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AULA 9 PREMATURIDADE

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CUIDADOS COM O
 RECÉM-NASCIDO PREMATURO
Isabel Fonseca
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Características do neonato PIG:
Cabeça grande em relação ao corpo;
Membros com redução de massa muscular;
Gordura subcutânea reduzida;
Abdome escavado;
Suturas cranianas largas;
Tônus muscular ruim nas nádegas e bochechas.
Problemas mais comuns no neonato PIG
Asfixia perinatal – pouca reserva de oxigênio;
Hipotermia – diminuição da massa muscular, tecido subcutâneo e gordura;
Hipoglicemia- diminuição reservas de glicogênio;
Policitemia – hipóxia in útero, estimula a liberação de eritropoetina e aumenta a produção de hemácias;
Aspiração de mecônio – amadurecimento do TGI
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Características do RNPT
Baixo peso, aspecto franzino, cabeça maior que a circunferência do tórax,
Tônus muscular ruim, pouca gordura subcutânea, testículos não descidos,
Lanugem e vérnix caseoso abundante, orelha malformada, 
Ossos cranianos moles e esponjosos, ausência de pregas palmares e plantares, 
Rugas escrotais mínimas ou grandes lábios e clitóris proeminentes,
Pele transparente e delgada com veias visíveis,
Mamas e mamilos mal delineados.
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Problemas comuns do RNPT
Sistema respiratório – deficiência de surfactante, atelectasias, apnéias, obstrução de VA, taquipnéia transitória (incapacidade de eliminar líquido);
Sistema Cardivascular – dificuldade de transição, PCA, regulação da PA comprometida, hemorragia intracraniana por ruptura dos vasos cerebrais;
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CORREÇÃO DO CANAL ARTERIAL
FOTOS: UTI Neonatal Barreiras-BA (Hospital Oeste) - SUS
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Problemas comuns do RNPT
Sistema Gastrointestinal – sucção, deglutição prejudicada, desvio do sangue intestinal para órgão vitais e isquemia da parede intestinal, pouca capacidade gástrica, músculos abdominais fracos, absorção comprometida
Sistema Renal – diminuição da filtração glomerular, retenção de líquido, distúrbio hidroeletrolítico, intoxicação medicamentosa;
Sistema imunológico – imaturo, risco de infecção aumentado, comprometimento da produção de anticorpos, deficiência de IgG (34ª sem)
Sistema nervoso central - suscetibilidade a lesões, dificuldade na regulação térmica 
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IDENTIFICAÇÃO DO RN DE ALTO RISCO
Protocolo de indicação para UTI neonatal:
Anomalia congênita importante que ameace as funções vitais;
Anóxia grave (ápgar 5’<5);
Cardiopatias congênitas descompensadas;
Desequilíbrio ácido-básico e metabólico;
Icterícia que necessite de exanguíneotransfusão;
Infecção grave ;
NPT;
Portaria nº 1680 dez 2010
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IDENTIFICAÇÃO DO RN DE ALTO RISCO
Peso ao nascer < 1500g e/ou IG < 32 semanas;
Pré e pós operatório neonatal;
Dificuldade respiratória com indicação de CPAP ou VM;
Doença hemolítica;
Instabilidade hemodinâmica (insuficiência cardíaca, renal, supra-renal, choque , coma e convulsão) 
Portaria nº 1680 dez 2010
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IDENTIFICAÇÃO DO RN DE ALTO RISCO
Parâmetros objetivos – critérios de internação:
FC <100 ou >160 bpm;
FR > 60 ipm;
Na < 120 ou > 160 mEq/l;
K < 2,5 ou >6 mEq/l;
pH RNPT moderado: <7,35 ou > 7, 50 RNT: < 7,26 ou > 7,45;
HCO3 < 15;
Portaria nº 1680 dez 2010
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IDENTIFICAÇÃO DO RN DE ALTO RISCO
Glicemia > 300 mg%
Ca total > 8,3 mg%;
TC de crânio alterada – hemorragia, contusão, hidrocefalia com descompensação e outras patologias que levem a instabilidade;
Glasgow <9 ou queda >2;
ECG – arritmias com instabilidade. Portaria nº 1680 dez 2010
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COMO CUIDAR DESTE BEBÊ?
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ASSISTÊNCIA HUMANIZADA AO RN DE ALTO RISCO
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ASSISTÊNCIA HUMANIZADA
Assistência desde o pré-natal;
Trabalho em equipe;
Cuidado individualizado;
Ambientalização;
Cuidados com a pele;
Dor;
Amamentação;
Inserção dos pais no cuidado;
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CUIDADO INDIVIDUALIZADO
O cuidado individualizado deve levar em consideração as respostas fisiológicas e comportamentais do bebê, além de respeitar seus estados comportamentais;
 O profissional deve saber a hora de intervir e interagir com o recém-nascido além de saber identificar os sinais demonstrados por ele.
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TEORIA SÍNCRONO-ATIVA DO DESENVOLVIMENTO
1 Subsistema autônomo (fisiológico):
2 Subsistema motor
3 Subsistema de estados comportamentais
4 subsistema atenção interação
5 Subsistema regulador
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COMO SERIA SE O BEBÊ UTILIZASSE 5 PILHAS PARA DISTRIBUIR A ENERGIA ENTRE OS CINCO SUBSISTEMAS???
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TEORIA SÍNCRONO-ATIVA DO DESENVOLVIMENTO
1 Subsistema autônomo (fisiológico):
Primeiro a aparecer durante a vida fetal;
Compreende as funções vitais – responsável pela sobrevida do bebê;
Parâmetros observados
Respiração, saturação de oxigênio,rítimo cardíaco, cor e aspecto da pele, 
salivação, soluços,regurgitação e movimentos peristálticos.
Sempre que este sistema for afetado poderão surgir sinais de estresse no
 bebê (alteração da cor, pausas respiratórias e apnéias).
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CUIDADOS COM RNPT - OXIGENOTERAPIA
A oxigenoterapia é a primeira forma terapêutica para abordar a hipoxemia, ou seja, a redução do conteúdo arterial de oxigênio, porém a toxicidade do oxigênio é uma grande limitação para seu uso.
	Técnicas e materiais utilizados:
AMBU (reanimador manual)
CPAP
VM
HOOD/HALO
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REANIMADOR MANUAL
CUIDADOS DDE ENFERMAGEM: Utilização da válvula de alívio, uso do reservatório de O2, Uso de máscara adequado (face).
Cuidados com : pneumotórax
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CPAP
Indicação : Apnéia da prematuridade, doença da membrana hialina e após extubação, na prevenção de atelectasia pulmonar.
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COMPLICAÇÕES CPAP
Lesão de mucosa nasal – destruição de septo;
Retinopatia da prematuridade
Escape de ar
Aerofagia – distensão abdominal
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VM (VENTILAÇÃO MECÂNICA)
CUIDADOS: 
 Fixação adequada com troca diária;
Aspiração conforme necessidade (técnica estéril);
Cabeceira elevada a 30 graus;
Umidificação dos gases;
Monitorização contínua
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HOOD/HALO
COMPLICAÇÕES:
Estresse pelo barulho dos gases;
Resfriamento (ar);
Toxicidade por acúmulo de CO2
Ressecamento ocular
Hipoxemia
Manutenção da FiO2 para adequada saturação de O2.
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BANHO
Respeitar o estado comportamental ;
Observar condição clinica do bebê;
RnPT não necessita de banho diário;
Utilizar água estéril morna nas primeiras duas semanas;
Rns abaixo de 1500g não devem tomar banho de aspersão;
Utilizar algodão para limpeza nos prematuros;
Temperatura da água;
Nas primeiras semanas deve-se evitar o uso de sabão;
Recomenda-se o uso da técnica do bebê enrolado;
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Peso
Imprescindível diariamente;
Pesar o lençol previamente;
Enrolar o bebê despido no lençol;
Realizar a pesagem como rotina;
Quando disponível utilizar a pesagem na incubadora;
Obs: durante a troca de fraldas nunca deve-se elevar os membros do bebê.
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POSICIONAMENTO
Vantagens
O bebê dorme bem;
Comunica suas necessidades,
Interage com os cuidadores;
Regula suas funções fisiológicas para guardar energia;
Auxilia o formato mais arredondado da cabeça (mudança de decúbito);
Diminui a probabilidade de alterações motoras
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POSICIONAMENTO
Supino
Permite maior visualização do bebê;
Recomendada pela Academia Americana de Pediatria (prevenção de morte súbita), deve ser ensinada para mãe;
Pode levar a hiperextensão de pescoço; elevação de ombros, retração escapular e achatamento da cabeça.
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POSICIONAMENTO
Prono
Diminui o gasto energético;
Aumenta o tempo de sono;
Diminui o choro e o estresse;
Melhora a saturação;
Diminui os episódios de refluxo gastroesofágico;
Melhora o esvaziamento gástrico com menor risco de broncoaspiração;
Dificulta a identificação de obstrução das VA, pode causar distensão abdominal
Não deve ser utilizada em bebês sem monitorização;
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POSICIONAMENTO
Lateral
Auxilia o desenvolvimento postural com maior flexão e simetria;
Melhora a
postura dos membros inferiores e facilita a orientação mão –boca;
Quando utilizada com um ninho diminui o estresse
O decúbito lateral direito melhora o esvaziamento gástrico;
CORRETA
ERRADA
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CUIDADOS ESPECÍFICOS COM A PELE
Racionar o uso de adesivos;
Utilizar adesivos menos agressivos;
Manter a temperatura corpórea;
Expor o Rn o mínimo possível a procedimentos invasivos;
Recepcionar Rns prematuros extremos (menos de 30 semanas) em campo estéril;
Manter a umidificação da incubadora;
Evitar uso de medicamentos tópicos;
Realizar mudanças de decúbito com frequência;
Evitar a utilização de sabão durante o banho;
Cuidados de banho e higiene.
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DIETA ENTERAL - PREMATURO
Prematuro: uso de sonda orogástrica (número 6).
	OBEJTIVOS:
Diminuir a perda de proteína endógena nos primeiros dias de vida.
Proporcionar perda de peso
Proporcionar ganho de peso de 14 a 16g/kg/dia após a recuperação do peso ao nascer.
Manter o funcionamento gastrointestinal
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DIETA ENTERAL - PREMATURO
Dose recomendada de leite: 10 a 20ml/Kg/dia em infusão contínua ou por gavagem;
Avançar 10 a 20ml/Kg/dia – a depender da tolerância do RN e sua evolução clínica.
Nutrição enteral mínima ou nutrição trófica: pequeno volume juntamente com NP.
Melhor dieta: leite materno (aumento da produção de lipase.
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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES – DIETA ENTERAL
Nutrição inadequada em períodos precoces de vida provoca forte impacto no desenvolvimento;
A alimentação do RNPT deve ser adequada à sua situação clínica e limitações relacionadas ao desenvolvimento em cada idade gestacional.
Dois fatores importantes no processo de adaptaçãoà nutrição enteral: maturação do trato gastrointestinal e composição do leite oferecido.
Encorajar à mãe o aleitamento materno exclusivo durante o tratamento.
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AMBIENTALIZAÇÃO
 contraste útero materno X UTIN
Temperatura;
Estímulos visuais – anatomia da retina do prematuro;
Estímulos sonoros;
Ruído recomendado até 55 dB;
Contenção – paredes uterinas;
Ambiente aquático – facilita movimentação;
Constantes manipulações;
Dor, estresse, cansaço;
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Exemplos de intensidade de ruídos
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Repercussões para o RN
Perda de audição por dano na cóclea;
Interferência no sono e repouso;
Fadiga, agitação,irritabilidade, choro;
Aumento da PIC;
Hemorragia intracraniana;
Aumento do consumo de oxigênio;
Aumento da FC;
Aumento do consumo de energia e diminuição do ganho de peso;
Alterações fisiológicas (apnéia, bradicardia, mudança de cor e queda de saturação)
Academia Americana de Pediatria
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Ações para promover a humanização do ambiente e da assitência
Diminuir a luminosidade;
Prestar o cuidado individualizado;
Diminuir o número de manuseios;
Manter a temperatura agradável;
Identificar os pacientes com o nome;
Inserir os pais no cuidado;
Diminuir os ruídos;
Manter os mesmos cuidadores pelo menos durante a semana;
Permitir a entrada das visitas (pais) em horário livre;
Utilizar as medidas de conforte e contenção;
Utilizar o método mãe canguru.
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CUIDADOS CENTRADOS NA FAMÍLIA
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Evento inesperado separação do binômio;
Admissão;
Facilitação do vínculo;
Estimulo à participação nos cuidados - maternagem;
Livre acesso;
Apoio social;
Treinamento – grau de instrução e entendimento;
Orientar sobre as rotinas da unidade;
Informações precisas sobre o bebê
Facilitar a interação entre pais e filhos;
Permitir a visita de outros membros;
Comunicação com a equipe;
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Visita dos irmãos:
Diminui a ansiedade
Promove segurança
Fortalece o vínculo
Possibilita a observação comportamental do irmão mais velho;
Participação da psicologia;
Explicação antecipada do funcionamento da UTI e equipamentos;
Atividades lúdicas;
Qualquer idade, qualquer patologia;
Estabelecimento de uma rotina prévia;
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HOCKENBERRY, M.J.; WILSON; WINKELSTEIN. Wong Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2011.
MAGALHÃES, M.; RODRIGUES, F. P. M. Normas e condutas em Neonatologia. São Paulo : Atheneu 2008.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de atenção à Saúde. Área da Saúde da Criança. Atenção Humanizada ao Recém nascido de Baixo Peso : Método Canguru. 2009
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de assistência ao Recém nascido. Brasília 1994
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção à saúde do RN: guia para os profissionais de saúde – cuidados como RNPT. Vol.4. Brasília-DF, 2011.p.
RICCI, S.S. Enfermagem Materno Neonatal e saúde da Mulher.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2008
SILVA, M.J.P.; TAMEZ, R. N.Enfermagem na UTI Neonatal :Assistência ao Recém nascido de Alto risco. 3.ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan

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