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REVISÃO TEORIA GERAL DO PROCESSO 2BIMESTRE

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REVISÃO TEORIA GERAL DO PROCESSO
SIGNIFICADO
1 AÇÃO 
O QUE SIGNIFICA O VOCÁBULO AÇÃO? Dicionário Aurélio
Significado de Ação
1 Ato ou efeito de agir.
2 Tudo o que se faz.
3 Manifestação de uma força.
4 Operação de um agente.
5 Maneira de atuar.
6 Processo para desenvolver um projeto.
7 Capacidade para agir.
8 Movimento ou atividade para obter determinado resultado.
9 Influência ou efeito sobre algo ou alguém.
POSICIONAMENTO DA DOUTRINA
Para Ada Pelegrini Grinover:
Vedada em princípio a autodefesa e limitada a autocomposição e a arbitragem, o Estado moderno reservou para si o exercício da função jurisdicional, como uma de suas tarefas fundamentais. Cabe-lhe, pois, solucionar os conflitos e controvérsias surgidos na sociedade, de acordo com a norma jurídica reguladora do convívio entre os membros desta. Mas a jurisdição é inerte e não pode ativar-se sem provocação, de modo que cabe ao titular da pretensão resistida invocar a função jurisdicional, a fim de que esta atue diante de um caso concreto. Assim fazendo, o sujeito do interesse estará exercendo um direito (ou, segundo parte da doutrina, um poder), que é a ação, para cuja satisfação o Estado deve dar a prestação jurisdicional.
CONCLUINDO
A palavra ação pode ser usada e compreendida em vários sentidos, como um direito, um poder, uma pretensão, o correto exercício de um direito anteriormente existente. A ação é assim considerada como o direito ao exercício da jurisdição ou a possibilidade de exigir sua atuação, assim, a ação é o direito à prestação da jurisdição, a qual pode ser favorável ou não, em relação a quem provocou.
2 CARACTERÍSTICAS DA AÇÃO
A ação é predominantemente considerada como um direito subjetivo do autor perante o Estado de obter a prestação da atividade jurisdicional. Esse direito é, portanto, público, uma vez que demanda a atuação estatal.
O direito de ação é um direito individual constitucionalmente garantido junto com outros direitos referentes ao processo. Tais previsões se encontram no Art. 5º, XXXV e LV, da CF/88.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
2 CONTINUAÇÃO
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Levando em consideração a natureza jurídica e as características da ação, pode-se conceituá-la como um direito autônomo de natureza abstrata e instrumental, já que objetiva solucionar pretensão de direito material.
3 FUNDAMENTO DO DIREITO A AÇÃO
O fundamento do direito a ação está no Art. 5º, XXXV, CF/88, a ação propicia a garantia da tutela jurisdicional efetiva, que permite ao titular do direito obter à proteção de seu direito material.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
4 TEORIAS DO DIREITO A AÇÃO
As Teorias da ação quanto à sua natureza jurídica alcançado certo consenso em relação ao conceito de ação como direito, grandes juristas propuseram teorias acerca da natureza jurídica de tal direito. Essas teorias servem para auxiliar a compreensão da evolução da ciência e do caminho percorrido até se chegar ao entendimento adotado no nosso Código de Processo Civil, de 2015.
a. Teoria imanentista, civilista, ou clássica
Essa teoria tem como origem e base o direito romano. Para ela, a ação nada mais é do que o próprio direito material, ajuizado em decorrência de ameaça de dano ou de dano efetivo. Logo, não poderia haver ação que não versasse sobre direito material, já que ele seria o foco e o agente dela. Assim, considerando que o direito de ação é decorrente do direito material, compreende-se a ação como emanação do direito material.
4 CONTINUAÇÃO
b-Teoria da ação como direito potestativo 
A existência do direito de ação é condicionada à obtenção de uma sentença favorável estando sujeita às mesmas críticas daquela teoria. De acordo com Chiovenda, a ação pode ser definida como o “poder jurídico de dar vida à condição para a atuação da vontade da lei”, ou seja, o direito de fazer a lei agir para preservar um direito em face de um opositor que deve obedecer a determinação legal.
A ação era considerada um direito (direito potestativo) independente do direito material, sendo o direito do autor de submeter o réu aos efeitos jurídicos pretendidos. Logo o direito de ação é contra o réu e não contra o Estado.
4 CONTINUAÇÃO 
C Teoria Eclética
Elaborada por Liebman, entende que o direito de ação é o “direito ao processo e ao julgamento do mérito”, e não garante ao autor o provimento da demanda. Essa teoria tem como principal diferencial a criação das chamadas condições da ação, que são requisitos de admissibilidade de uma ação. Na ausência das condições da ação, o juiz não está obrigado a julgar o mérito do processo, podendo extingui-lo sem seu exame.
D Teoria da Asserção
A teoria da asserção, criada para lidar com dificuldades geradas pela teoria eclética de Liebman, defende que o juiz deve realizar o exame das condições de ação pelas assertivas (afirmações) apresentadas pelo autor em sua petição inicial. Passado esse momento inicial e percebendo juiz a ausência das condições da ação, ele deve julgar o mérito, rejeitando o pedido do autor.
Há quem entenda, no entanto, que a asserção não é suficiente para demonstrar a presença das condições da ação. Para esse entendimento, é necessário um mínimo de provas que demonstrem a veracidade das asserções do autor.
 
CONCLUSÃO PELO DOUTRINADOR MEDINA
E O NOVO CPC?
Ainda que o NCPC tenha avançado na matéria em comparação com o Velho CPC, não se desvinculou da teoria eclética do direito de ação, nem muito menos se aproximou da teoria da asserção.
5 PARA A EXISTÊNCIA DO DIREITO DE AÇÃO É MISTER QUE HAJA:
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO: O pedido do autor tem de estar amparado por uma norma de direito material que o assegure. Exemplo é o divórcio quando não era permitido em nosso direito. Antes não havia possibilidade jurídica do pedido de divórcio, porque nossa legislação não o amparava. 
Atualmente o CPC/15 não considera possibilidade jurídica do pedido como condição da ação, deve ser considerado mérito de analisar se existe ou não o direito da parte.
INTERESSE DE AGIR: É o interesse da parte de recorrer ao Judiciário para a obtenção do reconhecimento de um direito ameaçado ou violado. É a necessidade de obter o provimento postulado, em razão de que não foi satisfeito pelo réu. O interesse de agir leva em consideração a utilidade/necessidade/adequação. 
LEGITIMIDADE DA PARTE : Deve haver identidade da pessoa que faz o pedido (autor) com a pessoa que a lei assegura o direito material, o mesmo ocorre com o polo passivo da ação. 
O QUE É LEGITIMIDADE ORDINÁRIA OU EXTRAORDINÁRIA?
Legitimidade ordinária: Quando é o próprio titular do direito quem ajuíza a ação;
Legitimidade extraordinária: Quando a lei autoriza que terceiro postule em nome próprio direito alheio de outra pessoa; MINISTÉRIO PÚBLICO
5 CONTINUAÇÃO
O interesse de agir e a legitimidade passaram a ser tratados como pressupostos processuais, nos termos do art. 17, do NCPC, de tal forma que constatando o juiz, ao receber a inicial, a ausência do interesse de agir ou
legitimidade, indeferirá a petição inicial, consoante art. 330, II e III, do NCPC. 
6 CITAÇÃO
A citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender art. 238 do CPC/15. A citação ocorre, nos termos do artigo 334 do CPC/15, logo após a verificação da procedência da petição inicial.
O ato de citação deve deixar claro que caso o réu não formule resposta, ocorrerá sua revelia, presumindo-se verdadeiros todos os fatos alegados pelo autor.
Conforme exposto no artigo 240 do CPC/15, a citação válida, como consequência, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor. Além disso, ela estabiliza a demanda — vide artigo 329, I do CPC/15 — e interrompe a prescrição.
Tipos de citações: (I) por correio art. 247 do CPC/15 
Em regra, a citação é realizada pelos correios. As demais formas são empregadas somente perante a impossibilidade dessa modalidade, a citação por mandado é empregada justamente após uma tentativa frustrada de citação pelo correio ou nos casos dos incisos do art. 247 do CPC/15 (por exemplo, quando o citando for incapaz). 
7 INTIMAÇÃO
7 Intimação
As intimações compreendem todos os outros atos de comunicação processual que não constituem a citação inicial. Assim como as citações, as intimações também podem ser pelo correio, pela via eletrônica, por hora certa ou por edital, também há a intimação pela publicação em diário oficial, art. 272 do CPC/15, modalidade criada especialmente para os advogados, e a intimação pessoal.
8 CONCEITO DE PROCESSO
CONCEITO DE PROCESSO como o conjunto de atos que constitui relação jurídica capaz de gerar obrigações, ônus, poderes e faculdades às partes que a compõem. Por fim, a natureza jurídica do processo é reconhecida, atualmente, como de categoria jurídica autônoma, sendo estabelecida discussão dentre diversas correntes. 
9 RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL
É a relação estabelecida entre réu, autor e juiz quando é instaurado o processo, na qual é discutida uma relação de direito material. Possui determinadas características, como, por exemplo, a autonomia, referente à independência entre a relação processual e a material. Observa-se a natureza pública da relação processual, posto que a função pública jurisdicional é exercida pelo Estado e as partes a essa se sujeitarão. Na autonomia há a unidade processual que significa dizer que os atos praticados no decorrer do processo visam a um objetivo comum, que é o provimento jurisdicional. Por fim, ressalta-se o caráter tríplice, visto que a relação processual é composta por autor, réu e Estado. Quanto a essa última, cabe ressaltar que não é consenso doutrinário a configuração triangular da relação processual. Há quem defenda a relação angular, considerando não haver relação direta entre autor e réu e pressupondo intermediação necessária por parte do ente estatal, assim como há quem defenda que a figura do Estado-juiz é dispensável na relação processual. No entanto, figura, predominantemente, a relação triangular processual.
10 PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA:
a)	Jurisdição: o órgão ao qual é dirigida a ação deve estar investido do poder de dizer o direito no caso concreto que lhe é submetido, para que possa solucionar o conflito.
b)	Pedido: o processo se inicia com a petição inicial encaminhada ao órgão judiciário competente. Nela, será descrita a pretensão resistida pela parte contrária, onde será feito o pedido, exposto o mérito da questão, que se pretenda ver solucionada pelo órgão investido de jurisdição.
c)	Partes: as partes são pessoas que tem as pretensões resistidas, que entraram em conflito e que pretendem vê-lo solucionado pelo Poder Judiciário. 
10 PRESSUPOSTOS DE VALIDADE 
a)	Competência: competência é uma parcela da jurisdição. É o espaço geográfico e a matéria em que o juiz pode analisar a questão que lhe é submetida. A Vara da Família não tem competência para analisar postulação relativa a reconhecimento de vínculo de emprego, que é da competência da Justiça do Trabalho.
b)	Insuspeição: o magistrado não pode ser amigo íntimo ou inimigo de nenhuma das partes, muito menos ser parcial. Deve o magistrado ser totalmente imparcial no julgamento da lide que lhe é posta a exame.
c)	Inexistência de coisa julgada: ao se analisar o processo, não poderá haver coisa julgada. O juiz não pode decidir aquilo que já foi anteriormente decidido por outro juiz. Há identidade das ações quando as partes forem as mesmas, o pedido e a causa de pedir também coincidirem.
d)	Inexistência de Litispendência: o conflito de interesses não poderá ser submetido duas vezes aos mesmos órgãos competentes. Se uma ação já está em curso com as mesmas partes, causa de pedir e pedido, não é possível que o autor ingresse com uma segunda ação, repetindo a primeira.
10 CONTINUAÇÃO 
e)	Capacidade processual dos litigantes: as partes devem ser capazes para a propositura da ação e para a prática dos atos processuais. No processo do trabalho, os maiores de 18 anos já têm a capacidade processual. Os menores de 18 anos serão assistidos por seus pais ou pela Procuradoria do Trabalho (arts. 792 e 793 da CLT).
f)	Regularidade da petição inicial: a petição inicial deverá atender os requisitos estipulados em lei. Não atendendo esses requisitos, a petição será considerada inepta.
g)	Regularidade da citação: para o bom andamento do processo, há necessidade de que a citação tenha se realizado regularmente, sob pena de nulidade absoluta. A citação vem a ser justamente a comunicação ao réu de que tem contra si uma ação proposta. Citação não é pressuposto processual, pois não vem antes do processo. Há citação sem processo na jurisdição voluntária e processo sem citação. Em que o réu não é citado, como na rejeição limiar do pedido (arts 239 e 332 do CPC). Nos casos de concessão de liminar antes da citação, há processo. A citação implica o aperfeiçoamento da relação processual.
10 CONTINUAÇÃO
h)	Pressuposto objetivos: pedido formulado ao juiz, citação do réu, inexistência de litispendência e coisa julgada.
i)	Pressupostos subjetivos: relativos ao juiz (jurisdição, competência e imparcialidade), relativos às partes (capacidade de ser parte, de estar em juízo e postulatória).
12 DAS PROVAS 
PARA DIDIER: A prova é direito fundamental decorrente do próprio contraditório; as partes deverão demonstrar a ocorrência dos fatos nos quais se sustentam suas pretensões; A finalidade da prova é a formação da certeza e convicção acerca da ocorrência do objeto (o fato) sob o qual se funda o direito. E o destinatário é o Juiz (decisões motivadas), pois a ele cabe o papel de julgar e aplicar o direito ao caso concreto.
12 CONTINUAÇÃO 
Para Luiz Flávio Gomes: Art. 157 CPP. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. 
2º Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. 
3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. 
4º (Vetado) 
12 CONTINUAÇÃO 
Princípio da verdade processual (também conhecido como verdade real ou material ou substancial), que consiste na verdade (probatória) que se consegue dentro do devido processo legal, o que importa para o processo penal é a descoberta da verdade dos fatos, ou seja, o que interessa é a demonstração processual do que efetivamente ocorreu (para que a Justiça possa fazer incidir o direito aplicável e suas consequências jurídicas). Ocorre que nem tudo é válido para a obtenção dessa verdade. As partes contam com liberdade para a obtenção, apresentação
e produção da prova (dentro do processo), mas essa liberdade tem limites. Nem tudo que possa ser útil para a descoberta da verdade está amparado pelo direito vigente. 
12 CONTINUAÇÃO 
Princípio da inadmissibilidade das provas ilícitas: a prova ilícita é uma das provas não permitidas no nosso ordenamento jurídico. A CF, no seu art. 5º, inc. LVI, diz: são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
Provas ilícitas, por força da nova redação dada ao art. 157 do CPP, são as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. Em outras palavras: prova ilícita é a que viola regra de direito material, seja constitucional ou legal, no momento da sua obtenção (confissão mediante tortura, v.g.). Impõe-se observar que a noção de prova ilícita está diretamente vinculada com o momento da obtenção da prova (não com o momento da sua produção, dentro do processo).

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