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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Direito Processual Civil 
Problema no Paraíso: Conflito Entre Partes Interessadas no
Projeto Paseo Caribe.
Adjane Maria Souza da Silva 
Trabalho da disciplina: Teoria Geral dos Direitos Reais
 
 Tutora Prof.ª 
Patrícia Esteves de Mendonça
Salvador
 2017
Problema no Paraíso: Conflito Entre Partes Interessadas no
Projeto Paseo caribe
 REFEREÊNCIA: Artigo de autoria de Humberto Dalla Bernadino de Pinha intitulado: “Os Princípios e as Garantias Fundamentais no Projeto de Código de Processo Civil: breves considerações acerca dos artigos 1º a 11 do PLS 166/10”.
O artigo em questão, visa contribuir a partir de diversas perspectivas a ampliação das possibilidades de discussões sobre o conflito urbanístico da construção de Passeo Caribe, no intuito de identificar caminhos e descaminhos sobre o projeto de investimento em Porto Rico.
A autora inicia o artigo descrevendo as origens desse projeto. Ela cita que o governo da Comunidade de Porto Rico adquiriu do governo federal dos Estados Unidos um pedaço de terra na entrada da Ilha de San Juan. Sobre o qual desenvolveu-se um plano de Uso Especial da Terra que foi apresentado e discutido em audiências públicas como um plano de desenvolvimento econômico para a comunidade, sobretudo no que diz respeito ao turismo da região.
No entanto, em 1999 o governo de Porto Rico vendeu a propriedade para um desenvolvedor do setor privado Arturo Madero, e o mesmo organizou o projeto conhecido como Paseo Caribe, em parceria com o governo de Porto Rico. A partir de então, Madero buscou permissões nos âmbitos legais para o andamento de sua construção.
Porém, houve uma forte oposição ao projeto, tanto por parte de conservadores dos recursos naturais, Organizações Não-Governamentais, como dos residentes locais da área. Segundo eles, Passo Caribe bloquearia a vista da praia, perturbaria a natureza residencial da área, aumentaria o fluxo de poluição sonora e do ar, além de alegações mais condenatória, como por exemplo, a 
de que o terreno tinha sido vendido ilegalmente para Madero, pelo fato de está localizado nas zonas costeiras sensíveis, sob a proteção do Departamento de Recursos Ambientais Naturais (DRNA). Essas objeções públicas foram levadas aos tribunais, mas foi alegadamente ignorada pelos órgãos reguladores relacionados ao caso.
Contudo o conflito não cessou, houve uma redefinição dos parâmetros de uso da terra e Paseo Caribe adquiriu áreas a mais do estipulado originalmente. Segundo a autora, essas alterações foram aprovadas, sem que os outros órgãos tivessem finalizados seus estudos sobre 
O processo. Após vários protestos, o governo resolveu intervir no caso, e em dezembro de 2007 a justiça ordenou a interrupção da construção.
Diante dessas conjecturas, os setores de investimentos e construção começaram a se manifestar preocupados com o dinheiro que tinham investido, alegando sobretudo a questão do desemprego dos trabalhadores. Assim, Madero apelou para o Supremo Tribunal que logo após suspendeu a ordem de interrupção do empreendimento.
A autora finaliza o artigo com a fala de alguns arquitetos que ressalta que esses projetos de construção urbanística devem ser discutidos com mais rapidez e eficiência para um melhor andamento das situações, sem causar nenhum conflito de anos para se resolver.
Enfim, a autora do artigo através de uma linguagem clara e explicativa, conseguiu alcançar seu objetivo de possibilitar uma discussão sobre o Caso do Paseo Caribe, pois o texto traz enfaticamente várias nuances desse conflito, abordando a maioria dos pontos envolvidos no processo. Assim esta é uma obra escrita indicada como instrumento de discussão para um público variado ligado ao Direito: Estudantes de graduação, pós-graduação, bacharéis, advogados e aplicadores do Direito em geral.
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