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Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Elétrica Transformadores Relatório 3: Ensaio em curto-circuito de um transformador trifásico Uberlândia, 16 de Maio. 1º semestre 2008 Objetivo Os objetivos do ensaio em curto-circuito do transformador trifásico são: Determinar as perdas no cobre (nos condutores que compõem as bobinas); Determinar a impedância, resistência e reatância percentuais; Determinar a queda de tensão interna. Introdução Montando-se o circuito equivalente referido ao primário de um transformador, tem-se: Fig. 1. Circuito equivalente referido ao primário de um transformador. Aplicando-se o curto-circuito no secundário, tanto a tensão no terminal secundário (V2), quanto a impedância da carga (Zcarga), serão nulos. Devido ao baixo valor de Vcc (da ordem de 10% de Vn), a indução no núcleo reduz-se na mesma proporção, e consequentemente as perdas por histerese (PH ( B1, 6 a 2) e por correntes de Foucault (PF ( B2) podem ser desprezadas, e então o circuito equivalente fica reduzido a: Fig. 2. Circuito equivalente reduzido. Onde: = tensão aplicada ao primário com o secundário curto-circuitado, e que faz circular a corrente nominal do enrolamento primário. Para a realização do ensaio faz-se necessário circular a corrente nominal do transformador, portanto é aconselhável executar o ensaio no enrolamento de AT que possui uma menor corrente nominal. Assim, os instrumentos de medição serão ligados no enrolamento de AT e será curto-circuitado o enrolamento de BT. Perdas no cobre (Pj) As perdas nos enrolamentos de cobre são dadas pelo o efeito Joule e podem ser expressas por: Onde: Impedância, resistência e reatância percentuais (Z%, R%, X%) Como há um grande número de transformadores nas redes elétricas, e devido ao fato de que as grandezas elétricas são numericamente diferentes, pode-se processar o estudo através de uma alteração de unidades, transformando-se todas as grandezas em adimensionais: Para o caso de o ensaio ter sido realizado com corrente diferente da nominal a seguinte correção deve ser feita: Correção do valor da resistência Durante o ensaio, os enrolamentos estão à temperatura ambiente ((A), e não há tempo suficiente para o aquecimento do transformador. Como se sabe a resistência varia com a temperatura e então se torna necessária a correção do valor calculado de R, que pode ser realizado da seguinte maneira: Corrige-se para 75oC no caso de transformadores de classe de temperatura 105o a 130oC; Corrige-se para 115oC no caso de transformadores de classe de temperatura 155o a 180oC. Utilizam-se as seguintes fórmulas para a correção: Onde: (F = temperatura final (oC) (A = temperatura ambiente (oC) 1/( = 225 para o alumínio 1/( = 234, 5 para o cobre. Parte experimental Material utilizado 1 transformador trifásico (1,5 KVA, 440/220 V, 60 Hz); 3 amperímetros com escala apropriada; 2 voltímetros com escala apropriada; 2 wattímetros com escala apropriada; 1 varivolt trifásico. Procedimentos Procedimento Fig. 3. Esquema de montagem. De acordo com o esquema da Fig. 2, o transformador foi ligado. Para a freqüência de 60 Hz e diversas tensões de alimentação, registrou-se a média das correntes nas três fases: I1 (A) I2 (A) I3 (A) V1 (V) W1 (W) W2 (W) 1.87 1.95 2 13.2 20 20 Utilizando os valores acima montou-se a tabela abaixo: Vn (V) Vcc (V) Vcc % de Vn 440 13.8 3.13 % Cálculo da resistência de curto circuito: Cálculo da impedância interna por fase no transformador: Cálculo da reatância interna do transformador: Z (Ω) X (Ω) R (Ω) 6.7 5.77 3.4 Impedância, Resistência e Reatância percentuais e suas correções para 75ºC: Correção do valor da resistência para a temperatura de 75ºC: Correção do valor da impedância para a temperatura de 75ºC: R (Ω) Z (Ω) X (Ω) R (Ω) a 75 °C Z(Ω) a 75 ºC 3.4 6.7 5.77 4 7.02 Novo valor de tensão necessária de curto-circuito: Questões 1) Enumere as vantagens e desvantagens de um transformador que tem um valor muito alto de tensão de curto circuito. Um alto valor de tensão de curto-circuito é vantajoso para trabalhar-se com a tensão próxima do valor nominal. Entretanto a desvantagem é ter-se uma corrente de curto-circuito muito alta, dificultando-se o trabalho em laboratório. 2) Segundo a ABNT quais são os valores normais de tensão de curto circuito percentual? Os valores de tensão nominal segundo a ABNT são de 3% a 5% da nominal. 3) Analisar a diferença dos resultados desprezando-se ou não as perdas adicionais. A perda medida no wattímetro envolve tanto as nos enrolamentos de cobre quando outras perdas adicionais como a nas ferragens, entre outras diversas. Assim, para o cálculo preciso das perdas no cobre, dever-se-ia usar apenas as perdas envolvidas no mesmo, que representam cerca de 15% a 20 % da leitura dos wattímetros. 4) Durante o ensaio em curto, o que acontece com a indução no núcleo do transformador? Por quê? A indução no núcleo durante o ensaio em curto é bem menor que o valor nominal, isso ocorre, pois o valor da tensão aplicado também é inferior à nominal, assim como a freqüência, e devido à linearidade desses parâmetros, a indução também possui o valor reduzido. Conclusão O ensaio de curto-circuito é de extrema importância, pois permite calcular as perdas nos enrolamentos de cobre do transformador, informando sobre a qualidade e o rendimento da máquina. O presente relatório possibilitou o cálculo dos parâmetros de perda a partir dos valores obtidos em laboratório. �PAGE � �PAGE �8� _1272206617.unknown _1272207102.unknown _1272207443.unknown _1272207684.unknown _1272374542.unknown _1272374562.unknown _1272374519.unknown _1272207513.unknown _1272207131.unknown _1272206865.unknown _1272207054.unknown _1272206702.unknown _1272205142.unknown _1272205301.unknown _1272206234.unknown _1272205293.unknown _1271769330.unknown _1272204597.unknown _1272204669.unknown _1271772469.unknown _1271774078.unknown _1272204567.unknown _1271773805.unknown _1271770186.unknown _1271768901.unknown _1271769200.unknown _1271746659.unknown
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