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Resenha Crítica- normas para produção - ABI - [Prof. Girlane]

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1 
 
 
 
 
 
ELABORAÇÃO DA RESENHA CRÍTICA 
 
 
1. Definições 
 
Resenha-crítica: 
 
É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma 
crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de 
informação e de opinião, também denominado de recensão crítica. 
É diferente da resenha-resumo ou do resumo, pois é texto que se limita a 
resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou 
de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto 
informativo, já que o objetivo principal é informar o leitor. 
 
O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo acadêmico e cultural - 
livros, filmes, peças de teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois 
"envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa. A 
resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas. 
 
 A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo 
de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto muito longo, e o limite 
dependerá do local a ser divulgada ou da solicitação, por exemplo, do professor de uma 
determinada disciplina. 
Deverá se obedecida as normas de formatação de trabalhos acadêmicos 
conforme ABNT. 
 
2. O que deve constar numa resenha 
 
Devem constar: 
 O título 
 A referência bibliográfica da obra 
 Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada 
 O resumo, ou síntese do conteúdo 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília - IFB 
Coordenação de Área de Informática 
Coordenação de Bacharelado em Ciência da Computação 
Coordenação de Licenciatura em Computação 
Professora: Elaine Caldeira 
 
2 
 
 A avaliação crítica 
 
3. O título da resenha 
 
 O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo, conforme os 
exemplos, a seguir: 
Título da resenha: Astro e vilão 
Subtítulo: Perfil com toda a loucura de Michael Jackson 
Livro: Michael Jackson: uma Bibliografia não Autorizada (Christopher 
Andersen) - Veja, 4 de outubro, 1995 
 
Título da resenha: Com os olhos abertos 
Livro: Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago) - Veja, 25 de outubro, 1995 
 
Título da resenha: Estadista de mitra 
Livro: João Paulo II - Bibliografia (Tad Szulc) - Veja, 13 de março, 1996 
 
4. A referência bibliográfica do objeto resenhado 
 
 Constam da referência bibliográfica: 
 Nome do autor 
 Título da obra 
 Nome da editora 
 Data da publicação 
 Lugar da publicação 
 Número de páginas 
 Preço 
Obs.: Às vezes não consta o lugar da publicação, o número de páginas e/ou o preço. 
 
Os dados da referência bibliográfica podem constar destacados do texto, num "box" ou 
caixa. 
 
Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, o novo livro do escritor português José Saramago 
(Companhia das Letras; 310 páginas; 20 reais), é um romance metafórico (...) (Veja, 25 
de outubro, 1995). 
 
5. O resumo do objeto resenhado 
 
 O resumo que consta numa resenha apresenta os pontos essenciais do texto e seu 
plano geral. 
 
 Pode-se resumir agrupando num ou vários blocos os fatos ou idéias do objeto 
resenhado. 
 
 Veja exemplo do resumo feito de "Língua e liberdade: uma nova concepção da 
3 
 
língua materna e seu ensino" (Celso Luft), na resenha intitulada "Um gramático contra a 
gramática", escrita por Gilberto Scarton. 
 
 
 "Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, 
intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a 
maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e 
gramática, a obsessão gramaticalista, a inutilidade do ensino da teoria gramatical, a 
visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o 
esquecimento a que se relega a prática lingüística, a postura prescritiva, purista e 
alienada - tão comum nas "aulas de português". 
 
 O velho pesquisador apaixonado pelos problemas de língua, teórico de espírito 
lúcido e de larga formação lingüística e professor de longa experiência leva o leitor a 
discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; 
gramática tradicional e lingüística;o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber 
dos falantes e o saber dos gramáticos, dos lingüistas, dos professores; o ensino útil, do 
ensino inútil; o essencial, do irrelevante". 
 
 
Pode-se também resumir de acordo com a ordem dos fatos, das partes e dos capítulos. 
 
 Veja o exemplo da resenha "Receitas para manter o coração em forma" (Zero Hora, 
26 de agosto, 1996), sobre o livro "Cozinha do Coração Saudável", produzido pela LDA 
Editora, com o apoio da Beal. 
 
Receitas para manter o coração em forma 
 
 
 "Na apresentação, textos curtos definem os diferentes tipos de gordura e suas 
formas de atuação no organismo. Na introdução os médicos explicam numa 
linguagem perfeitamente compreensível o que é preciso fazer (e evitar) para manter o 
coração saudável. 
 
 As receitas de Cozinha do Coração Saudável vêm distribuídas em desjejum e 
lanches, entradas, saladas e sopas; pratos principais; acompanhamentos; molhos e 
sobremesas. Bolinhos de aveia e passas, empadinhas de queijo, torta de ricota, suflê 
de queijo, salpicão de frango, sopa fria de cenoura e laranja, risoto com açafrão, bolo 
de batata, alcatra ao molho frio, purê de mandioquinha, torta fria de frango, crepe de 
laranja e pêras ao vinho tinto são algumas das iguarias". 
 
 
6. Como se inicia uma resenha 
 
 Pode-se começar uma resenha citando-se imediatamente a obra a ser resenhada. Veja 
os exemplos: 
4 
 
 
"Língua e liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino" 
(L&PM, 1995, 112 páginas), do gramático Celso Pedro Luft, traz um conjunto de 
idéias que subvertem a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por 
combater, veementemente, o ensino da gramática em sala de aula. 
 
 
Mais um exemplo: 
 
"Michael Jackson: uma Bibliografia Não Autorizada (Record: tradução de Alves 
Calado; 540 páginas, 29,90 reais), que chega às livrarias nesta semana, é o melhor 
perfil de astro mais popular do mundo". (Veja, 4 de outubro, 1995). 
 
 
 Outra maneira bastante frequente de iniciar uma resenha é escrever um ou dois 
parágrafos relacionados com o conteúdo da obra. 
 
 Observe o exemplo da resenha sobre o livro "História dos Jovens" (Giovanni Levi e 
Jean-Claude Schmitt), escrita por Hilário Franco Júnior (Folha de São Paulo, 12 de 
julho, 1996). 
 
O que é ser jovem 
 
Hilário Franco Júnior 
 
 Há poucas semanas, gerou polêmica a decisão do Supremo Tribunal Federal que 
inocentava um acusado de manter relações sexuais com uma menor de 12 anos. A 
argumentação do magistrado, apoiada por parte da opinião pública, foi que "hoje em 
dia não há menina de 12 anos, mas mulher de 12 anos". 
 
 Outra parcela da sociedade, por sua vez, considerou tal veredito como a aceitação 
de "novidades imorais de nossa época". Alguns dias depois, as opiniões foram 
novamente divididas diante da estatística publicada pela Organização Mundial do 
Trabalho, segundo a qual 73 milhões de menores entre 10 e 14 anos de idade 
trabalham em todo o mundo. Para alguns isso é uma violência, para outros um fato 
normal em certos quadros sócio-econômico-culturais. 
 
 Essas e outras discussões muito atuais sobre a população jovem só podem 
pretender orientar comportamentos e transformara legislação se contextualizadas, 
relativizadas. Enfim, se historicizadas. E para isso a "História dos Jovens" - 
organizada por dois importantes historiadores, o modernista italiano Giovanno Levi, 
da Universidade de Veneza, e o medievalista francês Jean-Claude Schmitt, da École 
des Hautes Études em Sciences Sociales - traz elementos interessantes. 
 
 
5 
 
 
 
 Observe igualmente o exemplo a seguir - resenha sobre o livro "Cozinha do Coração 
Saudável", LDA Editores, 144 páginas (Zero Hora, 23 de agosto, 1996). 
 
Receitas para manter o coração em forma 
 
Entre os que se preocupam com o controle de peso e buscam uma alimentação 
saudável são poucos os que ainda associam estes ideais a uma vida de privações e a 
uma dieta insossa. Os adeptos da alimentação de baixos teores já sabem que 
substituições de ingredientes tradicionais por similares light garantem o corte de 
calorias, açúcar e gordura com a preservação (em muitos casos total) do sabor. 
Comprar tudo pronto no supermercado ou em lojas especializadas é barbada. A coisa 
complica na hora de ir para a cozinha e acertar o ponto de uma massa de 
panqueca,crepe ou bolo sem usar ovo. Ou fazer uma polentinha crocante, bolinhos de 
arroz e croquetes sem apelar para a frigideira cheia de óleo. O livro Cozinha do 
Coração Saudável apresenta 110 saborosas soluções para esses problemas. Produzido 
pela LDA Editora com apoio da Becel, Cozinha do Coração saudável traz receitas 
compiladas por Solange Patrício e Marco Rossi, sob orientação e supervisão dos 
cardiologistas Tânia Martinez, pesquisadora e professora da Escola Paulista de 
Medicina, e José Ernesto dos Santos, presidente do departamento de Aterosclerose da 
Sociedade Brasileira de Cardiologia e professor da faculdade de Medicina de Ribeirão 
Preto. Os pratos foram testados por nutricionistas da Cozinha Experimental Van Den 
Bergh Alimentos. 
 
 
Há, evidentemente, numerosas outras maneiras de se iniciar um texto-resenha. A leitura 
(inteligente) desse tipo de texto poderá aumentar o leque de opções para iniciar uma 
recensão crítica de maneira criativa e cativante, que leva o leitor a interessar-se pela 
leitura. 
 
7. A crítica 
 
 A resenha crítica não deve ser vista ou elaborada mediante um resumo a que se 
acrescenta, ao final, uma avaliação ou crítica. A postura crítica deve estar presente 
desde a primeira linha, resultando num texto em que o resumo e a voz crítica do 
resenhista se interpenetram. 
 
 O tom da crítica poderá ser moderado, respeitoso, agressivo, etc. No caso de 
resenhas acadêmicas, o estudante deverá destacar a importância da obra lida para a 
formação acadêmica da área. 
 
 
 
 
6 
 
8. Exemplos de resenhas 
 
 
 
Um gramático contra a gramática 
 
Gilberto Scarton 
 
 Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino 
(L&PM, 1995, 112 páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de 
idéias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, 
veemente, o ensino da gramática em sala de aula. 
 
 Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, 
sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e 
errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão 
gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se 
ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática 
lingüística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de 
português". 
 
 O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito 
lúcido e de larga formação lingüística e professor de longa experiência leva o leitor a 
discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; 
gramática tradicional e lingüística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber 
dos falantes e o saber dos gramáticos, dos lingüistas, dos professores; o ensino útil, do 
ensino inútil; o essencial, do irrelevante. 
 
 Essa fundamentação lingüística de que lança mão - traduzida de forma simples 
com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a 
tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é 
tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um 
fato natural, imanente ao ser humano; um processos espontâneo, automático, natural, 
inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata 
pela linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório, 
nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu 
espírito crítico e para falar por si. 
 
 Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original 
quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em 
muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra, 
convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores - 
vítimas do ensino tradicional - e os professores de português - teóricos, 
gramatiqueiros, puristas - têm ao se depararem com uma obra de um autor de 
gramáticas que escreve contra a gramática na sala de aula. 
 
 
 
 
7 
 
Referências bibliográficas: 
 
MANUAL DE REDAÇÃO PUC. Disponível em: 
http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php. 
 
MARTINS, D.S. Português Instrumental de acordo com as atuais normas da ABNT. 
Editora Atlas. Porto Alegre: Sagra/Luzzato, 2001. 
 
OLIVEIRA, J. P. M. e MOTTA, C. A. P. Como Escrever Textos Técnicos. Editora 
Thomson, 2004. 
 
MEDEIROS, João Bosco. Redação Cientifica – A Prática de Fichamentos, Resumos e 
Resenhas. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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