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Guia de Estudos da Unidade 4 Economia e Gestão

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Economia e Gestão
UNIDADE 4
1
UNIDADE 4
DISCIPLINA: ECONOMIA E GESTÃO
Apresentação da Disciplina
Caro(a) Aluno(a)!
Estamos iniciando a Unidade IV e convidamos você para refletir sobre o funciona-
mento das políticas fiscal, mone tária, cambial e comercial. Vamos entender sobre o 
papel da moeda na economia, o funcionamento do mercado monetário, ou seja, oferta 
e demanda da moeda. Compreendendo como ele funciona, fica mais seguro entender 
como ele pode sofrer intervenções através da política monetária. Apresentamos, ain-
da, os instrumentos de política monetária. Então, vamos iniciar a Unidade. Queremos 
que você saiba que estaremos junto com você, estimulando a aprendizagem e escla-
recendo as suas dúvidas.
Disposto? Claro que sim. Então vamos avante, muito temos que aprender.
Após aprendermos o que significa a microeconomia e os objetos de estudos da mes-
ma, nesta unidade vamos conhecer e aprender o que é a macroeconomia e o que ela 
se propõe a estudar. O assunto é envolvente e o ajudará a esclarecer dúvidas sobre o 
tema. Lembre-se que a microeconomia estuda os elementos mais simples da econo-
mia. E quais são esses elementos? Lembra-se? 
Vamos recordar? A microeconomia tem por objetivo estudar o comportamento dos 
consumidores. Como ele se dirige ao mercado para adquirir bens e serviços. Você 
sabe que o nível de consumo depende da renda do consumidor e como essa renda é 
auferida. A microeconomia olha, também, o comportamento das empresas. O que a 
leva a produzir determinados bens e serviços. Como a demanda por bens e serviços 
determinam o nível de produção, ou a quantidade a ser produzida para atender a pro-
cura ou demanda. A microeconomia preocupa-se, inclusive, em estabelecer como o 
consumidor gasta sua renda, além de estudar a forma como as empresas utilizam os 
fatores de produção. 
Você lembra quais são os fatores de produção? Se não, releia a Unidade III. 
Bom, vamos agora aprender o que é a macroeconomia e o que ela estuda. Prepara-
dos? Então vamos lá. 
Desejo a você um bom estudo, colocando-me à disposição para dirimir dúvidas que 
porventura venham a aparecer. 
Professor Ticiano Lapenda
2
UNIDADE IV
A Unidade IV enfatizará o ramo da economia denominado de macroeconomia. Você 
vai aprender a distinguir a economia nos níveis micro e macro. Na parte destinada ao 
estudo da Microeconomia, destacamos os mercados de concorrência perfeita e im-
perfeita, e na parte macroeconômica, o sistema de contas nacionais e os indicadores 
sociais, além das políticas econômicas do governo e como elas impactam na produ-
ção e no consumo. Portanto, vamos compreender os significados das políticas fiscal, 
monetária, cambial e tributária. Você vai entender as razões que levam o governo a 
fazer flutuações nas taxas de juros e como estas flutuações definem o crescimento ou 
retração da economia.
Os assuntos que temos pela frente são bastante interessantes e de fundamental im-
portância para entendermos o comportamento da economia em um dado período. 
Antes de iniciarmos, vamos a um pequeno resumo. Preparado? Então vamos lá.
Resumo
• Microeconomia: parte da teoria econômica que estuda os agentes econômi-
cos de forma individualizada, como consumidor e a empresa.
• Macroeconomia: parte da teoria econômica que estuda os agentes econômi-
cos em seu conjunto. Tem por finalidade determinar os fatores que interferem 
no nível total da renda e do produto da economia.
Você percebe a diferença? Simples. Contudo entenda que a microeconomia e a ma-
croeconomia são estudos complementares e não excludentes.
Vamos, então, mergulhar no estudo da macroeconomia.
Como já vimos, a macroeconomia estuda os agentes econômicos em seu conjunto. 
Busca compreender como os fatores que interferem no nível da renda e do produto 
da economia. 
Vamos nos lembrar o que foi abordado na unidade III. Lembra que definimos a eco-
nomia como a ciência da escassez? E o que é escassez? Escassez é a limitação dos 
fatores de produção para produzir bens e serviços para os consumidores cada vez 
mais desejosos de adquirirem estes bens e serviços, dado as necessidades ilimitadas 
destes consumidores. Bom, para que a produção atenda as necessidades dos con-
sumidores, a mesma deve buscar a eficiência e a eficácia. E como conquistar a efici-
ência e a eficácia? A resposta é simples: otimizando o uso dos fatores de produção e 
melhorando seus processos produtivos, ou seja, aumentar a produtividade. E o que 
significa produtividade? O aumento da produtividade significa fazer mais com menos. 
Menos inputs (entradas) e mais outputs (saídas). E o que significa entradas e saídas 
3
em um sistema produtivo? Entradas são todos os insumos necessários para o proces-
so produtivo. Matéria prima, equipamentos, instalações, Mão de obra, tecnologia, etc., 
são entradas. E saídas? São os bens e serviços acabados e prontos para o consumo.
Vamos entender, agora, o conceito de contabilidade nacional ou social. E o que é 
contabilidade nacional ou social? A contabilidade nacional ou social apresenta em ter-
mos quantitativos o desempenho da economia, ou seja, nos fornece os meios para a 
análise do conjunto da economia de uma sociedade. Isto posto, surge uma indagação: 
como medir a produção de um sistema econômico? Lembra-se o que é um sistema 
econômico? Se não, releia a nossa Unidade III.
O importante é ter em vista que a produção é contínua, ou seja, não é interrompida. E 
qual a razão desta continuidade? Óbvio, todos nós, consumidores, estamos deman-
dando sempre por bens e serviços para atender nossas necessidades e desejos. 
Vamos, na sequência, entender o conceito de produto. E o que é o produto de uma 
determinada economia? É a soma dos valores expressos em termos monetários dos 
bens e serviços produzidos e voltados para o consumo final.
E como medir a atividade econômica? O que é renda de uma economia? A renda 
de uma economia é a soma da remuneração paga aos fatores de produção. Lembra 
quais os fatores de produção? Se não, releia a Unidade I. Em outras palavras, para 
se obter a renda de um país em um determinado período, somam-se os salários, os 
aluguéis, os juros e os lucros que são os pagamentos feitos aos fatores de produção.
Temos outra ótica: a da despesa. Em que consiste esta ótica? É a análise do uso que 
os agentes fazem da sua renda. E como a renda é utilizada? Ela pode ser utilizada no 
consumo de bens e serviços, compra de títulos do governo, etc.
Podemos, então, afirmar que o produto de uma economia é expresso em termos mo-
netários. Devemos considerar que o exposto acima considera um sistema econômico 
bem simples, incluindo tão somente os consumidores e empresas. O setor público, 
ou seja, o governo não foi considerado. Entretanto, como já vimos nas unidades an-
teriores, o governo é um agente econômico, e assim sendo, ele faz parte do sistema 
econômico.
Percebe você que nesta unidade introduzimos dois novos conceitos; produto e ren-
da.
Então, agora, podemos falar sobre contabilidade nacional. Vamos conceituar o que 
é contabilidade nacional? Contabilidade nacional é um método de medir a atividade 
econômica. E o que se mede? A produção em um determinado período de tempo.
Dificuldades? Creio que não. Todavia se surgir alguma, estou à disposição para tirá-
-las. 
4
Continuemos a aprofundar nossos conhecimentos. Vamos falar sobre os agregados 
macroeconômicos. E quais são os agregados econômicos? Nada complicado. 
Você certamente já ouviu falar sobre o PIB (Produto Interno Bruto). E o que significa 
isto? O PIB é a soma de tudo que um país produz em um determinado período de 
tempo. A partir desta definição, fica claro que quanto maior o PIB, maior a produção de 
bens e serviços. Claro, as empresas só estarão dispostas a aumentar a produção na 
medida em que o consumo aumenta. Então podemos concluir: o consumo aumenta 
quandoa renda dos consumidores também aumenta. Então temos: mais produção 
que gera mais renda, mais demanda mais produção. 
Mas o que determina o crescimento?
Como explicitado anteriormente, a variação do PIB é a medida do crescimento eco-
nômico. Assim, é necessário determinar quais os componentes do PIB para saber o 
que realmente determina o crescimento econômico de um país. A seguinte equação 
representa os condicionantes do crescimento econômico:
PIB = consumo das famílias + gasto do governo + investimento das empresas 
+ exportação líquida. Vamos analisar, agora, cada um dos componentes separada-
mente.
Consumo das famílias: ao se apropriarem de suas rendas, as famílias destinam uma 
parte ao consumo de bens e serviços. Quanto mais as famílias consumirem, mais as 
empresas terão que produzir para suprir as demandas por bens e serviços das pesso-
as. Vale ressaltar que famílias de baixa renda tendem a consumir proporcionalmente 
mais de suas rendas, pois não adquiriram todos os bens de que necessitam. Destaca-
-se, então, a importância de uma distribuição de renda equitativa no país, pois famí-
lias de baixa renda consomem pouco e, caso tenham incrementos em seus ganhos, 
passarão a consumir mais, impulsionando o crescimento econômico. 
Investimento das empresas: é uma das mais importantes variáveis para o cresci-
mento de um país. Ao investirem, as firmas elevam o nível de emprego, produto e 
renda. As indústrias, na maioria das vezes, não possuem recursos suficientes para 
realizar seus planos de investimento e, com isso, precisam recorrer a empréstimos 
junto às instituições financeiras, pagando uma determinada taxa de juros pelo dinhei-
ro que tomam emprestado. Ao fazerem seus planos de investimento, as empresas 
calculam, aproximadamente, a rentabilidade que tal investimento vai lhe proporcionar. 
Caso a lucratividade do investimento seja maior que os juros que deverão ser pagos 
pelo financiamento, a empresa realizará seus planos; caso contrário, tal investimento 
torna-se inviável. Portanto, para que exista um nível de investimento elevado na eco-
nomia, é necessário que se mantenha a taxa de juros baixa.
5
Gasto público: ao fazer obras, construir, operar suas estatais, etc., o governo está 
empregando mais pessoas, expandindo o nível de emprego e, ao mesmo tempo, dan-
do condições para que as empresas produzam mais. Assim, ao comprar e produzir 
mais, o governo causa uma elevação da produção e do nível de emprego, e aumenta 
o nível de renda da economia.
Exportação líquida: são as exportações menos importações de um país. Quanto 
maior o saldo, maiores o nível de emprego e o crescimento econômico, já que a pro-
dução deve aumentar; quanto menor o saldo, menor o nível de emprego, pois produ-
tos que eram produzidos aqui passam a ser comprados do exterior, piorando a produ-
ção da economia. É óbvio que nenhum país fica sem comprar e vender para o exterior, 
mas o ideal é aumentar o nível de exportações e diminuir o de importações. O Sistema 
de Contas Nacionais e a consequente mensuração dos agregados possibilitam uma 
avaliação quantitativa do produto que uma economia pode ser capaz de gerar num 
determinado período de tempo. Tal medida vem sendo considerada um importante 
indicador de desempenho econômico e mostra a capacidade de geração de renda 
das economias. Portanto, quando o objetivo da política econômica for de crescimento 
econômico, automaticamente, se estará procurando expandir o nível de produção e, 
consequentemente, o nível de emprego da economia. A mensuração das variáveis 
econômicas possibilita a avaliação quantitativa do produto que uma economia se tor-
na capaz de gerar num determinado período de tempo. Tal medida é considerada um 
importante indicador de desempenho econômico e identifica a capacidade de geração 
de renda da economia. Entretanto, se a preocupação for com a qualidade de vida da 
população, o produto agregado mostra-se inadequado. Na avaliação da qualidade de 
vida da população, faz-se necessário considerar não apenas os aspectos econômi-
cos, mas também aqueles ligados à oferta de bens públicos, como saúde e educação, 
que afetam diretamente o bem-estar. A utilização de indicadores sociais como parte 
da avaliação da riqueza de uma região insere-se na discussão entre crescimento e 
desenvolvimento econômico.
A preocupação com o bem-estar da sociedade nos remete ao confronto de dois impor-
tantes conceitos: crescimento econômico versus desenvolvimento econômico.
Desse modo, observa-se nas sociedades em fase de desenvolvimento ou subdesen-
volvidas a ocorrência de crescimento sem desenvolvimento. Se o crescimento for mui-
to concentrado, isto é, mal distribuído, a maior parte da população não se beneficia da 
elevação da renda gerada na economia. Vale a pena observar que uma das formas de 
avaliar o desenvolvimento é acompanhar a evolução de alguns indicadores relativos 
à saúde e à educação, porque seu comportamento fornece uma boa aproximação do 
que está ocorrendo com a qualidade de vida da população.
Algumas instituições internacionais, como o Banco Mundial e o Programa das Nações 
Unidas para o Desenvolvimento – PNUD –, vêm divulgando sistematicamente dados 
como os de expectativas de vida, mortalidade infantil, condições sanitárias, nível e 
qualidade da educação do país. Tais estatísticas, além de permitirem avaliar a quali-
6
dade de vida de um país, possibilitam comparações entre os países e fornecem uma 
ideia mais precisa do que vem a ser caracterizado como um país desenvolvido.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), publicado nos Relatórios do Programa 
das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, tem como objetivo avaliar a 
qualidade de vida nos países. O PNUD calcula o IDH desde o início dos anos 1990 e, 
atualmente, o estima para muitos outros países. O IDH agrega, em sua metodologia 
de cálculo, três variáveis:
Indicador de renda: é a renda per capita, ajustada para refletir a paridade do poder 
de compra (PPP) entre os países (portanto, renda avaliada em US$ PPP).
Indicador das condições de saúde: é a expectativa de vida (índice de longevidade).
Indicador das condições de educação: é uma média ponderada de outros dois 
indicadores, a taxa de alfabetização de adultos e a taxa combinada de matrícula nos 
Ensinos Fundamental, Médio e Superior.
O IDH varia de zero a um e permite classificar os países em três grupos distintos: bai-
xo desenvolvimento: IDH menor ou igual a 0,5; médio desenvolvimento: IDH entre 0,5 
e 0,8; e países de alto desenvolvimento: IDH maior que 0,8.
Saiba mais! 
Sugiro que você leia o capítulo quinto do livro princípios de Economia de Flávio 
Ribas Tebchirani que está disponível na biblioteca virtual. 
Informações sobre como é calculado o PIB no Brasil e sua evolução durante os últi-
mos anos nos endereços: http://sereduc.com/Dq8S0r
http://sereduc.com/nIRajh
Pesquise também na Fundação IBGE – Sistema de Contas Nacionais – Tabela de 
recursos e usos - Metodologia. Diretoria de Pesquisa, texto para discussão interna 
número 88, dezembro de 1998 em: http://sereduc.com/5PMQpF Sobre o Índice de 
Desenvolvimento Humano (IDH) e sua evolução nos principais países, em: 
http://sereduc.com/xUn6a8
http://sereduc.com/dlUK4o
E aí? Complicado? Claro que não. É só pensar.
Todos nós ouvimos falar constantemente que o Brasil tem uma péssima distribuição 
de renda. Hora de abordarmos um novo conceito: distribuição de renda. O que isto 
significa? Vamos entender. Sabemos que o sistema econômico produz bens e servi-
ços que serão ofertados aos consumidores. Ora, quanto maior a renda das pessoas, 
mais acesso elas terão ao consumo. Desta forma a renda precisa ser distribuída de 
forma a tornar o acesso das pessoas aos bens e serviços. É sabido que a renda não é 
7
igual em todas as regiões do país. Ela se concentra nas regiões onde há mais fatores 
de produção. Lembra quaissão os fatores de produção? Capital, terra e trabalho. Ok. 
Vamos avante, muito ainda temos que considerar no estudo da macroeconomia. 
Neste contexto, devemos entender como a renda é distribuída entre as pessoas. Nor-
malmente a renda de uma pessoa é fruto do seu trabalho. Se ocorrer uma distribuição 
mais justa da renda, as pessoas terão mais oportunidade de adquirir bens e serviços. 
Se há um aumento na demanda por estes bens e serviços, mais as empresas produ-
zirão. Se as empresas produzem mais, necessitarão de mais pessoas trabalhando. 
Se há mais pessoas trabalhando, mais acesso elas terão ao consumo. Esta cadeia 
gera o aumento das riquezas produzidas pelo país. Lembra do conceito de PIB? Se 
não, releia. 
Resumo
Vimos que a microeconomia busca entender:
• Como o consumidor destina sua renda para a aquisição de bens e serviços.
• Como a empresa estabelece planeja sua produção, buscando diminuir seus 
custos.
• Como a empresa precifica seus produtos e serviços.
A macroeconomia visa:
• Explicar as razões que levam uma economia a crescer ou não.
• Quais as razões que levam os preços dos bens e serviços a aumentarem em 
certo período e outros permanecerem estáveis.
Podemos concluir que a macroeconomia tem por objetivo analisar os índices de pre-
ços, nível de produção e de emprego. Busca também analisar a relação que existe 
entre a taxa de juros e o nível de investimento na produção e a influência da taxa de 
câmbio nas importações e exportações. 
Imagino que você não teve dificuldades para entender a macroeconomia. Na sequên-
cia desta exposição, se houver alguma dificuldade, ela será dirimida. 
Saiba mais! 
Para aprofundar seus conhecimentos sobre o tema abordado, continue lendo o 
capítulo 5 do livro princípios de Economia de Flávio Ribas Tebchirani que está 
disponível na biblioteca virtual. 
8
Já agregamos uma série de conhecimentos. Agora vamos discorrer sobre as Políti-
cas Econômicas do Governo. Afinal, quais são estas políticas e qual suas finalida-
des e metas? Vamos lá. Não é tão complicado assim.
Os objetivos da política econômica envolvem compensações e conflitos. Enquanto al-
gumas variáveis macroeconômicas flutuam juntas, produção e emprego, para exem-
plificar, em outras situações, as decisões da política econômica enfrentam conflitos 
que são inevitáveis. Vamos exemplificar para que você entenda melhor.
Quando dissemos que a produção e o emprego flutuam juntos, queremos dizer que 
o aumento da produção acarreta a criação de mais postos de trabalho. Em contra-
partida a queda na produção acarreta a diminuição dos postos de trabalho. Ora, esta 
flutuação gera um aumento ou queda da taxa de emprego. Certamente você já ouviu 
falar sobre o crescimento ou não da taxa de emprego. A taxa de emprego é um indica-
dor econômico que mostra o desempenho da economia do país em um determinado 
período.
Então, quanto menor a taxa de desemprego, melhor o desempenho da economia visto 
que a produção de bens e serviços aumenta em razão do aumento da demanda por 
estes bens e serviços. Entendido? Ótimo.
Passemos agora a definir as políticas econômicas e os impactos que elas causam na 
economia, mas antes vamos classificá-las. As políticas econômicas do governo são 
classificadas em:
• Fiscal – diz respeito ao orçamento público (receitas e gastos do setor públi-
co).
• Monetária – controle da moeda, do crédito ofertado e da taxa de juros.
• Cambial – controle do ingresso e saída de moeda estrangeira e a formação 
da taxa cambial.
• Comercial – políticas de comércio internacional e dos incentivos as exporta-
ções.
Vamos falar sobre cada uma destas políticas e como elas afetam o desempenho da 
economia de um país.
Você verá que a compreensão destas políticas é fácil e entenderá as razões que le-
vam o governo a optar por determinadas políticas. Lembre-se, o governo é um agente 
econômico e interfere diretamente na produção e no consumo por bens e serviços.
Bom, vamos começar pela política fiscal. Afinal o que é e de que trata a política fiscal? 
Vamos ver.
9
Imagine você enquanto um assalariado. Claro, se você exerce uma atividade produti-
va, no final do mês recebe o pagamento pelos serviços prestados a uma determinada 
empresa. Com esta renda, você demandará por bens e serviços que atendam suas 
necessidades e desejos. Você paga a prestação do carro, o aluguel, compra alimen-
tos, roupas, etc. Bom, se seus gastos mensais ultrapassam sua receita, você assume 
a posição de deficitário, ou seja, suas despesas são maiores que sua receita. Com 
o governo ocorre a mesma coisa. O governo elabora seu orçamento anual em que 
constam as receitas e despesas presumíveis. No entanto, considerando que o gover-
no é perdulário, as despesas sempre são maiores que as receitas. De alguma forma o 
governo precisa cobrir este “rombo”. E de que forma o faz? Buscando dinheiro no mer-
cado. E como o governo capta dinheiro no mercado? Através da emissão de títulos da 
dívida pública. Ora, se o governo pede dinheiro emprestado, em um momento ele terá 
que pagar – resgate dos títulos emitidos e comprado pelos investidores. Neste caso, o 
governo aumenta seu endividamento, destinando parte da receita para o pagamento 
dos juros dos títulos. Claro que ao destinar parte da receita para o pagamento dos 
juros, outros investimentos não serão feitos. Que investimentos são estes? Investi-
mentos em saúde, educação, segurança, infraestrutura, etc. Perceba que neste caso 
o governo não está destinando dinheiro para atividades produtivas. Eis a razão pela 
qual o governo investe pouco em atividades produtivas, o orçamento público sempre 
apresenta déficit. Ou seja, receita menor que despesa. Percebeu? 
Vamos imaginar a seguinte situação: você recebe seu salário no final do mês. Como 
você gasta mais do que recebe, sua posição é deficitária. O que você faz? Pede di-
nheiro emprestado ao banco utilizando o cheque especial. No final do mês, você terá 
que pagar os juros cobrados pelo banco. Ou seja, os recursos financeiros que você 
poderia utilizar para outros fins será usado para o pagamento da dívida contraída. É 
assim que o governo se comporta. Então fica uma pergunta: o que o governo deve 
fazer? Equilibrar seu orçamento, gastando só o que arrecada. Há alternativa? Sim. In-
centivar a produção alterando a política tributária. E agora? O que é política tributária? 
Tenho certeza que você já ouviu centenas de vezes a seguinte expressão: “a carga 
tributária no Brasil inibe a produção”. Ouviu? Claro. Vamos conversar um pouco sobre 
a política tributária. 
Vamos lá? 
A política tributária diz respeito aos impostos, taxas e demais contribuições que o go-
verno cria para arrecadar mais e cobrir seu “rombo” orçamentário. Você já ouviu falar, 
certamente, que o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo. O que 
isto quer dizer? Quer dizer que o Brasil cobra muitos impostos. E como isto inibe o 
crescimento da economia? Vamos entender. 
Na medida em que o governo onera a produção, as empresas se retraem, ou deixam 
de produzir ou diminuem sua produção. Por qual razão? Pelo simples motivo de que 
os custos de produção ficam mais elevados. O que ocorre quando os custos de pro-
dução ficam mais elevados? As empresas repassam o aumento destes custos para o 
10
consumidor. Ora, se os preços dos bens e serviços ficam mais altos, o consumo dos 
mesmos diminui, ou seja, há uma inibição no consumo. Esta inibição no consumo faz 
com que as empresas produzam menos. Produzindo menos, o país deixa de gerar 
riquezas. Lembra do PIB? Você certamente deve estar perguntado: por que o governo 
não altera sua política tributária? Esta é uma pergunta que todos se fazem. Vamos 
arriscar uma resposta? O governo não altera sua política tributária em razão do des-
controle da sua política fiscal. Se o governo arrecadasse melhor e gastasse de forma 
responsável,certamente teria um orçamento equilibrado. Lembra-se do exemplo do 
consumidor que tem uma determinada renda e gasta mais? 
Precisamos, para fechar a abordagem sobre a política tributária, estabelecer como 
elas impactam no desempenho das organizações. Claro, se os encargos são eleva-
dos, as empresas têm os custos de produção aumentados – já abordamos isto. Se 
os custos de produção são onerados, as organizações, obrigatoriamente, repassam 
estes custos para o preço final do bem ou serviço. E o que isto significa? Significa que 
nossas empresas perdem competitividade. E o que significa perder competitividade? 
Significa que elas não conseguem competir com empresas de outros países, pois os 
custos de produção das empresas de outros países são mais baixos. Eis a razão pela 
qual o Brasil é um país pouco competitivo. Esta baixa competitividade leva o país a 
comprometer seus resultados na balança comercial. E o que é a Balança Comer-
cial? Falaremos sobre ela quando abordarmos a política comercial. 
E aí? Alguma dificuldade? Não se preocupe. Ao assistir aos vídeos aulas, ler o mate-
rial indicado, participar dos fóruns e fazer os exercícios propostos, você compreende-
rá com facilidade o que estamos abordando.
Na sequência dos nossos estudos, vamos falar sobre a política monetária. 
Quando falamos de política monetária, nos referimos às ações do governo no sentido 
de controlar as condições de liquidez da economia. Diante disso, a política monetária 
pode ser definida como o controle da oferta de moeda e das taxas de juros, no sentido 
de que sejam atingidos os objetivos da política econômica global do governo. Alter-
nativamente, também pode ser definida como a atuação das autoridades monetárias, 
por meio de instrumentos de efeitos diretos ou induzidos, com o propósito de controlar 
a liquidez global do sistema econômico. 
A formulação da política monetária é uma prerrogativa do Banco Central que di-
mensiona os meios de pagamento e os níveis das taxas de juros, adequando essas 
variáveis aos objetivos de crescimento da produção e do emprego, com estabilidade 
de preços. A atuação do Banco Central opera-se pela determinação do volume de 
reservas obrigatórias dos bancos, dependendo do comportamento do público e dos 
bancos em relação às quantidades de moedas que desejam reter.
11
Saiba mais! 
Aprofunde os conhecimentos até então obtidos, lendo capítulo 19 do livro Prin-
cípios de Economia de Francisco Mochón, ao seu alcance na biblioteca virtual.
Entendido? Que bom! Vamos sequenciar nossa abordagem sobre a política monetá-
ria, falando sobre a demanda por moeda. O que significa demanda por moeda? Quais 
os motivos que levam as pessoas a demandar e reter moeda?
Primeiro vamos conceituar e definir o papel da moeda. A partir daí, será fácil compre-
ender o assunto. Vamos pensar? 
A moeda, é um meio de troca, é a maneira mais eficaz de um indivíduo adquirir os 
bens e serviços de que necessita. Entretanto, como uma pessoa não gasta toda sua 
renda no momento em que a recebe, podemos perguntar: por que esse indivíduo não 
aplica parte dela – a que não é consumida imediatamente – em títulos, que rendem 
juros? Existem três razões fundamentais que levam as pessoas a demandar e reter 
moeda em seu poder:
Primeira razão: o fato de os pagamentos e os recebimentos não serem perfeitamente 
sincronizados. A maior parte dos trabalhadores recebe seus salários no início do mês, 
mas os gastam, no decorrer do mesmo mês, com as despesas comuns de uma fa-
mília, como aluguel, condução, alimentação, etc. Portanto, essa pessoa precisa reter 
moeda ou dinheiro em seu poder durante todo o mês. A essa razão para a retenção 
de moeda, damos o nome de demanda da moeda para transações. 
Segunda razão: chama-se demanda de moeda para precaução. Isso significa que 
as pessoas previdentes sempre têm certa soma em seu poder, reservada para um 
imprevisto, como problemas de saúde, uma batida de automóvel, etc. 
Terceira razão: é a demanda de moeda para especulação ou demanda especulativa. 
Essa razão está associada ao fato de a moeda funcionar como reserva de valor. Se 
um indivíduo já separou de sua renda aquelas parcelas destinadas às transações e 
à precaução, o procedimento mais razoável seria aplicar o restante em títulos, que 
rendem juros, pois nada acontece com o dinheiro quando está simplesmente em casa 
ou depositado em um banco, em conta-corrente.
Saiba mais! 
Sugiro que você leia o capítulo 7 do livro Macroeconomia de Andrew B. Abel, 
Bem S. Bernanke e Dean Croushore. Desta forma você estará agregando novos 
conhecimentos. Consulte a biblioteca virtual.
12
Vamos conceituar, agora, o que é taxa de juros. Este conceito precisa ser entendido 
para seguirmos em frente. Em 2005, foi publicado o livro O valor do amanhã, que dis-
cute a questão dos juros na sua concepção mais ampla. 
[...] o fenômeno dos juros é, portanto, inerente a toda e qualquer forma de troca inter-
temporal. Os juros são o prêmio da espera na ponta credora – ganhos decorrentes 
da transferência ou cessão temporária de valores do presente para o futuro; e são o 
preço da impaciência na ponta devedora – o custo de antecipar ou importar valores do 
futuro para o presente. (GIANNETTI, 2005, p. 10)
Então, taxa de juros é o preço cobrado pelos credores aos devedores pelo uso de 
suas poupanças durante certo período de tempo. Voltemos à nossa discussão. Se a 
taxa de juros do mercado está baixa, essa pessoa prefere esperar um aumento para 
aplicar seu dinheiro e obter, assim, uma remuneração maior. Nesse caso, é importan-
te ressaltar que a moeda cumpre melhor seu papel de reserva de valor em economias 
onde não há inflação ou quando ela baixa. Altos índices inflacionários corroem o poder 
aquisitivo da moeda, reduzindo seu valor com o passar do tempo. Isso tudo nos per-
mite estabelecer uma relação inversa entre a taxa de juros do mercado e a demanda 
especulativa da moeda. Realmente, quanto maior a taxa de juros, menor a quantidade 
de moeda demandada e retida para especulação, e vice-versa.
O que foi visto nos leva a concluir que a demanda por moeda tem um componente 
influenciado pela taxa de juros – a demanda especulativa – e um componente que não 
depende de juros – a demanda para transações e por precaução.
Para entendermos perfeitamente a demanda por moeda, basta lembrar que a taxa de 
juros é o preço da moeda, isto é, o preço do dinheiro no mercado financeiro. Assim, no 
mercado financeiro, onde se encontram a oferta e a demanda por dinheiro, o dinheiro 
se transforma numa mercadoria, cujo preço é a taxa de juros. Percebe você que a 
moeda tem um preço? E qual é o preço da moeda? Como já posto, o preço da moeda 
são as taxas de juros.
Muita informação? Sim. Mas não se iniba ou desestimule. O aprendizado é assim 
mesmo. Quanto mais informações temos, mais informações desejamos. 
Internalizados estes conceitos, vamos conversar sobre os efeitos da política monetá-
ria na economia e como ela afeta a produção e o consumo.
Vimos que a emissão de moeda e o controle da sua quantidade em circulação é 
prerrogativa do Banco Central. Certamente você deve estar se perguntando: por que 
controlar a circulação da moeda em um dado período? Vamos à explicação.
Imagine que há uma grande quantidade de moeda em circulação no país. Se há uma 
grande quantidade de moeda em circulação, mais pessoas as usarão para o consumo 
dos bens e serviços. Suponha que as empresas ofertem as mesmas quantidades de 
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bens e serviços ao mercado. O que ocorrerá? Mais pessoas demandando por bens e 
serviços. Ora, se há uma maior demanda por bens e serviços e a oferta dos mesmos 
são estáveis, a tendência é que os preços destes bens e serviços aumentem de pre-
ço. Isto gera o início do processo inflacionário. E o que é inflação? Inflação é o aumen-
to generalizado e contínuo dos preços. Por esta razão, o governodefine sua política 
monetária. Ou seja, limita a oferta de moeda em circulação no mercado. 
Ao limitar a oferta de moeda no mercado, o preço da mesma – taxa de juros -, se 
eleva. Com a elevação das taxas de juros, o acesso ao crédito fica mais difícil e mais 
caro. O que as pessoas então fazem? Diminuem o consumo ou adiam a compra de 
um bem até que os juros caiam. A intenção do governo é diminuir o consumo, forçan-
do as empresas a baratearem seus bens e serviços.
Verifique que os consumidores, no caso do aumento das taxas de juros, ao invés de 
usarem a moeda para o consumo, a usa para outros investimentos – poupança, com-
pra de títulos, etc. Percebe-se, claramente, que a diminuição do consumo leva as em-
presas a produzirem menos. Ao produzirem menos, são obrigadas a dispensar parte 
de seus empregados. Estes empregados dispensados, não terão renda e, portanto, 
não consumirão o que antes consumiam o que faz com que as empresas reduzam 
ainda mais seu interesse em produzir, já que a demanda cai. Percebe? 
Então, os efeitos de uma política monetária restritiva colocam a economia em um 
processo de estagnação. Ou seja, não há crescimento. Bom, você deve estar pergun-
tando: por que o governo não muda sua política monetária? A resposta não é simples 
e a solução menos ainda. O ideal seria o governo incentivar a produção para que 
houvesse um equilíbrio entre a oferta e a demanda. 
Surge, agora, outra pergunta: como incentivar o aumento da produção? Vamos ver:
• Alterando sua política tributária, para desonerar a produção.
• Equilibrando suas contas (política fiscal), buscando o superávit.
• Gerando superávit na balança comercial (exportar mais e importar menos).
Complicado? Claro que não. Leia o material indicado e pesquise.
Como uma coisa puxa a outra, acima falamos que uma das alternativas para que haja 
incentivo a produção é gerar superávit na Balança Comercial. Surgem, então, dois 
novos assuntos para abordarmos. O que é Balança Comercial e quando a mesma é 
superavitária ou deficitária?
Saiba mais! 
Consulte o capítulo 13 do livro Princípios de Economia de Francisco Mochón.
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Pronto para iniciarmos novo assunto? Então vamos lá. 
É momento de tratarmos sobre exportação, importação e política cambial. 
Para entendermos bem o assunto que ora iniciamos, vamos entender o que é uma 
economia fechada e uma economia aberta. Estes dois conceitos são importantes 
para entendermos o comércio internacional.
Você lembra quais são os agentes econômicos? Vamos recordar: os trabalhadores, 
os empresários, o governo e o setor externo são agentes econômicos. Para co-
meçar, vamos imaginar um sistema econômico com a participação apenas dos traba-
lhadores e empresários. Este é o chamado sistema fechado e sem governo. E por que 
fechado? Por que não há setor externo. Neste caso, não existe relações comerciais e 
financeiras com outros países e sem governo porque não há o setor público. É claro 
que este exemplo é hipotético. Evidentemente que não existe nenhum país assim.
E o que é uma economia aberta? Em uma economia aberta, o país mantém relações 
comerciais e financeiras com outros países. O conjunto desses países constitui o se-
tor externo.
Agora vamos entender o que significa uma economia aberta. Em uma economia aber-
ta, há relações comerciais entre os países. E o que significa estas relações comer-
ciais? Significa que os países compram e vendem o que produzem para seus parcei-
ros comerciais. Fácil? 
Nas exportações o país vende parte do que produz para outros países e nas importa-
ções o país compra parte dos bens e serviços produzidos em outros países.
E o que significa saldo da balança comercial? O saldo da balança comercial é a 
diferença entre as exportações e as importações. E quando a balança comercial está 
equilibrada, deficitária ou superavitária. Resposta simples? Claro.
A balança comercial está equilibrada quando as exportações são iguais às importa-
ções. É deficitária quando as importações são maiores que as exportações e, é supe-
ravitária quando as exportações são maiores que as importações. 
Bom, tudo isto nos remete a fazer um questionamento. De que forma o país pode 
gerar superávit em sua balança comercial? Adotando políticas que incentivem a for-
mação de parcerias comerciais, formulando adequadamente sua política cambial, in-
centivando as empresas a melhorarem a qualidade dos bens e serviços produzidos, 
entre outras tantas. 
Assim, podemos dizer que o comércio internacional deve ser o objetivo das nações, 
definindo um cenário de competições igualitárias entre as indústrias nacionais e es-
trangeiras. É fundamental, nesse sentido, a ação do governo, promovendo uma polí-
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tica industrial de longo prazo e abertura econômica graduada, que não venha a trazer 
perdas, e sim benefícios para a nação.
Saiba mais! 
Continue lendo o capítulo 13 do livro Princípios de Economia de Francisco Mo-
chón. Aprofunde e aprimore seus conhecimentos.
Consulte também sobre o comportamento do balanço de pagamentos do Brasil, 
sumário metodológico de toda a estrutura em: 
http://sereduc.com/imKl6g
Imagino que evoluímos bastante e você começa a se familiarizar com este “bicho de 
sete cabeças” chamado Economia. Viu como é fácil entender a economia? Observou 
que é possível entender claramente as oscilações da economia em um dado momen-
to? Percebeu como o governo interfere diretamente na economia? Muito bom!
Vamos conversar um pouco sobre a taxa de câmbio e como ela influencia o desem-
penho da balança comercial. Lembre-se que é muito importante você compreender 
esta relação.
No Brasil, antes da reforma econômica, o governo estabelecia a cotação da moeda 
referência, o dólar americano, em relação ao real. Com as mudanças efetivadas, o 
governo adotou o câmbio flutuante. E o que é o câmbio flutuante? 
Vamos ver?
Como já abordamos nas outras unidades, a moeda é um produto como outro qual-
quer. Vimos, também, quais as funções da moeda. Lembra? Bom, com o câmbio 
flutuante o mercado é quem determina a cotação do real em relação ao dólar. Vamos 
ver como? Imagine que há uma grande quantidade de dólar no mercado. Qual a ten-
dência? Claro, o Real se valorizar em relação ao dólar. E por quê? A velha lei da oferta 
e procura. Imagine, agora, que há uma pequena quantidade de dólar no mercado e 
uma demanda alta por esta moeda. Qual a tendência? Evidente, o dólar se valorizar 
em relação ao real. Novamente a lei da oferta e da procura. Tá claro? Beleza. 
E o governo, para equilibrar a balança comercial o que faz? Simples. Retira ou coloca 
dólar no mercado. Você deve estar se perguntando: o que tem a ver a quantidade de 
dólar no mercado com a balança comercial? Vamos lá. Não é difícil entender.
Dentro de uma nação, as transações se realizam com a mesma moeda, são as tran-
sações internas. No entanto, no comércio internacional são utilizadas diferentes moe-
das. Daí surge a necessidade de converter uma moeda em outra, fazer o câmbio,como 
forma de facilitar os intercâmbios comerciais. Logo, a taxa de câmbio é o mecanismo 
através do qual essa troca é possível, ou seja, é a expressão do número de unidades 
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da moeda nacional por unidade de moeda estrangeira. Sua variação altera diver-
sas variáveis econômicas, sobretudo aquelas relacionadas ao comércio exterior. Isto 
mesmo, os países trocam entre si bens e serviços. No comércio internacional, não há 
apenas uma moeda a ser empregada para pagamento das transações. Todavia, ao se 
fecharem as referidas transações, o saldo é contabilizado em uma única moeda. Em 
outras palavras, é necessário que exista alguma forma de conversão.
A operação conhecida como taxa de câmbio faz a conversão da moeda nacional em 
moeda estrangeira. O número de unidades necessárias, em moeda doméstica, para 
adquirir uma unidade em moeda estrangeira tem sido regulado pela taxa de câmbio.Exemplo: taxa decâmbio do real em relação ao dólar = 2,20 (assim, entregam-se R$ 
2,20 para se obter US$ 1,00).
O governo, alterando a taxa de câmbio, ou seja, a relação entre as moedas vai in-
terferir automaticamente na dinâmica das relações comerciais do país, uma vez que 
modifica a posição dos preços internacionais.
Atente para os exemplos:
Imagine que a taxa de câmbio seja: R$ 1,00 = US$ 1,00, o Brasil consegue exportar 
1.000 toneladas de aço; num segundo momento, o governo brasileiro altera a taxa de 
câmbio para: R$ 2,00 = US$ 1,00, o Brasil, a essa nova taxa, consegue exportar 2.000 
toneladas de aço, pois quem possuía dólares teve seu poder de compra ampliado.
Este fato ocorre, porque a alteração da taxa de câmbio tornou a moeda brasileira 
desvalorizada, ou seja, mais “barata” em relação à estrangeira, e, consequentemente, 
nossos produtos caíram de preço no mercado internacional, tornando-se mais “atrati-
vos” no exterior, resultando no aumento das exportações.
No Brasil, a taxa de câmbio representa o preço, em moeda nacional,de uma unidade 
de moeda estrangeira. Uma elevação desta taxa representa uma desvalorização, e o 
oposto, uma valorização.
O sistema cambial ou regime cambial é definido pela regra estabelecida para a for-
mação da taxa de câmbio. Existem, fundamentalmente, dois tipos de taxa de câmbio:
fixa: é administrada pelo Banco Central (autoridade monetária) do país, quem rege 
a oferta e a demanda de moedas estrangeiras. A autoridade monetária estabelece, 
assim, a taxade câmbio que considera a mais conveniente para a economia.
flutuante: regime cambial flexível, no qual a autoridade monetária não tem compromis-
so algum para apoiar determinada taxa. A oferta e a demanda de divisas são quem 
determinama taxa de câmbio praticada. Lembra do que falamos? Falamos que o pre-
ço da moeda depende da oferta e da demanda. 
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Saiba mais! 
Consulte e reflita sobre o tema abordado no capítulo 5 do livro Economia Brasi-
leira disponível na biblioteca virtual.
Imagino que você agora entende o que é balança comercial e como a taxa de câmbio 
interfere na ampliação ou diminuição do comércio internacional. Viu que um assunto 
que parecia complicado tornou-se entendível? 
Não pare por aí. Leia, pesquise, reflita. 
Chegamos ao final da Unidade IV. Você conheceu a macroeconomia e seus objetos 
de estudos. Esses conhecimentos são importantes para compreender como funciona 
a economia de um país. O que leva uma economia a crescer ou não. Quais as razões 
que conduzem a um processo inflacionário. Como as políticas econômicas do gover-
no podem estimular ou não o crescimento do país. 
Lembre-se, caso haja alguma dúvida, faça contato com o seu tutor e não deixe de ler 
o material recomendado.
Grande abraço, bons estudos e sucesso!

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