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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO/RJ
Processo nº ...
TÍCIO PEREIRA, 18 anos, brasileiro, estudante, residente e domiciliado na Rua ................, nº. ..., nesta cidade e comarca, por seu advogado e procurador infra assinado vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência requerer o 
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
com supedâneo no art. 5º, LXV da Constituição Federal, pelas razões a seguir aduzidas:
I DOS FATOS
O requente e sua namorada Mévia Santos, no dia … de … do corrente ano, dirigiam-se a praia de Copacabana utilizando ônibus da linha 484, pratica recorrente entre o casal aos domingos. Por volta das 13:00h, ao parar num ponto para os jovens descerem, o ônibus onde estavam foi cercado por um grupo com aproximadamente vinte pessoas, moradores do bairro de Copacabana, que invadiram o coletivo com o intuito de agredirem alguns passageiros. 
Ao perceber que os agressores bloqueavam a saída, Tício quebrou uma das janelas para escapar com a Mévia, mas ambos foram interceptados por Policiais Militares e conduzidos à 12ª Delegacia de Polícia do Estado do Rio de Janeiro sob suspeita de terem praticado crimes em um arrastão que aconteceu na orla naquele mesmo dia, mais cedo. 
Em sede policial, foi lavrado Auto de Prisão em Flagrante durante o qual ambos negaram participação no arrastão. Apesar de ter classificado as condutas como furto qualificado pelo concurso de pessoas, nenhuma coisa alheia foi encontrada em poder do Tício e da Mévia, que também não foram reconhecidos pelas vítimas que estavam na DP para noticiar os crimes. Os Policiais que os conduziram prestaram depoimento afirmando que os viram sair do ônibus pela janela, razão pela qual desconfiaram de que fossem criminosos. Ressalte-se que até o presente momento o auto de prisão em flagrante não foi encaminhado ao Juiz competente. 
Os requerentes além de primário, é estudante secundarista e possui residência fixa e conhecida com seus pais.
	Dispõe art. 5º, LXV, da Constituição Federal: “A prisão será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”. No caso em tela é de rigor o relaxamento da prisão em flagrante, como será demonstrado a seguir.
II DO DIREITO
	Daí dizer o artigo 302 do CPP que se considera em flagrante delito, quem:
I está cometendo a infração penal;
II acaba de cometê-la;
III é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido, ou por qualquer pessoa, em qualquer situação que faça presumir ser o autor da infração;
IV é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis, que façam presumir ser ele o autor da infração.
	As duas primeiras modalidades são consideradas flagrante próprio, a terceira, flagrante impróprio ou quase flagrante e, finalmente, a última, flagrante presumido.
	Todavia, MM. Juiz, nenhuma das modalidades acima expostas ocorreu no caso em tela, conforme pode-se observar do auto de prisão em flagrante.
	Não houve flagrante nenhum com relação ao Requerente, e nem poderia, pois, sair do ônibus pulando a janela, nunca foi tipificado como crime. Principalmente por ter sido praticado em situação de estado de perigo com intuito de se proteger do mal eminente.	
	Ademais, de acordo com a autoridade policial o requerente sequer teria sido reconhecido por qualquer das vítimas.
	Nesse diapasão, resta clarividente que o requerente está sofrendo abuso por parte da Autoridade Policial, uma vez que o mesmo não se enquadra em nenhuma das hipóteses do art.302 do Código de Processo Penal e não ter sido levado a qualquer autoridade judicial.
III PEDIDO
Face ao exposto requer:
Diante de todo o exposto, pleiteia-se o relaxamento da prisão em flagrante imposta ao requerente, com a expedição do respectivo alvará de soltura em seu favor, como medida de JUSTIÇA.
Rio de Janeiro/RJ e data.
ADVOGADO OAB/UF

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