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Mediação, Conciliação e Constelação Familiar


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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA- UFPB
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS- CCJ
ANA KAROLINY DANTAS BRANDÃO -2016019043
GEFISSON ALEXANDRE BAHIA LUZ - 2016069260
LUCCA DE OLIVEIRA MOSCOSO -2016012445
MEDIAÇÃO, CONCILIAÇÃO E CONSTELAÇÃO FAMILIAR
JOÃO PESSOA
2017
ANA KAROLINY DANTAS BRANDÃO- 2016019043
GEFISSON ALEXANDRE BAHIA LUZ- 2016069260 
LUCCA DE OLIVEIRA MOSCOSO -2016012445
MEDIAÇÃO, CONCILIAÇÃO E CONSTELAÇÃO FAMILIAR
Trabalho apresentado no Curso de Direito, Setor de Ciências Jurídicas, Universidade Federal da Paraíba como requisito parcial à obtenção da aprovação na disciplina de Psicologia Jurídica. 
Profª. Lidyane Maria Ferreira de Souza.
JOÃO PESSOA
2017
SUMÁRIO
Introdução................................................................................................................03
1. Família: Conflitos familiares e a demanda por solução judicial.....................04
2. Os Métodos Alternativos de Solução de Conflitos..........................................10
2.1. A Mediação.........................................................................................................10
2.2. A Conciliação......................................................................................................12
3. A Constelação familiar.........................................................................................12
4. Papel do psicólogo na mediação, conciliação e constelação.........................14
Conclusão.................................................................................................................19
Referências...............................................................................................................20
Introdução
Principalmente na esfera jurídica, é corrente o número de conflitos entre indivíduos que perduram em tal esfera sem qualquer solução, o que abarca, por sua vez, as mais diversas áreas do Direito. Para melhor didática e atinência para com a presente disciplina, abordar-se-á, no que segue, as técnicas de mediação, conciliação e constelação - sendo a primeira mais pormenorizadamente, em decorrência de tal técnica fornecer mais resultados satisfatórios e melhor aplicação prática - com um olhar centrado na atuação da psicologia nestes, a qual, em consonância com tais mecanismos, ensejará uma interdisciplinaridade com outras profissões, sendo nosso foco, contudo, a influência exercida pelo direito nessa perspectiva. Não obstante a conciliação, mediação e constelação sejam geralmente exercidas por profissionais do campo jurídico, tais artifícios produzirão melhores resultados quando concatenados às ciências da saúde mental, em especial a própria psicologia. Isso se dá, como exporá a presente abordagem, devido ao fato de tal área analisar o caso concreto não apenas sob um prisma estritamente jurídico, mas levando-se em conta também os aspectos subjetivos emanados pelo sujeito no processo, os quais, quando harmonizados àqueles, visam conduzir os indivíduos litigantes a resultados reciprocamente benéficos.
1. Família: Conflitos familiares e a demanda por solução judicial 
A família é o primeiro espaço de convivência do ser humano, é inserida nela que se tem início ao processo de formação da identidade pessoal e social. Com o passar dos séculos a família mudou e se adaptou as transformações oriundas da experiencia científica, da transição dos costumes e da modificação dos paradigmas. Assim sendo, para a definição de família é essencial situar-se o momento histórico e cultural em que está inserida. Sobre essa adaptação familiar as novas estruturas sociais, Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka declara que:
A família é uma entidade histórica, ancestral como a história, interligada com os rumos e desvios da história ela mesma, mutável na exata medida em que mudam as estruturas e a arquitetura da própria história através dos tempos, a história da família se confunde com a história da própria humanidade. [1: HIRONAKA, Giselda M. Fernandes. Família e casamento em evolução. Revista Brasileira de Direito de Família. Editora Síntese. p. 7, 1999. ]
A família constituiu diversas funções sociais que se diferenciaram ao longo da história: religiosas, patrimoniais, protetivas, reprodutivas, socioculturais. Atualmente, o que caracteriza essencialmente a família são as relações de afeto e o compromisso existente entre os membros. [2: MALUF, Adriana C. do R. Dabus. Nova modalidade de família na pós-modernidade. São Paulo. 2010]
Para Maria Helena Diniz:
Família no sentido amplíssimo seria aquela em que indivíduos estão ligados pelo vínculo da consanguinidade ou da afinidade. Já a acepção lato sensu do vocábulo refere-se àquela formada além dos cônjuges ou companheiros, e de seus filhos, abrange os parentes da linha reta ou colateral, bem como os afins (os parentes do outro cônjuge ou companheiro). Por fim, o sentido restrito restringe a família à comunidade formada pelos pais (matrimônio ou união estável) e a da filiação. [3: DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil brasileiro: Direito de Família. 23. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. v. 5. ]
Devido à complexidade das relações interpessoais, o avanço da tecnologia, o individualismo, a globalização, as conquistas feministas, o instituto do divórcio, entre outros fatores sociais, fomentou-se diversas mudanças no âmbito da convivência humana, que atingiram por consequência as interações familiares. A dissolução do casamento e as conquistas LGBT são duas das principais contribuições para a mudança da estrutura familiar, sendo possível conhecer hoje uma pluralidade de modelos familiares e novos problemas a serem enfrentados, tanto na área social quanto na jurídica. Dentre esses dilemas contemporâneos que buscam resolução no âmbito jurídico se tem a guarda compartilhada, a união homoafetiva, a adoção de crianças por casais homossexuais, a alienação parental, entre outras situações modernas que são o reflexo das transformações sociais. 
Eventualmente surgem conflitos dentro do seio familiar que não conseguem ser resolvidos apenas com o dialogo, existe nesses casos a necessidade de se utilizar de meios externos para solucionar esses problemas, geralmente recorre-se a jurisdição do Poder Judiciário. 
Entende-se que levar conflitos de interesse jurídico para serem solucionados pelo Estado é um direito constitucional, é o chamado direito ao acesso à justiça. Esse direito está previsto tanto na Constituição Federal quanto na Convenção Interamericana sobre Direitos Humanos de São José da Costa Rica, que em seu artigo 8º diz:[4: Artigo 5º, inciso XXXV- a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. ]
Toda pessoa tem direito de ser ouvida, com as garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer natureza.[5: BRASIL. Decreto N° 678, de 6 de novembro de 1992. Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de novembro de 1969. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, novembro de 1992. Disponível em: < http://aidpbrasil.org.br/arquivos /anexos/conv_idh.pdf>. Acesso: outubro de 2017]
É o acesso ao judiciário, mas também o acesso a aconselhamento, consultoria, ou seja, a justiça social. O Direito de Família surge como um conjunto de normas que visam regular as relações jurídicas das pessoas que fazem parte de um agrupamento familiar. As normas que dizem respeito a essas relações são principalmente de ordem pessoais, patrimoniais e assistenciais. Na visão de Barbosa: “o Direito de Família seria o ramo do Direito Civil, cujas normas, princípios e costumes regulam as relações jurídicasdo Casamento, da União estável, do Concubinato e do Parentesco, previstos pelo Código Civil de 2002”. Os principais conflitos que o Direito de Família visa resolver são: a adoção, ação de alimentos dos filhos, quer naturais, quer adulterinos, pensão alimentícia, investigação de paternidade, guarda de menores, anulação de casamento, interdição, igualdade conjugal e divórcio. [6: BARBOSA, Camilo de Lelis Colani. Direito de Família. São Paulo. p. 16, 2002 ]
Percebe-se assim um fenômeno de judicialização das relações interpessoais, em que há nas sociedades contemporâneas uma ampliação das atribuições do Poder Judiciário. A constitucionalização dos direitos e a implementação do princípio da dignidade humana são fatores que influenciam numa maior intervenção do Estado nas relações familiares, que através das leis visa regular a convivência dos membros da família. A família ganhou uma proteção especial do Estado com a Constituição de 1988, e o Estatuto da Criança e do Adolescente conferiu a esses uma maior proteção e ampliou seus direitos. Dessa forma, entende-se que existe nas democracias contemporâneas uma normatização da vida em sociedade, em que se busca tornar leis fatos que antes não eram de interesse jurídico, são direitos conquistados que protegem os integrantes da família mais fragilizados daqueles que podem exercer uma maior dominância. [7: GARCIA, Carolina Moraes. A intervenção do Estado na vida familiar. Rio Claro. 2011][8: Artigo 226 da Constituição Federal de 1988: “A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.”]
Devido essa interferência Estatal na vida familiar e a complexidade das relações modernas, há atualmente um crescimento na busca pela solução de conflitos através do juiz ou tribunal. No entanto, o excessivo número de processos que chegam para serem resolvidos pelo judiciário unido a outros fatores fomentam a crise que o Poder Judiciário vem enfrentando. Frequentemente, o cidadão exerce o seu direito de acesso à justiça e se vê frustrado devido a lentidão processual e a resolução do litigio ser insatisfatória ou injusta. Existe uma dificuldade por parte do Estado em solucionar de forma efetiva os litígios, isso ocorre devido ao excesso de demandas existentes no Poder Judiciário, além de outros fatores como a morosidade processual, a burocracia, o número insuficiente de juízes e servidores, a má infraestrutura das instalações, e ainda a incapacidade dos próprios operadores jurídicos de lidarem com as novas realidades legais e com a resolução dos conflitos modernos. Ou seja, os mecanismos tradicionais usados para resolver litígios do judiciário encontram-se em má eficiência.[9: TRENTIN, Taise Rabelo Dutra; TRENTIN, Sandro Seixas. A crise da jurisdição: A mediação como alternativa de acesso à justiça para o tratamento dos conflitos. Rio Grande, 2010.]
Nesse modelo tradicional de solução de conflitos há sempre a figura do que perde e do que ganha a demanda judicial, no mínimo ao fim do processo um sai insatisfeito com o resultado, comumente os dois ficam descontentes devido à demora de resolução e do prolongamento desnecessário da situação conflituosa que acaba por gerar mal-estar para todas as partes. Em se tratando das divergências familiares existe algumas peculiaridades que quando não são levadas em consideração no andamento do processo judicial tendem a gerar mais conflitos, ou seja, as sentenças proferidas pelo Judiciário por muitas vezes não conseguem solucionar os conflitos a medida em que rompe ainda mais os laços afetivos da relação familiar, agravando a situação, sem esclarecer ou elucidar o problema. 
Dessa forma, tem se a necessidade dos Métodos Adequados de Solução de Conflitos (MASC), esses métodos buscam agilizar o caso e resolver a disputa da melhor forma possível. Nas formas alternativas o conflito tende a ser solucionado analisando toda sua complexidade, deve ser levado em consideração todos os interesses das partes, e a solução ser encontrada através de um consenso em que os envolvidos são auxiliados por um terceiro. Dentre os objetivos desses métodos está a busca pela solução mais adequadas a cada tipo de litígio e que ocorra a preservação de relacionamentos, onde prevaleça o diálogo e não uma verdadeira disputa jurídica.[10: GONÇALVES, Amana Passos. A mediação como meio de resolução de conflitos familiares. Rio Grande do Sul. Junho de 2015.]
Igor Lima Goettenauer de Oliveira no seu texto Contribuições dos Métodos Autocompositivos de Solução de Conflitos para um Sistema de Justiça mais Célere e Efetivo fala sobre a importância dos MASC como um dos possíveis meios de solucionar a crise do Sistema de Justiça, e completa: 
No que diz respeito às contribuições que os MASC podem oferecer para o aperfeiçoamento da eficiência do Sistema de Justiça, esses procedimentos são, em regra, muito mais céleres e menos onerosos do que os processos judiciais típicos. Por serem pautados pelos princípios da oralidade e da informalidade, não estarem sujeitos necessariamente à produção de provas de difícil confecção, nem vinculados à agenda de audiências de instrução e julgamento dos Tribunais de Justiça, entre outros aspectos, os conflitos administrados por meio dos MASC tendem a se resolver em pouco tempo, com um custo bastante reduzido, tanto para as próprias partes, quanto para o Poder Público. [11: Fórum Justiça e Cooperação. Acesso à Justiça e a Resolução Alternativa de Litígios. Boletim Semestral. p.21. 1º Semestre de 2015. Disponível em: < http://mj.gov.tl/files/2_Forum_2 015 _AA F .pdf>. Acesso: outubro de 2017]
A Resolução Nº 125, de 2010 do Conselho Nacional de Justiça considera a importância dos mecanismos consensuais de solução de litigio ao afirmar a necessidade de se consolidar uma política pública permanente de aperfeiçoamento desses mecanismos. Nas considerações preliminares a resolução declara: 
CONSIDERANDO que a conciliação e a mediação são instrumentos efetivos de pacificação social, solução e prevenção de litígios, e que a sua apropriada disciplina em programas já implementados no país tem reduzido a excessiva judicialização dos conflitos de interesses, a quantidade de recursos e de execução de sentenças; [12: Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Resolução Nº 125, de 29 de novembro de 2010. Dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências. Disponível em: < http://www.cnj.jus.br/// images/atos_normativos/resolucao/resolucao_125_29112010_11032016162839.pdf>. Acesso: outubro de 2017]
Esses mecanismos são uma forma de solução adequada para o conflito e um meio de acesso à justiça. Quando se trata de conflitos familiares é uma busca por uma solução que efetivamente pacifique as relações e ponha fim as divergências, sem, no entanto, haver desgaste emocional entre as partes ao preservar as relações existentes. Esses métodos estão em acordo com a nova realidade social, em que as pessoas cada vez mais conhecem os seus direitos, buscam por justiça, mas que dificilmente aceitam decisões impostas como a sentença judicial, assim sendo, o consenso entre as partes é uma solução rápida e que tem se tornado fundamental para o sistema judiciário. 
2. Os Métodos Alternativos de Solução de Conflitos
Como visto anteriormente, o Poder Judiciário enfrenta uma crise de desproporcionalidade entre o grande número de processos a julgar e a ausência de celeridade no julgamento desses processos, havendo então uma insatisfação de quem procura este Poder para a resolução de conflitos. É nesse ambiente repleto de morosidade que existe terreno fértil para que ganhem força os Métodos Alternativos de Solução de Conflitos (em inglês Alternative Dispute Resolution – ADR), muito usados nos EUA e Canadá e com crescimento do uso no Brasil. Tais técnicas alternativas permitem que ocorra uma economia em termos de tempo e formalidade, fazendo com que muitas pessoas procurem utiliza-los com o intuito de solverseus enfrentamentos. Cabe aqui citar dois desses métodos: a Mediação e a Conciliação.[13: PEDROSA, Valtércio. A lentidão do Judiciário brasileiro. Revista Jus Navigandi. Teresina. 2005. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/7039>. Acesso em: out. 2017.][14: RODOVALHO, Thiago. Canadá é um bom exemplo do uso da mediação obrigatória. Revista Consultor Jurídico. 2015. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2015-nov-24/thiago-rodovalho-canada-bom-exemplo-mediacao-obrigatoria>. Acesso em: out. 2017.]
2.1 A Mediação
É um método mais informal, no qual as partes litigantes procuram ou aceitam uma pessoa neutra, o mediador, que irá auxilia-las na abertura para o diálogo, com o intuito de identificar a razão da controvérsia, quando esta ainda não estiver clara, bem como no desenvolvimento de soluções do conflito com plena participação das partes.[15: BRASIL. Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015. Dispõe sobre a mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública. Diário Oficial da União. Brasília. DF. Junho de 2015.]
Além disso, existem princípios a serem seguidos no uso do método, dentre os quais podemos citar: a imparcialidade do mediador, com a qual as partes poderão contar para que não haja pendencia para qualquer lado; oralidade e informalidade, princípios importantes quanto à construção sólida da solução de um conflito; confidencialidade, com este elemento, as partes poderão manter-se seguras de que o que for discutido não será disperso à outras pessoas.
É importante notar que há duas modalidades de mediação, a judicial e a extrajudicial, sendo que no primeiro caso já deve existir um litígio no meio judicial, um processo em andamento, devendo os magistrados, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público estimular a realização da mediação, como disposto no Atr. 3º, parágrafo 3º do Código de Processo Civil, sendo que o juiz da causa deve designar um mediador devidamente cadastrado no Tribunal de Justiça. Já o meio extrajudicial é adotado pelas partes sem ainda haver um processo em andamento, realizada por um mediador escolhido pelas partes, podendo ser qualquer pessoa da confiança dos mesmos que tenha capacidade de realizar uma mediação.[16: BRASIL. LEI Nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF. Março de 2015.][17: Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 125/2010. Art. 6º, inciso IX: criar Cadastro Nacional de Mediadores Judiciais e Conciliadores visando interligar os cadastros dos Tribunais de Justiça e dos Tribunais Regionais Federais, nos termos do art. 167 do Novo Código de Processo Civil combinado com o art. 12, § 1°, da Lei de Mediação.][18: Lei nº 13.140/2015, Art. 9º: Poderá funcionar como mediador extrajudicial qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se.]
No tangente à questão da família, a mediação se mostra como ferramenta de grande valia na construção de soluções de conflitos, já que como foi visto no tópico anterior, o confronto judiciário tende à fazer com que hajam perdedores e ganhadores, o que abala as relações entre os familiares, podendo causar o fim dos laços afetivos que já eram frágeis devido ao conflito pré-existente. Esse processo requer do mediador diversos conhecimentos, especialmente os ligados ao direito de família e relações interpessoais. Nesse sentido, comenta Maria Manuel Figueiredo:
O Mediador Familiar procurará que cada parte tenha a oportunidade de, sobre o objecto do conflito, exprimir os seus desejos e interesses, contribuindo desta forma para o esclarecimento daquele. O Mediador Familiar, promoverá a posterior negociação sobre os pontos em relação aos quais as partes não se encontram de acordo, por forma a que possa ser construido entre elas, um Acordo que regule o conflito ou lhe ponha termo e que ambas considerem por isso, adequado às suas necessidades e interesses.”[19: FIGUEIREDO, Maria Manuel. A Mediação Familiar como Opção. 2008. Disponível em: <http://mmfigueiredo.wordpress.com/> Acesso em: outubro de 2017.]
2.2 A Conciliação
Similar à mediação, este é um método no qual as partes litigantes tentam entrar em acordo com o suporte de uma terceira pessoa neutra, o conciliador. Apesar da similaridade, podemos considerar que a conciliação é um método mais “objetivo”, já que é preferencialmente usada quando não há proximidade ou relação de afeto entre as partes conflitantes, não havendo assim um maior aprofundamento na discussão. Além disso, outra diferença em relação à figura do mediador, é que o conciliador participa mais ativamente na decisão, podendo propor uma solução às partes.
A conciliação pode ser judicial ou extrajudicial, como a mediação, sendo que no primeiro caso o magistrado poderá pôr-se como conciliador, ou escolher conciliador, por fim, o acordo entre as partes necessita de homologação. No método extrajudicial, não existe processo judicial em andamento, e as partes procuram livremente a figura do conciliador para resolução do conflito.
No tangente a questões de ordem familiar, a conciliação tem um papel de menor importância, já que por sua característica direta e prática, não se aprofunda no conflito e suas causas, se atendo especialmente ao que for palpável no caso concreto. Podemos então inferir que este método é utilizado especialmente em questões patrimoniais.
3. A Constelação familiar
A constelação familiar é uma terapia desenvolvida pelo intelectual alemão Bert Hellinger, essa terapia parte do pressuposto de que todo ser humano pertence a um sistema, funcionando da seguinte maneira: Durante a sessão, os indivíduos escolherão outras pessoas para representa-los e/ou representar seus familiares, é nessa escolha que eles tem a oportunidade de ver o conflito “de fora”, percebendo que muitas vezes os conflitos são triviais e podem envolver questões antigas da pessoa em questão. [20: Mundo Psicólogos. Constelação familiar: como funciona a terapia?. Maio de 2017. Disponível em:https://br.mundopsicologos.com/artigos/constelacao-familiar-como-funciona-a-terapia. Acesso em: outubro de 2017]
Este método terapêutico tem sido muito adotado recentemente no poder judiciário brasileiro, tendo sido aplicado nas varas de família antes de conciliações e possuindo um alto índice de resultado, como no caso do magistrado Sami Storch da vara de família, que relatou ter um índice de acordo de 100% nos processos em que ambas participaram da vivência de constelações.[21: STORCH, Sami. DIREITO SISTÊMICO: A resolução de conflitos por meio da abordagem sistêmica fenomenológica das constelações familiares. Entre aspas a Revista da UNICORP. Bahia. Julho de 2016.]
Por fim, podemos assinalar que as partes quando bem informadas e em paz tem muito mais propensão à acordos, como é o caso evidenciado pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Comarca de Sorriso, no Mato Grosso, através de uma participante da primeira sessão de constelação familiar:
“Eu nunca tinha ouvido falar desta técnica, mas achei muito interessante. Durante a sessão, pude perceber que nós brigamos por bobeira, besteiras. Na hora da discussão, ficamos com raiva um do outro, com ódio no coração, por coisas que não são graves. Isso eu consegui ver muito bem”[22: Conselho Nacional de Justiça. Cejusc de Sorriso usa método da constelação familiar e evita divórcio. Outubro de 2015. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/noticias/judiciario/80645-cejusc-de-sorriso-usa-metodo-da-constelacao-familiar-e-evita-divorcio. Acesso: outubro de 2017	]
4. Papel do psicólogo na mediação, conciliação e constelação
Como explanado anteriormente, é sabido que nem toda espécie de conflito logra uma decisão mediante acordo entre as partes sozinha, vendo-se necessária a intervenção de um terceiro para auxiliar na resolução destesimpasses. Embora tal figura possa ser ensejada por uma gama de profissionais, aqueles que possuem uma formação de base em Psicologia geralmente têm mais facilidade para resolver tais conflitos, dado o leque de técnicas e habilidades específicos dos quais tais profissionais são dotados para lidar com questões emocionais. 
Em decorrência da criação desse espaço propício para a fala e escuta do emocional das partes (seja no decorrer da própria audiência, seja em rápidas entrevistas psicológicas realizadas pelo mesmo, ou em estudos psicológicos focais agendados - estes últimos necessitando de aceitação prévia pelas partes envolvidas), abordar-se-á, mediante enfoque teórico e melhor didática, em decorrência de sua maior amplitude e aplicação, a técnica da mediação, empregada nestes casos, em que as partes litigantes não alcançam um acordo recíproco satisfatório. Nesta, o psicólogo busca manejar as manifestações subjetivas do processo - as quais emitidas pelos indivíduos - como um terceiro neutro. Assim, ora atuando como perito ou responsável pelo caso, ora colocando-se a serviço do conciliador/Judiciário, este profissional busca conduzir as partes a produzirem decisões (e não produzir qualquer laudo ou opinião técnica) que sejam reciprocamente satisfatórias. Daí a importância da Psicologia no campo jurídico da mediação, pois fornece ferramentas ao mediador para enxergar o problema enfrentado não apenas sob um prisma geral, mas também levando em conta a leitura da subjetividade das partes.[23: MÜLLER, Fernanda Graudenz; BEIRAS, Adriano; CRUZ, Roberto Moraes. O trabalho do psicólogo na mediação de conflitos familiares: reflexões com base na experiência do serviço de mediação familiar em Santa Catarina. Aletheia, n. 26, p. 196-209, 2007.][24: CACHAPUZ, Rozane da Rosa; GOMES, Taritha Meda Caetano. A mediação como instrumento pacificador nos conflitos familiares. Londrina, v. 10, p. 271-286, 2006.]
É possível elencar um número de técnicas empregadas pelo psicólogo jurídico quando tal exerce a função de mediador e que irão conduzi-lo à produção daqueles falados resultados:
Escuta ativa= permite ao mediador desenvolver um diálogo entre as partes, ouvindo cada indivíduo falante em sua inteireza. É a principal das técnicas, pois é a partir dela que o mediador irá, a partir da análise das emoções captadas, conduzir as partes a uma decisão. Subsidiária desta técnica é a repetição, na qual o psicólogo repete o que ouviu da parte com suas palavras, visando assegurar sua compreensão. Assim, em síntese, a escuta ativa é importante por: 1) permitir liberação de tensão das partes por meio da expressão das emoções, 2) possibilita quem está falando a explorar suas próprias emoções em relação ao tema e esclarecer o que sente, 3) garantir o entendimento mútuo da mensagem transmitida, etc.[25: Conselho Federal de Psicologia. Referências técnicas para atuação do psicólogo nas Varas de Família. 1 ed. Brasília: 2010, p. 23.]
Percepção/sensação = permite ao mediador captar a realidade por trás das emoções, palavras e atos corpóreos manifestados pelo falante, não atendo-se apenas à subjetividade do mesmo.
Perguntas abertas, reflexivas e circulares = permite ao mediador e às partes adquirirem conjuntamente conhecimentos de questões que envolvem os conflitos. De maneira geral, essas perguntas abertas permitirão àquele profissional conhecer melhor aqueles envolvidos no conflito; já as reflexivas têm como fito induzir os indivíduos a se auto-questionarem a respeito do que foi dito por eles. Finalmente, as circulares permitem que um mediando note que o adversário possui também concepções acerca do fato, podendo ambas ser válidas.
Análise e síntese = na análise, o psicólogo faz uma compreensão geral do que se passa no processo, delimitando quando um motivo começa ou termina, estabelecendo o que é físico ou psicológico, identificar quem, onde e como se exerce o poder, etc. Em complemento desta técnica, a síntese atua resumindo todos os pontos trazidos pelas partes durante a mediação, organizando as ideias, descartando as emoções e imprimindo uma objetividade às expressões.
Como exemplo principal dessa atuação do psicólogo nos processos de mediação, vale citar como exemplo a maneira que ocorrem as intervenções deste profissional em casos concernentes às Varas da Família, cujas questões, por serem de natureza mais delicada e complexa que as demais, cobram a realização de uma comunicação mais cautelosa entre o mediador e as partes. Assim, o psicólogo buscará promover uma cooperação entre os ex-cônjuges, em vez de privilegiar o lado adversarial da disputa. Embora muitos dos problemas decorrentes desta Vara estejam sujeitos à apreciação pelo Direito, o psicólogo não deve se arraigar a essa tipificação, mas identificar potenciais áreas de alcance pelas ciências humanas, inferindo onde pode contribuir ou relacionar a outros temas. Desta forma, como explica a autora, 1) em casos como de guarda de filhos, destituição do poder familiar ou divórcio, estudos sobre as famílias contemporâneas ou relações de gênero desenvolvidos pela Psicologia são de contribuição inegavelmente importância. 2) Também nos casos de violação de direitos de crianças e adolescentes, a atuação do psicólogo é importante pois permite enxergar o litígio numa dimensão sociofamiliar, e não apenas sob o prisma dos pais, permitindo assim a inclusão da vontade do menor nesta análise. Finalmente, 3) nos casos em que se trata da guarda de filhos, a presença do psicólogo é importante por levar em conta também a opinião da criança quanto ao convívio familiar, enxergando tal como pessoa que tem algo a dizer sobre seus sentimentos, o que pode contribuir muitas vezes ressignificar a experiência pra família ou inverter a lógica do próprio conflito.
Delineando-se rapidamente acerca da importância da Psicologia na constelação familiar, faz-se uma ressalva à obrigatoriedade de observância por esta espécie de mediadores - quer nestes, quer em outros casos - ao Código de Ética Profissional do Psicólogo, no qual lê-se, em um de seus dispositivos: [26: BRASIL. Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética Profissional do Psicólogo. Brasília,2005.]
Das responsabilidades do Psicólogo: Art. 1º - São deveres fundamentais dos psicólogos: c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e legislação profissional. 
Em decorrência desta obediência procedida obrigatoriamente pelos psicólogos a tal codificação, é salutar ao profissional de Psicologia a utilização de técnicas fundamentadas na sua própria ciência de atuação, aquela concernente à saúde mental dos indivíduos, daí a aplicabilidade (ou tentativa) da técnica de constelação familiar. Embora não exista um corpo de pesquisas empíricas que sustentem sua eficácia, efetividade e segurança, as bases teóricas das constelações familiares são frágeis, incluindo campos desenvolvidos cientificamente. Isso não quer dizer, contudo, que a Constelação Familiar não “funcione”, mas que cobra uma melhor investigação pela ciência acerca destes institutos. Somente após verificar suas hipóteses é que poderemos assim, dizer que estará fundamentada cientificamente. Destarte, o Conselho Federal de Psicologia poderá se posicionar - em definitivo - em relação à utilização da Constelação Familiar por Psicólogos(as). Até o momento, contudo, tudo indica que a técnica não está fundamentada na ciência. [27: TATTON, Tiago. Constelações familiares: técnica de Psicologia?. 2017. Disponível em: <https://www.comportese.com/2017/05/constelacoes-familiares-tecnica-de-psicologia>. Acesso: outubro de 2017]
Uma sugestão seria que as pessoas envolvidas com estas técnicas, incluindo as Constelações Familiares, procurassem universidades e grupos de pesquisa para desenvolverem pesquisas rigorosas dentro da comunidade científica, verificando questões como a eficácia, efetividade,possíveis benefícios e riscos associados. Com o tempo, e um paulatino acúmulo de evidências, pode ser que a técnica seja reconhecida e autorizada pelo Conselho. Finalmente, alguns problemas se apresentam, a priori, como, por exemplo, o de sustentar uma prática que depende de modelos teóricos em si mesmos problemáticos. Não há como investigar isso empiricamente, pois ficamos num campo em que resta apenas teorização e levantamento de hipóteses inverificáveis, não havendo, portanto, qualquer possibilidade para avançarmos em termos de construção de evidências. 
Perquire-se, também, acerca da viabilização da falada técnica pelo mediador. É importante citar que, segundo do Código de Ética da Psicologia, está dito que “é vedado ao (o/a) psicólogo (o/a) prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;” não há qualquer tipo de contribuição as se um advogado, um juiz, um dentista, um engenheiro ou um vendedor de panelas desejar oferecer mapas astrais, jogo de cartas de tarô ou fazer constelações familiares, ele deve responder ao Código de Ética de sua profissão (caso exista), e não da Psicologia. À esta ciência e seus conselhos, cabe responder às competências, deveres e direitos do(a) psicólogo(a), e verificar qualquer violação ao seu código de ética. Quem não pode oferecer esses serviços é o profissional de Psicologia. Alguém que se diz “terapeuta holístico”, por exemplo, não responde ao Conselho de Psicologia. Vemos aqui um problema.
Finalmente, portanto, um último ponto a se atentar é a necessidade da existência de uma interdisciplinaridade entre os campos envolvidos nestes processos de harmonização das partes na mediação, principalmente entre o meio jurídico e as ciências concernentes à saúde mental - seja por facilitar aquele processo, seja por produzir conhecimento, estabelecendo um diálogo entre fazer e pensar na prática -, a fim de que aquela garanta uma maior efetividade destes processos de pacificação de conflitos pessoais existentes entre as partes. Destarte, não basta ao psicólogo - dotado de um conhecimento em aprimoramento constante acerca do comportamento humano - atuar decodificando as emoções expressadas pelas partes nos processos a fim de extrair destas seus subtextos ocultos, mas deve também conhecer as leis e atuar conjuntamente a profissionais do meio jurídico, reconhecendo o indivíduo como sujeito singular, conhecendo suas características sociais e pessoais de acordo com a atuação de cada profissão.[28: Conselho Federal de Psicologia. Referências técnicas para atuação do psicólogo nas Varas de Família. Brasília. 1. ed. Brasília: 2010, p.23.]
Diante do exposto, é notória a importância do psicólogo na mediação, conciliação e constelação familiares, principalmente no tocante ao manejo das emoções manifestadas no decorrer destes processos, a fim de que os indivíduos sejam conduzidos a soluções reciprocamente vantajosas. Desta forma, portanto, ressalte-se o posicionamento de Schabbel, apud Carvalho, Teibel e Pucca, os quais, à guisa de conclusão, também enfatizam que o papel daquele como agente decodificador das emoções dos indivíduos, são de grande valia aos processos falados alhures.[29: CARVALHO, Sandra; TEIBEL, Érica; PUCCA, Magda. A mediação em situações de separação de casais com filhos e a contribuição do psicólogo nesta área de atuação. 2008.]
Conclusão
Como exposto ao longo do trabalho, historicamente a família se alterou e passou por diversos tipos de conflitos, sendo que o meio de solução de conflitos mais usado na atualidade tem sido o meio judicial. Apesar disso, há um grande crescimento dos chamados Meios Alternativos de Solução de Conflitos, os quais tem se desenvolvido também em nosso país. 
Concluímos que é sempre importante a ponderação e a conversa como meios para a compreensão mútua, sendo necessário em muitos casos a figura do assistente, como é o caso dos expostos anteriormente, notadamente os mediadores, conciliadores e psicólogos, os quais, por seu entendimento de relações interpessoais, psíquicas ou jurídicas tem o necessário discernimento para desenvolver essa assistência.
Por fim, cabe salientar que o ordenamento jurídico pode ser prejudicial às relações interpessoais, e que o caminho da decisão humanizada aparenta ser mais acertado e justo em comparação com muito do que se vê nos Tribunais ao redor do país.
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