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Aula 01 Revisão de Véspera OAB 11.2017 Oficial (2)

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Direito e Processo Penal 
Prof. Fernando Tadeu Marques 
CONTATOS 
PROF. FERNANDO TADEU MARQUES 
Prof_Marques 
fernandotadeumarques 
fernandotadeumarques 
fernandotadeumarques 
fernandotadeumarques 
DICAS DE 
PROCESSO 
PENAL 
INQUÉRITO POLICIAL 
Conceito: Um procedimento administrativo, conduzido pela polícia judiciária, com o propósito de colher 
elementos informativos para apurar a materialidade de uma infração penal e sua autoria. 
Polícia Judiciária (art. 144, §§ 1º e 4 º da CF): Cabe aos órgãos constituídos das polícias federal e civil conduzir as 
investigações necessárias, colhendo provas pré-constituídas para a formação do inquérito policial, ou seja, trata-se 
de uma atividade investigatória. 
E o Ministério Público, pode investigar? 
De acordo com decisão do STF, o MP dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo 
razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias individuais aos indiciados 
ou investigados, sem prejuízo da possibilidade do controle jurisdicional dos atos (súmula vinculante 14), praticados 
pelos advogados. IMPORTANTE!!! O MP, não poderá realizar atos próprios da polícia, como executar mandados de 
busca e apreensão, realizar interceptação telefônica e conduzir coercitivamente pessoa sob investigação. 
 
Características do Inquérito Policial 
 
a) Inquisitivo: não há acusação formal, por isso não há contraditório. 
b) Indisponibilidade: não pode ser arquivado pela autoridade policial, ou prorrogado ad eternum. 
c) Dispensabilidade: caso o MP tenha elementos suficientes para propor a ação penal, o Inquérito 
Policial não será necessário. 
d) Sigiloso: se faz sem publicidade, mas o advogado tem direito de consultar dos autos do inquérito 
(Súmula Vinculante 14 do STF). 
 
 
Atenção!!! A Lei nº 13.245, de 2016 alterou o art. 7º, XIV do EOAB, possibilitando ao advogado, 
mesmo sem procuração, examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, 
autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que 
conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; 
 
Interrogatório: O delegado deverá se utilizar das regras previstas nos arts. 185 a 196 
do CPP, sendo assegurado ao suspeito o direito constitucional ao silêncio (art. 5º, 
LXIII da CF). 
 
Atenção!!! A Lei 13.245/2016 alterou o art. 7º, XXI do EOAB, possibilitando ao 
advogado o direito de assistir seus clientes investigados durante a apuração de 
infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento 
e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele 
decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da 
respectiva apuração, apresentar razões e quesitos; 
 Diligências pelas partes: O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado 
poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da 
autoridade policial (art. 14 do CPP) 
 
Arquivamento  O arquivamento do Inquérito Policial somente poderá ser realizado pelo Juiz 
 
Finalizado o Inquérito Policial, os autos serão remetidos ao MP para que: 
 Ofereça a denúncia (se verificar os indícios de autoria e prova de materialidade); ou 
 Requeira novas diligências; ou 
 Requeira o arquivamento do Inquérito Policial. 
 
Após o requerimento do MP pelo arquivamento, o JUIZ poderá: 
 Proceder o arquivamento; ou 
 Remeter os autos ao Procurador Geral de Justiça para que ofereça a denúncia ou para que 
indique outro membro do Ministério Público para oferecer a denúncia (Art. 28 CPP). 
 
 
Prazos para conclusão do Inquérito Policial 
 
 Crimes Comuns 10 dias se estiver preso. 
 (Art. 10 do CPP) 30 dias se estiver solto. 
 
 
 Crime Federal 15 dias se estiver preso. 
 (Art. 66, Lei nº 5010/66) 30 dias se estiver solto. 
 
 
 Lei de Drogas 30 dias se estiver preso. 
 (Art. 51, Lei nº 11.343/06) 90 dias se estiver solto. 
 
 
AÇÃO PENAL 
Espécies de ação penal 
Ação Penal Pública 
Incondicionada 
(não depende de provocação 
do ofendido) 
Condicionada 
(depende de provocação do 
ofendido ou do Ministro 
da Justiça) 
Ação Penal Privada 
Exclusiva 
(do ofendido ou 
de seu representante legal) 
(A iniciativa depende de 
sua provocação  queixa) 
Subsidiária da Pública 
(a provocação da ação 
seria do MP – por excesso de prazo 
passa para o particular) 
RETRATAÇÃO 
 
 
 Será possível a retratação da representação até o oferecimento da denúncia 
(Art. 25 CPP). 
 
 
 A vítima pode se retratar da retratação? 
R: A retratação da retratação pode ser feita, desde que dentro do prazo 
decadencial. 
 
Concurso de Agentes na Ação Penal Privada: 
 
 
 A queixa contra qualquer um dos autores do crime, obrigará o processo à 
todos. 
 
 
 A renúncia, em relação a um dos autores do crime, se estenderá à todos. 
 
 
 O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos. 
IMPORTANTE!!! 
 
 
Súmula 234 STJ: A participação de membro do Ministério Público na fase 
investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o 
oferecimento da denúncia. 
 
 
Súmula 542 STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de 
violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada. 
 
 
COMPETÊNCIA 
 
Critérios de Fixação da Competência 
(Art. 69 do CPP) 
 
I – o lugar da infração; 
II – o domicílio ou residência do réu; 
III – a natureza da infração; 
IV – a distribuição; 
V – a conexão ou continência (critérios de modificação de competência); 
VI – a prevenção; 
VII – a prerrogativa de função. 
Competência pelo Lugar da Infração 
(Art. 70 do CPP) 
O art. 70 prevê o local onde ocorreu a consumação ou, no caso de tentativa, o lugar em que foi 
praticado o último ato de execução. 
 
Competência pelo domicílio ou residência do réu 
(Art. 72 do CPP) 
 Não se conhecendo o local da infração, a competência será determinada pelo domicílio ou 
residência do réu. 
Competência em razão da matéria - natureza da infração 
 Conforme a natureza do crime, a ação será processada e julgada por um determinado tipo de 
Justiça competente: 
 
Tribunal do júri: Julga os crimes dolosos contra a vida (art. 5º, XXXVIII, d da CF). 
 
e 
JUSTIÇA PENAL 
ESPECIAL 
COMUM 
ELEITORAL 
MILITAR 
FEDERAL 
ESTADUAL 
Competência da Justiça Estadual 
 
 Súmula 38 STJ: Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da 
Constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada 
em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades. 
 
Obs: Art. 109, IV da Constituição Federal: 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de 
bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou 
empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da 
Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; 
 
 Súmula 172 STJ: Compete à justiça comum processar e julgar militar por crime de 
abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço. 
Obs: O crime de abuso de autoridade não possui correspondente no Código Penal 
Militar. Assim, não compete à Justiça Militar julgá-lo. 
 
 Súmula 209 STJ: Compete à justiça estadual processar e julgar prefeito por desvio de 
verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal. Súmula 522 STF: Salvo ocorrência de tráfico para o exterior, quando, então, a 
competência será da Justiça Federal, compete à justiça dos estados o processo e 
julgamento dos crimes relativos a entorpecentes. 
Competência Justiça Federal 
 
 Súmula 122 STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos 
crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 
78, II, “a”, do Código de Processo Penal. 
 
 Súmula 208 STJ: Compete à justiça federal processar e julgar prefeito municipal 
por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal. 
 
 Súmula 528 STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida 
do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional. 
 
Competência Justiça Militar 
 
 Súmula 90 STJ: Compete à Justiça Estadual Militar processar e julgar o policial 
militar pela prática do crime militar, e à Comum pela prática do crime comum 
simultâneo àquele. 
 
Justiça Militar da UNIÃO julga apenas CRIMES MILITARES (próprios ou impróprios) 
praticados tanto por militares, quanto por civis; 
Justiça Militar ESTADUAL julga CRIMES MILITARES (próprios ou impróprios) e ações 
cíveis, mas NÃO julga CIVIL!!!! 
 
Exceção: Súmula 75 STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar o 
policial militar por crime de promover ou facilitar a fuga de preso de 
estabelecimento penal. 
 
Competência em razão da pessoa (foro por prerrogativa de função) 
 
Confere-se à algumas pessoas, devido a relevância da função exercida, o direito 
de serem julgadas em foro privilegiado. 
ATENÇÃO!!! Finalizado o mandato, cessará também o foro privilegiado. 
O art. 96, III da CF  cabe aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e 
do Distrito Federal e Territórios, bem como, os membros do Ministério Público, 
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. 
 
 Súmula vinculante 45 STF: A competência constitucional do Tribunal do Júri 
prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente 
pela Constituição Estadual. 
PRISÃO 
Uso de Algemas 
 Súmula Vinculante 11 - STF: Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio 
de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, 
justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do 
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado. 
 
Atenção! A Lei 13.434/2017 alterou o CPP acrescentando o parágrafo único no art. 292, para vedar o 
uso de algemas em mulheres grávidas durante o parto e em mulheres durante a fase de puerpério 
imediato. 
Art 292 do CPP, Parágrafo único: É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos 
médico-hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como 
em mulheres durante o período de puerpério imediato. 
PRISÃO EM FLAGRANTE 
1) Flagrante Próprio (real, propriamente dito): é aquele em que o agente é surpreendido cometendo uma infração 
penal ou quando acaba de cometê-la, de forma imediata, sem intervalo de tempo (art. 302, I e II do CPP). 
2) Flagrante impróprio (irreal ou quase-flagrante): ocorre quando o agente é perseguido, logo após cometer o ilícito, em 
situação que faça presumir ser o autor da infração, admitindo um intervalo de tempo maior entre a prática do delito, a 
apuração dos fatos e o início da perseguição, podendo a perseguição levar dias, desde que ininterrupta (art. 302, III do 
CPP). 
3) Flagrante Presumido (ficto ou assimilado): ocorre quando o agente é preso, logo depois de cometer a infração, com 
instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração, não sendo necessário que haja 
perseguição (art. 302, IV do CPP). 
4) Flagrante preparado ou provocado: Trata-se de uma modalidade de crime impossível, pois, embora o meio 
empregado e o objeto material sejam idôneos, há um conjunto de circunstâncias previamente preparadas que eliminam 
totalmente a possibilidade da produção do resultado. 
Súmula 145 STF – Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. 
5) Flagrante Esperado: ocorre quando a atividade do policial ou do terceiro consiste em simples 
aguardo do momento do cometimento do crime, sem qualquer atitude de induzimento ou instigação. 
Posição do STJ: “Não há flagrante preparado quando a ação policial aguarda o momento da prática 
delituosa, valendo-se de investigação anterior, para efetivar a prisão, sem utilização de agente 
provocador”. 
 
6) Flagrante prorrogado ou retardado: consiste em retardar a interdição policial do que se supõe ação 
praticada por organizações criminosas ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e 
acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista da 
formação de provas e fornecimento de informações. (Lei 12.850/2013, art. 8º – flagrante controlado). 
Há também a possibilidade de flagrante prorrogado, em qualquer fase da persecução penal, mediante 
autorização judicial e ouvido o Ministério Público, em relação aos crimes previstos na Lei 11.343/2006, 
conforme art. 53. 
 
FLAGRANTE NOS CRIMES 
 
 
a) Crime Permanente: enquanto não cessar a permanência, o agente encontra-
se em situação de flagrância (art. 303 do CPP). 
 
 
b) Crime Continuado: existem várias ações independentes, sobre as quais 
incide, isoladamente, a possibilidade de se efetuar a prisão em flagrante. 
 
c) Crime de Ação Penal Privada: nada impede a prisão em flagrante uma vez que o art. 301 não 
distingue entre crime de ação pública e privada. 
Todavia, capturado o autor da infração, deverá o ofendido autorizar a lavratura de auto ou ratificá-la 
dentro do prazo da entrega da nota de culpa, sob pena de relaxamento. Devendo oferecer a queixa-
crime dentro do prazo de cinco dias, após a conclusão do inquérito policial. 
 
d) Crime de Trânsito (art. 301 da Lei 9.503/97): nos casos de acidente de trânsito, não haverá prisão 
em flagrante, nem se exigirá fiança, se o condutor do veículo prestar pronto e integral atendimento à 
vítima. 
 
e) Juizado Especial Criminal (ART. 69 da Lei 9.099/95): Nos crimes de menor potencial ofensivo, se o 
autor do fato, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o 
compromisso de comparecer, não haverá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. 
 
 
PRISÃO PREVENTIVA 
IMPORTANTE!!! 
 
Não pode ser decretada de ofício pelo juiz durante o inquérito policial, podendo ser 
representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo MP. 
 
Mas na ação penal, poderá ser decretada de ofício pelo juiz ou à requerimento do MP 
(art. 311 do CPP). 
PRESSUPOSTOS DA PRISÃO PREVENTIVA 
 
1º) Indícios de AUTORIA e prova de MATERIALIDADE; 
 
2º) Art. 313 do CPP: 
 nos crimes DOLOSOS com pena privativa máxima SUPERIOR A 4 ANOS 
(vinculando a prisão preventiva aos crimes mais gravosos); ou 
 
 quando o acusado tiver sido condenado por outro crime doloso, ou seja, 
quando houver REINCIDÊNCIA em crime doloso; ou 
 
 nos crimes que envolvam violência doméstica e familiar contra a mulher, 
criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência. 
 
 
 
3º) Art. 312 do CPP: 
 
 Garantia da ordem pública; ou 
 
 Conveniência da instrução criminal; ou 
 
 Garantia da aplicação da lei penal; ou 
 
 Garantia da ordem econômica. 
 
OBS: A prisão preventiva também poderá ser decretada quandohouver o 
descumprimento das medidas cautelares impostas (art. 312, parágrafo único). 
 
 
OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES 
 
Pressupostos para aplicação das medidas cautelares (art. 282 do CPP): 
 
 Necessidade para: 
 Aplicação da lei penal 
 Investigação ou instrução criminal 
 Evitar a prática de infrações penais 
 
 Adequação da medida à: 
 Gravidade do crime 
 Circunstâncias do crime 
 Condições pessoais do indiciado/acusado 
 
 
Decretação das medidas Cautelares: Será por decisão judicial sempre 
fundamentada 
 
No curso da Investigação 
 Representação da Autoridade Policial 
 Requerimento do MP 
 
 
No curso da Ação Penal 
 De ofício 
 Requerimento de qualquer das partes 
 
Possibilidade de aplicação das medidas cautelares: 
 
  Isoladamente ou cumulativamente. 
 
  Pode ser autônoma ou em substituição à prisão em flagrante 
 
  E somente em casos onde for cominada a pena privativa de liberdade à 
infração (art. 283, § 1º) 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS 
Procedimento Ordinário 
(Pena máxima ≥ 4 anos) 
Fato 
Criminoso 
Inquérito 
Policial 
Ministério 
Público 
 Denúncia 
(Rol de até 08 
testemunhas) 
 Diligências 
 Arquivamento 
 
Juiz de Direito 
 Rejeita a denúncia (Art. 
395 CPP) 
 Recebe a denúncia 
+ Cita o réu (art. 396 CPP) 
  Pessoal 
  Hora certa 
  Edital 
Resposta à acusação 
(art. 396-A CPP) 
 (Rol de até 08 
testemunhas) 
 Prazo: 10 dias 
 
Juiz 
 Recebe novamente a denúncia 
(Art. 399 CPP) 
 
 Absolve Sumariamente 
 (Art. 397 CPP) 
- Excludente de Ilicitude 
- Excludente de Culpabilidade (salvo 
inimputabilidade) 
- Atipicidade 
- Extinção da Punibilidade 
 
Audiência 
Art. 400 do CPP 
- Oitiva Vítima 
- Oitiva Testemunhas acusação 
- Oitiva Testemunhas defesa 
- Oitiva Peritos 
- Acareações 
- Reconhecimento (pessoas e coisas) 
- Interrogatório 
 
- Debates orais (20 min. + 10 min.) 
 - Acusação 
 - Defesa 
 
Memoriais 
Art. 403, § 3º CPP 
 Acusação 
 Defesa 
Prazo: 05 dias 
Sentença 
Prazo: 10 dias 
Procedimento Tribunal do Júri - 1ª fase 
(Crimes dolosos contra a vida) 
Fato 
Criminoso 
Inquérito 
Policial 
Ministério 
Público 
 Denúncia 
(Rol de até 08 
testemunhas) 
 Diligências 
 Arquivamento 
 
Juiz de Direito 
 Rejeita a denúncia (Art. 
395 CPP) 
 Recebe a denúncia 
+ Cita o réu (art. 396 CPP) 
  Pessoal 
  Hora certa 
  Edital 
Resposta à acusação 
(art. 406 CPP) 
 (Rol de até 08 
testemunhas) 
 Prazo: 10 dias 
 
Ministério 
Público 
 Manifestação/réplica 
 (Art. 409 CPP) 
 Prazo: 05 dias 
Audiência 
Art. 411 do CPP 
- Oitiva Vítima (se houver) 
- Oitiva Testemunha acusação 
- Oitiva Testemunha defesa 
- Oitiva Peritos 
- Acareações 
- Reconhecimento (pessoas e coisas) 
- Interrogatório 
 
- Debates orais (20 min. + 10 min.) 
 - Acusação 
 - Defesa 
 - Sentença 
Memoriais 
Art. 403, § 3º CPP 
 Acusação 
 Defesa 
Prazo: 05 dias 
Sentença 
 Pronúncia 
(art. 413 CPP) 
 Impronúncia (art. 414 
CPP) 
 Desclassificação (art. 
419 CPP) 
 Absolvição Sumária 
(art. 415 CPP) 
 
 
RESE 
 
Apelação 
 
RESE 
 
Apelação 
 
 
 
RECURSOS 
RECURSO CABIMENTO PREVISÃO LEGAL PRAZO 
APELAÇÃO Sentença Condenatória ou Absolutória 
- Art. 593 CPP (procedimentos ordinário, sumário e 
Júri); 
- Art. 82 da Lei 9.099/95 (Sumaríssimo) 
Interp.: 5 dias 
Razões: 8 dias 
 
JECrim 
10 dias (prazo único) 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (RESE) 
Decisões interlocutórias previstas no art. 581 do CPP (ex. 
pronúncia; denegatória de apelação, etc), salvo as 
decisões da fase de execução penal. 
Art. 581 CPP (I, II, III, IV, V, VII, VIII, IX, X, XIII, XIV, 
XV, XVI, XVIII); 
- Art. 294 CTB 
Interp.: 5 dias 
Razões: 2 dias 
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE Decisão de 2º grau (acórdão) NÃO-UNÂNIME Art. 609, parágrafo único do CPP 10 dias (prazo único) 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Obscuridade, Contrariedade, Ambiguidade ou Omissão 
na sentença ou acórdão. 
- Art. 382 CPP (sentença); 
- Art. 619 CPP 
(acórdão) 
2 dias 
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 
(ROC) 
Denegação de Habeas Corpus e Mandado de Segurança 
em 2ª Instância 
- Art. 102, II CRFB 
- Art. 105, II CRFB 
STJ: Decisão denegatória  HC: 05 
dias. 
 MS: 15 dias. 
STF: Decisão denegatória  HC: 05 
dias 
 MS: 05 dias 
AGRAVO EM EXECUÇÃO Decisão que negar benefício na fase de execução penal Art. 197 Lei nº 7.210/84 (LEP) 
Interp.: 5 dias 
Razões: 2 dias 
(Súmula 700 STF) 
DICAS DE 
DIREITO 
PENAL 
Da Aplicação da Lei Penal 
 
Normas penais 
incriminadoras e não incriminadoras 
 
Norma Penal em Branco 
Tipos penais abertos 
 
 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
Princípio da reserva legal 
Princípio da anterioridade 
 
IRRETROATIVIDADE 
Art. 2.º, caput, do CP 
“Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os 
efeitos penais da 
Art. 2.º, par. ún., do CP 
“A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por 
sentença condenatória transitada em julgado.” 
 
 
Leis de Vigência Temporária 
“Art. 3º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a 
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.” 
 
TEMPO DO CRIME 
 
 “Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.” 
 
 
CONFLITO APARENTE DE NORMAS 
 
Princípio da Especialidade 
Princípio da Consunção 
 
LUGAR DO CRIME 
 
“Art. 6º Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se 
produziu ou deveria produzir-se o resultado.” 
 
 
Territorialidade 
 Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao 
crime cometido no território nacional. 
 § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves 
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as 
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no 
espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
 § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações 
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço 
aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
 
 
Extraterritorialidade 
 Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 
 I - os crimes: 
 a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
 b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, 
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 
 c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
 d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 
 II - os crimes: 
 a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
 b)praticados por brasileiro; 
 c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território 
estrangeiro e aí não sejam julgados. 
 § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 
 § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: 
 a) entrar o agente no território nacional; 
 b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
 c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
 d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 
 e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais 
favorável. 
 § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as 
condições previstas no parágrafo anterior: 
 a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
 b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
Pena cumprida no estrangeiro 
 Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é 
computada, quando idênticas. 
 
Eficácia de sentença estrangeira 
 Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser 
homologada no Brasil para: 
 I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; 
 II - sujeitá-lo a medida de segurança. 
 Parágrafo único - A homologação depende: 
 a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; 
 b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a 
sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. 
 
Contagem de prazo 
 Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. 
 
Frações não computáveis da pena 
 Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de 
multa, as frações de cruzeiro. 
 
 Legislação especial 
 Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo 
diverso. ( 
 
Fato Típico 
Crime 
Culpabilidade Antijuridicidade / ilicitude 
Conduta 
Tipicidade 
Nexo Causal 
Resultado 
Dolosa 
Comissiva (Ação) 
 
Omissiva 
Dolo Determinado (Direto) 
Culpa Consciente 
Culpa Inconsciente 
Própria 
Imprópria (Comissiva 
por omissão) 
Material 
Formal 
Mera conduta 
 Prevê / Exige 
 Prevê / Não exige 
 Não prevê 
Adequação Típica (Fato+Tipo) 
 Por subordinação imediata/direta 
 Por subordinação mediata/indireta 
 
 
Causas excludentes da ilicitude 
Estado de Necessidade 
 Situação de perigo atual (e iminente?) 
 Ameaça a direito próprio / alheio 
 Situação não causada voluntariamente 
 Proporcionalidade / razoabilidade 
 
 Legítima Defesa 
 Agressão injusta atual / iminente 
 Própria ou de Terceiros 
 Utilização de meios necessários 
 Uso moderado dos meios necessários 
 
 
 Exercício Regular de Direito 
 Prerrogativa conferida pelo ordenamento 
 
 Estrito Cumprimento do Dever legal 
 Em regra Funcionários públicos 
 Deve agir em razão do dever imposto em lei 
 Deve-se observar os limites legais 
 
Questões Especiais 
 Ofendículos 
 Consentimento do ofendido 
 Excesso Punível 
 Causas que excluem a Imputabilidade 
 Inimputabilidade (intelecto e volitiva) 
 Menoridade Penal 
 Embriaguez acidental completa 
(força maior / caso fortuito) 
 
 
Imputabilidade 
 Causas que não excluem a Imputabilidade 
 Emoção e a Paixão 
 Embriaguez voluntária ou culposa 
 
 
 Potencial consciência da Ilicitude 
Exigibilidade de conduta diversa 
 Causas de inexigibilidade de conduta diversa 
 Coação moral irresistível 
 Obediência à ordem não manifesta- 
 Mente ilegal de superior hierárquico 
 Não se exige conhecimentos técnicos 
 
Culposa 
Dolo Indeterminado 
Dolo Alternativo 
Dolo Cumulativo 
Dolo Eventual (Indireto) 
Negligência 
Imprudência 
Imperícia 
Teoria Clássica / Tripartida 
Teoria Finalista / Bipartida 
Prof. Fernando Tadeu Marques 
Direito Penal/Processo Penal 
fernandotmarques@hotmail.com 
Conditio sine qua non 
ou Teoria da equivalência 
dos antecedentes Causais 
 
Iter Criminis 
Cogitação 
Preparação 
Execução 
Consumação Tentativa 
Punível? 
Via de Regra 
NÃO! 
Se constituir 
Crime Autônomo 
SIM! 
NÃO se Pune! 
Tentativa (Abandonada) 
Desistência 
Voluntária 
(Art. 14, II, CP) 
(Art. 15, CP) 
(Art. 14, I, CP) 
Arrependimento 
Posterior 
(Art. 16, CP) 
Crime 
Impossível 
(Art. 17, CP) 
Ineficácia 
absoluta do 
meio 
Impropriedade 
Absoluta do 
objeto 
Porte Ilegal 
Quadrilha 
Roubo 
Furto 
Receptação 
“Ponte de Ouro” 
Prof. Fernando Tadeu Marques 
Direito Penal/Processo Penal 
fernandotmarques@hotmail.com 
Branca 
Cruenta 
Perfeita 
Imperfeita 
Arrependimento 
eficaz 
Erro de 
Tipo 
Erro de Tipo 
Acidental 
Erro de Tipo 
Essencial 
(Evitável ou Inevitável) 
Elementares do crime 
Incriminador 
Não Incriminador 
Circunstâncias do crime 
Error in re - Erro sobre o Objeto 
Error in persona - Erro sobre o Pessoa 
Aberratio Ictus - Erro na execução 
Aberratio criminis - Resultado diverso do pretendido 
Aberratio causae - Erro sobre o nexo causal 
(Construção doutrinária) 
(Art. 20, § 3º, CP) 
(Art. 73, CP) 
(Art. 74, CP) 
(Construção doutrinária) 
(Art. 20, caput, CP) 
(Art. 20, § 1º, CP) 
Prof. Fernando Tadeu Marques 
Direito e Processo Penal 
fernandotmarques@hotmail.com 
Elementar de tipo permissivo 
Fato Típico 
Crime 
Culpabilidade Antijuridicidade / ilicitude 
Conduta 
Tipicidade 
Nexo Causal 
Resultado 
Dolosa 
Comissiva (Ação) 
 
Omissiva 
Dolo Determinado (Direto) 
Culpa Consciente 
Culpa Inconsciente 
Própria 
Imprópria (Comissiva 
por omissão) 
Material 
Formal 
Mera conduta 
 Prevê / Exige 
 Prevê / Não exige 
 Não prevê 
Adequação Típica (Fato+Tipo) 
 Por subordinação imediata/direta 
 Por subordinação mediata/indireta 
 
 
Causas excludentes da ilicitude 
Estado de Necessidade 
 Situação de perigo atual (e iminente?) 
 Ameaça a direito próprio / alheio 
 Situação não causada voluntariamente 
 Proporcionalidade / razoabilidade 
 
 Legítima Defesa 
 Agressão injusta atual / iminente 
 Própria ou de Terceiros 
 Utilização de meios necessários 
 Uso moderado dos meios necessários 
 
 
 Exercício Regular de Direito 
 Prerrogativa conferidapelo ordenamento 
 
 Estrito Cumprimento do Dever legal 
 Em regra Funcionários públicos 
 Deve agir em razão do dever imposto em lei 
 Deve-se observar os limites legais 
 
Questões Especiais 
 Ofendículos 
 Consentimento do ofendido 
 Excesso Punível 
 Causas que excluem a Imputabilidade 
 Inimputabilidade (intelecto e volitiva) 
 Menoridade Penal 
 Embriaguez acidental completa 
(força maior / caso fortuito) 
 
 
Imputabilidade 
 Causas que não excluem a Imputabilidade 
 Emoção e a Paixão 
 Embriaguez voluntária ou culposa 
 
 
 Potencial consciência da Ilicitude 
Exigibilidade de conduta diversa 
 Causas de inexigibilidade de conduta diversa 
 Coação moral irresistível 
 Obediência à ordem não manifesta- 
 Mente ilegal de superior hierárquico 
 Não se exige conhecimentos técnicos 
 
Culposa 
Dolo Indeterminado 
Dolo Alternativo 
Dolo Cumulativo 
Dolo Eventual (Indireto) 
Negligência 
Imprudência 
Imperícia 
Teoria Clássica / Tripartida 
Teoria Finalista / Bipartida 
Prof. Fernando Tadeu Marques 
Direito Penal/Processo Penal 
fernandotmarques@hotmail.com 
Conditio sine qua non 
ou Teoria da equivalência 
dos antecedentes Causais 
 
Penas 
Espécies de Pena 
Privativa de 
Liberdade 
Restritiva de 
Direitos 
Multa 
Reclusão Detenção 
Regimes 
Fechado Aberto 
Prestação Pecuniária Perda de bens 
e valores 
Prestação de 
serviços 
a Comunidade 
Interdição 
temporária 
de direitos 
Limitação de 
finais de 
semana 
Progressão de Regime de Pena 
Crimes 
Comuns 
Cumprimento 
de 1/6 
Bom 
comportamento 
Exame criminológico 
(facultativo) 
Crime que causou prejuízo 
Adm. Pública 
Ressarcimento ao 
Erário 
Crimes 
Hediondos 
Cumprimento 
de 2/5 
Cumprimento 
de 3/5 
Bom comportamento 
Não Reincidente 
especifico 
Reincidente 
especifico 
Cumprimento 
de 1/6 
Bom 
comportamento 
Exame criminológico 
(facultativo) Exame criminológico 
(facultativo) 
Dias Multa 
1/30 
Salário 
Mínimo 
10 
Dias 
360 
Dias 
01 Salário 
Mínimo 
Prisão Simples 
Semiaberto 
Estabelecimento 
Penal de 
Segurança 
máxima ou 
média 
Regimes 
Colônia Penal 
Agrícola, 
Industrial ou 
estabelecimento 
similar 
Casa do 
Albergado 
(Contravenções 
Penais) 
(Crimes) 
Proibidas 
morte, salvo em caso de guerra 
caráter perpétuo 
trabalhos forçados 
banimento 
cruéis 
 
(Pena Superior 
a 8 anos) 
(Pena Superior 
a 4 anos até 
8 anos) 
(Pena igual ou 
inferior a 4 anos) 
Regime 
Disciplinar 
Diferenciado 
Máximo 360 dias, pode repetir por nova falta grave de 
mesma espécie, até o limite de 1/6 da pena aplicada; 
Recolhimento em cela individual; 
Visitas semanais de 2 pessoas, sem contar as crianças, 
com duração de 2 horas; 
Direito à saída da cela por duas horas diárias para banho 
de sol. 
360 Salários 
Mínimos 
5x 
Salário 
Mínimo 
Pagamento à vítima 
entidade pública ou 
privada com 
destinação social 
Tarefas gratuitas em 
entidades 
assistenciais, 
ou outros 
estabelecimentos 
congêneres. 
Aplicável às 
condenações 
superiores a 6 meses 
de privação de 
liberdade 
Pertencentes ao 
condenado dar-
se-á FUNPEN 
Montante do 
prejuízo causado ou 
do provento obtido 
pelo agente ou por 
terceiro em 
consequência da 
prática do crime. 
Não cumprimento enseja 
reversão em pena privativa de 
liberdade 
Proibição do 
exercício de cargo 
Proibição do 
exercício de 
profissão Suspensão 
de autorização ou 
de habilitação para 
dirigir veículos; 
Proibição de 
frequentar 
determinados 
lugares 
Proibição de 
inscrever-se em 
concurso 
Permanecer, aos 
sábados e 
domingos, por 
05 horas 
diárias, em casa 
de albergado ou 
outro 
estabelecimento 
adequado 
Pagamento ao fundo 
penitenciário da quantia 
fixada na sentença e 
calculada em dias-multa 
até 
até 
até 
Valor do “dia” 
Pago em 10 dias após o 
transito em julgado da 
sentença. Pode ser 
parcelado mensalmente 
Transitada em 
julgado a sentença 
condenatória, a 
multa será 
considerada dívida 
de valor 
Remição 
Trabalho Estudo 
desconto do tempo de pena 
privativa de liberdade, 
cumprido nos regimes fechado 
e semiaberto, pelo trabalho ou 
pelo estudo 
 01 dia de pena por 
03 de trabalho 
O cômputo deve ser exato, dos 
dias em que o preso realmente 
trabalhou, excluídos os dias de 
descanso, que são obrigatórios, e 
aqueles dias em que o trabalho foi 
inferior a seis horas, vedadas as 
compensações. 
Perde o direito a até 1/3 (um 
terço) do tempo remido o 
condenado que for punido por 
falta grave, começando novo 
período para a contagem. 
01 dia de pena a cada 12 
horas de frequência 
escolar, divididas, no 
mínimo, em 03 dias. 
Atividade de ensino 
fundamental, médio, inclusive 
profissionalizante, ou 
superior, ou ainda de 
requalificação profissional 
Forma presencial ou por 
metodologia de ensino a 
distância e deverão ser 
certificadas pelas 
autoridades educacionais 
O trabalho e o estudo 
pode ser cumulado, se 
compatíveis 
O preso impossibilitado, por 
acidente, de prosseguir no 
trabalho ou nos estudos 
continuará a beneficiar-se com 
a remição. 
É acrescido de 1/3 no caso 
de conclusão do ensino 
fundamental, médio ou 
superior durante o 
cumprimento da pena, 
desde que certificado 
O tempo remido será 
computado como pena 
cumprida, para todos 
os efeitos 
O trabalho do preso será sempre 
remunerado, sendo-lhe 
garantidos os benefícios da 
Previdência Social. 
Prof. Ms. Fernando Tadeu Marques (Direito Penal/Processo Penal - fernandotmarques@hotmail.com) 
APLICAÇÃO DA PENA 
Circunstâncias 
do Crime 
 
Circunstâncias Judiciais Circunstâncias Legais 
Antecedentes Conduta 
social 
Personalidade Consequências 
do crime 
Culpabilidade Motivos do 
crime 
Comportamento 
da vítima 
gerais, comuns ou genéricas especiais ou específicas 
FIXAÇÃO DA PENA 
Momento judicial de fixação da pena Juízo de culpabilidade Cálculo da pena Concurso de circunstâncias atenuantes e agravantes 
Grau de 
censurabilidade 
da conduta, pois, 
quanto mais 
reprovável o 
crime, maior 
deverá ser a pena. 
Culpabilidade 
é juízo de reprovação. 
fatos da vida pregressa do 
agente, sejam 
bons ou maus, como, por 
exemplo, condenações ou 
absolvições anteriores, 
inquéritos arquivados, 
inquéritos em andamento, 
ações penais extintas ou 
em andamento 
 comportamento 
do sujeito no 
meio familiar, no 
ambiente de 
trabalho e na 
convivência com 
os outros 
indivíduos 
conjunto de 
qualidades 
morais do 
agente. É o retrato 
psíquico do 
delinquente, 
incluindo a 
periculosidade 
razões que ensejaram 
a prática delitiva, tais 
como revolta, 
sentimento de honra 
ferido, amor à família 
ou à pátria, gratidão, 
cobiça, amor, 
vingança, luxúria 
elementos que 
servem de meios 
diretivos e que 
demonstram 
aspectos da 
conduta não 
previstos 
necessariamente 
em lei 
referem-se à 
maior ou menor 
intensidade da 
lesão jurídica 
causada pela 
infração penal na 
vítima ou em 
terceiros 
Sempre previstas na Parte 
Especial do Código Penal, que 
podem ser qualificadoras 
(aumento substancial de pena 
mínimo e/ou máximo) como nos 
arts. 121, § 2.º, 155, §4.º, e 157, 
§ 3.º, do Código Penal; e causas 
de aumento ou de diminuição da 
pena (aumento ou diminuição 
sempre em fração) como nos 
arts. 121, § 4.º, 129, § 4.º, 141, 
III, e 155, § 1.º, do Código Penal. 
circunstâncias agravantes previstas nos 
arts. 61 a 64 do Código Penal sempre 
agravam a pena; circunstâncias 
atenuantes previstas no art. 65, também 
do Código Penal atenuam a pena; causas 
de aumento e de diminuição de pena 
(majorantes e minorantes); circunstâncias 
genéricas, que são chamadas de causas de 
aumento ou de diminuição da pena, como, 
as previstas nos arts. 26, parágrafo único, 
28, § 2.º, e 60, § 1.º, todos do Código 
Penal. 
Deve ser a pena fixada inicialmente entre os limites 
mínimo e máximo estabelecidos para o ilícito penal. 
Nos termos do art. 59 do Código Penal, o juiz, 
atendendo às circunstâncias judiciais, deve não 
somente determinar a pena aplicável entre as 
cominadas alternativamente, como também fixar, 
dentro dos limites legais, a quantidade de sanção. 
Estabelecerá, ainda, o juiz, na sentença, o regime 
inicial de cumprimento da pena privativa de 
liberdade e sua substituição por outra espécie de 
pena, se cabível. 
A imposição da pena depende da 
culpabilidade, conforme já foi analisado 
anteriormente na teoria do crime, e não da 
periculosidade. 
Na fixação da sanção penal, sua qualidade 
e quantidade estão presas ao grau de 
censurabilidade da conduta. 
A lei determina, no art. 68 do Código Penal, que 
o cálculo da pena se faça em 
três etapas (sistema trifásico): 
a)a pena-base será fixada atendendo-se 
ao critério do art. 59 do Código Penal; 
b) em seguida serão consideradas as 
circunstâncias atenuantes e agravantes; 
c) por último, serão levadas em conta as causas 
de diminuição ou aumento de pena. 
Segundo o disposto no art. 67 do Código Penal, 
no concurso das agravantes e atenuantes a pena 
deve aproximar-se do limite indicado pelas 
circunstâncias preponderantes, entendendo-se 
como tais as que resultam dos motivos 
determinantes do crime, da personalidade do 
agente e da reincidência. 
Prof. Ms. Fernando Tadeu Marques (Direito Penal/Processo Penal - fernandotmarques@hotmail.com) 
concurso 
material 
CONCURSO DE CRIMES 
Espécies de concurso 
concurso 
formal 
crime 
continuado 
Ocorre o concurso material (ou real) quando o agente, 
mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou 
mais crimes, idênticos ou não. 
homogêneo heterogêneo 
quando os crimes 
praticados pelo agente 
são idênticos, ou seja, 
previstos na mesma 
figura típica 
quando os crimes 
praticados pelo agente 
não são idênticos, ou seja, 
previstos em figuras típicas 
diversas 
art. 69 do Código Penal, no concurso material as penas são 
aplicadas cumulativamente, ou seja, somam-se as penas 
aplicadas a todos os delitos praticados pelo agente 
Executam-se primeiro as penas de reclusão e, depois, as de 
detenção. É possível a aplicação de pena privativa de 
liberdade cumulada com pena restritiva de direitos, desde 
que, com relação à primeira, tenha sido concedida 
suspensão condicional da pena (sursis). 
Se as penas privativas de liberdade comportarem 
substituição por penas restritivas de direitos, as 
compatíveis entre si serão cumpridas simultaneamente e as 
que não forem compatíveis serão cumpridas 
sucessivamente 
Ocorre o concurso formal (ou ideal) quando o 
agente, mediante uma só ação ou omissão, 
pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não. 
homogêneo heterogêneo 
quando os crimes 
praticados pelo agente 
são idênticos, ou seja, 
previstos na mesma figura 
típica, havendo 
diversidade de sujeitos 
passivos (ex.: o agente 
mata A e B em 
atropelamento) 
quando os crimes 
praticados pelo agente 
não são idênticos, ou 
seja, previstos em 
figuras típicas diversas. 
(ex.: agente atropela A, 
matando-o, e, na 
mesma oportunidade, 
fere B) 
Perfeito 
quando há unidade de 
desígnios, ou seja, o 
agente deve ter em 
mente um só fim, embora 
sejam múltiplos os efeitos 
antijurídicos (ex.: agente 
que coloca uma bomba 
em um prédio — deseja 
explodir o prédio, 
independentemente de 
quantas pessoas venham 
a morrer ou se ferir e dos 
danos que possa causar); 
Imperfeito 
quando há autonomia de 
desígnios, ou seja, o 
agente deseja praticar 
vários crimes, tendo 
consciência e vontade em 
relação a cada um deles, 
considerados 
isoladamente (ex.: agente 
que envenena sopa em 
recipiente, com o intuito 
de matar todos os 
integrantes de uma 
família) 
Aplicação da pena 
Aplicação da pena 
 
No concurso formal perfeito 
 
 
No concurso formal imperfeito 
 
se for homogêneo, sendo as penas 
idênticas, aplica-se uma só delas, 
aumentada de um sexto até metade; se 
for heterogêneo, não sendo as penas 
idênticas, aplica-se a mais grave delas, 
aumentada de um sexto até metade 
havendo desígnios autônomos na conduta 
do agente, as penas devem ser somadas, 
de acordo com a regra do concurso 
material 
Ocorre o crime continuado quando o agente, mediante mais de uma 
ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, 
pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras 
semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação 
do primeiro 
simples ou 
comum 
qualificado ou 
específico 
Previsto no caput do art. 
71 do Código Penal, em 
que o agente, mediante 
mais de uma ação ou 
omissão, pratica dois ou 
mais crimes da mesma 
espécie em continuação, 
sem violência ou grave 
ameaça à pessoa 
previsto no parágrafo único 
do art. 71 do Código Penal, 
em que o agente pratica 
crimes dolosos contra 
vítimas diferentes, 
empregando violência ou 
grave ameaça à pessoa. 
Aplicação da pena 
No crime continuado 
simples ou comum 
No crime continuado 
qualificado ou específico 
se as penas são idênticas, aplica-
se uma só, com o aumento de 
um sexto a 
dois terços; 
se as penas são diversas, aplica-
se a mais grave, aumentada de 
um sexto a dois terços. 
se as penas são idênticas, aplica-
se uma só, aumentada até o 
triplo; 
se as penas são diversas, aplica-se 
a mais grave, aumentada até o 
triplo. 
Há casos em que a regra de aplicação de pena para o concurso formal conduz a uma situação injusta 
em face da regra do concurso material, fazendo com que a reprimenda no primeiro caso (concurso 
formal) se torne mais gravosa ao agente do que no segundo (concurso material). Desta forma o 
legislador criou a regra para dirimir tal injustiça com a redação do artigo 70 em seu paragrafo único: 
Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código . 
 
Cúmulo material benéfico 
Prof. Ms. Fernando Tadeu Marques (Direito Penal/Processo Penal - fernandotmarques@hotmail.com) 
Homicídio simples 
 Art. 121. Matar alguém: 
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 Caso de diminuição de pena 
 § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz 
pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 Homicídio qualificado 
 § 2° Se o homicídio é cometido: 
 I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
 II - por motivo fútil; 
 III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
 IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; 
 V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou 
em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
 Homicídio culposo 
 § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 Aumento de pena 
 § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar 
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se 
o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se 
torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) 
 § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de 
extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012) 
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
 
Infanticídio 
 Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: 
 Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento 
 Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: (Vide ADPF 54) 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 
 Aborto provocado por terceiro 
 Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: 
 Pena - reclusão, de três a dez anos. 
 Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: (Vide ADPF 54) 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o 
consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência 
 
 Forma qualificada 
 Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios 
empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém 
a morte. 
 Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54) 
 
 Aborto necessário 
 I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
 
 Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
 II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
Lesão corporal 
 Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 Lesão corporal de natureza grave 
 § 1º Se resulta: 
 I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
 II - perigo de vida; 
 III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
 IV - aceleração de parto: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 § 2° Se resulta: 
 I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
 II - enfermidade incuravel; 
 III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
 IV - deformidade permanente; 
 V - aborto: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 Lesão corporal seguida de morte 
 § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 Diminuição de pena 
 § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode 
reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 Substituição da pena 
 § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis: 
 I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; 
 II - se as lesões são recíprocas. 
 Lesão corporal culposa 
 § 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
 Aumento de pena 
 § 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012) 
 § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.(Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) 
 Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) 
 § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações 
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) 
 § 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) 
 § 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006) 
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no 
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois 
terços. (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
Calúnia 
 Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
 § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga. 
 § 2º - É punível a calúnia contra os mortos. 
 Exceção da verdade 
 § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: 
 I - se, constituindoo fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; 
 II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141; 
 III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. 
 
 
 Difamação 
 Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 Exceção da verdade 
 Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. 
 
 
 Injúria 
 Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: 
 I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; 
 II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. 
 § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. 
 § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de 
deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997) 
Furto 
 Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. 
 § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou 
aplicar somente a pena de multa. 
 § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. 
 
Furto qualificado 
 § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: 
 I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; 
 II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; 
 III - com emprego de chave falsa; 
 IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. 
 § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o 
exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 § 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local 
da subtração. (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016) 
 
 
Roubo 
 Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à 
impossibilidade de resistência: 
 Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
 § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime 
ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. 
 § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
 I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; 
 II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
 III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. 
 IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem 
prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
 
 
 
Extorsão 
 Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem 
econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa: 
 Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
 § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. 
 § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a 
pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, 
§§ 2o e 3o, respectivamente. (Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009) 
 
 
Extorsão mediante seqüestro 
 Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Vide Lei nº 
8.072, de 25.7.90 (Vide Lei nº 10.446, de 2002) 
 Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
 § 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o 
crime é cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
 § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
 Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
 § 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
 Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
 § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena 
reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996) 
 
 Receptação 
 Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, 
receba ou oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 
Receptação qualificada (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 § 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio 
ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 § 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência. (Redação 
dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio 
criminoso: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 § 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 
2º do art. 155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 § 6º - Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista 
no caput deste artigo aplica-se em dobro. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 
Receptação de animal 
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável de produção, 
ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime: (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016) 
 
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003) 
 I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
 II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. 
 Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003) 
 I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; 
 II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; 
 III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 
 Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: 
 I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; 
 II - ao estranho que participa do crime. 
 III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 
 
 
Estupro 
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro 
ato libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: (Incluído 
pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
 
Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o 
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. (Incluído pela Lei nº 
12.015, de 2009) 
§ 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 4o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
Associação Criminosa 
 Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência) 
 Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência) 
 Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente. (Redação dada pela Lei nº 12.850, 
de 2013) (Vigência) 
 
 
Peculato 
 Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, 
em proveito próprio ou alheio: 
 Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
 § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em 
proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. 
 
 
Peculato culposo 
 § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. 
 Peculato mediante erro de outrem 
 Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
 
Concussão 
 Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
 Excesso de exação 
 § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que 
a lei não autoriza: (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) 
 Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) 
 § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: 
 Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
Corrupção passiva 
 Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em 
razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003) 
 § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer 
ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. 
 § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de 
outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 
Prevaricação 
 Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer 
interesse ou sentimento pessoal: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de 
rádioou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007). 
 Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. 
 
Denunciação caluniosa 
 Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou 
ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000) 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
 § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto. 
 § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção. 
 
 
Favorecimento pessoal 
 Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. 
 § 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão: 
 Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa. 
 § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena. 
 
 
Favorecimento real 
 Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o 
proveito do crime: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. 
 Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação 
móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional. (Incluído pela Lei nº 12.012, de 2009). 
 Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído pela Lei nº 12.012, de 2009). 
 
 
Evasão mediante violência contra a pessoa 
 Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de 
violência contra a pessoa: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, além da pena correspondente à violência. 
 
Súmula Vinculante 56 STF 
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, 
nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. 
 
Lei 11.343/2006 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer 
consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: 
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou 
guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou 
produto químico destinado à preparação de drogas; 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam 
em matéria-prima para a preparação de drogas; 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem 
dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de 
drogas. 
§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: (Vide ADI nº 4.274) 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. 
§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas 
previstas no art. 28. 
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em 
penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre 
organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012) 
Lei 8072/90 
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, 
consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984) 
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio 
qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela Lei nº 13.142, de 2015) 
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra 
autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança 
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em 
razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 
1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 
1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014) 
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, 
tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: (Vide 
Súmula Vinculante) 
I - anistia, graça e indulto; 
II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
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PROF. FERNANDO TADEU MARQUES 
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