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Biblioteca pública

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
NUCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E 
EXTENSÃO FAVENI
BIBLIOTECA ESCOLAR: instrumento que contribui para a formação do leitor consciente
SILVANA FRANCISCA LOPES
Divinópolis
2017
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
NUCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI
BIBLIOTECA ESCOLAR: instrumento que contribui para a formação do leitor consciente
SILVANA FRANCISCA LOPES
Artigo científico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de Biblioteconomia.
Divinópolis
2017
BIBLIOTECA ESCOLAR: instrumento que contribui para a formação do leitor consciente
Silvana Francisca Lopes
RESUMO
Quando observamos a contextualidade social que estamos inseridos, percebemos que a escrita e a leitura apresentam os mais infinitos objetivos, sendo que ambas nos acompanham por todo nosso cotidiano, portanto, a formação de bons leitores passa a ser uma necessidade constante. Assim, a biblioteca é um espaço reservado para facilitar esta realidade, fazendo-nos entender e inovar nossa formação. O costume de ler precisa iniciar-se na infância, afinal de contas através das imagens a criança desenvolve seu gosto pela leitura, porém essa atitude necessita ser desenvolvida por toda uma vida. Desta forma, o presente artigo apresenta como objetivo geral: reconhecer a importância das bibliotecas principalmente no cotidiano dos alunos e, especificamente; levar informações a respeito da necessidade de incentivar o uso diário das bibliotecas, independente se este uso é para a leitura ou para a busca de novos saberes; ressaltar a importância da biblioteca nas instituições escolares; ressalvar a necessidade de projetos de leitura nas escolas para melhorar as aprendizagens. A metodologia adotou pesquisas bibliográficas e exploratórias, sendo analisados contextos acadêmicos de alguns autores tais como Silva (1997), Milanesi (1988), Antunes (2005), Schwarcz (2007), Bamberger (1991). Os resultados obtidos evidenciam que apesar da importância das bibliotecas para a formação de leitores, pouco investimento é feito, sendo estes espaços com precárias acomodações e acervos antigos. É necessário adequação nas bibliotecas e investimento nos bibliotecários, pois esses profissionais precisam se capacitar para atender uma demanda cada vez mais desmotivada para a realização de leituras e pesquisas, dinamizando o ambiente para melhorar a frequência nas bibliotecas.
Palavras-chave: Biblioteca. Formação. Bons leitores. Leitura.
ABSTRACT
When we observe the social contextually that we are inserted, we realize that writing and reading have the most infinite objectives, both of which accompany us throughout our daily lives, therefore, the formation of good readers becomes a constant need. Thus, the library is a space reserved to facilitate this reality, making us understand and innovate our training. The custom of reading must begin in childhood, after all through the images the child develops his taste for reading, but this attitude needs to be developed for a lifetime. In this way, this article presents as general objective: to recognize the importance of libraries mainly in the students' daily life and, specifically; To provide information about the need to encourage the daily use of libraries, regardless of whether this use is for reading or searching for new knowledge; Highlight the importance of the library in school institutions; Emphasize the need for reading projects in schools to improve learning. The methodology has adopted bibliographical and exploratory research, analyzing the academic contexts of some authors such as Silva (1997), Milanesi (1988), Antunes (2005), Schwarcz (2007) and Bamberger (1991). The results show that despite the importance of libraries for the formation of readers, little investment is made, these spaces being with poor accommodation and old collections. Adequacy is required in libraries and investment in librarians, since these professionals need to be able to meet an increasingly unmotivated demand for reading and research, and dynamizing the environment to improve library attendance.
Keywords: Library. Formation. Good readers. Reading.
INTRODUÇÃO
As bibliotecas são espaços destinados para a apreciação de uma boa leitura, bem como de realizar pesquisas e conhecimentos diversos. Quando este ambiente se encontra bem organizado, com profissionais capacitados (bibliotecais) a biblioteca se transforma num instrumento influente no desenvolvimento de ledores ávidos por desempenhar projetos e ampliar saberes.
Neste trabalho em questão o tema aborda a importância da biblioteca na vida escolar dos alunos, facilitando seu cotidiano escolar e maximizando o interesse dos docentes. O progresso escolar dos alunos será mediado através de pesquisas bibliográficas e exploratórias visando quantificar a concretização de projetos realizados através do estímulo da leitura destes frequentadores. Após pesquisar sobre a temática apresentada, espera-se responder aos objetivos que se apresentam como geral: reconhecer a importância das bibliotecas principalmente no cotidiano dos alunos e, especificamente; levar informações a respeito da necessidade de incentivar o uso diário das bibliotecas, independente se este uso é para a leitura ou para a busca de novos saberes; ressaltar a importância da biblioteca nas instituições escolares; ressalvar a necessidade de projetos de leitura nas escolas para melhorar as aprendizagens. A metodologia adotada para responder aos objetivos propostos embasa-se em pesquisas bibliográfica e exploratória.
Desta forma, justifica-se a realização das pesquisas devido a importância que a leitura faz na vida das pessoas, colaborando para o desenvolvimento de uma sociedade cada vez mais conscientes de suas ciências e necessidades.
Necessita-se entender que o ato de ler além de informar também harmoniza ocasiões de descanso, sendo considerado um instrumento essencial para aumentar as habilidades de uma sociedade que se faz acessível e influente. 
Por meio das pesquisas realizadas para aumentar os conhecimentos a respeito do referido assunto, infelizmente, nota-se que no Brasil as bibliotecas não recebem a devida importância. A falta de incentivo para a realização de leituras também é outra constatação, onde a participação em concursos ou a frequência em projetos é pouco notada, demonstrando uma sociedade pouco ativa no quesito de realizar leituras com regularidade.
Desta forma, a apresentação do artigo em questão se apresenta num primeiro momento com a introdução onde se apresentam a justificativa, o tema, os objetivos e os resultados. No próximo momento, o referencial teórico, sendo seguidas pelas considerações finais e, por último, as referências que colaboraram para embasar o referido trabalho.
1 DEFININDO O ESPAÇO DA BIBLIOTECA
A investigação por novos conhecimentos e saberes é visto como uma ação característica do homem sendo que a biblioteca é o instrumento facilitador para esta busca, afinal de contas é neste espaço onde muitas obras são organizadas e arquivadas, propiciando momentos de lazer e de informações específicas.
Segundo Schwarcz (2007) a terminologia “biblioteca” é originada da Grécia, cuja definição é “conjunto de prateleira ou depósito para guardar livros, escritos, rolos de papiro e de pergaminho arrumados em estantes” (CHAGAS, 2011 apud SCHWARCZ, 2007, p.123).
O significado de biblioteca também se faz saber numa definição mais moderna como “coleção de livros, pública ou privada, classificados segundo algum critério, com o objetivo de conservá-los e de facilitar a consulta e o estudo” (MICHAELLIS, 2002, p. 109).
Percebe-se que na maioria das definições de biblioteca ressalta-se muito a componente material, entretanto muito há de se notar nesse ambiente.
Esse local labiríntico é, entretanto, e acima de tudo, uma instituição, onde se desenham desígnios intelectuais, realizam-se políticas de conservação, elaboram-se modelosde recolha de textos e de imagens. Mais que um edifício com prateleiras, uma biblioteca representa uma coleção e seu projeto. Afinal qualquer acervo não só traz embutida uma concepção implícita de cultura e saber, como desempenha diferentes funções, dependendo da sociedade em que se insere (SCHWARCZ, 2007, p. 120).
Um espaço destinado à biblioteca precisa ser observado além da acumulação de suas escritas, afinal de contas é um ambiente destinado à investigação escolar ou acadêmica, alicerçando conhecimentos e aprendizagens, isto é, a biblioteca é um lugar onde as pessoas que compõe o meio social frequentam.
Informa-se que para poder existir uma biblioteca com qualidades para atender seu público alvo, ou seja, as pessoas da sociedade, é necessário ampliar o costume e a tradição da leitura, sendo importante para esta realização uma tríade de bibliotecários, livros e usuários. 
Sem o bibliotecário, com os seus conhecimentos organizacionais e de orientação, o espaço dos livros torna-se altamente caótico e tende a perecer rapidamente. Sem livros, o espaço torna-se inútil. Sem usuário, o espaço da biblioteca não se dinamiza, perde o seu valor e morre (SILVA, 1997, p. 106).
Para Wisniewki e Polak (2009, p. 4409) “esses três elementos (...) são de fundamental importância para existência de uma biblioteca, mas, infelizmente nem sempre podemos contar com isso”. Isto se dá uma vez que muitas obras literárias se encontram em quantidade reduzida ou não estão atualizadas, dificultando o momento da pesquisa. Tanto a desatualização ou o número diminuto dos livros incentivam a criação de bibliotecas de muitas naturezas.
As bibliotecas podem se apresentar como públicas, particulares, escolares, nacionais e outras. 
Existem vários tipos de biblioteca: bibliotecas nacionais e públicas, nas quais o edifício e o estoque são pagos com verbas públicas, como também os salários do pessoal geralmente preparado em cursos especializados. Nelas a utilização de todo esse material é feita gratuitamente pelo público; bibliotecas universitárias, para uso de professores e estudantes; bibliotecas escolares; bibliotecas especializadas, que fazem parte de instituições profissionais ou oficiais; bibliotecas industriais, mantidas por empresas para fornecer material de referencia e talvez livros técnicos aos funcionários, bibliotecas comerciais, que emprestam livros mediante pagamento de uma taxa anual de uma pequena taxa de aluguel por livro (BARKER e ESCARPIT, 1975. p. 675).
Numa análise ampla a respeito do ambiente destinado à biblioteca nota-se o quanto a edificação e desenvolvimento são necessários para o conhecimento do ser humano. De acordo com a história os modelos de biblioteca sofreram aperfeiçoamentos condizentes com a necessidade de cada um. Faz-se necessário acrescentar que cada adaptação e modificação criaram novas realidades. Na contemporaneidade é possível acessar exemplares de livros por meio da internet, independente do lugar que se encontra, dessa forma, a biblioteca criou acessibilidade para todos, condicionado por meio da globalização mundial. Esta ação atinge um número cada vez maior de usuários, porém, para oferecer este formato as bibliotecas sofreram grandes transformações recebendo nomenclaturas para cada uma de suas utilidades, sendo específicas para investigações pessoais, particulares, públicas, acadêmicas e outros.
A direção da biblioteca particular ou privada é o devaneio dos amantes da boa leitura, individualizando este momento de deleite, onde as obras de sua preferência seriam dispostas de acordo com seu desejo. Entretanto, sabe-se que esta realidade alcança um público bem restrito.
Um exemplo de biblioteca particular é a do cônego Luís Vieira da Silva, que, mesmo com poucos recursos financeiros conseguiu acumular obras literárias de vários idiomas, contabilizando um total de 800 exemplares (EL FAR, 2006).
Reforça-se o pensamento de que existam seres humanos que nutrem um sentimento pela leitura, e que, com o passar do tempo conseguem acumular um acervo de acordo com seu gosto.
Em relação à biblioteca pública esta somente é viabilizada devido aos fins financeiros públicos sendo conservada pelo domínio coletivo com acessibilidade para todos. As bibliotecas públicas promovem o empréstimo de obras para a população através de documento especializado (carteirinha) e com tempo de empréstimo estipulado, podendo este ser renovado ou não (BARKER e ESCARPIT, 1975).
A biblioteca é, também, um instrumento de leitura do cotidiano com os seus conflitos e problemas. Então, a biblioteca não pode ser algo distante da população como um posto médico que ele procura quando tem dor. Ela deve ser um local de encontro e discussão, um espaço onde é possível aproximar-se do conhecimento registrado e onde se discute criticamente esse conhecimento (MILANESE, 1988, p. 93). 
Esta modalidade de biblioteca é necessária, afinal de contas ela condiciona a população mais carente a ter acesso a livros que, talvez não pudessem ser adquiridos, porém esta acessibilidade também é possibilitada devido ao rigor estabelecido pelos responsáveis do empréstimo, castigando àqueles que não cumprem com suas obrigações em relação à devolução ou renovação.
Antigamente a biblioteca pública apresentava objetivos de instigar o gosto do leitor, entretanto desde meados dos anos 70, quando as pesquisas escolares passaram a ser uma obrigação para os alunos, estes espaços ganharam mais adeptos, porém não se encontravam adequados para o aumento da demanda (MILANESE, 1988).
Para este autor a finalidade essencial da biblioteca pública se apresenta como principal incentivador da leitura, desenvolvendo cultura para as pessoas e automaticamente, mais conhecimentos, entretanto, em vários momentos nota-se que este serve somente para reunir educandos para realizarem suas pesquisas e pronto, sem o desejo de continuarem com este momento (MILANESE, 1988).
Ressalta-se que além das bibliotecas públicas, os educandos podem contar com as bibliotecas das próprias entidades escolares que frequentam, condicionando maior privacidade para sua pesquisa. Em determinadas instituições escolares, principalmente as particulares, percebe-se que o acervo de livro é bem abrangente, oportunizando maiores conhecimentos e aumentando as condições para a realização das pesquisas. Nestes ambientes, o bibliotecário é o profissional capacitado para atender e colaborar na busca das obras para atender as necessidades de seus usuários.
O bibliotecário, além de todas as funções já pré-determinadas, também precisa incentivar na formação de futuros leitores. Faz-se necessário, nas palavras de Silva (1997, p. 99);
Instalarem o hábito da leitura em nossas crianças quando, nos diferentes espaços sociais, houver abundância de livros disponíveis. Assim, haveremos de repensar o papel a ser cumprido pelas bibliotecas escolares na formação de leitores. Sugerimos que a reivindicação dos educadores por melhores condições de ensino inclua também a instalação de bibliotecas nas escolas. 
O principal desempenho das bibliotecas necessita apresentar-se como incentivador para condicionar a concepção de ledores, todavia, cada vez são mais precárias as condições desses ambientes, em alguns casos, até acontece a extinção deste espaço por falta de recursos. A respeito das qualidades das bibliotecas, principalmente das instituições escolares públicas, ressalta-se que:
A maioria das escolas públicas brasileiras não possui biblioteca e as que possuem estão em estado calamitoso de funcionamento , seja em nível de organização, seja em nível de atualização de acervos. Esta aberração é complementada por uma distorção completa das funções da bibliotecária dentro da escola, pois geralmente a biblioteca é conduzida e controlada não por uma especialista, mas por uma professora em fase de se aposentar (SILVA, 1997, p. 53).
Esse ambiente passa a ser considerado como segundo plano, não recebendo a devia importância para melhorar a educação escolar, como relatado, o ensino em nosso país só serámelhorado com a constituição de ledores exigentes, que instituam qualidades em suas aprendizagens.
O progresso da tecnologia e a dispersão da internet também apareceram como outra modalidade de acesso a livros e acervos, aumentando o número de usuários. A chamada biblioteca virtual utiliza-se de técnicas ideais para maximizar as pesquisas e investigações, favorecendo um acesso mais ágil para seus usuários.
Esse serviço pode ser assim definido: bibliotecas virtuais – sistema nos quais os recursos de informação são distribuídos via rede, ao invés de estarem fisicamente contidas em um local particular “bibliotecas digitais” – bibliotecas cujos conteúdos estão originalmente em formato eletrônico e são acessados por meio de computadores (ANTUNES, 2005, p. 65). 
Involuntariamente da terminologia utilizada para definir esta modalidade, este recurso coloca todos os usuários num mesmo nível de capacidade, sem exclusão, desde que seus usufrutuários tenham acesso à internet. As bibliotecas oferecem alicerçamento quando analisadas pelo progresso das ações e apotegma dos seres humanos.
Entendemos que de acordo com a história, os modelos de bibliotecas sofreram aperfeiçoamento e adaptações conforme as necessidades e realidades. Podem-se alcançar obras literárias ou de pesquisas através do empréstimo, da carteirinha, da internet, e outros, independente do lugar onde se encontram. Esta é uma vantagem do mundo atual, ou seja, do mundo global.
Neste pensamento, futuramente serão abordadas as vantagens que um espaço de biblioteca pode promover na vida educacional dos alunos.
2 FORMAÇÃO DE PESSOAS CONSCIENTES: Vantagens do uso da biblioteca
Ler não é simplesmente decodificar letras e reconhecer sua intenção, é uma ação espontânea e contínua incutindo ao leitor refletir, analisar e entender o que está sendo lido. Segundo Padilha e Souza (2016, p. 5) “a leitura possibilita a formação do cidadão (...), já que é por meio dela que o indivíduo terá a possibilidade de construir novas relações com as informações presentes no espaço global”. Em conformidade com Bamberger (1991, p. 07) “o direito de ler significa igualmente o de desenvolver as potencialidades intelectuais e espirituais, o de aprender e progredir”. Sendo que é através do progresso dessas potencialidades, que acontece o incentivo pela leitura ou não.
Algumas pessoas criam o gosto pela leitura pelo exemplo dos familiares, outras, por influência de professores ou por circunstância fortuitas de suas histórias de vida. No entanto, a formação de leitores em grande escala, via escola, só ocorrerá se houver uma política de leitura, traduzida na adequada formação de professores leitores, na oferta abundante de bons e variados materiais escritos, e na instalação de bibliotecas e salas de leitura bem equipadas, dinamizados por bibliotecários (CARVALHO, 2005, p. 67).
A leitura condiciona viagens inimagináveis para seus leitores. É por meio dela que a imaginação cria asas, que se compreende melhor a existência humana, que se condiciona viajar para outras épocas, outros países. Assim, para Foucambert “ser leitor é querer saber o que se passa na cabeça do outro para compreender melhor o que se passa na nossa” (1994, p.30).
As instituições escolares precisam se preparar para atender esta demanda estudantil, entretanto, na maioria dos casos as bibliotecas não apresentam acomodações adequadas para seus usuários. Para incentivar o gosto pela leitura é necessário um ambiente agradável, com obras atuais e envolventes, atendimento de qualidade e outros. Nas palavras de Zilberman (2003, p.170) “o crescimento da criança se faz por essa imersão no universo da leitura e seu desenvolvimento intelectual pode ser medido por meio de sua habilidade de verbalização dos conteúdos assimilados durante a educação formal”. 
Diante dessa realidade, melhorar as bibliotecas públicas é uma ação emergencial para aperfeiçoar o desenvolvimento das crianças em idade escolar. Através do desenvolvimento do gosto pela leitura, o educando vai aperfeiçoando suas capacidades em aproveitar as várias vantagens que a leitura proporciona. Infelizmente, sabe-se que esta realidade está longe de acontecer em nosso país.
É necessário vencer os obstáculos para transformar os educandos em ledores ávidos de uma boa história. Percebe-se que, apesar das dificuldades, muitos professores criam projetos e ações que incentivem o hábito da leitura, independente das dificuldades. 
A principal deficiência de muitas bibliotecas escolares é não oferecerem escolhas suficientes. As crianças têm de pegar o que encontram, e, quando o livro não se ajusta aos seus interesses sentem se decepcionada; em lugar de desenvolver- se, os hábitos de leitura são prejudicados (BAMBERGER, 1991, p. 78).
Desta forma, visualiza-se a educação como instrumento formador de opinião, de hábitos, assim, observa-se a necessidade de melhorias nas políticas da educação, principalmente no que tange o espaço destinado para a biblioteca, independente de qual modalidade a escola se encaixa. Agindo assim, a sociedade demonstra qualidades de solidariedade e de justiça, envolvendo conhecimentos e saberes para todos. A leitura é essencial para a vida das pessoas, pois;
Quando uma pessoa sabe ler bem, não existem fronteiras para ela. Ela pode viajar não apenas para outros países, mas também no passado, no futuro, no mundo da tecnologia, na natureza, no espaço cósmico. Descobre também o caminho para a porção mais íntima da alma humana, passando a conhecer melhor a si mesma a aos outros (BAMBERGER, 1991, p. 29).
Perante as necessidades e qualidade oferecidas pela leitura, os acessos às bibliotecas precisariam oferecer mais condições e qualidades com acervos atuais, porém percebe-se o contrário, ou seja, espaços insuficientes, características precárias, atrapalhando o incentivo de quem busca novos conhecimentos. 
Para Brasil (1997) os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) instituem que a leitura precisa acontecer no ambiente escolar, pois é um espaço destinado ao ensino, entretanto sua realização precisa ser entendida pelo educando. A leitura é uma ação social, se ela precisa ser realizada é necessário que se ofereça qualidade para sua realização. 
Nesta conjuntura, a biblioteca independente de sua esfera, ou seja, particular ou pública precisa oferecer um acervo que condicione o leitor a ter um convívio diário e prazeroso com a leitura, e isto acontece com boas obras e obras atuais e diversificadas.
Entretanto para constituir leitores adequados e capacitados determinadas qualidades são necessárias, assim, segundo Brasil (1997) as bibliotecas precisam ficar ao dispor dos alunos na instituição escolar, oferecendo um bom acervo literário e outros instrumentos de leitura. Também é preciso delinear tarefas cotidianas que garantam aulas específicas de leitura e que incutem nos alunos a importância da realização desta atividade.
Para aprender a ler, enfim, é preciso estar envolvido pelos escritos os mais variados, encontrá-los, ser testemunha de e associar-se á utilização que os outros fazem deles – quer se trate dos textos da escola, do ambiente, da imprensa, dos documentários, das obras de ficção. Ou seja, é impossível tornar-se leitor sem essa continua interação com um lugar onde as razões para ler são intensamente vividas (FOUCAMBERT, 1994, p. 31).
Após a realização das pesquisas, entendemos que o acesso aos materiais de leitura é tão importante quanto o ambiente para apreciar esse momento. Possibilita-se informar que as bibliotecas públicas ou escolares são necessárias apresentar acervos atuais, incentivando os leitores a buscarem novos livros e profissionais habilitados para insuflar o ambiente destinado para este fim.
O caminho é longo, mas a despeito desta dificuldade, é necessário incentivar sempre que possível, o hábito diário da leitura, assim, num futuro próximo nosso país poderá apresentar uma sociedade apaixonada pela leitura.
A biblioteca, independente se é pública ou particular desempenha função essencial paraa realização das pesquisas escolares e acadêmicas. Quando ela se encaixa na esfera pública, a biblioteca abrange toda a população da cidade e até de cidades circunvizinhas, sendo sustentada pelo município ou estado e sendo seus comodatos gratuitos. Quando ela se apresenta como escolar, sua base é nas escolas na qual atende somente àqueles alunos matriculados na instituição. Porém, independente se é escolar ou pública, esta modalidade de incentivo à leitura precisa ter profissionais capacitados, mostrando e incentivando o ato de ler.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da realização deste trabalho, percebeu-se que as bibliotecas são ferramentas importantes para a formação de leitores, de esta forma incentivar o hábito da leitura e promover projetos que a envolvam precisa fazer parte do cotidiano escolar.
Porém, observa-se que este envolvimento está longe da realidade, quer seja pela falta de profissionais habilitados para esta função, quer seja pela precariedade das bibliotecas em nosso país.
Essa investigação condicionou compreender que o estímulo para incentivar os alunos a realizarem leituras diárias ou para visitarem uma biblioteca é muito precário. A atualidade é que as bibliotecas precisam passar por melhorias tanto de espaço quanto de acervo. Assim, os ambientes habituais, ou seja, bibliotecas pública ou escolar devem ser aquilatadas propendendo uma ampliação nos subsídios relacionados ao desenvolvimento de ledores, condicionando que a leitura fique ao dispor de todos.
Para minimizar tais prejuízos na vida acadêmica dos alunos no que tange a leitura, a realização de projetos e o incentivo para a visitação das bibliotecas são ações necessárias. Afinal de contas quanto mais convivência dos educandos nas bibliotecas, mais vontade em apreciar boas obras ou realizar pesquisas poderá ser observada. O estímulo é essencial para a técnica de formar bons leitores, porque direciona o leitor a buscar novos caminhos.
REFERÊNCIAS 
ANTUNES, B. Memória, literatura e tecnologia. – São Paulo: Cultura Acadêmica, 2005. 
BAMBERGER, R. Como incentivar o hábito de leitura. Editora Ática, 1991 5º edição. 
BARKER, R. E.; ESCARPIT, R. A fome de ler. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1975. 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental Parâmetros Curriculares Nacionais: língua Portuguesa/ Secretaria de Educação Fundamental - Brasília 1997. 
CARVALHO, M. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2005. 
CHAGAS, F. A. O. Biblioteca: que espaço é esse? 2011. Disponível em: <http://www2.unucseh.ueg.br/ceped/edipe/anais/ivedipe/pdfs/lingua_portuguesa/co/133-269-1-SM.pdf>. Acesso em: 8 ago. 2017. 
EL FAR, A. O livro e a leitura no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.2006. 
FOUCAMBERT, J. A leitura em questão – Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 
MICHAELLIS. Dicionário escolar língua portuguesa – São Paulo: Editora Melhoramentos, 2002.
MILANESE, L. O que é biblioteca?. São Paulo: Editora Brasiliense. 5º edição, 1988. 
PADILHA, G. F.; SOUZA, F. Leitura como prática para a formação da cidadania. 2016. Disponível em: <http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2016/ 02/Gabriela-Fagundes-Padilha.pdf> Acesso em: 11 jul. 2017.
SCHWARCZ, L. M. A longa viagem da biblioteca dos reis: do terremoto de Lisboa à Independência do Brasil. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras. 2007.
SILVA, E. T. Leitura e realidade brasileira. Porto alegre: mercado aberto, 1997. 
WISNIEWSKI, I. A.; POLAK, A. Biblioteca: contribuição para a formação do leitor. 2009. Disponível em: <http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/ pdf/ 3102_1701.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2017.
ZILBERMANN, R. A Literatura infantil na escola. Ed. rev., atual. e ampl. - São Paulo: Global, 2003.
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