Buscar

SISTEMAS PREDIAIS 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SISTEMAS PREDIAIS 
NOME: LEVI LAURINDO DE LIMA JUNIOR RA:20202731
O melhor projeto e a oportunidade perdida
Em 1923, foi criada por uma lei municipal a Comissão de Melhoramentos do Rio Tietê. O engenheiro sanitarista Francisco Rodrigues Saturnino de Brito, responsável pelo projeto dos canais de Santos no começo do século XX, recebeu a tarefa de desenvolver mais um projeto para o rio.
Dois anos depois, Saturnino publica um longo relatório detalhando o que é, para muitos urbanistas, o estado da arte entre os projetos para o Rio Tietê. Nas palavras da professora Odette Carvalho de Lima Seabra
“Trata-se de um projeto que previu a regularização do rio acompanhando seu curso original, do aterro das várzeas a construção de dois lagos na Ponte Grande. (…) O traçado proposto seguiria pelos trechos já retificados do Canal do Inhaúma e do Canal do Anastácio”
O comprimento do rio perderia 20 km. Além dos dois lagos, a proposta de Saturnino descartava os diques, optando por canais de dois tipos que dariam conta de escoar as águas. Também seria construída uma represa em Mogi das Cruzes para regularizar o escoamento, além de outras menores nos afluentes, além de quatro eclusas para facilitar a navegação. O projeto incluía até mesmo uma ilha nas imediações da Ponte Grande, sem contar um parque linear nas várzeas do rio.
O belo projeto de Saturnino de Brito, no entanto, não se tornou realidade. A ele, seguiram-se mais estudos de Ulhôa Cintra. Um deles foi o Plano de Avenidas, feito em parceria com o engenheiro Francisco Prestes Maia, chefe da Secretaria de Viação e Obras Públicas da Prefeitura de São Paulo de 1926 e 1930. Prestes Maia seria ainda nomeado prefeito da cidade pelo interventor Adhemar de Barros em 1938.
As obras de retificação começaram na década de 1940, baseadas num projeto de Cintra de 1937. A expansão urbana desenfreada e a posterior decisão de lançar esgoto diretamente no rio, sem qualquer tipo de tratamento, levou a uma situação de poluição. Ela, no entanto, não é o único problema: já nos anos 60, antes mesmo da conclusão das obras, as inundações se tornaram um grande problema, que permanece até hoje.

Continue navegando