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LOGÍSTICA APLICADA NA AVICULTURA

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LOGÍSTICA APLICADA NA AVICULTURA
Resumo 
Todo o ciclo de produção desde a criação das galinhas poedeiras, sua alimentação, até a entrega dos pintainhos de 1 (um) dia, seguem regras bastante rígidas de horários e prazos. “A logística foi fundamental para o desenvolvimento da avicultura brasileira e continua sendo condição de crescimento para o setor. As atividades logísticas são fundamentais para o dinamismo da produção de frango de corte, contribuindo para o alcance dos atributos da qualidade do produto final, exigida pelo mercado consumidor. A logística da cadeia produtiva da carne de frango insere-se em um contexto de fazer com que o produto chegue no local certo, na hora certa, nas condições necessárias e a um preço justo. O processo envolve atividades relacionadas a transporte, armazenagem, manuseio e separação de produtos, vai desde a origem até o consumidor final. Dentre os diversos desafios enfrentados pela cadeia da carne, a logística se apresenta como fator importante em relação às perdas, nas diversas etapas da cadeia de suprimentos. 
Palavra-chave: Avicultura. Logística. Produção
Resumo Expandido 
Todo o ciclo de produção desde a criação das galinhas poedeiras, sua alimentação, até a entrega dos pintainhos de 1 (um) dia, seguem regras bastante rígidas de horários e prazos. Conforme afirmam Bowersox e Closs (2001) “as estruturas do ciclo de atividades vinculam as funções e o trabalho básico necessário para completar as operações, desde o pedido até a entrega física”. Pozo (2002) diz que a abordagem logística tem como função: 
Estudar a maneira como a administração pode aperfeiçoar os recursos de suprimento, estoques e distribuição dos produtos e serviços com que a organização se apresenta ao mercado por meio de planejamento, organização e controle efetivo de suas atividades correlatas, flexibilizando os fluxos dos produtos.
Trabalhar a logística nas organizações segundo Ballou (1993) “pode trazer melhores níveis de rentabilidade nos serviços”. Segundo o autor, isso pode ser conseguido se for feito o planejamento, a organização e o controle das atividades de movimentação e armazenagem dos produtos. Luz (2001), falando sobre a globalização mundial, diz que “o aumento da demanda dos clientes por níveis de serviços cada vez mais elevados leva as organizações a efetuarem suas operações com maior eficiência e eficácia.” Para atingir estes objetivos as empresas se valem de uma nova visão empresarial que é a logística. 
“A logística foi fundamental para o desenvolvimento da avicultura brasileira e continua sendo condição de crescimento para o setor. A cadeia de produção avícola no Brasil é a mais eficiente entre as cadeias produtivas de carnes. Contudo, apresenta problemas similares em suas operações logísticas, quando comparada com as demais cadeias. As atividades logísticas são fundamentais para o dinamismo da produção de frango de corte, contribuindo para o alcance dos atributos da qualidade do produto final, exigida pelo mercado consumidor.
Menchick (2004) afirma que “o modelo logístico do Brasil está essencialmente e excessivamente focado no modal rodoviário, representando até 65% de todo o volume transportado, além de ser o segundo modal mais caro, perdendo somente para o aéreo.” Observa-se que na empresa estudada, o transporte dos produtos é feito, em grande maioria, pela via rodoviária, e este fator é agravado pelas condições precárias das estradas no país. 
Barreto e Lopes (2005) dizem ainda que “Investimento, flexibilidade, adaptação, estratégia, comunicação e aperfeiçoamento continuado são algumas das atitudes atuais pertinentes pelos gestores nas empresas, objetivando agregar valor aos seus produtos, serviços e à própria organização.” Eles buscam essa valorização na implementação de ferramentas administrativas que possam aumentar seus lucros e agilizar o processo produtivo.
A logística da cadeia produtiva da carne de frango insere-se em um contexto de fazer com que o produto chegue no local certo, na hora certa, nas condições necessárias e a um preço justo. O processo envolve atividades relacionadas a transporte, armazenagem, manuseio e separação de produtos, vai desde a origem até o consumidor final. Trata-se, entretanto, de um trabalho difícil em um país onde o meio de transporte mais utilizado é o rodoviário e o mesmo nem sempre está em condições mínimas de uso afetando, desta forma, o processo de gestão do sistema produtivo.
De acordo com Luce e Karsten (1992) apud Souza (1999) o sistema de produção de frangos de corte se divide nas seguintes etapas: seleção genética, criação de matrizes avós, criação de matrizes pais, engorda, rações e medicamentos, abate e distribuição. Quanto aos aspectos logísticos da cadeia da carne de frango, segundo o modelo de Pereira e Csillag (2003), as empresas atuam como uma grande integradora de maior parte das operações à jusante da cadeia de suprimentos, assim a mesma é verticalmente integrada garantindo qualidade, sanidade e produtividade.
Dentre os diversos desafios enfrentados pela cadeia da carne, a logística se apresenta como fator importante em relação às perdas, nas diversas etapas da cadeia de suprimentos. A lacuna existente nos estudos sobre logística voltados à visão sistêmica das cadeias produtivas (PEREZ et al., 2009), se apresenta como uma oportunidade para buscar soluções viáveis à cadeia como um todo. Destacam as questões relacionadas a falta de capacidade de armazenamento de insumos para a produção, a rotatividade da produção (tempo de alojamento), a remoção e aproveitamento de cama de aviário, o manejo e a movimentação das aves durante a criação, e a apanha e o transporte até o frigorífico. 
Por meio da parceria entre produtor e indústria e a economia de escala, o setor avícola busca obter alta eficiência. Contudo isto implica em alta concentração de recursos em espaços limitados, bem como a localização de incubatórios, fábrica de rações, granjas e frigoríficos com distancias próximas (OVIEDO-RONDÓN, 2008). 
Na cadeia de suprimentos dos alimentos, a logística se torna ainda mais rigorosa, em particular a cadeia do frango, a logística pré-porteira possibilita o abastecimento da granja durante o ciclo de produção e a pós-porteira, se preocupa com o bem-estar animal durante o período pré-abate.
 A diferenciação da qualidade da carne se inicia no primeiro estágio de fornecimento de insumos, depende da alimentação, das condições do animal na fase de criação e produção (reprodução, crescimento e terminação), e também pode ser influenciada pelo transporte dos animais e as condições do frigorífico (TRIENEKENS et al., 2013).
Neste contexto, para cada elo da cadeia produtiva do frango de corte, deve-se observar as atividades logísticas de suporte à produção, no intuito de alcançar os atributos da qualidade extrínsecos e intrínsecos da cadeia de suprimentos.
Os desafios da avicultura e do agronegócio brasileiro como um todo são enormes. Somente quem convive no dia a dia sabe da falta de condições destas rodovias para escoar a produção de forma competitiva. Boa parte ainda é da época da pedra”. A multimodalidade é fundamental para escoamento da produção com qualidade e bons custos, levando-se em conta as dimensões do país e as distâncias entre os centros produtores de commodites, consumidores e os portos exportadores.“Uma matriz de transporte mais equilibrada e eficiente é o único caminho para a sustentabilidade da avicultura e de todo agronegócio brasileiro”.Competição acirrada, qualidade e preços dos produtos cada vez mais equilibrados demandam atenção redobrada por parte das empresas.“O diferencial está na logística com atendimento do produto certo, no lugar certo e na hora certa, com toda qualidade que o cliente espera. Para vender nossos produtos eles precisam estar disponíveis, por que ninguém vai ao mercado esperar nosso produto chegar”. (Celso Cappellaro, 2015.)
Segundo Barro (1985) os avanços tecnológicos incorporados aos equipamentos de incubação e de produção nas granjas e ovos, aliados à preocupação com a qualidade,fazem deste segmento um dos suportes básicos do desenvolvimento da avicultura brasileira. Esta visão esta presente entre os empresários do segmento de equipamentos destinados à produção avícola. Os avanços tecnológicos na criação de frangos têm acontecido desde o design de novas peças (comedouros, bebedouros.) até o desenvolvimento de novos conceitos e alternativas de ferramentas de gestão e controle gerencial. A ideia é obter o potencial genético máximo das aves, com custos cada vez mais reduzidos, seja pela eliminação do desperdício ou pela redução da mão-de-obra. Além dos avanços conseguidos com materiais e design de peças, a automatização dos controles tem tido papel fundamental no aperfeiçoamento da tecnologia.
Verifica-se que para o dinamismo dessa cadeia é necessário que a integração da logística com relação ao PCP (Planejamento e Controle da Produção) seja um fator determinante na busca de maior competitividade, qualidade, produtividade e lucros.
O uso de programas de qualidade permite a construção de uma imagem de segurança alimentar, principalmente para essas duas empresas que são exportadoras. E também o aumento da procura do consumidor brasileiro pela carne de frango gerou uma maior exigência deste em relação ao produto adquirido verificando-se, portanto, que na medida em que as duas empresas buscam atender a essas exigências elas se tornam mais competitivas perante o mercado. Dessa forma a gestão logística integrada ao PCP (Planejamento e Controle da Produção) trabalha no sentido de gerar maior eficiência para a produtividade das duas empresas. As duas empresas procuram na gestão logística um diferencial de desempenho, pois além da gestão da qualidade que para a cadeia em questão é um fator crucial as empresas buscam alternativas para o aumento de atuação no mercado. É importante para essas empresas que a gestão logística se integre da melhor forma possível ao PCP, pois dessa forma pode garantir uma redução de custos (menos perdas de aves e menores gastos no transporte) além de garantir um fluxo correto da produção e maior qualidade para a carne que será vendida. Logo, com todos esses fatores verifica-se que muitas vezes a capacidade produtiva não acompanha o aumento da demanda, sendo que isso gera atraso nas entregas e menor lucratividade, sendo assim, um bom gerenciamento logístico pode ser um fator extra na busca de maior lucratividade, vantagens competitivas e redução de custo.
Considerações
A logística é de fundamental importância para futuros investimentos e em avanços tecnológicos nos maquinários usados nas granjas pois a logística está englobada no atendimento das exigências dos consumidores quanto a qualidade e a segurança alimentar, investimentos nas atividades de armazenamento de insumos, remoção de resíduos, movimentação e apanha das aves, transporte, ambiência e bem-estar animal devem ser realizados. Investimentos no sentido mais amplo da palavra, podendo ser desde treinamentos para funcionários até aplicação de novos equipamentos tecnológicos oferecidos pelos fornecedores de máquinas e implementos agrícolas.
Referencias
BALLOU, R. H. Logística empresarial. São Paulo: Editora Atlas S.A. , 1993. p.17 
BARRETO, J. M. e LOPES, L. F. D. Análise de falhas no processo logístico devido a falta de um controle de qualidade. Universidade Federal de Santa Maria. Publicado na revista Produção on line em 02/ 07/2005 e pesquisado no site www.producaoonline.inf.br/artigos/pdf/ 183_2005.pdf acessado em 30/08/2005.
BOWERSOX, D. J. e CLOSS, D. J. Logística empresarial O processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Editora Atlas, 2001. p.23-40-42-43
CELSO CAPPELLARO. Em palestra no XVI Simpósio Brasil Sul de Avicultura), o MBA em Gestão Empresarial abordará “Logística e seu impacto na avicultora brasileira”, http://www.avisite.com.br/simposiobrasilsuldeavicultura2015/sbsa-sustentabilidade-da-avicultura-depende-de-logistica-eficiente-aponta-celso-cappellaro/ acessado em 19 nov 2017.
LUZ, N. F Desenvolvimento regional e logística. Publicado em 20/ 10/2004 no site http://www.ibralog.org.br/ler_artigo.php?cod=7 e acessado em 04/092005 
MENCHIK, C. R. A nova fase da logística no Brasil. Publicado em 24/ 11/2004 no site http://www.ibralog.org.br/ler_artigo.php?cod=33 e acessado em 04/09/05
OVIEDO-RONDÓN, E.O. Tecnologias para mitigar o impacto ambiental da produção de frango de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 37, suplem. especial, p. 239-252, 2008.
PEREIRA, S. C. F; CSILLAG, J. M. Gestão da Cadeia de Suprimentos: A Experiência de uma Cadeia de Suprimentos de Carne e Produtos Industrializados de Frango no Brasil. Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, 2003. Disponível em: < http://www.fgvsp.br/iberoamerican/Papers/0386_Ibero%20American%20-%20SCM_Pereira%20&%20Csillag.pdf >. Acesso em: 10 jun. 2005.
PEREZ, C., CASTRO, R., FURNOLS, M.F. The pork industry: a supply chain perspective. British Food Journal, v. 111, p. 257-274, 2009.
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais. Uma abordagem logística. 2ª edição. São Paulo: Editora Atlas, 2002. p.13
SOUZA, J.P. As Estratégias Competitivas da Indústria brasileira de Carnes: A Ótica do Consumidor. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 1999.
TRIENEKENS, J.; WOGNUM, N. Requirements of Supply Chain Management in differentiating European pork chains. Meat Science, v. 95, p. 719-726, 2013.
Thalys Henrique Sardinha Mendes – ThalysMendes@hotmail.com
Lucas Roberto de Carvalho - Mestre
Núcleo de Iniciação Científica e Extensão FMB

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