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RESUMO I - Tópicos de Micro, Imuno e Parasitologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS – BIOLOGIA
TÓPICOS DE MICRO, IMUNI, E PARASITOLOGIA
DISCENTE: Antony Ruan Rodrigues
RESUMO I – Vírus, Bactérias e Fungos 
Vírus
Vírus: definição e características gerais 
São as menores entidade biológicas conhecidas, cujas maioria absoluta deles não podem ser visualizados ao microscópio ótico.
Diferentemente de outros seres vivos, os vírus são acelulares, ou seja, não são constituído por células; no entanto, precisam delas para se reproduzir. Eles são parasitas intracelulares obrigatórios, atacando células de diferentes seres vivos, sejam bactérias, protozoários, algas, fungos, plantas, animais, incluindo a espécie humana. Quando estão fora da células hospedeiras, os vírus não se multiplicam nem apresentam atividade metabólicas. Por esta razão, alguns cientistas sugerem não incluí-los entre seres vivos. A maioria, porém, considera os vírus uma forma de vida cujas principal estratégias adaptativas são a simplicidade estrutural e o parasitismo de células vivas. Seja como for, ninguém discorda que os vírus são sistemas biológicos, uma vez que eles tem ácidos nucleicos semelhantes aos dos seres vivos e utilizam o mesmo sistema de codificação genética que todas as formas de vida conhecidas.
Morfologia e tipos de reprodução viral 
Um vírus é fundamentalmente constituído por um ou mais moléculas de ácido nucleico (DNA ou RNA), envoltas por moléculas de proteínas que constituem o capsídeo. Certos tipos de vírus aparentam, ainda, um revestimento mais externo, denominado envelope, formado por partes de membrana plasmática da célula em que se originam.
No ácido nucleico do vírus localiza-se os genes, que são as informações codificadas necessárias para produzir novas partículas virais. O conjunto desses genes é o genoma viral.
O genoma da absoluta maioria dos vírus constitui-se apenas de um tipo de ácido nucleico, que pode ser o DNA (ácido desoxirribonucleico) ou o RNA (ácido ribonucleico). Assim, de acordo com o tipo de material genético que apresentam, os vírus são classificados em vírus de DNA e vírus de RNA.
Em certos vírus, o nucleocapsídio (junção do capsídeo e ácido nucleico), é envolto exatamente por uma membrana lipoproteica, o envelope viral, formado quando a partícula viral é expelida pela célula hospedeira. Além das proteínas e lipídios de origem celular, o envoltório do nucleocapsídio contém proteínas virais especificas, que foram adicionadas à membrana celular enquanto o vírus se multiplicava no interior da célula hospedeira.
A maneira pelo qual o vírus multiplicam-se no interior da célula hospedeira varia entre os diferentes tipos virais:
Bacteriófagos ou fogos, são vírus que acoplam as bactérias que lhe sirva de hospedeiro, o fogo adere à parede bacteriana por meio de ligantes presentes na cauda. Em seguida, perfura a parede da bactéria e injeta nela o DNA. No interior da célula bacteriana, o DNA do fogo inicia sua multiplicação, produzindo dezenas de copias idênticas ao DNA original. Ao mesmo tempo. DNA viral comanda a síntese de moléculas de RNAm, utilizando para isso o sistema enzimático e a energia da própria bactéria.
Profagos, em certos tipos bacteriófagos, o DNA viral injetado na bactéria pode se incorporar ao cromossomo bacteriano em vez de multiplica-se imediatamente após a penetração. Nesse estado integrado, o DNA viral é chamado de profago. A incorporação do profago não afeta o metabolismo da bactéria, que continua a crescer e se reproduzir normalmente. A cada duplicação do cromossomo bacteriano, o profago também se duplica. Assim, as bactérias-filhas herdam uma cópia do DNA viral no cromossomo recebido da mãe. 
Bactérias 
Bactéria: definição e principais estruturas
São organismos unicelulares procarióticos que possuem células anucleadas e sem organelas membranosas citoplasmáticas, por sua vez trata-se dos organismos mais abundante da terra. Este grande número se deve às adaptações que estes seres vivos possuem aos diversos ambientes. Assim, é possível encontra-los na agua, no solo, no ar atmosférico e também, no interior do organismo de diversos seres vivos, incluindo o ser humano. 
A célula das bactéria é formada pela membrana plasmática, reforçada por uma parede celular não-celulósica, que pode estar envolvida por uma capsula gelatinosa. Seu material genético é uma molécula circular de DNA que encontra-se imerso no citoplasma, em uma região denominada nucleóide. 
Classificação e tipos de reprodução bacteriana
A forma da célula e o tipo de agrupamento são características importantes na classificação das bactérias. As células bacterianas podem apresentar diversas formas. As mais frequentes e suas respectivas denominações são: esférica – cocos; bastonete – bacilo; espiralada – espirilo; de virgula – vibrião. 
Os agrupamentos bacterianos podem ser de diversos tipos, dos quais os principais são: dois cocos unidos – diplococos; oito cocos formando um cubo – sarcina; cocos alinhados formando cadeias que lembram colares de contas – estreptococos; cocos unidos como um cacho de uva – estafilococos; bacilos reunidos dois a dois – diplobacilos; bacilos alinhados em cadeia – estreotobacilos. 
O estudo das bactéria mostrou grande variedade de formas de nutrição. Quanto essa característica as bactéria podem ser separadas em dois grandes grupos: autotróficas e heterotróficas. As bactérias autotróficas. Veja na tabela abaixo o funcionamento desta classificação.
	Tipos de nutrição
	Fonte de energia
	Fonte de carbono
	Exemplos
	Fotoautotrófico
	Luz
	Gás carbônico
	Bactérias fotossintetizantes (sulfobactérias verdes, sulfobactérias púrpuras, cianobactérias, proclorófitas 
	Foto-heterotrófico
	Luz
	Compostos orgânicos
	Bactérias sulfurosas púrpuras e não sulfurosas verdes
	Quimioautotrófica
	Em geral elétrons energéticos de compostos inorgânicos
	Gás carbônico
	Bactérias do enxofre, do ferro, do nitrificantes e do hidrogênio 
	Quimio-heterotrófica
	Em geral elétrons energéticos de compostos orgânicos
	Compostos orgânicos
	Maioria das espécies de bactérias 
Reprodução das bactérias 
Divisão binária 
Nas bactérias ocorre reprodução assexuada por divisão binaria. Nesse processo, a célula bacteriana duplica o cromossomo e divide-se ao meio, originado duas novas bactérias. As bactérias originadas de uma única célula, por sucessivas reproduções assexuadas, são denominadas de clones.
Endósporo bacterianos 
No processo de formação do endósporo, chamado de esporulação, ou esporogênese, o cromossomo bacteriano duplica-se e uma das cópias cromossômicas isola-se do resto da célula, sendo envolvida por uma membrana plasmática. Em seguida, forma-se uma parede espessa em torno dessa membrana, constituído o endósporo, assim chamado porque se forma dentro da célula. O restante do conteúdo se degenera e a parede da célula original se rompe, liberando o endósporo. Ao encontrar um ambiente adequado, o endósporo hidrata-se e sua parede rompe. Uma nova bactéria é então constituída e passa a se reproduzir-se por divisão binária. 
Recombinação genética 
Bactérias não possuem reprodução sexuada; entretanto, pode ocorrer misturas de genes ente indivíduos diferentes, fenômeno chamado de recombinação genética. Esse processo leva os formação de indivíduos portadores de características genéticas diferentes das dos ancestrais. Uma bactéria pode adquirir genes de outas bactéria e mistura-los aos seus de três maneiras: transformação, transdução e conjunção.
Transformação é a aquisição de novas características genéticas por uma bactérias em consequência da absorção de moléculas ou fragmentos de moléculas de DNA dispersas no ambiente.
Transdução é a transferência de segmentos de moléculas de DNA de uma bactéria a outra, tendo por vetor vírus bacteriófagos. 
Conjunção é a transferência de DNA de uma bactéria doadora a uma bactéria receptora por meio de um tubo de proteína, denominado “pelo sexual” ou poli, que conecta as duas bactérias. 
Importância das Bactérias 
Ecológica:assim como os fungos, as bactérias participam da decomposição de matéria orgânica 
Industrial: os iogurtes, queijos e coalhadas são fabricados a partir de fermentação do açúcar do leite (lactose). As bactérias que realizam esse processo são Lactobacyllus. Outras bactérias, como o Acetobacter, produzem o vinagre por meio da fermentação acética.
Medicina e farmacologia: existem bactérias que são usadas na fabricação de antibióticos, como nistatina, neomicina, bacitracina e terramicina.
Engenharia genética: algumas das técnicas recentes de engenharia genética utilizam bactérias na produção de insulina e hormônios de crescimento. Essas substancia são produzidas pelas bactérias a partir da indução de genes humanos no interior desses microrganismo. Essa técnica de transgenia tem auxiliado os diabéticos e as pessoas com problema de crescimento. 
Fungos
Fungos: definição e características gerais
Os fungos são organismos eucarionte, unicelulares ou pluricelulares, de vida livre ou não, os fungos são encontrados nos mais variados ambientes, preferencialmente em lugares úmidos e rico em matéria orgânica, são destituídos de pigmentos fotossintetizantes no entanto perderam a condição autotrófica. Dotadas de parede celular, sua reprodução normalmente envolve a participação de esporos, como ocorre nas plantas, também ocorre de forma sexuada. Mas, como os animais, são heterotróficos e geralmente armazenam glicogênio. Entretanto, ao contrário dos animais, que nutrem por ingestão, os fungos são heterotróficos por absorção. Os fungos exibem digestão extracorpórea, eliminando para o ambiente enzimas que digerem o alimento disponível; somente depois disso, os produtos da digestão são absorvidos pelo organismo. 
A importância dos fungos 
Além de estabelecer uma relações mutualistas com outro seres vivos, os fungos exibem notável importância ecológica, atuando em geral como seres decompositores. No entanto, muitas espécies são parasitas de plantas e animais, incluindo espécies humana. Outras espécies, por fim, atendem a interesses humanos servindo de alimento ou sendo aplicado no controle biológico ou na produção de bebidas e medicamentos. 
Referência bibliográficas 
Adolfo, Augusto
Biologia: volume único: ensino médio; livro do professor/ Augusto Adolfo, Marcos Crozeta, Samuel Lago; ilustradores Carlos Cersa Salvadori, Carlos Eduardo Zubek, Andre Alexandre Machado. – 2º ed. – São Paulo: IBEP, 2005. – (Coleção vitória-régia).
Amabis, Jose Marinho
Biologia/ Jose Marinho Amabis, Gilberto Rodrigues Maetho. – 3 ed. – São Paulo: Moderna 2009. V2. A diversidade dos seres vivos – Anatomia e fisiologia das plantas e dos animais.
Paulino, Wilson Roberto
Biologia, Volume 2: seres vivos/ fisiologia/ Wilson Ribeiro Paulino – 1 ed. – São Paulo: Ática 2005.

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