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PROFESSORA MARIA CRISTINA PAMPLONA DA SILVA Ao final desta aula, o aluno será capaz de: � Definir genética do desenvolvimento; � Entender o conceito de câncer como uma doença genética. � Entender a origem das síndromes de câncer hereditário. � Reconhecer a influência dos agentes carcinogênicos no processo de oncogênese. GENÉTICA DO DESENVOLVIMENTOGENÉTICA DO DESENVOLVIMENTO � É a parte da genética que estuda a caracterização das causas pelas quais os organismos se desenvolvem de um modo particular, devido ao impacto que exerce a expressão de seus genes.a expressão de seus genes. � As anomalias do desenvolvimento certamente possuem o maior impacto na saúde pública. A consulta genética e o diagnóstico pré-natal são importantes para auxiliar indivíduos que se deparam com o risco de sérios defeitos em sua prole, aumentando suas chances de terem crianças saudáveis. GENÉTICA DO DESENVOLVIMENTOGENÉTICA DO DESENVOLVIMENTO � Compreende uma sequência de acontecimentos muito complexos que se encontram inter-relacionados, obtendo finalmente um organismo formado por várias capas de células diferentes. � Graças à genética do desenvolvimento, pôde- se conhecer melhor grande parte dos processos que têm lugar no desenvolvimento de um zigoto até o estado adulto. GENÉTICA DO DESENVOLVIMENTOGENÉTICA DO DESENVOLVIMENTO � O desenvolvimento é o resultado da interação entre os genes, os processos moleculares e celulares e o ambiente. Uma célula indiferenciada apenas inicia o processo de diferenciação após adquirir determinadasdiferenciação após adquirir determinadas características (especificação), seja por sinais internos, seja por sinais de células que a cercam (através de moléculas sinalizadoras), de forma que, ao final, as características adquiridas ao longo dessa especificação sejam irreversíveis (processo chamado de determinação). IMUNOGENÉTICA � O estudo da genética do sistema imunológico é conhecido como imunogenética e tem se beneficiado pelos novos desenvolvimentos em mapeamento genético e clonagem para o estudo de vários genes. � Contribui para a compreensão da patogênese da inflamação crônica, doenças autoimunes e infecciosas. � Abrange também a relação entre inflamação crônica e malignidade. IMUNOGENÉTICA � As investigações atuais de imunogenética utilizam duas categorias principais de substâncias antigênicas, presentes em fluidos corporais, principalmente no soro ou plasma e daqueles expressos nas superfícies de células diferentes. � Na categoria antígenos dos fluidos corporais, uma posição de� Na categoria antígenos dos fluidos corporais, uma posição de destaque é ocupada pelas imunoglobulinas. � Embora os anticorpos sejam geralmente usados para detectar antígenos, eles próprios também podem servir como antígenos e anticorpos podem ser produzidos contra eles. � As principais categorias de superfície celular de moléculas estudadas por métodos imunogenéticos são antígenos do grupo sanguíneo, os antígenos de histocompatibilidade, antígenos restritos ao tecido e aos receptores. IMUNOGENÉTICA O MHC é um lócus gênico que codifica mais de 200 genes. O lócus do MHC é composto por genes divididos em dois conjuntos altamente polimórficos chamados de MHC classe I e da classe II. Existemchamados de MHC classe I e da classe II. Existem vários alelos para as moléculas de MHC, de modo que o polimorfismo é tão grande, que é extremamente improvável que dois indivíduos possuam o mesmo conjunto de MHC. O lócus de MHC é o principal determinante na rejeição de transplantes de tecidos. IMUNOGENÉTICA � Um dos primeiros polimorfismos detectados foi o de antígenos dos grupos sanguíneos. De acordo com o sistema ABO, o sangue humano pode ser classificado em quatro tipos através da detecção de dois antígenos, o A e o B na superfície das hemácias e de dois anticorpos correspondentes a esses antígenos odois anticorpos correspondentes a esses antígenos o anti-A e o anti-B. Assim o sistema possui quatro fenótipos principais: A, B, AB e O. As pessoas que possuem o antígeno A na superfície de suas hemácias são do grupo sanguíneo A, se possuem o antígeno B nestas células é do grupo B. Pessoas que possuem os dois antígenos são do grupo AB, e aquelas que não possuem nenhum dos dois antígenos nas hemácias são do grupo O. Genética do Câncer Genética do Câncer �Câncer é uma das doenças mais comuns e mais graves vistas na medicina clínica. �As estatísticas mostram que o câncer acomete um terço da população, sendo responsável por 20% de todas as mortes, e, sendo responsável por mais de 10% do custo total em cuidados médicos. �O câncer não tratado, sem dúvida, é fatal. �O diagnóstico precoce e o tratamento imediato são vitais.�O diagnóstico precoce e o tratamento imediato são vitais. �Estudos abrangendo inúmeras áreas possibilitaram uma compreensão fundamental das bases genéticas do câncer. �Embora fatores ambientais e dietários (dietas) sem dúvida contribuem para o câncer, aceita-se que os cânceres se originam através de um processo de passos múltiplos conduzidos por alterações de genes celulares e seleção clonal da progênie variante, que vai adquirindo um comportamento progressivamente mais agressivo. �A grande maioria das mutações em câncer é somática, e presente apenas nas células tumorais. Sendo a neoplasia um acúmulo anormal de células que ocorre devido a um desequilíbrio entre a proliferação celular e o desgaste celular. �As células proliferam à medida que passam pelo ciclo celular e sofrem mitose. �A formação das neoplasias se dá pelo�A formação das neoplasias se dá pelo desequilíbrio entre a proliferação celular (ciclo celular) e a apoptose (morte celular programada). �Esses eventos são regulados por uma grande quantidade de genes, que, ao sofrerem mutações, podem ter seus produtos expressos de maneira alterada, iniciando a formação de um tumor. �Assim, o desenvolvimento do câncer (oncogênese) resulta de mutações em um ou mais genes que regulam o crescimento celular e a morte celular programada (apoptose). OO câncercâncer éé umauma doençadoença genéticagenética, independentemente de ocorrer de forma esporádica ou hereditária, pois a carcinogênese sempre inicia com danos no DNA. �A maioria dos eventos genéticos que causam câncer ocorre ao longo da vida do indivíduo, nos seus tecidosocorre ao longo da vida do indivíduo, nos seus tecidos somáticos. Como esses eventos ocorrem em células somáticas, eles não são transmitidos para gerações futuras. �Entretanto, é possível que ocorram tais mutações em células de linhagem germinativa. Caso isso ocorra, pode resultar na transmissão dos genes mutantes de uma geração para outra, produzindo famílias que têm alta incidência de cânceres. �Os tumores celulares surgem quando determinadas mudanças, ou mutações ocorrem em genes responsáveis pela regulação do crescimento da célula. Mas sabe-se que, a frequência e as consequências destas mutações podem ser alteradas por um grande número de fatores ambientais �De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. �Esses fatores podem ser agentes químicos, físicos ou�Esses fatores podem ser agentes químicos, físicos ou virais, e são conhecidos como carcinogênicos ou oncogênicos. �O fator ambiental carcinogênico mais conhecido é o cigarro: o hábito de fumar cigarro é responsável por 90% dos tumores malignos de pulmão e 30% dos tumores malignos em geral, incluindo uma das formas mais letais de câncer: o câncer de pâncreas. GENÉTICA DO CÂNCERGENÉTICA DO CÂNCER Mutação nestes genes são responsáveis pelo câncer. •Os processos de divisão e morte celular são regulados por vários genes. As mutações genéticas que desencadeiam o câncer ocorrem, basicamente, em três tipos de genes: •Proto-oncogenes; •Genes supressorestumorais; •Genes relacionados ao reparo do DNA. por vários genes. •Sendo assim, o câncer é sempre uma doença genética, independentemente de ocorrer de forma esporádica ou hereditária, pois sempre se inicia com danos no DNA. Câncer Invasivo Normal Hiperplasia Displasia Leve Carcinoma in situ(displasia severa) •Genes relacionados ao reparo do DNA. GENÉTICA DO CÂNCERGENÉTICA DO CÂNCER Os proto-oncogenes são genes normais que, quando sofrem mutações, originam os oncogenes. Estes genes estimulam a proliferação celular e quando sofrem as mutações, passam a estimular de forma descontrolada, levando ao câncer. Proto-oncogene Agente cancerígenos (Químicos, UV) Célula normal Célula cancerígena Oncogene GENÉTICA DO CÂNCERGENÉTICA DO CÂNCER Os genes supressores tumorais controlam a divisão celular, induzindo à apoptose, por exemplo. Quando estes genes sofrem as mutações, deixam de funcionar e as células se multiplicam de forma descontrolada, levando ao câncer.
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