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APOSTILA ANÁLISE DE CUSTOS 2017 UNIP

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ANÁLISE DE CUSTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Esp. Edson Conceição Júnior 
 
2 
 
UNIP - Universidade Paulista - Campus Sorocaba 
Endereço: Av. Independência, 210 - Jardim Éden – Sorocaba – SP - CEP 18087-101 - Telefone: (15) 3412-1000. 
Sumário 
PLANO DE ENSINO ......................................................................................................................................... 8 
EMENTA ......................................................................................................................................................... 8 
OBJETIVOS GERAIS ......................................................................................................................................... 8 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................................................ 8 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ........................................................................................................................ 8 
ESTRATÉGIA DE TRABALHO ............................................................................................................................ 9 
AVALIAÇÃO..................................................................................................................................................... 9 
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................................. 9 
UNIDADE 1 - BASES PARA O CONHECIMENTO DE CUSTOS ......................................................................... 10 
1. Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................................... 10 
2. Contabilidade de custos, financeira e gerencial – Conceitos e Finalidades. .................................... 10 
3. Bases para o conhecimento de custos.............................................................................................. 11 
4. Termos utilizados na contabilidade de custos – Distinções entre Gasto, Investimento, Custo, 
Despesa, Perda e Desembolso. ................................................................................................................ 11 
5. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ................................................................................................................... 14 
UNIDADE 2 - CUSTOS PARA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES: CUSTEIO POR ABSORÇÃO ................................... 15 
1. Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................................... 15 
2. Objetivos de sua aprendizagem ........................................................................................................ 15 
3. Você se lembra? ................................................................................................................................ 15 
4. Introdução ......................................................................................................................................... 16 
5. Custos diretos e custos indiretos ...................................................................................................... 16 
3 
 
UNIP - Universidade Paulista - Campus Sorocaba 
Endereço: Av. Independência, 210 - Jardim Éden – Sorocaba – SP - CEP 18087-101 - Telefone: (15) 3412-1000. 
6. Aplicação de custos aos produtos .................................................................................................... 17 
7. Custeio por Absorção ........................................................................................................................ 20 
8. Análise dos critérios de rateio .......................................................................................................... 22 
9. Aplicação o Custeio por Absorção .................................................................................................... 24 
10. Atividades ...................................................................................................................................... 28 
11. Reflexão ......................................................................................................................................... 34 
12. Leituras recomendas. .................................................................................................................... 34 
13. Referências .................................................................................................................................... 35 
14. Na próxima unidade ...................................................................................................................... 35 
UNIDADE 3 – CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO E O CUIDADO COM OS CUSTOS 
INDIRETOS DE FABRICAÇÃO ......................................................................................................................... 36 
1. Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................................... 36 
2. Objetivos de sua aprendizagem ........................................................................................................ 36 
3. Você se lembra? ................................................................................................................................ 36 
4. Introdução ......................................................................................................................................... 36 
5. Aplicação dos custos indiretos de fabricação ................................................................................... 37 
6. Conceitos de Departamento e sua classificação .............................................................................. 37 
7. Centros de Custos ............................................................................................................................. 39 
8. Custeio por Absorção com Departamentalização ............................................................................ 39 
9. Outros Aspectos da Contabilidade de Custos - Custos de materiais diretos ................................... 44 
10. Apuração de custos em produção por ordem .............................................................................. 46 
11. Apuração de custos em produção contínua ................................................................................. 47 
4 
 
UNIP - Universidade Paulista - Campus Sorocaba 
Endereço: Av. Independência, 210 - Jardim Éden – Sorocaba – SP - CEP 18087-101 - Telefone: (15) 3412-1000. 
12. Apuração de custos em produção conjunta ................................................................................. 47 
13. Atividades ...................................................................................................................................... 49 
14. Reflexão ......................................................................................................................................... 52 
15. Leituras recomendas ..................................................................................................................... 52 
16. Referências .................................................................................................................................... 53 
17. Na próxima unidade ...................................................................................................................... 53 
UNIDADE 4 - CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES ...................................................................................... 54 
1. Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................................... 54 
2. Objetivos de suaaprendizagem ........................................................................................................ 54 
3. Você se lembra? ................................................................................................................................ 54 
4. Introdução ......................................................................................................................................... 54 
5. Apuração dos custos das atividades ................................................................................................. 55 
6. Alocação dos custos das atividades aos produtos ............................................................................ 58 
7. Exemplo de aplicação do ABC ........................................................................................................... 59 
8. Utilização do ABC para avaliação de desempenho ........................................................................... 63 
9. ABC e o custeio variável .................................................................................................................... 64 
10. Vantagens e Desvantagens do Custeio Baseado em Atividades................................................... 64 
11. Exercício resolvido com aplicação do ABC em uma empresa de serviços .................................... 64 
12. Atividades ...................................................................................................................................... 68 
13. Reflexão ......................................................................................................................................... 69 
14. Leituras Recomendas .................................................................................................................... 70 
15. Referências .................................................................................................................................... 70 
5 
 
UNIP - Universidade Paulista - Campus Sorocaba 
Endereço: Av. Independência, 210 - Jardim Éden – Sorocaba – SP - CEP 18087-101 - Telefone: (15) 3412-1000. 
16. Na próxima unidade ...................................................................................................................... 70 
UNIDADE 5 - CUSTEIO VARIÁVEL ................................................................................................................. 71 
1. Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................................... 71 
2. Objetivos de sua aprendizagem ........................................................................................................ 71 
3. Você se lembra? ................................................................................................................................ 71 
4. Introdução ......................................................................................................................................... 71 
5. Conceito de margem de contribuição .............................................................................................. 72 
6. Custeio variável ................................................................................................................................. 73 
7. Exemplo de aplicação do Custeio Variável com uso da Margem de Contribuição .......................... 75 
8. Distinção entre o custeio por absorção e custeio variável ............................................................... 77 
9. Exercício Resolvido: Aplicação da Margem de Contribuição ............................................................ 80 
10. Exercício Resolvido: Aplicação do Custeio Variável com uso da Margem de Contribuição ......... 83 
11. Atividades ...................................................................................................................................... 85 
12. Reflexão ......................................................................................................................................... 86 
13. Leituras Recomendas .................................................................................................................... 86 
14. Referências .................................................................................................................................... 87 
15. Na próxima unidade ...................................................................................................................... 87 
UNIDADE 6 - ANÁLISE CUSTO –VOLUME – LUCRO ...................................................................................... 88 
1. Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................................... 88 
2. Objetivos de sua aprendizagem ........................................................................................................ 88 
3. Você se lembra? ................................................................................................................................ 88 
4. Introdução ......................................................................................................................................... 89 
6 
 
UNIP - Universidade Paulista - Campus Sorocaba 
Endereço: Av. Independência, 210 - Jardim Éden – Sorocaba – SP - CEP 18087-101 - Telefone: (15) 3412-1000. 
5. Comportamento dos Custos Fixos, Variáveis e Receita de Venda ................................................... 89 
6. Conceito de Ponto de Equilíbrio ....................................................................................................... 92 
7. Ponto de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro. ................................................................... 94 
8. Aplicações dos conceitos de ponto de equilíbrio ............................................................................. 99 
9. Margem de Contribuição e aplicação do Ponto de Equilíbrio Contábil para N produtos ................ 99 
10. Exercício resolvido ....................................................................................................................... 102 
11. Atividades .................................................................................................................................... 104 
12. Reflexão ....................................................................................................................................... 105 
13. Leituras Recomendas. ................................................................................................................. 106 
14. Referências .................................................................................................................................. 106 
15. Na próxima unidade .................................................................................................................... 106 
UNIDADE 7 - CUSTOS PARA CONTROLE ..................................................................................................... 107 
1. Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................................. 107 
2. Objetivos de sua aprendizagem ...................................................................................................... 107 
3. Você se lembra? .............................................................................................................................. 107 
4. Introdução ....................................................................................................................................... 108 
5. Custo-padrão................................................................................................................................... 109 
6. Análise das variações de materiais diretos e mão-de-obra............................................................ 111 
I. Variações de materiais diretos .................................................................................................... 111 
II. Variações de mão-de-obra direta ............................................................................................ 112 
7. Análise das variações dos Custos Indiretos .................................................................................... 114 
8. Aplicação dos Custos para Controle ............................................................................................... 115 
7 
 
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9. Questões propostas ........................................................................................................................ 116 
10. Reflexão ....................................................................................................................................... 118 
11. Leituras Recomendas .................................................................................................................. 118 
12. Referências .................................................................................................................................. 119 
13. Na próxima unidade .................................................................................................................... 119 
UNIDADE 8 - DECISÕES EM CUSTOS .......................................................................................................... 120 
1. Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................................. 120 
2. Objetivos de sua aprendizagem ...................................................................................................... 120 
3. Você se lembra? .............................................................................................................................. 120 
4. Introdução ....................................................................................................................................... 120 
5. Custo de Oportunidade ................................................................................................................... 121 
6. Aplicações do conceito de Custo de Oportunidade ....................................................................... 122 
7. Decisões de investimento ............................................................................................................... 124 
8. Decisões sobre mix de produção .................................................................................................... 126 
9. Outras decisões envolvendo Custos de Oportunidade .................................................................. 127 
10. Decisões de preço de transferência ............................................................................................ 127 
11. Decisão e avaliação de desempenho .......................................................................................... 128 
12. Atividades .................................................................................................................................... 128 
13. Reflexão ....................................................................................................................................... 129 
14. Leituras Recomendas .................................................................................................................. 130 
15. Referências .................................................................................................................................. 130 
 
8 
 
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PLANO DE ENSINO 
CURSO: Administração 
SÉRIE: 6º/5° Semestres 
DISCIPLINA: Análise de Custos 
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 02hs/aula 
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 40hs/aula 
EMENTA 
Esta disciplina trata da definição de custos, da análise de custos e lucros usando o custeio por absorção e 
o custeio variável e do cálculo e interpretação dos efeitos das variações provocadas pelo uso de cada um 
destes custeios. Trata, ainda, das finalidades e utilidades do custo padrão e da utilização do custeio 
baseado em atividades (ABC) para determinar os custos do produto. 
OBJETIVOS GERAIS 
Contribuir para o desenvolvimento das competências requeridas dos alunos, para que possam bem 
exercer o papel de administradores, conforme definidas no Projeto Pedagógico do Curso/PPC, em 
consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração – 
Resolução nº 4/2005 – CNE/CES. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Saber classificar os custos de acordo com o seu comportamento, apurar o custo de produção pelos 
principais sistemas de custeio e identificar o que melhor se adapte às estratégias operacionais e 
administrativas da organização. 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
I.1 Contexto básico referente a custeio por absorção 
I.1.1 Diferença de custos fixos e variáveis 
I.1.2 Diferença de custos diretos e indiretos 
I.1.3 Revisão da formação do custeio por absorção 
 
I.2 Custeio Variável 
I.2.1 Margem de Contribuição 
I.2.2 Diferença entre custeio variável e custeio por absorção 
 
I.3 Custos para Controle 
I.3.1 Conceitos e Aplicações 
I.3.2 Custo Padrão 
I.3.3 Análise das Variações 
9 
 
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I.4 Custeio ABC 
I.4.1 Importância do Custeio ABC 
I.4.2 Atribuição dos CIF 
I.4.3 Aplicação do Custeio ABC 
 
ESTRATÉGIA DE TRABALHO 
• Aulas expositivas 
• Exercícios de fixação individuais e em grupo 
• Exercícios em classe e extraclasse 
• Pesquisas extraclasse 
• Os exercícios, em classe, ocorrerão em datas não fixadas, privilegiando a presença em sala de 
aula. 
AVALIAÇÃO 
• Provas escritas 
• Trabalhos e exercícios desenvolvidos em classe e extraclasse 
• Participações em questionamentos e debates 
BIBLIOGRAFIA 
• Bibliografia Básica: 
HORNGREN, Charles T., DATAR, Srkant M. & FOSTER, George. Contabilidade de custos – volume 2, 11ª. 
ed. Pearson, 2010. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10ª. ed., São Paulo: Atlas, 2010. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos – livro de exercícios. 10a ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
• Bibliografia Complementar: 
HORNGREN, Charles T., DATAR, Srkant M. & FOSTER, George. Contabilidade de custos – volume 1, 11ª. 
ed. São Paulo: Pearson, 2010. 
LEONE, George S. Guerra. Curso de contabilidade de custos. 4a ed., São Paulo: Atlas, 2010. 
NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo E.V. Contabilidade de custos, 11ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
SANTOS, Joel. Contabilidade e Análise de Custos. 6º ed., São Paulo: Atlas, 2011. 
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos, 1º edição. São Paulo: Pearson, 2010. 
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UNIDADE 1 - BASES PARA O CONHECIMENTO DE CUSTOS 
1. Processo de ensino-aprendizagem 
Nesta primeira unidade conheceremos os principais conceitos relacionados a custos e assim possibilitar a 
identificação dos métodos de custeio empregados na apuração dos custos, bem com, compreender 
melhor os objetivos da contabilidade de custos e o significado de custos e despesas. Será apresentada a 
terminologia aplicada e a classificação dos custos. 
 
2. Contabilidade decustos, financeira e gerencial – Conceitos e Finalidades. 
 
CONTABILIDADE DE CUSTOS é a área da ciência contábil que estuda os gastos referentes à produção de 
bens e serviços. Abrange a Contabilidade de Serviços e a Contabilidade Industrial. No Brasil, a 
Contabilidade de Custos refere-se, essencialmente, à Contabilidade Industrial. 
 
A Contabilidade de Custos (Contabilidade Industrial) aplica-se ao departamento de produção das 
empresas, tendo como objetivo controlar os diversos gastos envolvidos na fabricação dos produtos, tais 
como, Mão-de-Obra Direta e Indireta, Materiais Diretos (Matérias-Primas, Embalagens e Insumos) e 
Gastos Gerais de Fabricação, também chamados de Custos Indiretos de Fabricação (energia elétrica, 
depreciação e aluguéis da fábrica, entre outros). 
 
A Contabilidade de Custos surgiu da necessidade de adaptação às empresas industriais dos critérios da 
Contabilidade Geral ou Financeira utilizados com sucesso no controle do patrimônio das sociedades 
comerciais. Enquanto na Contabilidade Geral ou Financeira busca-se o controle do patrimônio da 
empresa como um todo, na Contabilidade de Custos o objetivo imediato é a avaliação de estoques e do 
resultado. 
 
Com o crescimento das empresas e o consequente distanciamento dos administradores, a Contabilidade 
de Custos passou a ser vista como um importante instrumento de auxílio da função gerencial. Surgiu, 
assim, a denominada Contabilidade Gerencial. 
 
Esse novo ramo da contabilidade, que tem como finalidade o fornecimento de informações necessárias 
ao controle e tomada de decisão pelos administradores, por ser relativamente novo, ainda carece de 
aperfeiçoamentos, cabendo reforçar a importância de adaptações dos critérios da Contabilidade de 
Custos para o bom desempenho dessa nova função gerencial. 
 
Os custos de uma empresa resultam da combinação de diversos fatores como a capacitação tecnológica, 
produtiva e de processos, gestão, estrutura organizacional, qualificação da mão-de-obra, entre outros. 
Nos custos está refletida uma série de variáveis, tanto internas como externas que justificam a utilização 
da Contabilidade de Custos para: o auxílio ao controle e a ajuda na tomada de decisões. 
 
Partindo dessa premissa, as organizações se utilizam da Contabilidade de Custos para tornarem-se cada 
vez mais atraentes, respondendo de forma positiva às várias mudanças ocorridas tanto no âmbito 
interno quanto externo de sua organização. Os concorrentes, os clientes, o governo, os avanços 
11 
 
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tecnológicos e outros são fatores que diretamente influenciam no crescimento e, consequentemente, na 
existência de uma organização. Assim sendo, as mesmas devem exercer um constante controle de seus 
gastos a fim de continuarem consolidadas ou se consolidarem no mercado. Como no mundo globalizado 
a facilidade de encontrar o produto desejado é cada vez maior, a empresa necessita de fatores que a 
tornem mais atraente em detrimento às demais. E respondendo a essa necessidade de sobrevivência, o 
conhecimento dos elementos de formação do preço de venda dos produtos e serviços constitui-se numa 
vantagem competitiva relevante para as organizações. 
 
3. Bases para o conhecimento de custos. 
 
Quanto mais estruturada for a empresa, melhores serão os resultados obtidos por meio de um sistema 
de custos. Essa estrutura mistura metas simples e um tratamento complexo de dados o que nos obriga a 
definir seus objetivos. 
 
Uma empresa apura seus custos com vistas: 
 
a) Ao entendimento de exigências legais quanto à apuração de resultados de suas atividades e 
avaliação de estoques; 
b) Ao conhecimento dos custos para a tomada de decisões corretas e o exercício de controles. 
(MEGLIORINI, 2007). 
 
O atendimento das exigências legais depende da adequação dos seus métodos de apuração de custos 
aos princípios contábeis e conformidade com as normas e a legislação vigente. Quando utilizado para a 
tomada de decisão, podem-se empregar quaisquer métodos de custeio capazes de fornecer as 
informações necessárias à gestão da empresa. 
 
4. Termos utilizados na contabilidade de custos – Distinções entre Gasto, Investimento, Custo, 
Despesa, Perda e Desembolso. 
 
• GASTOS – São os sacrifícios necessários à obtenção de um bem ou serviço. Representam 
desembolsos imediatos ou a promessa de desembolsos futuros. Os gastos têm um sentido amplo, 
abrangendo investimentos, custos ou despesas. 
 
• INVESTIMENTOS – São os gastos que têm como contrapartida um ativo. 
 
• CUSTOS – São os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou 
serviços. 
 
• DESPESAS – Representam os bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a 
obtenção de receitas. Os gastos relativos aos demais departamentos, como os de Venda e Administrativo 
são considerados despesas. 
 
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Endereço: Av. Independência, 210 - Jardim Éden – Sorocaba – SP - CEP 18087-101 - Telefone: (15) 3412-1000. 
• DESEMBOLSO – Representa o pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Não se 
confunde com o gasto, uma vez que podem ocorrer em momentos distintos. Exemplo: Em uma compra a 
prazo, o gasto se dá quando da transferência da propriedade do bem, ocorrendo o desembolso no 
momento do pagamento. 
 
• PERDA – Representa um bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. Exemplos: 
Obsoletismo de estoque, perdas com incêndio. Assim como as despesas, as perdas vão diretamente à 
conta de resultado. Mais à frente estabeleceremos a diferença entre perdas normais e anormais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCuuiiddaaddooss nnaa sseeppaarraaççããoo eennttrree CC ee DD 
 aa)) VVaalloorreess iirrrreelleevvaanntteess ddeevveemm sseerr ccoonnssiiddeerraaddooss ccoommoo ddeessppeessaass ((pprriinnccííppiiooss ddoo ccoonnsseerrvvaaddoorriissmmoo ee mmaatteerriiaalliiddaaddee));; 
 bb)) VVaalloorreess rreelleevvaanntteess qquuee tteemm ssuuaa mmaaiioorr ppaarrttee ccoonnssiiddeerraaddaa ccoommoo ddeessppeessaa,, ccoomm aa ccaarraacctteerrííssttiiccaa ddee ssee rreeppeettiirreemm aa 
ccaaddaa ppeerrííooddoo,, ddeevveemm sseerr ccoonnssiiddeerraaddooss nnaa ssuuaa íínntteeggrraa ((pprriinnccííppiioo ddoo ccoonnsseerrvvaaddoorriissmmoo));; 
 cc)) VVaalloorreess ccoomm rraatteeiioo eexxttrreemmaammeennttee aarrbbiittrráárriioo ttaammbbéémm ddeevveemm sseerr ccoonnssiiddeerraaddooss ccoommoo ddeessppeessaa ddoo ppeerrííooddoo;; 
 dd)) GGaassttooss ccoomm ppeessqquuiissaa ee ddeesseennvvoollvviimmeennttoo ddee nnoovvooss pprroodduuttooss ppooddeemm tteerr ddooiiss ttrraattaammeennttooss:: ccoommoo ddeessppeessaass ddoo 
ppeerrííooddoo eemm qquuee iinnccoorrrreemm,, oouu ccoommoo iinnvveessttiimmeennttoo ppaarraa aammoorrttiizzaaççããoo nnaa ffoorrmmaa ddee ccuussttoo ddooss pprroodduuttooss aa sseerreemm 
eellaabboorraaddooss ffuuttuurraammeennttee.. 
13 
 
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5. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Exercício 1: Identificar os itens a seguir relacionados como: 
1. Investimentos 
2. Custos 
3. Despesas 
 
1. ( ) Salários do departamento administrativo 
2. ( ) Seguros das máquinas da fábrica 
3. ( ) Salários dos operários da fábrica diretamente ligados à produção 
4. ( ) Salários dos operários da fábrica encarregados da limpeza 
5. ( ) Aquisição de Matérias-Primas6. ( ) Consumo das Matérias-Primas na produção 
7. ( ) Comissões de Vendas 
8. ( ) Fretes e Seguros sobre Vendas 
9. ( ) Aquisição de Equipamentos 
10. ( ) Seguros dos Equipamentos da fábrica 
11. ( ) Aquisição de Embalagens 
12. ( ) Embalagens consumidas 
13. ( ) Juros Passivos 
14. ( ) Aquisição de material de escritório 
15. ( ) Material de escritório da administração consumido no período 
16. ( ) Energia elétrica da sede da sociedade 
17. ( ) Energia elétrica da fábrica 
18. ( ) Depreciação dos móveis e utensílios do departamento administrativo 
19. ( ) Encargos sociais dos operários da fábrica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 2 - CUSTOS PARA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES: CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
1. Processo de ensino-aprendizagem 
 
Na segunda unidade vamos conhecer mais algumas classificações ou termos utilizados pela 
Contabilidade de Custos, bem como apresentar o primeiro sistema de Custeio, o Custeio por Absorção 
com rateio simples, cuja metodologia permite alocar custos aos produtos. 
 
2. Objetivos de sua aprendizagem 
 
1. Conhecer os principais aspectos de apuração de custos 
2. Distinguir entre custos diretos e custos indiretos 
3. Distinguir entre custos variáveis e custos fixos 
4. Verificar a aplicação de custos aos produtos por meio da metodologia de Custeio por Absorção 
sem departamentalização 
5. Conhecer os passos para alocar custos aos produtos com uso do Custeio por Absorção 
6. Alocar custos aos produtos utilizando diferentes métodos e rateio 
7. Entender as implicações do uso de critérios de rateio distintos 
 
3. Você se lembra? 
Você já levantou o balanço patrimonial e a demonstração de resultados de uma empresa brasileira de 
capital aberto? Ou já viu no site de alguma empresa SA tais demonstração? A seguir, tem-se uma parte 
da Demonstração de Resultados da Companhia Vale: 
 
 
Figura 1: Demonstração de Resultados da Companhia Vale. 
Fonte: http://www.vale.com.br 
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Na demonstração de resultados da Vale tem o sado, em milhões, do Custo dos Produtos e Serviços 
vendidos no ano de 2008. Você sabia que este valor é encontrado utilizando o Sistema de Custeio por 
Absorção? Para todas as empresas de capital aberto, há exigência legal de que estes valores sejam 
calculados por meio deste sistema de custeio. 
 
4. Introdução 
 
O objetivo desta unidade é fazer com que o aluno conheça os principais aspectos da forma de apuração 
de custos, pois se entende como função de acumulação de custos qualquer segmento da entidade em 
que se deseje apurar custos. Para isso, vamos conhecer outras classificações de custos. 
 
Para retomar, na unidade anterior vimos um pouco sobre o histórico da contabilidade de custos, 
definimos alguns conceitos básicos como: gasto (que é o sacrifício financeiro); desembolso (pagamento); 
investimento (que são gastos ativados em função da sua vida útil); perda (consumo de modo 
involuntário); custo (que são gastos par uso na produção) e despesa (que é um gasto para obtenção de 
receita). Além disso, verificamos alguns princípios contábeis geralmente aceitos (Realização da Receita; 
Confrontação Despesas x Receitas; Custo Histórico; Consistência; Prudência e Relevância) além de 
termos conhecido o que são custo da produção do período, da produção acabada e do produto vendido. 
 
Todos estes pontos foram importantes para que possamos dar continuidade no estudo da Contabilidade 
de custos, para entendermos e diferenciarmos as classificações (custo direto e indireto, custo variável e 
fixo) que serão apresentadas nesta unidade. 
 
De posse do conhecimento e da habilidade de diferenciar e classificar cada item de uma empresa com 
base no conhecimento das terminologias e classificações o aluno terá suporte suficiente para bom 
entendimento do que é o custeio por absorção, sua finalidade e sua metodologia. 
 
5. Custos diretos e custos indiretos 
 
Segundo Dutra (2003) os custos diretos e indiretos são classificados de acordo com a possibilidade de 
alocação de cada custo diretamente a cada tipo diferente de produto ou de função de custo e, à 
impossibilidade de sua alocação no momento da ocorrência do custo. 
 
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6. Aplicação de custos aos produtos 
 
Para Martins (2003) a aplicação dos custos aos produtos feitos ou serviços prestados e, não à produção 
em geral ou dos departamentos dentro da empresa, pode ser direto ou indireto. Apresentamos a seguir 
as definições de cada um desses custos. 
 
BOX EXPLICATIVO: 
Custos Diretos: são os custos que podem ser diretamente apropriados aos produtos havendo uma 
medida de consumo. 
 Exemplos: quilogramas, materiais consumidos, horas de mão-de-obra utilizada etc. 
Custos Indiretos: são os custos que não oferecem condições de uma medida objetiva e qualquer 
tentativa de alocação tem que ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. 
 Exemplos: aluguel, salário da supervisão e das chefias. 
 
Em caráter especial o material de consumo com valor irrelevante, a depreciação que tem o seu valor 
estimado e arbitrado e, a energia elétrica pela não existência de um sistema de mensuração do quanto é 
consumido por cada produto são exemplos de custos diretos, porém são considerados como custos 
indiretos. 
 
Assim, sob a ótica o autor dentro dos custos indiretos estão os custos indiretos propriamente ditos e 
também os custos diretos que tratamos como indiretos em função de sua irrelevância ou da dificuldade 
de mensuração. 
 
A mão-de-obra pode ser direta e indireta. Direta quando se trata do pessoal que trabalha e atua 
diretamente sobre o produto que está sendo elaborado ou o serviço que está sendo prestado (pessoal 
do chão de fábrica) e, Indireta quando não tem aplicação direta sobre a fabricação o produto ou o 
serviço que está sendo prestado (pessoal da chefia, supervisão, manutenção, controle, contabilidade). 
 
A classificação de direto e indireto é usada apenas para custo. 
 
Há também outra classificação dos custos que leva em consideração a relação entre o valor de um custo 
e o volume de atividade numa unidade de tempo. Que se divide em Custos Fixos e Variáveis em relação 
ao volume de produção. 
 
BOX EXPLICATIVO: 
Custos Variáveis: são aqueles que quanto maior a quantidade fabricada, maior seu consumo. Portanto, 
varia de acordo com o volume de produção; logo, materiais diretos são custos diretos. 
 Exemplo: matéria-prima 
 
 
 
 
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Graficamente, os custos variáveis se comportam da seguinte maneira: 
Custo VariávelCusto ($)
Volume de Atividade 
Figura 2: Comportamento dos Custos Variáveis 
 
Percebam que com o aumento da atividade ou do volume produzido maior o custo. Se o volume de uma 
atividade fosse, por exemplo, de 50 unidades, o custo variável total seria de 100$; se a produção fosse 
de 70 unidades, o custo variável total seria de 140$; se a produção fosse de 25 unidades, ele seria de 
$50, e assim sucessivamente. Portanto, ele varia com a variação do volume de produção. 
 
BOX EXPLICATIVO: 
Custo Fixo: são aqueles que independentemente de aumentos ou diminuições do volume produzido 
permanecerão constantes, seja por um período detempo. 
 Exemplo: aluguel da fábrica. 
 
Graficamente tem-se o comportamento dos Custos Fixos: 
 
 
Custo Fixo
Custo ($)
Volume de Atividade 
Figura 3: Comportamento dos Custos Fixos no Curto ou Médio Prazo 
 
Ou seja, se o aluguel da área de produção for, por exemplo, de R$500, esse valor não varia com a 
unidade produzida, nem tende a variar no curto prazo, como dois meses, três ou mais. Se a empresa 
produzir 100 unidades terá que pagar o valor integral do aluguel, se produzir 1 unidade também. 
 
Perceba outra coisa, o custo fixo não se inicia no zero. Isso porque independente de qualquer volume 
produzido ele vai existir (como falamos, produzindo ou não terá que pagar o aluguel; vendendo ou não o 
doce de abóbora, teremos que pagar o aluguel no final do mês). 
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Diferentemente do variável, que pode começar do zero, por exemplo, se não produzir doce, não tem 
consumo de matéria-prima, ou seja, o consumo de açúcar é zero. 
 
Mas num médio ou longo prazo o dono do imóvel poder resolver aumentar o valor do aluguel; ou então, 
vamos supor que para supervisionar uma produção de 200 itens a empresa precise de um supervisor 
(que será sua mão-de-obra direta); mas se a produção se elevar para 500 unidades, ela vai precisar de 
dois supervisores, então seu custo fixo com mão-de-obra se eleva, mas ele se mantém para mais um 
intervalo de produção. Nesse caso, o comportamento do CF seria: 
Custo Fixo
Custo ($)
Volume de Atividade 
Figura 4: Comportamento dos Custos Fixos no Médio ou Longo Prazo 
 
Mas, e as despesas? 
A classificação em Direto e Indireto é usada apenas para custos e não para despesas. Agora, a 
classificação em Fixa ou Variável pode ser aplicado para os custos e para as despesas. 
Por exemplo: 
Despesa Fixa: salário do gestor; aluguéis; seguros, etc. 
Despesa Variável: comissão dos vendedores com base nas vendas; impostos sobre faturamento, fretes, 
etc. 
 
Todos os custos podem ser classificados em fixos ou variáveis e diretos e indiretos ao mesmo tempo. 
Os custos variáveis são sempre diretos por natureza, embora possam às vezes ser tratados como 
indiretos por razões de irrelevância e economia. 
BOX EXPLICATIVO: 
Afinal, qual a característica que diferencia o custo direto do indireto e o variável do fixo? 
O que distingui os custos diretos e indiretos a capacidade de alocação aos produtos. Os custos diretos 
nos permitem uma alocação direta, clara e objetiva; com os custos indiretos não é tão fácil assim, pois 
não temos essa medida direta, mas devemos utilizar formas subjetivas de critérios de rateios. 
Quanto aos custos variáveis e fixos, essas duas classificações estão relacionadas com o volume 
produzido. Os custos variáveis variam conforme a produção enquanto que os custos fixos independem 
do volume produzido. 
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7. Custeio por Absorção 
 
A contabilidade de custos gera informações para auxiliar a empresa em tomadas de decisão. Uma das 
informações é encontrar quanto custou para a empresa a produção do produto ou da prestação de um 
serviço. Com essa informação a empresa pode calcular seu resultado ou mesmo o preço mínimo que 
devemos cobrar pelo seu produto. Para encontrar o custo de uma produção, devemos identificar quanto 
custou o produto. No nosso caso do doce de abóbora, nós identificamos quanto eles custaram quando 
conseguimos mensurar o que ele consumiu de recursos. Uma ferramenta para isso é o uso dos métodos 
de custeios, como o Custeio Direto, Custeio padrão, Custeio por Absorção, ABC, RKW etc. que permitem 
a apuração de custos aos bens ou serviços. 
 
BOX CONEXÃO: 
Aluno, para você se aprofundar mais nas características do Custeio por Absorção e no RKW, leia o artigo 
“Uso do Custeio por Absorção e do Sistema RKW para gerar informações gerenciais: Um estudo de caso 
em hospital” escrito por Ilse Maria Beuren e Nair Fernandes Schlindwein, disponível na ABCustos 
Associação Brasileira de Custos, volume III, número 2 e maio a agosto de 2008. 
 
Os métodos de custeio, entre eles o por absorção consistem em metodologias para alocar custos aos 
produtos. Cada um possui uma metodologia diferente, caracterizando-os. 
 
De acordo com Martins (2009) o Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos Princípios 
da Contabilidade geralmente aceitos. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens 
elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para 
todos os produtos ou serviços realizados. 
 
A regra no custeio por absorção é: 
 
BOX EXPLICATIVO - REGRA DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO: 
Apropriar TODOS os custos de produção (sejam eles fixo, variáveis, diretos ou indiretos), e somente estes 
aos produtos. Ou seja, tudo que for classificado como custo fará parte do custo da produção, portanto 
NÃO inclui as DESPESAS (ou os gastos relativos para obtenção de receitas). 
 
 
Apresentamos a seguir o custeio de absorção para empresas de manufatura e empresas prestadoras de 
serviços. 
 
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CUSTOS
ESTOQUE DE
PRODUTOS
DESPESAS
Demonstração de Resultados
RECEITA
(-) CPV
(=) LUCRO BRUTO
(-) Despesas
(=) LUCRO OPERACIONAL
 
 
Figura 5: Custeio por Absorção- Empresa Industrial 
Fonte: Adaptado de Martins, 2003 (p. 37) 
 
 
Demonstração de Resultados
RECEITA
(-) Custo Serviços Prestados
(=) LUCRO BRUTO
(-) Despesas
(=) LUCRO OPERACIONAL
CUSTOS
PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS
DESPESAS
 
 
Figura 6: Custeio por Absorção- Empresas Prestadoras de Serviços 
Fonte: Martins (2003, p. 38) 
 
O registro dos encargos financeiros é tratado na Contabilidade como despesas e não como custo. Os 
encargos financeiros não são custos de produção, mesmo que facilmente identificados com 
financiamentos para aquisição de matérias-primas ou outros fatores de produção. Assim, são gastos de 
falta de capital próprio e não gastos de produção (custos). 
 
Segundo Martins (2009) a separação dos custos e despesas é fácil, pois os gastos relativos ao processo 
produtivo são custos, e os relativos à administração, às vendas e aos financiamentos são despesas. Mas, 
na prática surgem problemas pelo fato de não ser possível a separação de forma clara e objetiva. Assim, 
será necessário ratear parte do gasto para a despesa e parte para o custo, rateio esse arbitrário, pela 
dificuldade prática de uma divisão. 
 
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Custos
IndiretosDiretos
Produto A Produto B Produto C Estoque
C P V
Despesas
Resultado
Vendas
 
Figura 7: Sistema de Custeio por Absorção e o problema da alocação dos custos indiretos - rateio 
Fonte: Adaptado de Martins (2003, p. 57). 
 
8. Análise dos critérios de rateio 
 
A apropriação dos custos indiretos é feita de forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, 
critérios de rateio, previsão de comportamento dos custos etc. 
Essas formas têm maior ou menor grau de subjetividade, devido à arbitrariedade que existe nessas 
alocações. 
 
Os custos comuns a vários departamentos são rateados em função da sua natureza. Quanto aos custos 
indiretos devem ser rateados segundo os critérios julgados mais adequadospara relacioná-los aos 
produtos em função dos fatores mais relevantes que se conseguir, como por exemplo, aluguel, a 
depreciação dos edifícios, a energia consumida etc. 
 
Para uma devida alocação dos Custos Indiretos de Produção é necessário proceder a uma análise de seus 
componentes e verificação de quais critérios melhor relacionarem esses custos com os produtos. 
 
Critérios bons numa empresa podem não ser em outras em virtude das características especiais do 
próprio processo de produção. É absolutamente necessário que as pessoas responsáveis pela escolha 
dos critérios de rateio conheçam bem o processo produtivo da empresa. 
 
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Quando alteramos o critério de rateio adotado, poderemos provocar mudanças no valor apontado como 
custo de um produto, sem que de fato nenhuma outra modificação tenha ocorrido no processo de 
produção. 
 
BOX EXPLICATIVO: 
Seguindo o raciocínio de Ribeiro (2009, p. 305), a empresa deve levar em consideração a relação custo-
benefício no momento de decidir sobre a escolha da base de rateio a ser utilizada para evitar cálculos e 
detalhes desnecessários, uma vez que são inúmeras as bases de rateio que podem ser adotadas. 
 
Os critérios de rateio adotados devem estar nas notas explicativas e quando houver mudanças nesses 
critérios, deverá constatar também nas notas explicativas com a justificativa da mudança de critério. A 
mudança de critério é permitida, porém deve-se manter um padrão para não ferir o princípio contábil da 
Consistência. A Consistência é de extrema importância para avaliação homogênea dos estoques em 
períodos subsequentes, de forma a não artificializar resultados. 
Vamos fazer um exemplo de rateio dos custos indiretos: 
 
A Padaria Paladar produz dois tipos de produto, Pão Francês e Bolo de Fubá, cujo volume de produção e 
de vendas e custos Indiretos de Fabricação (CIF) totalizam: 
 
 Pão Francês Bolo de Fubá 
Produção (un.) 4.000 1.000 
Venda (un.) 4.000 1.000 
CIF ($) 2.000 
 
Em determinado período foram registrados os seguintes custos diretos por unidade (em $/un.): 
 
 Pão francês Bolo de Fubá 
Mão-de-obra direta $ 0,75/un. $ 1,75/un. 
Matéria-prima $0,05/un. $1,50/un. 
 
Com base nos dados anteriores, pede-se calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção (CIF) de cada 
produto, utilizando: 
a) o custo da MOD como base de rateio; 
b) o custo da matéria-prima como base de rateio. 
 
 
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Resolução: 
 
a) O custo da MOD como base de rateio: 
 
Produtos MOD Volume de Produção MOD total % CIF 
Pão Francês 0,75 4.000 3.000 63% 1.263 
Bolo de Fubá 1,75 1.000 1.750 37% 737 
 4.750 100% 2.000 
 
b) O custo da matéria-prima como base de rateio: 
 
Produtos MP Volume de Produção MP total % CIF 
Pão Francês 0,05 4.000 200 12% 235 
Bolo de Fubá 1,5 1.000 1.500 88% 1.765 
 1.700 100% 2.000 
 
Percebam que o uso da MOD como critério de rateio mostra que o Pão Frances é o produto de maior 
custo; mas quando utilizamos a Matéria-Prima como critério de rateio, o Bolo de Fubá torna-se o 
produto de maior custo. Estes resultados evidenciam que o uso subjetivo do critério de rateio pode levar 
a empresa a gerar informações diferentes, as quais podem influenciar certas tomadas de decisão. 
 
BOX CONEXÃO: 
Para compreender um pouco mais a questão dos métodos de custeio e o rateio fica a sugestão do artigo 
“Os métodos de custeio variável e por absorção e o Inconsciente coletivo na contabilidade de custos” 
dos autores: Valmor Slomski, Igor Veloso Colares Batista e Erasmo Moreira de Carvalho. Este artigo foi 
publicado na Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, volume 8, número1 
do ano de 2003, tratando de aspectos da Psicologia Analítica de Jung e o inconsciente coletivo de grupo 
dos profissionais da Contabilidade. 
 
9. Aplicação o Custeio por Absorção 
 
Para facilitar a aplicação do custeio por absorção, podemos seguir alguns passos, conforme sugerido por 
Martins (2009): 
 
1º Passo: separar custos/despesas; 
2º Passo: lançar despesas diretamente para o resultado; 
3º Passo: separar custos diretos / indiretos; 
4º Passo: alocar os custos diretos aos produtos; e 
5º Passo: atribuir os custos indiretos aos produtos via rateio. 
 
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Vamos seguir os passos anteriores e resolver o exercício da Padaria Paladar 2: 
 
A Cia Paladar abriu uma filial no início deste ano, com foco na venda de doce de abóbora e doce de leite. 
No final do ano apresentou as seguintes informações: 
 
Gastos do Período 
Matéria-prima – Açúcar $ 2.000 
Comissão dos Vendedores $ 500 
Mão-de-obra Direta $ 600 
Energia da Fábrica $ 80 
Honorário da Diretoria $ 3.000 
Manutenção da Fábrica $ 300 
 
A porcentagem de matéria-prima e mão-de-obra consumida por produto e o preço de venda de cada 
lote de doces é: 
 Doce Abóbora Doce de Leite 
Matéria-Prima 40% 60% 
MOD 55% 45% 
Preço de Venda $ 1.500 $ 2.000 
 
Com base nas informações anteriores vamos aplicar o sistema de Custeio por Absorção, encontrar o 
Custo dos Produtos Vendidos e montar a Demonstração de Resultados da Padaria Paladar 2. 
 
Para isso, os custos indiretos de fabricação devem ser rateados aos produtos seguindo a proporção de 
mão-de-obra consumida pelos produtos. 
 
 
 
1º Passo: separar custos/despesas: 
 
Custos 
Matéria Prima – Açúcar $2.000 
Energia da Fábrica $80 
MOD $600 
Manutenção da Fábrica $300 
Despesas 
Comissão dos Vendedores $500 
Honorário da Diretoria $3.000 
 
 
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2º Passo: lançar despesas diretamente para o resultado: 
 
 Doce Abóbora Doce de Leite Resultado Total 
Receita de Venda 
(-) CPV 
 Custos Diretos 
 MP 
 MOD 
 Custos Indiretos 
 Energia da Fábrica 
 Manutenção da Fábrica 
 Despesas 
 Vendas -500 
 Administrativas -3.000 
(=) Resultado -3.500 
 
3º Passo: separar custos diretos/indiretos: 
 
Custos 
Matéria-prima – Açúcar $ 2.000 
Custo Direto 
Mão-de-obra Direta $ 600 
Energia da Fábrica $ 80 
Custo Indireto 
Manutenção da Fábrica $ 300 
 
4º Passo: alocar os custos diretos aos produtos: 
 
 Doce Abóbora Doce de Leite Resultado Total 
Receita de Venda 
(-) CPV 
Custos Diretos -1.130 -1.470 -2.600 
MP -800 -1.200 -2.000 
MOD -330 -270 -600 
Custos Indiretos 
Energia da Fábrica 
Manutenção da Fábrica 
Despesas 
Vendas -500 
Administrativas -3.000 
(=) Resultado -6.100 
 
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5º Passo: atribuir os custos indiretos aos produtos via rateio: 
 
Lembrando que os custos indiretos foram atribuídos aos produtos utilizando a porcentagem de consumo 
de mão-de-obra. 
 
 Doce Abóbora Doce de Leite Resultado 
Receita de Venda 1.500 2.000 3.500 
(-) CPV -1.339 -1.641 -2.980 
Custos Diretos -1.130 -1.470 -2.600 
MP -800 -1.200 -2.000 
MOD -330 -270 -600 
Custos Indiretos -209 -171 -380 
Energia da Fábrica -44 -36 -80 
Manutenção da Fábrica -165 -135 -300 
Despesas -3.500 
Vendas -500 
Administrativas-3.000 
(=) Resultado -2.980 
 
Assim, chegamos à demonstração de resultados da Padaria Paladar com base no custeio por absorção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. Atividades 
 
1) A classificação dos Custos em Diretos e Indiretos é feita com relação a quê? 
2) Qual a diferença entre Custo Fixo e Custo Variável? 
3) Custo Fixo é aquele que é Fixo por produto? 
4) Qual a importância gerencial da separação entre Custo Fixo e Variável? E entre Direto e Indireto? 
5) O que significa a expressão Rateio na Contabilidade de Custos? 
6) Classifique os itens adiante em Custo (C), Despesa (D), Perda (P) ou Investimento (I) e, quando for 
cabível, classifique ainda em Direto (CD) ou Indireto (CI) e em Fixo (CF) e Variável (CV). Se mais de 
uma alternativa for válida, assinale todas ou a (s) que considerar mais predominantes (s). 
 
A ( ). Compra de Matéria Prima em uma Fazenda 
B ( ). Consumo de Energia Elétrica em uma Metalúrgica 
C ( ). Mão de Obra Direta 
D ( ). Consumo de Combustível em Veículos 
E ( ). Conta Mensal de Telefone 
F ( ). Aquisição de Equipamentos 
G ( ). Depreciação da Caldeira em uma Usina de Açúcar e Álcool 
H ( ). Consumo de Água Industrial 
I ( ). Consumo de Materiais diversos na Administração 
J ( ). Pessoal do Financeiro (salário) 
K ( ). Honorário da Administração 
L ( ). Honorário do Encarregado em uma Agroindústria 
M ( ). Depreciação do Prédio da Sede da empresa 
N ( ). Deterioração do estoque de materiais por enchente 
O ( ). Tempo do pessoal em greve prolongada (remunerado) 
P ( ). Sucata no processo produtivo (desperdício normal) 
Q ( ). Lote de material danificado acidentalmente em uma operação industrial 
R ( ). Orelhões depredados em uma empresa de Telefonia 
S ( ). Aquisição de Embalagens 
T ( ). Consumo de materiais para manutenção dos equipamentos da Fábrica. 
 
7) Assinale a classificação mais adequada para os seguintes custos: 
Custos incorridos Fixo Variável 
Desgaste dos pneus dos ônibus de uma empresa de turismo. 
Salários e encargos sociais do pessoal da segurança de uma indústria petroquímica. 
Asfalto consumido em uma pavimentadora de vias públicas. 
Depreciação do prédio de uma fábrica de armas. 
Pólvora utilizada em uma fábrica de fogos de artifícios. 
Peças para manutenção dos veículos em uma locadora. 
Cacau, açúcar e leite utilizado em uma fábrica de sorvete. 
Madeira utilizada em uma fábrica de caixotes. 
Aluguel do prédio de uma clínica dentária. 
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8) A Natura SA é uma empresa que produz diversos produtos de higiene (como xampu, sabonete), 
maquiagem (batom, blush, rímel etc.) e cremes hidratantes (de maracujá, cupuaçu, castanha-do-pará 
entre outros.). Abaixo estão descritos os custos que a Natura incorre para a produção de sabonetes 
de maracujá. Classifique os elementos de custos da empresa em: Custo Direto ou Custo Indireto e 
Custo Variável ou Custo Fixo. 
 
Gastos Relação ao Produto Relação a Produção 
 Direto Indireto Fixo Variável 
Polpa de Maracujá 
Aluguel da Fábrica 
Aromas artificiais 
Conta mensal de água industrial 
Consumo combustível de veículos de entrega do produto 
Consumo de água para formulações dos sabonetes 
Consumo de material para máquinas industriais 
Depreciação de máquinas industriais 
Embalagem 
Energia Elétrica para iluminação mensal da fábrica 
Honorários do Gerente Industrial 
Materiais Escritório na fábrica 
Emulsão Hidratante na fabricação 
Salários do Estoquista 
Salários do contador de custos 
Salários dos Diretores Gerais da empresa 
Salários dos operários da Mistura 
Glicerina usada na produção 
Seguro da fábrica 
Conta mensal de Telefone da fábrica 
 
 
9) A IceBlue é uma empresa que produz três tipos de produtos: Sorvete de chocolate, sorvete de 
morango e sorvete de creme. Em determinado período, o gestor da IceBlue indicou que o volume de 
produção e de vendas de cada sorvete é: 
 
 
Sorvete de 
Chocolate 
Sorvete de Morango Sorvete de Creme 
Quantidade Produzida 1.000 un. 700 un. 800 un. 
Quantidade Vendida 800 un. 700 un. 500 un. 
 
 
O gestor também indicou que os custos Indiretos de Fabricação (CIF) totalizam $20.000 e que, em 
determinado período foram registrados os seguintes custos diretos por unidade (em $): 
 
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 Sorvete de Chocolate 
Sorvete de 
Morango 
Sorvete de Creme 
Mão-de-Obra $5/un. $2,5/un. $4/un. 
Matéria Prima $10/un. $12/un. $8/un. 
 
Pede-se calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção (CIF) de cada produto, utilizando: 
a) O custo da MOD como base de rateio; 
b) O custo da matéria-prima como base de rateio. 
c) Qual produto você incentivaria a venda? Justifique. 
 
10) A Ser vice é uma empresa que presta serviços de assistência a eletrodomésticos. Atualmente, seus 
serviços são para reparos ou melhorias em notebooks, impressoras e aparelhos de Blue Ray. Neste 
mês, o gestor da Service apresentou o seguinte volume de serviços prestados: 
 
 Notebooks Impressoras Blueray 
Quantidade Produzida 300 un. 200 un. 400 un. 
Quantidade Vendida 300 un. 200 un. 400 un. 
 
 
O gestor também indicou que os custos Indiretos de Fabricação (CIF) totalizam $50.000 e que, em 
determinado período foram registrados os seguintes custos diretos por unidade (em $): 
 
 Notebooks Impressoras Blueray 
Mão-de-Obra $10/un. $5/un. $15/un. 
Peças $10/un. $5/un. $20/un. 
 
Pede-se calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção (CIF) de cada produto, utilizando: 
a) O custo da MOD como base de rateio; 
b) O custo da matéria-prima como base de rateio. 
 
11) Classifique adiante em Custo, Despesa ou Gasto, quando cabível. Classifique, ainda, em Direto ou 
Indireto e em Fixo ou Variável. Se mais de uma alternativa for válida, assinale todas ou a (s) que 
considerar mais predominante (s): 
Operação Gasto 
Despesa Custo 
Fixa Variável Direto Indireto Fixo Variável 
Compra de Matéria Prima p/estoque 
Consumo de Energia Elétrica 
Utilização da Mão-de-obra Direta 
Combustível p/veículo-entrega produtos 
Consumo de telefone-Administração 
Consumo de Água – industrial 
Utilização do pessoal do faturamento 
Aquisição de maquinários 
Depreciação de máquinas - produção 
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Pintura do prédio da fábrica 
Compra e instalação de computadores 
Retirada de materiais do almoxarifado 
Consumo de materiais na Administração 
Uso do pessoal da Contabilidade Geral 
Uso do pessoal da Contabilidade Custos 
Crédito honorário Diretor Administrativo 
Crédito honorário Diretor Industrial 
Depreciação do prédio da fábrica 
Consumo de Matéria Prima 
Aquisição de Embalagens 
Perda p/enchente de Matéria Prima 
Greve dos operários (remunerada) 
Aplicação material isolante na fábrica 
Compra de veículo p/transp. de M. Prima 
Despesa de veículo c/transp. de M. Prima 
Pago seguro incêndio da fábrica 
Pagamento de salários 
Assinatura de contratode seguro 
Pedido de Matéria Prima 
Crédito de comissões p/vendedores 
Apropriação de juros s/financiamentos 
Pagamento de juros s/financiamentos 
 
12) Durante a produção de doces por encomenda, a Doceira Formiga Ltda. utiliza diferentes quantidades 
de ovos. No seu primeiro mês de atividade teve a seguinte movimentação desse item: 
 Dia 04 – Compra de 900 dúzias no valor de R$ 9.900,00; 
 Dia 11 – Consumo de 210 dúzias; 
 Dia 14 – Compra de 420 dúzias a R$ 13,50 cada uma; 
 Dia 17 – Consumo de 180 dúzias; 
 Dia 24 – Compra de 600 dúzias no valor total de R$ 7.680,00; 
 Dia 29 – Consumo de 540 dúzias. 
Estudando as diversas alternativas de custear os ovos consumidos, a empresa verificou que, caso 
utilizasse o método de valorização de estoques UEPS (último a entrar, primeiro a sair) e registro 
permanente, teria tido um lucro bruto de seus produtos no valor total de R$ 39.548,00. 
 
01. Mostre qual teria sido o lucro bruto no mês se a empresa utilizasse os métodos de valorização de 
estoques PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) e o Custo Médio Ponderado Móvel, sabendo-se que 
não havia outros estoques finais e que os demais custos incorridos (Mão-de-obra Direta e Custos 
Indiretos de Fabricação) totalizaram um montante de R$ 41.350,00; 
 
02. Explique a razão da não aceitação do método de valorização de estoques UEPS (último a entrar, 
primeiro a sair) pela legislação do Imposto de Renda no Brasil. 
 
 
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Solução 
 
PEPS – Primeiro a entrar, primeiro a sair. 
Data 
E n t r a d a C o n s u m o E s t o q u e 
Qte. P.Unit. Total Qte. P.Unit. Total Qte. P.Unit. Total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Média Ponderada Móvel 
 
Data 
E n t r a d a C o n s u m o E s t o q u e 
Qte. P. Unit Total Qte. P. Unit. Total Qte. P. Unit. Total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UEPS – Último a entrar, primeiro a sair. 
 
Data 
E n t r a d a C o n s u m o E s t o q u e 
Qte. P. Uni Total Qte. P. Uni Total Qte. P. Unit. Total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Custos Totais 
 
 
Item de Custo PEPS UEPS MÉDIA POND.MÓVEL 
Matéria Prima 
Outros Custos 
Total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. Reflexão 
 
Nesta unidade conhecemos mais 4 classificações de custos: os custos fixos, custos variáveis, custos 
diretos e custos indiretos. Vimos que os custos fixos e os custos variáveis diferem entre si em relação ao 
volume produzido, aqueles não variam com a produção, mas estes variam. Enquanto que os custos 
diretos e indiretos diferem com relação à medida locativas, ou seja, os custos diretos possuem medida 
clara, direta e objetiva de alocação, mas os custos indiretos não, sendo necessária sua alocação com 
base em sistemas subjetivos de rateio. 
 
Em relação ao rateio, foi visto como calcular e o impacto da arbitrariedade no custo dos produtos, 
consequentemente na informação gerada para tomada de decisão. Verificamos que os custos indiretos 
devem ser rateados segundo os critérios julgados mais adequados para apropriá-los aos produtos em 
relação aos fatores mais relevantes. Vimos que critérios bons numa empresa podem não sê-los em 
outra, em virtude das características especiais do processo produtivo e, que os responsáveis pela escolha 
dos critérios devem conhecer bem o processo produtivo. 
 
A Consistência é de extrema importância para uma melhor avaliação dos estoques em períodos 
subsequentes, de forma a não artificializar resultados. 
 
Conhecemos ainda os principais aspectos da forma de apuração de custos, entre elas o primeiro sistema 
de apuração dos custos aos produtos, que é o sistema de custeio por absorção utilizando a metodologia 
do rateio simples. De forma sintética foi visto nesta unidade: 
 
Assunto Característica 
Custo Direto Locação clara e objetiva 
Custo Indireto Não possui medida locativa 
Custo Fixo Independente do volume de produção 
Custo Variável Varia com o volume de produção 
Custeio por Absorção 
Aloca todos os custos aos produtos e somente eles. Uso de Rateio com ou 
sem departamentalização. Aceito pela Legislação Fiscal e Societária. 
 
12. Leituras recomendas. 
 
HANSEN, Don R. & MOWEN, Maryanne M. Gestão de Custos: contabilidade e controle. São Paulo: 
Pioneira Thomson Learning, 2001. 
 
HORNGREN C., DATAR, S., FOSTER, G. Contabilidade de Custos. São Paulo, Pearson Prantice Hall; 2004. 
 
MEGLIORINI, E. Custos: Análise e Gestão. São Paulo, Pearson Prantice Hall; 2006. 
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13. Referências 
 
CREPALDI; S.A. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 4ºed. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
DUTRA, René Gomes. Custos: uma abordagem prática. 5ª ed. São PAULO: Atlas, 2003. 
 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de Custos. São Paulo: Saraiva, 2009. 
 
 
14. Na próxima unidade 
 
Durante o curso veremos que na Contabilidade os sistemas de custeio foram se desenvolvendo um após 
o outros, cada um baseado no anterior, tentando aproveitar suas características e reduzir as 
desvantagens ou aspectos criticados. 
 
No Custeio por Absorção por rateio simples, vimos que a aplicação dos custos indiretos aos produtos é 
um passo simples, mas que a alocação dos custos indiretos exige um pouco mais de atenção, 
principalmente na definição dos critérios de rateio. Este é o ponto crítica, a alocação dos custos indiretos 
aos produtos. Deve ser feita com cuidado, para minimizar a possibilidade de produtos com custos 
superavaliados ou subavaliados, de modo que a informação para tomada de decisão seja prejudicada. 
 
Neste contexto, o sistema de Custeio por Absorção foi um pouco mais trabalhado, resultando em sua 
ramificação: o Custeio por Absorção com Departamentalização! Este método é assunto da próxima 
unidade, em que veremos que seu surgimento tem como objetivo de minimizar a possibilidade de 
distorção de informação do custo do produto causada pelo rateio. Ou seja, existe uma maneira de obter 
uma distribuição mais racional dos custos indiretos: por meio da departamentalização. Este método foi 
desenvolvido para minimizar os problemas do rateio. 
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UNIDADE 3 – CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO E O CUIDADO COM OS CUSTOS 
INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 
 
1. Processode ensino-aprendizagem 
 
Na terceira unidade será apresentada ao aluno uma extensão do Custeio por Absorção com rateio 
simples, que é o Custeio por Absorção por meio de Departamentalização, bem como o motivo deste 
surgimento, os benefícios e as desvantagens que a empresa pode ter ao adotar este sistema de custeio 
modificado. 
 
2. Objetivos de sua aprendizagem 
 
1. Verificar os problemas de aplicação dos custos indiretos de fabricação 
2. Identificas as características básicas dos centros de controle; 
3. Entender a importância dos centros de controle e suas; 
4. Compreender os diferentes conceitos dos centros: de custos, de resultados e de investimentos. 
5. Entender o conceito de departamento, bem como separar os departamentos em seus respectivos 
grupos para custeamento; 
6. Conhecer e montar um Mapa de Rateio de CIF; 
7. Por fim, aplicar o Custeio por Absorção na forma de Departamentalização. 
 
3. Você se lembra? 
 
Você se lembra do exercício da Padaria Paladar visto na unidade anterior? Lá, a informação gerada pelo 
gestor pode influenciar sua tomada de decisão. Por exemplo, se o gestor da empresa precisa identificar 
se compensa a produção interna ou a terceirização, se produz novo produto ou não, se tiver que destinar 
verba para incentivar a venda de um produto, qual incentivaria? Bolo de Fubá ou Pão Francês? Se adotar 
como critério para distribuição dos custos fixos a proporção de consumo de MOD a empresa incentivaria 
a venda do Bolo de Fubá, pois o Pão Francês apresentou maior custo; o contrário é verdadeiro com o uso 
do critério da proporção de Matéria-Prima. Para evitar falhas na informação gerada, os sistemas de 
custeio passaram a desenvolver aspectos que minimizassem os efeitos do rateio subjetivo, um deles é o 
Custeio por Absorção com Departamentalização que será apresentado a seguir. 
 
4. Introdução 
 
Nesta unidade vamos avançar o conhecimento sobre os sistemas de custeio. Uma das críticas quanto ao 
uso do custeio por absorção é a necessidade de rateio, critério subjetivo que pode influenciar na 
informação gerada pela Contabilidade de Custos. Nesse sentido, com a finalidade de tornar a informação 
gerada pela contabilidade de custos mais confiável para tomada de decisão, os sistemas de custeio 
foram sendo adaptados, entre eles o Custeio por Absorção com Departamentalização, sendo que os 
demais conheceremos ao longo das próximas unidades. 
 
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5. Aplicação dos custos indiretos de fabricação 
 
De acordo com Martins (2009), o Custeio por Absorção é um sistema de custeio cuja metodologia foca 
na alocação de todos os custos aos produtos ou serviços produzidos e, apenas eles, não fazendo parte as 
despesas. Contudo, a regra do Custeio por Absorção, pelo fato de todos os custos serem alocados aos 
produtos, não pode ser interpretada como se todos os custos da empresa pudessem ser controlados ou 
eliminados com a mudança ou a eliminação de um produto ou uma linha de produto, pelo fato de 
estarem a ele alocados. 
 
Vimos que a alocação dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF) no custo total dos produtos acaba sendo 
feita com subjetividade, em função do critério de rateio arbitrariamente estipulado; sendo que temos 
aqui o ponto que merece cuidado nos sistemas de custeio, já exemplificado na unidade anterior. 
 
Uma determinada empresa pode se deparar com alguns problemas quando da necessidade de apurar e 
contabilizar os custos dos produtos. Torna-se necessário conhecer os Custos Indiretos de Produção 
alocados aos produtos por meio de: 
a) estimativa do volume de produção; 
b) estimativa do valor dos custos indiretos; e 
c) fixação do critério de apropriação dos custos indiretos aos departamentos e aos produtos. 
 
Sobre a estimativa ou previsão do volume de produção, no geral, as empresas têm dificuldade de chegar 
a um consenso sobre qual é o volume de atividade da produção normal. Os critérios que podem ser 
adotados por essas empresas podem consistir no volume máximo de produção que seria o volume 
máximo de produção, na média de produção dos três últimos anos ou até a expectativa dos empresários 
quando da dimensão da capacidade produtiva. 
 
Mas, para efeitos contábeis a melhor alternativa é a previsão do volume de produção que se espera 
realmente para o período. 
 
A respeito da estimativa do valor dos custos indiretos o problema é desenvolver um critério de alocação 
(ou rateio) dos custos indiretos, como, por exemplo, horas de mão-de-obra direta (HMOD) ou horas-
máquina (HM) – utilizada para apropriar os custos indiretos aos produtos e serviços (ratear manutenção 
por horas-trabalhadas ou energia elétrica por m2). 
 
Em relação à fixação do critério ou base de rateio de apropriação dos custos indiretos aos 
departamentos e aos produtos, o grande problema é respeitar os critérios adotados e utilizá-los de 
maneira consistente. 
 
6. Conceitos de Departamento e sua classificação 
De acordo com Martins (2003) departamento é a unidade mínima administrativa para a Contabilidade de 
Custos, representada por pessoas e máquinas, em que se desenvolvem atividades homogêneas. Deve 
sempre haver um responsável para cada departamento, os quais podem ser constituídos por pessoas e 
máquinas ou apenas por pessoas e, teoricamente apenas por máquinas. Vejam alguns exemplos de 
Departamentos: 
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Endereço: Av. Independência, 210 - Jardim Éden – Sorocaba – SP - CEP 18087-101 - Telefone: (15) 3412-1000. 
 
Contabilidade
Montagem
Pintura
Almoxarifado
Manutenção
Refinaria
Administração Geral
Forjaria
DEPARTAMENTOS
 
Figura 8: Exemplo de Departamentos 
Fonte: Adaptado de Martins (2009, p. 66) 
 
Mas percebam que os departamentos podem ser divididos em dois grandes grupos, descritos a seguir: 
 
BOX EXPLICATIVO: 
Departamentos de produção (produtivos): os quais promovem qualquer tipo de alteração/modificação 
sobre o produto, direta ou indiretamente e, têm seus custos apropriados aos produtos. 
Departamentos de Serviços (não produtivos ou auxiliares): não recebem o produto, vivem basicamente 
para a execução de serviços auxiliares e não para atuação direta sobre os produtos. Os departamentos 
de serviços têm seus custos apropriados para os que deles se beneficiam 
 
Separando os departamentos por tipo, teríamos: 
 
Contabilidade
Montagem
Pintura
Almoxarifado
ManutençãoRefinaria
Administração Geral
Forjaria
Dpto de Produção Dpto de Serviços
 
Figura 9: Exemplo de Departamento de Produção e de Serviços 
 
A departamentalização é obrigatória em custos para uma racional distribuição dos custos indiretos. 
 
BOX CONEXÃO: 
Para saber mais sobre o assunto tratado nesta unidade indica-se a leitura dos capítulos 9 e 10 do livro 
Contabilidade de Custos do Prof. Osni Moura Ribeiro, da editora Saraiva. Estes capítulos discorrem sobre 
os Custos Indiretos de Fabricação e sobre o Custeio Departamental. 
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7. Centros de Custos 
Segundo Martins (2009), na maioria das vezes, um departamento é um centro de custos, ou seja, nele 
são acumulados os Custos Indiretos para posterior alocação aos produtos (departamentos de produção) 
ou a outros departamentos (departamentos de serviços). 
 
Centro de custos é a unidade mínima de acumulação de custos indiretos. Mas não é necessariamente 
uma unidade administrativa, só ocorrendo quando coincide com o próprio departamento. Adotaremos 
como critério simplificador de que cada departamento corresponde um único centro de custos, porém 
tendo a consciência de que esta

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