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ANTONIO DAS GRAÇAS ALVES FERREIRA Professor Mestre em Economia (UFPE) APOSTILA DISCIPLINA CONTABILIDADE BÁSICA E GERENCIAL CURSO ENGENHARIA DA PRODUÇAO CARGA HORÁRIA: 76 HORAS SÃO LUIS – MA AGOSTO 2017 UNIDADE I – NOÇÕES DE CONTABILIDADE CONCEITO Na literatura contábil brasileira, que mantêm sintonia com a literatura contábil internacional, encontramos vários conceitos de Contabilidade. Destacamos a seguir, alguns desses conceitos: “Contabilidade é a Ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à administração econômica” – conceito oficial formulado no I Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado no Rio de Janeiro, de 17 a 27 de agosto de 1924. “A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização” (IBRACON, 1986). “É a ciência (ou técnica, segundo alguns) que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial”. (FRANCO, Hilário, 2010). “A Contabilidade é uma ciência social que estuda e pratica as funções de controle e de registro relativas aos atos e fatos da Administração e da Economia”. Guia IOB de Contabilidade – 2011. “A Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio à disposição das aziendas, em seus aspectos estáticos e em suas variações, para enunciar, por meio de fórmulas racionalmente deduzidas, os efeitos da administração sobre a formação e a distribuição dos créditos”. (HERMAN JR, Frederico, 2009). No conceito elaborado pelo professor Fraderico Herman Jr., surge a palavra Azienda, atualmente não mais usual em nosso meio contábil, porém, que precisa ser definida no sentido de esclarecer o seu real significado. Azienda é uma palavra italiana que deriva de “agenda”, e etimologicamente significa “coisa a fazer”, em geral, negócios, ocupações, afazeres: complexo de obrigações, bens materiais e direitos que constituem um patrimônio, representado em valores ou como objeto de apreciação econômica, considerado juntamente com a pessoa natural ou jurídica que tem sobre ele poderes de administração e disponibilidade. OBJETO E OBJETIVO DA CONTABILIDADE OBJETO DA CONTABILIDADE O objeto da Contabilidade é o Patrimônio das entidades econômico-administrativas. “A Contabilidade é uma ciência social que tem por objeto o patrimônio das entidades econômico-administrativas”. (RIBEIRO, Osni, 2005). 1.2.2 OBJETIVO DA CONTABILIDADE O objetivo da Contabilidade é permitir o estudo e o controle dos fatos decorrentes da gestão do patrimônio das entidades econômico-administrativas. Portanto, não há nenhuma dificuldade na delimitação dos objetivos da Contabilidade no terreno científico, a partir do seu objeto, que é o Patrimônio, por estarem concentrados na correta representação deste e nas causas das suas mutações, ou seja: O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do patrimônio e na apresentação e análise das causas das suas mutações; Na prática, a aplicação da Contabilidade na empresa tem por finalidade fornecer aos usuários informações sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do patrimônio e suas mutações. Isso compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos expressos sob a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas e outros meios. 1.3 FINALIDADE DA CONTABILIDADE A principal finalidade da Contabilidade é permitir a obtenção de informações de ordem econômica e financeira sobre o patrimônio das entidades, para facilitar às tomadas de decisões por parte dos seus usuários. As informações de natureza econômica compreendem, principalmente, os fluxos de receitas e de despesas, que geram lucros ou prejuízos, e as variações no patrimônio da entidade. As informações de natureza financeira abrangem principalmente os fluxos de caixa e do capital de giro. 1.4 USUÁRIOS DA CONTABILIDADE E TÉCNICAS CONTÁBEIS 1.4.1 USUÁRIOS DA CONTABILIDADE Os usuários da Contabilidade compreendem todas as pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, tenham interesse na avaliação da situação e no desenvolvimento da entidade, podendo ser classificados em internos (pessoas que fazem parte da empresa) e externos (pessoas e entidades que não fazem parte da empresa. Os usuários podem ter interesses diversificados, razão pela qual as informações contábeis devem ser amplas e confiáveis. No mínimo, as informações devem ser suficientes para a avaliação da situação patrimonial da empresa e das mutações sofridas pelo seu patrimônio. Usuários Internos – como usuários internos das informações produzidas pela Contabilidade, para fins de administração da empresa de modo geral, temos: O Empresário (antigo titular de firma individual), os sócios, quotistas e os acionistas da empresa; Os diretores, gerentes, os administradores de todos os níveis e os empregados. Usuários Externos – os usuários externos concentram suas atenções, de forma geral, em aspectos mais genéricos nas demonstrações contábeis. Como usuários externos das informações contábeis, temos: Bancos, instituições financeiras, fornecedores e clientes; Governos e órgãos governamentais (fiscalização e decisões macroeconômicas); Investidores do mercado de capital (no caso de sociedade anônima de capital aberto); Auditores externos; Sindicatos e associações de classes. 1.4.2 TÉCNICAS CONTÁBEIS Modernamente, a literatura contábil tem definido como técnicas contábeis, as a seguir demonstradas: Escrituração – registro, em livros próprios (Diário, Razão, Caixa e Contas Correntes), de todos os Fatos Administrativos que ocorrem no dia-a-dia das organizações. Demonstrações Contábeis – quadros técnicos que apresentam dados extraídos dos registros contábeis da entidade. As demonstrações contábeis mais conhecidas são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. Auditoria – verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações contábeis, através do exame minucioso dos registros contábeis e dos documentos que deram origem aos mesmos. Análise de Balanços – exame e interpretação dos dados contidos nas demonstrações contábeis, com o fim de transformar esses dados em informações úteis aos diversos usuários da contabilidade, a fim de atingir determinado objetivo. Perícia Contábil – é a especialidade da Contabilidade que funciona com o objetivo de resolver questões contábeis ordinariamente originárias de controvérsias, dúvidas e de casos específicos determinados ou previstos em lei. Pode ser extrajudicial ou arbitral e judicial. 1.5 CAMPO DE APLICAÇÃO, ESPECIALIDADES E MERCADO DE TRABALHO DO PROFISSISONAL CONTÁBIL 1.5.1 CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE O campo de aplicação da Contabilidade abrange as entidades econômico-administrativas. Entidades econômico-administrativas são organizações que reúnem os seguintes elementos: patrimônio, titular, capital, ação administrativa e fim determinado. Segundo o fim a que se destinam, podem ser classificadas: Entidades com fins econômicos – chamadas de empresas, visam ao lucro para preservar e/ou aumentar o patrimônio líquido. Exemplo: empresas comerciais, indústrias, agronegócios, entre outras. Entidades com fins socioeconômicos – intituladas instituições, visam superávit que reverterá em benefício de seus integrantes. Exemplos: associações de classe e clubes sociais. Entidades com fins sociais – também chamadas de instituições, têm por obrigação atender às necessidades da coletividade a que pertencem. Exemplos: a União, os Estados e os Municípios. 1.5.2 ESPECIALIDADESDA CONTABILIDADE A Contabilidade pode ser dividida em dois grandes ramos: a Contabilidade Geral, que trata dos princípios, das normas e das funções que se aplicam às empresas de ordem geral, e a Contabilidade Aplicada, que utiliza tais princípios, normas ou funções em determinada empresa. No contexto da Contabilidade Aplicada, temos a Contabilidade específica para empresas industriais, comerciais, de seguros, agrícolas (agronegócio), instituições financeiras e as entidades públicas, entre outras. Mesmo que o mecanismo contábil seja idêntico, cada ramo da Contabilidade tem condições que lhe são próprias, ou seja, o tratamento contábil e administrativo é adequado as diversas formas de especialização. Em termos de fornecimento das informações para as entidades que visam lucro, podemos dividir as especialidades da contabilidade em: Contabilidade Gerencial (âmbito interno) – abrange as informações a serem fornecidas aos tomadores de decisão, isto é, às pessoas internas à organização responsáveis por dirigir e controlar suas operações. Estas informações são utilizadas para traçar metas, avaliar o desempenho dos setores da empresa, bem como de seus funcionários, decidindo sobre a produção de novos produtos ou não, além de todos os tipos de decisões gerenciais. Contabilidade Financeira (âmbito externo) – refere-se a recursos financeiros, obrigações e atividades da entidade legal. Sua informação é destinada, a priori, a orientar investidores e credores ao decidirem onde alocar seus recursos. Contabilidade Fiscal ou Tributária – objetiva fornecer informações ao órgão tributante. O planejamento tributário significa a antecipação dos “efeitos dos impostos” nas transações e na estruturação das operações, de modo que se minimize a carga tributária, licitamente. Destaca-se que a declaração do Imposto de Renda é baseada na Contabilidade Financeira. Contabilidade de Custos – localiza-se em uma área intermediária entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial, pois serve as duas. 1.5.3 O MERCADO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE São milhões de entidades constituídas sob a forma de empresas ou instituições públicas ou particulares, nas quais o profissional contábil poderá trabalhar como funcionário ou prestar serviços dedicando-se a uma ou mais entidades, como pessoa física (autônomo) ou por meio de uma empresa de serviços contábeis da qual seja titular ou sócio. Conforme definido na Resolução CFC nº 560/1983, que dispõe sobre as prerrogativas profissionais do profissional contábil, ele pode exercer suas atividades na condição de profissional liberal ou autônomo, de empregado regido pela CLT, de servidor público, de militar, de sócio de qualquer tipo de sociedade, de diretor ou de conselheiro de quaisquer entidades, ou em qualquer outra situação jurídica definida pela legislação, exercendo qualquer tipo de função. As funções mencionadas no parágrafo acima podem ser as de analista, assessor, assistente, auditor interno e externo, conselheiro, consultor, controlador de arrecadação, controller, educador, escritor ou articulista técnico, escriturário contábil ou fiscal, executor subordinado, fiscal de tributos, legislador, organizador, perito, pesquisador, planejador, professor ou conferencista, redator ou revisor, membros de tribunais etc. Essas funções podem ser exercidas em vários níveis, como nos cargos de chefe, subchefe, diretor, responsável, encarregado, supervisor, superintendente, gerente, subgerente, de todas as unidades administrativas onde se processem serviços contábeis. A titulação também é variada, podendo ser de contador, contador de custos, contador departamental, contador de filial, contador fazendário, contador fiscal, contador geral, contador público, controller, técnico em contabilidade (nível médio) ou outras denominações semelhantes. 1.6 CONTABILIDADE COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO EMPRESARIAL A administração de empresa precisa avaliar os resultados de sua gestão. A alta administração da empresa precisa de informações resumidas que possibilitem tomadas de decisões mais rápidas e eficazes, enquanto as gerências intermediárias necessitarão de informações detalhadas sobre as áreas que estão sob sua responsabilidade. A controladoria torna-se cada vez mais um importante instrumento de gestão estratégica dos negócios. As informações contábeis ajudarão a direção nas diversas funções administrativas: Planejamento – as empresas buscam as oportunidades que o ambiente externo oferece, visando a seus diversos objetivos. Desenvolvem seus planos estratégicos definindo o que efetivamente pretendem ser, ou seja, que tipos de produto, de cliente e de mercado pretendem explorar. A visão de uma controladoria estratégica envolve também as ações futuras da organização, criando as condições para realização, avaliação e controle dos resultados preestabelecidos. O planejamento envolve decisões em relação ao futuro, visando identificar e avaliar as melhores alternativas e suas consequências, incluindo os riscos. Organização – o conceito de organização abrange a própria estrutura organizacional que tem como objetivo permitir que os planos possam ser executados. Os planos de ações, por sua vez, decorrem das decisões estratégicas da direção da empresa, em face das oportunidades e dos riscos apresentados por seu mercado de atuação. O sistema de informação gerencial (e suas evoluções) tem papel importante na gestão dos negócios. Controle – também na função de controle, é fundamental o uso da informação. Daí a necessidade de confrontar os resultados atingidos com as metas estabelecidas, de modo que permitam a ação gerencial sobre as causas que eventualmente tenham inibido ou dificultado o alcance dos objetivos preestabelecidos. Isso possibilita premiar e motivar a direção e colaboradores que tiverem bom desempenho. A economia globalizada criou um ambiente empresarial mais competitivo, requerendo instrumentos de gestão voltados para o presente e o futuro. Coordenação – cada uma das áreas de uma empresa desempenha as tarefas de sua responsabilidade. São as informações que possibilitam à direção uma ação coordenada, visando evitar desperdícios e alcançar os objetivos estabelecidos. Mesmo no mundo moderno e competitivo as vaidades levam à formação de feudos dentro das empresas, muitas vezes gerando duplicidade de trabalhos. Algumas áreas não têm comportamento facilitador da realização dos trabalhos das demais unidades internas. A coordenação desse ambiente interno é tarefa de extrema importância na geração de valor para os acionistas. Direção – o planejamento, a organização, o controle e a coordenação possibilitam à administração superior dirigir a empresa, tomando as decisões com maior segurança, à medida que as informações são de melhor qualidade. A análise financeira tem papel relevante nesse contexto. 1.7 SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS Ao constituírem uma empresa, os sócios definem o tipo de sociedade, o volume de capital a ser investido e os objetivos sociais a serem perseguidos. À medida que a empresa desenvolve suas atividades, ela compra matéria-prima, agrega mão-de-obra direta mais custos indiretos de produção e obtêm o produto acabado. Estoca matéria-prima, mantém produtos em fase de elaboração e estoca produtos acabados. Paga aos fornecedores, paga salários aos empregados e impostos ao governo. Vende seus produtos, recebe pelas vendas, deposita nos bancos, contrata empréstimos e pratica todo um conjunto de ações gerenciais inerentes a sua atividade. As movimentações nos elementos constitutivos do patrimônio da empresa, que possam ser expressos em valores monetários, constituem fatos que geram lançamentos contábeis que são as entradas de dados para o sistema de informações contábeis. Portanto, cada fato contábil deve ser claramente identificado quanto a seu significado. Muitos desses fatos envolvem cálculos para, em seguida, serem adequadamente classificados e registrados. Desse modo,os referidos registros constituem um rico banco de dados, a partir do qual é possível gerar informações tanto para os usuários internos quanto para os externos à empresa. Cada um dos usuários das informações tem objetivo próprio. A seguir, apresentamos um diagrama que tem como finalidade melhorar a compreensão sobre o Sistema de Informações Contábeis (SIC). Diagrama do Sistema de Informações Contábeis (SIC) ENTRADA PARA O SAÍDA DO SISTEMA SISTEMA Atividades e operações da empresa Relatórios e informações geradas pela Contabilidade Demonstrações Contábeis e N.E. Integralização de capital ou aumento DIPJ e outras informações, Obrigações acessórias. Compra de matéria-prima/mercadorias SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS - SICRelatórios de custos de produção Produção/comerc. de bens e serviços Interpretar Calcular Classificar Registrar Orçamentos de Despesas, Custos, receitas e Capital Pagamentos a forn, empregados, governo etc Recebimento de vendas Vendas de produtos Planos de Investimentos e Financiamentos Outras informações Outras atividades O diagrama acima demonstra o Sistema de Informações Contábeis, evidenciando suas principais entradas e saídas. Como podemos observar o Sistema de Informações Contábeis (SIC) gera as demonstrações contábeis que normalmente são divulgadas para o conhecimento do público interessado, principalmente, analistas, credores e investidores, entre outros. Os demais instrumentos de caráter eminentemente gerencial se destinam a subsidiar a alta administração no processo de planejamento, organização, controle e direção. 1.8 Atividades de Fixação 1 “A Contabilidade é uma ciência social que tem por objeto o patrimônio das entidades econômico-administrativas”. O enunciado está relacionado a: Objeto da Contabilidade Finalidade da Contabilidade Conceito de Contabilidade Campo de aplicação da Contabilidade 2 “Permitir o estudo e o controle dos fatos decorrentes da gestão do patrimônio das entidades econômico-administrativas”. Marque a alternativa que confirma o enunciado. Objetivo da Contabilidade Objeto da Contabilidade Finalidade da Contabilidade Campo de aplicação da Contabilidade 3 Assinale a opção que evidencia apenas usuários externos da Contabilidade. O empresário; os acionistas; os bancos; auditores externos. Investidores do mercado de capital: bancos; associações de classe; sindicatos. Governos; órgãos governamentais; fornecedores; acionistas da empresa Instituições financeiras; quotistas; diretores; auditores externos. 4 “Verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações contábeis, através do exame minucioso dos registros contábeis e dos documentos que deram origem aos mesmos”. O enunciado refere-se à técnica contábil: Escrituração Análise de balanço Demonstrações contábeis Auditoria 5 Assinale a alternativa que registra apenas entradas no SIC. Integralização de capital; venda de produtos; compra de matéria-prima. Recebimento de Vendas; pagamento de fornecedores; Demonstrações Contábeis. DIPJ; Orçamentos de Custos; Integralização de capital. Integralização de capital; pagamento de empregados; Plano de Investimentos. 6 Para o exercício pleno da atividade contábil, o Contador deve: Ter graduação em Ciências Contábeis. Ter graduação em Técnico em Contabilidade. Ter graduação em Ciências Contábeis, registro no CRC e estar regular com suas obrigações. Ter registro no CRC de sua jurisdição. 7 O sócio de empresa que seja contabilista tem competência para assinar as demonstrações contábeis, desde que: Possua mais de 50% do capital. Esteja legalmente habilitado. Seja de nacionalidade brasileira. Seja Bacharel em Ciências Contábeis. 8 Com base nos textos disponibilizados nesta unidade enumere dois conceitos de Contabilidade. UNIDADE II – PATRIMÔNIO 2.1 CONCEITO O Patrimônio, objeto da Contabilidade, é um conjunto de bens, direitos e obrigações avaliados em moeda e pertencente a uma pessoa física ou jurídica. Numa linguagem bem simples, podemos dizer que o patrimônio é tudo que o indivíduo ou a empresa possui. 2.2 COMPONENTES DO PATRIMÔNIO Os componentes do patrimônio são definidos conforme a seguir: Bens – são coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Podem ser materiais e imateriais. Bens Materiais (Corpóreos ou Tangíveis) – são os objetos que a empresa tem para uso (armários, prateleiras, computadores, máquinas, equipamentos, automóveis etc.), troca (mercadorias e dinheiro) ou consumo (material de limpeza, material de expediente e material de embalagem). Bens Imateriais (Incorpóreos ou Intangíveis) – correspondem a determinados gastos que, por sua natureza, a legislação brasileira determina que façam parte do patrimônio da empresa, benfeitorias feitas pela empresa em bens de propriedade de terceiros (reformas em imóveis alugados etc.), direito de uso de marcas, patentes de invenções etc. Direitos – são todos os valores que a empresa tem para receber de terceiros, como duplicatas a receber, promissórias a receber, aluguéis a receber etc. Obrigações – abrangem os valores que a empresa tem de pagar a terceiros, como: duplicatas a pagar (fornecedores), salários a pagar, títulos a pagar, impostos a pagar, salários e encargos sociais a pagar etc. 2.3 ASPECTOS QUALITATIVO E QUANTITATIVO DO PATRIMÔNIO Os relatórios elaborados pela contabilidade a partir da escrituração contábil deverão ressaltar dois aspectos do patrimônio, a saber: Qualitativo – consiste em qualificar, dar nomes aos elementos componentes do respectivo relatório, permitindo que se conheça a natureza de cada um; Quantitativo – consiste em atribuir, aos respectivos elementos, seus valores em moeda. 2.4 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO O patrimônio da entidade é representado graficamente em forma de “T”, sendo o lado esquerdo denominado lado do Ativo, onde são classificados os elementos positivos (bens e direitos), e o lado direito denominado lado do Passivo, onde são classificados os elementos negativos (obrigações). Exemplo: Ativo Passivo Bens Obrigações Direitos O gráfico em “T”, usado para representar a situação patrimonial de uma entidade, denomina-se Balanço Patrimonial. Balanço lembra balança de dois pratos. Para refletir situação normal, os dois pratos da balança precisam estar em equilíbrio. Como ocorre com a balança, o balanço também precisa estar em equilíbrio. Para o Balanço Patrimonial refletir adequadamente a situação financeira da entidade, o total do lado do Ativo deverá ser igual ao do lado do Passivo. Na prática, entretanto, nem sempre a soma de bens e direitos é igual à soma das obrigações. Desta forma, a diferença entre o Ativo (bens e direitos) e o Passivo (obrigações), que se chama Situação Líquida, será colocada no gráfico sempre do lado do Passivo, como se fosse um peso no prato da balança, para manter o equilíbrio entre os dois lados. Portanto, na representação gráfica do patrimônio, o Patrimônio Líquido, será classificado do lado do Passivo, visando compor a Equação Fundamental do Patrimôniode que o Ativo é igual ao Passivo mais a Situação Líquida (A = P + PL). 2.5 SITUAÇÃO LÍQUIDA OU PATRIMÔNIO LÍQUIDO Os termos Situação Líquida e Patrimônio Líquido são expressões sinônimas, que dependendo da circunstância em que se apresentem no meio contábil é mais adequado o uso de uma do que da outra. Situação Líquida é a diferença entre o Ativo e o Passivo (SL = A – P). Vimos que os bens, direitos e obrigações compõem o Patrimônio e são avaliados em moeda. Desta forma, somando os valores dos bens e direitos, teremos o total do Ativo. Da mesma forma, somando os valores das obrigações teremos o total do Passivo. Exemplo: PATRIMÔNIO Ativo Passivo Bens Caixa 18.000 Móveis 27.000 Direitos Dup. a Receber 20.000 Obrigações Fornecedores 8.000 Impostos a Recolher 1.000 Aluguéis a Pagar 2.000 Salários a Pagar 4.000 Total 65.000 Total 15.000 Situação líquida = R$ 65.000 – R$ 15.000 = R$ 50.000. A Lei nº 6.404/76 (alterada pela Lei nº 11.638/2007) em seu artigo 178, § 2º, inciso III, define que no Balanço Patrimonial os valores representativos dos recursos próprios da entidade devem ser classificados no grupo do Patrimônio Líquido. Assim, quando elaboramos o Balanço Patrimonial, não devemos denominar Situação Líquida o grupo de contas que representa o Capital próprio da empresa, mas sim Patrimônio Líquido. No entanto, quando nos referimos ao estado patrimonial de uma organização, é mais adequado dizermos que a empresa se encontra em Situação Líquida Positiva, Negativa ou Nula. Podemos, ainda, dizer que a Situação Líquida é um valor resultante do cálculo algébrico entre os valores dos bens mais os valores dos direitos e menos os valores das obrigações. 2.6 SITUAÇÕES LÍQUIDAS POSSÍVEIS Os elementos patrimoniais devidamente equacionados poderão apresentar quatro situações líquidas patrimoniais diferentes, a saber: ATIVO MAIOR QUE PASSIVO (A > P) EXEMPLO: BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Bens 90 Direitos 60 Obrigações 100 Situação Líquida 50 Total 150 Total 150 A situação líquida apresentada neste exemplo pode receber as seguintes interpretações: Situação líquida positiva Situação líquida ativa Situação líquida superavitária A = P + SL P = A – SL SL = A – P Ativo > 0 e Passivo > 0: Situação líquida > 0. ATIVO MENOR QUE O PASSIVO (A < p) EXEMPLO: BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Bens 90 Direitos 60 Obrigações 170 Situação Líquida (20) Total 150 Total 150 A situação líquida apresentada nesse exemplo pode receber as seguintes interpretações: Situação líquida negativa Situação líquida passiva Situação líquida deficitária Passivo a descoberto A = P – SL P = A + SL SL = P – A Ativo > 0, Passivo > 0 e Situação líquida < 0 (desde que o A < P). ATIVO IGUAL AO PASSIVO (A = P) EXEMPLO: BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Bens 90 Direitos 60 Obrigações 150 Situação Líquida 0 Total 150 Total 150 A situação líquida apresentada neste exemplo pode receber as seguintes interpretações: Situação líquida nula Situação líquida inexistente A = P P = A SL = 0 Ativo > 0, Passivo > 0 e Situação Líquida = 0 (desde que o A = P). ATIVO E PASSIVO IGUAL A ZERO Nas três situações apresentadas, Ativo e Passivo sempre foram maiores que zero. No entanto, em ocasiões raras, poderão ocorrer situações em que os mesmos são iguais a zero. Desta forma teremos: PASSIVO = ZERO (A = PL) BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Bens 10 Direitos 20 Obrigações 0 Situação Líquida 30 Total 30 Total 30 A constituição da empresa é um dos raros momentos em que esta situação poderá ocorrer. Neste caso, não há obrigações para com terceiros, temos apenas o Patrimônio Líquido, que corresponde ao grupo que registra os recursos investidos pelos sócios, cotistas ou acionistas na constituição da entidade. ATIVO = ZERO BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Bens 0 Direitos 0 Obrigações 25 Situação Líquida (-25) Total 0 Total 0 O encerramento de atividades é um dos raros momentos em que esta situação líquida poderá ocorrer. Neste caso, após a conversão dos bens e direitos em dinheiro, este será aplicado no pagamento de obrigações, no entanto, não será suficiente para cobrir todo o passivo sobrando dívidas a pagar, representando, desta forma, a situação líquida negativa. 2.7 ORIGEM E APLICAÇÕES DE RECURSOS Ao observarmos um Balanço Patrimonial, visualizamos o total de recursos que a entidade obteve e que estão à disposição da administração, no sentido de atingir os seus objetivos. O lado do passivo mostra onde a empresa conseguiu esses recursos e o lado do ativo, onde os mesmos foram aplicados. 2.7.1 ORIGENS DOS RECURSOS – PASSIVO Os recursos colocados à disposição da empresa podem originar-se de duas fontes: RECURSOS DE TERCEIROS – correspondem às obrigações, isto é, são recursos de terceiros que empresa utiliza no seu giro normal. Esses recursos, por sua vez, provêm de duas fontes: DÉBITOS DE FUNCIONAMENTO – derivados das obrigações que surgem em decorrência da gestão normal da empresa, como as obrigações a fornecedores, obrigações fiscais, trabalhistas, utilização de serviços públicos e outras; DÉBITOS DE FINANCIAMENTO – recursos obtidos junto a terceiros a título de empréstimos e financiamentos. RECURSOS PRÓPRIOS – esses, também podem advir de duas fontes: PROPRIETÁRIOS OU SÓCIOS – parcela do capital que foi investida na empresa pelo titular ou pelos sócios/acionistas; GIRO NORMAL – acréscimos ocorridos no Patrimônio Líquido em decorrência da gestão normal da empresa. Esses acréscimos são obtidos pelos lucros, que poderão estar representados no aumento de capital ou em contas de reservas de lucros. 2.7.2 APLICAÇÕES DE RECURSOS - ATIVO Os recursos obtidos pela organização, conforme comentado no item anterior, são aplicados nos elementos registrados pela Contabilidade no lado do Ativo (exemplo: dinheiro em caixa e bancos; aquisição de estoques; compra de móveis e utensílios, veículos, instalações etc.). 2.8 FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO E SUAS VARIAÇÕES Visando a consolidação dos tópicos enfocados nesta unidade, veremos a seguir, a formação do patrimônio de uma empresa comercial e alguns exemplos de sua movimentação, representando, a cada acontecimento, a situação patrimonial correspondente. Vera Lúcia Ribeiro inicia suas atividades comerciais com um Capital de R$ 80.000 em dinheiro. BALANÇO PATRIMONIAL DE ABERTURA ATIVO PASSIVO Caixa 80.000 Capital Social80.000 ompras à vista de bens (em dinheiro) Móveis e utensílios R$ 3.000 Veículos (um automóvel) R$ 25.000 Mercadorias R$ 20.000. BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Caixa 32.000 Móveis e utensílios 3.000 Veículos 25.000 Estoque mercadorias 20.000 Capital social 80.000 Total do ativo 80.000 Total do passivo 80.000 Compras de mercadorias a prazo, mediante aceite de duplicatas, no valor de R$ 30.000. BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Caixa 32.000 Móveis e utensílios 3.000 Veículos 25.000 Estoque mercadorias 50.000 Duplicatas a pagar 30.000 Capital social 80.000 Total do ativo 110.000 Total do passivo 110.000 Compra a prazo de uma casa no valor de R$ 100.000, mediante aceite de Notas promissórias. BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Caixa 32.000 Móveis e utensílios 3.000 Veículos 25.000 Estoque mercadorias 50.000 Imóveis 100.000 Duplicatas a pagar 30.000 Títulos a pagar 100.000 Capital social 80.000 Total do ativo 210.000 Total do passivo 210.000 Vendas de mercadorias, sendo R$ 10.000 à vista e R$ 8.000 a prazo (mediante aceita de duplicatas). Não foi levado em conta possível lucro nas vendas, não é objeto desse tópico. BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Caixa 42.000 Duplicatas a receber 8.000 Móveis e utensílios 3.000 Veículos 25.000 Estoque mercadorias 32.000 Imóveis 100.000 Duplicatas a pagar 30.000 Títulos a pagar 100.000 Capital social 80.000 Total do ativo 210.000 Total do passivo 210.000 Pagamento de uma duplicata, em dinheiro, no valor de R$ 10.000. BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Caixa 32.000 Duplicatas a receber 8.000 Móveis e utensílios 3.000 Veículos 25.000 Estoque mercadorias 32.000 Imóveis 100.000 Duplicatas a pagar 20.000 Títulos a pagar 100.000 Capital social 80.000 Total do ativo 200.000 Total do passivo 200.000 Recebimento de uma duplicata, em dinheiro, no valor de R$ 2.000. BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Caixa 34.000 Duplicatas a receber 6.000 Móveis e utensílios 3.000 Veículos 25.000 Estoque mercadorias 32.000 Imóveis 100.000 Duplicatas a pagar 20.000 Títulos a pagar 100.000 Capital social 80.000 Total do ativo 200.000 Total do passivo 200.000 2.9 Atividades de fixação: 1 “Conjunto de bens, direitos e obrigações avaliado em moeda e pertencentes a uma pessoa física ou jurídica”. O enunciado corresponde ao conceito de: Contabilidade. Situação Líquida. Patrimônio Líquido. Patrimônio. “Objetos que a empresa tem para uso, troca ou consumo”. Estamos nos referindo ao conceito de: Bens materiais, corpóreos ou tangíveis. Bens imateriais, incorpóreos ou intangíveis. Direitos. Obrigações. Quando a Contabilidade identifica um bem como “Móveis e Utensílios”, por exemplo, falamos que se trata de um aspecto do Patrimônio, denominado: Aspecto quantitativo. Aspecto material. Aspecto imaterial. Aspecto qualitativo. A “Equação Fundamental do Patrimônio” está demonstrada na alternativa: A = PL – P. A = P + PL. P = A + PL. A = P Assinale a opção que registra apenas origens de recursos. Capital social; fornecedores; aplicações financeiras. Fornecedores; salários a pagar; impostos a recuperar. Duplicatas a pagar; impostos a recolher; encargos sociais a pagar. Duplicatas a receber; estoques; títulos a receber. Marque a alternativa que contêm somente origens de recursos próprios. Empréstimos obtidos; Capital social; seguros a vencer. Reservas de Lucros; integralização de capital; reservas de contingência. Integralização de capital; estoque de mercadorias; fornecedores. Vendas de mercadorias com lucro; empréstimos; lucros obtidos. A Situação Líquida denominada Positiva, Ativa, Superavitária, está demonstrada na opção: A = P. A < P. P = 0. A > P. Na constituição de uma empresa é elaborado o Balanço de Abertura. Neste momento a situação líquida da entidade pode ser representada conforme opção: P = 0. A = 0. A > P. A < P. Numa venda de mercadoria à vista sem considerarmos a existência de lucro na operação, o patrimônio da empresa: É aumentado no mesmo valor. É diminuído no mesmo valor. Não se altera, nem para mais nem para menos. Aumenta apenas as aplicações de recursos. Numa compra de mercadorias a prazo, o valor do patrimônio: Aumenta no valor da compra. Diminui no valor da compra. Não se altera. Aumenta nas aplicações de recursos. UNIDADE III – PRINCÍPIOS CONTÁBEIS 3.1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES Visando dotar a Ciência Contábil em nível de Brasil de normas devidamente atualizadas, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), editou a Resolução CFC nº 750/93, de 29/12/1993, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC), os quais devem ser observados por todos aqueles que exercem a profissão contábil, ou dela façam uso, conforme definido em seu artigo 1º. A presente Resolução foi atualizada pela Resolução CFC nº 1.282/2010. A seguir, demonstramos os Princípios de Contabilidade com as alterações trazidas pela Resolução CFC nº 1.282/10. O artigo 1º diz: Constituem Princípios de Contabilidade (PC) os enunciados por esta Resolução. § 1º - A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). O artigo 2º da mencionada resolução diz: “Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio das entidades.” No artigo 3º, foram definidos os Princípios de Contabilidade, como: I – da Entidade; II – da Continuidade; III – da Oportunidade; IV – do Registro pelo Valor Original; V – da Competência e VI – da Prudência. PRINCÍPIO DA ENTIDADE (artigo 4º) – o Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. § único - O patrimônio pertence à Entidade, mas a recíprocanão é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova Entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE (artigo 5º) – O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE (artigo 6º) – O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. § único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. PRINCÍPIO DO REGSITRO PELO VALOR ORIGINAL (artigo 7º) – Este princípio determina que os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. § 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: I – Custo Histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e II – Variação do Custo Histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis; Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da entidade; Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da entidade; Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. § 2º São resultantes da adoção da atualização monetária: I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, a do Patrimônio Líquido; e III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA (artigo 9º) – O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. § único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. Segundo as normas emanadas dos órgãos competentes: As receitas consideram-se realizadas: I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à Entidade, quer pela fruição de serviços por esta prestados; II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; III – pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. Consideram-se incorridas as despesas: I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiros; II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA (artigo 10) – este Princípio determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido. § único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que os ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimadas, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. Artigo 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração às alíneas “c”, “d” e “e” do artigo 27, do Decreto-Lei nº 9.295/46 (alterado pela Lei atual) e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. 3.2 APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO Os profissionais de Contabilidade são obrigados a adotar, em suas atividades, os conceitos enunciados pela Resolução CFC n° 1.282/2010, sob pena de multas e de suspensão do exercício profissional. Além disso, para o profissional contábil a observância dos princípios significa prestigiar a entidade reguladora de sua profissão, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), responsável por baixar as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). A correta aplicação e interpretação dos Princípios de Contabilidade durante o exercício profissional permitirá ao profissional, além de cumprir com as normas, produzir informações fidedignas e confiáveis. 3.3 REGIME DE CAIXA E COMPETÊNCIA Em uma empresa, toda movimentação que acontece dá origem a um evento (lançamento) contábil e financeiro. Este evento pode ser uma entrada (venda) ou uma saída (despesas, custos ou investimentos). Todos os eventos são registrados pela Contabilidade e pelo financeiro da empresa, respectivamente pelo Regime de Competência e pelo Regime de Caixa. Para entender as diferenças entre Regime de Caixa e Regime de Competência, primeiramente precisamos entender o que cada um deles significa e representa. O QUE É REGIME DE COMPETÊNCIA Neste regime, o registro do evento se dá na data que o evento aconteceu. A Contabilidade define o Regime de Competência como sendo o registro do documento na data do fato gerador (ou seja, na data de emissão do documento, não importando quando vai serpago ou recebido). A Contabilidade utiliza o Regime de Competência, ou seja, as Receitas, Custos, Despesas e Investimentos têm os valores contabilizados dentro do mês onde ocorreu o fato gerador. Isto é, na data da realização do serviço, compra do material, da venda com desconto, não importando para a Contabilidade quando o item será pago ou recebido, mas sim quando foi realizado o ato. O QUE É REGIME DE CAIXA Já no regime de Caixa é o oposto, onde consideramos o registro dos documentos na data do pagamento ou recebimento, como se fosse uma conta bancária. Neste caso, o Financeiro utiliza o regime de Caixa, ou seja, contabilizando as Receitas, Custos, Despesas e Investimentos dentro do mês onde foram, pagos ou recebidos. A principal diferença entre o Regime de Competência e o regime de Caixa é que no primeiro deles utilizamos a data que a compra ou venda aconteceu (fato gerador) e no segundo consideramos a data em que o dinheiro efetivamente entrou ou saiu do caixa da empresa. EXEMPLO DE ANÁLISE DE CAIXA X COMPETÊNCIA Para ficar mais claro a diferença entre caixa e competência, imagine que sua empresa tinha a receber R$ 10.000,00 de um cliente durante 06 meses (com entrega do bem ou serviço mensalmente), mas o cliente atrasou os pagamentos e deixou para pagar tudo no último mês. Neste caso seu Demonstrativo de Resultado do Exercício ficaria conforme a seguir. Regime de Competência: Mês 01 Mês 02 Mês 03 Mês 04 Mês 05 Mês 06 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 Regime de Caixa: Mês 01 Mês 02 Mês 03 Mês 04 Mês 05 Mês 06 0 0 0 0 0 60.000 3.4 REPERCUSSÃO NOS RELATÓRIOS DOS EFEITOS DA OBSERVAÇÃO DOS PRINCÍPIOS CONTÁBEIS Como já comentado em tópicos anteriores, o objetivo principal da Contabilidade é produzir informações fidedignas, tempestivas e que possam servir de base para que os diversos usuários possam tomar suas decisões. Este objetivo só será atingido se os Princípios Contábeis forem fielmente observados. A correta aplicação dos Princípios Contábeis tornam os relatórios financeiros produzidos pela Contabilidade instrumentos de grande valia para auxiliar no processo de tomada de decisão. O grau de confiabilidade demonstrado pelas demonstrações contábeis auxiliará todos os usuários tanto internos quanto externos. 3.5 Atividades de fixação: 1 A Resolução CFC que define os Princípios de Contabilidade é: 560/83; 960/93; 884/91; 750/93 (alterada pela Res. CFC nº 1.282/10). 2 Representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciências Contábil: NBCs; Princípios de Contabilidade; Lei nº 11.238/07; CPC. 3 “Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial”. Estamos falando do PC: Entidade. Continuidade. Oportunidade. Competência. 4 “Refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas”. Trata-se do PC: Entidade. Continuidade. Oportunidade. Competência. 5 “determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional”. O enunciado aponta uma condicionante do PC: Atualização Monetária. Competência. Registro pelo Valor Original. Prudência. 6 “determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento”. O enunciado está relacionado ao PC: Prudência. Entidade. Oportunidade. Competência. 7 “determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido”. O enunciado corresponde ao PC da: Competência. Oportunidade. Prudência. Entidade. 8 “as receitas consideram realizadas”. Registre a opção que confirma o enunciado. Nas vendas a prazo, quando do recebimento. Pela geração natural de novos passivos independentemente da intervenção de terceiros. Somente na transferência de bens. Nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens, quer pela fruição de serviços prestados pela entidade. 9 “as despesas consideram-se incorridas: Pelo seu pagamento. Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo. Quando da extinção, total ou parcial, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de ativo de igual valor ou maior. Pelas compras a vista. A Inobservância dos PC pelos contabilistas: Constitui infração disciplinar ou ética. Não constitui infração ao Código de Ética. Não constitui infração disciplinar. Não tem nenhuma implicação na vida profissional do contabilista. UNIDADE IV – ESTÁTICA E DINÂMICA PATRIMONIAL 4.1 INTRODUÇÃO Nesta unidade trataremos de vários assuntos que são essenciais para a compreensão do processo contábil, enfocando conceitos de contas, planos de contas, fatos contábeis, lançamentos contábeis, métodos de escrituração e, finalizando com a introdução às demonstrações contábeis, segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade. 4.2 PLANO DE CONTAS 4.2.1 CONCEITO O Plano de Contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplinam as tarefas do Setor de Contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis. O Plano de Contas é, na essência, um guia que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à empresa e serve de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis. 4.2.2 FUNÇÃO O Plano de Contas tem por finalidade principal estabelecer normas de conduta para o registro das operações da organização. O Plano de Contas é um instrumento de grande importância no desenvolvimento do processo contábil de uma entidade. Na montagem do Plano de Contas, devem ser levados em conta três objetivos fundamentais: Atender às necessidades de informação da administração da empresa; Observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma legal que regula a elaboração das demonstrações contábeis (Lei nº 6.404/76 e suas alterações); Adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos à empresa (fornecedores, bancos, Fisco, auditoria externa) e, particularmente, às regras da legislação do Imposto de Renda. Devem ser observados, ainda, os seguintes aspectos: O plano de contas é, efetivamente, o instrumento que o profissional consulta, quando vai fazer um lançamento contábil, pois indica qual conta deve ser debitada e qual conta deve ser creditada; O plano de contas, genericamente tido como um simples elenco de contas pode constituir na verdade um conjunto de normas que direcionam a política da empresa em termos de controle interno. A organização deverá elaborar o seu plano de contas, levando em consideração as seguintes particularidades: A observância dos Princípios de Contabilidade; A observância das Normas emanadas da Lei nº 6.404/76 e alterações posteriores (lei nº 11.638/07 e 11.941/09); A legislação específica do ramo de atividade exercido pela organização; O porte da organização; Às necessidades de informação da administração da empresa; Às regras da legislação do Imposto de Renda (RIR/99 e alterações). Desta forma, tendo em vista o porte, o ramo de atividade e a quantidade de informações exigidas pelos usuários, o Plano de Contas poderá conter um número maior ou menor de informações. 4.2.3 COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS Um plano de contas ideal poderá compor-se de três partes: Elenco de Contas; Manual de Contas; Lançamentos explicativos para o registro de operações especiais. É importante ressaltar que, de acordo com o interesseda própria entidade ou até mesmo com a criatividade do contabilista, o Plano de Contas poderá conter outras informações, como modelos padronizados de demonstrações contábeis a serem utilizados pela organização. 4.2.3.1 ELENCO DE CONTAS O elenco de contas consiste na relação das contas que serão utilizadas para o registro dos Fatos Administrativos decorrentes da gestão do patrimônio da entidade. O elenco de contas envolve a intitulação (nome) e o código de cada conta. Em qualquer elenco de contas, seja qual for o tipo de empresa, as contas devem ser agrupadas de acordo com a estrutura estabelecida pela Lei nº 6.404/76 – Lei das Sociedades por Ações (aplicável as demais empresas). Dessa maneira, as contas que representam os bens e os direitos serão agrupadas no Ativo em dois grupos principais: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante, sendo que o primeiro grupo é dividido em Disponibilidades, Direitos Realizáveis no Curso do Exercício Social Seguinte e Despesas do Exercício Seguinte, enquanto o segundo é dividido em Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. Da mesma forma, as contas que representam as Obrigações e o Patrimônio Líquido serão agrupadas no Passivo em três grupos principais: Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido, sendo que este último é composto de Capital Social, (-) Gastos com Emissões de Ações, Reserva de Capital, Reservas de Lucros, (-) Ações em Tesouraria, Ajustes de Avaliação Patrimonial; Ajustes Acumulados de Conversão e Prejuízos Acumulados. Vejamos a seguir, um exemplo de Elenco de Contas: Código Conta 1 ATIVO 1.1 Ativo Circulante 1.1.1 Disponível 1.1.1.01 Caixa 1.1.1.01.001 Caixa Geral 1.1.1.01.002 Fundo Fixo de Caixa 1.1.1.02 Bancos Conta Movimento 1.1.1.02.001 Banco do Brasil 1.1.1.02.002 Banco Bradesco 1.1.1.02.003 Banco Itaú 1.1.1.03 Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata 1.1.1.03.001 Banco do Brasil 1.1.2 Direitos Realizáveis no Exercício Seguinte 1.1.2.01 Duplicatas a Receber 1.1.2.02 (-) Duplicatas Descontadas 1.1.2.03 (-) Créditos Vencidos e Não Liquidados 1.1.2.04 Outros Créditos 1.1.2.04.001 Bancos Conta Vinculada 1.1.2.04.002 Títulos a Receber 1.1.2.04.003 Cheques em Cobrança 1.1.2.04.004 Dividendos a Receber 1.1.2.04.005 Importações em Andamento 1.1.2.04.006 Adiantamentos a Fornecedores 1.1.2.04.007 Adiantamentos a Empregados 1.1.2.04.008 Empréstimos a Empregados 1.1.2.04.009 Tributos a recuperar/Compensar 1.1.2.05 Aplicações Financeiras 1.1.2.05.001 Aplicações Financeiras com Rendimentos Pós-fixados 1.1.2.05.002 Aplicações Financeiras com rendimentos Prefixados 1.1.2.06 Estoques 1.1.2.06.001 Mercadorias para Revenda 1.1.2.06.002 Almoxarifado 1.1.2.06.003 (-) Provisão para Ajuste de Estoque ao Valor de Mercado 1.1.3 Despesas Pagas Antecipadamente 1.1.3.01 Prêmios de Seguros a Apropriar/a vencer 1.1.3.02 Assinaturas e Anuidades 1.2 Ativo Não Circulante 1.2.1 Ativo Realizável a Longo Prazo 1.2.1.01 Duplicatas a Receber 1.2.1.02 (-) Duplicatas Descontadas 1.2.1.03 (-) Créditos Vencidos e Não Liquidados 1.2.1.04 Títulos a Receber 1.2.1.05 Empresas Relacionadas – Controladas, Controladoras e Coligadas 1.2.1.06 Sócios, Administradores e Pessoas Ligadas 1.2.1.07 Aplicações Financeiras 1.2.1.08 Depósitos Judiciais 1.2.1.09 Empréstimos Compulsórios 1.2.1.10 Incentivos Fiscais 1.2.2 Investimentos 1.2.2.01 Controladas e Coligadas – Equivalência Patrimonial 1.2.2.02 Controladas e Coligadas – Custo Corrigido 1.2.2.03 Outras Participações Societárias 1.2.2.04 Participações por Incentivos Fiscais 1.2.2.05 Imóveis Não Destinados ao Uso 1.2.2.06 Outros Investimentos Permanentes 1.2.2.07 (-) Provisões para Perdas Permanentes 1.2.3 Imobilizado 1.2.3.01 Imóveis 1.2.3.02 Móveis e Utensílios 1.2.3.03 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas 1.2.3.04 Veículos 1.2.3.05 Recursos Naturais 1.2.3.06 Benfeitorias em Propriedade de Terceiros 1.2.3.07 Imobilizado em Andamento 1.2.3.08 (-) Depreciações, Amortizações e Exaustão Acumuladas 1.2.4 Intangível 1.2.4.01 Marcas, Direitos e Patentes 1.2.4.02 Fundo de Comércio 1.2.4.03 (-) Amortizações Acumuladas 2 PASSIVO 2.1 Passivo Circulante 2.1.1 Empréstimos e Financiamentos 2.1.1.01 Empréstimos Nacionais 2.1.1.02 Empréstimos Estrangeiros 2.1.1.03 Financiamentos Nacionais 2.1.1.04 Financiamentos Estrangeiros 2.1.1.05 Títulos a Pagar 2.1.1.06 Controladoras, Controladas e Coligadas 2.1.2 Debêntures 2.1.3 Fornecedores 2.1.4 Obrigações Tributárias 2.1.4.01 Impostos e Contribuições a Recolher 2.1.5 Obrigações Trabalhistas e Previdenciárias 2.1.5.01 Obrigações com Pessoal 2.1.5.01.001 Salários e Ordenados a Pagar 2.1.5.01.002 Pro Labore a Pagar 2.1.5.01.003 Gratificações a Pagar 2.1.5.02 Obrigações Previdenciárias 2.1.5.02.001 INSS a Recolher 2.1.5.02.002 FGTS a Recolher 2.1.5.03 Provisões 2.1.5.03.001 Provisão para Férias 2.1.5.03.002 Provisão para 13º Salário 2.1.6 Outras Obrigações 2.1.6.01 Adiantamentos de Clientes 2.1.6.02 Contas a Pagar 2.1.6.03 Energia Elétrica, Água e Telefone a Pagar 2.1.7 Dividendos, Participações e Juros sobre o Capital Próprio 2.1.7.01 Dividendos 2.1.7.02 Participações 2.1.7.03 Juros sobre Capital Próprio 2.2 Passivo Não Circulante 2.1.1 Empréstimos e Financiamentos 2.1.1.01 Empréstimos Nacionais 2.2.1.02 Empréstimos Estrangeiros 2.2.1.03 Financiamentos Nacionais 2.2.1.04 Financiamentos Estrangeiros 2.2.1.05 Títulos a Pagar 2.2.1.06 Controladora, Controladas e Coligadas 2.2.2 Fornecedores 2.2.3 Outras Obrigações 2.2.4 Receitas de Exercícios Futuros (*) 2.2.4.01 Receitas Recebidas Antecipadamente 2.2.4.02 (-) Custos e Despesas Vinculadas às Receitas 2.3 Patrimônio Líquido 2.3.1 Capital Social 2.3.1.01 Capital Subscrito 2.3.1.01.001 Capital Social 2.3.1.01.002 (-) capital a Integralizar 2.3.2 Reservas 2.3.2.01 Reservas de Capital 2.3.2.01.001 Ágio na Emissão de Ações 2.3.2.01.002 Alienação de Bônus de Subscrição 2.3.2.01.003 Alienação de Partes Beneficiárias 2.3.2.01.004 (-) Ações em Tesouraria 2.3.2.02 Ajustes de Avaliação Patrimonial 2.3.2.03 Reservas de Lucros 2.3.1.03.001 Reserva Legal 2.3.1.03.002 Reserva Estatutária 2.3.1.03.003 Reserva para Contingências 2.3.3 Lucros ou Prejuízos Acumulados (*) 2.3.3.01 Lucros ou Prejuízos Acumulados 2.3.2.01.001 Lucros Acumulados 2.3.2.01.002 (-) Prejuízos Acumulados 2.3.2.01.003 Resultado do Exercício em Curso 3 CONTAS DE RESULTADO – CUSTOS E DESPESAS 3.1 Custos de Produção 3.1.1 Custos Diretos de Produção 3.1.1.01 Material Aplicado 3.1.1.01.001 Matéria-Prima 3.1.1.02 Mão-de-Obra Direta 3.1.1.02.001 Salários e Ordenados 3.1.1.02.002 Pro Labore 3.1.1.02.003 Prêmios e Gratificações 3.1.1.02.004 13º Salário 3.1.1.02.005 Férias 3.1.1.02.006 INSS 3.1.1.02.007 FGTS 3.1.1.02.008 Indenizações e Aviso Prévio 3.1.1.02.009 Assistência Médica e Social 3.1.1.03 Gastos Gerais 3.1.1.03.001 Combustíveis e Lubrificantes 3.1.1.03.002 Energia Elétrica 3.1.1.03.003 Serviços de Terceiros 3.1.2 Custos Indiretos de Produção 3.1.2.01 Mão-de-Obra Indireta 3.1.2.02 Materiais de Consumo Indireto 3.1.2.03 Materiais de Manutenção e Reparo 3.1.2.04 Utilidades e Serviços3.1.2.05 Aluguéis e Arrendamentos 3.1.2.06 Depreciações, Amortizações e Exaustões 3.1.2.07 Combustíveis e Energia Elétrica 3.1.3 Custos Diretos da Produção de Serviços (*) 3.1.3.01 Mão-de-Obra Direta 3.1.3.02 Gastos gerais 3.1.4 Custos Indiretos de Produção de Serviços (*) 3.1.4.01 Mão-de-Obra Indireta 3.1.4.02 Materiais de Consumo Indireto 3.2 Despesas Operacionais 3.2.1 Despesas com vendas 3.2.1.01 Despesas com Pessoal 3.2.1.01.001 Salários e Ordenados 3.2.1.01.002 Pro Labore 3.2.1.01.003 Prêmios e Gratificações 3.2.1.01.004 13º Salário 3.2.1.01.005 Férias 3.2.1.01.006 INSS 3.2.1.01.007 FGTS 3.2.1.01.008 Indenizações e Aviso Prévio 3.2.1.01.009 Assistência Médica e Social 3.2.1.02 Comissões sobre Vendas 3.2.1.03 Propaganda e Publicidade 3.2.1.04 Despesas com Entregas 3.2.1.04.001 Fretes e Carretos 3.2.1.04.002 Manutenção de Veículos 3.2.1.05 Despesas com Viagens e Representações 3.2.1.05.001 Viagens Terrestres 3.2.1.05.002 Viagens Aéreas 3.2.1.05.003 Hospedagem 3.2.1.05.004 Refeições 3.2.1.06 Despesas Gerais 3.2.1.06.001 Aluguéis 3.2.1.06.002 Manutenção e Reparos 3.2.1.06.003 Telefone 3.2.1.06.004 Despesas Postais e Telegráficas 3.2.1.06.005 Depreciações e Amortizações 3.2.1.06.006 Serviços de Terceiros 3.2.1.06.007 Seguros 3.2.1.07 Perdas no Recebimento de Clientes 3.2.1.07.001 Créditos Vencidos e Não Liquidados (*) 3.2.2 Despesas Administrativas 3.2.2.01 Despesas com Pessoal 3.2.2.01.001 Salários e Ordenados 3.2.2.01.002 Pro Labore 3.2.2.01.003 Prêmios e Gratificações 3.2.2.01.004 13º Salário 3.2.2.01.005 Férias 3.2.2.01.006 INSS 3.2.2.01.007 FGTS 3.2.2.01.008 Indenizações e Aviso Prévio 3.2.2.01.009 Assistência Médica e Social 3.2.2.02 Aluguéis e Arrendamentos 3.2.2.02.001 Aluguéis de Imóveis 3.2.2.02.002 Aluguéis de Máquinas e Equipamentos 3.2.2.02.003 Arrendamento de Imóveis 3.2.2.02.004 Arrendamento Mercantil (Leasing) 3.2.2.03 Despesas Tributárias 3.2.2.03.001 PIS-Pasep (*) 3.2.2.03.002 COFINS 3.2.2.03.003 IPTU 3.2.2.03.004 IPVA 3.2.2.03.005 Taxas Diversas 3.2.2.04 Despesas gerais 3.2.2.04.001 Energia Elétrica 3.2.2.04.002 Água e Esgoto 3.2.2.04.003 Telefone 3.2.2.04.004 Assistência Contábil 3.2.2.04.005 Depreciações e Amortizações 3.2.2.04.006 Reproduções 3.2.2.04.007 Despesas Legais e Judiciais 3.2.2.04.008 Livros, Jornais e Revistas 3.2.2.05 Despesas Financeiras 3.2.2.05.001 Juros Passivos 3.2.2.05.002 Variações Monetárias Passivas 3.2.2.05.003 Variações Cambiais Passivas 3.2.2.05.004 Descontos Concedidos 3.2.2.05.005 Juros sobre Capital Próprio 3.2.2.06 Outras Despesas Operacionais 3.2.2.06.001 Provisão para Perdas e Ajustes de Ativos 3.2.2.06.002 Equivalência Patrimonial 3.2.2.06.003 Amortização de Ágio 3.3 Outras Despesas 3.3.1 Outros Resultados Negativos 3.3.1.01 Resultados Negativos na Alienação de Investimentos 3.3.1.01.001 Peras na Alienação de Participações em Coligadas 3.3.1.02 Resultado Negativo na Alienação de Imobilizado 3.3.1.02.001 Perdas na Alienação de Imóveis 3.3.1.02.002 Perdas na Alienação de Móveis e Utensílios 3.3.1.02.003 Perdas na Alienação de Móveis e Utensílios 3.3.1.02.004 Perdas na Alienação de Veículos 3.3.1.03 Resultado de Sinistros com Imobilizado 3.3.1.03.001 Perdas em Sinistros com Imobilizado 3.3.1.04 Outras Baixas do Ativo Não Circulante (*) 3.3.1.04.001 Baixas de Investimentos Permanentes 3.3.1.04.002 Baixas de Imobilizado 3.3.1.05 Provisões para Perdas Permanentes 3.3.1.05.001 Controladas e Coligadas – Equivalência Patrimonial 3.3.1.05.002 Controladas e Coligadas – Custo Corrigido 3.3.1.05.003 Outras Participações Societárias 4 CONTAS DE RESULTADO – RECEITAS 4.1 Receitas Operacionais 4.1.1 Receita Bruta de Vendas e Serviços 4.1.1.01 Receita Bruta de Vendas de Produtos e Mercadorias 4.1.1.01.001 Venda de Produtos no Mercado Interno 4.1.1.01.002 Venda de Produtos no Mercado Externo 4.1.1.01.003 Venda de Mercadorias no Mercado Interno 4.1.1.01.004 Venda de Mercadorias no Mercado externo 4.1.1.02 Receita da Prestação de Serviços 4.1.1.02.001 Serviços Prestados – Mercado Interno 4.1.1.02.002 Serviços Prestados – Mercado Externo 4.1.2 (-) deduções da Receita Bruta 4.1.2.01 (-) Cancelamento e Devoluções 4.1.2.01.001 (-) De venda de Produtos no Mercado Interno 4.1.2.01.002 (-) De venda de Produtos no Mercado Externo 4.1.2.01.003 (-) De Venda de Mercadorias no Mercado Interno 4.1.2.01.004 (-) De Venda de Mercadorias no Mercado Externo 4.1.2.02 (-) Descontos Incondicionais 4.1.2.02.001 (-) Sobre Venda de Produtos no Mercado Interno 4.1.2.02.002 (-) Sobre Venda de Produtos no Mercado Externo 4.1.2.02.003 (-) Sobre Vendas de Mercadorias no Mercado Interno 4.1.2.02.004 (-) Sobre Vendas de Mercadorias no Mercado Externo 4.1.2.03 (-) Impostos Incidentes sobre Vendas e Serviços 4.1.2.03.001 (-) IPI (*) 4.1.2.03.002 (-) ICMS 4.1.2.03.003 (-) ISS 4.1.2.03.004 COFINS (**) 4.1.2.03.005 PIS-Pasep (**) 4.1.3 Receitas Financeiras 4.1.3.01 Juros e Descontos 4.1.3.01.001 Juros de Aplicações Financeiras 4.1.3.01.002 Juros Ativos (outros) 4.1.3.01.003 Descontos Financeiros Obtidos 4.1.3.02 Variações Monetárias 4.1.3.02.001 Variações Monetárias Ativas 4.1.3.02.002 Variações Cambiais Ativas 4.1.4 Recuperação de Despesas 4.1.4.01 Recuperação de Créditos Considerados Incobráveis 4.1.4.02 Reversão de Reservas 4.1.5 Outras Receitas Operacionais 4.1.5.01 Receitas Diversas 4.1.5.01.001 Aluguéis e Arrendamentos 4.1.5.01.002 Receita de Equivalência Patrimonial 4.1.5.01.003 Dividendos e Lucros Recebidos 4.2 Outras Receitas 4.2.1. Outros Resultados Positivos 4.2.1.01 Resultados Positivos na Alienação de Investimentos 4.2.1.01.001 Lucros na Alienação de Participações Societárias 4.2.1.02 Lucros na Alienação de Imobilizado (*) 4.2.1.03 Resultado de Sinistros com Imobilizado 5 CONTAS DE COMPENSAÇÃO 5.1 Custos dos Produtos e dos Serviços Vendidos 5.1.1 Custo dos Produtos Vendidos 5.1.1.01 Custo dos Produtos Vendidos 5.1.1.01.001 Custo dos Produtos Vendidos 5.1.2 Custo dos Serviços Prestados 5.1.2.01 Custo dos Serviços Prestados 5.1.2.01.001 Custo dos Serviços Prestados 5.1.3 Custo das Mercadorias Vendidas 5.1.3.01 Custo das Mercadorias Vendidas 5.1.3.01.001 Custo das Mercadorias Vendidas 5.1.4 Apuração do Resultado do Exercício 5.1.4.01 Apuração do Resultado do Exercício 5.1.4.01.001 Resultado do Exercício 5.1.4.01.002 Ganhos/Perdas na Alienação de Imobilizado OBSERVAÇÕES: No Ativo Circulante e no Passivo Circulante, classificam-se as contas que representam direitos e obrigações, respectivamente, e cujos vencimentos ocorram durante o exercício social seguinte ao balanço que estiver sendo elaborado. No Ativo Não Circulante e no Passivo Não Circulante, classificam-se as contas que representam direitos e obrigações, respectivamente, cujos vencimentos ocorram após o término do exercício social seguinte ao do balanço que estiver sendo elaborado. Exercício social é o período de 12 meses, normalmente coincidente com o ano civil (de 01 de janeiro a 31 de dezembro). O critério para ordenamento das contas do Ativo é a ordem decrescente do grau de liquidez (possibilidade dos componentes de setransformarem ou realizarem-se em dinheiro. A conta caixa é a que possui maior liquidez). Para as contas do Passivo o ordenamento é a ordem decrescente do grau de exigibilidade (quanto menor for o prazo de pagamento, maior será o grau de exigibilidade da conta). 4.2.3.2 MANUAL DE CONTAS O Manual de Contas é um quadro explicativo do uso adequado de cada uma das contas constantes do Elenco de Contas. Esse quadro apresenta: Função de cada conta – a razão de sua existência, isto é, para que serve. Funcionamento de cada conta – em que situação a conta será debitada ou creditada. Natureza do saldo de cada conta – se devedora ou credora. Exemplo de como estas explicações podem constar de um Manual de Contas: 1. ATIVO Composto por contas utilizadas para o registro de bens e direitos de qualquer natureza. ATIVO CIRCULANTE Composto por contas utilizadas para o registro de bens e direitos de qualquer natureza, realizáveis até o término do exercício seguinte. DISPONÍVEL Composto por contas utilizadas para o registro de bens numerários de livre e imediata movimentação. CAIXA Função: representa o valor dos bens numerários em poder da empresa, normalmente compostos por dinheiro e cheques. Funcionamento: debitada pelas entradas de dinheiro ou cheques e creditada pelas saídas de dinheiro ou cheques. Natureza: devedora. BANCOS CONTA MOVIMENTO Função: representa o valor dos bens numerários da empresa depositados em conta corrente bancária. Funcionamento: debitada pelas entradas de dinheiro em contas correntes provenientes de depósitos efetuados em dinheiro ou cheques ou avisos de créditos efetuados pelos bancos; creditada pelas saídas de dinheiro da conta bancária decorrentes de saques por emissão de cheques, ordens de pagamentos ou avisos de débitos efetuados pelos bancos. Natureza do saldo: devedora. O manual de contas tem por função apresentar detalhes a respeito de cada conta, servindo de guia para o contabilista ou responsável proceder ao registro das operações. 4.2.3.3 LANÇAMENTOS EXPLICATIVOS Esta parte do Plano de Contas compõe-se de modelos de partidas de Diário, próprios para o registro de fatos que raramente ocorrem na empresa. Estes modelos de lançamentos podem ser apresentados através de fluxograma. 4.2.3.4 CÓDIGO E GRAU DA CONTA O código de uma conta é composto por um ou mais algarismos utilizados para identificar cada uma das contas que compõem o Plano de Contas de uma entidade. A adoção de códigos agiliza os registros contábeis, principalmente quando efetuados por meio de computador; assim, débitos e créditos são feitos através dos códigos das contas e não pela intitulação (título). Os critérios para definir a codificação a ser adotada ficará a cargo de cada contabilista, dependendo do porte da empresa e do grau de detalhamento das informações que se pretende ter. No exemplo de Plano de Contas demonstrado no Tópico 4.3.2.1, todas as contas estão codificadas. A codificação sugerida a seguir identifica as contas do Ativo pelo algarismo 1; as contas do Passivo, pelo algarismo 2; as contas de Despesas, pelo algarismo 3; as contas de Receitas, pelo algarismo 4; as contas utilizadas para apuração do Resultado do Exercício, pelo algarismo 5. EXEMPLO DE ELENCO DE CONTAS CODIFICADO CÓDIGOS TÍTULOS 1 ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 Disponível 1.1.1.1 Caixa Geral 1.1.1.1.1 Caixa Matriz 1.1.1.1.2 Caixa Filial X 1.1.1.2 Bancos conta Movimento 1.1.1.2.1 Banco do Brasil S/A 1.1.1.2.2 Banco Bradesco Cada contabilista poderá adotar critérios próprios para codificar as contas quando da definição do Plano de Contas da Empresa. É importante saber que, no exemplo apresentado, os títulos 1 ATIVO, 1.1 ATIVO CIRCULANTE e 1.1.1 Disponível, embora estejam codificados, não são contas. Senão vejamos: 1 ATIVO = subdivisão do Balanço Patrimonial (Ativo e Passivo). ATIVO CIRCULANTE = É um dos grupos de contas em que se divide o Ativo (Ativo Circulante e Ativo Não Circulante). DISPONÍVEL = subgrupo de contas em que se subdivide o Ativo Circulante (Disponível ou Disponibilidades, Direitos Realizáveis no Curso do Exercício Seguinte e Despesas do Exercício Seguinte). Exemplo de grau da conta: Caixa Geral = conta de primeiro grau Caixa Matriz = conta de segundo grau Caixa Filial X = conta de segundo grau Bancos conta Movimento = conta de primeiro grau Banco do Brasil S/A = conta de segundo grau Banco Bradesco = conta de segundo grau. Convém observar, que a conta de primeiro grau é a conta principal (Caixa, banco conta Movimento etc.) e que a as contas de segundo grau são subcontas (Caixa Matriz, Caixa Filial X, Banco do Brasil S/A, Banco Bradesco etc.). 4.3 CONTAS CONTÁBEIS 4.3.1 CONCEITO Conta é o registro de débitos e créditos da mesma natureza, identificados por um título que qualifica um componente do patrimônio ou uma variação patrimonial. Conta é ainda, o nome técnico que identifica um componente patrimonial (bem, direito, obrigação ou patrimônio líquido) ou um componente de resultado (despesa ou receitas). Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na vida da empresa, responsáveis pela gestão do patrimônio – como compras, vendas, pagamentos, recebimentos etc., são registrados pela Contabilidade em contas próprias. Desta forma, toda movimentação de dinheiro efetuado dentro da entidade é registrada em uma conta denominada Caixa; os objetos comercializados pela entidade são registrados em uma conta denominada Mercadorias, e assim por diante. 4.3.2 ESTRUTURA DAS CONTAS Considerando que a conta é o registro de débitos e créditos de determinado elemento patrimonial, ou de uma variação patrimonial, isto é, o registro das variações positivas ou negativas da riqueza patrimonial, sua estrutura compreende um conjunto de elementos que identificam cada operação registrada, bem como a situação atual de cada elemento ou variação patrimonial. A disposição gráfica dos elementos da conta atende à convenção, já consagrada, de que o débito (ou valor positivo) aparece à esquerda, e o crédito (ou valor negativo) à direita. Além do débito e do crédito, a conta deve ainda registrar a data da operação e o histórico da ocorrência. Vimos também que a conta é sempre identificada por um título que qualifica um componente do patrimônio ou uma variação patrimonial. Os títulos ou denominações das contas devem ser claros e simples, identificando da melhor forma os componentes patrimoniais ou as variações que elas representam. Portanto, os Elementos Essenciais da conta são: Título Data da operação Histórico da ocorrência Valor do débito Valor do crédito Saldo (diferença entre o débito e o crédito). 4.3.3 CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS Segundo a Teoria Patrimonialista, as contas podem ser classificadas em dois grupos: Contas Patrimoniais e Contas de Resultado. Contas Patrimoniais – são as que representam os elementos ativos e passivos (bens, direitos, obrigações e situação líquida ou patrimônio líquido) que compõem o complexo patrimonial. Portanto, as Contas Patrimoniais dividem-se em ativas (bens e direitos) e passivas (obrigações e patrimônio líquido). Contas de Resultado – são as que registram as variações patrimoniais e demonstram o resultado líquido do exercício. São divididas em contas de despesas e contas de receitas. Exemplos de Contas Patrimoniais: Ativo Passivo Caixa Bancos Mercadorias Duplicatas a receber Móveis Equipamentos Veículos Imóveis Salários a pagar Fornecedores Títulos a pagar Impostos a recolher Contas a pagar Capital social Reservas de lucros São exemplos de Contas de Resultado: Despesas Receitas Salários Fretes e carretos Energia Água Aluguéis passivos Despesas bancárias Contribuição previdenciária Descontos concedidos Impostos pagos Juros passivos Receitas com mercadorias Juros ativos Serviços prestados Aluguéis ativos
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