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Paulo Ricardo PIM III

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UNIVERSIDADE PAULISTA - EAD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR III: 
PIM III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2017 
 
2 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA - EAD 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA - EAD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR III: 
PIM III 
 
 
Trabalho de conclusão de 3º 
bimestre para obtenção do título 
de graduação em Gestão da 
Qualidade apresentado à 
Universidade Paulista – UNIP. 
 
Orientador: Prof. Luís Tadeu de Oliveira 
 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2017 
 
3 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Sumário 
1. RESUMO ..................................................................................................................................... 4 
2. ABSTRACT ............................................................................................................................... 5 
3. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 6 
4. CONCEITOS DA CONTABILIDADE ............................................................................................ 7 
5. QUALIDADE ...................................................................................................................... 42 
5.1 CONCEITO ..................................................................................................................... 42 
5.2 EVOLUÇÃO DA QUALIDADE .......................................................................................... 45 
5.3 HITÓRIA DA QUALIDADE .............................................................................................. 47 
5.4 ERA DA QUALIDADE ..................................................................................................... 48 
5.5 CUSTOS DA QUALIDADE ............................................................................................... 50 
5.6 QUALIDADE PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE .................................................... 52 
5.7 SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE ........................................................................ 56 
5.8 GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL ................................................................................... 60 
5.9 PROCESSO DE MELHORIA CONTINUA .......................................................................... 62 
5.10 NORMAS ISO ................................................................................................................ 70 
5.11 GURUS DA QUALIDADE ................................................................................................ 73 
6. ESTATISTICA APLICADA .................................................................................................... 76 
6.1 HISTÓRIA DA ESTATISTICA ............................................................................................ 76 
6.2 INTRODUÇÃO A ESTATÍSTICA ....................................................................................... 77 
6.3 CONSEITOS FUNDAMENTAIS DA ESTATISTICA ............................................................. 79 
6.4 FASES DO MÉTODO ESTATÍSTICO ................................................................................. 80 
6.5 MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL: MÉDIA, MODA E MEDIANA .............................. 101 
6.6 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUENCIA ................................................................................. 104 
7. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 109 
SITES UTILIZADOS PARA PESQUISA ........................................................................................ 110 
 
 
4 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
1. RESUMO 
 
 
Com as múltiplas variações legislativas e tributárias de nosso país, se torna 
necessário o departamento de contabilidade, departamento este que vai 
acompanhar estas mudanças, que ocorrem em uma velocidade muito acelerada 
em nosso pais, este departamento se torna de suma importância para uma 
empresa, veremos neste trabalho, alguma das funções exercidas pelo 
departamento de contabilidade, além de explorarmos também os fundamentos da 
qualidade, que possui a função de elevar o grau de satisfação dos clientes e 
conceituar o nome da empresa no mercado, juntamente com o um estudo muito 
importante para realização de projeções dentro de uma empresa, o estudo de 
estatística aplicada. 
 
Utilizaremos como base para as referências a mesma empresa do PIM III: 
 
C A DO NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP 
Paraibuna-SP, à Rua Aurélio Silva Santos, nº 56 
CEP: 12260-000, 
CNPJ: 01.894.579/0001-46 
 
Palavra Chave: Contabilidade, Fundamentos da Qualidade, Estatística 
Aplicada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
2. ABSTRACT 
 
 
With the multiple legislative and tax variations of our country, it becomes 
necessary the accounting department, which will monitor these changes, occurring 
at a very fast speed in our country, this department becomes of the utmost 
importance for a company, we will see in this work, some of the functions performed 
by the accounting department, in addition to also exploring the fundamentals of 
quality, which has the function of raising the level of customer satisfaction and 
conceptualizing the name of the company in the market, together with a very 
important study for realization of projections within a company, the study of applied 
statistics. 
 
We will use as basis for the references to the same company of the PIM III: 
 
C A DO NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP 
Paraibuna-SP, à Rua Aurélio Silva Santos, nº 56 
CEP: 12260-000, 
CNPJ: 01.894.579/0001-46 
 
Keyword: Accounting, Quality Rationale, Applied Statistics. 
 
 
6 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
3. INTRODUÇÃO 
Ao meu ver a palavra contabilidade poderia ser conceituada como a 
habilidade de contar, eu vejo como a contração de duas palavras conta mais 
habilidade, entretanto o conceito de contabilidade está um tanto distante do meu 
conceito. 
A contabilidade hoje em dia pode ser considerada uma ciência ou uma 
técnica, que tem como objetivo fornecer informação uteis em tomada de decisões 
econômicas e consiste em estudar o património de pessoas jurídicas e físicas, e 
converter este estudo em informações de forma que traduza os seus resultados 
nas chamadas demonstrações financeiras, em informações que podem ser, 
patrimoniais e financeiras. 
 
7 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
4. CONCEITOS DA CONTABILIDADE 
Muitos são os conceitos acerca das Ciências Contábeis. Vejamos alguns 
deles: 
 “A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação 
destinado a prover seus usuários de demonstrações e análises de natureza 
econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade 
objeto de contabilização” (Ibracon); 
 “A Contabilidade é uma arte. É a arte de registrar todas as transações de 
uma companhia que possam ser expressas em termos monetários. E é 
também a arte de informar os reflexos dessas transações na situação 
econômico financeira dessa companhia” (Nelson Gouveia); 
 “A Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio à disposição das 
aziendas, em seus aspectos estáticos e em suas variações,para enunciar, 
por meio de fórmulas racionalmente deduzidas, os efeitos da administração 
sobre a formação e a distribuição dos créditos” (Prof F.Hermann Jr.); 
 “A Contabilidade é uma ciência que permite, através de suas técnicas, 
manter um controle permanente do patrimônio da empresa” (Osni Moura); 
 “É a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio 
das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação 
desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do 
patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão 
da riqueza patrimonial” (Hilário Franco). 
O conceito oficial de Contabilidade, enunciado no Primeiro Congresso 
Brasileiro de Contabilistas, em 1924: 
"Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de 
controle e de registro relativas à administração econômica." 
Fonte: 
https://www.editoraferreira.com.br/Medias/1/Media/Professores/ToqueDeMestre/H
umbertoLucena/Toq_51_HumbertoLucena.pdf 
Diz-se que o estudo científico da contabilidade teve origem em 1494, na 
altura em que Luca Pacioli (conhecido como Fray Luca de Borgo Sancti Sepulchri), 
nasceu na aldeia Toscana de Borgo San Sepolcro em meados do século XV. Ele 
8 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
estudou em Veneza, onde ele era um tutor dos filhos de um rico mercador da 
cidade, onde provavelmente aprendeu os procedimentos contábeis, impressa em 
Veneza em 1494 publicou a sua obra “Summa de Arithmetica, Geometría, 
Proportioni e Proportionalita”. 
Fonte:http://contabilidad-basica-ujcv.blogspot.com.br/2012/01/luca-
paccioli.html#axzz4tHUutnYx 
4.1 OBJETIVO DA CONTABILIDADE 
Basicamente a contabilidade tem como principal objetivo: 
 Orientar – Orientar através da geração de relatórios com informações 
contábeis, contendo a situação econômica e financeira da pessoa 
jurídica ou física. 
 Controlar – Através de informações fornecida a administração afim 
de saber se a empresa está agindo de acordo om as políticas da 
empresa. 
 Registrar – Para que haja um controle e orientação para ciência e 
tomada de decisões dos administradores, existe a necessidade de 
que as informações econômicas e financeiras que ocorrem na 
empresa sejam registrados. 
4.2 OBJETO DA CONTABILIDADE 
Podemos definir como objeto da Contabilidade, o patrimônio, como 
patrimônio, entende-se o conjunto de bens, direitos e obrigações das entidades, a 
contabilidade tem como objeto os seguintes tópicos: 
 Bens Tangíveis – Aqueles bens considerados como físicos, que 
podem ser tocados (Veículos, equipamentos, imóveis, móveis, 
dinheiro). 
 Bens Intangíveis – Logotipos e marcas, patentes e pontos 
comerciais). 
4.3 PATRIMÔNIO OBJETO DA CONTABILIDADE 
O PATRIMÔNIO é definido como um conjunto de bens, direitos e de 
obrigações para com terceiros, pertencente a pessoas físicas ou a um conjunto de 
pessoas, como nas sociedades informais, ou instituição de qualquer natureza, 
independente da sua finalidade que poderia incluir o lucro ou não. O essencial é 
que o patrimônio disponha de autonomia em relação aos demais patrimônios 
9 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
existentes, significa que a entidade dele pode dispor livremente, dentro dos limites 
estabelecidos pela ordem jurídica. 
O Patrimônio também pode ser objeto de outras ciências sociais tais como: 
Economia, Administração e do Direito que o estudam sob ângulos diferentes 
daquele estudado pela Contabilidade, que o estuda sob aspectos quantitativos e 
qualitativos. 
A Contabilidade procura entender as mutações sofridas pelo Patrimônio, 
tendo como alvo, uma visão das suas possíveis variações. Tais mutações tanto 
podem decorrer de ação do homem, tanto quanto da natureza sobre este 
patrimônio. 
Já por aspecto qualitativo do patrimônio, podemos entende que a 
dilapidação do patrimônio seria de natureza financeira a desvalorização ou a 
valorização, são os elementos que o compõem o dinheiro, valores a receber ou a 
pagar expressos em moeda, máquinas, estoques de materiais ou de mercadorias, 
etc. 
O patrimônio quantitativo refere-se aos componentes patrimoniais que 
expressão valores, porquanto os conceitos sobre a matéria são extremamente 
variados. 
Do Patrimônio deriva o conceito de Balanço Patrimonial ou Patrimônio 
Líquido, que pode ser expressa pela equação considerada como básica na 
contabilidade: 
(BENS + DIREITOS) - (OBRIGAÇÕES) = Patrimônio Líquido 
Também pode ser compreendido como balanço patrimonial: 
(ATIVO) – (PASSIVO PATRIMONIAL LÍQUIDO) 
Quando este resultado é negativo, podemos denomina-lo de “Passivo a 
Descoberto”. 
Todas estas informações contidas no estudo da contabilidade, como o 
patrimônio, costumam ser representados graficamente na forma de um (T), onde 
na coluna da esquerda são descritos os (Débitos), e na coluna da direita, são 
descritos os (Créditos), que por sua vez são denominados de razão ou razonetes. 
Todos os registros realizados nestes livros, tem como método básico o 
“Método Das Partidas Dobradas”, ou seja, para todos débito haverá sempre um 
crédito de igual valor. 
10 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
 
CONTA 
DÉBITO 
Corresponde a aumento de ativo e 
diminuição do passivo e do patrimônio 
líquido (dentro das contas 
patrimoniais) 
ATIVO 
CRÉDITO 
Corresponde a diminuição do ativo e 
aumento do passivo e do patrimônio 
líquido (dentro das contas 
patrimoniais) 
PASSIVO PATRIMÔNIO LIQUIDO 
Ou seja, débito e crédito para contabilidade é o inverso para o banco, onde 
débito seria a saída de dinheiro da conta, mas em contabilidade débito é a entrada 
de dinheiro no plano de contas, e crédito para o banco seria entrada de dinheiro na 
conta, mas em contabilidade seria a saída de dinheiro no plano de contas. 
4.4 CONTROLE DE CONTAS INDIVIDUAIS LIVRO RAZÃO 
O livro razão, representa controla a movimentação ocorrida individualmente 
em cada conta, a escrituração do mesmo pode ser feita através de um livro, ou pela 
utilização de fichas, cada página ou ficha representando uma conta. 
Por meio do livro razão é possível controlar separadamente a movimentação 
de todas as contas. O controle individualizado das contas é importante para se 
conhecer os seus saldos, possibilitando assim a apuração de resultados e a 
elaboração de demonstrações contábeis, tais como balancete de verificação do 
razão, balanço patrimonial, etc. 
Este livro junta as contas Patrimoniais (contas do Balanço Patrimonial BP e 
da Demonstrativo de Resultados do Exercício DRE), compostas por ativo, passivo 
e patrimônio líquido e por receitas, despes 
Iremos exemplificar alguns lançamentos no livro razão (razonetes), 
lembramos que as informações são fictícias, pois o administrador C A DO 
NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP não permitiu a utilização de todos os dados da 
empresa. 
Relembrando toda conta de Ativo e todo acréscimo de Ativo são lançados 
no lado esquerdo do razonete (lado do débito). E toda conta de Passivo ou 
Patrimônio Líquido, bem como os acréscimos, serão lançados no lado direito do 
razonete (lado do crédito). 
11 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
CONTA CAIXA 
Data Contas Historico Débito Crédito Saldo D/C 
18/01/2016 Saldo 
anterior 
 120.200,00 D 
19/01/2016 Veículo Compra 
Caminhão 
NFe 
558.899 
 75.365,00 44.635,00 C 
21/01/2016 Estoque Conpra de 
Mercadoria 
NFe 4587 
 14.635,00 30.000,00 C 
23/01/2016 Banco Depósito em 
conta 
10.000,00 40.000,00 D 
Fonte: Própria tabelacriada com simulações. 
Veremos agora como faríamos estes lançamentos nos razonetes: 
VEÍCULO BANCO 
 
R$ 75.365,00 
 
 
R$ 75.365,00 
 
No razonete da conta Veículo, o valor foi debitado (lado esquerdo) pois gerou 
um aumento no ativo (bens e direitos) da empresa. Já no razonete da conta Banco, 
o valor foi creditado (lado direito) pois gerou uma diminuição de ativo (diminuiu o 
valor disponível da conta). 
Vejamos outro exemplo, com um volume maior de informações que possa 
demonstrar a explicação acima: 
Digamos que a C A DO NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP realizou a 
compra de equipamentos, e teve uma injeção de capital de R$ 50.000,00, vejamos 
como ficaria registrada esta movimentação nos razonetes, onde D= Débito, C= 
Crédito. 
Exemplo de Razonetes: 
1- Injeção de Capital de R$ 50.000,00; 
2- Compra de Equipamentos a vista R$ 30.000,00; 
12 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
3- Saque para pagamento de Boleto Itau de R$ 5.000,00 
Ao termino dos lançamentos devemos totalizar os saldos de cada conta, a 
diferença entre as somas dos débitos e a soma dos créditos apurados. 
 
CAIXA CAPITAL 
D 
1 – R$ 50.000,00 
4 – R$ 5.000,00 
C 
2 – R$ 30.000,00 
3 – R$ 20.000,00 
 D 
 
C 
1 – R$ 50.000,00 
 
T – R$ 55.000,00 T – R$ 55.000,00 T – R$ 0,00 T – R$ 50.000,00 
Saldo R$ 
5.000,00 
 Saldo Credor 
R$ 50.000,00 
 
 
EQUIPAMENTO BANCO 
D 
2 – R$ 30.000,00 
C 
 
 D 
3 – R$ 20.000,00 
C 
4 – R$ 5000 
T – R$ 30.000,00 T – R$ 0,00 T – R$ 20.000,00 T – R$ 5.000,00 
Saldo Devedor 
R$ 30.000,00 
 Saldo Devedor 
R$ 15.000,00 
 
 
Todas estas movimentações devem ser registradas nos livros contábeis que 
chamamos de Livro Diário (O livro Diário foi instituído pelo Decreto-Lei 486 de 
03/03/69 e regulamentado pelo Decreto-Lei 64.567 de 22/05/69), livro este que é 
obrigatório em todas as empresas, e que tem a função de registrar todas as 
movimentações referentes ao patrimônio da empresa, todos estes registros devem 
ser lançados no livro diário de acordo com cada acontecimento ou seja de forma 
cronológica. 
Existem outros livros contábeis que são obrigatórios em uma empresa, como 
por exemplo o livro razão, que de acordo com o Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC), sob nº 563/83, seria o livro contábil que registra todas as 
movimentações individuais, podendo ser, por folha ou fichas, sendo uma folha ou 
ficha para cada conta individualmente. É um livro que possui uma fácil visualização, 
13 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
onde se registra a movimentações por conta, com todos os registros transcrito do 
livro diário. 
Podemos citar ainda, mais dois livros importantes para escrituração contábil: 
 Livros auxiliares – Tem como função fornecer mais detalhes a 
escrituração contábil, maior exatidão, poderíamos citar o livro, o caixa, 
livro de estoque, livro de duplicatas a receber etc. 
 Livros fiscais – Estes são livros exigidos pelos órgãos fiscais (Fisco), 
onde poderíamos citar o livro de apuração do lucro real, livro de 
apuração do IPI, livro de registro de entrada de mercadorias etc. 
Podemos citar também as operações de escrituração, são aquelas que 
registram as operações que produzem variações no patrimônio das entidades, 
podemos chamar de processos de escrituração, seriam: 
 Manual: Seria o mais antigo que ainda hoje seria adotado pelas 
pequenas empresas, nele teríamos as seguintes anotações: 
 Data da operação (transação); 
 Título das contas débito e crédito; 
 Valor do débito e do crédito; 
 Histórico (seriam as informações sobre as operações em 
registro: número da nota fiscal, cheque, terceiros envolvidos, 
etc. O histórico deve ser o mais breve possível, escrito de 
forma reduzida). 
 Mecânico (Maquinizado e Mecanizado): Seria os registros das operações 
em máquinas apropriadas para este fim, ou seja, maquinas de escrever. 
 Maquinizado – Consiste na utilização de máquina de 
datilografia e máquina de somar para registrar os atos 
administrativos e variações patrimoniais da entidade. É o 
registro das operações contábeis em maquinas datilográficas 
comuns, com tinta, cujas folhas, depois de preenchidas, são 
levadas ao livro diário, usando-se folhas gelatinosas e afixadas 
neste livro. 
 Mecanizado – Consiste na utilização de máquinas de 
mecanografia específica para a Contabilidade. Permite a 
elaboração simultânea do livro Diário e do livro Razão. A 
14 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
máquina de mecanografia fornece os somatórios de colunas 
de débitos, créditos e saldos. E o registro das operações 
contábeis em máquinas apropriadas e aperfeiçoadas para 
esse fim. 
 Eletrônico – Consiste na utilização de computadores, que 
possibilitam a emissão de relatórios e tomadas de decisões mais 
rápidas. E o registro das operações contábeis efetuadas por 
computador, executando essas operações dentro de programas 
preestabelecidos em códigos e números. É a forma mais atual e 
moderna. 
Fonte: Contabilidade Geral do Ricardo Ferreira pag. 
Com base na equação patrimonial citada acima, poderemos ter algumas 
situações com relação as situações patrimoniais que seriam: 
 Situação Líquida Positiva: Este fato se dá quando ativo é maior que 
o passivo. Isto ocorre quando os seus Bens+Direitos seja maior que 
suas obrigações, logo teremos, um patrimônio líquido maior que zero. 
 Situação líquida negativa: Este fato se dá quando passivo é maior 
que o ativo. Acontece quando as obrigações são maiores que os 
Bens+Direitos, logo teremos emente, um patrimônio líquido menor 
que zero. 
 Situação líquida nula: Este fato se dá quando o ativo é igual ao 
passivo, acontece quando Bens+Direitos igual as obrigações, 
equivale dizer que compramos por um valor e vendemos pelo mesmo 
valor, não havendo lucro, lucro igual a zero. Este tipo de situação é 
difícil de acontecer na prática. 
Para compreendermos melhor estas situações veremos o quadro 
abaixo: 
Contas Para Aumentar Para Diminuir Saldo 
Ativo Debita Credita Devedor 
Passivo Credita Debita Credor 
Patrimônio 
Liquido 
Credita Debita Credor 
 
15 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Contas Para Aumentar Para Diminuir Saldo 
Receita Credita Debita Credor 
Despesa Debita Credita Devedor 
Fonte: Apostila UNIP págs. 16 / 19 
Vejamos como funciona esta tabela: 
CAIXA BANCO 
DÉBITO 
Saldo Inicial 
240.000,00 
CRÉDITO 
 
Depósito 
R$ 30.000,00 
 DÉBITO 
Saldo Inicial 
R$ 60.000,00 
R$ 30.000,00 
CRÉDITO 
 
 
Saldo Final 
R$ 210.000,00 
 Saldo Final 
R$ 90.000,00 
 
De acordo com as Teoria patrimoniais, poderíamos classificar as contas 
patrimoniais em dois grupos: as contas patrimoniais e as contas de resultado. 
 Contas Patrimoniais – Classificam-se nestas contas o Ativo (indica 
a existência de Bens e Direitos) e o Passivo (indica a existência de 
Obrigações e Patrimônio Líquido da entidade, formado pelo capital 
social, as reservas e os prejuízos acumulados). Podemos concluir que 
estas contas representam o Patrimônio da empresa, através do 
Balanço Patrimonial. 
 Contas de Resultado – Classificam-se nestas contas as Receitas e 
as Despesas do período, que devem ser encerradas no final de cada 
exercício para que se apure o resultado do exercício. Este resultado, 
lucro ou prejuízo, será agrupado ao Patrimônio através da conta 
Prejuízos acumulados (se este resultado for negativo), ou Reserva de 
lucros (se este resultado for positivo). Sãoeventos que modificam a 
situação líquida da empresa e representam variações no Patrimônio 
da entidade. Só para ressaltarmos estas contas não fazem parte do 
Balanço Patrimonial, mas permitem que o resultado do exercício seja 
apurado. 
16 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Podemos classificar as contas também por funcionalidade, que podem 
ser divididas em Contas unilaterais e Contas bilaterais: 
 Contas Unilaterais – Seriam as contas que sofrem variações 
somente em um único sentido (registro a débito ou registro a 
crédito). Ex: as contas de receitas serão via de regra creditadas e 
as de despesas debitadas. 
 Contas Bilaterais - São aquelas que sofrem variações nos dois 
sentidos, aceitando tanto registro de débito quanto de crédito. Ex: 
Caixa, Banco Conta Movimento, Duplicatas a receber, etc. Elas 
podem apresentar tanto saldo devedor quanto saldo credor. 
Quando apresenta saldo devedor, é chamada de Conta bilateral 
ativa e quando apresenta saldo credor, é chamada de Conta 
bilateral passiva. 
Possuímos também os regimes de apuração, que podem causar algum tipo 
de problema nas escrituras contábeis se não forem classificadas corretamente, 
estamos falando do Regime de caixa e Regime de competência. 
O ponto principal da questão para diferenciar os dois regimes seria a forma 
como serão registrados os lançamentos. Tais denominações se referem a 
diferentes critérios, estes critérios são quem determinam quando uma despesa 
ocorreu (perde) e quando uma receita foi realizada (ganha). 
 Regime de Caixa – Em regime de caixa, a entrada ou saída é 
registrada na data em que o evento ocorreu, mesmo que seu 
pagamento se dê em um momento posterior. Logo se realizarmos 
uma compra em maio a mesma é registrada no próprio mês de sua 
ocorrência, mesmo que o seu pagamento seja realizado apenas em 
junho. Na realidade o que importa no regime de competência é o 
chamado fato gerador, a data da situação que deu origem ao 
lançamento contábil. 
 Regime de competência – Já no regime de competência, o registro 
contábil deve ser realizado no momento em que a despesa ou receita 
foi efetivamente paga. 
Então com base no exemplo acima quando mencionamos a compra 
realizada em maio e paga no mês de junho, podemos dizer que, no regime de caixa, 
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RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
o lançamento contábil seria datado como ocorrido em fevereiro, resumidamente 
podemos dizer que: 
Regime de competência: Seria quando uma despesa ou receita é realizada 
na data da situação a qual foi gerado o evento contábil, independentemente de 
pagamento; 
Regime de caixa: Seria quando uma despesa ou receita é realizada apenas 
na data do seu pagamento. 
Poderíamos exemplificar conforme planilha abaixo: 
Evento Contábil Regime de Competência Regime de Caixa 
Compra insumos (milho) 
20/05/2016 
(Despesa de pagamento) 
10/06/2016 
Lançamento 20/05/2016 Lançamento 10/06/2016 
Venda de veículo 
R$ 60.000,00 em 2 
parcelas 19/06/2016 
Lançamento 19/06/2016 01 Lançamento em 
22/08/2016 
01 Lançamento em 
22/09/2016 
 
Com este exemplo podemos verificar que este tipo de lançamento não é tão 
complicado como parece, na realidade o segredo é pensar o pagamento e o fato 
gerador como coisas distintas. E procurar sempre se lembra que, no regime de 
competência, lançamos na data do fato gerador, no de caixa, na de pagamento. 
4.5 ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL 
O Balanço Patrimonial (BP) tem como base de sua apresentação duas 
colunas, uma coluna do lado esquerdo é a do Ativo e a coluna do lado direito é a 
do Passivo, como mostramos anteriormente, entretanto existem alguns 
considerações e conceitos que devemos entender, tais como: 
 Curto prazo – Entende-se que todos os bens e direitos realizados em 
moeda ou que poça sofrer algum tipo de conversão e as obrigações com 
vencimento até o término do exercício social (ano) seguinte. 
 Longo prazo – Entende-se que todos os bens e direitos realizados em 
moeda ou que possa sofre algum tipo de conversão e as obrigações com 
vencimento após o término do exercício social (ano) seguinte. 
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 Grau de liquidez – Entende-se que é o maior ou menor prazo possível em 
que os Bens e os Direitos podem ser transformados ou convertidos em 
dinheiro. 
 Nível de exigibilidade – Entende-se que é o maior ou menor prazo existente 
para que todas as Obrigações sejam pagas, ou seja no mais curto prazo. 
 Realizável – Entende-se que é o que representa tudo o que se pode mudar, 
ou seja, conversão de moeda, transformar em disponibilidade (dinheiro), 
sendo uma expressão usada no Ativo. 
Já na apuração de empresas com sociedade anônima, existe uma 
exigência de acordo com o artigo 178 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por 
Ações), as contas são classificadas nos seguintes grupos, segundo os elementos 
do patrimônio que representam, podemos ver detalhamentos da lei na pesquisa 
realizada na internet e explanada abaixo: 
Legislação direta 
Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976 
Dispõe sobre as Sociedades por Ações. 
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos 
do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a 
análise da situação financeira da companhia. 
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de 
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: 
a) ativo circulante; 
b) ativo realizável a longo prazo; 
c) ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo 
diferido. 
c) ativo permanente, dividido em investimentos, imobilizado, intangível e 
diferido. (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) 
I - Ativo circulante; e (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) 
II - Ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, 
de 2008) 
I - Ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
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RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
II - Ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
a) passivo circulante; 
b) passivo exigível a longo prazo; 
c) resultados de exercícios futuros; 
d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, 
reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados. 
d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes 
de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados. (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) 
I - Passivo circulante; (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) 
II - Passivo não-circulante; e (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 
2008) 
III - patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, 
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e 
prejuízos acumulados. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) 
I - Passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
II - Passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
III - patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, 
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e 
prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direitode 
compensar serão classificados separadamente. 
ATIVO 
Fonte: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11489505/artigo-178-da-lei-n-6404-de-
15-de-dezembro-de-1976 
O Patrimônio Líquido (PL), esta compreendido nos recursos próprios da 
Entidade, este valor seria a diferença positiva entre o Ativo e o Passivo. Sempre 
que o valor do Passivo superar o valor do Ativo, o resultado desta diferença é 
chamado de Passivo a Descoberto, devido a esta diferença entre maior para o 
passível e menor para o ativo, podemos dizer que o a expressão Patrimônio Líquido 
deve ser denominada como Passivo a Descoberto. 
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RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Dentro do patrimônio líquido existem as contas patrimoniais, podemos 
descreve-las como: 
 ATIVO CIRCULANTE – Os ativos que podem ser considerados 
como circulantes incluem: dinheiro em caixa, conta movimento em 
banco, aplicações financeiras, contas a receber, estoques, despesas 
antecipadas, numerário em caixa, depósito bancário, mercadorias, 
matérias-primas e títulos. ATIVO NÃO CIRCULANTE – Neste são 
incluídos todos os bens de permanência duradoura, destinados ao 
funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, bem 
como os direitos exercidos com essa finalidade. 
O Ativo Não Circulante tem como composição os seguintes subgrupos: 
 Ativo Realizável a Longo Prazo 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Intangível 
É qualquer conjunto de bens e direitos que irão realizar-se em mais do que 
um ano contábil, ou seja, 360 dias contados do último dia do exercício social da 
data de publicação do balanço a que faz parte. Exemplos clássicos são os Impostos 
a Recuperar, os Contratos de Mútuo valor (com os sócios). Outro exemplo que 
entra são: os empréstimos a sócios ou diretores, pois são certos direitos a receber 
que, mesmo pressupondo recebimento a Curto Prazo, devem ser classificados no 
Realizável a Longo Prazo. E isso acontece, pois, a empresa não vai acionar seu 
diretor se este não pagar na data combinada. 
Investimentos – No subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante devem 
ser classificadas as participações societárias permanentes, assim entendidas as 
importâncias aplicadas na aquisição de ações e outros títulos de participação 
societária, com a intenção de mantê-las em caráter permanente, seja para se obter 
o controle societário, seja por interesses econômicos, entre eles, como fonte 
permanente de renda. 
Imobilizado – O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto de bens e direitos 
necessários à manutenção das atividades da empresa, caracterizados por 
apresentar-se na forma tangível (edifícios, máquinas, etc.). O imobilizado abrange, 
também, os custos das benfeitorias realizadas em bens locados ou arrendados. 
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 Intangível – Os ativos intangíveis compreendem os bens incorpóreos 
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive o fundo de comércio adquirido. 
Trata-se de um desmembramento do ativo imobilizado, que, a partir da 
vigência da Lei 11.638/2007, ou seja, a partir de 01.01.2008, passa a contar apenas 
com bens corpóreos de uso permanente. 
 Como exemplos de intangíveis, os direitos de exploração de serviços 
públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, 
softwares e o fundo de comércio adquirido. 
 PASSIVO CIRCULANTE - São as obrigações que normalmente são 
pagas dentro de um ano: contas a pagar, dívidas com fornecedores 
de mercadorias ou matérias-primas, impostos a recolher (tributos), 
empréstimos bancários com vencimento nos próximos 360 dias, 
provisões (despesas incorridas, geradas, ainda não pagas, mas já 
reconhecidas pela empresa: imposto de renda, férias, 13º 
salário, etc.). 
São considerados exemplos de passivo circulante: 
 Fornecedores ou duplicata a pagar; 
 Empréstimos bancários; 
 Títulos a pagar; 
 Encargo sociais a pagar; 
 Salario a pagar; 
 Impostos a pagar. 
 PASSIVO NÃO CIRCULANTE – é um subgrupo do passivo exigível 
do Balanço Patrimonial e é composto das contas antes agrupadas no 
Passível Exigível a Longo Prazo, ou seja, de registro de todas as 
obrigações que devem ser quitadas cujos vencimentos ocorrerão 
após o final do exercício seguinte ao encerramento do balanço 
patrimonial. Dentre essas contas podemos destacar: 
 Financiamento e empréstimos de instituições financeiras; 
 Debêntures a pagar; 
 Fornecedores de equipamentos de grande porte. 
 Empresas Controladas; 
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RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
 Provisão imposto de rende diferido; 
 Financiamento (LP), longo prazo; 
 Fornecedores (LP); 
 Provisão de contingência trabalhista; 
 Provisão para processos judiciais; 
 Provisão para desmantelamento de áreas; 
 Debentures a pagar) com prazo maior de 12 meses); 
 Controladora a pagar; 
 Arrendamentos mercantis financeiros; 
 Planos de pensão e saúde; 
 Subsidiárias, controladas e coligadas; 
 Outras contas e despesas a pagar. 
 Além dessas contas, fazem parte da nova classificação 
introduzida na Lei 6.404/76, as antigas contas do grupo dos 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO - É a diferença entre o valor dos ativos e dos 
passivos. É constituído por Capital Social, Reservas de Capital, 
Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em 
Tesouraria e Prejuízos Acumulados. 
 O Patrimônio Líquido ou Capital Próprio representa os valores 
que os sócios ou acionistas têm na empresa em um 
determinado momento. No balanço Patrimonial, a diferença 
entre o valor dos ativos dos passivos representa o Patrimônio 
Líquido, que é o valor contábil devido pela pessoa jurídica aos 
sócios ou acionistas, baseado no Princípio da Entidade. 
No Brasil, conforme disposto pela Lei 6.404/76, o Patrimônio 
Líquido é dividido em: 
 Capital Social 
 Reserva de Capital 
 Ajuste de avaliação patrimonial 
 Reserva de lucros 
 Ações em tesouraria 
 Prejuízo acumulado 
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RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Fonte: Tópicos sobre balanço patrimonial pesquisados um a um no 
https://pt.wikipedia.org 
O artigo 179 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) fala sobre 
como as contas deverão ser classificadas. Porém, podemos classificá-las da 
seguinte forma para um melhor entendimento: 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
 Disponibilidades Fornecedores 
 Créditos Obrigações trabalhistas 
 Estoques Empréstimos e financiamentos (CP) 
 Outros créditos Obrigações tributárias 
 Despesas antecipadas Provisões e encargos das provisões 
 Outras obrigações 
Não Circulante 
 Realizável a longo prazo Não Circulante 
 Investimentos Exigível a longo prazo 
 Imobilizado 
 Intangível Patrimônio Líquido 
 Capital 
 Reservas 
 Ajustes de avaliação patrimonial 
 Prejuízos acumulados 
 
TOTAL ATIVO $ TOTAL PASSIVO $ 
 
4.6 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS E EXERCÍCIOS 
A demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma demonstração 
contabilística dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido 
devendo ter alterações em um exercício, através do confronto das receita, custos 
e resultados, apuradas segundo o princípio contábil do regime de competência. 
A demonstração do resultado do exercício oferece uma síntese financeira 
dos resultados operacionais e não operacionais de uma empresa em certo período. 
Embora sejam elaboradas anualmente para fins legais de divulgação, em 
geral são feitasmensalmente para fins administrativos e, trimestralmente para fins 
fiscais. 
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RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
As legislações que determinam a DRE deixam pouca ou nenhuma liberdade 
de personalização desse relatório contábil, apontando-se os vários tópicos que 
deverão ser discriminados em tal demonstrativo. Então, para se apurar o lucro que 
a empresa adquiriu no período, devem estar indicadas na DRE: as receitas e os 
rendimentos ganhos no período, independentemente da, sua realização em moeda, 
bem como os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, 
correspondentes a essas receitas e rendimentos. 
A correta elaboração e interpretação do Demonstrativo do Resultado do 
Exercício é uma ação decisiva no que tange a vida financeira das empresas. É 
através do Demonstrativo do Resultado do Exercício que diagnosticamos 
problemas na saúde financeira da empresa e prescrevemos os remédios para 
intervenção nos problemas, quando necessário. 
O Demonstrativo do Resultado do Exercício não deve ser apenas um 
relatório contábil, ele deve ser principalmente um documento gerencial, tão 
importante ou mais que o contábil. A DRE nos permite fazer a leitura financeira de 
forma eficiente e rápida, fazendo as intervenções necessárias para a manutenção 
da sustentabilidade. 
Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados 
em obediência ao princípio da competência: 
a) As receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente 
de sua realização em moeda; e 
b) Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, 
correspondentes a essas receitas e rendimentos. 
Depois de compreender esse cenário, chega a hora de ver as duas formas 
de entrega desse instrumento: simples ou completo. 
 DRE Simples – No caso de micro ou pequenos empresas, o formato 
da Demonstração de Resultado do Exercício pode ser o formato 
simples. Neste caso, não são apresentadas informações 
extremamente detalhados, neste caso podemos citar bares e 
mercearias, por exemplo. 
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RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
O objetivo nesta declaração seria declarar o montante de despesas 
deduzido da receita sem especificar as categorias de despesas 
principais, desta forma chegaremos ao lucro. 
Podemos definir que o documento simples teria a seguinte estrutura: 
 Receita – despesas = lucro ou prejuízo. 
Não existe outra especificação para esse formato. 
 DRE Completa – Neste modelo da Demonstração de Resultado do 
Exercício é bastante diferente do formato simples. No modo completo 
existe uma exigência por lei e apresenta diferentes detalhes que 
permitem ao gestor ou empreendedor tomar decisões mais 
condizentes com a realidade. 
Os elementos que compõem esse documento são: 
 Receitas bruta e líquida de serviços e venda, deduções de vendas, 
taxas e impostos, abatimentos, custo das mercadorias ou serviços 
vendidos e lucro bruto; 
 Despesas com vendas, financeiras ou que foram deduzidas das 
receitas e despesas administrativas e gerais, bem como outras 
despesas operacionais; 
 Prejuízo ou lucro operacional e outras receitas e despesas; 
 Resultado obtido antes do Imposto de Renda e de sua provisão; 
 Participações de debêntures, administradores, empregados e 
quaisquer partes beneficiárias, inclusive quando têm a forma de 
instrumentos financeiros, além de fundos de assistência, instituições 
ou previdência de empregados que não tenham caracterização como 
despesa; 
 Prejuízo ou lucro líquido do exercício e o total por ação do capital 
social. 
4.7 MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
Vendas de Produtos 
Vendas de Mercadorias 
Prestação de Serviços 
 
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 
Devoluções de Vendas 
Abatimentos 
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Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas 
 
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
(-) CUSTOS DAS VENDAS 
Custo dos Produtos Vendidos 
Custo das Mercadorias 
Custo dos Serviços Prestados 
 
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 
Despesas Com Vendas 
Despesas Administrativas 
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS 
Despesas Financeiras 
(-) Receitas Financeiras 
Variações Monetárias e Cambiais Passivas 
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas 
 
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS 
Resultado da Equivalência Patrimonial 
Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante 
(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante 
 
= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA 
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO 
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro 
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 
(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes 
Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados 
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
Fonte: 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm 
O DRE pode ser gerado com dados contábeis ou gerenciais, mas sempre 
obedecendo ao princípio do Regime de Competência. Com base neste 
princípio, todas as Receitas, Custos e Despesas devem ser incluídas na data em 
que ocorreram, independente da data de recebimento ou pagamento. 
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RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
 
Fonte:https://www.treasy.com.br/blog/dre-demonstrativo-de-resultados-do-
exercicio 
Vejamos um exemplo prático de DRE da C A DO NASCIMENTO 
PARAIBUNA – EPP, lembrando que as informações utilizadas para este exemplo, 
são fictícias pois o cliente não achou conveniente divulgar informações de balanço 
patrimonial da empresa: 
 
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RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Digamos que em 30 de dezembro de 2016 a C A DO NASCIMENTO 
PARAIBUNA – EPP apresentou os seguintes valores: 
CAIXA R$ 29.000,00 
ESTOQUE DE PRODUTOS R$ 81.000,00 
DUPLICATAS A PAGAR R$ 51.600,00 
VENDA BRUTA R$ 165.000,00 
SEGURO A VENCER R$ 12.600,00 
CAPITAL SOCIAL R$ 270.000,00 
CMV R$ 70.500,00 
AÇÕES COLIGADAS R$ 51.000,00 
COMBUSTÍVEL R$ 3.450,00 
DESPESAS COM SALÁRIO R$ 4.650,00 
VEÍCULOS R$ 79.500,00 
SALÁRIOS A PAGAR R$ 16.000,00 
CONTAS A RECEBER (LP) R$ 67.500,00 
RECEITAS DE JUROS R$ 5.700,00 
MATERIAIS DE ESCRITÓRIOS R$ 9.300,00 
MÓVEIS R$ 34.500,00 
EMPRÉSTMOS EM BANCOS (LP) R$ 54.000,00 
ICMS SOBRE AS VENDAS R$ 5.100,00 
CLIENTES R$ 34.300,00 
PONTO COMERCIAL R$ 41.800,00 
TÍTULOS A PAGAR R$ 78.000,00 
RESERVA LEGAL R$ 15.500,00 
LUCRO POR VENDA DE PRODUTOS R$ 12.900,00 
BANCO MOVIMENTAÇÃO R$ 81.100,00 
PREJUIZO NA VENDA DE VEÍCULOS R$ 6.400,00 
DUPLICATAS A RECEBER R$ 25.800,00 
LUCROS ACUMULADOS R$ 27.000,00 
TERRENOS R$ 57.900,00 
PROVISÃO PARA CSLL 10% 
PROVISÃO PARA IR 15% 
 
 
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Vejamos agora outra forma de apresentação, a partir dos razonetes: 
CAIXA CAPITAL 
D 
1 – R$ 50.000,00 
4 – R$ 5.000,00 
C 
2 – R$ 30.000,00 
3 – R$ 20.000,00 
 D 
 
C 
1 – R$ 50.000,00 
 
T – R$ 55.000,00 T – R$ 
55.000,00 
 T – R$ 0,00 T – R$ 50.000,00 
Saldo R$ 
5.000,00 
 Saldo Credor 
R$ 50.000,00 
 
4.8 ANLISE VERTICAL E HORIZONTAL 
Uma das técnicas mais simples de aplicação e, ao mesmo tempo, mais 
importante no que se refere à riqueza das informações geradas para a avaliação 
do desempenho empresarial,refere-se à análise horizontal e vertical. 
Foi comentado que a análise de uma empresa é desenvolvida por meio de 
comparações, sejam elas efetuadas por índices passados ou mediante indicadores 
setoriais e de empresa concorrentes. A análise comparativa produz melhores 
resultados quando desenvolvida com valores relacionáveis ou afins: 
 Sejam eles obtidos de uma mesma demonstração financeira como, 
por exemplo, relacionar lucro com investimento, custos com vendas, 
capital de giro com ativo total, etc.; 
 E também pela evolução dos diversos montantes patrimoniais e de 
resultados ao longo do tempo como, por exemplo: crescimento das 
vendas e dos lucros, evolução do patrimônio líquido, etc. A análise da 
evolução permite que sejam identificadas, inclusive, determinadas 
tendências futuras do comportamento econômico-financeiro da 
empresa. 
Dessa maneira, as comparações dos valores absolutos através do tempo 
(análise de suas evoluções) e, entre si, relacionáveis na mesma demonstração são 
desenvolvidas, respectivamente, por análise horizontal e vertical. 
Consiste em verificar a evolução dos elementos do Balanço Patrimônio e da 
DRE durante um determinado período. Essa verificação se faz entre valores de 
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RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
uma mesma conta ou grupo de contas, evidenciando a evolução desta por 
períodos. 
Uma das maneiras de apurar os percentuais de evolução da Análise 
Horizontal é tomar como base um exercício e calcular a evolução dos demais, 
sempre em relação ao exercício base. A outra maneira, e também a mais usual na 
Análise horizontal, é tomar como base o exercício imediatamente anterior ao que 
está sendo analisado. Esse método torna mais dinâmica a análise, possibilitando 
apurar a evolução em menores períodos de tempo. 
A relação existente entre o valor de uma conta contábil (ou grupo de contas) 
em determinada data e seu valor obtido na data-base (ou ano-base) chamamos 
de Número-índice. 
 
Número Índice = 
Valor ano seguinte X 100 
Valor ano - base 
O cálculo na percentagem pode ser feito, também, relacionando cada conta 
com o total do seu grupo. 
CONTA X 100 
TOTAL DO GRUPO 
 
 ANÁLISE VERTICAL – É considerado um dos principais 
instrumentos de análise de estrutura patrimonial, onde se determina 
os percentuais de cada conta ou cada grupo de contas do BP, em 
relação ao valor total do Ativo ou Passivo, podendo assim determinar 
a proporcionalidade das contas do demonstrativo de resultado em 
relação à Receita Líquida de Vendas, considerado como sua base. 
Com relação ao BP, ela procura sempre mostrar, de um lado, a 
proporção de cada uma das fontes de recursos e, de outro, a 
expressão percentual de cada uma das várias aplicações de recursos 
efetuadas pela empresa e comparando-se exercícios subsequentes, 
podemos constatar a mudança da política da empresa, quanto à 
obtenção e à aplicação de recursos. 
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RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Para se efetuar o cálculo da análise vertical no balando patrimonial, 
podemos apurar o percentual relativo a cada item do demonstrativo 
da seguinte forma: 
Vamos imaginar que a C A do NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP 
possui uma disponibilidade de R$ 36.987,00 e o total do ativo 
circulante e de R$ 56.325,00. 
 Cálculo – 36987 / 56325 x 100 = 65,667 ~ 65,667%, logo do 
ativo circulante, 65,667% são representados pelas 
disponibilidades, recapitulando que disponibilidade no 
Balancete analítico é representado pelos saldos das contas 
Caixa, Banco e Aplicações. 
 
 ANÁLISE HORIZONTAL – Nesta modalidade existe outro agravante 
de atenção à sua análise e interpretação, pois agora estamos falando 
de contas credoras e devedoras no sentido de receitas, custos e 
despesas e como o objetivo neste caso é aumentar o lucro, não só o 
aumento das receitas poderá ser suficiente para surtir tal efeito. 
Podemos contar também com a redução dos custos de despesas. 
Da mesma forma, o inverso poderá ser prejudicial para com o 
resultado final de lucro da companhia. Sendo assim podemos calcular 
o Passivo Circulante. 
Número – Índice = Valor ano seguinte X 100 
Valor ano – base 
Vamos imaginar que a C A do NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP 
possui em uma conta Participação em outra empresa possua um valor 
de R$ 321.478,00 em 2014 e no ano de 2015, possua um valor R$ 
412.365,00. 
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RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
 Cálculo – 321.478 / 412.365 x 100 = 0,77959 ~ 77,959%, logo 
a conta participação projetou um aumento percentual de 
77,959% em relação ao ano posterior. 
Fonte: http://samuelfernandomuller.blogspot.com.br/ 
4.9 REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA 
Regime de caixa: O regime de caixa seria onde as negociações no momento em 
que há a transação financeira. Por exemplo: Contabilizaríamos a compra com o 
fornecedor somente quando fosse pagar a primeira parcela, em 28 dias, e o 
segundo lançamento seria somente após 32 dias. Os recebimentos do cliente 
também obedeceriam a mesma regra: Uma entrada (sinal) seria considerada no 
ato e o restante somente depois de 30 dias, conforme a negociação. 
O regime de caixa costuma ser o mais usado pelos gestores para avaliação 
da situação financeira da empresa, porque o regime de caixa está diretamente 
associado ao livro caixa. Quando observamos somente a movimentação financeira, 
este é o regime que está sendo adotado. Seria conta lógica porque, permite 
visualizações exatas do que dispomos naquele momento. 
As contas, assim, se tornam fáceis, pois basta acrescenta ou tira valores 
daquilo que possuímos no caixa no momento em que essas operações (Entrada / 
Saída) são realizadas. Não existe a necessidade de previsões ou projeções. 
As finanças de uma empresa necessitam ser acompanhadas 
constantemente, e a qualidade e eficácia das informações, dependem da técnica 
ou método escolhido para visualiza-las, as movimentações de entrada e saída dos 
recursos financeiros, utilizam uma ferramenta muito importante chamada fluxo de 
caixa, alguns gestores não conhecem os métodos para o perfeito gerenciamento 
dos seus recursos financeiro do fluxo de caixa, outros nem conhecem ou não 
sabem utilizar a ferramenta. Nesta mesma ferramenta ainda possuímos mais dois 
métodos de demonstração o direto e o indireto. 
 Método direto é aquele segundo o qual as principais classes de 
recebimentos e pagamentos brutos são divulgadas. De acordo com o 
método direto, as informações sobre as principais classes de 
recebimentos brutos e de pagamentos brutos podem ser obtidas: 
 Dos registros contábeis da entidade; ou 
33 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
 Ajustando as vendas, os custos das vendas (no caso de instituições 
financeiras, os componentes formadores da margem financeira, 
juntamente com as receitas com serviços e tarifas) e outros itens da 
demonstração do resultado referentes a: 
 Mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas 
operacionais a receber e a pagar; 
 Outros itens que não envolvem caixa; e 
 Outros itens cujos efeitos no caixa sejam fluxos de caixa decorrentes 
das atividades de financiamento e de investimento. 
 Vantagens: 
 Revela melhor a habilidade da empresa de gerar caixa suficiente das 
operações para arcar com suas dívidas, reinvestir o lucro e 
remunerar o acionista. 
 O formato é mais simples de se entender. 
 Desvantagens: 
 Muitas entidades não têm acesso (ou é muito difícil) às informações 
requeridas para sua confecção. 
 Mostra itens de resultado sob o regime de caixa ao invés da 
competência. Isto podesugerir que os fluxos líquidos operacionais é 
uma medida de desempenho melhor que o resultado contábil (por 
competência). 
Fluxos de caixa originados de: 
Atividades 
Operacionais 
 
Valores recebidos de clientes X 
Valores pagos a fornecedores e empregados (X) 
Imposto de renda e contribuição social pagos (X) 
Pagamentos de contingências (X) 
Recebimentos por reembolso de seguros X 
Recebimentos de lucros e dividendos de subsidiárias X 
Outros recebimentos (pagamentos) líquidos X 
--- 
34 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas 
nas) atividades operacionais 
X 
 
Atividades de 
Investimentos 
 
Compras de imobilizado (X) 
Aquisição de ações/cotas (X) 
Recebimentos por vendas de ativos permanentes X 
Juros recebidos de contratos de mútuos X 
--- 
 
Atividades de investimentos X 
 
Atividades de 
Financiamentos 
Integralização de capital X 
Pagamentos de lucros e dividendos (X) 
Juros recebidos de empréstimos X 
Juros pagos por empréstimos (X) 
Empréstimos tomados X 
Pagamentos de empréstimos/debêntures (X) 
 
Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas 
nas) atividades de financiamentos 
X 
--- 
Aumento (Redução) nas disponibilidades X 
Disponibilidades -no início do período X 
Disponibilidades -no final do período X 
== 
Fonte: Própria simulações 
 Método indireto segundo o qual o lucro líquido ou prejuízo é ajustado 
pelos efeitos: 
 Das transações que não envolvem caixa; 
 De quaisquer diferimentos ou outras apropriações por competência 
sobre recebimentos ou pagamentos operacionais passados ou futuros; 
 De itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das 
atividades de investimento ou de financiamento. 
35 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
 De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido das 
atividades operacionais é determinado ajustando o lucro líquido ou 
prejuízo quanto aos efeitos de: 
 Mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas 
operacionais a receber e a pagar; 
 Itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, 
impostos diferidos, variações cambiais não realizadas, resultado de 
equivalência patrimonial em investimentos e participação de 
minoritários, quando aplicável; 
 Todos os outros itens cujos efeitos sobre o caixa sejam fluxos de caixa 
decorrentes das atividades de investimento ou de financiamento. 
 Alternativamente, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais 
pode ser apresentado conforme o método indireto, mostrando as 
receitas e as despesas divulgadas na demonstração do resultado e as 
mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas 
operacionais a receber e a pagar. 
Vantagens: 
 Foca na diferença entre o lucro e o caixa líquido proveniente das 
operações. 
 Fornece um link útil entre os fluxos de caixa, demonstração de 
resultado abrangente e demonstração da posição financeira. 
 Desvantagens: 
 Formato não amigável. 
Fonte: http://ifrsbrasil.com/demonstracoes-contabeis/apresentacao/vantagens-e-
desvantagens-dos-metodos-direto-e-indireto-para-a-confeccao-da-demonstracao-
dos-fluxos-de-caixa-ias-7 
Fluxos de caixa das atividades operacionais 
Resultado do exercício/período X 
Ajustes para conciliar o resultado às 
disponibilidades geradas pelas atividades 
operacionais 
 
Depreciação e amortização X 
36 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Resultado na venda de ativos permanentes X 
Equivalência patrimonial (X) 
Recebimento de lucros e dividendos de 
subsidiárias 
X 
Variações nos ativos e passivos 
(Aumento) Redução em contas a receber X 
(Aumento) Redução nos estoques X 
Aumento (Redução) em fornecedores X 
Aumento (Redução) em contas a pagar e 
provisões 
X 
Aumento (Redução) no imposto de renda e 
contribuição social 
X 
--- 
Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas 
nas) atividades operacionais 
X 
Fluxos de caixa das atividades de investimentos 
Compras de imobilizado (X) 
Aquisição de ações/cotas (X) 
Recebimentos por vendas de ativos permanentes X 
--- 
Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas 
nas) atividades de investimentos 
X 
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos 
Integralização de capital X 
Pagamentos de lucros dividendos (X) 
Empréstimos tomados X 
Pagamentos de empréstimos/debêntures (X) 
Juros recebidos de empréstimos X 
Juros pagos por empréstimos (X) 
--- 
Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas 
nas) atividades de financiamentos 
X 
--- 
37 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Aumento (Redução) nas disponibilidades X 
No início do período X 
No final do período X 
=== 
Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npc20.htm 
 Regime de competência – Para os fins de Imposto do Renda, a legislação 
brasileira e os princípios contábeis consideram este regime de 
competência como sendo oficial. Sendo utilizado por qualquer empresa de 
qualquer porte ou tamanho, poderá utilizar esta modalidade. Em grandes 
empresas e instituições financeiras, esta modalidade se torna obrigatória 
para realização dos registros contábeis. 
O regime de competência facilita a observação dos resultados de uma 
companhia, e da sua situação financeira e patrimonial. Neste caso, 
despesas e receitas são contabilizadas no momento em que elas ocorrem 
(data do fato gerador), não importando quando haverá pagamentos ou 
recebimentos. 
Portanto se a C A do Nascimento Paraibuna Ltda - EPP, negociar 
com um fornecedor a compra de determinada matéria-prima (insumos / milho) 
e acertou o pagamento em duas parcelas, uma para 28 e a outra para 36 dias, 
no regime de competência o valor integral dessa operação será contabilizado 
no momento da formalização da compra, no ato da emissão da nota fiscal pelo 
fornecedor. Quando o pagamento for efetuado, em 28 e 36 dias, embora saia 
dinheiro do caixa, essa atividade já terá sido registrada e não precisará mais 
constar. 
A situação é semelhante em caso de venda de algum produto (farinha 
de milho amarela). Se no ato da venda o cliente acertou uma entrada e deixou 
para pagar o restante só em 30 dias, ainda que este valor não esteja 
integralmente fazendo parte do patrimônio da empresa, ele já deverá ser 
contabilizado nesse momento. 
Uma das vantagens deste regime, é a possibilidade de o empreendedor 
planejar com mais facilidade seus investimentos futuros, uma vez que as 
movimentações financeiras, mesmo as que ainda não foram quitadas, já estão 
consideradas no seu balanço e balancete. 
38 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Outra vantagem é avaliar a depreciação (redução no valor financeiro), 
coisa que só é possível pelo regime de competência. O Demonstrativo de 
Resultados e Exercício (DRE), um dos mais importantes relatórios de gestão, 
é confeccionado por este regime, e com base neste relatório, é possível 
avaliar se a empresa teve lucro ou prejuízo em um determinado período de 
tempo. 
4.10 DEMONSTRATIVO DE EXERCÍCIOS E RESULTADOS (DRE) 
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), é uma demonstração 
dinâmica, diferente do Balanço Patrimonial que nos fornece a um certo período da 
entidade, isto é, uma demonstração estática. 
Importante apontarmos essa diferença, pois ambas são elaboradas em 
conjunto. 
Citaremos um exemplo resumido de um modelo de balanço da empresa C 
A do Nascimento ParaibunaLtda - EPP sem separação de grupos: 
ATIVO 2015 2016 2017 
 
Caixa R$ 13.456,00 R$ 15.765,00 R$ 5.666,00 
Vendas a receber R$ 23.654,00 R$ 32.432,00 R$ 65.432,00 
Estoque R$ 65.433,00 R$ 87.654,00 R$ 98.989,00 
Matéria prima R$ 21.321,00 R$ 24.567,00 R$ 32.145,00 
Veículo R$ 87.654,00 R$ 78.998,00 R$ 65.432,00 
Total R$ 213.533,00 R$ 241.432,00 R$ 269.681,00 
 
PASSIVO 
 
Fornecedor A R$ 14.568,00 R$ 20.432,00 R$ 26.654,00 
Fornecedor B R$ 7.896,00 R$ 4.325,00 R$ 200,00 
Salário a pagar R$ 18.643,00 R$ 19.753,00 R$ 24.680,00 
Provisões R$ 7.654,00 R$ 7.654,00 R$ 8.765,00 
Total R$ 48.761,00 R$ 52.164,00 R$ 60.299,00 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Capital social R$ 220.000,00 R$ 220.000,00 R$ 220.000,00 
Lucro / Prejuízo R$ 68.907,00 R$ 75.312,00 R$ 67.665,00 
Total R$ 288.907,00 R$ 295.312,00 R$ 287.665,00 
39 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Simulação de Balanço Patrimonial da empresa C A do Nascimento Paraibuna 
Ltda - EPP 
Balanço Patrimonial 
1 Ativo 920.258 2 Passivo 698.831 
1.1 Circulante 401.651 2.1 Circulante 267.715 
Disponibilidades 197.987 Salários a pagar 32.333 
Caixa 132.543 Duplicatas a Pagar 123.222 
Banco conta movimento 65.444 Títulos a pagar 90.876 
Direitos real. a C. P 121.764 
Clientes 43.765 
Seguros a vencer 23.456 
Duplicatas a receber 54.543 
Estoques 81.900 
Provisão para Contribuição Social 
sobre o Lucro 8.654 
Despesas Antecipadas 0 Provisão para IR 12.630 
Despesa de aluguel 
antecipada 2.2 Não Circulante 53.560 
1.2 Não Circulante 518.607 Exigível a Longo Prazo 53.560 
Realizável a Longo Prazo 88.987 Empréstimos bancários 53.560 
Depósitos Compulsórios 2.3 Patrimônio Líquido 377.556 
Empréstimos a sócios Capital Social 320.000 
Empréstimos a firmas 
coligadas Reserva Legal 25.000 
Contas a receber 88.987 Lucros acumulados 32.556 
Investimentos 51.000 
Ações de Coligadas 51.000 
Incentivos Fiscais 
Obras de arte 
Imobilizado 258.620 
Móveis e utensílios 43.434 
Terrenos 76.543 
Veículos 138.643 
Intangível 120.000 
Ponto Comercial 120.000 
Análise Contábil 
Liquidez Imediata 
73,95% 
Liquidez Corrente 
150,03% 
Liquidez Seca 
119,44% 
40 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Liquidez Geral 
152,72% 
Solvência Geral 
286,44% 
Endividamento 
34,91% 
Garan. de C. Terceiro 
85,09% 
Simulação de DRE da empresa C A do Nascimento Paraibuna Ltda - EPP 
Demonstração do Resultado 
Vendas Brutas 165.000 
Deduções de Vendas 
 
66.789 
Descontos Incondicionais (a vista) 
Margem do Lucro Bruto 
Devolução de Vendas 
 
3.245 
20,69% 
Vendas canceladas 
Margem do Lucro Operacional 
ICMS Sobre Vendas 
 
5.100 
2,93% 
PIS sobre Faturamento 
 
1.089 
Margem do Lucro Líquido 
CONFINS sobre faturamento 
 
4.950 
11,17% 
Vendas Líquidas 
 
98.211 
Custo das Mercadores Vendidas - CMV 
 
77.889 
Lucro Bruto 
 
20.322 
Outras Receitas Operacionais 
 
3.200 
Receita de juros 
 
3.200 
Despesas Operacionais 
 
20.645 
Despesa Material de Escritório 
 
2.300 
Despesa Salários 
 
16.000 
Despesa de Combustível 
 
2.345 
Despesa com Comissões 
Lucro Operacional 
 
2.877 
Receita Não Operacional 
 
12.000 
Lucro na venda de uma máquina 
 
12.000 
Despesas não Operacionais 
 
250 
41 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Prejuízo na venda de veículos 
 
250 
Lucro antes a CS e o IR 
 
14.627 
Provisão para Contribuição Social sobre o Lucro 
 
1.463 
Provisão para IR 
 
2.194 
Lucro após a CS e o IR 
 
10.970 
 
Lucro Líquido do Exercício 
 
10.970 
 
 
 
42 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
5. QUALIDADE 
A busca pela melhoria dos serviços e produtos (qualidade), foi quem 
movimentou os diversos segmentos da indústria e a economia nacional, tendo sua 
motivação principal, iniciada pela competitividade do mercado com a globalização 
econômica. 
5.1 CONCEITO 
Qualidade não é um concito novo, este tipo de preocupação já vem de 
épocas remotas das épocas antigas, embora não houvesse naquele período uma 
noção muito clara do que fosse Qualidade. Tal noção evoluiu ao longo dos tempos, 
em devido as especificações de cada período que foi apresentada na história do 
desenvolvimento humano (Paladini, 1995). 
A preocupação com os processos, é o que se pode contar como mais 
recente considerada mais o menos recente. Não são apenas os processos fabris 
que podem ser considerados como recente, mas também, os processos de que a 
empresa lança mão para atender e satisfazer os consumidores. Este tipo de 
preocupação seja com os processos industriais, seja com os processos 
administrativos, todos eles são conhecidos como ou apenas TQC (Robles Jr., 
1996). 
A qualidade é, no entender de Toledo (1987), a palavra-chave mais difundida 
no meio empresarial e, concomitantemente, existe pouco entendimento sobre o que 
é qualidade. Ele afirma também que os próprios teóricos da área reconhecem a 
dificuldade de se definir, precisamente, o que seja o atributo qualidade de um 
produto. Essa dificuldade existe principalmente porque a qualidade pode assumir 
distintos significados para diferentes pessoas e situações. 
Paladini (1997) menciona que dificilmente encontrar-se-á uma definição de 
qualidade com tanta propriedade em tão poucas palavras quanto Juran, ao 
conceituar a Qualidade como adequação ao uso. Talvez este seja um dos conceitos 
mais disseminados na literatura sobre o tema. 
Já Garvin (1992) prefere, em vez de um conceito, adotar diversas dimensões 
da qualidade. Identificou, então, oito categorias: 
 Desempenho, 
 Características, 
 Confiabilidade, 
43 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
 Conformidade, 
 Durabilidade, 
 Atendimento, 
 Estética e Qualidade percebida. 
Afirma que cada categoria é estanque e distinta, pois um produto ou serviço 
pode ser bem cotado em uma dimensão, mas não em outra, estando em muitos 
casos inter-relacionadas. Frisa também que, como conceito, a qualidade existe há 
muito tempo, porém apenas recentemente passou a ser utilizada como uma forma 
de gestão. 
Taguchi apud Nakagawa (1993) desenvolveu uma metodologia que define o 
termo qualidade mediante a função perda, que permite mensurá-la em unidades 
monetárias e associá-la à tecnologia do produto. Essa metodologia permite 
mensurar o impacto das perdas do produto e minimizá-las não somente para o 
cliente, mas também à sociedade, a longo prazo. Ainda sobre Taguchi, Paladini 
(1997) diz que, para ele, “a qualidade é a perda monetária imposta à sociedade 
a partir do momento que o produto sai da fábrica”, ou seja, do ponto de vista de 
valor agregado, pode-se conceber a qualidade de um produto como determinada 
“pelas perdas econômicas” provocadas à sociedade, como um todo, desde o 
instante em que ele é colocado à venda. 
Um produto de qualidade, na visão do consumidor, é aquele que atende às 
necessidades e que esteja dentro de sua possibilidade de compra, ou seja, tenha 
preçojusto, segundo Csillag (1991). 
Para Feigenbaum apud Coral (1996), qualidade é determinação do cliente, 
e não a determinação da engenharia nem de e nem da alta administração. A 
qualidade deve estar baseada na experiência do cliente com o produto e o serviço, 
medidos por meio das necessidades percebidas que representem uma meta num 
mercado competitivo. Qualidade de produto e serviços pode ser definida, então, 
como a combinação de características de produtos e serviços referentes a 
marketing, engenharia, produção e manutenção, mediante as quais produtos e 
serviços em uso corresponderão à expectativa do cliente. 
Crosby (1994) definiu qualidade em termos concisos, ao conceituá-la como 
“qualidade é conformidade com os requisitos”. Assim, se um produto satisfaz 
todos os requisitos para este produto de acordo com seu modelo-padrão, ele é um 
44 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
produto de qualidade. Se o produto for fabricado corretamente na primeira vez, 
então os desperdícios seriam eliminados, e a qualidade não seria dispendiosa. 
Oakland (1994) afirma que a noção de qualidade depende 
fundamentalmente da percepção de cada um. O que tem qualidade para algumas 
pessoas pode não suprir as necessidades de outras, ou seja, o conceito de 
qualidade dependeria da percepção pessoal do indivíduo. 
Já Moller (1992) concebe a qualidade por meio de dois fatores: a Qualidade 
Técnica e a Qualidade Humana. Entende por qualidade técnica “ lucros”, pois esta 
visa a satisfazer as exigências e expectativas concretas, como tempo, qualidade, 
finanças, taxa de defeitos, função, durabilidade, segurança e garantia, por exemplo. 
A qualidade humana está “ além dos lucros”, ou seja, visa a satisfazer expectativas 
e desejos emocionais, como lealdade, comprometimento, consistência, 
comportamento, credibilidade, atitudes, atenção. Ressalta que os dois conceitos 
são complementares. 
Para Ishikawa apud Caravantes (1997), a gestão da qualidade consiste em 
desenvolver, criar e fabricar mercadorias mais econômicas, úteis e satisfatórias 
para o comprador. Administrar a qualidade seria também administrar o preço de 
custo, o preço de venda e o lucro. 
Caravantes (1997) afirma que também as empresas têm sua própria visão 
de qualidade. Para a Federal Express (EUA), por exemplo, qualidade quer dizer 
fazer tudo certo na primeira vez, tendo como resultado final clientes unanimemente 
satisfeitos. Já a empresa americana Lockheed tem a qualidade como uma filosofia 
e atitude que visa à análise das capacidades e processos e a melhoria contínua 
destes com o objetivo de satisfazer o consumidor. 
A maioria das diversas abordagens mencionadas compartilha um ponto em 
comum, que é a satisfação das necessidades do consumidor. 
Essa satisfação pode estar representada, por exemplo, na adequação ao 
uso defendida por Juran; nas características de produtos ou serviços que 
correspondam às expectativas do cliente; nas dimensões da qualidade de Garvin 
(onde o cliente prioriza uma ou mais destas dimensões). Encontra-se, ainda, na 
dependência da percepção pessoal de qualidade do indivíduo (Oakland); no 
atendimento das necessidades do cliente dentro de suas possibilidades de compra 
45 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
(Csillag) e também na visão de Ishikawa (apud Caravantes), na qual os 
produtos devem ser úteis e satisfatórios para o comprador. 
Após terem sido comentados os conceitos de Custos e as definições de 
Qualidade individualmente, passa-se à abordagem conjunta dos dois termos, isto 
é, dos Custos da Qualidade. 
Fonte: Livro Custos da Qualidade uma abordagem prática. 
5.2 EVOLUÇÃO DA QUALIDADE 
Após a revolução industrial e a criação crescente de departamentos nas 
indústrias, tornou-se necessário um controle ainda maior e melhor dos produtos 
produzidos. Iniciou-se a partir deste ponto, o controle de qualidade, controle este 
que passou a ser exercido pelos inspetores que realizavam o controle de produção, 
deixando de ser executado pelos mestres. 
Entretanto, com o deslocamento deste tipo de atividade, tornando 
necessário a criação de um novo setor independente, criou-se uma certa 
incompatibilidade entre os setores de produção e do controle, em face a estes 
conflitos, a direção das empresas adotaram novos “métodos administrativos “, com 
a participação de todas as áreas e departamentos da empresa com principal 
objetivo de alcançar a qualidade tão almejada. 
Com esta nova configuração a administração tomou dois rumos diferentes. 
Nos EUA a qualidade era focada em aspectos normais da produção de 
produtos e com a preocupação junto a segurança dos projetos militares, nucleares 
e espaciais, e passou a ser conhecida como “Quality Assurence” (Garantia de 
Qualidade). 
Já no Japão, em consequência do pós-guerra e a necessidade de 
sobrevivência, este tipo de discursão sobre qualidade teve início com especialista 
americano Joseph M Juran e W. Edwards Deming, considerado o pai da qualidade 
total. 
O quadro abaixo visa demonstrar a escala evolutiva da função qualidade 
através do tempo. 
46 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
 
 Joseph Moses Juran foi um dos mestres da 
gestão da qualidade. Nascido em 24 de dezembro de 
1904, na cidade de Braila, na Romênia, após 1904 
Juran e sua família se mudaram para Gurahumora, 
uma vila que fazia parte do Império Austro-Húngaro. 
Em 1909, seu pai, Jakob, deixa a família para ir morar 
nos EUA e, depois, em 1912, Juran e o restante da 
família vai para Minnesota (EUA) encontrar Jakob. 
Fonte: http://www.infoescola.com/biografias/joseph-juran/ 
 William Edwards Deming — também 
conhecido apenas por Deming — foi pioneiro 
tanto nos estudos como na aplicação de 
melhorias no âmbito da qualidade. Dentre seus 
trabalhos mais proeminentes podemos destacar 
a teoria de gerência, chamada de Sistema do 
Conhecimento Profundo, e os 14 pontos para 
um ambiente de trabalho otimizado. Muito mais que um estudioso, Dr. 
Deming foi responsável por dar aplicabilidade a seus conhecimentos e suas 
teorias no que diz respeito à melhora efetiva da qualidade. Não é à toa que, 
passados mais de 20 anos de sua morte, seu nome continua vinculado a 
essa significativa evolução. Quer saber mais sobre esse expoente da 
melhoria contínua? Então acompanhe: 
47 
 
 
 
RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 
 
 
Fonte:http://blog.qualidadesimples.com.br/2015/11/23/conheca-william-edwards-
deming-pai-da-evolucao-na-qualidade/ 
5.3 HITÓRIA DA QUALIDADE 
Existem apontamentos, de que a qualidade existe desde os tempos dos 
chefes tribais, reis e faraós durante os seus governos. As pessoas denominadas 
inspetores, aceitavam ou rejeitavam os produtos de acordo com as especificações 
governamentais e suas exigências. 
Como por exemplo: 
 Uma disposição contida no código de Hamurabi, 1700 a.C.: Art. 25 § 
227 - "Se um construtor edificou uma casa, mas não reforçou seu 
trabalho, e a casa que construiu caiu e causou a morte do dono da 
casa, esse construtor será morto"; 
 Os fenícios amputavam as mãos do fabricante de um produto fora de 
especificação; 
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/academico/um-breve-historico-
da-qualidade/79626/ 
O movimento da qualidade em cada organização, se iguala com a qualidade 
ao longo dos tempos, até os dias de hoje. 
Com a Revolução Industrial, os artesãos foram perdendo sua clientela, 
com isto, os trabalhos manuais que utilizavam a mão de obra, foi substituída por 
trabalhos mecânicos, devido a esta substituição se tornou necessário inspecionar 
todos os processos,

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