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ANTIRRETROVIRAIS FARMACOLOGIA DAS VIROSES Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios. A droga viral ideal seria aquela que interferisse na replicação viral sem afetar os processos metabólicos celulares normais. A prevenção de algumas infecções virais é realizada por meio de vacinas (rubéola, sarampo, caxumba, poliomielite, hepatite A, hepatite B, HPV, varicela, febre amarela, gripe). ⇨ As drogas antivirais agem em vários estágios da replicação viral: Inibição ou interferência na ligação viral ao receptor da célula hospedeira, na penetração do vírus e no desnudamento viral. Inibição de enzimas associadas aos vírus, tais como DNA polimerase e outras. Inibição dos processos de transcrição. Inibição dos processos de tradução. Interferência com proteínas virais reguladoras. Interferência com glicolisação, fosforilação, sulfatação etc. Interferência com a compactação das proteínas virais. Interferência com a liberação de vírus da membrana celular superficial ⇨ As drogas antivirais podem ser classificadas nos seguintes grupos: 1. Drogas que inibem a ligação, a penetração do vírus e a replicação viral inicial. • Amantadina • Rimantadina • Interferon a-2a • Interferon a-2b • Interferon y • Zanamivir • Oseltamivir 2. Drogas que interferem com a replicação do ácido nucleico viral • Aciclovir • Valaciclovir • Cidofovir • Citarabina • Fanciclovir • Fomivirsen • Foscarnet • Ganciclovir • Idoxuridina • Ribavirina • Trifluorotimidina • Vidarabina • Penciclovir 3. Drogas que afetam a tradução nos ribossomos • Metizona 4. Inibidores da transcriptase reversa do HIV A. Inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa • Zidovudina • Didanosina • Didesoxiadenosina • Zalcitabina • Estavudina • Abacavir • Tenofovir • Lamivudina B. Inibidores não nucleosídicos da transcriptase reversa • Nevirapina • Delavirdina • Efavirenz 5. Inibidores da protease do HIV • Saquinavir • Ritonavir • lndinavir • Nelfinavir • Amprenavir • Lopinavir/Ritonavir • Atazanavir FARMACOTERAPIA DA AIDS INTRODUÇÃO Transmitido por contato sexual, sangue e produtos sanguíneos, uso de agulhas contaminadas e da mãe para o feto (transmissão vertical); Há dois subtipos do HIV; HIV-1 (mais comum) HIV-2 (África; progressão mais lenta da AIDS) Elevada afinidade com o receptor CD4+ dos linfócitos T; Causa depleção progressiva dos linfócitos T-CD4; Curso típico da doença: A infecção seguida por desenvolvimento de anticorpos anti-HIV (soroconversão). Durante a soroconversão, o paciente pode permanecer assintomático ou pode apresentar sintomas transitórios como rash, garganta inflamada e linfadenopatia. Infecção progride, durante um período de meses a vários anos, para linfadenopatia generalizada persistente (síndrome da linfadenopatia) ou para um conjunto mais grave de sintomas, conhecido como complexo relacionado à AIDS (ARC), que inclui cansaço, perda de peso, febre recorrente, diarreia e infecções oportunistas SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS) Para US Centers for Disease Contral: contagem de CD4+ nos linfócitos T do que 14%; Comprometimento grave do sistema imune, o que provoca o desenvolvimento de infecções secundárias (oportunistas); Pneumonia pelo Pneumotystis carinii, encefalite por Toxoplasma, candidíases orofaríngeas e esofágicas, meningite criptocócica, retinite por citomegalovírus, tuberculose e também neoplasmas secundários tais como sarcoma de Kaposi. Existem outras complicações que podem incluir trombocitopenia e demência. Contagem dos CD4+ linfócitos e do RNA do HIV → indicador do quadro clínico; (antes e durante o tratamento) TERAPIA FARMACOLÓGICA Monoterapia com zidovudina (ou com outro inibidor da transcriptase reversa dos nucleotídios) está sendo substituída por terapêutica combinada. A terapêutica combinada com drogas antirretrovirais visa a melhorar a eficácia, reduzir a toxicidade e retardar a resistência às drogas. As drogas principais utilizadas na terapêutica combinada são: Inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa zidovudina, abacavir, didanosina, lamivudina, estavudina e zalcitabina Inibidores da protease do HIV amprenavir, atazanavir, nelfinavir Inibidores não nucleosídicos da transcriptase reversa delavirdina, efavirenz e nevirapina ▹ As drogas que inibem a transcriptase reversa atuam impedindo a disseminação do vírus para as células não infectadas. ▹ Os inibidores da protease do HIV atuam em estádio avançado da replicação viral, evitando a maturação da partícula viral para a forma infectante. ▹ O inibidor da fusão do HIV, chamado enfuride, pode iniciar um novo grupo de drogas que agem bloqueando a fusão do HIV às células, impedindo assim a penetração na célula hospedeira. Muitas outras drogas têm sido investigadas, inclusive inibidores do gene transativador (Tat) e inibidores da integrase, derivados do TIBO e CD4 (rsCD4) solúveis recombinantes. Os tratamentos investigados que modificam a resposta ao HIV incluem o uso de interleucina-2, imunoglobulinas normais e produtos plasmáticos hiperimunes. Algumas vacinas também estão sendo desenvolvidas. A terapia gênica, os oligonucleotídios antissentido e ribozimas têm sido estudados. DROGAS ANTIRRETROVIRAIS Representadas por: (1) inibidores da transcriptase reversa (nucleosídicos e não nucleosídicos); (2) inibidores da protease do HIV. Inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa do HIV Agem como análogos nucleosídicos e interferem com a função da DNA polimerase da transcriptase reversa viral. São transformados em suas formas de trifosfato pelas cinases celulares. Após transformação, tornam-se ativas na supressão da replicação viral As formas de trifosfato → elevada afinidade pela transcriptase reversa do HIV-1 e competem com os substratos naturais da enzima (fosfatos de desoxinucleosídio) pela ligação à transcriptase reversa (RT). São incorporados à cadeia de DNA em crescimento → término prematuro da cadeia. Os fármacos não possuem o grupo 3'-hidroxila para formar a ligação fosfodiéster com o nucleotídio que chega. ▹ Possuem atividade contra: HIV-1, HIV-2 e o tipo 1 de vírus linfotrópico-T humano (HTLV-1). ▹ Os análogos nucleosídicos inibidores da RT são representados pelos seguintes fármacos: zidovudina, didanosina, zalcitabina, estavudina, lamivudina, abacavir e tenofovir. ⋆ Zidovudina(= Retrovir): análogo da timidina que possui um grupamento 3'-azido em lugar da 3'-hidroxila Após a difusão da droga para o interior das células do hospedeiro, a zidovudina é inicialmente fosforilada pela timidina cinase. Em seguida é transformada em difosfato pela timidilato cinase, de modo que níveis elevados de monofosfato, porém níveis muito mais baixos de difosfato e de trifosfato, são encontrados nas células. Trifosfato de zidovudina (meia-vida de 3 a 4 horas): inibe a transcriptase reversa em competição com o trifosfato de timidina. Grupamento 3'-azido evita a formação da ligação 5'-3'-fosfodiéste r→ término da cadeia de DNA. O monofosfato é também um inibidor competitivo da timidilato cinase celular, o que provoca redução do trifosfato de timidina intracelular. Maior afinidade pela transcriptase reversa do HIV do que pelas DNA polimerases humanas. Transcriptase reversa: transcreve cadeias infectantes de RNA do vírus em moléculas complementares de DNA ↓ Se integram ao genoma da célula hospedeira Retrovírus - reverte o processo normal no qual DNA é transcrito em RNA Enzima transcriptase-reversa: Codificada pelo RNA viral Usa RNA ou DNA como moldes genéticos Aloja-se no interior do capsídeo viral RNA (de 1 só filamento do retrovírus) penetra na célula e a trascriptase reversa faz → cópia de DNA a partir do filamento de RNA (hélice híbrida de DNA-RNA) ↓ Usada pela enzima para produzir hélice dupla com dois filamentos de DNA ↓ Adicionado ao cromossomo da célula hospedeira por uma enzima integrasse ↓ Transcrição do DNA viral integrado por RNA polimerase da célulahospedeira produz: RNA viral ↓ Traduzidos e produzem: capsídio, involucro e proteínas da transcriptase reversa que são alojadas nos novos vírus. Resistência do DNA → Devido elevada mutagênese da transcriptase reversa. ⋆ Zidovudina Farmacocinética Rapidamente absorvida, mas retardada quando há presença de alimentos Biodisponibilidade de 60-70% Meia vida de eliminação: 0,9-1,5 por hora Excreção por filtração glomerular ou secreção tubular Atravessa barreira encefálica (importante se houver lesão neurológica associada à AIDS) Concentrações mais elevadas no sêmen; liquido amniótico Sofre metabolização hepática de primeira passagem Possui metabólito que contribui para mielotoxicidade Uso Clínico Adultos com HIV-1 e com imunidade reduzida (contagem de Linfócitos T CD4 < 500/mm3) Crianças aidéticas com mais de 3 meses e imunocomprometidas Evita transmissão maerno-fetal de HIV Na AINDS e ARC (Complexo sintomático da AIDS): aumenta sobrevida, reduz infecções oportunistas, promove ganho de peso, melhora estado funcional geral e aumenta contagem de T CD4. Associado a Zalcitabina ou didanosina – Aumenta contagem de Linfócitos TCD4 Efeito sinérgico quando associado a outros retrovirais Zidovudina x Estavudina – efeitos antagônicos Reações Adversas Reações hematológicas: ◇ Neutropenia ◇ Leucopenia ◇ Anemia macrocítica Supressão da medula óssea (depende da dose) Mielosupressão (raro) Cefaleia, insônia e mialgia ⋆ Didanosina (ddl) Análogo da inosina ddIMO → ddAMP (afinidade maior para a RT) → ddATP (responsável pela inibição da replicação do HIV-1). Farmacocinética Atravessa a barreira hematoencefálica; Alimento reduz a biodisponibilidade da didanosina em 2 vezes. (Administração em jejum); Administrada oralmente; Uso clínico Adultos : doença avançada pelo HIV-1 Pacientes que não toleram AZT (zidovudina) ou que tenham piorado com o AZT Reações Adversas Pancreatite Neuropatia periférica Neuropatia sensório-motora periférica Cefaleia Diarreia Insônia Náusea Vômito ⋆ Zalcitabina (ddl) Análogo da desoxicitidina Mecanismo de ação Fosforilada pela desoxicitidina cinase → metabolizada por outras enzimas celulares → (metabolito ativo): ddC TP – 5’Trifosfato de didesoxicitidina ↓ Inibe transcriptase reversa (competição com trifosfato de desoxicitidina) ↓ Termino da elongação do DNA viral Uso Clínico Aidéticos que não toleram ou pioram com zidovudina, pode-se usar zalcitabina isolada. (Tão eficaz quanto a didanosina em retardar o avanço da doença.) 40% dos pacientes podem desenvolver resistência à zalcitabina. A associação de zalcitabina com zidovudina não reduzir o aparecimento de vírus resistentes à zidovudina. Farmacocinética Atravessa barreira hematocefálica Alta biodisponibilidade via oral Eliminação renal Meia vida de 1,2 hora Reações Adversas Neuropatia sensório-motora; (17-37%) Pancreatite; Úlceras orais e esofagianas; Zalcitabina + zidovudina: Queixas gastrointestinais; Vômito; Náuseas; Úlceras orais; ⋆ Estavudina Análogo da timidina Perdeu 3’-OH e os hidrogênicos 2’ e 3’, formando uma dupla ligação É estável ao calor, à luz, à umidade e em meio ácido; Muito solúvel em água Farmacocinética Rapidamente absorvida Meia vida de 1 hora Biodisponibilidade oral superior a 90% (distribui-se em todo o organismo, atravessa a barreira hematoencefálica e a placenta. Não se liga às proteínas plasmáticas nem sofre glicuronidação, como acontece com o AZT) Eliminação renal inclui secreção tubular ativa. Mecanismo de ação estavudina - fosforilada pela timidina cinase → di- e trifosfato de estavudina.* ↓ Inibidor competitivo da transcriptase reversa ↓ Causando o término da elongação da cadeia de DNA. * Também bloqueia DNA polimerase beta e gama ◇ Existe variantes de HIV-1 resistentes a estavudina Uso Clinico No tratamento de infecção avançada por HIV-1 em adultos que não toleram outros antivirais Reações Adversas Principal: Neuropatia periférica sensorial dolorosa Em 15 a 20% dos pacientes. A neuropatia é reversível com a supressão da droga, e o tratamento pode ser retomado com o uso de doses menores. Pancreatite Anemia Artralgia Fere Elevação das transaminases Outros Fármacos ⋆ Abacavir Análogo da guanosina (bem absorvido via oral); Meia vida = 2 horas; Pode gerar: náuseas, cefaleia, fraqueza, insônia e dor abdominal; Associado com abacavir à zidovudina e lamivudina ou qualquer inibidor de protease, observa-se maior queda da concentração plasmática do RNA do HIV , que durante pelo menos 16 semanas de tratamento. ⋆ Lamivudina Tem sido empregado num dos protocolos de hepatite crônica pelo vírus B na AIDS Inibidores não nucleosídicos da transcriptase reversa Incluem compostos de diferentes composições químicas Que se ligam a uma bolsa hidrofóbica na subunidade p66 da transcriptase reversa do HIV-1. Nevirapina Delavirdina Efavirenz Induzem alteração de configuração na estrutura da enzima ▹ Reduz a atividade da enzima Inibidores não competitivos Esses compostos não precisam sofrer fosforilação intracelular para a sua atividade. ⋆ Nevirapina É bem absorvida, por via oral; Biodisponibilidade superior a 90%; Absorção não é alterada pelos alimentos ou antiácidos; Meia vida = maior que 24hs; ATRAVESSA FACILMENTE A PLACENTA; É eliminada principalmente por metabolismo oxidativo, envolvendo a CYP3A4 e a CYP2B6; Induz seu próprio metabolismo e de outras drogas; Tais como anticoncepcionais orais, rifampicina, rifabutina e alguns inibidores de protease ( saquinavir e indinavir). A droga penetra no liquor e é extensamente metabolizada no fígado pelo complexo enzimático do citocromo P450. Rápido aparecimento de resistências tem limitado o uso de nevirapina em monoterapia. Benefícios clínicos potentes e duráveis, quando associada a análogos nucleosídicos inibidores da RT. Efeito adverso: Exantema que apresenta uma erupção maculopapular eritematosa. ⋆ Delavirdina É bem absorvida por via oral; Biodisponibilidade de 85%; Meia vida = 58hs; Tem maior eficácia quando usada em associação a outros antivirais; Diversas drogas podem induzir o metabolismo hepático da delavirdina, diminuindo assim seus níveis plasmáticos: nelfinavir, a rifabutina, a rifampicina e vários fármacos anticonvulsivantes Inibe o metabolismo de diversas drogas: saquinavir, o indinavir, o nelfinavir, a claritromicina, a rifabutina, o nifedipino e outros Para absorção total, esse antiviral necessita de meio ácido. O uso de antiácido dentro de 1 h da administração de delacirdina ou o uso de bloqueadores da bomba de H podem reduzir sua absorção. ⋆ Efavirenz É bem absorvido por via oral; meia vida de 24 hrs; Tem elevada ligação proteica (99,5%); Boa penetração no SNC É metabolizada pelo citocromo P450; Pode reduzir os níveis séricos de saquinavir, indinavir e amprevanir; Pode ser associada ao indivanir; zidovudina e lamivudina Reduz os níveis plasmáticos de HIV-1 durante 60 semanas, e aumenta os níveis de TCD4 Efeitos adversos Cabeça oca, tontura, síndrome de desinteresse, cefaleia e exantema de pouca gravidade; Diminui com a continuidade do tratamento e ao administrar ao dormir. Mutações que proporcionam resistência a nevirapina e delivirdina são muito rápidas; Já as mutações que provocam resistência a efavirenz são lentas; ⋆ Análogos nucleotídicos inibidores da RT A expressão genética da nucleosídio cinase responsável pela fosforilação dos análogos nucleosidicos varia em diferentes tecidos e células, durante os diferentes estágios de ativação. E isso limita a capacidade das células ativarem os análogos de nucleosidios Já as enzimas dos análogos de nucleotídicos (monofosfato) são onipresentes e por isso sua atividade é mais ampla; São convertidos em difosfato; Competem com o substrato da RT e funcionam como extintores da cadeia do DNA Exemplo: Adefovir. ⋆ Adefovir Análogo da adenina; Possui atividade contra HIV-1, vírus da hepatiteB e alguns herpesvírus; É combinado com ácido piválico formando dipivoxil adefovir; (aumenta absorção) Dipivoxil adefovir: Biodisponibilidade passa para 40% e sua meia-vida para 16-18hrs o que permite posologia 1 vez ao dia. É excretado pelos rins ; Efeitos adversos: Toxicidade renal, náusea, diarreia, fraqueza e elevação de enzimas hepáticas. Inibidores de Protease A protease é uma enzima essencial para a clivagem pós-tradução da poliproteína gag e gag-pol; Várias proteínas virais são sintetizadas como poliproteínas e necessitam de clivagem pela protease viral a fim de produzir proteínas maduras Causam a produção de partículas virais defeituosas; Como os inibidores de proteases bloqueiam a clivagem necessária dessas poliproteínas nos últimos passos do ciclo de replicação viral, são formadas partículas virais defeituosas e imaturas Não precisam de processamento intracelular; Ativos contra HIV-1 e HIV-2; Metabolizados no fígado pelo citocromo P450; Pode interferir no metabolismo de outras drogas como indutores ou inibidores do citocromo P450 Ex.: saquinavir, ritovanir, indivanir, nelfinavir e amprevanir. Efeitos Adversos Hiperglicemia; Síndrome de distrofia gordurosa; Elevação dos níveis de glicerídeos; Depósitos anormais de gordura na base posterior do pescoço e nas vísceras abdominais; Efeitos gerais da classe ⋆ Saquinavir É apresentado como cápsula de invólucro rígido e cápsula de gel mole (maior biodisponibilidade); Deve ser tomado com refeição rica em gordura (Facilita absorção); Elevada ligação a proteínas (97%); É mais utilizado em terapias combinadas. Interações medicamentosas Drogas que o saquinavir inibe o metabolismo Cisaprida; Benzodiazepínicos; Anti-histaminicos. Drogas que induzem metabolismo saquinavir Rifampicina; Riafabutina; Neviparina; Efanvirez; Anticonvulsivantes Drogas que inibem metabolismo de saquinavir Cetoconazol; Claritromicina; Ritonavir; Indivanir; Nelfivanir; Delavirdina EFEITOS ADVERSOS: Diarreia; Náusea; Desconforto abdominal e dispepsia; Elevação dos níveis de: triglicerídeos, enzimas hepáticas e creatinina fosfoquinase; ⋆ Ritonavir É bem absorvido por via oral e possui boa biodisponibilidade (70%); Elevada porcentagem de ligação a proteínas séricas (98%); Meia vida de 3,2 hrs; Em terapia antirretroviral associada apresenta benefícios clínicos potentes e duráveis. Interações medicamentosas Drogas que o ritonavir induz o metabolismo Anticoncepcionais orais Teofilina Atovaquona Morfina Naproxeno Cetoprofeno Drogas que o ritanovir inibe o metabolismo Anti-histaminicos Meperidina Benzodiazepnicos Saquinavir Indinavir Nelfinavir Analgésicos EFEITOS ADVERSOS Náuseas; Vômitos; Diarreia; Anorexia; Dor abdominal; Fraqueza; Parestesia; Gosto alterado; Cefaleia; Elevação das transaminases hepáticas e da creatinina fosfocinase; ⋆ Nelfinavir Boa disponibilidade; Absorção facilitada pelo alimento; Apresenta elevada ligação proteica; ↓ níveis plasmáticos dos anticoncepcionais orais; Comuns queixas gastrointestinais (flatulência e diarreia moderada); ◇ Aumenta nível da cisaprida, saquinavir, alguns anti-histamínicos, antiarritimicos e benzotiazepinicos ◇ Algumas drogas aumentam o metabolismo do nelfinavir, reduzindo seus níveis plasmáticos (ex: rifampicina). Outras reduzem o metabolismo e aumentam os níveis plasmáticos (ex: cetoconazol) ⋆ Amprenavir Bem absorvido; Em monoterapia queda da carga viral; Bem tolerado; Associado á zidovudina e lamivudina > 60% dos pacientes apresentaram redução do RNA viral Efeitos comuns: cefaleias, exantema e queixas gastrointestinais (náuseas e diarreia). ⋆ Azanavir Droga bem tolerada; Administrada em dose única diária; Não elevam o colesterol nem os triglicerídeos; (como os outros inibidores de proteases). Pode surgir resistência; Toxicidade principal: hiperbilirrubinemia. ↓ Relacionada com a dose. Inibidores de entrada ▹ Existe uma interação entre o vírus e as proteínas superficiais celulares do hospedeiro. ▹ O involucro do vírus se liga a um conjunto de proteínas celulares chamadas receptores das quimiocinas, o que facilita a fusão de um dos seus domínios hidrofóbicos com a membrana celular. ▹ A interferência nesse processo inibe a replicação viral. ⋆ Antagonista dos receptores de quimiocinas Ligação invólucro viral + molécula CD4 na superfície celular ↓ Invólucro viral + molécula CD4 sofrem mudanças estruturais ↓ Permite Ligação de outra porção do invólucro viral a um dos dois receptores de quimiocina (CXCR4 e CCR5) O bloqueio da ligação do HIV-1 ao receptor CCR5 inibe a replicação viral in vivo. ⋆ Inibidores da fusão Após ligação ao receptor de quimiocina ↓ Componente gp41 do involucro viral sofre alteração e alinha um segmente de aminoácidos com seis fitas. ↓ Se funde a membrana celular Processo pode ser inibido por análogos da sequência de aminoácidos ⋆ Inibidores da integrase Após transcrição reversa ↓ Cópia do DNA do RNA do HIV-1 integrado ao DNA do hospedeiro Processo facilitado por integrasse viral Em estudo: inibidores da integrasse viral REFERÊNCIAS SILVA, Penildon. Farmacologia. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
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