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Pampulha e as obras de Oscar Niemeyer A antiga região da Pampulha chamava-se Venda Nova, uma região agrícola com inúmeras fazendas que supriam a capital. A partir de 1930 com a consolidação da capital mineira e das políticas urbanas da Era Vargas, a região passou a ser vista como importante para uma futura expansão urbana, a partir da construção da represa de Pampulha. CONTEXTO HISTÓRICO E CRIAÇÃO Parte da bacia do Ribeirão Pampulha correspondente a região da represa, no ano de 1936. Foi construída a partir do Ribeirão Pampulha, formado pelos córregos Ressaca e Sarandi, a represa tinha como objetivo o abastecimento de água para capital, já que a capital mineira contava com um precário abastecimento de água, atenuar a questão de enchentes e a prática de esportes náuticos, dentro do desenvolvimento do lazer promovido na Era Vargas para a população dos centros urbanos. REPRESA DA PAMPULHA A Represa foi construída em 1938 na gestão de Octacílio Negrão de Lima. BH, desde a sua inauguração, contava com um precário abastecimento de água e a represa figurava como uma alternativa para o equilíbrio do déficit existente entre o crescimento populacional e o abastecimento. A calamitosa situação atual, onde a estação de tratamento de água foi obrigada a encerrar suas atividades, ocorreu após um descaso em relação às nascentes da bacia (somado à ocupação desordenada e etc). A represa em 1941. Costrução da barragem em 1930. A partir da construção do Conjunto Arquitetônico a represa da Pampulha passaria a fornecer água somente para os bairros nobres que surgiram na região. A construção do complexo incentivaria o crescimento urbano para a região norte de BH. “A Pampulha era uma imposição do progresso da capital, traduzido no crescimento constante da área edificada e na projeção vertical das construções, quando os arranha-céus vieram substituir casas velhas e sem conforto. (...) Dar à cidade uma série de atrações (...) sendo um fator preponderante para o desenvolvimento do intercambio turístico, uma das mais rendosas indústrias que podem contar as cidades” A gestão de vanguarda, com claras intenções futuras, acabou por projetar JK no cenário nacional como o político ideal para colocar o Brasil no caminho da modernidade após o fim do Estado Novo, ressaltando que as políticas urbanas, aplicadas em sua gestão na capital mineira, materializada no Conjunto Arquitetônico da Pampulha e nas Avenidas Radiais. “De Pampulha a Brasília eu segui o mesmo caminho, preocupado com a forma nova, com a invenção arquitetural. Fazer um projeto que não representasse nada de novo, uma repetição do que já existia, não me interessa. E nesse sentido, até Brasília eu caminhei. Mas senti que tinha que explicar as coisas, às vezes não era compreendido, que havia mesmo uma tendência a contestar essa liberdade de formas que eu prometia.” (Oscar Niemeyer). A igreja de São Francisco de Assis, foi inaugurada em 1943. E marcou a vida de Niemeyer e a arquitetura contemporânea, foi esta uma das primeiras obras que conferiu ao arquiteto a fama que carrega até hoje. Seu caráter icônico se dá por meio da quebra de paradigmas, a monotonia da arquitetura foi substituída por curvas. “Agrada-me sentir que estas formas têm uma ligação com a velha arquitetura do Brasil colonial; não com a utilização simplista de elementos daquela época, mas exprimindo a mesma intenção plástica, o mesmo amor pela curva e pelas formas ricas e apuradas que tão bem a caracterizam.” (Oscar Niemeyer) O concreto armado conferiu ao projeto uma liberdade plástica. As curvas mantêm uma continuidade visual entre os volumes habitáveis. Sua estrutura é composta por arcos que formam cada abóbada, a duas maiores são o teto da nave e o altar. Essa forma parabólica é a causa de um único elemento poder formar a cobertura e as paredes. O projeto contou com a colaboração do engenheiro de estruturas, e poeta, Joaquim Cardoso, do artista Candido Portinari (murais) e do paisagista Burle Marx (Jardins externos). Portinari Portinari Portinari Portinari Portinari Alfredo Ceschiatti Paulo Werneck Ano do projeto - 1942 (inaugurado em 1943) Primeiro projeto de Oscar Niemeyer para o Conjunto Arquitetônico da Pampulha Projetado para ser um Cassino (proibido em 1946) Museu de Arte - 1957 3 volumes unidos com formas retas e curvas “Palácio de Cristal” influência de Le Corbusier Entorno: Jardins de Burle Marx e esculturas Interior: espaços livres e cenográficos; curvas e rampas Inaugurada em 1943 Foi construída sobre uma ilha artificial, e ligada à orla por uma ponte, com projeto paisagístico de Roberto Burle Marx Criada para ser um centro de lazer e entretenimento para a classe alta, era palco de atividades musicais e bailes de debutantes. a casa sofreu impacto quando o cassino foi fechado e encerrou suas atividades em 1948. Já funcionou como restaurante, como anexo ao museu, tendo vários outros usos, sendo novamente fechada. Reaberta em 2002 Hoje funciona como auditório e salão de exposições temporárias Projetada pelo Arquiteto Oscar Niemeyer em 1943; Projetada para o prefeito Juscelino Kubitscheck passar os finais de semana; Jardim composto pelo paisagista Burle Marx ; O telhado tem forma de asa de borboleta, no mesmo estilo do Iate Tênis Clube; A Edificação foi tombada pelo Patrimônio Municipal, Estadual e Federal; Passou por uma restauração e reconstituição em 2013; Possui dois painéis, sendo um de Alfredo Volpi e outro Paulo Werneck. Projetada pelo Arquiteto Oscar Niemeyer entre 1906 á 2012; com jardins de Burle Marx entre 1909 á 1994; e obras de Cândido Portinari entre 1903 á 1962; O Iate Clube posso a forma de um barco ancorado, tendo a visão que fica melhor ainda do Museu de Arte de Pampulha (MAP). Possui academia de ginástica com cerca de 700 alunos, salão de festa e estacionamentos e piscinas; Foi inaugurado em 1943, na fachada foram usados brises metálicos, garantindo a proteção da incidência solar no interior do salão; Em 1960, o clube foi privatizado, mantendo o uso como espaços de lazer e práticas esportivas; Sofreu bastante alterações ao longo dos anos, ficando parcialmente descaracterizado devido às mudanças. REFERÊNCIAS http://www.mineirosnaestrada.com.br/pampulha-casa-do-baile/ https://www.brasil247.com/pt/247/minas247/87139/Arquitetura-do-Niemeyer-que-se-foi-nasceu-na-Pampulha-Arquitetura-Niemeyer-foi-nasceu-Pampulha.htm http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=historia&lang=pt_BR&pg=5780&tax=14388 https://www.archdaily.com.br/br/778481/olhares-sobre-a-casa-do-baile http://www.belohorizonte.mg.gov.br/local/atrativos-turisticos/culturais-lazer/museu-de-arte-da-pampulha https://www.archdaily.com.br/br/01-151457/classicos-da-arquitetura-cassino-da-pampulha-slash-oscar-niemeyer http://www.museuvirtualbrasil.com.br/museu_pampulha/modules/news3/article.php?storyid=15 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.009/915 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/16.190/6025 https://arquitetandorotas.wordpress.com/2015/05/26/casa-kubitschek-a-casa-de-campo-de-jk-na-pampulha/ https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/07/29/interna_gerais,788795/iate-clube-na-pampulha-diz-estar-aberto-a-receber-visitantes.shtml http://curraldelrei.blogspot.com.br/2016/07/o-complexo-da-pampulha-um-breve.html
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