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8. Cafeína

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INTRODUÇÃO
A cafeína é encontrada em diversas plantas e está mais presente do que imaginamos no dia-a-dia do ser humano através do consumo de café, chá, chocolate (cacau), refrigerantes a base de cola ou guaraná, é possível também encontra-la em alguns medicamentos analgésicos ou inibidores de apetite.
Figura 1: Formula estrutural da cafeína.
Figura 2: Café, uma das mais conhecidas fontes de cafeína.
É classificada como alcalóide (juntamente com a cocaína, morfina, heroína, nicotina, codeína, entre outros) e pertence ao grupo das xantinas.
Atua sobre o sistema nervoso central (tem efeito excitante), aumenta a produção de suco gástrico e favorece o estado de alerta. Em excesso, a cafeína pode ocasionar alguns sintomas como irritabilidade, agitação, ansiedade, dor de cabeça e insônia. 
A adenosina é uma substância, presente em nosso organismo, que ao se ligar em receptores do cérebro diminui as atividades das células nervosas, causando sonolência e dilatando os vasos sanguíneos cerebrais. A cafeína tem uma fórmula química parecida com a adenosina e compete, se ligando aos receptores de adenosina mas sem ter o mesmo efeito. Assim, as células por não perceberem mais a adenosina, acabam aumentando sua atividade. Além disso, contraem os vasos sanguíneos, ao contrário da adenosina, explicando sua presença em analgésicos (para dor de cabeça vascular). Ao perceber a excitação dos neurônios, é ordenada a produção de adrenalina (hormônio do alerta) e isto provoca diversos efeitos no organismo, tais como: dilatação da pupila, taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos), constrição dos vasos sanguíneos, e com isso aumento da pressão, entre outros.
Um dos problemas da cafeína é o seu potencial efeito dependente, causando vício em pessoas que a consomem todos os dias, isso ocorre porque a cafeína aumenta os níveis de dopamina, um neurotransmissor que ativa o centro de prazer no cérebro, da mesma forma que as anfetaminas, cocaína e heroína. Segundo estudos, uma dose letal de cafeína para o ser humano é 10 mg, mas isto está longe de estar presente um uma simples xícara de chá (aproximadamente 100 mg de cafeína).
Para a extração da cafeína são utilizados diversos métodos de separação de substâncias. Quando se tem a folha bruta do chá, por exemplo, necessita-se fazer a extração dos componentes do chá, obtidos através da filtração, onde a água funciona como solvente. Assim obtém-se um extrato, do qual se retirará a cafeína, utilizando-se de um funil de separação e um solvente imiscível em água: o clorofórmio.
A solução cafeína – clorofórmio deve passar por mais um processo de separação: a destilação. Este método baseia-se no fenômeno de equilíbrio liquido – vapor de misturas, onde duas ou mais substâncias em uma mistura líquida devem possuir volatilidades diferentes, assim obtém-se a cafeína pura.
Para a identificação e quantificação de substâncias, pode-se utilizar a espectrofotometria um dos métodos de análise óptico mais utilizados nas pesquisas biológicas e físico - químicas. Seu instrumento básico é o espectrofotômetro, o qual permite a comparação da radiação absorvida (ou transmitida) por uma solução que contém uma quantidade desconhecida de soluto, e a radiação de uma outra solução que contém uma quantidade conhecida da mesma substância. 
As substâncias, em geral, podem absorver energia radiante, comprimentos de ondas que pertencem ao espectro visível. Neste método ocorre a absorção óptica dos comprimentos de onda que podem ser medidos pelo espectrofotômetro. Quando a luz atravessa uma substância, parte da energia é absorvida. A fotometria é o ramo da óptica que mede a luz, em função do seu brilho.
Figura 3: Espectrofotômetro.
Fonte: http://www.femto.com.br/espectrofotometro-cirrus-80MB.html
 	Um espectrofotômetro deve possuir uma fonte estável de energia radiante, um seletor de faixa espectral, que seleciona o comprimento de onda da luz que passa através da solução de teste, um recipiente para colocar a amostra a ser analisada e um detector de radiação, que permite uma medida relativa da intensidade da luz. “ A base da espectrofotometria, portanto é passar um feixe de luz através da amostra e  fazer a medição da intensidade da luz que atinge o detector. O espectrofotômetro compara quantitativamente a fração de luz que passa através de uma solução de referência e uma solução de teste” [1].
Figura 4: Esquema do funcionamento interno de um espectrofotômero. Fonte: http://www.infoescola.com/materiais-de-laboratorio/espectrofotometro.
	Pode-se determinar a concentração de substâncias através desde método, utilizando-se de cálculos, explicados pela lei de Lambert e Beer: há uma relação exponencial entre a transmissão de luz através de uma substância e a concentração da substância, assim como também entre a transmissão e a longitude do corpo que a luz atravessa. Se conhecemos a distância que a luz atravessa pelo corpo (l) e o coeficiente de absorção da substância ((), a concentração da substância pode ser deduzida a partir da quantidade de luz transmitida.
Log (I0/ I) =A=(cl
A= absorbância
(= absorvidade molecular ou coeficiente de extinção
c= concentração do material absorvedor (0,05mg/mL)
l= espessura da amostra da amostra através da qual a luz passa. (1cm)
A = (cl
Referências bibliográficas:
( [1] Martinez, Mariana. INFOESCOLA < http://www.infoescola.com/materiais-de-laboratorio/espectrofotometro > Acesso em 07 de novembro de 2011
( FEMTO. Venda de equipamentos laboratoriais. < http://www.femto.com.br/espectrofotometro-cirrus-80MB.html >Acesso em 07 de novembro de 2011.
( WIkipédia. < www.wikipedia.org > Acesso em 07 de novembro de 2011.

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