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a vida do direito e a inutilidade das leis

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FUNDAÇÃO UNIRG
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG
DIREITO - MATUTINO - 1° PERÍODO
ALAÔR JOSÉ BATISTA JÚNIOR - 1720010128
ANA KAROLINE TIECHER TORRES - 1720010085
ANNA CAROLINA SCHMITZ - 1720010015
DANYELLA KAROLINY SOARES CAMPOS - 1720010115
ISABELLA MASCARENHAS MELO - 1720010063
PALOMA MELO DE ALENCAR - 1720010089
RELATÓRIO REFERENTE AO LIVRO 
“A VIDA DO DIREITO E A INUTILIDADE DAS LEIS”
GURUPI-TO
NOVEMBRO DE 2017
ALAÔR JOSÉ BATISTA JÚNIOR - 1720010128
ANA KAROLINE TIECHER TORRES - 1720010085
ANNA CAROLINA SCHMITZ - 1720010015
DANYELLA KAROLINY SOARES CAMPOS - 1720010115
ISABELLA MASCARENHAS MELO - 1720010063
PALOMA MELO DE ALENCAR - 1720010089
RELATÓRIO REFERENTE AO LIVRO 
“A VIDA DO DIREITO E A INUTILIDADE DAS LEIS”
Trabalho do primeiro período do curso de Direito Matutino do Centro Universitário UNIRG-Campus I, como requisito parcial para obtenção de nota na Componente Curricular História do Direito ministrada pelo Professor Paulo Henrique Costa Mattos. 
GURUPI-TO
NOVEMBRO DE 2017
PALAVRAS DESCONHECIDAS DO GRUPO
Infatigável: algo que não sente ou não revela fadiga; incansável.
Motriz: algo que move ou provê de movimento.
Resignação: renuncia voluntaria de um cargo; exoneração a pedido.
Logro: ato praticado de má fé que objetiva lesar ou ludibriar outrem, ou de não cumprir determinado dever; fraude, burla, embuste.
Esquadrinhado: quando se examina algo de maneira minuciosa analisando detalhadamente.
Deligências: urgência ou presteza em fazer alguma coisa.
Incidências: coincidência da situação hipotética prevista pela norma legal com a realidade, justificando sua aplicação. 
Expropriação: ato de privar o proprietário daquilo que lhe pertence.
Inerte: sem atividade ou movimentos próprios.
Panaceia: algo que se emprega para remediar dificuldades.
Suplantaram: ato de superar.
Apólices: título da divida pública civil ou mercantil.
Solecismos: intromissão na norma culta de uma língua por pessoas que não dominam inteiramente suas regras.
Apalpadela: pesquisa cuidadosa; investigação, sondagem.
Jurisconsulto: individuo de grande conhecimento jurídico, aquele que dá consultas e emite pareceres sobre questões do direito; jurisprudente, jurista.
Eloquência: capacidade de falar e expressar-se com desenvoltura.
Sufrágio: processo de escolha por votação; eleição.
Verboso: que tem facilidade para exprimir-se verbalmente, que fala bem.
ATIVIDADES DO GRUPO
Quantas vezes o grupo se reuniu: Durante a semana nos reunimos para a discussão e divisão do trabalho e no fim de semana montamos os slides, fizemos a digitação e concluímos o que faltava.
Divisão de tarefas: Cada componente do grupo ficou com alguns capítulos para ler e resumir, e juntos montamos o trabalho.
Dinâmica: Fazer perguntas para a turma referente ao livro utilizando bombons com papeis dentro. 
Metodologia: Para a realização do trabalho utilizamos como base o livro para montar os slides.
Principais dificuldades: Para o grupo, a principal dificuldade foi entender sobre o assunto de que o livro se trata. 
SOBRE A OBRA
TEMA: Critica sobre a visão dogmática do direito.
ASSUNTO: Filosofia do Direito Constitucional.
PALAVRAS-CHAVES: Direito, Jurisprudência, Dogmática, Magistério.
PROBLEMA PRINCIPAL: O direito não domina a sociedade.
INTRODUÇÃO
 Este livro foi escrito por Jean Cruet, um consagrado advogado do século XX, e também foi um professor de Direito em Paris, a obra escrita em 1908 apresenta uma visão diferente perante o Direito que era regido e as leis com todo seu Poder Judiciário buscando manter uma moral, sendo que de certa forma , e em muitas situações o Direito precisa ser adaptado sempre para ser colocado em prática de acordo com o contexto social em que se precisa dele, já que este é uma instrumento para manter uma boa convivência social, necessita evoluir junto com esta população.
“A VIDA DO DIREITO E A INUTILIDADE DAS LEIS”
 Este livro foi escrito por Jean Cruet, um consagrado advogado do século XX, e também foi um professor de Direito em Paris, a obra escrita em 1908 apresenta uma visão diferente perante o Direito que era regido e as leis com todo seu Poder Judiciário buscando manter uma moral, sendo que de certa forma , e em muitas situações o Direito precisa ser adaptado sempre para ser colocado em prática de acordo com o contexto social em que se precisa dele, já que este é uma instrumento para manter uma boa convivência social, necessita evoluir junto com esta população.
 Temos uma exposição interessante a respeito do tema, já que o Direito nunca foi e nunca será uma forma de dominar a sociedade, a não ser quando usado de forma equivocada, é somente a forma com que o Estado encontra de manter relações pacificas. Já as leis provém também de costumes e regras que as populações já tinham antes mesmo do surgimento do Direito, por isso não se pode dizer que elas encerram o direito pessoal. Infelizmente, em muitos casos as leis acabam prendendo certos juristas que não tem a desenvoltura para irem além dos textos, já que estas são claras e precisas quanto a que decisão tomar, chegando a serem rígidas, tornando muito difícil compreender o mundo e as relações sociais em todas as suas formas, o Estado fica responsável por reger essas regras oficiais, mas nestes casos não o estende para que esse consiga abranger as diferentes formas em que a sociedade se apresenta, deixando nas mãos dos juízes somente relacionar o caso a lei e seguir o que esta explicita, sem permitir que este utilize outra forma mais viável em um caso peculiar.
 Em muitos casos temos exemplos de legislações que não conseguiram evoluir de acordo com as mudanças sociais que ocorriam, como o Império Romano que acabou permitindo um distanciamento entre o Direito do legislador e a evolução dos costumes, e a causa disto foi o Direito Magistrado. Antes disso as leis seriam votadas pelo povo em questões que atingiam diretamente o povo, e se tonara mais importantes para eles neste momento, como as Leis das XII Tábuas, apesar de incluir penas severas, o que era visto de forma normal naquela época, ela somente dava uma orientação à jurisprudência, sem impor totalmente o que deveria ser feito diante de um caso especifico. 
 O autor busca afirmar que cada caso é único, já que é munido de pessoas essencialmente diferentes, então aquele que julga precisa encontrar seu espirito e consciência diante do ocorrido, tendo liberdade de visualizar todas as provas da forma que desejar, atribuindo a força e o valor que ele acredita que essas mereçam, sendo guiado pelo bom senso e tendo a prudência necessária para isto, e quando este tome a decisão final, exponha quais motivos o levaram a tal ponto. Tendo a magistratura protegendo a sociedade, garantindo o respeito, seus direitos e garantindo a dignidade da pessoa humana. Esta prática citada acima, instruiria os juízes para que a decisão fosse de certo modo mais justo, já que ele não iria pender somente para questões apresentadas nos autos com impressões colidas e repassadas.
 Os homens tem certas manias, incluindo tentas obter o poder acima de outros, como no caso do Direito magistrado, mesmo que muitas vezes isso seja inconsciente, é preciso ir além, e ter a percepção dos costumes. Cada classe, cada grupo, se diferencia neste ponto, criando para si certos costumes que em alguns casos são tomados quase que como regras, não há uma vontade geral e consenso da população de um país todo, ocorre em formas pequenas, com um grupo diminuto pendendo a se estender depois. 
 É impossível negar que o surgimento da jurisprudência também trouxe vantagens, principalmente em questões práticas quando falamos das aplicações das leis, mas tornou também o legislador um mediador entrea repressão que esse excesso de legalidade trazido. Além disso, temos as chamadas brechas nas leis, que são sempre complicadas de lidar, fazendo com que o legislador passe de momentos constrangedores a divertidos causados por todas essas imperfeições, temos como exemplo citado o caso de mulheres que tinham desposado marinheiros, no século 1893, e se estas perdessem o paradeiro de seus maridos enquanto estivessem no mar, elas tinham de continuar como viúvas eternas, porque não tinham como organizar sua situação sem saber se seus maridos estavam vivos ou mortos, e caso se casassem novamente e seu marido retornasse acabariam tornando-se bígamas. Além disso, tínhamos uma instabilidade grande, com atos em que a lei se aplicava de forma severa, e outros que esta se tornava mais omissas, como juris que consideravam ou não atos polêmicos puníveis, pendendo para o costume e a forma de pensar, tendo nessa época muitos crimes passionais ou de defesa da honra como algo normal e não punível, pois a lei tinha de seguir o costume em que a população acreditava.
 Como foi expostos muitos autores acreditam que atualmente a jurisprudência é a única forma de costume, tendo certas leis transformadoras que não eram reconhecidas até serem de interesse social, isso faz com que estas regras provindas da sociedade tenham mais valor que as regras legais. E estes costumes acabaram ficando quase que invisíveis até serem proferidas as decisões judiciais que nos trazem essa percepção. Sendo assim, passam a ser escritos nos mais diferentes momentos, então a lei se transforma em uma forma com que a nação encontra de tomar consciência de seus costumes, tendo ai sua primeira função essencial. 
 É claro que também percebemos certos pontos negativos, como o fato dos costumes, assim como as regras serem eternizados, e estes costumes acabam se perpetuando pela força que essas transições nos trouxeram. Este é uma grande complicação, já que quando um costume passa a ser escrito ocorre o processo de fazer uso deste sempre, e além de ser um seguimento a ser seguido temos também a questão do costume já estar impregnado no pensamento popular tornando-o mais forte por ser uma herança cultural. Contudo, a população evolui e até o momento em que novos costumes tonam-se novas legislações estes já estão atrasados, e isto acaba se tornando um ciclo, já que transformações nos campos da sociedade ocorrem a todo momento. É muito difícil acabar ou destruir um costume completamente, ninguém ousa se levantar contra este, e nestes casos, temos situações onde a lei torna-os inviáveis e acaba mostrando a sociedade uma real visão sobre este. Temos como exemplo disto as transformações no campo do direito sexual e familiar, a vida privada de cada individuo e cada unidade familiar sofreu mudanças a partir disso, e após essas mudanças acabamos percebendo uma retirada gradual das proibições e da repressão penal. As leis mudaram principalmente no contexto das relações sexuais, parando de reger entre estas. Temos os mulçumanos que tiveram uma decorrência totalmente diferente, conservaram suas tradições, mantendo as penalidades, além de severas eram ferozes principalmente em relação aos adúlteros. 
 Antigamente o adultério era visto como crime, com o passar do tempo e a evolução este ato foi retirado da legislação. A diferença entre a união legal e união natural dos sexos não há esse reconhecimento mais como se fossem diferentes, é vista como uma união duradoura criando direitos e deveres para ambos fruto do casamento.
 Outro movimento muito grande foi na área dos direitos das mulheres perante o Direito Civil, desde o código de 2002, a mulher era vista como alguém que só servia para permanecer no lar e cuidar deste e dos filhos, zelar pelo marido, e hoje temos as mulheres independentes financeiramente, tendo relacionamentos onde a igualdade entre ambos é buscada, o filho é tanto da mãe quando do pai, sendo obrigação dos dois cuidar e educar.
 Já temos o divórcio como algo totalmente jurídico, sendo a lei capaz de criar a instituição do casamento ou destruir, porém, é uma visão equivocada, se duas pessoas buscam o divórcio significa que não existe mais uma relação exatamente ali, desta forma, a existência desta esta só nominalmente falando, assim o divórcio, essa separação é algo natural, e a lei demonstra sempre falta de sinceridade se afirmasse a indissolubilidade do casamento.
 Outro ponto importante para o direito das mulheres e a instituição familiar, foi a questão da violência doméstica, em Roma um homem poderia bater em sua esposa desde que de forma moderada, e isso hoje se tornou um absurdo, punível por nosso Sistema Penal, tendo inclusive a Lei Maria da Penha que busca proteger as mulheres.
 Houve também a separação da Igreja e Estado, fazendo com que esta não tenha mais tanto poder perante a sociedade, não fazendo de seus costumes uma lei, mas mesmo assim não modifica a condição natural da existência da mesma. 
 
CONCLUSÃO
 Esta obra retrata a vida jurídica em todos os seus aspectos, os objetos da ciência do direito, apresenta as diferenças em cada sociedade, e que cada uma dessas tende a ter defeitos principalmente em razão de leis imperfeitas, mas isto é necessário, esses momentos controversos fazem com que haja uma busca por mudanças trazendo as transformações necessárias para o mundo jurídico. 
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
CRUET, Jean. A vida do Direito e a Inutilidade das Leis. 2º edição. Editora EDIJUR. Leme – SP, 2003.

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