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Direito das Sucessões Módulo 06 Sucessão por classes descendentes ascendentes cônjuge e companheiro colateral.

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DIREITO 
DAS SUCESSÕES
Professor Leonardo B. F. Gominho
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SUCESSÕES POR CLASSES
Descendentes; Ascendentes; 
Cônjuge e Companheiro; Colateral.
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ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA 
“Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais”.
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SUCESSÃO DOS DESCENDENTES (ARTIGOS 1.832 AO 1.835, DO CÓDIGO CIVIL).
Decorre da sucessão por direito próprio ou por representação; por direito próprio, o próprio sucessor adentra na relação sucessória; por representação são nas situações em que a lei autoriza que se convoquem parentes do herdeiro pré-falecido para vir suceder em seu lugar, em tudo aquilo que ele teria direito, caso estivesse vivo, só é possível para descendentes e para filhos de irmão.
Arrecadação por cabeça: Possui quinhão próprio e autônomo.
Ex: Filhos que repartem a herança.
Arrecadação por estirpe> Partilhar um determinado quinhão com outros coerdeiros.
Ex: Os herdeiros por representação (artigo 1.855, do Código Civil).
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SUCESSÃO DOS DESCENDENTES (ARTIGOS 1.832 AO 1.835, DO CÓDIGO CIVIL).
O critério fundamental para a sucessão dos descendentes é o artigo 1.854, do Código Civil, que estipula a igualdade entre todos os herdeiros descendentes.
Regras:
a) não poderá haver discriminação entre eles – filhos biológicos, adotados; 
b) a presença do mais próximo afasta os mais remotos.
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SUCESSÃO DOS DESCENDENTES (ARTIGOS 1.832 AO 1.835, DO CÓDIGO CIVIL).
“Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. 
Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais remotos, salvo o direito de representação.
Art. 1.834. Os descendentes da mesma classe têm os mesmos direitos à sucessão de seus ascendentes.
Art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau”.
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SUCESSÃO DOS DESCENDENTES (ARTIGOS 1.832 AO 1.835, DO CÓDIGO CIVIL).
Vem à sucessão em concorrência com o cônjuge.
Características: 
o grau mais próximo exclui o grau mais remoto; 
só vem a sucessão por direito próprio. Não existe sucessão por representação quanto à sucessão de ascendente – se deserdado, não herdará os ascendentes;
só arrecadam por cabeça;
realizada por linhas, autônoma em cada linha – materna e paterna -. Divide a herança por duas linhas, sem se importar quantos ascendentes possuem em cada linha. Faltando os ascendentes de mesma classe, o da outra linha acrescerá o total. (§ 2º, do artigo 1.836, do Código Civil). 
Ex: O bisavô materno é afastado pelo pai do falecido.
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SUCESSÃO DOS DESCENDENTES (ARTIGOS 1.832 AO 1.835, DO CÓDIGO CIVIL).
“Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente.
§ 1o Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas.
§ 2o Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna.
Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau”.
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SUCESSÃO PELO CÔNJUGE E/OU COMPANHEIRO 
(ARTIGO 1.829 E SEGUINTES, DO CÓDIGO CIVIL).
Na ausência de herdeiros descendentes e ascendentes é chamado o cônjuge e/ou companheiro.
A concorrência se dá conforme o artigo 1.832, do Código Civil.
Sucede por direito próprio e a arrecadação por cabeça. 
Separado de fato por um período anterior a 2 anos, podem suceder. Se por tempo superior, só se a ruptura não se der por culpa própria.
Não tem direito a herança na comunhão universal de bens; comunhão parcial sem bens particulares; no regime de separação obrigatória.
Superior Tribunal de Justiça afirma que tanto a separação obrigatória, tanto a separação convencional exclui o direito sucessório concorrendo com o descendente. 
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SUCESSÃO PELO CÔNJUGE E/OU COMPANHEIRO 
(ARTIGO 1.829 E SEGUINTES, DO CÓDIGO CIVIL)
Bens comuns sofrerão meação. Herança para os bens particulares. 
Incide a herança somente sobre os bens particulares. Percentual a ser deferido ao cônjuge e/ou companheiro? O mesmo do descendente, o cônjuge e/ou companheiro será contado como mais uma cabeça. Se o cônjuge e/ou companheiro for pai ou mãe do descendente, terá garantia de ¼ do valor da herança. Se os filhos não forem do cônjuge e/ou companheiro, não se aplica a garantia. Aparentemente a garantia será se todos os filhos forem filhos do cônjuge e/ou companheiro. 
Além de meação e herança, o cônjuge e/ou companheiro sempre fará jus ao direito real de habitação (que é o direito de continuar residindo no imóvel que servia de lar para o casal). É vitalício e incondicionado.
Não tem direito a herança se o cônjuge for divorciado, separado judicialmente ou separado de fato a mais de dois anos, (jurisprudência entende que independe do prazo de 2 anos), salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente. 
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SUCESSÃO PELO CÔNJUGE E/OU COMPANHEIRO 
(ARTIGO 1.829 E SEGUINTES, DO CÓDIGO CIVIL)
Com Ascendentes
Independe do Regime de Bens, incide sobre todo o patrimônio com percentual garantido de ½ (metade). 
Se estiver concorrendo com pai e mãe, passa a ter a garantia de 1/3. 
Além de meação e herança, o cônjuge e/ou companheiro sempre fará jus ao direito real de habitação (que é o direito de continuar residindo no imóvel que servia de lar para o casal). É vitalício e incondicionado. 
Não tem direito a herança se o cônjuge for divorciado, separado judicialmente ou separado de fato a mais de dois anos, (jurisprudência entende que independe do prazo de 2 anos), salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente. 
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SUCESSÃO PELO CÔNJUGE E/OU COMPANHEIRO 
(ARTIGO 1.829 E SEGUINTES, DO CÓDIGO CIVIL)
Concorrência
com filhos comuns: quinhão igual a que caiba a cada filho, coma garantia de nunca receber menos que um quarto da herança.
com filhos exclusivos do autor da herança: o cônjuge terá o quinhão equivalente a cada um dos descendentes;
com filhos em duas famílias ao menos (híbrida): aplica a regra dos filhos comuns;
com ascendentes: pegar regras do Euclides.
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SUCESSÃO PELO CÔNJUGE E/OU COMPANHEIRO 
(ARTIGO 1.829 E SEGUINTES, DO CÓDIGO CIVIL)
Concorrência
com filhos comuns: quinhão igual a que caiba a cada filho, coma garantia de nunca receber menos que um quarto da herança (Artigos 1.829, I e 1.832, do Código Civil).
com filhos exclusivos do autor da herança: o cônjuge terá o quinhão equivalente a cada um dos descendentes;
com filhos em duas famílias ao menos (híbrida): aplica a regra dos filhos comuns;
com ascendentes: uma quota em concurso com os ascendentes, qualquer que seja o regime de bens (Artigo 1.837, do Código Civil).
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SUCESSÃO PELO CÔNJUGE E/OU COMPANHEIRO 
(ARTIGO 1.829 E SEGUINTES, DO CÓDIGO CIVIL)
Cônjuge e/ou companheiro concorrendo com filhos em comum (até 3) com o autor da herança (quota igual).
Cônjuge e/ou companheiro concorrendo com filhos em comum (mais de 3) com o autor da herança (quota igual).
Cônjuge e/ou companheiro concorrendo com filhos dos quais não seja ascendente (quota igual).
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SUCESSÃO PELO CÔNJUGE E/OU COMPANHEIRO 
(ARTIGO 1.829 E
SEGUINTES, DO CÓDIGO CIVIL)
Cônjuge e/ou companheiro concorrendo com ascendentes pais (quota igual).
Cônjuge e/ou companheiro concorrendo com ascendentes avós (1/2).
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SUCESSÃO PELO CÔNJUGE E/OU COMPANHEIRO 
(ARTIGO 1.829 E SEGUINTES, DO CÓDIGO CIVIL)
Cônjuge casado no regime que não seja o da comunhão de bens, havendo descendentes.
Cônjuge casado no regime que não seja o da comunhão de bens, não havendo descendentes, mas tendo ascendentes:
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SUCESSÃO PELO CÔNJUGE E/OU COMPANHEIRO 
(ARTIGO 1.829 E SEGUINTES, DO CÓDIGO CIVIL)
Cônjuge casado no regime da comunhão de bens, concorrendo com descendentes.
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SUCESSÃO PELO CÔNJUGE E/OU COMPANHEIRO 
(ARTIGO 1.829 E SEGUINTES, DO CÓDIGO CIVIL)
“Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar”.
“Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente”.
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SUCESSÃO PELO COMPANHEIRO
Premissa fundamental da sucessão do companheiro: Incide o direito sucessório do companheiro sobre os bens adquiridos onerosamente na constância da convivência (aquestos). 
O companheiro não tem herança sobre bens particulares, mas tão somente aos bens adquiridos na constância do casamento. Terá direito à ½ (meação) e mais uma parte a despeito da herança. 
O Companheiro não terá qualquer direito sobre bens particulares. 
Concorrendo com o descendente apenas incide sobre os bens comuns e em mesmo percentual, mas o companheiro somente terá o mesmo percentual se ele for o ascendente do descendente com quem estiver concorrendo e terá metade daquilo que tocar a cada um dos descendentes. 
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SUCESSÃO PELO COMPANHEIRO
O artigo 7º, da Lei Federal n.º 9.278/1996 garante o direito real de habitação ao companheiro. Será vitalício, porém condicionado, pois se constituir nova família extingue-se o seu direito de habitação. 
Inexistindo descendentes e ascendentes, haverá o colateral: O companheiro não terá qualquer direito sobre bens particulares. Estes serão considerados Jacentes e terão como destino a Fazenda Pública. (doutrina entende que vai para o companheiro). Seguem as demais regras.
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SUCESSÃO PELO COMPANHEIRO
(ARTIGO 1.790, DO CÓDIGO CIVIL - INCONSTITUCIONAL).
“Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;
II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles;
III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;
IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança”.
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SUCESSÃO PELO COLATERAL (ARTIGOS 1.839 AO 1.844, DO CÓDIGO CIVIL).
Na ausência de descendentes, ascendentes, cônjuges ou companheiros.
Até o quarto grau: Ordem de preferência: irmãos, sobrinhos, tios, primos, uma vez que os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação dos filhos dos irmãos falecidos. 
“Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau.
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos.
Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar”.
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SUCESSÃO PELO COLATERAL (ARTIGOS 1.839 AO 1.844, DO CÓDIGO CIVIL).
“Art. 1.842. Não concorrendo à herança irmão bilateral, herdarão, em partes iguais, os unilaterais.
Art. 1.843. Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios.
§ 1o Se concorrerem à herança somente filhos de irmãos falecidos, herdarão por cabeça.
§ 2o Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um destes herdará a metade do que herdar cada um daqueles.
§ 3o Se todos forem filhos de irmãos bilaterais, ou todos de irmãos unilaterais, herdarão por igual.
Art. 1.844. Não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente algum sucessível, ou tendo eles renunciado a herança, esta se devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscrições, ou à União, quando situada em território federal”.
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SUCESSÃO PELO COLATERAL (ARTIGOS 1.839 AO 1.844, DO CÓDIGO CIVIL).
Sucessão de colaterais, todos bilaterais ou unilaterais, por cabeça
Sucessão de colaterais de 3º grau, por cabeça
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SUCESSÃO PELO COLATERAL (ARTIGOS 1.839 AO 1.844, DO CÓDIGO CIVIL).
Sucessão de colateral bilateral concorrendo com unilateral
Sucessão de colaterais por representação
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