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Nota de leitura regionalização

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Nota de leitura
OS DILEMAS DA GLOBALIZAÇÃO - FRAGMENTAÇÃO
¹Nayara A. Rodrigues
Vivemos hoje em mundo dito globalizado, mas quais são as raízes dessa globalização (sec.XIV e XVIII). Desde a queda do regime feudalista, com a inserção da globalização tudo se torna produto e comércio, tornando objeto de compra e venda até mesmo de civilizações e costumes, com a mercantilização da vida humana.
Em sua obra o autor buscou entender as raízes da globalização	 e suas devidas fases considerando que no mundo moderno se fala em diversas redes na evolução desse pensamento geográfico, o autor dialoga com alguns autores como: Robertson; Deleuze; Beck; Marx; Engles; Santos; Foucault e outros.
 No início e no decorrer do texto, observa-se uma discussão a respeito dos processos globalizadores que procedem para alguns autores em novas mudanças no cenário social econômico e regional espalhando o fim da regionalização, já visto que uma das tendências do capitalismo atual seria a homogeneização, ou seja globalizar-se mais.
No entanto a proposta de discussão que o autor coloca é "na verdade, propomos estabelecer o debate sobre a globalização sempre conjugado com a sua contraface, aquele que denominamos, incorporando sentido amplo já legitimado de fragmentação- e que outros, mais simplificadamente, também denominam de regionalização".
No entanto, o autor coloca que não se vinculam apenas dinâmicas que se contrapõem às dinâmicas globalizadoras mas também muitas que, de algum modo a compõem, como um dos seus elementos indissociáveis .Nesta lógica o autor coloca. 
 A globalização e fragmentação ou "individualização" , são dinâmicas que podem ser associadas ao que Foucault denominou de biopoder e poder disciplinar. O poder indisciplinar estava focado estava focado sobre a figura do homem-corpo (força de trabalho e consumo. Por outro lado, numa sociedade biopolítica em que não se acredita mais nessa inserção generalizada no mundo de exploração, agora esses mecanismos já estão centralizados no controle do homem enquanto espécie , enquanto "população".
Para o autor o "campo" ou seja, o seu espaço território por exelência é o "puro", absoluto e insuperável espaço biopolítico. Em outras palavras o campo é o espaço que se abre quando o estado de exceção começa a tornar-se", a regra, quando este cessa de ser referido a umasituação externa e provisória de preigo factício e tende a confundir-se com a própria norma.
A reconfiguração do estado sob a globalização não é nada mais e nem menos que o papel do Estado-nação dentro do capitalismo, este Estado universalizou determinados instrumentos de gestão ("técnicas de gevernamentalidade, diria Focualt") que , ao mesmo tempo estabeleciam direitos, especialmente em nível individual, fortaleceram os direitos do capital e, muitas vezes, impuseram-lhe alguns limites, reordenando sua circulação.
Neste sentido, a tendência do Estado capitalista de "monopolizar os procedimentos de organização do espaço e do tempo que se constituem, para ele em rede de dominação e de poder".
De acordo com o autor pode-se identificar pelo menos três perspectativas da desterritorialização sob o ponto de vista econômica:
. Num sentido mais amplo, a desterritorialização é vista praticamente como sinônimo de globalização econômica [...]
.Numa interpretação um pouco mais restrita, a ênfase é dada a um dos momentos do processo de globalização [...]
.Num sentido ainda mais restrito, desterritorialização seria um processo vinculado notadamente a um setor específico da economia globalizada [...]
A chamada terceira Revolução Industrial teria produzido um "meio técnico-ciêntífico" (SANTOS,1985) e um "ciberespaço"pautado em relações ditas em tempo real por meio de infovias, interligando instantaneamente os diferentes espaços do planeta e revolucionando as relações espaço-tempo. E o autor põe em questão a grande distinção regional entre metrópole e periferia que vai muito além da simples diferenciação do tipo de produção, a distinção se encontra que nos espaços como na metrópole se agrega valores como capital financeiro, pessoas mais qualificadas e a periferia força de trabalho com menor qualificação.
Na globalização e cultura o autor coloca que a dimensão cultural da globalização não pode ser reduzida a um contraponto de duas faces : o sentido homogeneizador de uma cultura de raízes ocidentais , que tenta se projetar globalmente e o sentido diferenciador de grupos culturais que resistem a esta cultura global padronizada.
Quanto a fragmentação e "exclusão" o autor coloca que as novas tecnologias de transporte e informação permitiram fragmentar ainda mais o processo de produção, criando uma divisão do trabalho pautada sobre tudo nos diferentes níveis tecnológicos envolvidos em cada estágio de produção.
Com as novas tecnologias de transporte e o acirramento das desigualdades e da "exclusão" promoveram também um aumento substancial das migrações para os países centrais e hoje os considerados emergentes.
A mesma globalização que inclui se aproxima se encontras as disparidades econômicas ou seja exclusão. O autor coloca que com a redução do papel do social do Estado, paralelamente ao aumento do desemprego, da violência e da insegurança em sentido geral., sem que outras instituições sejam criadas para, no mínimo disciplinar e regular a lógica do lucro e da acumulação em nível global, gera um aumento dos alijados das condições mínimas de cidadania e fazem proliferar os circuitos ilegais de (precária) assistência e (in) "segurança", entre os quais se destacam o narcotráfico, as milícias e as máfias do crime organizado. Mas a exclusão não exclui somente na natureza econômica, projetando-se para âmbito da política e da cultura, do gênero (sexo) e das etnias.
 O autor coloca que a globalização é um processo recente, originado a partir dos anos 1960, mas ainda vem sendo construída desde as origens do sistema. A formação de grandes oligopólis e fusões entre empresas não indica a existência de um mercado livre e sem falar que muitos países de acelerado crescimento econômico recente devem seu êxito a uma firme interferência estatal como exemplo os Tigres Asiáticos.
Apenas uma parcela restrita da população tem efetivamente acesso às inovações tecnológicas "de ponta" , cuja transformação constante faz acentuar a desigualdade social planetária.
A universalização do valor mercadoria ou da lógica contábil que reage a difusão do capitalismo não significa uma paralela homogeneização cultural, até porque "diferença cultural vende" e o próprio interesse na promoção ( e recriação) da diferença, criando assim novos nichos de mercado. Para finalizar o autor destaca que a globalização não só não promove a unidade e a homogeneização, como estas, obviamente, estão longe de ser unilateralmente positivas.

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