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trabalho final de direito administrativo

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GRUPO EDUCACIONAL CARAJÁS 
Sandra Matias Lima Castro
TRABALHO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Marabá
Outubro/2017
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GRUPO EDUCACIONAL CARAJÁS 
TRABALHO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Trabalho apresentado como avaliação parcial da P1 da Disciplina de Direito Administrativo I, ministrada pelo Professor Ramon Gabriel Matos Cavalcante, para a Turma do 5NB Noturno, 2017.
Marabá
Outubro/2017
Administração pública é um elemento necessário à atuação relacionada com as necessidades da população, neste aspecto se criou a modalidade de administração burocrática, para que o Estado desenvolvesse tais ações através dos serviços públicos. Mais recentemente surgiu o modelo neoliberal de administração gerencial com a proposta de transferência de supressão de necessidade para o mercado, contudo este não visa à redução das desigualdades sociais, mas apenas a detenção do lucro. Diante das demandas ilimitadas do Estado contemporâneo, surge a idéia da chamada administração publica compartida/condisiva. A prática deste modelo de gestão que tem por base ideológica a teoria procedimental ligada a Jürgen Habermas (modelo de democracia deliberativa participativa).
Dentro deste contexto explique o processo de administração pública compartida/condisiva tomando por base a necessidade de um novo modelo de relação entre Estado X necessidade civil .
Dentro deste contexto inovador, a administração compartida/condisiva é um modelo de administração que só será possível, [...]“quando os destinatários das norma se sentirem como seus autores”[...], A Gestão Pública Compartida terá de prover instrumentos teóricos capazes de reproduzir a nível administrativo toda a complexidade que envolve a produção da legislação (RECK, p,221). 
Apesar de não ser uma tarefa fácil a implementação da administração publica compartida, vejo como necessária, para tanto vejamos:
[...]é uma tentativa de melhor contextualizar e compreender as novas articulações mediadoras que emergiram entre as esferas do mundo da vida e da sociedade civil, e as esferas institucionais do sistema político e administrativo. Trata-se de reavaliar os mecanismos de participação democrática, os elementos argumentativos e o peso que exercem nos processos de formação da opinião e da vontade e nos novos arranjos institucionais. Nesse sentido, Habermas pode não ter explicitado nenhum destinatário em particular, mas as reformulações da esfera pública da década de 90 resgatam a importância e o papel da sociedade civil, outorgando-lhe o direito à participação e argumentação, ao impacto crescente da refletividade e à democracia formal. No entanto, é a partir deste cenário teórico da nova compreensão da circulação do poder político, da concepção deliberativa de esfera pública e de política, que também emergem as objeções críticas mais contundentes sobre as implicações práticas, possibilidades de efetividade e influência na institucionalização de reivindicações que emergem das mais diversas organizações da sociedade civil, e que sejam capazes de promover mudanças no sistema político (LUBENOW,).
Nesse novo sentido, a sociedade, além de participar direta e/ou indiretamente, das resoluções do Estado, exerce considerável controle sobre as atividades estatais, orientadas, sempre, para o alcance do bem comum.
Explique de que forma a teoria procedimental ligada a Habermas poderia servir como pressuposto para a criação de mecanismo de democracia compartida no Estado democrático de direito. 
A necessidade de uma interação é uma das formas principais para que os indivíduos possam garantir seus direitos, sua liberdade, sua subjetividade entre si, para tanto é necessário a criação de mecanismos para tratar cada individuo com sua particularidade pensando na coletividade, social, cultural, econômica...
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A concepção deliberativa da democracia considera a participação dos cidadãos nas deliberações e nas tomadas de decisão o elemento central da compreensão do processo democrático. Nesse sentido, focaliza os elementos formais e normativos, como a exigência do aumento da participação dos cidadãos nos processos de deliberação e decisão e o fomento de uma cultura política democrática [...]O procedimento, para Habermas, é "formal", mas não em oposição a conteúdos determinados, de que ele seria a abstração, ou em relação aos quais ele seria "vazio", mas o processo capaz de permitir o surgimento do maior número possível de vozes, de alternativas de ação e de formas de vida, garantindo seu direito de expressão e de participação. Ele é formal também no sentido de que o processo de deliberação política não pode ser orientado por nenhuma forma de vida determinada, por nenhum modelo concreto do que deva ser a sociedade ou os cidadãos que vivem em um Estado Democrático de Direito [...]Como podemos ver, a deliberação é um procedimento que indica quem deve participar e como, mas não tem nada a dizer sobre o preenchimento dos conteúdos normativos. Por esse modo, o princípio formal da deliberação democrática não pode ser confundido ou reduzido a outros bens, também valiosos, como "justiça social", "Estado de direito", "direitos sociais" e "direitos culturais", mais próximos das teorias explicativas da democracia, fundados nos interesses e nas preferências dos indivíduos (preferências e interesses substantivos: ou sociais, ou materiais, ou culturais, ou ainda outros), (LUBENOW )
E ainda segundo LUBENOW:
Se a deliberação e a participação devem encontrar seu lugar no Estado Democrático de Direito, será necessário aceitar um jogo entre, de um lado, os espaços públicos autônomos e as novas formas de institucionalidade que projetam, e, de outro, macroestruturas definidoras do regime democrático, que serão cada vez mais testadas em seus limites e suas configurações presentes. Entretanto [acentua Nobre], não se trata de um "livre jogo" entre os dois pólos, mas uma disputa política que só mostrará avanços emancipatórios se for capaz de afastar, a cada vez, em cada conflito concreto, o jugo determinante do dinheiro e poder administrativo.
Para Habermas:
“Uma comunidade não pode se fragmentar na multiplicidade de suas subculturas, e penso que isso só pode ser permitido sob a condição de que todos os cidadãos possam se reconhecer numa única cultura política que transcenda as fronteiras de suas diversas subculturas. Para tanto, é preciso que a cultura política seja pelo menos um pouco separada das diversas subculturas”. (HABERMAS, 2004, p.36)
Bibliografia:
HABERMAS, Jürgen. A Constelação Pós-Nacional. São Paulo: Littera Mundi, 2001.
LUBENOW,Jorge Adriano, Esfera pública e democracia deliberativa em Habermas. Modelo teórico e discursos críticos, Professor do Departamento de Filosofia da UFPI.
RECK, Rodrigues Reck, Aspectos teóricos-constitutivos de uma gestão publica compartida: O uso da proposição Harbermasiana da ação comunicativa na definição e execução compartilhada do interesse publico, dissertação de mestrado, março de 2006.
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