@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700); Direito Civil - Direito das Sucessões - Sucessão Testamentária - Testamento, Codicilo e LegadoASPECTOS GERAISA sucessão legítima se dá por força de lei, enquanto a testamentária a transmissão se dá de acordo com ato de última vontade do de cujos, o testamento ou codicilo.Poderá coexistir com a sucessão hereditária, quando o testamento não abarcar todos os bens deixados pelo de cujos.TESTAMENTOÉ negócio jurídico unilateral, assim, precisa apenas da vontade de uma das partes para produzir efeitos.É o meio utilizado para se perdoar o indigno, nomear tutor, reconhecer paternidade,É ato causa mortis, produzindo efeitos apenas após a morte do testador.É ato solene, pois exige forma própria dentre as espécies estabelecidas em lei.É ato personalíssimo, logo deve ser feito pelo próprio testador. (art. 1858, CC)Não pode existir testamento cujo objetivo é retribuir, agradecer.É ato futuro, produzindo efeitos apenas após a morte do testador.Quando há em um testamento reconhecimento de paternidade e outras disposições, estas poderão ser revogadas, porém, o reconhecimento de paternidade continuará válida por ser irrevogável.Somente poderá ser revogado por outro testamento. (art. 1969, CC)Pode haver casos em que o autor da herança realizou mais de um testamento. Nestes casos, todos serão válidos, desde que não sejam conflituosos.Os cônjuges não podem fazer um único testamento. Este deve ser individual. É ato personalíssimo.(art.1863, CC)O testador tem que ser pessoa capaz, mas é importante ressaltar que a incapacidade superveniente não invalida o testamento, assim como a capacidade superveniente não o torna válido. (art. 1860 c/c 1861, CC)O testamento efetuado por incapaz é NULO.Os maiores de 16 anos e menores de 18 (relativamente incapazes) podem testar (art.1860, parágrafo único, CC), as os demais relativamente incapazes não podem (art.4º, CC). Nestes casos, o testamento será nulo de pleno direito. COM RELAÇÃO AO PRÓDIGO, HÁ MUITA DIVERGÊNCIA NA DOUTRINA, POIS A LEI DETERMINA QUE NÃO PODEM TESTAR, PORÉM, GRANDE PARTE DA DOUTRINA AFIRMA QUE PODERIA, UMA VEZ QUE O TESTAMENTO NÃO É ATO FUTURO E NÃO REPRESENTA DISPOSIÇÃO DOS BENS PROPRIAMENTE DITO. NESTES CASOS, PARA PARTE DA DOUTRINA, NÃO HAVERIA ESVAZIAMENTO PATRIMONIAL DO PRÓDIGO, MAS APENAS ATO PÓS MORTEM.SOMENTE APÓS A MORTE DO AUTOR DA HERANÇA, SUA CAPACIDADE DE TESTAR PODERÁ SER QUESTIONADA. A VALIDADE DO TESTAMENTO PODE SER QUESTIONADA NO PRAZO DE 05 ANOS (ART. 1859, CC), MAS A ANULAÇÃO DO TESTAMENTO SOMENTE PODERÁ SER PLEITEADA NON PRAZO DE 04 ANOS (ART. 1909, PARÁGRAFO ÚNICO, CC). NO PRIMEIRO CASO TEM-SE NULIDADE E ANULABILIDADE E O MARCO TEMPORAL É O REGISTRO DO TESTAMENTO, É PREVALECERÁ SOBRE A REGRA GERAL DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO DO ART. 178, CC.Vale ressaltar que a pessoa que escreveu o testamento e seu cônjuge e familiares não podem ser beneficiadas no testamento, pois são suspeitas (1870, CC), assim como as testemunhas, o Tabelião e a companheira do testador.FORMAS ORDINÁRIAS DE TESTAMENTOHá formas ordinárias e excepcionais de testamento.É ato solene, logo, deve-se obedecer certas formalidades para ser considerado válido, exceto o nuncupativoO testamento não pode ser reconstruído, pois poderia haver modificação na vontade do autor da herança, porém, pode haver restauração na tentativa de preservar a vontade do testador que ficou apagada com o decurso do tempo. (princípios da conservação e da efetividade)Testamento públicoÉ o mais utilizadoPermite mais segurança ao testador, pois é feito em Cartório, um estabelecimento públicoO Tabelião reduzirá a termo todas as declarações do autor da herança no livro de notas (art.1864, I, CC)Pode ser revogado total ou parcialmente a qualquer tempo, desde que pelo mesmo ato que lhe deu origem (pode ser outra espécie de testamento)Por ser público pode ser consultado por qualquer pessoa a qualquer tempoO cego e o analfabeto somente podem testar por meio de testamento público, (art.1867, CC) uma vez que parte de manifestações orais, entretanto, O testador que for totalmente surdo, sabendo ler, lerá ele próprio o testamento ou, se não o souber, designará quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas (art. 1866,CC).São necessárias 02 testemunhas para este tipo de testamento, as quais devem participar efetivamente da elaboração e não podem ser beneficiadas. (art.1864, II, CC)As formalidades deste testamento estão descritas no art. 1864, CC:Testamento cerradoÉ carta secreta escrita pelo próprio testador o por quem este determinar e, posteriormente, aprovada pelo tabelião na presença de duas testemunhas.O tabelião não lê o conteúdo do testamento, apenas atesta o cumprimento das formalidades e o lacrará.Este testamento fica guardado com pessoa de confiança do testador e deve ser apresentado quando de sua morte, quando será aberto.(art.1875, CC c/c 1125 a 1127, CPC)Não pode estar violado, o que, se ocorrer, invalidará o testamento.As formalidades deste testamento estão descritas no art. 1868, CC:Testamento particularEscrito e assinado pelo testador, na presença de, no mínimo, 03 testemunhas, que devem ser escolhidas de acordo com o art. 228, CC.Não precisa de certidão do tabelião, logo, é mais simples, econômico e cômodo para o testador. No entanto, é a forma menos segura de testar, uma vez que depende de confirmação, em juízo, das testemunhas após a abertura da sucessão.Possui excesso de formalidades para que as fraudes sejam coibidas.As testemunhas não precisam se lembrar de detalhes do testamento, devendo apenas confirmar os pontos mais relevantes.As formalidades estão no art. 1876, CC:Há casos excepcionais que o testamento poderá ser confeccionado sem a presença das testemunhas, porém, esta situação excepcional deve ser declarada no texto. (art.1879,CC)cumprimento dos testamentosPetição inicial requerendo o registo e cumprimento do testamentopetição apresentando o testamento, requerendo seja designada a audiência de abertura e leitura do testamento (a apresentação do testamento poderá ser feita por ocasião da audiência)petição apresentando o testamento e requerendo seja designada audiência para que três testemunhas confirmem o testamento;vista ao MPvista ao MP para ciência da audiência;vista ao MP;Decisão determinando o cumprimento do testamento e nomeando o testamenteiroAudiência de abertura e leitura do testamentoaudiência de confirmação (pelo menos três testemunhas) ;termo de aceitação testamentáriavista ao MPvista ao MPDecisão determinando o cumprimento do testamento e nomeando o testamenteiroDecisão determinando o cumprimento do testamento e nomeando o testamenteiroTermo de aceitação testamentáriaTermo de aceitação testamentáriaTESTAMENTOS ESPECIAISSão testamentos especiais o marítimo, o aeronáutico e o militarEstes testamentos não podem ser utilizados por qualquer pessoa e em qualquer circunstância, apenas em casos excepcionaismarítimo (art. 1888 a 1892, CC)É realizado na presença do comandante do navio, que faz as vezes de tabeliãoNecessita de 02 testemunhasÉ registrado no diário de bordo do navioÉ realizado em situações excepcionais, logo, tem prazo de validade, ou seja, se a pessoa não falecer em até 90 dias após a viagem, este caducará.Somente é possível nos casos em que o navio não está no porto ou quando é impossível atracar e testar de forma ordináriaaeronáutico (art. 1888 a 1892, CC)Ocorre nos mesmos termos do marítimo, mas perante pessoa designada pelo comandante.Militar (art.1893, CC)É realizado por militares em missões no país ou fora dele ou por pessoas comuns em riscoPrecisa de 02 testemunhas ou 03 se não sabe assinar.Ocorre nos mesmos termos do marítimoPode ser na modalidade nuncupativo, isso é, realizado oralmente perante 02 testemunhasCODICILOé escrito particular, um documento em que o autor da herança faz disposições dobre bens de pequena monta ou sobre o funeralé menos formal que o testamentonão precisa de testemunha, a única exigência é a capacidade testamentária.Não precisa registro e pode ser feito de próprio punhoO não cumprimento não gera responsabilidadesPode tratar de modificação de testamenteiro e pode revogar o testamento neste sentido.Pode ocorrer para reabilitar indigno, para reconhecer paternidade.TESTAMENTEIROÉ o executor do testamento e tem a obrigação de apresentar em juízo o testamentoQuando não é nomeado pelo autor da herança é escolhido pelo juiz de acordo com o art. 1984,CCTestamenteiro e inventariante são figuras distintas, mas podem ser ocupados por mesmo pessoa (art.1977, CC c/c 990, CPC)O testamenteiro receberá para executar a função (art.1987/1988, CC), desde que não seja herdeiro ou legatário.o nomeado pode ou não aceitar o encargoAs funções de testamenteiro terminam: com a conclusão do encargo, mediante a) prestação de contas; b) pelo esgotamento do prazo (art.1983, parágrafo único, CC); c) pela morte do testamenteiro, vez que não cabe substituição deste por ser ato personalíssimo; d) pela renuncia; e) pela anulação do testamento; f) por motivo superveniente que impeça o exercício da função; g) pela destituição (art.1989,CC e 1140, CPC)DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS EM GERALA análise das disposições testamentárias leva em consideração o todo, logo, deve-se interpretá-lo da maneira que melhor se adeque à vontade manifestada do de cujosBusca-se sempre a manutenção do testamento, pois esta era a vontade do de cujos.O testamento deve ser muito detalhado e claro para que não ocorra problemas de interpretaçãoQuando verifica-se erro de pessoa ou de coisa, via de regra, vislumbra-se anulação, salvo nos casos em que o erro puder ser sanado por outros meios (art.1903, CC)regras proibitivas e permissivasproibitivasCondição captatória é uma espécie de pacto sucessório e restringe a liberdade de testar, logo é proibida.Não cabe disposição testamentária em favor de pessoa incerta, mas esta pode ser determinável (melhor aluno de uma sala). Não precisa dizer o nome da pessoa, mas deve ser possível sua identificação (o primeiro filho da minha irmã que nascer após minha morte)Terceiro não poderia escolher o beneficiário, vez que o testamento é ato personalíssimo. Entretanto, é possível que terceiro escolha o beneficiário dentre certo numero de pessoas determinadas pelo testador.A previsão do inciso IV do art. Supra também faz com que a disposição deixe de ser personalíssima. Somente o testador pode determinar o quantum do legado.É ainda vedada qualquer manifestação que favoreça as pessoas que são impedidas de serem herdeiras ou legatáriaspermissivas É vedado herança a termo, pois vigora o princípio da saisine, excetuando os casos de fideicomisso.A inalienabilidade é uma cláusula imposta sobre determinado bem, cujo beneficiário terá domínio limitado, ou seja, poderá usar, gozar e reivindicar a coisa, mas não poderá dispor.A cláusula de inalienabilidade pode ser temporária ou vitalícia.A cláusula de inalienabilidade sobre o bem transmitido por sucessão hereditária acarreta a sua impenhorabilidade e a sua incomunicabilidade.LEGADOSLegado é bem certo, individualizado, diferenciado da herançaO legatário pode ser também herdeiro necessário, sendo chamado de prelegatário ou legatário precípuoO herdeiro onerado é o responsável pelo pagamento do legadoLegado sai da parte disponível do patrimônio do de cujosSe o mesmo bem cabe a mais de um legatário, estes são chamados de colegatáriosO legado pode ser de bem, de crédito, de coisa incerta, de usufrutoCLASSIFICAÇÃOLegado de coisa (Art.1912,CC)a) Alheia: em regra não pode ser objeto de legado coisa que não pertence ao de cujos, mas há exceções, quais sejam: 1ª) quando o legado recai sobre coisa do herdeiro ou do legatário, ou seja, o autor da herança ordena que o herdeiro ou o legatário entregue bem de sua propriedade a outrem, o sublegatário. 2ª) legado sobre coisa determinada pelo gênero ou espécie. Deve ser cumprido mesmo se o legado não estiver disponível entre os bens do de cujosb) Comum: legado sobre bem que pertence a mais de uma pessoa (sociedade, condomínio). Pode legar a quota que lhe pertencer. (art. 1914, CC)c) Singularizada: legado sobre bem especificado de uma determinada universalidade. (1916, CC)d) Universalidade: legado de coisa inteira e não de suas unidades.e) Localizada: legado de coisa que se encontra em determinado lugarLegado de crédito (art.1918, CC)Legado do que se deve ao testadorÉ uma espécie de cessão de crédito, pois é transferência de um título de crédito em que o devedor é terceira pessoa.O legatário passa a ser o novo credor daquela dívida.Legado de quitação de dívida (art.1918, CC)É o perdão da dívida (remissão)Se o legatário nada dever ao de cujos, caduca o legado e se tiver pago parte da dívida, reduz-se o saldo remanescente, sem direito a restituição.Legado de Alimentos (art.1920, CC)Os alimentos surgem da vontade do testador e não precisa haver relação deste com o legatárioAbrange o indispensável para a vidaLegado vitalício ou pensão periódica (art.1926, CC)É pensão alimentícia ad eternum para o legatário.Legado de usufrutoÉ direito real conferido ao legatário, sobre determinado bem.Se nada constar, é vitalício.Legado de imóvelAbrange o imóvel e seus acessóriosLegado alternativo: (art.1932, CC)Legado de coisa ainda não determinada, que deve ser escolhida pelo herdeiro, dentre os estabelecidos pelo autor da herança.Legado de coisa Incerta (art.1929, CC)Legado de coisa determinada pelo gênero e pela quantidade, mas não pela qualidade.O herdeiro não tem o dever de entregar a melhor coisa que possuir no espólio, mas também não poderá entregar o pior.OBS: o legado é adquirido com morte do autor da herança, porém, o legatário somente tomará posse quando houver requerimento, pois recebe bem individualizado e não a universalidade de bens.OBS: É do herdeiro onerado a obrigação de pagar o legado, o que pode ocorrer desde logo ou após a verificação do passivo da herança, vez que poderá afetar também o legado. LEGADO SÓ É PAGO SE O ESPÓLIO É SOLVENTE.Pertencem ao legatário os frutos da coisa certa legada desde a morte do de cujos (art.1923, CC)CADUCIDADE DOS LEGADOSCaducidade é a ineficácia do legado por causa superveniente à sua constituição.Vejamos as causas que demonstram a modificação de vontade do testador (art. 1939, CC)Causas objetivas: (art.1939, I a III, CC)a) modificação da coisa substancialmente: quando o próprio testador modifica a coisa legada depois do testamento de forma substancial, modificando sua forma, espécie.b) Alienação voluntária: quando o testador aliena gratuita ou onerosamente o bem legado em todo ou em parte. Neste caso caduca o legado da parte que deixou de ser de propriedade do testador.c) Perecimento ou evicção da coisa legada:Causas subjetivas: (art.1939, IV e V CC)a) indignidade do legatário: quando o legatário for excluído da sucessão por indignidade (art.181, CC)b) falecimento do legatário antes do testador outras causas não estabelecidas em Lei:a) renúncia pelo legatáriob) falta de legitimação para receber: não chegam a herdar. Ocorre, por exemplo, com os que participam da elaboração do testamento e com a companheira. DIREITO DE ACRESCEROcorre quando o testador contempla vários beneficiários de herança ou legado e um deles vem a faltar. (art1941, CC)O quinhão de cada um deve ser indeterminadoSó ocorre na sucessão testamentáriaA quota do nomeado é transferida para seus herdeiros legítimosSUBSTITUIÇÕESOcorre nos casos em que o testador nomeia outro beneficiário da herança ou do legado caso o legatário ou o herdeiro não puderem ou não quiserem aceitar o que foi determinado.Pode ser direita ou fideicomissáriadireitaPrevê ideia de que o testador pode antever a situação em que seu herdeiro não queira ou não possa herdar, o que geraria a caducidade.Para evitar a caducidade prevê um substituto.Pode instituir quantos substitutos quiser.A substituição direta pode ser: a) singular: prevê apenas um substituto ou b) coletiva: prevê vários substitutosA substituição direta coletiva pode ser simultânea (nomeação de vários substitutos ao mesmo tempo), recíproca (reciprocidade entre os herdeiros) ou sucessiva (nomeação de sucessores)fideicomissária (art.1951, CC)Se assemelha à substituição sucessiva, mas é certo que duas pessoas serão beneficiadas, uma após a outra.Na substituição fideicomissária, adquire-se o domínio de um bem com a obrigação de conservação até a morte do beneficiário, momento em que a coisa se transfere a outra pessoa já indicada pela testador.Sua utilização é limitada pela lei (1952, CC)Se o termo ou a condição para a transferência do fideicomisso não ocorrer no prazo determinado, a propriedade fixa no fiduciário.Se o fiduciário falece antes da transferência, o bem passa a seus herdeiros, assim como a obrigação de repassar para o fideicomissário quando do fim do termos ou do encargo.REDUÇÃO DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIASÉ exceção ao princípio da intangibilidade do testamento, pois permite a redução do que o testador testou em excessoQuando há herdeiros necessários o testador deve reservar 50% de seus bens para estes (legítima). Quando isso não ocorre, tem-se a redução da parte disponível para preservar o direito dos herdeiros necessários.Não há revogação do testamento, apenas redução das disposições.Ocorre à época da partilhaRegras: (arts. 1966 a 1968, CC)a) Se o testador exceder a parte disponível, a cláusula elaborada deve ser reduzida de forma proporcional, a fim de preservar os direitos dos herdeiros legítimos;b) O próprio testador poderá prever o excesso, neste caso, ele mesmo determinará a redução entre os herdeiros testamentários, mesmo que desproporcionalmente;c) A redução somente pode ser requerida após a abertura da sucessão pelos herdeiros necessáriosd) A redução se dá principalmente sobre a parte reservada para os herdeiros testamentários, de forma proporcional ao quinhão de cada um. O legado somente será reduzido se não houver quinhões testamentários a serem reduzidos.Quando o bem for divisível e for necessária a redução, a divisão será proporcional, porém, se o bem for indivisível perde o bem em sua totalidade. Nestes casos, se o excesso foi superior a ¼ do bem, quem perdeu o bem recebe a diferença em dinheiro, mas, se for menor, fica com o bem e retorna o restante em dinheiro.REVOGAÇÃO E ROMPIMENTO DO TESTAMENTO (arts. 1858 e 1969, CC)revogaçãoo testamento só é revogado por outro(art.1969, CC)a revogação pode ser total ou parciala revogação impede que o testamento produza seus efeitos, exceto quanto ao reconhecimento de filhoso testador não pode renunciar à faculdade de revogar o testamentoO testamento revogador tem que cumprir com as exigências legais para ser válido e revogar o testamento.Não cabe efeito represtinatório nos testamentos, ou seja, se existe um testamento A o qual é revogado por um testamento B, se B for revogado por um testamento C, o A não volta a surtir efeitos.rompimentoÉ uma ruptura no testamento em decorrência de fato superveniente e relevante que modifique a vontade do testador. Exemplo: testamento realizado antes do nascimento de descendentes dispondo a totalidade de seus bens. (art.1973 e 1974, CC)O testamento será rompido sob a presunção de que o testador não teria disposto daquela forma se tivesse conhecimento anterior do fato. É determinação Legal.Entretanto, o testamento será mantido se o testador dispuser a metade disponível de seus bens sem contemplar os herdeiros necessários, mesmo os conhecendo. (art.1975, CC) Apenas haverá nestes casos a redução das disposições, mas a vontade do testador será mantida.QUESTÕESPEÇAMarcileia era casada com João Damião e tinha 3 filhos. Marcileia criou uma sobrinha como se fosse sua própria filha. Aos 70 anos de idade, com medo de que algo pudesse lhe ocorrer, Marcileia resolve ir ao cartório e fazer um testamento no qual deixou uma casa para Elisa, sua sobrinha. Passados 10 anos Marcileia veio a falecer em virtude de uma queda na escada de casa. No momento do falecimento Marcileia ainda possuía 3 apartamentos, todos estes adquiridos na constância do casamento com João Damião e um carro em seu nome. Elisa te procura e te informa que a casa deixada em testamento era um bem que a tia tinha recebido por herança, antes de se casar com João Damião e pede para que você tome as medidas necessárias. Elisa informou ainda que a tia estava morando na cidade do Rio de Janeiro/RJ, local em que estavam também dois apartamentos e a casa. Elabora e peça referente a medida necessárias para garantir os direitos de Elisa.Gabarito:Peça-processual: Petição Inicial de Ação de Abertura de Testamento.Endereçamento: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da _____Vara de Sucessões da Comarca do rio de Janeiro/RJ.Fundamento jurídico:Inicialmente deve constar no fundamento que o procedimento de abertura de testamento é previsto no art. 1128 do Código de Processo Civil.A petição deverá também explanar a legitimidade do testamento. Foi realizado por uma forma idônea que é o testamento público feito em cartório, seguindo as formalidades do art. 1864 do Código Civil. Deve ser ressaltado também que o testamento está respeitando corretamente a meação de João Damião e a legitima dos herdeiros necessários.Nos pedidos deve ser observado o pedido abertura do testamento, depois de observadas as formalidades. De acordo com ao art. 1126 do Código de Processo Civil, deve ser pedida a oitiva do Ministério Público e pelo art. 1984 do Código Civil deve ser pedido que Elisa seja nomeada inventariante.QUESTÕES DISSERTATIVASQuestão 1 : João fez um testamento para deixar um dos seus 10 imóveis para seu grande amigo Fabiano. Constou no testamento a especificação detalhada do imóvel e o valor do mesmo não ultrapassou a legítima. João veio a falecer e seu filho mais velho abriu o processo de inventário, bem como o de abertura do testamento. Ao saber que havia sido contemplado no testamento de João, Fabiano procurou o inventariante para entrar na posse do imóvel. Este disse que não poderia fazê-lo, pois deveria aguardar a finalização da partilha e ainda informou que o imóvel estava alugado e que não tinha como retirar o locatário no momento. Fabiano poderá fazer alguma coisa contra esse ato do inventariante? O que deverá ser feito com os alugueis que forem recebidos pelo inventariante?Resposta: no caso em tela, Fabiano recebeu um imóvel de João como legado. Entretanto, o legatário tem a propriedade sobre o bem, mas somente tem a posse após o fim do processo de inventário e partilha. Assim, deverá Fabiano esperar para tomar posse do bem, mas terá direito aos frutos (aluguéis) do imóvel desde a morte do testador. (art. 1923, CC)Questão 2: Certo testador institui seus herdeiros Antônio por 1/6 da herança, Benedito por 2/6 e Carlos por 3/6, dispondo que, na falta de um deles por premoriência, indignidade ou renúncia, nomeia Daniel, como herdeiro, juntamente com os demais. Considerando a condição de substituto vulgar de Daniel, a concorrer com os substitutos recíprocos, como ficará a distribuição da herança caso Antônio venha a falecer?Gabaritono caso em análise verifica-se o instituto da substituição. Caso Antônio venha a falecer, sua quota parte (1/6) será dividida em partes iguais para todos os herdeiros restantes, inclusive o substituto Daniel, vez que é substituto vulgar. (art.1947, CC)Questão 3 Marcos e Mauro são herdeiros testamentários de José, ao lado da herdeira necessária Ana Maria (cônjuge sobrevivente), que, portanto, figura como sucessora a dois títulos sucessórios diversos. O patrimônio deixado por José é de R$60.000,00. Ocorre que Marcos, quando da abertura da sucessão era pré morto, tendo deixado duas descendentes (Sofia e Maria). Diante dessa situação, a quem será atribuída a quota parte de Marcos? Gabarito: NO caso em análise Ana Maria é sucessora a dois títulos sucessórios distintos, ou seja, é ao mesmo tempo herdeira legítima e testamentária, no último caso, juntamente com Marcos e Mauro. Sendo Marcos pré morto, este não receberá a quota que lhe é devida, devendo esta ser acrescida à dos coerdeiros, afinal o quinhão de cada um é indeterminado, conforme dispõe art. 1\u2019941, CC. QUESTÕES OBJETIVAS1- (IESES - 2011 - TJ-CE - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Parte superior do formulárioConsiderando-se a sucessão testamentária, assinale a alternativa correta: a) O deficiente visual poderá optar entre as formas de testamentos ordinários a que melhor atenda seus anseios.b) Aos deficientes auditivos não se faculta o testamento público. c) Excepcionalmente (circunstâncias declaradas no documento) o testamento particular de próprio punho, assinado pelo testador, sem testemunhas, poderá ser confirmado pelo juiz. d) O menor de 18 anos poderá testar, desde que com assistência legal.Resposta: O deficiente visual somente poderá fazer testamento público, pois depende da fé-pública do tabelião para conferir o conteúdo do mesmo, o mesmo acontecendo com os deficientes auditivos, por isso as alternativas A e B estão incorretas. Já a C está correta, pois trata da hipótese do art. 1879 do Código Civil. A D está incorreta pois a capacidade testamentária é excepcional, já que o maior de 16 e menor de 18 pode fazer testamento sem precisar ser assistido, de acordo com o parágrafo único do art. Parte inferior do formulário1860.2- ) Fabiano fez um testamento estipulando que um de seus vários apartamentos seria deixado para seu amigo Cristian. Estabeleceu ainda que caso Cristian não pudesse ser herdeiro, ele seria substituído por Mariana. Infelizmente, durante uma viajem que foram fazer de férias, Fabiano e Cristian faleceram num acidente de automóvel. Neste caso, Mariana será chamada como herdeira:a) Somente se ficar constatado que Cristian faleceu primeiro que Fabiano.b) Em nenhuma hipótese, pois os dois faleceram no mesmo acidente.c) Em qualquer caso, pois indepentende de quem faleceu primeiro, era desejo de Fabiano que Mariana recebesse a herança caso Cristian não pudesse.d) Somente se ficar provado que Fabiano faleceu primeiro que Cristian.Resposta: A substituição testamentária não se confunde com o direito de representação. Portanto, somente haverá substituição quando o primeiro herdeiro nomeado não puder, por qualquer motivo receber sua herança. A alternativa correta, portanto, é a letra A.3- (VUNESP - 2007 - OAB-SP - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase) Parte superior do formulárioNão é própria aos testamentos a) a solenidade. b) a gratuidade.c) a unilateralidade. d) a irrevogabilidade.Resposta: Todo testamento é irrevogável, por isso a resposta correta é a alternativa D. Todas as demais características estão corretas para o testamento.4 - (ND - 2007 - OAB-SC - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase) Parte superior do formulárioQuanto à sucessão testamentária assinale a afirmativa INCORRETA: a) A deserdação é a medida própria para privar os herdeiros necessários de sua legítima. São requisitos imprescindíveis à deserdação: seja ordenada em testamento, fundada em uma das causas legalmente previstas, bem como seja promovida em ação ordinária após a abertura da sucessão.b) O pródigo, formalmente interditado, torna-se incapaz apenas para praticar, sem assistência de seu curador, atos que possam desfalcar ou onerar seu patrimônio. Assim, o pródigo poderá dispor de seus bens por testamento, desde que assistido legalmente.c) O fideicomisso é válido apenas quando ainda não concebido o fideicomissário na abertura da sucessão. Se for pessoa existente na abertura da sucessão, converte-se o fideicomisso em usufruto em favor do fiduciário, transferindo-se a propriedade direto para o fideicomissário.d) O testador pode livremente clausular (inalienabilidade, incomunicabilidade ou impenhorabilidade), sem necessidade de justificativa, sobre os bens objeto de legado ou herança testamentária, inclusive para seus herdeiros necessários, desde que configurem seu acervo disponível, ou seja, não se trate da legítima.Resposta: A alternativa A está correta, tendo em vista os artigos. 1961, 1962 e 1964 do Código Civil. A letra B é a incorreta, pois o art. 1860, diz que os incapazes não podem testar e coloca de forma geral, ou seja, tanto os absolutamente incapazes quanto os relativamente incapazes. A opção C está correta pois refere-se exatamente ao texto do art. 1952 e seu parágrafo único e a Alternativa D também está correta já que artigo 1848 diz que não poderão haver cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade no testamento acerca dos bens da legítima, ou seja, dos bens dos herdeiros necessários.5- (MPE-SP - 2006 - MPE-SP - Promotor de Justiça)Parte superior do formulário"É o ato pelo qual o testador, conscientemente, torna ineficaz testamento anterior, manifestando vontade contrária à que nele se acha expressa". "É a inutilização de testamento por perda de validade em razão da ocorrência de fato superveniente previsto em lei". Com relação a testamento, são atos, respectivamente, de:a) revogação e rompimento.b) caducidade e rompimento.c) rompimento e revogação.d) revogação e caducidade.e) revogação e anulação.Resposta: Correto é a alternativa A. O ato de fazer um novo testamento, acabando com os efeitos do anterior é a revogação, que pode ser realizada a qualquer tempo pelo testador. Já quando o testamento perde sua validade, por um reconhecimento posterior de herdeiro necessário, por exemplo, é o rompimento.
Compartilhar