Buscar

Tecnologia da Informação Aplicada à Logística

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Logística 
Francisco de Assis Maciel dos Santos 
 
 
 
 
2013 
Tecnologia da Informação 
Aplicada à Logística 
 
 
 
 
 
 
 
Presidenta da República 
Dilma Vana Rousseff 
 
Vice-presidente da República 
Michel Temer 
 
Ministro da Educação 
Aloizio Mercadante Oliva 
 
Secretário de Educação Profissional e 
Tecnológica 
Marco Antônio de Oliveira 
 
Diretor de Integração das Redes 
Marcelo Machado Feres 
 
Coordenação Geral de Fortalecimento 
Carlos Artur de Carvalho Arêas 
 
 
Governador do Estado de Pernambuco 
Eduardo Henrique Accioly Campos 
 
Vice-governador do Estado de Pernambuco 
João Soares Lyra Neto 
 
Secretário de Educação 
José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira 
 
Secretário Executivo de Educação Profissional 
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 
 
Gerente Geral de Educação Profissional 
Luciane Alves Santos Pulça 
 
Gestor de Educação a Distância 
George Bento Catunda 
 
 
 
Coordenação do Curso 
Maria Helena Cavalcanti 
 
Coordenação de Design Instrucional 
Diogo Galvão 
 
Revisão de Língua Portuguesa 
Eliane Azevedo 
 
Diagramação 
Roberta Cursino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3 
1. COMPETÊNCIA 01 | CONHECER A IMPORTÂNCIA E OS RECURSOS DA TECNOLOGIA DA 
INFORMAÇÃO PARA UMA ORGANIZAÇÃO............................................................................... 4 
1.1 Conceitos de Sistemas ............................................................. 4 
1.1.1 Funções Básicas do Processamento ...................................... 4 
1.1.2 Teoria Geral dos Sistemas .................................................... 4 
1.1.3 O que é um Sistema de Informação? .................................... 5 
1.1.4 Evolução da Tecnologia da Informação nas Organizações .... 8 
1.1.5 Como Informatizar uma Empresa? ..................................... 10 
2. COMPETÊNCIA 02 | CONHECER SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL CORPORATIVO
 ................................................................................................................................................ 12 
2.1 Soluções de Tecnologia da Informação Aplicada à Logística .. 12 
2.2 Os Benefícios e Usos dos Sistemas de Informação ................ 17 
2.3 Gestão da Tecnologia da Informação .................................... 18 
3. COMPETÊNCIA 03 I CONHECER SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ESPECÍFICOS DA ATIVIDADE 
LOGÍSTICA ............................................................................................................................... 19 
3.1 Conhecendo o Sistema ERP ................................................... 20 
3.2 O que é o Sistema WMS? ...................................................... 22 
3.3 Aprendendo sobre o Código de Barras .................................. 28 
3.4 Sistemas de Rastreamento GIS e GPS .................................... 31 
3.5 O que é RFID? ........................................................................ 34 
3.6 O que é CRM em Logística? ................................................... 38 
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 40 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 41 
 
 
Sumário 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
INTRODUÇÃO 
Admirado mundo novo da Tecnologia da Informação 
Olá aluno, tudo bem? 
Você sabe o que são sistemas de informação? Seja qual for a sua resposta, 
certamente você tem e terá curiosidade de conhecer ainda mais esse 
“admirado mundo novo das Tecnologias da Informação”. Você sabia que 
muitas das suas ações hoje, são possíveis de serem rastreadas? Quer um bom 
exemplo? O seu celular é capaz de informar em que localidade você se 
encontra nesse exato momento. Fora isso, o acesso a caixas eletrônicos de 
bancos, redes de supermercados e magazines também poderão registrar sua 
compra e automaticamente informar até a hora em que foi realizada a 
mesma. O mundo não é mais o mesmo e os Sistemas de Informação vieram 
com uma nova proposta de ajudar e também melhorar a vida das pessoas. 
Hoje, ninguém consegue viver sem um celular ou uso de um cartão eletrônico 
(seja este cartão de crédito, de banco, vale alimentação, transportes e muitos 
outros); o simples uso desses cartões já é o suficiente para descrever uma 
possível rota que você tenha feito. Nos grandes centros urbanos, até mesmo 
os semáforos, já estão informatizados, capazes de serem controlados a longas 
distâncias. Além disso, as câmeras de trânsito e de ruas também já auxiliam 
no policiamento mais intensivo. Na sua opinião, você acha que isto é o 
suficiente? Pois bem, os Sistemas de Informações também estão dentro das 
empresas auxiliando cada vez mais os serviços, a produção e a entrega dos 
mesmos na sua casa, por exemplo. 
Ficou curioso? Então convido você a conhecer um pouco mais de Tecnologia 
da Informação Aplicada à Logística. 
Seja bem-vindo a mais uma disciplina do curso técnico em Logística! 
 
 
 4 
Logística 
 Competência 01 
1. COMPETÊNCIA 01 | CONHECER A IMPORTÂNCIA E OS RECURSOS 
DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA UMA ORGANIZAÇÃO 
1.1 Conceitos de Sistemas 
É um conjunto de elementos interconectados em que transformações 
ocorridas em uma das partes influenciarão todas as outras. Vindo do grego o 
termo "sistema" significa "combinar", "ajustar", "formar um conjunto". Os 
sistemas sempre aparecem estruturados em hierarquias. Um sistema 
consiste, geralmente, em componentes (ou elementos) que são ligados uns 
aos outros para facilitar o fluxo de informações podendo ser decomposto de 
sistemas menores denominados subsistemas. 
1.1.1 Funções Básicas do Processamento 
Entrada: Envolve a captação e a reunião de elementos que ingressam no 
sistema para serem processados. 
Processamento: Envolve a transformação dos insumos em produtos. 
Saída: É o resultado final do processo de transformação. A saída envolve a 
transferência de elementos produzidos por um processo de transformação 
até seu destino final. 
1.1.2 Teoria Geral dos Sistemas 
Surgiu com os trabalhos do biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy (Décadas 
de 30 e 40). 
A Teoria Geral de Sistemas não busca solucionar 
problemas ou tentar soluções práticas, mas sim produzir 
teorias e formulações conceituais que possam criar 
condições de aplicações na realidade empírica. O 
desempenho de qualquer componente depende do 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 01 
sistema em que se insere (O’ CONNOR, DERMONTT, 
1997). 
Para o autor Idalberto Chiavenato (2003 p.90), a teoria dos Sistemas pode ser 
conceituada como “um conjunto de elementos dinamicamente inter-
relacionados formando uma atividade para atingir um objetivo operando 
sobre dados para fornecer informação”. 
1.1.3 O que é um Sistema de Informação? 
É a expressão utilizada para descrever um sistema automatizado ou mesmo 
manual, que abrange pessoas, máquinas, e/ou métodos organizados para 
coletar, processar, transmitir e disseminar dados que representam 
informação para o usuário. Um Sistema de Informação pode ser então 
definido como todo sistema usado para prover informação (incluindo o seu 
processamento), qualquer que seja o uso feito dessa informação 
(PALMISIANO;ROSINI, 2003). Um Sistema de Informação possui vários 
elementos inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam earmazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e 
fornecem um mecanismo de feedback. 
São componentes de um sistema de informação: 
• Recursos de Hardware 
Máquinas e Mídias 
• Recursos de Software 
Programas e Procedimentos 
• Recursos de Dados 
Banco de Dados e Bases de Conhecimentos 
• Recursos de Redes 
Meios de Comunicação e Suporte de Rede 
 
 
 
 6 
Logística 
 Competência 01 
Para possibilitar a criação de eficientes sistemas de informação deve-se 
compreender, prioritariamente, os processos de negócio além dos recursos 
envolvidos em sua execução: pessoal, informações e tecnologias. 
Para uma melhor compreensão da tecnologia da informação, vejamos a frase 
do famoso estudioso Peter Drucker apud Palmisiano; ROSINI, 2003 p.56 “A 
tecnologia da informação tem sido até agora uma produtora de dados, em vez 
de informação, e muito menos uma produtora de novas e diferentes 
questões”. 
 
 
 
 
 
Figura 01 - Modelo de um sistema 
Fonte: o autor, 2012. 
 
Vamos agora conhecer as diferenças entre dados, informações e 
conhecimento. Preste bastante atenção às informações dispostas a seguir 
(SIQUEIRA, 2005, p.23). 
Dados 
• Os dados são os fatos em sua forma primária; 
• Qualquer tipo de material em formato desorganizado que, geralmente, 
não tem significado próprio isoladamente; 
• Os dados são fatos, imagens ou sons, por exemplo, que podem ou não 
ser pertinentes ou úteis para uma particular situação; 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 01 
• São elementos de informação. 
Informação 
• Forma final da transformação/processamento dos dados originais, em 
algo com valor e significado para o usuário; 
• A informação é o significado dos dados de forma tal que possam ser 
interpretados pelas pessoas; 
• Os dados se tornam informações quando são vistos dentro de um 
contexto e transmitem algum significado às pessoas; 
• Informação é o conjunto de dados coletados de forma a se tornarem 
aplicáveis a determinada situação. 
• Ao ser interpretado pelos usuários, os dados passam a possuir valor 
semântico, transmitindo informação e gerando conhecimento. 
Conhecimento 
• É a combinação de instintos, ideias, regras e procedimentos que guiam 
ações e decisões; 
• As pessoas usam conhecimento sobre como formatar, filtrar e sumariar 
dados como parte do processo de converter dados em informação útil 
para uma determinada situação. Elas interpretam esta informação, 
tomando decisões e executando ações. O resultado destas decisões e 
ações auxilia no acúmulo de conhecimento para uso em posteriores 
decisões. 
 
 
 
 8 
Logística 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 02 - Escala histórica do papel dos sistemas de informação 
Fonte: o autor, 2012. 
1.1.4 Evolução da Tecnologia da Informação nas Organizações 
Com o passar dos tempos, naturalmente a tecnologia da informação foi 
fortemente influenciada. Para fins didáticos, costuma-se dividir os momentos 
relativos à esta evolução em seis estágios conforme informações a seguir 
(PRIKLADNICKI, 2002). 
1. Iniciação: neste estágio o usuário é resistente ao uso da informática e 
seu envolvimento com a tecnologia é superficial. A organização 
encoraja o uso da informática e se preocupa com o aprendizado, mas 
poucas atividades são automatizadas; 
2. Contágio: começam a proliferar sistemas de informação informatizados 
que automatizam atividades antes desenvolvidas manualmente, sem, 
porém, se preocuparem com a integração das informações; 
3. Controle: o crescimento do uso de sistemas de informação na 
organização passa a ser explosivo sendo o usuário a força propulsora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 01 
Por isso, a organização passa a exigir melhor gestão dos recursos de 
informática; 
4. Integração: em resposta à pressão por melhor gestão, os sistemas de 
informação passam a ser orientados para atender às necessidades dos 
níveis gerenciais, as informações são de melhor qualidade e é exigida 
maior integração entre elas; 
5. Administração de Dados: os sistemas de informação começam a ser 
organizados em termos de sistemas que interessam à organização como 
um todo (chamados corporativos) e sistemas de uso setorial ou 
especializados havendo cuidado, em qualquer hipótese, com a correta 
administração dos dados, de modo a evitar redundâncias; 
6. Maturidade: a informação passa a ser considerada como patrimônio da 
organização, o usuário é participativo e responsável e o crescimento da 
informática é ordenado. 
 
 
 
 
 
Figura 03 - Esquema de um processo de desenvolvimentos dos sistemas de 
informação em uma empresa. 
Fonte: (TURBAN, WETH, MCLEAN ERBE, 2002) 
 
 
 
 10 
Logística 
 Competência 01 
1.1.5 Como Informatizar uma Empresa? 
Pare e reflita. O ato de informatizar uma empresa trará a condição necessária 
para que esta se organize? A resposta, caro aluno, é não! Não basta apenas 
prover a informatização, a empresa precisa concentrar seus esforços para 
entender prioritariamente sua atuação. Nem sempre a informatização é ou 
será a solução dos problemas de uma empresa. Tecnologia por tecnologia, 
sem planejamento, sem gestão e ação efetiva, não traz contribuição para 
nenhuma organização (ABREU, REZENDE, 2006). Assim, deixamos algumas 
informações chave para auxiliar neste processo. Estas três perguntas 
norteadoras são cruciais para o êxito de quem se propõe a ter uma empresa 
informatizada. 
Qual o seu ramo de negócios? Isso é muito importante para definir a real 
necessidade de implantação de sistemas de uma empresa. 
Quem é o seu cliente final? 
Quem fornece mercadorias ou matéria prima para o seu negócio? 
Desta maneira será possível perceber os objetivos de uma empresa quando 
busca a sua informatização. Baseado nos autores Abreu e Rezende (2006) 
analise os itens a seguir e perceba que a informatização é uma das etapas 
para o êxito de uma organização em sua área de atuação, (ABREU, REZENDE, 
2006). Para tanto, é necessário: 
• Conhecer bem a sua empresa, essa sem dúvida será a chave do sucesso 
de seu negócio, será através desse conhecimento que deverá avaliar se 
tudo vai bem, é necessário fazer alguma mudança ou até mesmo mudar 
de ramo; muitas vezes a troca de atividade poderá ser solução dos seus 
problemas imediatos. 
• Melhorar a qualidade, produtividade e efetividade nos produtos e 
serviços ofertados fará do seu empreendimento um grande sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 01 
Hoje os consumidores sabem muito bem o que querem, quanto custa e 
eles mesmos (consumidores) serão os agentes de divulgação dos 
produtos, dos serviços, e da qualidade ali encontrada. 
• Diminuir os custos controlando o seu estoque em quantidade, prazo de 
validade, quais produtos tem disponíveis para venda naquele exato 
momento e o que precisa ser reposto no estoque sem ter que “fechar 
para fazer balanço”. 
• Toda empresa que oferece produtos de grande aceitação 
mercadológica dentro dos padrões de qualidade, normalmente, 
desperta atenção do consumidor e isso faz com que o cliente volte 
sempre em busca dos mesmos ou de outros produtos. Essa é uma das 
razões da empresa ter maior aproximação dos clientes. 
• Quando a empresa oferece ao consumidor o que ele precisa com 
qualidade e preço certo, na hora certa, não restará outra alternativa se 
não a de fechar negócio com o cliente; com isso a empresa estará 
garantido o seu retorno financeiro. 
• No momentoem que é implantado qualquer tipo de sistema de 
informação na empresa, ao mesmo tempo ter-se-á uma qualificação da 
mão de obra que passará a utilizar o sistema de informação. 
• Com a criação da internet é impossivel não acompanhar a evolução 
mercadologica de uma empresa, graça a esse mundo sem fronteiras 
chamado de internet, as empresas estão cada vez mais se atualizando 
no mercado, sempre oferecendo novos produtos aos seus clientes seja 
por ações de marketing ou mesmo pela compra direta. Essa é a forma 
certa de manter sempre a empresa em sintonia com o mercado. 
A partir deste primeiro contato com a tecnologia e os sistemas de informação, 
convido você a estudar a competência 02 que versará sobre os sistemas de 
informação gerenciais corporativos. Até lá! 
 
 
 
 12 
Logística 
 Competência 02 
2. COMPETÊNCIA 02 | CONHECER SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
GERENCIAL CORPORATIVO 
2.1 Soluções de Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
Objetivando facilitar o fluxo de informações no âmbito da tecnologia da 
informação, foram criadas cinco categorias com o objetivo final de prover 
todo um controle do sistema. Podemos identificar então as seguintes 
categorias: planejamento, execução, comunicação, controle e concepção. 
Baseado em Banzato (2005, p.28-31) apresentamos a seguir diretrizes 
referentes a cada uma destas categorias. Vejamos: 
Categoria 01: Planejamento 
As soluções automatizadas para Planejamento Logístico consideram: 
• Previsão de Vendas (Forecast): asseguram, com maior exatidão, a 
previsão da demanda da cadeia de abastecimento; 
• CRM (Customer Relationship Management): sistemas especializados 
no atendimento personalizado dos clientes; 
• SRM (Supplier Relationship Management): sistemas especializados no 
relacionamento personalizado dos fornecedores. 
• ERP (Enterprise Resources Planning) – Sistemas de Gestão Empresarial 
Integrada: soluções que contribuíram para a integração dos processos 
em todos os níveis da organização, assegurando que as informações 
sejam rápidas e precisas. Gerenciam informações das mais variadas 
funções administrativas da organização em um sistema integrado; 
• MRP (MRPI – Material Requirements Planning e MRPII – 
Manufacturing Resourses Planning): o planejamento das necessidades 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 02 
de materiais e recursos de manufatura é desenvolvido 
automaticamente por estas soluções. São softwares que desdobram as 
necessidades dos clientes, sejam pedidos ou previsões na programação 
da aquisição de materiais e produção; 
• DRP (Distribution Resources Planning): softwares que apoiam cada vez 
mais o planejamento dos recursos necessários à distribuição de uma 
dada demanda em um determinado período; 
• APS (Advanced Planning and Scheduling)/FCS (Finity Capacity 
Scheduling): soluções ainda mais especializadas, capazes de identificar 
limitações e restrições, buscando otimizar a programação da produção. 
A programação de capacidade finita contribui para uma rápida 
reprogramação a partir de variações na demanda através do 
conhecimento antecipado das capacidades dos recursos e de 
possibilidades de variar tais capacidades. 
Categoria 02: Execução 
O gerenciamento da execução das atividades logísticas podem ser apoiadas 
por soluções automatizadas, tais como: 
• WMS (Sistemas de Gerenciamento de Armazéns): sistemas que 
agregam inteligência aos processos de armazenagem, que consideram 
as operações de recebimento, estocagem, controle, separação, 
expedição, transferências, inventários, entre outras; 
• TMS (Sistema de gerenciamento de Transportes): através de soluções 
especificas voltadas ao gerenciamento de transporte, esta atividade é 
automatizada (gerenciamento de frotas, gerenciamento de fretes, 
roteirização, rastreamento de veículos, etc); 
 
 
 14 
Logística 
 Competência 02 
• MES (Manufacturing Execution System): sistemas específicos que 
preenchem o espaço deixado entre o planejamento e a execução, 
monitorando e analisando a operação (produção), em tempo real, 
através de soluções automatizadas. 
Categoria 03: Comunicação 
A transmissão de informação, integrando os sistemas, empresas e pessoas, 
pode ser feita através de várias tecnologias, tais como: 
• Terminais fixos e portáteis: os terminais fixos (ex: terminais de mesas) 
ou portáteis (ex.: terminais instalados em empilhadeiras) possibilitam 
acesso dos usuários para a comunicação. Continua sendo, em boa parte 
dos casos, a melhor alternativa técnica e econômica; 
• EDI – Eletronic Data Interchange: a comunicação eletrônica propicia a 
informação em tempo real e integrada agilizando a tomada de decisão. 
Atualmente um importante canal para o intercâmbio eletrônico de 
dados está sendo a Internet; 
• Código de barras: método de dados codificados para leitura rápida e 
acurada. Os códigos de barras unidirecionais, por exemplo, são uma 
série de barras e espaços alternados impressos ou estampados, 
etiquetas ou outros, representando informações codificadas que 
podem ser reconhecidas por leitores eletrônicos. São usados para 
facilitar a entrada de dados em um sistema de informação. Os códigos 
de barras representam letras e/ou números; 
• Leitores a laser: sistema que utiliza laser para copiar, ler e interpretar 
códigos de barras; 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 02 
• Radiofrequência: assegura a transmissão de informação em tempo real 
da operação através de sinais de rádio para o sistema de 
gerenciamento; 
• Sistema controlado pela voz: em substituição aos terminais que 
necessitam da operação manual, automatizam a transmissão de 
informação através de sistemas de reconhecimento de voz, liberando as 
pessoas para trabalhos manuais; 
• Sistema controlado pela luz: com o intuito de se eliminar papéis, a 
comunicação automática através da luz identifica visualmente as 
tarefas a serem realizadas pela operação; 
• RFID: a colocação de transponders (os quais podem ser apenas lidos ou 
lidos e escritos) nos produtos são uma alternativa aos códigos de 
barras, de modo a permitir a identificação do produto de alguma 
distância do scanner ou independente, fora de posicionamento. 
Tecnologia que viabiliza a comunicação de dados através de etiquetas 
com chips ou transponder que transmitem a informação a partir da 
passagem por um campo de indução (ex.: pedágio “sem parar”). 
Categoria 04: Controle 
A Gestão Logística através de indicadores de desempenho (KPI – Key 
Performance Indicators) pode ser apoiada através de soluções automatizadas 
que fazem o acompanhamento do negócio, através do monitoramento de 
seus principais sinais vitais, tais como: 
• EIS (Executive Information System): asseguram a visualização dos 
indicadores estratégicos do negócio para que a alta cúpula possa tomar 
decisões de acordo com a realidade dos dados; 
 
 
 16 
Logística 
 Competência 02 
• DSS (Decision Suport System): fornecem a informação em um nível de 
detalhe adequado à gerência e supervisão para que a mesma possa 
tomar decisões adequadas. 
Categoria 05: Concepção 
O sucesso de uma boa logística começa a partir de uma boa concepção e 
implementação de um projeto e neste contexto existem várias soluções 
automatizadas, tais como: 
• Concepção de recursos logístico: softwares específicos para 
desenvolvimento (desenho) de equipamentos e layout, bem como 
análise de indicadores de desempenho de cada solução. Auxiliam no 
posicionamento de áreas, equipamentos e recursos operacionais; 
• Ergonomia: soluções baseadas nas normas internacionaisde esforços e 
capacidade humana. Avaliam e auxiliam no projeto de um adequado 
ambiente de trabalho ao trabalhador; 
• Embalagens: soluções automatizadas que desenvolvem desde a 
embalagem primária de um produto passando por todas as embalagens 
na cadeia de abastecimento. Inclui a formação das cargas dentro dos 
veículos de transporte; 
• Simuladores operacionais gráficos: a simulação pode também gerar 
cenários gráficos de forma que se pode visualizar uma operação 
logística em realidade virtual antes da mesma ser implementada e 
aprovada. 
• Análise de riscos e tomadas de decisão: soluções específicas para 
análise de riscos em projetos e apoio à tomada de decisão. Também 
apoiam o desenvolvimento e implementação de projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 02 
• PMIS – Project Management Information System: softwares que 
automatizam todo o desenvolvimento de um projeto, desde a 
documentação das fases, passando pelos cronogramas, 
dimensionamento de recursos necessários, análises de progressos, até 
o encerramento dos mesmos. São cada vez mais viáveis na atual 
realidade. 
2.2 Os Benefícios e Usos dos Sistemas de Informação 
O aprendizado em Sistemas de informação ajuda tanto em termos pessoais 
como profissionais e por que não dizer, ajuda mais ainda as organizações. Um 
Sistema de Informação eficiente pode ter um grande impacto na estratégia 
corporativa e no sucesso da empresa. Esse impacto pode beneficiar a 
empresa, os clientes, usuários e qualquer indivíduo ou grupo que interagir 
com os Sistemas de informação (Oliveira, 1988; Stair, 1998). 
Entre os benefícios que as empresas procuram obter por meio dos sistemas 
de informação estão (Oliveira, 1988; Stair, 1998): 
• Saber o que é melhor para empresa; 
• Valor agregado ao produto; 
• Melhor serviço e vantagens competitivas; 
• Produtos de melhor qualidade; 
• Oportunidade de negócios; 
• Aumento da rentabilidade; 
• Mais segurança nas informações, menos erros; 
• Aperfeiçoamento nos sistemas; 
• Carga de trabalho reduzida; 
• Redução de custos e desperdícios; 
• Controle das operações. 
 
 
 
 18 
Logística 
 Competência 02 
2.3 Gestão da Tecnologia da Informação 
A expressão Tecnologia da Informação pode, eventualmente, assustar as 
pessoas que não estão familiarizadas com estes termos ou que ainda não está 
utilizando os recursos de informática disponíveis. Todavia, para entender e 
participar de projetos que envolvam aplicações de Tecnologia da Informação 
aos negócios, não implica necessariamente ter conhecimentos profundos de 
processamento eletrônico de dados por parte dos usuários ou analistas de 
negócios. Para elucidar ainda mais o universo da tecnologia da informação, 
vejamos alguns conceitos. 
Pode-se conceituar a Tecnologia da Informação como “recursos tecnológicos 
e computacionais para geração e uso da informação” (Cruz 1998, p.137). 
Pode-se perceber a relação deste conceito com o próprio conhecimento em 
si. Além deste, o mesmo autor apresenta um outro conceito para a Tecnologia 
da Informação. Vejamos “[...] todo e qualquer dispositivo que tenha 
capacidade para tratar dados e/ou informações, tanto de forma sistêmica 
como esporádica, quer esteja aplicada a produto, quer esteja aplicada no 
processo”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 03 
3. COMPETÊNCIA 03 I CONHECER SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
ESPECÍFICOS DA ATIVIDADE LOGÍSTICA 
Como vimos nas competências anteriores a importância dada aos sistemas de 
informação para prover benefícios às empresas são inúmeros. Focando 
sempre em seu consumidor final, as empresas buscam apresentar diferenciais 
que venham facilitar a escolha do consumidor por determinada empresa. 
Disponibilidade, pós-venda e o próprio prazo de entrega podem ser até mais 
importantes que a aquisição em si do produto (BANZATO, 2005). O conjunto 
de atributos oferecidos a partir da aquisição do produto é que facilitam para o 
cliente a escolha pelo produto X em detrimento do Y. A logística influencia e é 
fortemente influenciada pelas tecnologias. Se pararmos para pensar que esta 
atividade é capaz de se reinventar a partir do uso de sistemas de informação 
gerenciais capazes de maximizar o serviço logístico em si, imagine então o que 
as empresas podem ser capazes de investir em inovações. Preste atenção ao 
que diz Eduardo Banzato (2005, p. 126) 
A partir dessas inovações são criados novos processos 
nas manufaturas, aumentando a produtividade, 
reduzindo os preços e tornando acessível às diversas 
classes sociais os mais inimagináveis produtos, como o 
telefone celular. Nos últimos 25 anos este ritmo de 
mudança vem proporcionando maior desempenho aos 
equipamentos utilizados em diversos setores, com 
destaque para os de comunicação. 
Para que você possa conhecer um pouco mais sobre “sistemas específicos da 
atividade logística”, vamos apresentar nesta competência os seguintes: ERP 
(Enterprise Resource Planning), WMS (Warehouse Management System), 
Sistemas de Rastreamento (GIS – Sistema de Informação Geográfica e GPS – 
Sistema de Posicionamento Global), Código de Barras, além de conhecermos 
um pouco mais sobre o CRM (Customer Relationship Management). 
 
 
 
 20 
Logística 
 Competência 03 
3.1 Conhecendo o Sistema ERP 
Em português a sigla ERP significa “Sistemas Integrados de Informação 
Gerencial (SIGE ou SIG) e em inglês “Enterprise Resource Planning”. A sua 
relevância está em conseguir integrar em um único sistema todos os dados e 
processos vinculados a uma empresa, o que se torna muito positivo para a 
empresa a partir do momento em que seus processos e ações passam a ser 
registradas em um único local (software). De acordo com Bertaglia (2003) 
uma outra função do sistema ERP é a de planejar os recursos que são 
necessários para a execução de um projeto. O sistema ERP é capaz de integrar 
informações das áreas operacionais, administrativas e gerenciais de uma 
empresa. Destaca-se que para um bom uso do sistema ERP, a alimentação e 
retroalimentação de informações é fundamental já que o sistema tem como 
principal objetivo congregar em um único local informações da empresas em 
suas diversas esferas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 04 - Integração no sistema ERP 
Fonte: Google Imagens, 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 03 
Quais são os objetivos agregados ao uso do sistema ERP? (baseado em 
Banzato, 2005, p. 43): 
• Automatizar as tarefas manuais; 
• Otimizar os processos; 
• Controlar as operações da empresa; 
• Disponibilizar imediatamente informações seguras; 
• Reduzir custos; 
• Reduzir riscos da atividade empresarial; 
• Obter informações e resultados que auxiliem na tomada de decisões e 
permitam total visibilidade do desempenho das áreas da empresa. 
Banzato ainda apresenta os benefícios oriundos do uso do sistema ERP. 
Vejamos: 
• Aumento na eficiência do uso da capacidade instalada; 
• Blindagem contra fraudes e furtos; 
• Redução de erros; 
• Eliminação de trabalho; 
• Melhor proximidade e conhecimento sobre os clientes (CRM); 
• Informação precisa e segura, sincronizada em tempo real com as 
operações da empresa; 
• Redução de despesas administrativas, gerais e de vendas; 
• Queda nos custos de estoque; 
• Redução em custos de materiais; 
• Redução do ciclo de venda; 
• Redução do tempo de produção e entrega; 
• Diminuição de impressão em papel; 
• Eliminação de erros de sincronização entre diferentes sistemas; 
•Facilita o aprendizado do negócio e a construção de visões comuns; 
 
 
 22 
Logística 
 Competência 03 
• Favorece o desenvolvimento, a implantação e utilização de SGQs 
(Sistemas de Gestão da Qualidade) e normas como ISO e outras. 
Com as informações da empresa devidamente sistematizadas e inseridas em 
um único sistema, o próximo passo ou uma próxima possibilidade de uso de 
um sistema relaciona-se, por exemplo, a localizar em um armazém a posição 
de um determinado produto para posterior distribuição. Neste caso estamos 
falando de um segundo sistema bastante utilizado na logística, o WMS. 
3.2 O que é o Sistema WMS? 
Imagine-se trabalhando em um grande galpão e, seu gerente lhe dá a 
incumbência de localizar determinado produto em um menor tempo possível, 
pois o cliente tem pressa em receber este produto. Caso você não tivesse o 
apoio em um sistema informatizado e, fosse novato naquele serviço, poderia 
passar horas para finalmente encontrar a localização do produto e assim 
começar todo o processo de expedição da mercadoria. Esta história fictícia 
serve justamente para apresentar um dos principais benefícios do uso do 
WMS. O autor Eduardo Banzato (2005, p.53) de forma objetiva nos apresenta 
a principal característica deste sistema, vejamos: “O WMS torna mais eficiente 
as operações de gerenciamento de armazéns em forma de planejamento de 
mão de obra, planejamento de nível de estoques, utilização de espaços e 
rotina de expedição” (grifo nosso). O autor ainda destaca que o WMS melhora 
o desempenho da coleta e separação de um pedido em 
um armazém, dos produtos, determinando o menor 
caminho ou roteiro para realizar a coleta, otimizando a 
armazenagem dos produtos nos locais mais adequados 
nos centros de distribuição e reduzindo, 
consequentemente, os custos. 
Vejamos agora as principais atividades e em seguida as funções relacionadas 
ao Sistema WMS na visão de Banzato (2005, p.53-54): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 03 
No recebimento: 
• Agenda recebimento de caminhões; 
• Prioriza desembarque; 
• Captura notas fiscais dos fornecedores; 
• Controla a qualidade dos produtos sendo recebidos; 
• Emite etiquetas de código de barras para pallets, volumes ou peças; 
• Recebe mercadorias na modalidade cross-docking. 
No armazenamento: 
• Define os endereços dos produtos a serem armazenados, tais como: 
zona, rotatividade ou família de produtos; 
• Controla diferentes estruturas de armazenagem como: porta pallets, 
prateleiras, blocos; 
• Controla automaticamente o abastecimento das áreas de “picking”. O 
picking, também conhecido por order picking (separação e preparação 
de pedidos), consiste na recolha em armazém de certos produtos 
(podendo ser diferentes em categoria e quantidades), face ao pedido 
de um cliente, de forma a satisfazer o mesmo. (Rodrigues, 2007). 
No Picking: 
• Captura os pedidos de clientes através de interfaces com sistemas 
comerciais e roteirizadores; 
• Gerencia ativamente as tarefas de separação pendentes; 
• Integra-se com diferentes tipos de equipamentos como esteiras, 
balanças, sensores e equipamentos automáticos de movimentação. 
 
 
 
 
 24 
Logística 
 Competência 03 
Na linha de produção: 
• Define linhas e postos de trabalho na linha de produção; 
• Rastreia os produtos utilizados no processo de fabricação; 
• Controla o ressuprimento automático da linha de produção; 
• Controla a impressão e a aplicação de etiquetas de códigos de barras na 
linha de produção. 
Na expedição: 
• Controla a expedição de pallets, volumes ou caixas; 
• Emite uma lista de conteúdo de pallets, volumes ou caixas; 
• Emite notas fiscais (opcional); 
• Gerencia o cancelamento de pedidos e o retorno de mercadorias para o 
estoque. 
O Sistema WMS pode ser destacado em cinco principais funções. Vejamos: 
Entrada: 
• O produto é identificado por código e quantidade quando 
desembarcados nas docas de recebimento; 
• Os dados do produto dão entrada no WMS através do uso de leitores 
de códigos de barras, terminais RFID ou teclados digitais; 
• Peso, cubagem e configuração de embalagem do produto são 
conhecidos mediante conferência entra o código desse produto e o 
código no arquivo interno do produto. 
Estocagem: 
• O WMS conserva o layout do espaço do edifício e o estoque guardado 
nas instalações; 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 03 
• Sequencia a recepção e rota para minimizar o tempo de viagem quando 
houver necessidade de armazenamento de múltiplos produtos em 
locais múltiplos na mesma viagem; 
• O registro de localização do estoque vai sendo ajustado conforme o 
nível de estoque esteja sendo afetado. 
Gerenciamento do Estoque: 
• Monitora os níveis do produto em cada ponto de estocagem no 
armazém; 
• A quantidade e o momento da reposição são sugeridos de acordo com 
regras bem específicas; 
• Pedido de reposição é transmitido ao departamento de compras ou 
diretamente aos fornecedores ou fábricas da empresa, via EDI ou 
internet. 
Processamento de Pedidos e Retirada: 
• Recebendo o pedido, o WMS os decompõe em grupos de itens que 
exigem tipos diferentes de processamento e separação; 
• Itens são agrupados de acordo com a localização dos pontos de 
estocagem; 
• WMS divide o pedido de itens separados em quantidades menores, 
dispersas, separados em caixas cheias, paletes completos, como em 
áreas isoladas e seguras do armazém a fim de separar e organizar o 
fluxo do pedido de forma que os itens consigam ser embarcados como 
um pedido completo na sequência apropriada com outros pedidos; 
• Itens são separados de forma que o trabalhador evite percorrer longas 
distâncias, força despendida e cansaço. 
 
 
Saiba mais: “EDI 
(Electronic Data 
Interchange) ou 
"troca eletrônica de 
dados" é a 
transmissão 
automática de 
dados partindo de 
um sistema de 
computadores para 
outro, conforme 
acordado entre 
parceiros 
comerciais”. 
Disponível em: 
http://www.gs1br.o
rg/main.jsp?lumPag
eId=402881762C74
91E5012CBBFB943E
0BE9&itemId=4080
81922E075013012E
0F7EF4F24C47. 
Acesso em 16 
nov.2013. 
 
 
 26 
Logística 
 Competência 03 
Preparação do Embarque: 
• Pedidos de clientes da mesma região são escolhidos simultaneamente a 
fim de chegarem ao ponto de embarque e na carroceria do caminhão 
ao mesmo tempo; 
• Fazem-se estimativas de cubagem e peso dos pedidos de múltiplos 
clientes que serão levados num caminhão, contêiner ou vagão 
ferroviário. 
No uso do sistema WMS são usadas as seguintes ferramentas (Banzato 2005, 
p.54): 
Leitor código de barras: facilita a comunicação de dados a partir do uso de 
códigos alfa numéricos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 05 - trabalhador utilizando leitor código de barras 
Fonte da imagem: http://www.motorolasolutions.com/XL-
PT/Solucoes+para+Empresas/Industry+Solutions/Manufatura/Materials+and+Warehouse+
Management__Loc:XL-PT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 03 
Terminal de comunicação via RFID: facilita a identificação de itens dentro de 
um determinado limite de distância. 
 
 
 
 
 
 
Figura 06 - terminal de comunicação via RFID 
Fonte da imagem: http://www.motorolasolutions.com/XL-
PT/Produtos+e+Servicos+para+Empresas/Computacao+Movel/Dispositivos+d
e+Mao/MC9090-G_RFID_Loc:XL-PT 
 
Teclado digital: utilizado geralmente em momentos de inventários, são os 
computadores de mão. 
Empilhadeiras: veículos utilizadospara a elevação de cargas. 
 
 
 
 
 
 
Figura 07 - Empilhadeira 
Fonte da imagem: http://abimei.wordpress.com/tag/empilhadeira/ 
 
 
 
 28 
Logística 
 Competência 03 
Esteiras rolantes: sistemas fixos que servem para mover produtos em um 
armazém. 
3.3 Aprendendo sobre o Código de Barras 
Quando vemos um código de barras, muitos de nós não fazemos ideia de 
quanta informação aquela simples etiqueta possui! Simples, não? Desde 1948 
os primeiros estudos sobre códigos de barras começaram a ser feitos e hoje 
mais de 50 anos depois podemos encontrar uma variedade de códigos de 
barras. O primeiro produto vendido com um código de barras foi um pacote 
de chicletes em 1974 e os precursores dos códigos de barras foram Bernard 
Silver e Norman Joseph Woodland que em 1948 começaram a desenvolver 
uma espécie de leitor de padrões de tinta usando a luz ultravioleta (BANZATO, 
2005). Hoje os códigos de barra permitem 
automatizar o processo de identificação dos produtos e 
dar baixa automática no estoque quando um produto é 
vendido, além de permitir ter controle sobre o preço 
dos produtos vendidos, evitando produtos iguais com 
preços diferentes ou a imediata atualização dos preços 
sem ter que trocar o rótulo de cada um (BANZATO, 
2005, p.112). 
A imagem a seguir apresenta um código de barras bem como as partes que o 
compõem. Preste atenção ao significado de cada parte. 
 
 
 
 
Figura 08 - Código de Barras 
Fonte: Google imagem, 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 03 
• Number System: Identifica países e regiões econômicas. 
• Mfg Code: Identifica o fabricante do produto. 
• Product Code: Identifica o produto. O fabricante é livre para escolher os 
códigos. 
• Check Digit: Dígito verificador para evitar erros devido à velocidade de 
leitura, erros de impressão e outros problemas. 
• Codifica 13 Caracteres. (a contagem dos caracteres da etiqueta acima 
apresenta um total de 13, a saber: 7,5,0,1,0,5,4,5,3,0,1,0,7). 
Os códigos de barras são vendidos em vários modelos e tamanhos. 
Normalmente estamos familiarizados com os que são vistos nos produtos 
disponíveis em supermercados, revistas, mas há muitos outros que são 
usados como padrões em diversas indústrias. As empresas de saúde, de 
fabricação, varejistas, dentre outras possuem simbologias exclusivas ao seu 
segmento, que não são intercambiáveis, ou seja, não podem ser trocadas por 
outras. 
Agora pare e reflita: por que há tantos tipos diferentes de códigos de barras? 
Simplesmente porque evoluíram diferentes simbologias para solução de 
problemas específicos. Vamos conhecer um pouco dessa diversidade de 
simbologias mais comuns e como, onde e porque são utilizados: 
 
 
 
Figura 08 - código de barras UPC/EAN 
Fonte: Google imagens, 2009 
 
 
UPC/EAN: Este é o símbolo usado para a identificação 
de bens de consumo para o segmento de varejo. Os 
símbolos UPC são de tamanho fixo, sendo 
compulsórios em varejo e na indústria de alimentos, 
não sendo usados de nenhum outro lugar. Foram 
desenvolvidos para atender as necessidades do varejo 
em geral, uma vez que adapta 12 dígitos a um espaço 
razoavelmente compacto. 
Fonte: 
http://www.totvs.com/mktfiles/tdiportais/helponlineprotheus/po
rtuguese/sigaacd_codigo_de_barras.htm 
 
 
 30 
Logística 
 Competência 03 
 
 
 
 
Figura 09 - código 39 
Fonte: Google imagens, 2009 
 
 
 
 
 
Figura 10 - código de barras 128 
Fonte: Google imagens, 2009 
 
 
 
 
 
Figura 11 - código de barras 
Intercalado 2 de 5 
Fonte: Google imagens, 2009 
 
 
CÓDIGO 39: Desenvolvido para atender algumas indústrias 
que necessitavam codificar o alfabeto, assim como números, 
em um código de barras, sendo o Código 39, a simbologia 
mais popular do código de barras nesta opção. É tipicamente 
o código de barras mais usado para identificação em 
estoques e de processos em diversos segmentos industriais. 
Todavia, o Código 39 produz códigos de barras relativamente 
longos e pode não ser adequado quando a largura da 
etiqueta for considerada. 
Fonte: 
http://www.totvs.com/mktfiles/tdiportais/helponlineprotheus/portugues
e/sigaacd_codigo_de_barras.htm 
 
CÓDIGO 128: Este código de barras provém da necessidade 
de uma seleção mais ampla de caracteres do que o Código 39 
poder fornecer. Quando a largura da etiqueta é considerada, 
o Código 128 é uma boa alternativa porque é muito 
compacto e resulta em um símbolo denso. Esta simbologia é 
frequentemente utilizada na indústria de transportes onde o 
tamanho da etiqueta é um problema. 
Fonte: 
http://www.totvs.com/mktfiles/tdiportais/helponlineprotheus/portugues
e/sigaacd_codigo_de_barras.htm 
 
INTERCALADO 2 DE 5: Outra simbologia popular na indústria 
de transportes. "Intercalado 2 de 5" é muito utilizado 
também em operadores logísticos. É uma simbologia muito 
compacta e você os verá em caixas de papelão para volumes, 
onde os objetos são embarcados para serem enviados aos 
depósitos e supermercados. 
Fonte: 
http://www.totvs.com/mktfiles/tdiportais/helponlineprotheus/portugues
e/sigaacd_codigo_de_barras.htm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 - códigos de barras 
POSTNET e PDF 417 
Fonte: Google imagens, 2009. 
 
 
 
 
3.4 Sistemas de Rastreamento GIS e GPS 
Voltados especificamente para as questões do rastreamento, o Sistema Global 
de Posicionamento e o Sistema de Informações Geográficas figuram no rol 
dos mais importantes sistemas utilizados na logística uma vez que fornecem 
informações precisas acerca de rastreamento e gestão de frotas 
transportadoras. Vamos conhecer um pouco mais sobre cada um destes 
sistemas. 
Baseando-se nos fundamentos oriundos da cartografia, o GIS apresenta-se 
como um “sistema automatizado usado para armazenar, analisar e manipular 
POSTNET: Adotado pelo serviço Postal dos Estados Unidos da 
América do Norte, esta simbologia codifica o código de 
endereçamento postal para que o processo de separação de 
cartas seja mais rápido. Hoje, no Brasil, esse é o tipo que é 
utilizado na entrega de cartões e talões de cheques. 
Fonte: http://impressorasdeetiqueta.blogspot.com.br/ 
 
PDF417: Conhecido como código de barras 2D 
(bidimensional) esta é uma simbologia não linear de alta 
densidade que lembra a você um quebra-cabeças. 
Entretanto, a diferença entre este e os demais códigos de 
barras relacionados acima é que o PDF417 é realmente um 
arquivo de dados portátil (PDF) em oposição a ser 
simplesmente o número de referência. Alguns governos ou 
estados estão se automatizando para que seja impresso um 
código de barras bidimensional (2D) em sua carteira de 
motorista. Se o seu estado estiver estudando esta exigência, 
é interessante saber que há espaço suficiente neste código de 
barras para codificar o seu nome, foto e o resumo de seus 
registros de motorista e outras informações pertinentes. 
Todas essas informações podem ser armazenadas em uma 
área equivalente ao tamanho de um selo postal. 
Fonte: http://impressorasdeetiqueta.blogspot.com.br 
 
 
Veja que curioso: 
“quanto maior a 
largura das barras e 
espaços, mais 
espaço ela ocupa 
para a impressão do 
código de barras; 
portanto, menor a 
densidade do 
código de barras. 
Quanto mais finas 
as barras e espaços, 
menor espaço é 
necessário e maior 
a densidade do 
código de barras”. 
Disponível em: 
http://seacetiqueta
serotulos.blogspot.c
om.br/2012/08/tip
os-de-codigos-de-
barras-e-como-
obter.html. Acesso 
em 16 nov 2013. 
 
 
 32 
Logística 
 Competência 03 
dadosgeográficos representativos de objetos e fenômenos em que a 
localização geográfica é uma característica inerente à informação”. 
Disponível em: www.citynet.com.br/retratofalado/cargas.htm+&cd=1&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br. 
Para a autora Lilian Anefalos (1999), o GPS é 
um sistema de navegação desenvolvido pelo 
Departamento de Defesa dos EUA com finalidades 
militares e opera com apoio de 24 satélites que cobrem 
a órbita terrestre a cada 12 horas. A posição na 
superfície do planeta é determinada em três dimensões 
através de coordenadas geradas pelo aparelho receptor. 
Já para o autor Eduardo Banzato ( 2005, p.119) 
a integração do Sistema de Informações Geográficas, 
GIS, com atuais recursos de sistemas de 
telecomunicações, combinados com Sistema Global de 
Posicionamento por Satélite, GPS, provocou a ampliação 
das fronteiras dos sistemas de logística, fornecendo 
novos instrumentos para os sistemas de rastreamento 
de cargas e gestão das frotas transportadoras. 
 
 
 
 
 
 
Figura 13 - Imagem de um Vulcão, feito pelo sistema GIS 
Fonte: Google imagens, 2010 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
Figura 14 - Modelo de mapa de rastreamento 
Fonte: Google imagens, 2010. 
 
Já que estamos falando de sistemas ligados à questão do rastreamento, é 
importante destacar que rastrear tem ligação com a localização de um veículo 
a partir do monitoramento geográfico capaz de apresentar a cidade, região, 
bairro, rua ou avenida onde o veículo se localiza. Atrelado ao rastreamento, 
roteamento de veículos tem a ver com a melhor rota possível para que 
determinada frota possa fazer a distribuição dos produtos e/ou serviços da 
empresa. Ao falarmos em roteamento de veículos, podemos pensar em 
diminuição de tempo a partir da escolha da melhor rota a ser seguida pelo 
veículo sendo as tarefas processadas sobre um mapa digital. 
Destacam-se algumas das utilizações disponíveis vinculadas aos sistemas GPS 
a seguir (BANZATO, 2005, p. 121): 
• Sensores de pânico (representados por botões de cores diferentes, 
relacionados com diversos códigos de pânico destinados a níveis 
graduais de emergência); 
• Sensores de alarme; 
 
 
 34 
Logística 
 Competência 03 
• Sensor de movimento (para qualquer tipo de alteração: empurrar, 
guinchar, rebocar, etc.); 
• Bloqueio; 
• Segredo; 
• Sensores das portas (porta do motorista, porta do carona, porta do 
bagageiro, compartimento do motor, portas do Baú); 
• Sensor da chave de ignição; 
• Alarme sonoro/sirene; 
• Sinalização visual pelas setas de direção; 
• Travas do Baú; 
• Travas de fechaduras; 
• Bomba de combustível. 
3.5 O que é RFID? 
Radio Frequency Destionation ou RFID é o nome dado à tecnologia capaz de, 
através de sinais de rádio, recuperar e armazenar dados de maneira remota 
em dispositivos chamados de etiquetas RFID. Baseado em Stanton 2004, 
citados por Nogueira Filho e Scavarda (2005), a RFID também pode ser 
definida 
como uma tecnologia de identificação que utiliza a 
rádio-frequência para o intercâmbio de dados, 
permitindo realizar, remotamente, o armazenamento e 
a recuperação de informações usando um dispositivo 
chamado de etiqueta de rádio identificação, um 
pequeno objeto que poderá ser afixado a ou 
incorporado em um produto, bem ou até em um ser 
vivo. 
Para compreender o funcionamento de um RFID, Maia, Bastos e Neto (s/d, 
p.6) apresentam como componentes de um RFID: antena (ou bobina, no caso 
de baixa frequência), transceiver com decodificador (ou conversor analógico 
digital e oscilador) e transponder - composto pela antena (ou bobina), 
transistor, capacitor, diodo e o microchip. Para cada tipo de aplicação uma 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 03 
antena pode vir a ser desenvolvida (em termos de formatos e configurações) 
(PINHEIRO, 2004). Sobre esta tecnologia, Prado et al. 2006, Scherer et al. 2004 
apud Maia, Bastos e Neto (s/d, p.6) apontam como benefícios: 
• rapidez, precisão e confiança na transmissão de dados; 
• elevado grau de controle e fiscalização, que aumenta a segurança e 
evita furtos além de evitar falsificações de mercadorias; 
• possibilidade de leitura de muitas etiquetas de forma simultânea; 
• captação de ondas à distância; 
• identificação sem contato nem visão direta do produto, que possibilita 
a codificação em ambientes hostis; 
• simplificação dos processos do negócio, que permite a redução da força 
de mão de obra com transferência dos atuais empregados nestas 
atividades para atividades mais nobres; 
• rastreabilidade de produtos (controle de inventário) e de informação 
(ciclo de vida), que acarretam uma melhoria nas operações de 
gerenciamento e controle; 
• alta capacidade de memória, que propicia o armazenamento de todas 
as informações pertinentes; 
• leitura e escrita, que criam a possibilidade de constante atualização dos 
dados recebidos. 
Na tecnologia RFID, o uso das etiquetas pode ocorrer a partir de etiquetas do 
tipo ativa ou etiquetas do tipo passiva. As do tipo ativa são alimentadas “por 
uma bateria interna e tipicamente são de escrita e leitura (R/W – read and 
write), ou seja, pode ser atribuída (reescrita ou modificada) uma nova 
informação a ela” (Maia, Bastos e Neto s/d, p.6). Já etiquetas do tipo passivas 
são do tipo (R/O – read only), o que não permite a alteração do seu código 
memória (Maia, Bastos e Neto s/d, p.6). Os autores ainda destacam que a 
transmissão de dados nas etiquetas do tipo ativa é mais rápida do que nas 
etiquetas passivas. 
 
 
 36 
Logística 
 Competência 03 
 
 
 
 
Figura 15 - Etiqueta com código de barras e RFID 
Fonte: Google imagens, 2010. 
 
De acordo com Nogueira Filho e Scavarda (2005, p. 4), 
a adoção da RFID na logística vem sendo amplamente 
discutida, tanto pela academia quanto pelas indústrias. 
Há hoje cinco processos logísticos que estão passando 
por profundas transformações com o advento da RFID, 
são eles: Suprimentos/Compras; Produção; Estoque/ 
Armazenagem; Distribuição/Vendas; e Logística Reversa. 
No quadro a seguir dispõe-se sobre as formações em cada um destes 
processos. 
Processo Logístico Transformações 
Suprimentos/Compras Não há necessidade de descarregar o caminhão que chega dos 
fornecedores para inspeção (WANT, 2004); compras são 
automaticamente registradas (TEIXEIRA, 2004); sistema de 
rastreamento automático permite o controle do progresso do 
recebimento de mercadorias (RFID TECHNOLOGIES CC, 2005); 
os itens retirados são contabilizados e, quando o nível de 
produtos cai abaixo do ponto de pedido, o estoque é acionado 
para reposição (TEIXEIRA, 2004); compartilhamento e sincronia 
de dados previne erros decorrentes da falta de comunicação 
entre as partes envolvidas (SRIVASTAVA, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 03 
 
Produção Instruções para máquina ou operador sobre a operação a ser 
executada (SRIVASTAVA, 2004); notificação ao sistema sobre o 
estágio do processo que está sendo executado (SRIVASTAVA, 
2004); redução de utilização de papéis (SRIVASTAVA, 2004). 
Estoque/ Armazenagem: aumento da rapidez e diminuição dos 
erros de movimentação nos depósitos (TEIXEIRA, 2005); 
diminuição dos furtos (SRIVASTAVA, 2004); manutenção do 
registro de mercadorias atualizado (RFID TECHNOLOGIES CC, 
2005); gerenciamento de expiração dos prazos de validade 
(SRIVASTAVA, 2004); busca nas prateleiras (picking) facilitada e 
melhor utilização do espaço de estoque (SRIVASTAVA, 2004); 
monitoramento e reposição de estoquesmínimos. 
Estoque/Armazenagem Aumento da rapidez e diminuição dos erros de movimentação 
nos depósitos (TEIXEIRA, 2005); diminuição dos furtos 
(SRIVASTAVA, 2004); manutenção do registro de mercadorias 
atualizado (RFID TECHNOLOGIES CC, 2005); gerenciamento de 
expiração dos prazos de validade (SRIVASTAVA, 2004); busca 
nas prateleiras (picking) facilitadas e melhor utilização do espaço 
de estoque (SRIVASTAVA, 2004); monitoramento e reposição de 
estoques mínimos. 
Distribuição/Vendas Identificação de preferências do cliente e comunicatividade com 
outras lojas ou com depósito, que aumenta o tempo dedicado 
aos clientes (ROBERTI, 2002); não necessidade de 
descarregamento do caminhão que entrega aos clientes para 
inspeção e registro automático de vendas (TEIXEIRA, 2004); 
redução dos furtos em loja, visto que a tecnologia pode alertar 
contra mercadorias que saem das lojas sem serem pagas 
(SRIVASTAVA, 2004); sistema de rastreamento automático 
permite o controle do progresso dos envios de mercadorias 
(RFID TECHNOLOGIES CC, 2005), facilidade na mudança de 
preço dos produtos e eliminação de carregamentos perdidos 
(SRIVASTAVA, 2004) 
 
 
 
 38 
Logística 
 Competência 03 
 
Logística Reversa Identificação da proveniência de produtos defeituosos e 
devolução (WANT, 2004); auxílio ao centro de reciclagem na 
identificação da categoria correta para encaminhamento, quando 
o produto é descartado ( WANT, 2004); auxílio para fazer recall. 
Quadro 01 - Processos logísticos e transformações 
Fonte: Nogueira Filho e Scavarda, 2005, p. 4 
Finalizando os sistemas a serem estudados nesta competência, apresentamos 
a seguir o CRM. Amplamente difundindo em diversas áreas empresariais, o 
Customer Relationship Management tem como premissa a satisfação do 
cliente. 
3.6 O que é CRM em Logística? 
Para começarmos a falar em CRM devemos compreender que toda empresa 
deve não somente pensar no cliente no momento em que ele adquire um 
produto ou service afinal, este mesmo client epode no futuro voltar à empresa 
onde adquiriu aquilo que necessitava se, por exemplo, percebeu que seu 
atendimento foi diferenciado. Mais ainda, que houve um pós venda, que suas 
informações (perfil) adequam-se a suas necessidades. CRM é diferencial 
competitive, prezados alunos! Vejamos o que afirma Philip Kotler (2006) sobre 
os objetivos de um CRM, 
auxiliar as organizações a angariar e fidelizar clientes ou 
prospectos, fidelizar clientes atuais procurando atingir a 
sua satisfação total, através do melhor entendimento 
das suas necessidades e expectativas e formação de 
uma visão global dos ambientes de marketing. 
De forma a otimizar um CRM, um sistema (software) é importante para 
armazenar as informações acerca dos clientes. Para Wenningkamp ( 2009), 
três são as áreas as quais o CRM pode atuar. São elas: automação da gestão 
do marketing, gestão comercial e gestão de produtos e serviços ao cliente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
 Competência 03 
Kotler (2006), Wenningkamp (2009) apresentam o CRM a partir das visões 
operacionais, analíticas e colaborativas. Vejamos: 
• CRM Operacional: visa à criação de canais de relacionamento com o 
cliente; 
• CRM Analítico: visa obter uma visão consistente do cliente, usando os 
dados recolhidos pelo CRM operacional para obter conhecimento que 
permita otimizar e gerar negócios; 
• CRM Colaborativo: foca na obtenção do valor do cliente através de 
colaboração inteligente, baseada em conhecimento. 
A adoção do CRM por parte das empresas proporciona uma maior interação 
entre esta e seus clientes o que facilita sobremaneira o processo de 
fidelização tão buscado por todas as organizações. 
 
 
 
 
 
 40 
Logística 
CONCLUSÃO 
Estamos finalizando mais uma viagem ao mundo da Tecnologia, onde o 
conhecimento adquirido será de grande importância. A Tecnologia da 
informação, a cada dia, remete o ser humano a uma viagem sem volta, pois a 
cada descoberta um novo horizonte surge a nossa frente, não podemos mais 
voltar, porém se voltar, de nada teria servido a pesquisa do homem em busca 
de melhorias para a humanidade. 
O processo da tecnologia aliado ao da comunicação permite-nos saborear 
verdadeiros sonhos que antes jamais seria possível pelo próprio homem. Os 
recursos da tecnologia têm permitido realizar cirurgias a distância, devolver 
movimento ao homem em próteses de membros amputados, micros 
aparelhos capazes de devolverem o som para quem não mais ouvia, e até 
mesmo voltar a enxergar e muitos outros benefícios para a humanidade. Deus 
sabe lá o que mais virá. 
Espero ter contribuído com um pouco do conhecimento de Tecnologia da 
Informação em logística; as empresas já estão fazendo essa viagem, 
melhorando os seus controles de compras e vendas, monitorando os seus 
estoques e ao mesmo tempo oferecendo um serviço melhor. Essa será a única 
forma das empresas estarem presentes atendendo as reais necessidades dos 
consumidores em um mundo que o conhecimento sempre será a base de 
tudo. 
Um forte abraço. 
Prof. Francisco de Assis Maciel 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
REFERÊNCIAS 
ABREU, A.F.; REZENDE, D.A. Tecnologia da Informação Aplicada a Sistemas de 
Informação Empresariais. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
ARBACHE, F.S. Gestão de logística, Distribuição e Trade de Marketing. 4.ed. 
Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011. 
AUDY,J.; PRIKLADNICKI,R. Desenvolvimento Distribuído de Software. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2008. 
BANZATO, E. Tecnologia da Informação Aplicada à Logística. 3.ed. São Paulo: 
IMAM, 2005. 
 
BHUPTANI, M.; SHAHRAM, M. RFID: implementando o sistema de 
identificação por radiofrequência. São Paulo: IMAM, 2005. 
CHIAVENATO. Introdução a Teoria Geral da Administração. São Paulo: 
Elsevier Brasil, 2003. 
CÓDIGO DE BARRAS. Disponível em 
http://www.totvs.com/mktfiles/tdiportais/helponlineprotheus/portuguese/si
gaacd_codigo_de_barras.htm. Acesso em 16 nov.2013 
 
CORONADO, O. Logística Integrada Modelo de Gestão. São Paulo: Atlas, 
2009. 
 
CRUZ, T. Sistemas de Informações Gerenciais. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
FERREIRA, R. Código de Barras. Disponível em: 
http://impressorasdeetiqueta.blogspot.com.br/. Acesso em 16 nov. 2013. 
 
 
 
 42 
Logística 
HONG, Y.C. Logistica de Estoques na Cadeia de Logística Integrada – Supply 
chain. 4.ed.São Paulo: Atlas, 2010. 
 
IDENTIFICAÇÃO POR RADIOFREQUENCIA. Disponível em: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Identifica%C3%A7%C3%A3o_por_radiofrequ%C3
%AAncia. Acesso em 16 nov. 2013. 
KOTLER, P. Administração de Marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2006. 
LIMEIRA, T.M.V.E-Marketing na Internet com Casos Brasileiros. São Paulo: 
Saraiva, 2003. 
 
MAIA, L.C. de C.; BASTOS, G.L.; OLIVEIRA NETO, O.J. de O. Aplicação de novas 
tecnologias no processo de expedição de uma fábrica de cigarros: um estudo 
de caso. Disponível em: 
http://www.ead.fea.usp.br/semead/12semead/resultado/trabalhosPDF/140.
pdf. Acesso em 16 nov.2013. 
 
NOGUEIRA FILHO, C.; SCAVARDA, L.F. Tecnologia RFID Aplicada à Logística. 
Disponível em: http://www.cce.puc-
rio.br/engeindustrial/II%20supply/Artigos%20T%E9cnicos/Tecnologia%20RFID
%20Aplicada%20%E0%20Log%EDstica%20.PDF. Acesso em 16 nov.2013. 
O´CONNOR , J.;MC DERMOTT, I.The Art of to Systems Thinking. London: 
Thorsons . 1997. 
PALMISANO, A.; ROSINI ,A. M..Administração de Sistemas de Informação e a 
Gestão do Conhecimento.São Paulo: Pioneira Thomson Learning,2003. 
PINHEIRO,J.M.S. RFID: Identificação por Radiofrequência. Disponível em: 
http://www.Projetoderedes.com.br. Acessoem 30 out.2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 
REZENDE, D.A. Tecnologia da Informação Aplicada a Sistemas de Informação 
Empresariais. 4.ed. – São Paulo: Atlas, 2006. 
SIQUEIRA M.C. Gestão estratégica da informação. Rio de Janeiro: Brasport, 
2005. 
TIPOS DE CÓDIGO DE BARRAS E COMO OBTER. Disponível em: 
http://seacetiquetaserotulos.blogspot.com.br/2012/08/tipos-de-codigos-de-
barras-e-como-obter.html. Acesso em 16 nov. 2013. 
TURBAN, E.; WETHERBE, J.C.; MCLEAN, E. Tecnologia da Informação para a 
Gestão: transformando os negócios na economia digital. 3.ed. Bookman: 
2002. 
WENNINGKAMP, A. O que é CRM e como funciona? Disponível em: 
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/crm-o-que-e-crm-e-
como-funciona/34063/. Acesso em 16 nov. 2013.

Continue navegando