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Eletrônica Digital I Lógica Booleana e Circuitos Lógicos Universidade Federal do Amazonas (UFAM) Faculdade de Tecnologia (FT) Departamento de Eletrônica e Computação (DTEC) Lógica Booleana e Circuitos Lógicos Prof. Francisco Januário Mestrando em Engenharia Elétrica (UFAM) Bacharel em Engenharia de Telecomunicações (FUCAPI) Introdução Eletrônica Digital I 2 Introdução Prof. Francisco Januário Eletrônica Digital I Introdução (1/2) O mundo é analógico e não digital. Tensões, correntes e outras quantidades físicas em circuitos reais assumem valores infinitos. Valores reais de grandezas físicas pertencem a variáveis 3Prof. Francisco Januário Valores reais de grandezas físicas pertencem a variáveis contínuas, e podem representar um número real. Exemplo: O valor de tensão contínua 3.14159265358979 V representa a constante matemática pi com precisão de 14 dígitos decimais. Eletrônica Digital I Introdução (2/2) Em circuitos reais é difícil se obter estabilidade e precisão nas quantidades físicas. As quantidade físicas podem ser afetadas por variações produzidas pela temperatura, tensão da fonte de alimentação, raios e ruídos criados por outros circuitos. 4Prof. Francisco Januário alimentação, raios e ruídos criados por outros circuitos. Muitas operações matemáticas e lógicas podem ter dificuldades ou serem impossíveis de realizar com quantidades analógicas. Exigem circuitos grandes e complexos. Como realizar operações lógicas com precisão? Eletrônica Digital I Sinais Analógicos e Portas (1/10) Lógica Digital: esconde as armadilhas do mundo analógico através do mapeamento do conjunto infinito de valores reais para um novo conjunto com apenas 2 números possíveis ou valores lógicos: 0 e 1. Dígito Binário (BIT): é a denominação dada para o valor 5Prof. Francisco Januário Dígito Binário (BIT): é a denominação dada para o valor lógico 0 ou 1. Quando se chega ao detalhamento do projeto, especificamente no circuito lógico, são usados os termos “LOW” e “HIGH” no lugar de “0” e “1”. Isso acontece, pois em circuitos lógicos trabalhamos com níveis de tensão. Eletrônica Digital I Sinais Analógicos e Portas (2/10) LOW: sinal na faixa algébrica de tensões baixas, que é interpretado como nível lógico “0”. HIGH: sinal na faixa algébrica de tensões altas, que é interpretado como nível lógico “1”. 6Prof. Francisco Januário Lógica Positiva: atribuição natural para associar os termos LOW e HIGH, respectivamente, para “0” e “1” Lógica Negativa: atribuição oposta a lógica positiva que associa os termos LOW e HIGH, respectivamente, para “1” e “0”. Raramente usada. Eletrônica Digital I Sinais Analógicos e Portas (3/10) Estados físicos representando “bits” em diferentes tecnologias. 7Prof. Francisco Januário Eletrônica Digital I Sinais Analógicos e Portas (4/10) O circuito lógico pode ser representado com o mínimo de detalhes, simplificado como uma caixa preta com um certo número de entradas e saídas. 8Prof. Francisco Januário Esta representação simplificada é útil para em uma análise preliminar no projeto de sistemas digitais, para que a análise seja focada no comportamento, listando em uma tabela todas as possibilidades de níveis lógicos “0” e “1”. Eletrônica Digital I Sinais Analógicos e Portas (5/10) Circuito Combinacional: circuito lógico cujas saídas dependem unicamente dos níveis lógico atuais das entradas. Tabela Verdade: descreve o comportamento de um circuito combinacional, listando as combinações de entradas e os valores de saídas produzidos por cada uma combinação. 9Prof. Francisco Januário valores de saídas produzidos por cada uma combinação. Eletrônica Digital I Sinais Analógicos e Portas (6/10) Circuito Sequencial: circuito lógico com memória, cujas saídas dependem dos níveis lógico atuais das entradas, e da sequencia de entradas passadas. Circuitos digitais combinacionais podem ser construídos com três funções lógicas básicas: AND, OR e NOT. 10Prof. Francisco Januário Porta AND: produz nível lógico “1” na saída somente se todas as entradas tiverem nível lógico “1”. Eletrônica Digital I Sinais Analógicos e Portas (7/10) Porta OR: produz nível lógico “1” na saída se uma ou mais entradas tiverem nível lógico “1”. 11Prof. Francisco Januário Porta NOT: também chamado inversor, produz valor na saída que é oposta ao valor de entrada. Indicador de inversão (ou negação) Eletrônica Digital I Sinais Analógicos e Portas (8/10) Porta NAND: produz nível lógico “0” na saída se uma ou mais entradas tiverem nível lógico “1”. Oposto da porta AND. Indicador de inversão (ou negação) 12Prof. Francisco Januário Porta NOR: produz nível lógico “1” na saída se todas as entradas tiverem nível lógico “0”. Indicador de inversão (ou negação) Indicador de inversão (ou negação) Eletrônica Digital I Sinais Analógicos e Portas (9/10) A combinação de várias portas lógicas básicas produz comportamento que pode ser expresso pela tabela verdade. 13Prof. Francisco Januário Eletrônica Digital I Sinais Analógicos e Portas (10/10) Diagrama de Tempo: mostra como o circuito responde às entradas ao longo do tempo. No diagrama é possível observar a mudança de níveis lógicos “0” e “1”. 14Prof. Francisco Januário Princípios de Projetos de Eletrônica Digital I 15 Princípios de Projetos de Lógica Combinacional Prof. Francisco Januário Eletrônica Digital I Algebra Booleana (1/X) As técnicas de análise formal para circuitos digitais têm suas origens nos trabalhos do matemático inglês George Boole, 1854, que definiu um sistema algébrico de apenas dois valores. Em 1938, Claude E. Shannon, pesquisador dos laboratórios 16Prof. Francisco Januário Em 1938, Claude E. Shannon, pesquisador dos laboratórios Bell, adaptou a álgebra de Boole para análise e descrição do comportamento de circuitos construídos com relés (Álgebra de Comutação – Switching Algebra). Nos dias de hoje, a tecnologia mudou, mas ainda são utilizados os estudos de Boole e Shannon. Eletrônica Digital I Algebra Booleana (2/X) Na álgebra booleana, é definido a variável simbólica (lógica) X para representar um sinal lógico. O sinal lógico é uma de duas condições possíveis: low ou high, off ou on, e assim por diante. 17Prof. Francisco Januário A variável X tem o valor “0” para uma das condições possíveis e “1” para a outra condição. Axiomas (ou Postulados): são entes matemáticos básicos que nós assumimos como verdadeiros. A partir dos axiomas qualquer outra definição pode ser derivada. Eletrônica Digital I Algebra Booleana (3/X) Axioma (A1): base do princípio da dualidade. Define que a variável lógica pode assumir o valor “0” ou o valor “1”, nunca os os 2 valores ao mesmo tempo. Axioma (A2): na função inversora, representado pela porta 18Prof. Francisco Januário Axioma (A2): na função inversora, representado pela porta NOT, a saída é oposta (complementar) à entrada. Eletrônica Digital I Algebra Booleana (4/X) Axiomas (A3 – A5): definem as funções básicas AND e OR. 19Prof. Francisco Januário O símbolo (.) é denominado produto lógico, o símbolo (+) é a soma lógica. A operação AND tem precedência de prioridade em expressões lógicas: Eletrônica Digital I Algebra Booleana (5/X) Teoremas de Uma Variável: são instruções que permitem analisar e sintetizar expressões algébricas. 20Prof. Francisco Januário Indução Perfeita: permite provar os teoremas utilizando os axiomas. Provando (T1) Eletrônica Digital I Algebra Booleana (6/X) Teoremas de Duas ou Três Variáveis: são instruções que permitem analisar e sintetizar expressões algébricas que possuem mais de 1 variável. 21Prof. Francisco Januário Eletrônica Digital I Algebra Booleana (7/X)Provando (T9) 22Prof. Francisco Januário Eletrônica Digital I Algebra Booleana (8/X) Exemplo 1: Utilizando a álgebra booleana, reduza a expressão abaixo: Pelo Teorema T8 Pelo Teorema T5 23Prof. Francisco Januário Pelo Teorema T5 Pelo Teorema T1’ Pelo Teorema T8 Pelo Teorema T8’ Pelo Teorema T5 Pelo Teorema T1’ Eletrônica Digital I Algebra Booleana (9/X) EXERCÍCIO 1: Reduza utilizando álgebra booleana. a) 1 + B + C b) D . C . 0 c) A + B + A 24Prof. Francisco Januário c) A + B + A d) A + A B C e) A B C + A B C f) C B A + C B A + C B A Eletrônica Digital I Algebra Booleana (10/X) Teoremas de n-Variáveis: Os teoremas abaixo são verdadeiros para um número arbitrário n de variáveis. 25Prof. Francisco Januário Indução Infinita: é um método de 2 passos que permite provar os teoremas de n-Variáveis. Primeiro provar para n=2, se TRUE provar para n=i, e se TRUE para n=i + 1. Eletrônica Digital I Algebra Booleana (11/X) Provando (T12) 26Prof. Francisco Januário Teoremas de DeMorgan: O complemento de uma expressão lógica, denotada por F’, é uma expressão cujo valor é o oposto de F’s para cada possível combinação de entrada. Eletrônica Digital I Algebra Booleana (12/X) Circuitos lógicos equivalentes que expressam os teoremas de DeMorgan. 27Prof. Francisco Januário Eletrônica Digital I Algebra Booleana (13/X) Circuitos lógicos equivalentes que expressam os teoremas de DeMorgan. 28Prof. Francisco Januário Eletrônica Digital I Algebra Booleana (14/X) Teoremas de DeMorgan Generalizado (T14): Dado qualquer expressão lógica de n-Variáveis, seu complemento pode ser obtido pela troca entre os operadores (+) e (.), e complementando todas as variáveis. 29Prof. Francisco Januário Exemplo:
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