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Atividade Estruturada Aspectos Antropologicos e Sociologicos da Educação

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: ASPECTO ANTROPOLOGICOS E SOCIOLOGICOS DA EDUCAÇÃO
PROFESSOR (A) TUTOR (A): JOANA DARC VENANCIO
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: ENTRANDO NO CLIMA”, UMA ANÁLISE SOCIOLÓGICA DAS RELAÇÕES ENTRE A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE
ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE: RAQUEL DA SILVA MARQUES
DATA: 07/06/2015
DELIMITAÇÃO TEMÁTICA 
Pretendemos estudar o desmatamento, suas causas e consequências. Nessa pesquisa pretendemos verificar como esta atividade reflete no meio ambiente e como o poder público pode agir legalmente no que se refere ao impacto ambiental negativo exercido pelas empresas.
JUSTIFICATIVA
O assunto está sempre nos jornais, “o Brasil está perdendo áreas verdes”. Os fatores que contribuem para esse quadro preocupante, bem como a conscientização do cidadão e o posicionamento do governo são as questões de reflexão nesse estudo.
Uma das preocupações hoje é a expansão urbana. Sem fiscalização, as áreas são preenchidas por propriedades irregulares e regulares que não se preocupam com o impacto ambiental. É preciso maior fiscalização e penalidades eficazes. 
METODOLOGIA
Inicialmente neste estudo verificaremos o conceito e um breve histórico do desmatamento no brasil, para então analisarmos um pouco como funciona a aplicação das leis ambientais em um exemplo exposto na cidade de Macaé –RJ e um resumo de como uma gestão ambiental pode ajudar a amenizar os impactos ambientais oriundos das atividades empresariais. Para isto utilizaremos a web, um vídeo e um texto indicado – O Vale, O dualismo homem natureza e suas implicações à educação ambiental – e um relato pessoal.
OBJETIVO
Demostrar com este estudo que é possível o desenvolvimento sustentável empresarial através da fiscalização e aplicação das leis ambientais, em primeiro momento, e que um sistema de gestão ambiental pode ser um ótimo instrumento para empresas utilizarem como ferramentas de ações afim da preservação ambiental diminuindo os impactos que causem bem como conscientização e educação ambiental.
DESMATAMENTO
Entende-se por desmatamento, também chamado de desflorestamento ou deflorestação, o processo de remoção total ou parcial da vegetação em uma determinada área. Geralmente, esse processo ocorre para fins econômicos, visando à utilização comercial da madeira das árvores e também para o aproveitamento dos solos para a agricultura e a pecuária. 
O processo de desmatamento é um problema global, colocando em ameaça os recursos naturais, o meio ambiente e o equilíbrio ecológico do planeta. No mundo, os primeiros a praticarem de forma intensiva o desmatamento foram os países desenvolvidos. Para o erguimento de suas economias, sobretudo no período da revolução industrial e com o surgimento do sistema capitalista, algumas nações exploraram intensamente os seus recursos naturais, avançando essa exploração também para outras áreas. Com isso, muitas florestas do hemisfério norte foram praticamente dizimadas.
Atualmente, os países que mais desmatam são os de economias emergentes, pois, embora tentem controlar esse problema, o desmatamento de suas florestas avança à medida que seus sistemas econômicos evoluem.
Dentre as consequências do desmatamento, podemos citar: o esgotamento dos solos com a intensificação de processos de erosão e desertificação; a extinção ou degradação de rios e lagos, graças ao maior acúmulo de sedimentos gerados; a ocorrência de desequilíbrios climáticos em razão da ausência das florestas que tinham como função gerar mais umidade do ar e absorver o calor atmosférico, dentre outros problemas. 
DESMATAMENTO NO BRASIL
O Brasil é o segundo país com a maior cobertura vegetal do mundo, ficando atrás apenas da Rússia. Entretanto, o desmatamento está reduzindo de forma significativa a cobertura vegetal no território brasileiro. A busca por um desenvolvimento econômico imediatista é o principal responsável pelos desmatamentos no país, desprezando um possível desenvolvimento social e ecológico. O que futuramente acarretará problemas em grandes proporções.
O desmatamento no Brasil ocorre principalmente para a prática da atividade agropecuária. Porém, a construção de estradas, hidrelétricas, mineração e o processo intensivo de urbanização contribuem significativamente na redução das matas.
O Brasil é um país que possui muitas riquezas naturais; a biodiversidade pode trazer múltiplos benefícios para ciência e para sociedade como um todo. Porém, se toda essa riqueza continuar sendo explorada sem limites, seu fim será certo e o que sobrará serão malefícios, tais como desertificação, extinção de espécies, aceleração do aquecimento global, diminuição dos recursos hídricos, desfertilização dos solos e muitos outros. 
O desmatamento no país não é uma novidade, a mata atlântica, por exemplo, começou a ser desmatada logo depois da descoberta do Brasil pelos portugueses, que buscavam o pau-brasil para produzir um valioso corante para vender na Europa. A floresta amazônica padece do mesmo mal. Apesar da sua importância ser muito conhecida, o cuidado que se tem com ela é ínfimo. As constantes queimadas, o comércio ilegal de madeira, o contrabando e caça de animais, tudo contribui para uma crescente diminuição da cobertura vegetal amazônica. 
Já o cerrado é a região mais desmatado. Estudos mostram a diminuição assustadora de sua área original: a derrubada das árvores para beneficiar obras urbanas, construir pastos e fazer enormes plantações, produção de carvão vegetal e as constantes queimadas enfraquecem e ameaçam o cerrado brasileiro. 
Apesar da visível degradação que o homem vem causando ao longo dos anos no Brasil, apenas há alguns anos as leis se tornaram mais rígidas, podendo levar para prisão quem comete um crime ambiental. É certo que uma legislação pode ajudar a deter maior parte do desmatamento, mas se o governo não impuser fiscalizações para monitorar as áreas de preservação, as leis acabarão sendo em vão.
Para combater o desmatamento no território brasileiro, é necessária a adoção de medidas em diferentes escalas, do individual ao governamental. Cada cidadão deve fazer sua parte, evitando que, nas áreas urbanas, o número de árvores por habitante não seja muito pequeno, preservando a vegetação existente e procurando cultivar novas espécies. Os governos também possuem a função de adotar medidas de conservação das áreas naturais com vigilância, fiscalização e repressão dos agressores a áreas de reservas naturais. 
DESMATAMENTO EM MACAÉ
Matéria: Sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Unimed multada por desmatamento na Linha Verde, em Macaé 
Não começou bem os preparativos para o início das obras do novo Hospital da Unimed às margens da Linha Verde, em Macaé, na altura do Bairro da Glória.  Autorizada pela Secretaria Municipal do Ambiente a “limpar” o terreno com a extração de diversas espécies de árvores, mediante o pagamento de contrapartidas ambientais, a empreiteira contratada pela renomada empresa de Saúde privada, também cortou 22 mangueiras que compõem a alameda de mangueiras da Linha Verde. 
Acionada, a fiscalização ambiental dirigiu-se ao local, constatou o desmatamento, e aplicou multa à Unimed no valor de 20 mil URMs, o equivalente a cerca de R$ 50 mil.
A infração foi denunciada pela Agenda 21 que entrou em contato com o setor de Paisagismo da Secretaria do Ambiente no dia 31 de julho, quarta-feira, e se certificou de que não havia autorização para a supressão das mangueiras.  Na sexta, dia 2 de agosto, aquele trecho da linha Verde já amanheceu sem as mangueiras.
“Foi uma violência. Ontem tínhamos todas aquelas mangueiras já dando frutos e agora está tudo no toco”, reclama seu Antônio, morador das redondezas cujos filhos habitualmente colhiam mangas nas mangueiras cortadas. “ Era uma coisa boa pra gente que ganha pouco. Era suco de manga todo dia sem ter que ir ao mercado”, lembra o morador.
No processo de solicitação de licenciamentopara a supressão vegetal da área, foi negado, por parte da Sema, o pedido feito pela Unimed para que também fossem suprimidas as mangueiras em toda a extensão de seu terreno.  A empresa infratora alega descuido e desinformação por parte dos trabalhadores que operavam as máquinas.
Apesar dessa alegação, o operador da máquina que derrubou as mangueiras disse à fiscalização que todas as árvores que deveriam ser suprimidas estavam devidamente marcadas.
A autuação foi feita sob a alegação de descumprimento da condicionante ambiental do licenciamento concedido, devendo a empresa pagar a multa estipulada e recompor a área na forma original, ou seja, replantando as mangueiras subtraídas no mesmo tamanho em que foram cortadas
CONCLUSÃO
Passamos por este local todos os dias, no caminho da escola e trabalho. Vimos que as mangueiras que estavam sendo a sensação de praticamente todas as manhãs haviam sido cortadas. Lembramos dos carros com alertas ligados estacionados no acostamento da linha verde, com seus condutores ao lado de fora colhendo mangas, e nos perguntamos em casa o que teria acontecido com elas. 
Logo ficamos sabendo que para a construção do novo hospital da Unimed em Macaé elas foram cortadas. Comentamos no caminho diário, casa escola, que este ato tinha sido um “pecado”, as arvores estavam lindas e carregadas de fruto e a prefeitura da cidade não proibiam a colheita das frutas. 
Nossa família tinha tido a idéia, umas semanas antes deste evento. Tal idéia consistia em um piquenique em família as sombras das mangueiras no final de semana, visto que o movimento da linha verde era quase nulo nos dias de domingo, foi frustrante saber que isto não seria possível, não se tornaria realidade.
Por um bom tempo ficamos tristes com o ocorrido, mas satisfeitos com a decisão dos órgãos responsáveis de punir a empresa, não com o valor de multa, mas com a obrigatoriedade de replantio das mangueiras. E sabemos que infelizmente o homem só entende e cumpre leis quando “dói no bolso”, ou seja, com o prejuízo de pagar uma multa, na maioria dos casos desnecessariamente se tivesse cumprido as normas. Daí a importância de um programa de gestão ambiental nas empresas, da atitude do poder público e uma consciência ambiental no cidadão. 
Está claro que a solução para estes problemas deve ocorrer em vários níveis: 
Indivíduo: que deve tomar posturas que respeitem mais o meio ambiente a fim de limitar o consumo e economizar recursos naturais. 
Empresas: que devem funcionar reduzindo ao máximo seu impacto ambiental negativo. 
Poder Público: cuja função primordial é regulamentar o modelo final de funcionamento que respeite o meio ambiente. 
Desta forma, as empresas não podem ignorar suas obrigações ambientais: a pressão dos consumidores/clientes - cidadão e as imposições normativas, obrigam-nas a conceber produtos, serviços e sistemas de produção e distribuição que minimizem os impactos ambientais negativos.
Até poucos anos atrás, as empresas consideravam estas questões como uma imposição dos sistemas de proteção ambiental, que implicavam aumento de custos. Mas hoje, os aspectos ambientais começam a ser considerados como fatores competitivos, que podem conceder à empresa uma vantagem no mercado. De fato, uma política ambiental bem concebida pode ajudar a reduzir custos, assim como gerar benefícios.
A cada dia fica mais óbvio que, para uma atividade empresarial ser mais eficiente, faz-se necessária a introdução de critérios ambientais no processo produtivo, e é por este motivo que o projeto de uma correta gestão ambiental na empresa desempenha um papel fundamental.
Uma das ferramentas ideais para fazer com que as empresas priorizem as políticas de prevenção, ao invés das de correção, são os Sistemas de Gestão Ambiental.
Não obstante, deve-se ter uma idéia clara de que, apesar de significar em curto prazo um custo para as empresas investir na proteção e na garantia de qualidade de vida, com toda segurança, este custo será infinitamente inferior ao valor da qualidade de vida e do bem-estar da humanidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Web: 
http://fernandomarceloblog.blogspot.com.br/2013/08/unimed-multada-por-desmatamento-na.html
http://www.mundoeducacao.com/geografia/desmatamento-no-brasil.htm
http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/verde-perigo-426583.shtml
Texto Indicado: O dualismo homem natureza e suas implicações à educação ambiental.
Video Indicado: O vale

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