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Palavras-chave: adoção, pares homossexuais, família substituta, menor, criança e adolescente.
ADOÇÃO POR PARES HOMOAFETIVOS: uma abordagem jurídica e psicológica
 INTRODUÇÃO
A produção deste artigo, foi levantada pelas varias controvérsias sobre a adoção homoafetiva e levantar um real interesse para uma reflexão do diferente. 
Também foi feito um levantamento bibliográfico sobre as mudanças do conceito de família trazendo algumas novas configurações de familiares que permeiam nossa atualidade. Desta forma foi feito um levantamento sobre como o homossexual tem sendo visto no com a progressão da sociedade. E assim trazendo uma finalização sobre as características que permeiam a adoção homoafetiva e adoções tardias. E no final uma conclusão sobre o artigo.
Em todo o enredo, não podemos deixar de abordar assuntos a legislação que orienta a adoção e a adoção por homossexuais no Brasil.
Vemos que os grandes problemas enfrentados durante esse processo é justamente em questões psicológicas, onde é colocado a criança em com uma prioridade e detectando possíveis distúrbios psicológicos. Neste artigo, abordamos ainda preconceitos que rondam a questão da homossexualidade.
Mudanças do conceito de família
A concepção de família vem se reestruturando com o passar da historia, a família sempre foi compreendida através da união de um homem e uma mulher e sua prole, que conforme influencia religiosa estipulava a procriação e perpetuação da humanidade.
Essa configuração sofreu largas alterações do Código Civil de 1916 que fornecia direitos a pessoas que possuíssem matrimonio. A figura central da família, era visto como o homem que exercia função provedora para sua mulher e filhos; A mulher era detentora do papel de reprodutora e mantenedora do lar. Mas com a progressão da historia vemos a necessidade da mulher de ajudar a manter a casa, e com isso podemos notar a soma ou até mesmo a inversão de alguns valores na figura central da família.
Com o passa do tempo as influencias da igreja estão se enfraquecendo, e assim padrões morais se diluíram tonando alguns aspectos mais aceitáveis, como a emancipação da mulher e a conquista de mais espaço na sociedade por elas.
Com essa nova configuração familiar a Constituição Federal de 1988 veio para normatizar essas novas formas de convívio. Onde que a família no seu geral tomou uma atenção especial voltada para todos membros que a compõe, sendo eles o homem, a mulher, os filhos, seja eles sanguíneos, adotados ou bastardos gozem dos mesmos direitos.
As configurações de famílias tem sido na atualidade das mais diversas possíveis; Hoje família monoparental se tornou comum, desde mãe ou pai solteiros, famílias formada por avós, tios, ou somente os filhos ou seja a também por casais homossexuais que trazem ou não filhos de relacionamento anterior. Hoje vemos famílias compostas também por filhos adotados seja de família heteroafetivas ou homoafetiva. Independente da formação familiar, havendo afeto e amor todas as configurações devem ser chamadas de família, assim como afirma Fernandinho Martins (2002):
O que é uma família hoje? Formas de relacionamento novas resultam em arranjos inéditos, o que significa que a partir de agora o afeto vale muito mais do que laços burocráticos. A possibilidade de escolher as pessoas com quem se quer viver – a chamada “nova família” – abre um leque variado de combinações possíveis em que o amor parece ser a chave do relacionamento.
MARTINS, Fernandinho. Pais fora do comum. In: Mix Brasil, [Internet] http://www2.uol.com.br/mixbrasil/cultura/especial/pai/pai.shl [Capturado 20.Out.2002].
Com tantas modificações familiares, vemos a grande importância de uma ressignificação familiar.
Homossexualidade e seus enfrentamentos
O envolvimento homossexual sempre existiu em todas esferas , seja ela masculina ou feminina; Aspectos esses que podemos confirmar desde a antiguidade no relacionamento entre povos que acreditavam na transferência de “poder” pelo esperma. Ullmann, 2005 traz em esse dialogo em seu livro dizendo:
ULLMANN, R. A. Amor e sexo na Grécia Antiga. Porto Alegre: Edipucrs, 2005.
“O homossexualismo sempre existiu nas civilizações antigas, principalmente o masculino: romanos, egípcios, gregos e assírios. Tomou maior proporção entre os gregos, pois além de relacioná-la à carreira militar (acreditavam que o esperma transmitiria o heroísmo e a nobreza dos grandes guerreiros).”
Com o envolvimento da religião e os direcionamentos religiosos, a pratica foi (e ainda é) considerada como grande abominação e muito repudiada por alguns seguimentos religiosos, principalmente por considerar que o envolvimento sexual é destinado somente para procriação, ou seja, o ato sexual fora esse sentido bíblico, é considerado como lascívia, pecado.
A homossexualidade sempre esteve ligado a uma intelectualidade mais exacerbada, mesmo que historicamente vemos que o sigilo imperava, temos exemplos de que no período renascentista já tínhamos homossexuais como Miguel Ângelo e Francis Bacon. A partir da metade do século XVII foi surgindo uma sociedade homofobia, diante das mudanças sociais ocorridas, frente ao afrouxamento dos laços entre o Estado e a Igreja. Durante a segunda guerra mundial os homossexuais foram tão perseguidos e cruelmente assassinados pelos nazistas. Esses dados históricos foram muito bem debatidos por Spencer, 1996 no seu livro “Homossexualidade: uma história.
SPENCER, C. Homossexualidade: uma história. Rio de Janeiro: Record, 1996. 
A advogada e professora Maria Berenice Dias, especializada em direito homoafetivo e direito das famílias, debate em vários de seus textos publicados em seu site, sobre questões de caráter homoafetivo, em um dos textos trás um dialogo importante sobre o quanto os homossexuais ainda eram considerados como doentes e por esse motivo ainda havia muitos estigmas sobre o gênero e que muito recentemente o debate sobre a homossexualidade começou a ter uma compreensão maior e assim alguns estudos mais aprofundados sobre o tema tiveram inicio. Felizmente, há pouco mais de dez anos, que a homossexualidade foi retirada da Classificação Internacional de Doenças (CID) pela Organização Mundial de Saúde (OMS), trazendo mais esperança e força para a busca de direitos e igualdade.
Atualmente tem crescido e muito a quantidade de homossexuais que se assumem perante a sociedade, algumas pessoas intitulam esse ato como uma atual modinha ou até mesmo “sair do armário”, mais o que mas representa esses atos são a maior facilidade de enfrentamento diante ao preconceito demonstrado ainda pela sociedade. 
Alerta Maria Berenice Dias, com uma propriedade que lhe é comum, quando se refere ao Movimento Gay:
O movimento passou a considerar como seu insight mais importante a constatação de que muito mais prejudicial do que a homossexualidade em si é o avassalador estigma social de que são alvo gays, lésbicas e travestis. Trata-se de indivíduos que, se experimentam alguma forma de sofrimento, é originado pela intolerância e injustificado preconceito social.
______. Gay também é cidadão. In: Site Maria Berenice Dias. [Internet] http://www.mariaberenicedias.com.br/ [Capturado 12 Agosto 2017].
______. E agora, Chicão? In: Site Maria Berenice Dias. [Internet] http://www.mariaberenicedias.com.br/ [Capturado 12 Agosto 2017].
______. Liberdade sexual e os direitos humanos. In: Site Maria Berenice Dias. [Internet] http://www.mariaberenicedias.com.br/ [Capturado 13 Agosto 2017].
Como o tema hoje ganho uma representatividade muito maior, especialistas defendem a hipótese que a homossexualidade não é uma escolha, pois é carregada de muitos preconceitos e sofrimentos, mas sim de fatores biopsicossociais e sem maior peso para qualquer um dos fatores, o individuo se constitui, (ANTUNES, Camila. 2003. P. 75).
ANTUNES, Camila. A força do Arco-Íris. Revista Veja, São Paulo, 25.Jun.2003.