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INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DO RORSCHACH

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INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DO RORSCHACH 
SISTEMA COMPREENSIVO 
 
 
 
ASPECTOS COGNITIVOS 
 
1. PROCESSAMENTO: Avalia-se o modo como o examinando dirige sua atenção ao ambiente, 
como capta, processa e organiza as informações (processamento). 
 
Lambda ( Obs.: as crianças costumam apresentar lambida mais alta que os adultos) 
 
L = 0,40 a 1,1 (dentro da média) 
Possui uma abertura adequada às experiências como a maioria das pessoas. Tem um foco de atenção 
equilibrado, nem amplo e nem restrito demais. Em algumas situações pode ser uma pessoa engajada 
e envolvida, refletindo sobre sua importância e respondendo ao seu tom afetivo. Como também 
pode ser desapegada e sem envolvimento profundo em outras situações que não exigem muito 
pensamentos ou sentimento a seu respeito. Boa abertura às experiências, com uma consciência que 
ordena e racionaliza de forma equilibrada. 
 
L > 1,2 (acima da média) 
Pode se tratar de reserva e cautela em se expor quando o protocolo é curto (R < 18). Hipercontrole 
da razão, pessoa rígida e superficial que simplifica excessivamente suas percepções, buscando 
nunca se envolver profundamente nas situações. Tem um campo de visão estreito, decide sem 
pensar muito e com pouco investimento emocional. Opta quase sempre pelas soluções mais simples 
e familiares. Vive com viseiras psicológicas para se autoproteger, para não tomar consciência de 
circunstâncias ameaçadoras ou indesejáveis em sua vida. 
 
Obs.: indivíduos com lambida mostra que simplifica excessivamente sua percepções, evitando com 
isso, processar a emoção e deixar-se invadir pelos afetos. Porém dada a essa excessiva simplificação, 
acaba por perder a captação de aspectos chave da informação externa, e com isso suas respostas 
acabam por ser menos ricas, e adaptativas ao seu movimento cognitivo lhe permitiria 
elabora se não existisse esse estilo simplificador. A lambida alta não se relaciona diretamente com o 
controle emocional, ele o faz de modo indireto. Geralmente, são indivíduos que não refletem que 
super simplificam que evitam o compromisso afetivo. 
 
L < 0,40 (abaixo da média) 
Pessoa indisciplinada, ousada, dinâmica, interessante e que impressiona o outro com seu entusiasmo 
e sensibilidade. É muito profunda e tende a fazer tempestade em copo d'água. Não sabe lidar com as 
situações de forma simples, desapegada ou objetiva. Busca captar tudo e corre o risco do inundar-se 
com dados que não são importantes para a solução de um problema simples, ficando sobrecarregada 
com grande número de demandas psicológicas. Ou seja, é uma pessoa que se deixa invadir pelas 
emoções e não discrimina informações importantes de informações acessórias. 
 
Lambda alto em crianças 
As crianças costumam apresentar um Lambda mais alto do que os adultos, mas quando em uma 
criança o Lambda está significativamente elevado, a interpretação é a mesma que assinalamos, 
embora se deva levar em conta que, com frequência, vão influir as situações externas as quais essa 
criança está submetida e essa informação deve ser integrada aos demais dados, não apenas para se 
compreender melhor o que está acontecendo com ela, mas também para se levar essas 
circunstâncias no momento de planejar o tratamento. Trata-se de situações com excessiva 
estimulação emocional, crianças enquanto objeto de disputa para os seus pais (processos de 
separação) ou cujo contexto familiar inclui habitualmente uma sobrecarga afetiva que pode ser 
proveniente de diversas fontes. Isso leva a criança a se proteger desse bombardeio de estímulos, 
simplificando excessivamente suas percepções, mas com isso transporta esse mesmo estilo a outros 
contextos, nos quais pode ser muito desadaptado. Com frequência observamos um lambda 
excessivamente alto em crianças com problemas de aprendizagem escolar, que apresentam um bom 
desenvolvimento cognitivo, mas que acabam por perder grande quantidade de informação 
importante dada sua tendência a super-simplificar o que percebem. 
 
Zf 
 
Zf = 40% das respostas ( ou entre 6 e 12 dentro da média) 
Reflete o esforço e a motivação criativa da pessoa. 
 
Zf > 40% ou > 12 
Estamos diante de um indivíduo com alto nível de motivação, que investe maior esforço que o 
esperado no trabalho de processamento da informação. Alto nível de motivação (outros dados 
poderão informar se trata-se de perfeccionismo, auto-exigência excessiva ou hipervigilância em 
situações de crise). Este índice alto pode ser: 
1- Que se trata de um ajustamento ótimo, 
2 - características perfeccionista, a nível de auto-exigência exceciva, 
3- Situação de crise, nas quais o indivíduo aumenta exageradamente a sua atividade organizadora, 
por temor de se desorganizar. 
 
Zf < 40% ou <6 
Escasso nível de motivação ou pouca capacidade cognitiva. 
 
Zd 
 
Zd = entre -3,0 a +3,0 
Relacionada com a capacidade de captar e organizar as informações com facilidade e eficiência. 
 
Zd > +3,0 
Pessoa hiper-incorporadora, meticulosa, “ruminadora”, com tendência perfeccionista. Explora a 
situação de modo exaustivo e minucioso. Por um lado diminui o risco de cometer erros, mas por 
outro desvela insatisfação, ansiedade e insegurança na realização das tarefas, tendo que conferir e 
refazer o trabalho mais vezes do que a maioria das pessoas para tomar uma decisão, o que contribui 
para baixos rendimentos. Em crianças não é habitual que apareça este estilo, quando encontramos 
estamos diante de um traço de hipermaturidade, ou seja, estas criança apresenta em alguns aspectos 
de seu funcionamento psicológico características adultas que não concordam com seu nível de 
desenvolvimento evolutivo. 
 
Zd > +3,0 Hiperincorporação em crianças 
Em crianças não é habitual que apareça o estilo hiperincorporador. Quando o encontramos, estamos 
diante de um traço de hipermaturidade, ou seja, essa criança apresenta alguns aspectos de seu 
funcionamento psicológico características adultas que não concordam com o esperado para o nível 
de desenvolvimento evolutivo. Geralmente, trata-se de crianças que estão crescendo em ambientes 
excessivamente exigentes, nos quais não se toleram os erros e nos quais as exigências(alto 
rendimento, eficácia, rapidez de execução, etc) não são explicitadas mas subetendidas, estão impl, 
estão implícitas nas mensagens e trocas, como se tratasse de algo normal e não de uma excessiva 
exigência para o nível de desenvolvimento dessa criança 
 
Zd < -3,0 
Examinando hipo-incorporador, superficial, que realiza um exame rápido e pouco cuidadoso da 
situação, o que leva a pessoa a cometer mais erros, tomar decisões precipitadas, revelando-se 
negligente, descuidada e impulsiva. Na melhor das hipóteses pode ser uma pessoa ágil, mas quase 
sempre com produtos finais de qualidade inferior. 
 
Zd< -3,0 Hipoincorporação em crianças 
As crianças menores de 11 e 12 anos apresentam com frequência um estilo hiponcorporador é isso 
não tem nelas uma especial significação patológica, a não ser que a hipoincorporação seja muito 
marcada (muito superior à esperada segundo os dados normativos). Nesse caso, a criança seria tão 
descuidada, negligente e precipitada ao emitir suas respostas que possivelmente seus erros de 
processamento acarretariam sérias dificuldades em sua vida cotidiana (problemas de aprendizagem 
escolar, tendências a condutas distuptivas, etc). Em relação ao planejamento do tratamento, a 
hipoincorporação apresenta um prognóstico favorável, já que parece susceptível de se modificar 
com estratégias de postergação da resposta. 
 
W : D : Dd 
 
W (média 20 a 40% das respostas) 
Quando essa porcentagem for de respostas globais com qualidade formal boa, significa que o 
indivíduo tem a capacidadede ver a unidade de algo superando as contingências das partes. É um 
processo mental de intuição (dedução) da totalidade, de visão de conjunto, de percepção imediata da 
totalidade da realidade associada a uma inteligência categorial e conceitual. 
As respostas de W associadas a FQ+ e FQo demonstram inteligência teórico abstrata (capacidade 
de fazer síntese e tirar conclusões acertadas e, ainda, capacidade de trabalhar e criar conceitos); 
pensamento rápido, assertivo, resolutivo de incertezas e dúvidas; capacidade lógico-construtiva; 
inteligência dedutiva categorial com poder penetrativo dentro da realidade. Trata-se de uma 
estrutura primária que sem ela não se tem processo cognitivo e nem capacidade de perceber a 
realidade. É um fator antiesquizofrênico, fator de unidade e totalidade. 
Os protocolos com mais de sete W associadas a boa FQ expressam riqueza de associações e 
satisfação em imaginar, comum também em artistas. 
 
Em contrapartida, quando as respostas W são associadas a FQ-, temos um pensamento difuso, 
superficial, confuso, não claro, genérico, nebuloso, próprio de uma inteligência carente de brilho e 
penetração. É mais comum em sujeitos mentalmente preguiçosos ou pobres por escassez de ideias, 
conceitos e categorias. Próprio de dementes, pobres mentais e culturais, bem como de pessoas 
desmotivadas. Nunca poderão ser líderes, chefes ou profetas, pois lhes faltam a visão global e a 
inteligência intuitiva efetiva. 
A presença dessas codificações pode indicar deficiência mental, depressão, desmotivação ou ainda 
inércia (em pessoas normais, esse é o significado mais comum), além de esquizofrenia paranóide. 
 
W ≥ 50% 
Preferência pelas formas abstratas do pensamento. Capacidade de abstração, ambição de qualidade. 
Existem pessoas que tem apenas dez respostas em seus protocolos e ainda assim são todas boas. 
Pode tratar-se de pessoas que têm um ambicioso anseio de quebrar recordes e uma elevada 
inteligência teórica. Seria uma ambição e um desejo de brilhar, buscando quase sempre um certo 
controle sobre a realidade exterior. Comum em pessoas mais egocêntricas e autoritárias, podendo 
refletir também uma visão fantasiosa e infantil da realidade. Pode indicar refúgio em generalidades 
(pensamento nas nuvens) para não entrar em detalhes significativos em termos de problemas. 
Quando são respostas globais ruins, provavelmente, se trata de um esquizofrênico abúlico, que não 
tem vontade própria e que é indiferente. A elevação das W ainda podem estar relacionadas com 
defesas paranóides e racionalização. Foi possível observar em pesquisas que as respostas globais 
aumentam na euforia e diminuem na depressão. 
 
Ausência ou rebaixamento significativo de W 
Tipologia esquizóide. Pode ser apenas o privilégio dado ao pensamento prático pragmático analítico, 
bem como se tratar de um sujeito minucioso e escrupuloso. Ambos podem ou não estar dentro da 
normalidade de acordo com as características restantes do protocolo. Denuncia a dificuldade ou 
incapacidade de perceber a realidade imediata como um todo. Em protocolos pequenos indica apatia, 
falta de perspectiva de futuro e depressão. A diminuição das respostas globais também pode estar 
relacionada a especificidades culturais em que o próprio ambiente dificulta uma visão abrangente 
(panorâmica) do campo perceptivo, como acontece com habitantes de florestas cujas preocupações 
são com o imediatamente próximo por questão de sobrevivência. 
 
W com DQ+ e FQ+ ou FQo 
Inteligência sintética, mais madura e expressiva de conjunções significantes. São percepções bem 
estruturadas e com qualidade original. Integra, articula e harmoniza todo o vivido da história 
pessoal (presente, passado e futuro). Inteligência articulada, conjuntiva e organizativa, que descobre 
identidade e diferenças combinando unidades. 
 
WS com DQ+ e FQ+ ou FQo 
Combina figura-fundo, articula partes e contrários, articula o real e o vir a ser real, expressivo de 
inteligência integrativa. Reflete criatividade e capacidade de elaboração. São percepções ricamente 
estruturadas. Denotam uma capacidade sintética que combina diversos elementos num conjunto rico 
e coerente. Tudo é analisado, observado, tudo contribui para a construção de um todo integrado e 
sistêmico. 
 
Obs.: DQ+ > ou = 6 São respostas frequentes em indivíduos intelectualmente mais brilhantes e 
complexos, mas seu aparecimento abundante em um protocolo não garante, de modo algum a 
eficiência pratica desta pessoa, pode ocorrer que o indivíduo tenha muito boa capacidade para 
realizar processamentos sofisticados, mas depois não consegue se ajustar perceptivelmente aos 
dados reais e suas condutas adaptativas se tornam escassas. 
 
Ambas (W com DQ+ e FQ+ ou FQo / WS com DQ+ e FQ+ ou FQo) refletem uma visão sistêmica e 
ecológica, são respostas do processo terciário que correspondem ao processo psíquico superior. 
Quando em número elevado desvelam empenho e preocupação em realizações complexas. Há uma 
ambição de produção, desejo de influência e poder, sensibilidade a críticas e elogios dos outros. Há 
também capacidade de planejamento e desejo de dar sentido às experiências. 
 
W com DQ+ e FQ- 
Pensamento sincrético, combinações absurdas. Regressão a estruturas primárias. Sínteses 
incompatíveis, sem fundamento na estética visual, no rigor causal e na sequência temporal. São 
operações onde falta a lógica do espaço, do tempo e a lógica do senso comum, do consenso e da 
intersubjetividade. São frequentes em indivíduos que tendem a precipitar conclusões sem evidências 
suficientes. A realidade é modificada em função dos próprios desejos e interpretada de forma lógica. 
 
Respostas categorizadas como Dd por faltar pequenas pontas para ser W 
O sujeito inclui em sua percepção mais de 2/3 do cartão, mas nega as pontas. Indícios de inibição do 
pensamento, de rigidez intelectual, de senso crítico aguçado, de necessidade de exatidão e restrição 
na liberdade da interpretação. Normal em adolescentes que não integram partes de sua auto-imagem, 
seria a tentativa de defesa castrando as partes ou se punindo. 
 
D (média 50 a 60%) 
Quando as respostas D de FQ boa são maiores que as FQ- temos a inteligência necessária para se 
adaptar ao ambiente. Inteligência funcional. Aptidão prática, inteligência pragmática e analítica com 
interesse pelo concreto e imediato. Boa capacidade de ajustamento aos aspectos práticos da 
realidade imediata. Percepção objetiva da realidade. Adequação percepção do óbvio. É um fator de 
bom senso, de sendo comum, de busca de adaptação ao exterior. Desvela um pensamento analítico 
indutivo, concreto, descritivo e objetivo da realidade que prima pela diferenciação. Está relacionada 
a valorização do cotidiano e a uma mentalidade funcional. 
 
D < 50% 
Desinteresse pelo real, pelo concreto, pelo mundo externo. 
 
D > 60% 
D elevado: funcionamento excessivamente prático, volta-se ao óbvio, ao fácil e não realiza 
esforços criativos. Prefere os caminhos mais conhecidos e cômodos, não se arrisca. 
Pessoas que têm o predomínio de respostas D com boa FQ em detrimento de W são pessoas com 
predominância do pensamento concreto. Excelente capacidade de observar fatos isolados, mas 
pouca imaginação e espírito crítico. Incapacidade de apreender o sentido de uma ideia geral. É um 
sujeito técnico, prático e de bom senso que não costuma se deixar levar pela imaginação. Volta-se 
mais para o óbvio e fácil, pois privilegia os caminhos já conhecidos e cômodos e procuram não se 
arriscar. Prefere o raciocínio indutivo ao dedutivo. Se as W são primárias, trata-se provavelmente de 
um indivíduo pouco inteligente e acostumado a encarar os aspectos mais superficiais e aparentes 
das coisas. Busca acentuadade adaptação à exigência exterior e facilidade de contatos fáceis com o 
social. 
 
D = 100% 
Se a pessoa não apresenta respostas W, pode se tratar de uma esquizofrenia simples ou catatônica; 
um depressivo com inibição das capacidades criadoras e de observação; pode ser apenas o 
privilégio dado ao pensamento prático, pragmático e analítico, bem como se tratar de um sujeito 
minucioso e escrupuloso. 
 
Respostas D relacionadas a FQ- 
Se as respostas D são em sua maioria mal vistas, denuncia problemas de adaptação à realidade, 
acusa falta de análise individual, fracasso do pensamento funcional e tentativa mal sucedida de 
ordenar e classificar na base do reconhecimento das diferenças específicas dos objetos, fatos e 
eventos de um campo. 
 
Dd (média 5 a 15%) 
Em estruturas boas significa a presença de uma inteligência analítica e minuciosa. Boa capacidade 
de observação. Busca de exatidão. Rigor na análise e meticulosidade. Operações dispensáveis, mas 
que enxergam pequenos detalhes por uma análise quase que precisa da realidade, quase um 
pensamento escrupuloso por exigência da realidade. Quando atinge a faixa de 15% e tem FQ boa 
podemos dizer que se trata de uma fixação esquizóide levada a uma investigação científica, a uma 
atitude científica aplicada, atitude de pesquisa. Próprio de sujeitos que se fixam em elementos que 
passam despercebidos pela maioria. São pessoas metódicas, com capacidade de análises, atitudes 
sistemáticas e vigilantes frente à realidade. Como componente afetivo, demonstra a preocupação de 
evitar ou de fugir à uma situação difícil, sem entretanto recusá-la. Geralmente são pessoas de 
contato mais formal e distante do que afetivo e caloroso. Indicam necessidade de ordem e 
preocupação com o método e o zelo que raramente são unicamente cognitivas. Comum em sujeitos 
racionais, pedantes e de caráter obsessivo não patológico. Quando associados ao movimento 
resultam de uma imaginação fértil, de uma capacidade lúdica, que acrescentam ao espírito de 
observação a desenvoltura e a aptidão para o jogo. O Dd pode também constituir um elemento mais 
pessoal, mais projetivo, em que o indivíduo cria mais do que percebe. Quando surge no início da 
prancha pode significar uma certa prudência, uma preocupação em evitar ou fugir de uma situação 
difícil, de um estímulo que gera um estado de tensão. 
 
Dd> 5%. Quando aumentado: busca de exatidão que provoca uma revisão minuciosa da área 
perceptiva para facilitar o ajustamento e evitar erros; traços perfeccionistas de meticulosidade e 
temor a cometer erros. Ou, então, uma forma de evitar uma confrontação frontal com o campo de 
estímulos; atitude fugidia ante a complexidade, pessoa que se sente insegura ou incômoda quando 
deve tomar decisões e prefere enfocar os problemas de um modo mais individualizado com o intuito 
de torná-los mais manejáveis. Perda da visões de conjunto ou da eficiência prática. Ao fixar-se 
excessivamente em aspectos pouco importantes do campo de estímulos, vai tender a distorcer a 
apreensão dos dados, recolhendo pontos de informação acessórios e desprezando dados óbvios e 
visões sintéticas. 
 
Dd com FQ- 
Indica uma perda da capacidade de atenção e observação. 
 
Dd > 15% 
São pessoas muito detalhistas, que se prendem muito em pequenos detalhes e perdem a noção do 
todo, privilegiando aspectos insignificantes e detendo-se em tarefas minuciosas. Fuga da realidade e 
dos problemas centrais. Podem ser pessoas implicantes, incoerentes e instáveis. São desprovidas de 
um pensamento alternativo. Falta criatividade e originalidade. Possui traços obsessivos-
compulsivos. Seria uma inteligência obsessivamente analítica. Denuncia provável perda da 
capacidade de síntese, limitação intelectual e baixa eficiência. Pessoa com atitudes fugidias antes a 
complexidade, que se sentem inseguras ou incomodadas quando devem tomar decisões. Também é 
próprio de examinandos com dificuldade de observar o óbvio (quando D é baixo) e de observar o 
todo (quando W é baixo). 
 
S (média 5 a 15%) 
Protocolos sem S são considerados normais. Em percepções boas significa inteligência hipotética 
(que trabalha com hipóteses), alternativa, divergente, criativa, inovadora e dialética. Dado uma teses 
cria uma antítese coerente. Atitude de oposição, dinamismo, de afirmação do eu, energia de luta e 
uma capacidade de reagir e perceber o que falta. São condutas oposicionistas que encontram 
expressão intelectual. É a inteligência de argumentação. Presença de estratégias alternativas. Revela 
a preocupação em ter novas ideias e a luta contra a influência do outro sob a forma de oposição. 
Senso crítico aguçado. Capacidade de ver as coisas sob diferentes ângulos. Trata-se de uma defesa 
contra a sugestionabilidade e a força do meio. Pode constituir um elemento de bom prognóstico, de 
resistência ativa, capacidade de reação a uma situação constrangedora. 
 
S associado a FQ- 
Pessoa de conduta oposicionista manifesta ou mesmo de oposição hostil. Opõe-se por se opor, é do 
contra (negativismo). Atitudes expressivas de dissociação. Pessoa caprichosa e confusa. Exemplo: 
túnel, precipício e poço têm um caráter regressivo, de fantasiação possível das relações vividas 
entre a mãe e a criança. No esquizofrênico é puro negativismo e hostilidade. São condutas 
oposicionistas que não encontram expressão intelectual. 
 
S > 15% 
Nível de ansiedade situacional elevado e dificuldade em suportar frustrações. Expressa também 
insegurança e desprazer. Pode ser indício de agressividade inconsciente, necessidade de contrapor-
se àquilo que é proposto. Existe aqui uma preocupação exagerada com os obstáculos e uma carência 
de autonomia. Também pode ser próprio de pessoas que guardam raiva e ressentimentos e reage 
através da oposição generalizada. 
 
S central 
Indicativo de oposição aberta. 
 
S lateral 
Indicativo de oposição dissimulada, indireta. 
 
S nas pranchas coloridas 
Indicativo de tendências depressivas. 
 
S extra-maculares 
Quando positivo, indica processo de expansão da consciência, personalidade que se projeta fora e 
além dos limites. Quando negativo, seria a perda do contato com o aqui e agora, busca insensata de 
uma utopia. 
 
Índice de Aspiração 
W:M: relação aproximada de 2:1. 
 
W: ambição intelectual. 
 
M: capacidades criadoras, recursos disponíveis para iniciar condutas deliberadas. 
 
W elev - M dim: nível de aspiração e necessidade de sucesso muito maiores do que seria razoável 
em relação a suas disponibilidades atuais. Coloca metas superiores aos recursos disponíveis com 
que conta. Não é realista na adequação das aspirações às suas capacidades funcionais. (comum em 
crianças) 
 
W dim - M aum: Conservador, se coloca metas inferiores a suas capacidades, atua sempre abaixo 
das suas reais possibilidades. Pouco ambicioso. 
Relação W:M em crianças: Em primeiro lugar, é habitual que as crianças superestimem suas 
capacidades e busquem objetivos ilusórios (tendência mais acentuada quanto menor for a criança). 
Mas, ao mesmo tempo, é também normal nelas, que seu nível de aspirações não esteja associado à 
necessidade de resultados, de modo que eles dão pouca importância aos objetivos propostos e sem 
grandes esforços ajustam-se a não realização dos mesmos. Assim encontramos frequentemente, aos 
5-6 anos, relações W:M de 8:1 e aos 9-10, de 4:1, sem que indiquem aspectos patológicos. 
 
1,5 a 3,0W : 1M 
A ambição intelectual e a necessidade de que nada lhe escape está de acordo com sua capacidade 
criadora, com sua determinação e com seus recursos eficientes disponíveis para lidar com a vida. 
 
4W ou mais : 1M 
As aspirações estão muito elevadas, ambições exageradas,que podem envolver algum sentimento 
de grandiosidade, com tendência a colocar-se metas superiores aos recursos disponíveis com que 
conta. Pessoa não realista na adequação das aspirações às suas capacidades. 
 
1W : 2M ou mais 
O sujeito possui metas conservadoras, com objetivos e realizações bem abaixo do que suas 
habilidades e talentos permitiriam concretizar. 
 
DQ 
DQ+ ≥ 6 
É próprio de pessoas intelectualmente brilhantes, com processamentos complexos próprios de níveis 
de desenvolvimento intelectual superior. 
 
DQv > 2 
É próprio de um funcionamento imaturo, primitivo ou infantil, ou seja, pouco elaborado. Pode estar 
relacionado com a presença de limitações intelectuais ou neurológicas ou com uma marcada 
tendência a evitar compromisso, o que provoca uma diminuição da eficiência do indivíduo. 
 
OBS positivo 
Tendência marcada ao perfeccionismo, fixando-se meticulosamente em detalhes que passam 
despercebidos para a maioria. A preocupação maior é não falhar, não errar e por isso esforça-se em 
ser muito convencional, diminuindo o uso de sua capacidade criativa e pessoal em função do 
correto. 
 
HVI positivo 
Estado de alerta contínuo. É uma pessoa que desconfia por princípio de tudo e de todos. O mundo é 
perigoso e as pessoas traiçoeiras. Logo trata-se de uma pessoa reservada, cautelosa e mais distante, 
que guarda seus pensamentos só para si e não confia no outro. Tende a perceber o mundo como 
persecutório. 
 
2. MEDIAÇÃO: Depois se verifica se essa organização é eficiente e compatível com a realidade, 
se percebe as coisas como a maioria das pessoas, se sua percepção é ajustada e convencional e se o 
seu julgamento é adequado (mediação). 
 
Respostas populares 
 
P = 3 a 7 (dentro da média) 
Representa uma boa adaptação intelectual da pessoa às normas do grupo. Com P dentro da média 
pode-se inferior que a pessoa conhece as regras para uma boa convivência e é capaz de dar 
respostas socialmente aceitáveis. 
 
P ≥ 8 
Indica um indivíduo com alto grau de convencionalidade, com uma excessiva submissão e 
passividade às normas sociais, com um superego rígido que só age de acordo com o que esperam 
dele (principalmente se R < 18 e Lambda estiver acima da média). 
 
P ≤ 2 
Observa-se uma pessoa individualista no modo como vê o mundo e mais ousada no caminho que 
escolhe, que envereda por caminhos que a maioria evita. Excêntrica, alheia e descentrada do 
pensamento coletivo (principalmente se Xu > 0,35). Não vê as coisas como a maioria das pessoas 
do seu meio por incapacidade (se X- > 0,35) ou por desejo de ser singular, criativa e diferente (se 
XA > 0,80), evitando o convencional e o óbvio, desvelando com isso um excessivo auto-
centramento. 
 
X+%= 60% (dentro da média) 
X+% < 60% Pouco convencional em suas percepções, ou seja que na maioria das vezes, não vai 
perceber as coisas como a maioria das pessoas. Mas, sim de um modo mais pessoal. Tem maior 
repercussão negativa em indivíduos de lambida alta, condutas afastadas do convencional. 
X+% > 60% Escravos da realidade. Hiperconvencionalidade, indivíduo que procuram exatidão, que 
preferem não se arriscar a introduzir elementos pessoais. 
 
F+% > 0,70 (dentro da média) Coerência, juízo crítico e capacidade de discriminação. 
F+% > 0,70 perfeccionistas e muito submetidos às normas externas. Deixa de lado os elementos 
criativos. 
F+% < 0,70 Interpretar segundo Lambda (se lambda tiver alta, é mais negativa) 1- sendo seu estilo 
preferido a simplificação a maioria das condutas seriam afastadas do convencional. 2- a uniao 
desses dois dados assinalam que o indivíduo utiliza ineficazmente o processo de simplificação 
perceptiva. 
 
X-%= 0,25 (dentro da média) 
X-% > 0,25% Afastado do habitual, visão elaborada distorcida, que violam a realidade do campo 
estimular, > que 0,30% está relacionado com percepções errôneas de si mesmo e das ações dos 
outros. Interpretação equivocada da realidade, o que aumenta significativamente o risco de condutas 
estranhas, inapropriadas ou desajustadas. Quando X- está elevado, mas o P está dentro da média 
ameniza as implicações de desajuste, indicando a existência de alguma capacidade de reconhecer a 
realidade convencional mais óbvia. Neste sentido pode até evitar internações. 
X-% < 25% Não preocupante (avaliar arquétipo). 
 
XU% = 15% (dentro da média) 
XU% > 15% Afastamento das percepções comuns excessivo auto centramento, que orienta suas 
percepções em função de suas necessidades. Tendencia a ver as coisas segundo seu próprio ponto de 
vista. 
XU% < 15% Não preocupante 
 
XA% = 70% (dentro da média) 
XA% > 0,70 Demonstra que as operações psíquicas de uma forma geral exprimem um bom 
ajustamento. 
XA% < 0,50 Revela um risco maior de inadaptação e incomunicabilidade com o meio, pois percebe 
as coisas de um modo muito pessoal. A subjetividade fala mais alto que a objetividade e a percepção 
adequada da realidade. 
 
S-% = 40% (dentro da média) 
S-% > 40% Se tratá de uma pessoa com fortes interferências emocionais em suas possíveis 
distorções percepções (o negativismo ou raiva estão contribuindo para o seu acentuado afastamento 
do convencional e para a perda do bom senso. O S (até 3 é adequado) geralmente tem o significado 
de busca de autonomia, de capacidade de reação a uma situação constrangedora, de inteligência, de 
argumentação. Mais do que 3 S pode indicar uma pessoa caprichosa e confusa, bastante 
oposicionista e até hostil.). 
S-% < 40% Prognóstico mais sóbrio. Modalidade generalizada e peculiar de percepção, que 
dificultará a sua comunicação com o meio, e pode aumentar o risco de condutas desajustadas. 
 
Fq-: agrupadas nas pranchas cromáticas. As distorções perceptivas desencadeiam quando o 
indivíduo se fronta com situações emocionalmente carregadas, provavelmente em decorrência de 
um manejo inadequado de suas próprias emoções. 
 
 
3. IDEAÇÃO: Por último, se analisa como a pessoa pensa e como toma suas decisões, se são 
coerentes e flexíveis em proporções moderadas, se suas condutas são deliberadas e intencionais ou 
são impulsivas, coagidas, automáticas (ideação). 
 
a : p 
 
a : p equilibrado 
Pensamento flexível na tomada de decisões e na adaptação a novas situações. 
 
Quando a soma de um excede em 4 pontos e ao mesmo tempo for o dobro ou mais que o dobro do 
outro indica uma inflexibilidade cognitiva, ou seja, trata-se de uma pessoa que se apega rigidamente 
a suas convicções e relutam em reavaliar suas posturas com base em novas informações. Mentes 
fechadas, que não mudam de opinião, que não modificam suas perspectivas em relação a si mesmo 
e aos eventos externos; essa resistência a mudança com um Lambda alto intensifica a inflexibilidade 
do pensamento e dificulta progressos em psicoterapia. 
 
p > a + 1 
Marca uma tendência em se refugiar na fantasia buscando gratificar suas necessidades e compensar 
imaginariamente as frustrações da vida real. 
 
Ma : Mp 
 
p > a + 1 
Tendência a substituir a realidade pela fantasia que se acentua em situações estressantes. É próprio 
de pessoas que adotam um papel passivo nas relações interpessoais, são mais dependentes e 
esperam que o outro solucione o seu problema. Pessoas sonhadoras, imersas em seus devaneios sem 
se dar conta do que passa a sua volta. Prefere fantasiar sobre o que o destino poderá fazer para que 
tudo dê certo no final do que partir para a ação e enfrentar as dificuldades. 
 
a > p 
Ideação realista voltada para a ação, visando a solução de problemas e o planejamento de ações 
deliberadas. Capacidade de pensar intencionalmente na melhor forma de enfrentar as situações. 
Determinação e iniciativa. Comum empessoas que evoluem por vontade própria. 
 
Índice de intelectualização 
 
2AB + Art + Ay > 5 
A pessoa utiliza a intelectualização como estratégia de defesa para neutralizar o efeito que as 
emoções produzem sobre os processos cognitivos. É um mecanismo pseudointelectual onde se 
busca fugir ou desmentir a presença do afeto e suas consequências disfóricas, evitando dessa forma 
manejar as emoções de forma direta e realista. A pessoa tende a ser vulnerável à desorganização em 
situação de sobrecarga emocional porque a estratégia de intelectualização perde sua eficácia nessas 
situações. 
 
Wsum6 > 15 
Prejuízo da capacidade de pensar de forma lógica e coerente. Tendência a raciocinar de modo 
infundado ou arbitrário, com uma sequência de idéias incompreensíveis, divagações irrelevantes 
que comprometem o esforço da pessoa em se fazer entender. Quando se trata de DV ou INCOM os 
deslizes cognitivos são mais leves. Já FABCOM, ALOG e CONTAM denunciam 
comprometimentos ideacionais mais graves. 
 
MOR > 2 
Ideações pessimistas, próprias de pessoas que têm inclinações às expectativas ruins. Teme e 
desconfia de toda ajuda e oportunidade. Acredita que tudo continuará mal independente do que 
possam fazer. Estes pensamentos favorecem estados depressivos. As respostas mórbidas tem relação 
com as percepções internas de elementos disfóricos que a pessoa atribui aos objetos externos. 
 
EB introversivo persistente (proporção mínima 3M : 1WSumC) 
Assim como o destro utiliza a mãe direita para fazer quase todas as suas atividades, o introversivo 
persistente utiliza automaticamente o pensamento e a reflexão para resolver os seus problemas. 
Tende a não processar as emoções enquanto procura soluções. Baseia-se fortemente em suas 
próprias avaliações internas. Se o examinando é um introversivo o impacto de qualquer transtorno 
do pensamento é ainda maior, já que afetam a pedra angular de seu funcionamento psíquico. 
 
EB introversivo em crianças 
É pouco frequente o aparecimento de EB introversivo em crianças menores de 12 anos e, quando 
ocorre, pode ser interpretado como outro sinal de hipermaturidade, dado que o estilo reflexivo, 
tendente a não processar emoção e a postergar a descarga que esse EB representa, não é próprio 
dessas etapas de desenvolvimento. 
 
Lado direito do eb 
 
FM + m ≥ 8 (ou 3 vezes maior que M) 
Ideações não deliberadas que interferem no curso das ideações deliberadas aumentando a 
sobrecarga interna. São ideações que iniciam e agem sem a intervenção voluntária da pessoa. Ideias 
que vem à mente sem ser convidadas. 
 
FM elevado (> 5) 
Desconforto interno proveniente de estados de necessidades não atendidas que dificulta os 
processos de atenção/concentração e provoca insônia (insatisfação das necessidades básicas). 
 
m elevado (> 1) 
Tensões internas provocadas por pressões externas situacionais que implicam em sentimentos de 
perda de controle (incômodo, mal-estar e estresse), que interrompe facilmente o curso do 
pensamento deliberado. 
 
FM + m > M 
Aumento da sobrecarga interna que dificulta a concentração ou a desconcentração. 
 
M- 
Está relacionado com o pensamento desorientado. Quando > 2, o desajuste pode ser severo 
tendendo para transtornos delirantes (principalmente se o M- for passivo). 
 
Mnone 
São sempre abstratos ou simbólicos, estão relacionados com mecanismos de intelectualização. 
Quando ≥ 2 trata-se de uma forma de distanciamento do tipo alucinatório. Seu aumento tem o 
mesmo significado da M-. 
 
4. ASPECTOS AFETIVOS 
Avalia a maneira e a tranquilidade com que a pessoa processa a experiência emocional. Como lida 
com os sentimentos que surgem em si mesma, como reage aos sentimentos de outras pessoas e 
como administra situações que envolvam uma carga emocional. Modular afetos de maneira 
eficiente, prazerosa e com moderação são requisitos para uma boa adaptação psíquica. A diferença 
entre aspectos cognitivos e afetivos é apenas didática; um influencia o outro e estão em constante 
interação. Separá-los é quase impossível. 
 
Quociente afetivo: Afr (representa a receptividade psicológica aos estímulos que provocam emoção, 
ou seja, a inclinação a investir energia no processamento desses estímulos). 
 
Afr = 0,50 a 0,70 (dentro da média) 
Revela como o indivíduo processa as informações diante de situações afetivamente carregadas. 
Revela se há interesse por situações que mobilizam as emoções. 
 
Afr > 0,70 
Pessoa atraída pela estimulação emocional, costuma ser mais produtiva nas situações que envolvem 
a expressão dos sentimentos, como a maioria das pessoas. Isso pode ser um problema quando CF + 
C > FC (sendo C ≥ 1) porque aumenta a possibilidade de descontrole afetivo. 
 
Afr < 0,50 
 O indivíduo tem menos desejo ou interesse em processar estímulos afetivos. São pessoas que 
preferem não estar envolvidas em situações emocionalmente intensas. Essa tendência neutraliza os 
problemas de descontrole, se existirem, pois, se evitarão as situações em que os exacerbam. 
Dependendo das variáveis que apareçam, pode ser um elemento que acrescente significação ao 
hipercontrole do indivíduo ou que coloque dificuldades na relação interpessoal. Em crianças é um 
dado pouco frequente, pois seria muito grave que estivesse perdendo muitas trocas cotidianas, tão 
benéficas para seu desenvolvimento. 
 
Afr ≤ 0,35 
Pessoa que tem aversão a situações que envolvam expressões de sentimentos e, como consequência, 
uma retração emocional que prejudica a adaptação interpessoal e social. Prefere não estar envolvida 
em situações emocionalmente intensas. A pessoa se sente constrangida diante de situações de 
demonstração de afeto, sejam de carinho ou de raiva e confronto. São pessoas mais reservadas, frias 
e distantes que dificilmente revelam seus sentimentos. Aspectos amenizados quando ocorrem 
respostas de cor nos cartões VIII, IX ou X (principalmente se for W com FQ+). Aspectos 
intensificados se ∑T = 0 e WsumC < 2,0 e FD > 2. Sua diminuição favorecem as tendências a 
esquiva. 
 
∑C', ∑Y, ∑T, ∑V 
Todos esses estímulos agem no interior da pessoa produzindo mal-estar e desconforto emocional, 
essas estruturas supõem um aumento de sofrimento e dor psíquicos. Geralmente, a pessoa é 
invadida por essas emoções e não consegue detê-las por meio de sua vontade. 
 
∑C', ∑Y, ∑T, ∑V > FM + m 
Sofrimento alto e claro (estresse emocional). 
 
∑C' > 2 
Constrição afetiva, um freio à expressão emocional de difícil solução, pois tende a ser estável. 
 
∑T > 1 
Necessidade de proximidade física e emocional. 
 
∑V 
Autocríticas negativas, auto desvalorização que gera sentimentos de insatisfação e tristeza. 
Condutas estáveis e difíceis de serem modificadas. V associado Reflexo pode ser uma defesa 
narcísica para não entrar em contato com um profundo sentimento de insatisfação consigo mesma. 
 
∑Y > 2 
Desconforto e mal estar emocional situacional, emoções atuais paralisadoras, sofrimento psíquico 
intenso em função de uma situação atual perturbadora. 
 
C': forma de contrição afetiva, freio à expressão emocional. O sujeito que dá várias C' em seu 
protocolo tende a morder psicologicamente a língua em vez de falar, de modo que, em lugar de 
registrar um alívio através da externalização ou descarga de algum afeto, o interioriza, não permite 
sua saída e com isso aumenta seu mal-estar interno. Operação não deliberadamente iniciada, é 
involuntário e automático, não tem a ver com a decisão deliberada e consciente de se calar em uma 
determinada situação. 
Grupo C' > 2: as respostas C' aparecem aumentadas nos sujeitos com sintomas psicossomáticos e 
depressivos e, em menor medida, em obsessivos. 
Grupo C' > 4: correo risco de sofrer episódios de desorganização, pois o aumento da irritação 
interna que ele está sentindo é tão forte que poderia ser potencialmente desorganizadora para sua 
estrutura psíquica. 
 
C' > 2 com: 
S elevado: o nível de tensão aumentará bastante no sujeito porque seus componentes hostis não 
podem ser exteriorizados, aumentando seu mal-estar e irritação internos. 
FC como única respostas cromática: supercontrole emocional, falta de espontaneidade em suas 
manifestações afetivas, tenderá a inibir, restringir ou eliminar suas descargas e trocas. 
FC < CF + C: procura compensar sua fraqueza emocional usando a constrição, ou seja, o único 
sistema que encontra para neutralizar seu risco de descontrole é o bloqueio da expressão emocional. 
Populares aumentadas: a constrição pode ser um elemento mais da repressão de suas características 
mais pessoais, ou seja, um sinal mais de seu apego às normas. 
 
Textura 
Relaciona-se com as necessidades de contato emocional e proximidade. Representa o mal-estar que 
se sente quando se registram esse tipo de necessidade e se experimenta como algo semelhante aos 
sentimentos de solidão, abandono ou privação afetiva. 
 
T= 0 São distantes em seus contatos interpessoais não se sentem comodas em situações de 
proximidade emocional, e tendem a evita-las. São indivíduos muito preocupados em manter seu 
espaço vital, uma especie de distancia de segurança entre eles e os demais e não interpretam 
habitualmente aproximação dos outros como algo positivo, mas como uma invasão deste espaço. 
 
T > 1: maior necessidade de proximidade e contato, tendem a sentir mais solitárias e a depender 
mais da presença de outras pessoas. Pode-se elevar após uma perda afetiva importante (morte de ser 
querido, ruptura afetiva, perda de status, etc) 
 
Sombreado difuso (Y). Diferentes nuances, como o E 
Situacional. Desconforto emocional que se desencadeia frente a acontecimentos externos 
estressantes. Emoção paralisadora, de não saber o que fazer. Mal-estar emocional agudo. 
Y > 1: o sujeito está sofrendo de uma situação geradora de tensão, à qual responde (não 
deliberadamente) sentindo-se inundado por afetos desprazerosos. Mal-estar reativo. 
 
Vista (V) 
fortes componentes de desvalorização associados aos processos de introspecção. Quando realiza 
tarefas de auto-exame, as impregna de gradações de auto-crítica negativa, produzindo-se, em 
consequência, sentimentos de insatisfação e tristeza que aumentam seu sofrimento psíquico. Gera 
baixa auto-estima. 
 
Cor cromática 
FC: experiência afetiva que foi controlada e dirigida por elementos cognitivos, ou seja,mais 
regulada e modulada. 
CF: conduta em que predominam os aspectos emocionais sobre os controles, são formas de 
descarga afetiva menos controladas, mais relaxadas, em que o sujeito se deixa levar mais pela 
emoção. 
C: Descargas afetivas bruscas e não moduladas, nos quais não há nenhum tipo de controle, já que a 
pessoa é incapaz de amortecer cognitivamente a descarga, dada a grande intensidade da experiência 
emocional, ou então porque o sujeito toma a decisão de liberar o impulso, em vez de procurar 
modulá-lo. 
 
Liberdade afetiva 
WSumC > 2 
C' ≤ 1 
Cor-sombreado + ∑V = 0 
FM + m > ∑C', ∑Y, ∑T, ∑V 
S ≤ 2 
 
SumC' : WSumC 
 
WSumC < 2,0 
Capacidade insuficiente de vivenciar e expressar afetos com prejuízo da adaptação. Dificuldade de 
reconhecer e descrever o que sente, de expressar os sentimentos através de palavras ou mesmo de 
demonstrá-los. 
 
WSumC > SumC' 
A capacidade de expressar e compartilhar os afetos, ou seja, os recursos afetivos deliberados são 
maiores do que os afetos ansiogênicos e angustiantes internalizados e, portanto, constitui um bom 
mecanismo de adequação afetiva. Isto significa que há um processamento prazeroso dos 
sentimentos. 
 
WSumC < SumC' 
Os afetos ansiogênicos e angustiantes que produzem mal estar e desconforto emocional superam o 
processamento agradável dos sentimentos. Esses afetos disfóricos predominantes agem no interior 
do sujeito sem que ele possa ter controle sobre eles, agem independentes do indivíduo (sentimentos 
não deliberados). Representa uma forma de constrição afetiva, um freio à expressão emocional 
quando SumC' supera os afetos sociais (WSumC). Nestes casos os sujeitos lutam contra emoções 
engasgadas que não conseguem expressar diretamente. Interioriza mais do que consegue 
externalizar aumentando a tensão interna. Isto pode levar a somatizações como cefaléias e 
distúrbios gastrintestinais, já que se trata de afetos que a pessoa não consegue canalizar por vias de 
expressões diretas. 
 
 
FC : CF + C + Cn 
Esta fórmula indica como ocorrem as descargas afetivas e as trocas emocionais deliberadamente 
iniciadas. A pessoa decide se quer expressar ou não esses afetos (cores cromáticas), mas não pode 
controlar a intensidade com que expressa, a não ser que tenha um aprendizado de autocontrole. 
 
FC > CF + C 
Vivencia os afetos de forma madura e adaptada. A pessoa sabe processar os afetos de forma 
moderada, duradoura e agradável. 
 
FC < CF + C 
Exprime os afetos de forma espontânea, intensa e relaxada. Neste sentido os sentimentos aparecem 
e desparecem rapidamente, mas bem intensos enquanto duram. Geralmente, são pessoas mais 
envolventes e divertidas, porém, lábeis e impulsivas, que se deixam levar pelas emoções de forma 
imatura. Quando C ≥ 1 tende a ser passional, intempestiva e ter violentas descargas emocionais. 
 
Obs.: NO CASO DE CRIANÇAS, OS RESULTADOS ESPERADOS para ESSA FORMULA SÃO 
INVERSOS, OU SEJA, O ÓTIMO SERIA QUE APARECESSE CF+C > FC, EM UMA 
RELAÇÃO APROXIMADA DE 2:1. É pouco pouco habitual entrarmos crianças com FC> C+CF. 
Esse hiper controle será um elemento a mais de hipermaturidade, pois uma regulação tão marcada 
das expressões afetivas corresponde a níveis cronológicos mais adiantados. 
 
 
Cn ou Cor nomeada: essa variável num protocolo de adulto é sintomática de desordens afetivas 
intensas, de deterioração psicótica ou orgânica. A pessoa quando emite uma resposta Cn, falha no 
processo normal do pensamento, pois não consegue simbolizar o estímulo. 
 
CP (Projeção de cor em pranchas acromáticas) 
≥ 1 Tendência a negar a presença de afetos disfóricos, não prazerosos e ameaçadores, substituindo-
os por falsas emoções positivas. São pessoas que permanece, pelo menos superficialmente, 
contentes e otimistas. Encontram fios de prata nas nuvens mais sombrias. É uma alegria forçada e 
um mecanismo de defesa muito frágil que pode facilmente se desmoronar (comum na euforia e na 
histeria). CP + DEPI positivo sugere transtorno bipolar ou tendências ciclotímicas. 
 
S 
Quando o sujeito fornece respostas no espaço em branco ele está fazendo exatamente o oposto do 
que foi pedido, ou seja, está contra-ordenando a instrução e definindo a tarefa em seus próprios 
termos. Isso pode indicar alguma autonomia, autodeterminação e capacidade de reagir a situações 
constrangedoras e de ser dono de si. Porém, quando > 3, podem revelar tendências oposicionistas, 
que extrapola a simples autonomia adaptativa e que se associa a sentimentos de raiva e 
ressentimento contra as pessoas e eventos de sua vida. Acham injusto não atenderem suas 
necessidades ou colocarem obstáculos para a realização de suas metas. Isto interfere na experiência 
prazerosa e de afeto, bem como gera comportamentos problemáticos e hostis que não solucionam 
problemas. Se S está elevado e AG também está elevado nota-se um traço difícil de modificar, pois 
se trata de uma pessoa obstinada, “cabeçuda”, negativista e hostil em relação ao meio. 
 
EB extratensivo persistente (proporção mínima 1M : 3WSumC) 
As emoções exercemmaior influência na atividade psíquica do sujeito. Com isso os transtornos 
afetivos terão consequências mais devastadoras nos extratensivos do que nos introversivos. São 
pessoas mais instáveis e lábeis, que raramente refletem sobre suas decisões, o que frequentemente 
compromete a eficiência das soluções de seus problemas e a sua adequação de ajustamento. 
 
EB ambigual (M = WsumC, sendo ambos > 2) 
Pessoa imprevisível em sua conduta, que às vezes é impregnada pelas emoções e outras vezes não. 
Hesita entre o que sente e o que pensa, tornando-se uma pessoa com menor eficácia na solução de 
problemas, pois tende a ficar indecisa e bloqueada. 
 
Cor-Sombreado 
Seria presença de uma cor cromática (FC, CF ou C) junto com um sombreado (qualquer tipo de T, 
Y ou V) em uma mesma resposta com determinante misto. Marca uma tendência a se sentir confuso 
e inseguro quanto ao que sente. Prazer e dor associados ao mesmo evento, dificultando a pessoa 
discriminar seus sentimentos e limitando suas possibilidades de bem estar. São pessoas que mesmo 
felizes sofrem com preocupações e tristezas (“tudo que é bom dura pouco” ou “está bom demais 
para ser verdade”). A mesma experiência é sentida como agradável e desagradável ao mesmo tempo. 
 
Sombreado-Sombreado 
Determinante misto com dois tipos de sombreado é uma resposta muito rara e está relacionada com 
vivências emocionais extremamente dolorosas e conflitivas que aumentam o sofrimento psíquico 
consideravelmente. 
 
DEPI positivo: fica óbvio o transtorno afetivo ou a depressão quando 6 condições são verdadeiras. 
 
5. TIPO DE VIVÊNCIA ÍNTIMA 
 
Introversivo M > WSumC, sendo M ≥ 3 
(espera-se w o dobro de M, o introvertido dará maior resposta de M) 
Afetividade contida na interioridade. É uma pessoa que tende a ser mais criativa e imaginativa. 
Pensa, elabora mentalmente mais do que age. Tende a não processar as emoções enquanto procura 
soluções. Baseia-se fortemente em suas próprias avaliações internas. Conseguem protelar suas 
gratificações, seus impulsos e instintos mais facilmente. Estabelece objetivos em longo prazo, tem 
vida interior rica, é mais individualista e subjetivista. O contato social geralmente é mais restrito, 
mas os vínculos estabelecidos são profundos e estáveis. É mais resistente a mudanças e 
independente do ambiente. A patologia do introversivo pode estar nas neuroses e nas esquizofrenias 
paranóides. 
 
Extratensivo M < WSumC, sendo WSumC ≥ 3,5 ( 3:1 espera-se) 
Afetividade mais lábil, maior disponibilidade para contatos amistosos ou mesmo conflituosos, 
porém, os vínculos tendem a ser mais superficiais e instáveis. Vibra com os acontecimentos e 
confraterniza com mais facilidade. É mais influenciável pelo ambiente. Diante de tensão externa 
tem facilidade para perder o controle emocional. Motilidade excitável e inteligência mais 
estereotipada e reprodutiva. São mais sintônicos e espontâneos em suas reações. Busca descarga 
imediata de seus impulsos. Existe uma necessidade maior de aprovação e reconhecimento externo. 
A patologia do extratensivo pode ser encontrada em alguns histéricos e epilépticos. 
 
Ambigual M = WsumC, sendo M e WSumC ≥ 2 
Para Hermann Rorschach não tinha significado de ambivalente, mas de condições de lidar com as 
coisas do mundo externo e interno, sugerindo predisposição para contatos interpessoais como 
também para observações intelectuais, introspecção e criatividade. Clinicamente, o ambigual pode 
corresponder ao ambivalente, indeciso e bloqueado, que não encontra satisfação em nenhum dos 
dois meios (interno e externo). A patologia do ambigual pode estar presente no obsessivo. 
 
Coartado 0 M : 0 WSumC 
Tensão, rigidez e frieza. O equilíbrio é mantido devido a uma vida restrita e de esquiva. Este tipo de 
proteção é frágil e a estabilidade que oferece é precária. Quando as circunstâncias mudam 
repentinamente sobrecarregam-se e estressam-se facilmente. Pouca imaginação, poucas condições 
de se decidir ante a situação de tensão e, portanto, pouca capacidade de adaptação a ambientes 
instáveis. Dificuldade no estabelecimento de vínculos, bem como na utilização de recursos 
motivacionais e dinâmicos. Submete-se à disciplina da lógica, da razão. Evita a consciência de 
pensamentos e afetos perturbadores, que evita circunstâncias novas e desafiadoras que possam 
impor pressões psicológicas. Comum entre os meticulosos, formais, burocratas e pessoas que se 
dedicam exclusivamente aos negócios. A patologia do coartado pode estar na depressão, na 
melancolia, na demência e em alguns obsessivos. 
 
 
6. AUTOPERCEPÇÃO 
Este grupo de variáveis fornece informações sobre como o indivíduo percebe a si mesmo, 
particularmente com respeito a sua auto-estima e auto-imagem. A auto-estima consiste no valor 
geral que a pessoa atribui a si mesmo (sou uma pessoa boa ou ruim) e constitui uma característica 
estável que permanece inalterada por muito tempo. A auto-imagem está relacionada com as atitudes 
que a pessoa tem acerca de si mesma, quer seja em relação ao físico ou às suas ações (Meu rosto é 
bonito, meu corpo meio desengonçado, fico constrangida quando aparece um rapaz...). Geralmente 
mudanças corporais bruscas ou arrependimento de ter feito algo podem desembocar em prejuízo da 
auto-imagem que é algo mais transitório e mais fácil de ser trabalhado em psicoterapia. Uma auto-
imagem e uma auto-estima positivas promovem o bom ajustamento e quando negativas geram 
autodesqualificações que levam a comportamentos desajustados. 
 
Reflexo: Fr e rF 
Estas respostas estão associadas ao narcisismo, à tendência acentuada a superestimar o próprio valor. 
Geralmente são pessoas mais egoístas, arrogantes e com um senso de superioridade maior do que a 
maioria das pessoas. Os reflexos são comuns em pessoas que preferem ser o foco de atenção, 
receber aplausos e estar em evidência em oposição a serem ignorados ou desconhecidos. O Reflexo 
pode dificultar o alcance da maturidade e do equilíbrio pessoal que predispõe a desadaptação. O 
REFLEXO será ou não prejudicial dependendo de outras características no teste. 
 
-Não será prejudicial se a pessoa conta com bons recursos e seu meio o reconhece suficientemente. 
(H puro ≥ 2 + TEXTURA =1 + FD+V<2 + M≥2 + COP ≥2 e AG<2). Neste caso, o traço narcísico 
agirá como motivador de maiores aspirações e sucesso. Ao contrário do narcísico pernicioso, pode 
se ter o narcísico simpático. Aquele que tem interesse genuíno pelo outro, que gosta de estar com as 
pessoas e frequentemente empenha-se em ser informativo, cooperador, divertido e engraçado como 
uma forma de assegurar uma plateia de ouvintes e expectadores que satisfaça suas necessidades de 
atenção e admiração. São pessoas que sabem sustentar uma relação interpessoal adaptativa e 
saudável, pois são dependentes dessas relações para obter apoio e gratificação (Clero, médicos, 
apresentadores de programa de auditório). 
 
-Será prejudicial se TEXTURA=0 + FD + V≥2 + H puro <2 + AG>2 e COP<2 e ainda o 
examinado tiver crescido em um meio pouco generoso e nada sustentador. Neste caso há grande 
possibilidade de gerar traços psicopáticos ou de promover condutas abertamente anti-sociais. Pois o 
indivíduo prima pela distância interpessoal, pela falta de vínculos significativos, pela 
competitividade mais do que pela cooperação. Há uma determinação hostil em explorar e manipular 
o outro para atingir seus próprios fins, sem remorso ou arrependimento. Normalmente são pessoas 
irritadiças e arredias. 
 
Índice de Egocentrismo: 3xREFLEXO + (2) / R média 0,33 a 0,50 
 
dentro da média: auto-estima e auto-preocupação adequadas, não evita voltar-se para si e nem se 
torna auto-absorvida a ponto de ignorar o que está acontecendo com asoutras pessoas. A percepção 
de pares (2) no teste desvela uma modalidade mais madura e evoluída de se perceber em uma 
dialética com o outro do que a percepção de reflexo. Quando o egocentrismo está dentro da média, 
mas o MOR está elevado nota-se que apesar da pessoa ter o senso geral de que é uma pessoa 
decente, capaz e de valor ainda existem preocupações acerca da adequação e atratividade de partes 
do seu corpo ou atitudes negativas acerca de coisas que fez ou de decisões mal tomadas. Isso gera 
sentimentos dolorosos e comportamentos inadequados como vergonha e negativismo. 
 
acima da média- alto nível de preocupação consigo mesmo e reduzido interesse pelo mundo 
externo. Quando não existe reflexo e este índice é elevado significa que o sujeito não está tendo 
nenhum tipo de prazer especial em voltar a atenção para si mesmo. Pode indicar uma grande 
insatisfação própria e não uma auto-estima elevada, principalmente se MOR>2 e V>1. 
 
abaixo da média: baixa auto-estima, tendência a se ignorar por se comparar desfavoravelmente em 
relação ao outro (menos atraente, menos inteligente, menos talentoso...). São pessoas que não 
confiam em seus próprios recursos e se deixam influenciar demais pelo o que os outros dizem. Este 
índice baixo é um componente da depressão e costuma predispor o sujeito a iniciar um tratamento. 
 
Hx Experiência Humana- Assinala que o indivíduo tende a estabelecer muitos aspectos de seu 
autoconceito recorrendo à intelectualização, ou seja, tentam ignorar a realidade e neutralizar o 
impacto de sentimentos dolorosos em relação a sua auto-imagem, sofrendo, com isso, distorções 
importantes nela. 
 
FD + V>2 
Estas variáveis estão relacionadas com o processo de auto-inspeção, introspecção e tomada de 
distância e é importante analisá-las quando se fala de auto-imagem. Em geral assinala um alto nível 
de desenvolvimento cognitivo, porém, se for>2 significa que o indivíduo dedica muito esforço à 
tarefa de auto-inspeção, de autocrítica e de isolamento do meio. Terá uma conotação negativa se a 
pessoa não tem uma história recente de perda afetiva, de fracasso ou problemas físicos que 
justifique esta postura. Já o V é tipicamente associado a atitudes de autocríticas negativas, de 
desprazer consigo mesmo e remorso por alguma atitude, com consequências emocionais irritativas e 
dolorosas e de distanciamento do meio. 
 
FD+V>2 e Egocentrismo baixo aumentam o potencial autodestrutivo (potencial suicida). 
 
MOR>2: Nota-se uma auto-imagem pessoal desvalorizada e geradora de uma visão negativa e 
pessimista do meio. Características tais como morto, sombrio, quebrado, machucado, 
podre...fornecem indícios de como o examinando concebe a si mesmo, com atitudes de autocríticas 
ruins, de autodesqualificação e auto aversão, especialmente voltadas para o seu corpo e funções 
corporais. Também constitui um dos indícios de depressão e potencial suicida. 
 
An + Xy > 3: indica preocupação como o corpo que pode estar relacionada a insatisfação com a 
auto-imagem, com transtornos psicossomáticos ou com a presença de componentes hipocondríacos. 
A frequência desses conteúdos tende a ser baixa, salvo em determinados momentos vitais em que o 
corpo e suas alterações ou mudanças fisiológicas adquirem uma grande importância (puberdade, 
gravidez ou enfermidades orgânicas). 
 
Conteúdos Humanos: 
H=0 Pode tratar-se de uma misantropia, aversão às pessoas, uma não aceitação do ser humano tal 
como ele é. A figura humana pode ter sido incorporada de forma negativa que constitui fonte de 
ansiedade e de pouco contato. Próprio de pessoas mais frias e que têm uma abordagem mais seca e 
objetiva da realidade. Traduz pouca percepção de si e do outro, inexistência de relações de 
intimidade interpessoal, bem como dificuldades de auto-aceitação, reflexão e introspecção. 
 
H > Hd + (Hd) + (H) auto-imagem e percepção do outro baseadas em experiências reais, facilitando 
o processo de adaptação e bem estar nas relações interpessoais. 
 
H < Hd + (Hd) + (H) auto-imagem e percepção do outro distorcidas e baseadas em fantasias, o que 
dificulta as relações sociais, provoca mal-estar e desconforto nas interações interpessoais. 
Capacidade limitada de se perceber e perceber o outro. 
 
(H) + (Hd) : (A) + (Ad) espera-se uma quantidade muito baixa desses conteúdos (total ≤ 3) e ao 
mesmo tempo que os humanos sobrenaturais sejam mais que os para-animais. Estes conteúdos 
denunciam que a pessoa pode estar interpretando mal o seu meio ambiente e sua auto-imagem. Ao 
prevalecer os para-animais este problema torna-se mais intenso. 
 
H + A : Hd + Ad = H + (H) + A + (A) : Hd + (Hd) + Ad + (Ad), a relação é entre os inteiros e os 
parciais. Espera-se o predomínio dos inteiros, numa proporção mínima de 3 inteiros para cada 
parcial (3:1). Quando o lado direito aparece aumentado trata-se de uma pessoa retraída e que 
percebe com suscetibilidade o meio humano, tendo uma perspectiva distorcida de si mesmo e do 
seu meio social e com uma tendência a apresentar marcados componentes paranóicos. 
 
Hd > todos os outros conteúdos humanos: Dificuldade de ver o ser humano íntegro em decorrência 
de perturbações emocionais. É comum em pessoas que se atêm em minúncias e não conseguem 
perceber com clareza as qualidades e os defeitos que coexistem no ser humano (supervalorizam 
apenas as qualidades ou apenas os defeitos). Pode estar relacionado a tendências hipocondríacas 
bem como a impulsos agressivos contra o outro. No caso dos impulsos agressivos as imagens 
produzidas se referem a sujeitos mutilados como “Vejo uma pessoa, mas sem as pernas”. 
 
(H) > todos os outros conteúdos humanos: Denotam atitudes mais infantis e lúdicas bem como 
imaturidade afetiva. As relações interpessoais costumam ser mais receosas, cautelosas e 
controladoras. Afinal, trata-se de figuras humanas disfarçadas, descaracterizadas e principalmente 
imprevisíveis. O (H) corresponde à não autenticidade do humano. Para Kuhn (1992) as percepções 
de pessoas mascaradas, fantasiadas ou travestidas podem ser encontradas em sujeitos muito 
ambivalentes que, por exemplo, podem sentir-se atraídos pela pessoa física e os caracteres 
exteriores, mas repelidas pela personalidade interior, pois não podem dominar suas agressões em 
face do objeto amado. Essas respostas também podem indicar que esses sujeitos não se sentem bem 
no que eles fazem. Além da vaidade evidente, que é sem dúvida o sinal de relações afetivas 
defeituosas, essas interações de seres humanos fantasiados, manifestam as relações interpessoais 
lúdicas, superficiais, fúteis, irônicas ou hostis. 
 
7. RELAÇÃO INTERPESSOAL 
Este conjunto de variáveis permite inferir sobre como a pessoa se relaciona com os outros, 
particularmente com respeito ao nível de interação e a maneira estabelece os vínculos interpessoais. 
Estes dados identificam se a pessoa é capaz de se interessar e envolver com o outro, de confiar e 
sentir segurança interpessoal, de ter uma relação equilibrada entre cooperação e consentimento, 
entre competitividade e assertividade, bem como de ter estabilidade e empatia. 
 
Conteúdos Humanos: 
 
H=0 Pode tratar-se de uma misantropia, aversão às pessoas, uma não aceitação do ser humano tal 
como ele é. A figura humana pode ter sido incorporada de forma negativa que constitui fonte de 
ansiedade e de pouco contato. Próprio de pessoas mais frias e que têm uma abordagem mais seca e 
objetiva da realidade. Traduz pouca percepção de si e do outro, inexistência de relações de 
intimidade interpessoal, bem como dificuldades de auto-aceitação, reflexão e introspecção. 
 
H > Hd + (Hd) + (H) auto-imagem e percepção do outro baseadas em experiências reais, facilitando 
o processode adaptação e bem estar nas relações interpessoais. 
 
H < Hd + (Hd) + (H) auto-imagem e percepção do outro distorcidas e baseadas em fantasias, o que 
dificulta as relações sociais, provoca mal-estar e desconforto nas interações interpessoais. 
Capacidade limitada de se perceber e perceber o outro. 
 
(H) + (Hd) : (A) + (Ad) espera-se uma quantidade muito baixa desses conteúdos (total ≤ 3) e ao 
mesmo tempo que os humanos sobrenaturais sejam mais que os para-animais. Estes conteúdos 
denunciam que a pessoa pode estar interpretando mal o seu meio ambiente e sua auto-imagem. Ao 
prevalecer os para-animais este problema torna-se mais intenso. 
 
H + A : Hd + Ad = H + (H) + A + (A) : Hd + (Hd) + Ad + (Ad), a relação é entre os inteiros e os 
parciais. Espera-se o predomínio dos inteiros, numa proporção mínima de 3 inteiros para cada 
parcial (3:1). Quando o lado direito aparece aumentado trata-se de uma pessoa retraída e que 
percebe com suscetibilidade o meio humano, tendo uma perspectiva distorcida de si mesmo e do 
seu meio social e com uma tendência a apresentar marcados componentes paranóicos. 
 
Hd > todos os outros conteúdos humanos: Dificuldade de ver o ser humano íntegro em decorrência 
de perturbações emocionais. É comum em pessoas que se atêm em minúcias e não conseguem 
perceber com clareza as qualidades e os defeitos que coexistem no ser humano (supervalorizam 
apenas as qualidades ou apenas os defeitos). Pode estar relacionado a tendências hipocondríacas 
bem como a impulsos agressivos contra o outro. No caso dos impulsos agressivos as imagens 
produzidas se referem a sujeitos mutilados como “Vejo uma pessoa, mas sem as pernas”. 
 
(H) > todos os outros conteúdos humanos: Denotam atitudes mais infantis e lúdicas bem como 
imaturidade afetiva. As relações interpessoais costumam ser mais receosas, cautelosas e 
controladoras. Afinal, trata-se de figuras humanas disfarçadas, descaracterizadas e principalmente 
imprevisíveis. O (H) corresponde à não autenticidade do humano. Para Kuhn (1992) as percepções 
de pessoas mascaradas, fantasiadas ou travestidas podem ser encontradas em sujeitos muito 
ambivalentes que, por exemplo, podem sentir-se atraídos pela pessoa física e os caracteres 
exteriores, mas repelidas pela personalidade interior, pois não podem dominar suas agressões em 
face do objeto amado. Essas respostas também podem indicar que esses sujeitos não se sentem bem 
no que eles fazem. Além da vaidade evidente, que é sem dúvida o sinal de relações afetivas 
defeituosas, essas interações de seres humanos fantasiados, manifestam as relações interpessoais 
lúdicas, superficiais, fúteis, irônicas ou hostis. 
 
Índice de isolamento: 2Na + Bt + Ls + 2Cl + Ge / R 
<0,26 tendência ao isolamento e retraimento social. São pessoas menos envolvidas do que o 
habitual nas interações sociais. 
>0,36 pessoas socialmente isoladas, sem contatos e trocas significativas com seus semelhantes. Esta 
situação se agrava se COP=0 e Afr < 0,45. 
 
Textura: interesse em tocar ou se aproximar de alguém. Tendência a desfrutar da proximidade física 
e/ou emocional com o outro, como também tende a precisar dela, desejá-la e procurar obtê-la. 
T=1 indica capacidade de estabelecer relações próximas, íntimas e de apoio mútuo. 
T=0 + H<2 + Afr < 0,45 + Isolamento > 0,36 comprometimento grave na base da capacidade de 
formar vínculos com os outros. Os relacionamentos tendem a ser mais distantes, sem muita 
intimidade pessoal e demonstração de afeto. 
T>1 indivíduo que precisa de intimidade mais do que a maioria das pessoas. São mais carentes e 
têm fome de afeto. Geralmente são pessoas que buscam desesperadamente relacionamentos íntimos 
podendo chegar a comportamentos promíscuos (T puro). Também está relacionado a depressões 
reativas por perdas reais ou fantasiosas de vínculos significativos. 
 
COP ≥ 2 supõe atitudes acolhedoras, cooperativas, amáveis e simpáticas nas relações. Representa a 
tendência a estabelecer vínculos agradáveis e positivos. É um sinal de prognóstico favorável e deve 
ser interpretado junto com AG. 
 
AG ≥ 2 tendência a manter atitudes hostis, beligerantes, em relação aos demais e ao meio, tanto 
verbais quanto não verbais. Pessoas que muitas vezes agridem porque percebem o meio hostil e 
usam este mecanismo como uma estratégia defensiva. 
AG ≤ 2 assinala características de personalidade tais como ser competitivo e assertivo. 
COP=0 e AG=0 próprio de pessoas distantes e desafeiçoadas e se T = 0 o quadro é mais intenso. 
COP > AG próprio de examinandos que percebem atitudes positivas nas interações interpessoais e 
está disposto a delas participar, embora também registre as interações negativas. São pessoas que 
procuram interações harmônicas e ao mesmo tempo são assertivas e competitivas. 
 
Fd (Alimento) > 0: comum em pessoas que apresentam condutas de dependência e concebem com 
uma certa ingenuidade as suas relações interpessoais, esperando que os outros atendam suas 
demandas e procurem solucionar os seus problemas. 
 
a:p somente se p>a+1 indica uma tendência à submissão e subserviência em relação ao outro que é 
prejudicial à adaptação. Passividade e inclinação a subordinar suas necessidades aos desejos dos 
outros, a agir para satisfazer as demandas dos outros. Deixa os outros, de quem depende, conduzir 
sua vida. Evita tomar decisões e ter iniciativa eximindo-se das responsabilidades. 
 
HVI (voltar ao item processamento): só para relembrar este dado representa um contínuo estado de 
alerta, que se traduz em uma atitude negativa e desconfiada em relação ao meio que interfere 
diretamente nas relações interpessoais. A pessoa sente-se vulnerável nos contatos próximos e, em 
consequência, age de maneira cautelosa, reservada e distante. Mostra-se excepcionalmente atenta a 
fontes potenciais de perigo ou ameaça no ambiente, o que a torna incapaz de confiar nas motivações 
do outro. Está preocupada com sua auto-proteção. 
 
CDI (voltar ao item controle do estresse): trata-se de uma personalidade imatura com déficit para 
tudo o que seja relacional. Como tende a ter problemas na interação com os que a rodeiam, costuma 
estabelecer relações interpessoais mais superficiais e pouco duradouras. Pode parecer, 
frequentemente, mais distante e inapta, frágil ou menos sensível às necessidades e interesse do outro. 
Sua falta de habilidade a torna mais vulnerável à rejeição por parte das pessoas com quem se 
relaciona. O pouco êxito com as pessoas, após algum tempo, produz fortes sentimentos de 
desvalorização ou baixa auto-estima que facilita a presença de depressões, que são secundárias à 
repetida comprovação da própria ineficácia. 
 
Obs.: características de pessoas passivo-dependentes 
p>a+1 
T>1 
Fd ≥1 
P≥8 
V>1 
Egocentrismos<0,33 
 
8. CONTROLE, TOLERÂNCIA E MANEJO DE ESTRESSE 
Tomar decisões e resolver problemas constitui uma constante na vida de qualquer pessoa. Essas 
decisões e soluções derivam tanto de eventos internos (pensamentos, valores e sentimentos), quanto 
de eventos externos (pressões, obrigações, coisas que os outros dizem ou fazem). De qualquer 
forma tudo isso constitui um estresse, e não conseguir atender as demandas da vida (interna e 
externa) de modo satisfatório torna-se um fracasso no manejo e controle do estresse que implica em 
consequências prejudiciais à adaptação. 
 
EA: é a soma de todos os recursos eficientes que a pessoa desenvolve ao longo de sua vida para 
lidar com a experiência; quer seja uma maneira reflexiva e contemplativa (M) ou de uma maneira 
emocionalmente expressiva (WsumC). Quanto maior for essa soma, maior será o volume de 
recursos e estratégias eficientes para tomar decisões e solucionar problemas, maior será a suacompetência para atingir suas metas e objetivos e maior será a sua capacidade adaptativa. Ou seja, 
mais recursos disponíveis para organizar e dirigir suas condutas e para enfrentar eventuais aumentos 
de desconforto. Isto desde que seus componentes (M e WsumC) permaneçam em equilíbrio. 
 
Observação: Essa soma alta (≥6) em introversivos puros (6M:0WsumC) e em extratensivos puros 
(0M:6WSumC) não tem as mesmas implicações positivas, pois o desequilíbrio entre a capacidade 
de refletir sobre suas experiências (M) e processar os seus afetos (Cor) compromete uma boa 
adaptação ao meio. Essa soma baixa (M<2 + WsumC ≤2) indica capacidade limitada de lidar com 
as situações pensando sobre elas e de vivenciar e expressar as emoções (esse é o COARTADO), ou 
então o sujeito optou por não se expor, sendo muito reservado, cauteloso, distante e simplista em 
suas avaliações por medo ou insegurança de se comprometer. 
 
es: é a soma de todas as tensões subjetivamente sentidas. Estas tensões estão fora do controle 
consciente do indivíduo e constituem um estresse imposto pelo mundo externo que deve ser 
administrado. Quanto maior for esta soma mais sobrecarregada estará a pessoa e menor será a 
possibilidade de iniciar condutas orientadas para recuperar o equilíbrio. 
 
Observação: o Y e o m normalmente surgem diante de situações estressantes atuais como conflitos 
no trabalho, demandas sociais, avaliações, assaltos... Portanto, se o es está elevado em função 
dessas estruturas (m>1 e Y>1) pode ser que o estresse da pessoa seja situacional, reativo, logo é 
sinal de que é passageiro e não uma forma habitual ou crônica de lidar com as situações da vida 
diária. 
 
EA<es: Sofrem uma vulnerabilidade cronica de apresentar dificuldades diante das múltiplas tensões 
da vida cotidiana. Funcionam melhor nos meios bem-estruturados, rotineiros e livres de 
ambiguidade. 
 
Nota D=0 (quando EA-es = fica entre -2,5 a +2,5) 
Geralmente trata-se de uma pessoa satisfeita, estável, que tem capacidade de tolerar frustrações e 
persiste frente aos obstáculos. Normalmente é capaz, como a maioria, de controlar o seu 
comportamento evitando episódios extremamente emocionais ou ações precipitadas. Estes são os 
resultados esperados quando o indivíduo está funcionando relativamente bem. 
 
Nota D≥+1 (olhar tabela) – EA-es > +2,5 
A pessoa apresenta um bom nível de tolerância ao estresse e uma capacidade notável de permanecer 
calma e equilibrada independente do que esteja acontecendo. Trata-se de um sujeito tipicamente 
inabalável cuja presença é bem vinda em situações de emergência ou crise, pois não perdem o 
controle quando a maioria das pessoas perderia. Na pior das hipóteses ignoram ou minimizam as 
implicações de acontecimentos que deveriam chamar sua atenção e provocar alguma preocupação 
ou deixam de captar sinais sutis de tensões interpessoais. 
 
Quando a pessoa apresenta algum transtorno psicológico a Nota D≥0 constitui desvantagens, ou 
seja é ruim. Porque a pessoa se sente satisfeita e estável mesmo problemática, mostrando-se 
resistente a qualquer mudança desejável em seu comportamento, ou sua personalidade, para que 
possa melhorar a sua convivência consigo mesma, com o outro e com o grupo em que está inserida. 
Em caso de distúrbios graves quanto maior for o EA menor será a sua motivação para a psicoterapia 
ou para receber qualquer ajuda. Neste caso a pessoa sente-se estável mesmo com o seu 
comportamento desadaptativo como rituais compulsivos, atuações psicopáticas ou condutas 
esquizóides ou esquizofrênicas. Estes comportamentos evitam entrar em contato com vivências de 
fragilidade, de desamparo e desconforto. O ideal seria que o estresse estivesse alto em qualquer tipo 
de transtorno psíquico, pois se supõe que ao ver resolvido o problema a pessoa poderá recuperar a 
direção do seu comportamento. 
 
Nota D≤ -1 ( de -1 a 0 é comum em crianças e adolescentes até 16 anos) 
(olhar tabela) – EA – es < -2,5 : São pessoas mais ansiosas, tensas, nervosas e irritáveis, estando 
geralmente associadas à baixa resistência, frustração e tendência à impulsividade. Suscetibilidade a 
perdas de controle episódicas, indesejáveis e desagradáveis. São pessoas de cabeça quente demais 
para pensar com clareza. Quanto mais negativa a nota mais agitadas e perturbadas elas são. A 
própria pessoa não se sente satisfeita consigo mesma. Quase sempre estão motivadas para mudanças 
e receptivas a intervenções voltadas para a redução do estresse. 
 
D ajustada = 0 
Estamos diante de uma pessoa que tem a sua disposição menos recursos dos requeridos para 
enfrentar seus disparadores internos de intenção. Esses indivíduos estão sobrecarregados, ou seja, 
recebem mais estimulação irritativas que seus recursos permitem para gerar respostas destinadas a 
enfrentar e recuperar a homeostase. 
 
D ajustada de sinal - pode ser: 
1- Um continuo deficit de desenvolvimento, que acaba produzindo um indivíduo imaturo, cuja 
história se nota numerosos acontecimentos desastrosos ou cujo padrões de funcionamento carecem 
de efetividade e boa adaptação. 
2- Núcleos de Patologia. 
 
D ajustada de sinal negativo em crianças 
É comum nas crianças, pois nelas esta situação é o produto de um desenvolvimento ainda 
incompleto e limitado, de uma falta de maturidade própria desses estágios cronológicos. Em uma 
criança este dado não reflete maiores problemas, em primeiro lugar porque habitualmente elas não 
tem que manejar situações muito complexas, nem tomar decisões transcedentes; em segundo lugar, 
porque ainda no caso da criança se desorganizar ou entrar momentaneamente em uma situação 
caótica as consequências seriam quase sempre muito menos graves do que no caso de um adulto. 
Ainda assim, existem níveis qualitativos importantes que devem ser levados em conta, e quando 
mais se afaste a D ajustada do intervalo zero, mais errática, caótica e impulsiva será a conduta dessa 
criança, de modo que embora o habitual seja encontrar nas etapas infantis pontuações ao redor de -1, 
a resença de -3 ou -4 assinalaria sempre níveis excessivos de sobrecarga, que põem em perigo a 
estabilidade psíquica do indivíduo. 
 
D ajustada > 0 
O indivíduo possui na atualidade boa capacidade de controle e tolerância do estresse. 
 
D ajustada >0 em crianças 
Estamos diante de um sinal de hipermaturidade. Trata-se do prematuro estabelecimento de 
controles que, para esse nível evolutivo, são excessivos e cujo resultado pode ser um endurecimento 
do comportamento ou um excessivo distanciamento das experiências próprias de uma determinada 
etapa de desenvolvimento. Com isso, o indivíduo pode estar perdendo possibilidades de ampliar a 
sensibilidade e a consciência diante do que o rodeia e e alcançar um desenvolvimento completo e 
harmônico. 
 
Falsa capacidade de controle e manejo do estresse: 
1 - Quando EA<3,0 e es<3,0 o resultado pode ser aparentemente satisfatório (EA>es e Nota D=0). 
Neste caso, observa-se de um estilo de vida encolhido (COARTADO), que evita a consciência de 
pensamentos e afetos perturbadores, que evita circunstâncias novas e desafiadoras que possam 
impor pressões psicológicas. O equilíbrio é mantido devido a uma vida restrita e de esquiva. Este 
tipo de proteção é frágil e a estabilidade é precária. Quando as circunstâncias mudam 
repentinamente sobrecarregam-se e estressam facilmente. 
 
2 - Quando os componentes do EA são quase todos negativos (M-, FC-, CF- e C-). Neste caso, 
mesmo que o EA seja alto o comportamento tenderá a ser desajustado e pouco eficaz. 
 
3 - CDI: É sinal de que o examinando terá dificuldade no manejo de muitas situações, pois suas 
vivências de desamparo são mais intensas do que o habitual, provocando comportamentos muito

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