimento sintetiza um saber próprio.
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia
16
Fatores do ambiente sociocultural
Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem
	
Um filme interessante é o filme “Crash – No limite”. 
Lei moral, imperativo categórico e liberdade kantiana são conceitos que podemos pensar através das ações de diferentes personagens. Experimente buscar associar a teoria estudada às vivências dos personagens do filme.
O filme retrata tensões raciais que emergem em uma série de histórias envolvendo moradores de Los Angeles. Diversos personagens das mais variadas origens étnicas se cruzam em um incidente. Os diferentes estereótipos que a sociedade criou para esses grupos raciais afeta seu julgamento, crenças e atitudes, o que causa problemas e tensões para todos.
17
CONTEÚDO DA PRÓXIMA AULA
 
O IDEALISMO ALEMÃO, O POSITIVISMO E A FENOMENOLOGIA.
18

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando