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UNIVERSIDADE PAULISTA - EAD PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR III: PIM III SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2017 2 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa UNIVERSIDADE PAULISTA - EAD UNIVERSIDADE PAULISTA - EAD PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR III: PIM III Trabalho de conclusão de 3º bimestre para obtenção do título de graduação em Gestão da Qualidade apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Prof. Luís Tadeu de Oliveira SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2017 3 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Sumário 1. RESUMO ..................................................................................................................................... 4 2. ABSTRACT ............................................................................................................................... 5 3. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 6 4. CONCEITOS DA CONTABILIDADE ............................................................................................ 7 5. QUALIDADE ...................................................................................................................... 42 5.1 CONCEITO ..................................................................................................................... 42 5.2 EVOLUÇÃO DA QUALIDADE .......................................................................................... 45 5.3 HITÓRIA DA QUALIDADE .............................................................................................. 47 5.4 ERA DA QUALIDADE ..................................................................................................... 48 5.5 CUSTOS DA QUALIDADE ............................................................................................... 50 5.6 QUALIDADE PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE .................................................... 52 5.7 SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE ........................................................................ 56 5.8 GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL ................................................................................... 60 5.9 PROCESSO DE MELHORIA CONTINUA .......................................................................... 62 5.10 NORMAS ISO ................................................................................................................ 70 5.11 GURUS DA QUALIDADE ................................................................................................ 73 6. ESTATISTICA APLICADA .................................................................................................... 76 6.1 HISTÓRIA DA ESTATISTICA ............................................................................................ 76 6.2 INTRODUÇÃO A ESTATÍSTICA ....................................................................................... 77 6.3 CONSEITOS FUNDAMENTAIS DA ESTATISTICA ............................................................. 79 6.4 FASES DO MÉTODO ESTATÍSTICO ................................................................................. 80 6.5 MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL: MÉDIA, MODA E MEDIANA .............................. 101 6.6 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUENCIA ................................................................................. 104 7. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 109 SITES UTILIZADOS PARA PESQUISA ........................................................................................ 110 4 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 1. RESUMO Com as múltiplas variações legislativas e tributárias de nosso país, se torna necessário o departamento de contabilidade, departamento este que vai acompanhar estas mudanças, que ocorrem em uma velocidade muito acelerada em nosso pais, este departamento se torna de suma importância para uma empresa, veremos neste trabalho, alguma das funções exercidas pelo departamento de contabilidade, além de explorarmos também os fundamentos da qualidade, que possui a função de elevar o grau de satisfação dos clientes e conceituar o nome da empresa no mercado, juntamente com o um estudo muito importante para realização de projeções dentro de uma empresa, o estudo de estatística aplicada. Utilizaremos como base para as referências a mesma empresa do PIM III: C A DO NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP Paraibuna-SP, à Rua Aurélio Silva Santos, nº 56 CEP: 12260-000, CNPJ: 01.894.579/0001-46 Palavra Chave: Contabilidade, Fundamentos da Qualidade, Estatística Aplicada. 5 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 2. ABSTRACT With the multiple legislative and tax variations of our country, it becomes necessary the accounting department, which will monitor these changes, occurring at a very fast speed in our country, this department becomes of the utmost importance for a company, we will see in this work, some of the functions performed by the accounting department, in addition to also exploring the fundamentals of quality, which has the function of raising the level of customer satisfaction and conceptualizing the name of the company in the market, together with a very important study for realization of projections within a company, the study of applied statistics. We will use as basis for the references to the same company of the PIM III: C A DO NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP Paraibuna-SP, à Rua Aurélio Silva Santos, nº 56 CEP: 12260-000, CNPJ: 01.894.579/0001-46 Keyword: Accounting, Quality Rationale, Applied Statistics. 6 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 3. INTRODUÇÃO Ao meu ver a palavra contabilidade poderia ser conceituada como a habilidade de contar, eu vejo como a contração de duas palavras conta mais habilidade, entretanto o conceito de contabilidade está um tanto distante do meu conceito. A contabilidade hoje em dia pode ser considerada uma ciência ou uma técnica, que tem como objetivo fornecer informação uteis em tomada de decisões econômicas e consiste em estudar o património de pessoas jurídicas e físicas, e converter este estudo em informações de forma que traduza os seus resultados nas chamadas demonstrações financeiras, em informações que podem ser, patrimoniais e financeiras. 7 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 4. CONCEITOS DA CONTABILIDADE Muitos são os conceitos acerca das Ciências Contábeis. Vejamos alguns deles: “A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários de demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização” (Ibracon); “A Contabilidade é uma arte. É a arte de registrar todas as transações de uma companhia que possam ser expressas em termos monetários. E é também a arte de informar os reflexos dessas transações na situação econômico financeira dessa companhia” (Nelson Gouveia); “A Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio à disposição das aziendas, em seus aspectos estáticos e em suas variações,para enunciar, por meio de fórmulas racionalmente deduzidas, os efeitos da administração sobre a formação e a distribuição dos créditos” (Prof F.Hermann Jr.); “A Contabilidade é uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio da empresa” (Osni Moura); “É a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial” (Hilário Franco). O conceito oficial de Contabilidade, enunciado no Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, em 1924: "Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à administração econômica." Fonte: https://www.editoraferreira.com.br/Medias/1/Media/Professores/ToqueDeMestre/H umbertoLucena/Toq_51_HumbertoLucena.pdf Diz-se que o estudo científico da contabilidade teve origem em 1494, na altura em que Luca Pacioli (conhecido como Fray Luca de Borgo Sancti Sepulchri), nasceu na aldeia Toscana de Borgo San Sepolcro em meados do século XV. Ele 8 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa estudou em Veneza, onde ele era um tutor dos filhos de um rico mercador da cidade, onde provavelmente aprendeu os procedimentos contábeis, impressa em Veneza em 1494 publicou a sua obra “Summa de Arithmetica, Geometría, Proportioni e Proportionalita”. Fonte:http://contabilidad-basica-ujcv.blogspot.com.br/2012/01/luca- paccioli.html#axzz4tHUutnYx 4.1 OBJETIVO DA CONTABILIDADE Basicamente a contabilidade tem como principal objetivo: Orientar – Orientar através da geração de relatórios com informações contábeis, contendo a situação econômica e financeira da pessoa jurídica ou física. Controlar – Através de informações fornecida a administração afim de saber se a empresa está agindo de acordo om as políticas da empresa. Registrar – Para que haja um controle e orientação para ciência e tomada de decisões dos administradores, existe a necessidade de que as informações econômicas e financeiras que ocorrem na empresa sejam registrados. 4.2 OBJETO DA CONTABILIDADE Podemos definir como objeto da Contabilidade, o patrimônio, como patrimônio, entende-se o conjunto de bens, direitos e obrigações das entidades, a contabilidade tem como objeto os seguintes tópicos: Bens Tangíveis – Aqueles bens considerados como físicos, que podem ser tocados (Veículos, equipamentos, imóveis, móveis, dinheiro). Bens Intangíveis – Logotipos e marcas, patentes e pontos comerciais). 4.3 PATRIMÔNIO OBJETO DA CONTABILIDADE O PATRIMÔNIO é definido como um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com terceiros, pertencente a pessoas físicas ou a um conjunto de pessoas, como nas sociedades informais, ou instituição de qualquer natureza, independente da sua finalidade que poderia incluir o lucro ou não. O essencial é que o patrimônio disponha de autonomia em relação aos demais patrimônios 9 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa existentes, significa que a entidade dele pode dispor livremente, dentro dos limites estabelecidos pela ordem jurídica. O Patrimônio também pode ser objeto de outras ciências sociais tais como: Economia, Administração e do Direito que o estudam sob ângulos diferentes daquele estudado pela Contabilidade, que o estuda sob aspectos quantitativos e qualitativos. A Contabilidade procura entender as mutações sofridas pelo Patrimônio, tendo como alvo, uma visão das suas possíveis variações. Tais mutações tanto podem decorrer de ação do homem, tanto quanto da natureza sobre este patrimônio. Já por aspecto qualitativo do patrimônio, podemos entende que a dilapidação do patrimônio seria de natureza financeira a desvalorização ou a valorização, são os elementos que o compõem o dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos em moeda, máquinas, estoques de materiais ou de mercadorias, etc. O patrimônio quantitativo refere-se aos componentes patrimoniais que expressão valores, porquanto os conceitos sobre a matéria são extremamente variados. Do Patrimônio deriva o conceito de Balanço Patrimonial ou Patrimônio Líquido, que pode ser expressa pela equação considerada como básica na contabilidade: (BENS + DIREITOS) - (OBRIGAÇÕES) = Patrimônio Líquido Também pode ser compreendido como balanço patrimonial: (ATIVO) – (PASSIVO PATRIMONIAL LÍQUIDO) Quando este resultado é negativo, podemos denomina-lo de “Passivo a Descoberto”. Todas estas informações contidas no estudo da contabilidade, como o patrimônio, costumam ser representados graficamente na forma de um (T), onde na coluna da esquerda são descritos os (Débitos), e na coluna da direita, são descritos os (Créditos), que por sua vez são denominados de razão ou razonetes. Todos os registros realizados nestes livros, tem como método básico o “Método Das Partidas Dobradas”, ou seja, para todos débito haverá sempre um crédito de igual valor. 10 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa CONTA DÉBITO Corresponde a aumento de ativo e diminuição do passivo e do patrimônio líquido (dentro das contas patrimoniais) ATIVO CRÉDITO Corresponde a diminuição do ativo e aumento do passivo e do patrimônio líquido (dentro das contas patrimoniais) PASSIVO PATRIMÔNIO LIQUIDO Ou seja, débito e crédito para contabilidade é o inverso para o banco, onde débito seria a saída de dinheiro da conta, mas em contabilidade débito é a entrada de dinheiro no plano de contas, e crédito para o banco seria entrada de dinheiro na conta, mas em contabilidade seria a saída de dinheiro no plano de contas. 4.4 CONTROLE DE CONTAS INDIVIDUAIS LIVRO RAZÃO O livro razão, representa controla a movimentação ocorrida individualmente em cada conta, a escrituração do mesmo pode ser feita através de um livro, ou pela utilização de fichas, cada página ou ficha representando uma conta. Por meio do livro razão é possível controlar separadamente a movimentação de todas as contas. O controle individualizado das contas é importante para se conhecer os seus saldos, possibilitando assim a apuração de resultados e a elaboração de demonstrações contábeis, tais como balancete de verificação do razão, balanço patrimonial, etc. Este livro junta as contas Patrimoniais (contas do Balanço Patrimonial BP e da Demonstrativo de Resultados do Exercício DRE), compostas por ativo, passivo e patrimônio líquido e por receitas, despes Iremos exemplificar alguns lançamentos no livro razão (razonetes), lembramos que as informações são fictícias, pois o administrador C A DO NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP não permitiu a utilização de todos os dados da empresa. Relembrando toda conta de Ativo e todo acréscimo de Ativo são lançados no lado esquerdo do razonete (lado do débito). E toda conta de Passivo ou Patrimônio Líquido, bem como os acréscimos, serão lançados no lado direito do razonete (lado do crédito). 11 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa CONTA CAIXA Data Contas Historico Débito Crédito Saldo D/C 18/01/2016 Saldo anterior 120.200,00 D 19/01/2016 Veículo Compra Caminhão NFe 558.899 75.365,00 44.635,00 C 21/01/2016 Estoque Conpra de Mercadoria NFe 4587 14.635,00 30.000,00 C 23/01/2016 Banco Depósito em conta 10.000,00 40.000,00 D Fonte: Própria tabelacriada com simulações. Veremos agora como faríamos estes lançamentos nos razonetes: VEÍCULO BANCO R$ 75.365,00 R$ 75.365,00 No razonete da conta Veículo, o valor foi debitado (lado esquerdo) pois gerou um aumento no ativo (bens e direitos) da empresa. Já no razonete da conta Banco, o valor foi creditado (lado direito) pois gerou uma diminuição de ativo (diminuiu o valor disponível da conta). Vejamos outro exemplo, com um volume maior de informações que possa demonstrar a explicação acima: Digamos que a C A DO NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP realizou a compra de equipamentos, e teve uma injeção de capital de R$ 50.000,00, vejamos como ficaria registrada esta movimentação nos razonetes, onde D= Débito, C= Crédito. Exemplo de Razonetes: 1- Injeção de Capital de R$ 50.000,00; 2- Compra de Equipamentos a vista R$ 30.000,00; 12 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 3- Saque para pagamento de Boleto Itau de R$ 5.000,00 Ao termino dos lançamentos devemos totalizar os saldos de cada conta, a diferença entre as somas dos débitos e a soma dos créditos apurados. CAIXA CAPITAL D 1 – R$ 50.000,00 4 – R$ 5.000,00 C 2 – R$ 30.000,00 3 – R$ 20.000,00 D C 1 – R$ 50.000,00 T – R$ 55.000,00 T – R$ 55.000,00 T – R$ 0,00 T – R$ 50.000,00 Saldo R$ 5.000,00 Saldo Credor R$ 50.000,00 EQUIPAMENTO BANCO D 2 – R$ 30.000,00 C D 3 – R$ 20.000,00 C 4 – R$ 5000 T – R$ 30.000,00 T – R$ 0,00 T – R$ 20.000,00 T – R$ 5.000,00 Saldo Devedor R$ 30.000,00 Saldo Devedor R$ 15.000,00 Todas estas movimentações devem ser registradas nos livros contábeis que chamamos de Livro Diário (O livro Diário foi instituído pelo Decreto-Lei 486 de 03/03/69 e regulamentado pelo Decreto-Lei 64.567 de 22/05/69), livro este que é obrigatório em todas as empresas, e que tem a função de registrar todas as movimentações referentes ao patrimônio da empresa, todos estes registros devem ser lançados no livro diário de acordo com cada acontecimento ou seja de forma cronológica. Existem outros livros contábeis que são obrigatórios em uma empresa, como por exemplo o livro razão, que de acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), sob nº 563/83, seria o livro contábil que registra todas as movimentações individuais, podendo ser, por folha ou fichas, sendo uma folha ou ficha para cada conta individualmente. É um livro que possui uma fácil visualização, 13 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa onde se registra a movimentações por conta, com todos os registros transcrito do livro diário. Podemos citar ainda, mais dois livros importantes para escrituração contábil: Livros auxiliares – Tem como função fornecer mais detalhes a escrituração contábil, maior exatidão, poderíamos citar o livro, o caixa, livro de estoque, livro de duplicatas a receber etc. Livros fiscais – Estes são livros exigidos pelos órgãos fiscais (Fisco), onde poderíamos citar o livro de apuração do lucro real, livro de apuração do IPI, livro de registro de entrada de mercadorias etc. Podemos citar também as operações de escrituração, são aquelas que registram as operações que produzem variações no patrimônio das entidades, podemos chamar de processos de escrituração, seriam: Manual: Seria o mais antigo que ainda hoje seria adotado pelas pequenas empresas, nele teríamos as seguintes anotações: Data da operação (transação); Título das contas débito e crédito; Valor do débito e do crédito; Histórico (seriam as informações sobre as operações em registro: número da nota fiscal, cheque, terceiros envolvidos, etc. O histórico deve ser o mais breve possível, escrito de forma reduzida). Mecânico (Maquinizado e Mecanizado): Seria os registros das operações em máquinas apropriadas para este fim, ou seja, maquinas de escrever. Maquinizado – Consiste na utilização de máquina de datilografia e máquina de somar para registrar os atos administrativos e variações patrimoniais da entidade. É o registro das operações contábeis em maquinas datilográficas comuns, com tinta, cujas folhas, depois de preenchidas, são levadas ao livro diário, usando-se folhas gelatinosas e afixadas neste livro. Mecanizado – Consiste na utilização de máquinas de mecanografia específica para a Contabilidade. Permite a elaboração simultânea do livro Diário e do livro Razão. A 14 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa máquina de mecanografia fornece os somatórios de colunas de débitos, créditos e saldos. E o registro das operações contábeis em máquinas apropriadas e aperfeiçoadas para esse fim. Eletrônico – Consiste na utilização de computadores, que possibilitam a emissão de relatórios e tomadas de decisões mais rápidas. E o registro das operações contábeis efetuadas por computador, executando essas operações dentro de programas preestabelecidos em códigos e números. É a forma mais atual e moderna. Fonte: Contabilidade Geral do Ricardo Ferreira pag. Com base na equação patrimonial citada acima, poderemos ter algumas situações com relação as situações patrimoniais que seriam: Situação Líquida Positiva: Este fato se dá quando ativo é maior que o passivo. Isto ocorre quando os seus Bens+Direitos seja maior que suas obrigações, logo teremos, um patrimônio líquido maior que zero. Situação líquida negativa: Este fato se dá quando passivo é maior que o ativo. Acontece quando as obrigações são maiores que os Bens+Direitos, logo teremos emente, um patrimônio líquido menor que zero. Situação líquida nula: Este fato se dá quando o ativo é igual ao passivo, acontece quando Bens+Direitos igual as obrigações, equivale dizer que compramos por um valor e vendemos pelo mesmo valor, não havendo lucro, lucro igual a zero. Este tipo de situação é difícil de acontecer na prática. Para compreendermos melhor estas situações veremos o quadro abaixo: Contas Para Aumentar Para Diminuir Saldo Ativo Debita Credita Devedor Passivo Credita Debita Credor Patrimônio Liquido Credita Debita Credor 15 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Contas Para Aumentar Para Diminuir Saldo Receita Credita Debita Credor Despesa Debita Credita Devedor Fonte: Apostila UNIP págs. 16 / 19 Vejamos como funciona esta tabela: CAIXA BANCO DÉBITO Saldo Inicial 240.000,00 CRÉDITO Depósito R$ 30.000,00 DÉBITO Saldo Inicial R$ 60.000,00 R$ 30.000,00 CRÉDITO Saldo Final R$ 210.000,00 Saldo Final R$ 90.000,00 De acordo com as Teoria patrimoniais, poderíamos classificar as contas patrimoniais em dois grupos: as contas patrimoniais e as contas de resultado. Contas Patrimoniais – Classificam-se nestas contas o Ativo (indica a existência de Bens e Direitos) e o Passivo (indica a existência de Obrigações e Patrimônio Líquido da entidade, formado pelo capital social, as reservas e os prejuízos acumulados). Podemos concluir que estas contas representam o Patrimônio da empresa, através do Balanço Patrimonial. Contas de Resultado – Classificam-se nestas contas as Receitas e as Despesas do período, que devem ser encerradas no final de cada exercício para que se apure o resultado do exercício. Este resultado, lucro ou prejuízo, será agrupado ao Patrimônio através da conta Prejuízos acumulados (se este resultado for negativo), ou Reserva de lucros (se este resultado for positivo). Sãoeventos que modificam a situação líquida da empresa e representam variações no Patrimônio da entidade. Só para ressaltarmos estas contas não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas permitem que o resultado do exercício seja apurado. 16 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Podemos classificar as contas também por funcionalidade, que podem ser divididas em Contas unilaterais e Contas bilaterais: Contas Unilaterais – Seriam as contas que sofrem variações somente em um único sentido (registro a débito ou registro a crédito). Ex: as contas de receitas serão via de regra creditadas e as de despesas debitadas. Contas Bilaterais - São aquelas que sofrem variações nos dois sentidos, aceitando tanto registro de débito quanto de crédito. Ex: Caixa, Banco Conta Movimento, Duplicatas a receber, etc. Elas podem apresentar tanto saldo devedor quanto saldo credor. Quando apresenta saldo devedor, é chamada de Conta bilateral ativa e quando apresenta saldo credor, é chamada de Conta bilateral passiva. Possuímos também os regimes de apuração, que podem causar algum tipo de problema nas escrituras contábeis se não forem classificadas corretamente, estamos falando do Regime de caixa e Regime de competência. O ponto principal da questão para diferenciar os dois regimes seria a forma como serão registrados os lançamentos. Tais denominações se referem a diferentes critérios, estes critérios são quem determinam quando uma despesa ocorreu (perde) e quando uma receita foi realizada (ganha). Regime de Caixa – Em regime de caixa, a entrada ou saída é registrada na data em que o evento ocorreu, mesmo que seu pagamento se dê em um momento posterior. Logo se realizarmos uma compra em maio a mesma é registrada no próprio mês de sua ocorrência, mesmo que o seu pagamento seja realizado apenas em junho. Na realidade o que importa no regime de competência é o chamado fato gerador, a data da situação que deu origem ao lançamento contábil. Regime de competência – Já no regime de competência, o registro contábil deve ser realizado no momento em que a despesa ou receita foi efetivamente paga. Então com base no exemplo acima quando mencionamos a compra realizada em maio e paga no mês de junho, podemos dizer que, no regime de caixa, 17 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa o lançamento contábil seria datado como ocorrido em fevereiro, resumidamente podemos dizer que: Regime de competência: Seria quando uma despesa ou receita é realizada na data da situação a qual foi gerado o evento contábil, independentemente de pagamento; Regime de caixa: Seria quando uma despesa ou receita é realizada apenas na data do seu pagamento. Poderíamos exemplificar conforme planilha abaixo: Evento Contábil Regime de Competência Regime de Caixa Compra insumos (milho) 20/05/2016 (Despesa de pagamento) 10/06/2016 Lançamento 20/05/2016 Lançamento 10/06/2016 Venda de veículo R$ 60.000,00 em 2 parcelas 19/06/2016 Lançamento 19/06/2016 01 Lançamento em 22/08/2016 01 Lançamento em 22/09/2016 Com este exemplo podemos verificar que este tipo de lançamento não é tão complicado como parece, na realidade o segredo é pensar o pagamento e o fato gerador como coisas distintas. E procurar sempre se lembra que, no regime de competência, lançamos na data do fato gerador, no de caixa, na de pagamento. 4.5 ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL O Balanço Patrimonial (BP) tem como base de sua apresentação duas colunas, uma coluna do lado esquerdo é a do Ativo e a coluna do lado direito é a do Passivo, como mostramos anteriormente, entretanto existem alguns considerações e conceitos que devemos entender, tais como: Curto prazo – Entende-se que todos os bens e direitos realizados em moeda ou que poça sofrer algum tipo de conversão e as obrigações com vencimento até o término do exercício social (ano) seguinte. Longo prazo – Entende-se que todos os bens e direitos realizados em moeda ou que possa sofre algum tipo de conversão e as obrigações com vencimento após o término do exercício social (ano) seguinte. 18 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Grau de liquidez – Entende-se que é o maior ou menor prazo possível em que os Bens e os Direitos podem ser transformados ou convertidos em dinheiro. Nível de exigibilidade – Entende-se que é o maior ou menor prazo existente para que todas as Obrigações sejam pagas, ou seja no mais curto prazo. Realizável – Entende-se que é o que representa tudo o que se pode mudar, ou seja, conversão de moeda, transformar em disponibilidade (dinheiro), sendo uma expressão usada no Ativo. Já na apuração de empresas com sociedade anônima, existe uma exigência de acordo com o artigo 178 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), as contas são classificadas nos seguintes grupos, segundo os elementos do patrimônio que representam, podemos ver detalhamentos da lei na pesquisa realizada na internet e explanada abaixo: Legislação direta Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976 Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: a) ativo circulante; b) ativo realizável a longo prazo; c) ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido. c) ativo permanente, dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido. (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) I - Ativo circulante; e (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) II - Ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) I - Ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 19 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa II - Ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) § 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: a) passivo circulante; b) passivo exigível a longo prazo; c) resultados de exercícios futuros; d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados. d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) I - Passivo circulante; (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) II - Passivo não-circulante; e (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) III - patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) I - Passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) II - Passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) III - patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) § 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direitode compensar serão classificados separadamente. ATIVO Fonte: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11489505/artigo-178-da-lei-n-6404-de- 15-de-dezembro-de-1976 O Patrimônio Líquido (PL), esta compreendido nos recursos próprios da Entidade, este valor seria a diferença positiva entre o Ativo e o Passivo. Sempre que o valor do Passivo superar o valor do Ativo, o resultado desta diferença é chamado de Passivo a Descoberto, devido a esta diferença entre maior para o passível e menor para o ativo, podemos dizer que o a expressão Patrimônio Líquido deve ser denominada como Passivo a Descoberto. 20 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Dentro do patrimônio líquido existem as contas patrimoniais, podemos descreve-las como: ATIVO CIRCULANTE – Os ativos que podem ser considerados como circulantes incluem: dinheiro em caixa, conta movimento em banco, aplicações financeiras, contas a receber, estoques, despesas antecipadas, numerário em caixa, depósito bancário, mercadorias, matérias-primas e títulos. ATIVO NÃO CIRCULANTE – Neste são incluídos todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, bem como os direitos exercidos com essa finalidade. O Ativo Não Circulante tem como composição os seguintes subgrupos: Ativo Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível É qualquer conjunto de bens e direitos que irão realizar-se em mais do que um ano contábil, ou seja, 360 dias contados do último dia do exercício social da data de publicação do balanço a que faz parte. Exemplos clássicos são os Impostos a Recuperar, os Contratos de Mútuo valor (com os sócios). Outro exemplo que entra são: os empréstimos a sócios ou diretores, pois são certos direitos a receber que, mesmo pressupondo recebimento a Curto Prazo, devem ser classificados no Realizável a Longo Prazo. E isso acontece, pois, a empresa não vai acionar seu diretor se este não pagar na data combinada. Investimentos – No subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante devem ser classificadas as participações societárias permanentes, assim entendidas as importâncias aplicadas na aquisição de ações e outros títulos de participação societária, com a intenção de mantê-las em caráter permanente, seja para se obter o controle societário, seja por interesses econômicos, entre eles, como fonte permanente de renda. Imobilizado – O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto de bens e direitos necessários à manutenção das atividades da empresa, caracterizados por apresentar-se na forma tangível (edifícios, máquinas, etc.). O imobilizado abrange, também, os custos das benfeitorias realizadas em bens locados ou arrendados. 21 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Intangível – Os ativos intangíveis compreendem os bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Trata-se de um desmembramento do ativo imobilizado, que, a partir da vigência da Lei 11.638/2007, ou seja, a partir de 01.01.2008, passa a contar apenas com bens corpóreos de uso permanente. Como exemplos de intangíveis, os direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, softwares e o fundo de comércio adquirido. PASSIVO CIRCULANTE - São as obrigações que normalmente são pagas dentro de um ano: contas a pagar, dívidas com fornecedores de mercadorias ou matérias-primas, impostos a recolher (tributos), empréstimos bancários com vencimento nos próximos 360 dias, provisões (despesas incorridas, geradas, ainda não pagas, mas já reconhecidas pela empresa: imposto de renda, férias, 13º salário, etc.). São considerados exemplos de passivo circulante: Fornecedores ou duplicata a pagar; Empréstimos bancários; Títulos a pagar; Encargo sociais a pagar; Salario a pagar; Impostos a pagar. PASSIVO NÃO CIRCULANTE – é um subgrupo do passivo exigível do Balanço Patrimonial e é composto das contas antes agrupadas no Passível Exigível a Longo Prazo, ou seja, de registro de todas as obrigações que devem ser quitadas cujos vencimentos ocorrerão após o final do exercício seguinte ao encerramento do balanço patrimonial. Dentre essas contas podemos destacar: Financiamento e empréstimos de instituições financeiras; Debêntures a pagar; Fornecedores de equipamentos de grande porte. Empresas Controladas; 22 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Provisão imposto de rende diferido; Financiamento (LP), longo prazo; Fornecedores (LP); Provisão de contingência trabalhista; Provisão para processos judiciais; Provisão para desmantelamento de áreas; Debentures a pagar) com prazo maior de 12 meses); Controladora a pagar; Arrendamentos mercantis financeiros; Planos de pensão e saúde; Subsidiárias, controladas e coligadas; Outras contas e despesas a pagar. Além dessas contas, fazem parte da nova classificação introduzida na Lei 6.404/76, as antigas contas do grupo dos PATRIMÔNIO LÍQUIDO - É a diferença entre o valor dos ativos e dos passivos. É constituído por Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. O Patrimônio Líquido ou Capital Próprio representa os valores que os sócios ou acionistas têm na empresa em um determinado momento. No balanço Patrimonial, a diferença entre o valor dos ativos dos passivos representa o Patrimônio Líquido, que é o valor contábil devido pela pessoa jurídica aos sócios ou acionistas, baseado no Princípio da Entidade. No Brasil, conforme disposto pela Lei 6.404/76, o Patrimônio Líquido é dividido em: Capital Social Reserva de Capital Ajuste de avaliação patrimonial Reserva de lucros Ações em tesouraria Prejuízo acumulado 23 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Fonte: Tópicos sobre balanço patrimonial pesquisados um a um no https://pt.wikipedia.org O artigo 179 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) fala sobre como as contas deverão ser classificadas. Porém, podemos classificá-las da seguinte forma para um melhor entendimento: BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Circulante Circulante Disponibilidades Fornecedores Créditos Obrigações trabalhistas Estoques Empréstimos e financiamentos (CP) Outros créditos Obrigações tributárias Despesas antecipadas Provisões e encargos das provisões Outras obrigações Não Circulante Realizável a longo prazo Não Circulante Investimentos Exigível a longo prazo Imobilizado Intangível Patrimônio Líquido Capital Reservas Ajustes de avaliação patrimonial Prejuízos acumulados TOTAL ATIVO $ TOTAL PASSIVO $ 4.6 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS E EXERCÍCIOS A demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma demonstração contabilística dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido devendo ter alterações em um exercício, através do confronto das receita, custos e resultados, apuradas segundo o princípio contábil do regime de competência. A demonstração do resultado do exercício oferece uma síntese financeira dos resultados operacionais e não operacionais de uma empresa em certo período. Embora sejam elaboradas anualmente para fins legais de divulgação, em geral são feitasmensalmente para fins administrativos e, trimestralmente para fins fiscais. 24 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa As legislações que determinam a DRE deixam pouca ou nenhuma liberdade de personalização desse relatório contábil, apontando-se os vários tópicos que deverão ser discriminados em tal demonstrativo. Então, para se apurar o lucro que a empresa adquiriu no período, devem estar indicadas na DRE: as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da, sua realização em moeda, bem como os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. A correta elaboração e interpretação do Demonstrativo do Resultado do Exercício é uma ação decisiva no que tange a vida financeira das empresas. É através do Demonstrativo do Resultado do Exercício que diagnosticamos problemas na saúde financeira da empresa e prescrevemos os remédios para intervenção nos problemas, quando necessário. O Demonstrativo do Resultado do Exercício não deve ser apenas um relatório contábil, ele deve ser principalmente um documento gerencial, tão importante ou mais que o contábil. A DRE nos permite fazer a leitura financeira de forma eficiente e rápida, fazendo as intervenções necessárias para a manutenção da sustentabilidade. Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em obediência ao princípio da competência: a) As receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e b) Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. Depois de compreender esse cenário, chega a hora de ver as duas formas de entrega desse instrumento: simples ou completo. DRE Simples – No caso de micro ou pequenos empresas, o formato da Demonstração de Resultado do Exercício pode ser o formato simples. Neste caso, não são apresentadas informações extremamente detalhados, neste caso podemos citar bares e mercearias, por exemplo. 25 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa O objetivo nesta declaração seria declarar o montante de despesas deduzido da receita sem especificar as categorias de despesas principais, desta forma chegaremos ao lucro. Podemos definir que o documento simples teria a seguinte estrutura: Receita – despesas = lucro ou prejuízo. Não existe outra especificação para esse formato. DRE Completa – Neste modelo da Demonstração de Resultado do Exercício é bastante diferente do formato simples. No modo completo existe uma exigência por lei e apresenta diferentes detalhes que permitem ao gestor ou empreendedor tomar decisões mais condizentes com a realidade. Os elementos que compõem esse documento são: Receitas bruta e líquida de serviços e venda, deduções de vendas, taxas e impostos, abatimentos, custo das mercadorias ou serviços vendidos e lucro bruto; Despesas com vendas, financeiras ou que foram deduzidas das receitas e despesas administrativas e gerais, bem como outras despesas operacionais; Prejuízo ou lucro operacional e outras receitas e despesas; Resultado obtido antes do Imposto de Renda e de sua provisão; Participações de debêntures, administradores, empregados e quaisquer partes beneficiárias, inclusive quando têm a forma de instrumentos financeiros, além de fundos de assistência, instituições ou previdência de empregados que não tenham caracterização como despesa; Prejuízo ou lucro líquido do exercício e o total por ação do capital social. 4.7 MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas de Produtos Vendas de Mercadorias Prestação de Serviços (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Devoluções de Vendas Abatimentos 26 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas = RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (-) CUSTOS DAS VENDAS Custo dos Produtos Vendidos Custo das Mercadorias Custo dos Serviços Prestados = RESULTADO OPERACIONAL BRUTO (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Com Vendas Despesas Administrativas (-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras Variações Monetárias e Cambiais Passivas (-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas OUTRAS RECEITAS E DESPESAS Resultado da Equivalência Patrimonial Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante (-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante = RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO (-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro = LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES (-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm O DRE pode ser gerado com dados contábeis ou gerenciais, mas sempre obedecendo ao princípio do Regime de Competência. Com base neste princípio, todas as Receitas, Custos e Despesas devem ser incluídas na data em que ocorreram, independente da data de recebimento ou pagamento. 27 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Fonte:https://www.treasy.com.br/blog/dre-demonstrativo-de-resultados-do- exercicio Vejamos um exemplo prático de DRE da C A DO NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP, lembrando que as informações utilizadas para este exemplo, são fictícias pois o cliente não achou conveniente divulgar informações de balanço patrimonial da empresa: 28 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Digamos que em 30 de dezembro de 2016 a C A DO NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP apresentou os seguintes valores: CAIXA R$ 29.000,00 ESTOQUE DE PRODUTOS R$ 81.000,00 DUPLICATAS A PAGAR R$ 51.600,00 VENDA BRUTA R$ 165.000,00 SEGURO A VENCER R$ 12.600,00 CAPITAL SOCIAL R$ 270.000,00 CMV R$ 70.500,00 AÇÕES COLIGADAS R$ 51.000,00 COMBUSTÍVEL R$ 3.450,00 DESPESAS COM SALÁRIO R$ 4.650,00 VEÍCULOS R$ 79.500,00 SALÁRIOS A PAGAR R$ 16.000,00 CONTAS A RECEBER (LP) R$ 67.500,00 RECEITAS DE JUROS R$ 5.700,00 MATERIAIS DE ESCRITÓRIOS R$ 9.300,00 MÓVEIS R$ 34.500,00 EMPRÉSTMOS EM BANCOS (LP) R$ 54.000,00 ICMS SOBRE AS VENDAS R$ 5.100,00 CLIENTES R$ 34.300,00 PONTO COMERCIAL R$ 41.800,00 TÍTULOS A PAGAR R$ 78.000,00 RESERVA LEGAL R$ 15.500,00 LUCRO POR VENDA DE PRODUTOS R$ 12.900,00 BANCO MOVIMENTAÇÃO R$ 81.100,00 PREJUIZO NA VENDA DE VEÍCULOS R$ 6.400,00 DUPLICATAS A RECEBER R$ 25.800,00 LUCROS ACUMULADOS R$ 27.000,00 TERRENOS R$ 57.900,00 PROVISÃO PARA CSLL 10% PROVISÃO PARA IR 15% 29 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Vejamos agora outra forma de apresentação, a partir dos razonetes: CAIXA CAPITAL D 1 – R$ 50.000,00 4 – R$ 5.000,00 C 2 – R$ 30.000,00 3 – R$ 20.000,00 D C 1 – R$ 50.000,00 T – R$ 55.000,00 T – R$ 55.000,00 T – R$ 0,00 T – R$ 50.000,00 Saldo R$ 5.000,00 Saldo Credor R$ 50.000,00 4.8 ANLISE VERTICAL E HORIZONTAL Uma das técnicas mais simples de aplicação e, ao mesmo tempo, mais importante no que se refere à riqueza das informações geradas para a avaliação do desempenho empresarial,refere-se à análise horizontal e vertical. Foi comentado que a análise de uma empresa é desenvolvida por meio de comparações, sejam elas efetuadas por índices passados ou mediante indicadores setoriais e de empresa concorrentes. A análise comparativa produz melhores resultados quando desenvolvida com valores relacionáveis ou afins: Sejam eles obtidos de uma mesma demonstração financeira como, por exemplo, relacionar lucro com investimento, custos com vendas, capital de giro com ativo total, etc.; E também pela evolução dos diversos montantes patrimoniais e de resultados ao longo do tempo como, por exemplo: crescimento das vendas e dos lucros, evolução do patrimônio líquido, etc. A análise da evolução permite que sejam identificadas, inclusive, determinadas tendências futuras do comportamento econômico-financeiro da empresa. Dessa maneira, as comparações dos valores absolutos através do tempo (análise de suas evoluções) e, entre si, relacionáveis na mesma demonstração são desenvolvidas, respectivamente, por análise horizontal e vertical. Consiste em verificar a evolução dos elementos do Balanço Patrimônio e da DRE durante um determinado período. Essa verificação se faz entre valores de 30 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa uma mesma conta ou grupo de contas, evidenciando a evolução desta por períodos. Uma das maneiras de apurar os percentuais de evolução da Análise Horizontal é tomar como base um exercício e calcular a evolução dos demais, sempre em relação ao exercício base. A outra maneira, e também a mais usual na Análise horizontal, é tomar como base o exercício imediatamente anterior ao que está sendo analisado. Esse método torna mais dinâmica a análise, possibilitando apurar a evolução em menores períodos de tempo. A relação existente entre o valor de uma conta contábil (ou grupo de contas) em determinada data e seu valor obtido na data-base (ou ano-base) chamamos de Número-índice. Número Índice = Valor ano seguinte X 100 Valor ano - base O cálculo na percentagem pode ser feito, também, relacionando cada conta com o total do seu grupo. CONTA X 100 TOTAL DO GRUPO ANÁLISE VERTICAL – É considerado um dos principais instrumentos de análise de estrutura patrimonial, onde se determina os percentuais de cada conta ou cada grupo de contas do BP, em relação ao valor total do Ativo ou Passivo, podendo assim determinar a proporcionalidade das contas do demonstrativo de resultado em relação à Receita Líquida de Vendas, considerado como sua base. Com relação ao BP, ela procura sempre mostrar, de um lado, a proporção de cada uma das fontes de recursos e, de outro, a expressão percentual de cada uma das várias aplicações de recursos efetuadas pela empresa e comparando-se exercícios subsequentes, podemos constatar a mudança da política da empresa, quanto à obtenção e à aplicação de recursos. 31 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Para se efetuar o cálculo da análise vertical no balando patrimonial, podemos apurar o percentual relativo a cada item do demonstrativo da seguinte forma: Vamos imaginar que a C A do NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP possui uma disponibilidade de R$ 36.987,00 e o total do ativo circulante e de R$ 56.325,00. Cálculo – 36987 / 56325 x 100 = 65,667 ~ 65,667%, logo do ativo circulante, 65,667% são representados pelas disponibilidades, recapitulando que disponibilidade no Balancete analítico é representado pelos saldos das contas Caixa, Banco e Aplicações. ANÁLISE HORIZONTAL – Nesta modalidade existe outro agravante de atenção à sua análise e interpretação, pois agora estamos falando de contas credoras e devedoras no sentido de receitas, custos e despesas e como o objetivo neste caso é aumentar o lucro, não só o aumento das receitas poderá ser suficiente para surtir tal efeito. Podemos contar também com a redução dos custos de despesas. Da mesma forma, o inverso poderá ser prejudicial para com o resultado final de lucro da companhia. Sendo assim podemos calcular o Passivo Circulante. Número – Índice = Valor ano seguinte X 100 Valor ano – base Vamos imaginar que a C A do NASCIMENTO PARAIBUNA – EPP possui em uma conta Participação em outra empresa possua um valor de R$ 321.478,00 em 2014 e no ano de 2015, possua um valor R$ 412.365,00. 32 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Cálculo – 321.478 / 412.365 x 100 = 0,77959 ~ 77,959%, logo a conta participação projetou um aumento percentual de 77,959% em relação ao ano posterior. Fonte: http://samuelfernandomuller.blogspot.com.br/ 4.9 REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA Regime de caixa: O regime de caixa seria onde as negociações no momento em que há a transação financeira. Por exemplo: Contabilizaríamos a compra com o fornecedor somente quando fosse pagar a primeira parcela, em 28 dias, e o segundo lançamento seria somente após 32 dias. Os recebimentos do cliente também obedeceriam a mesma regra: Uma entrada (sinal) seria considerada no ato e o restante somente depois de 30 dias, conforme a negociação. O regime de caixa costuma ser o mais usado pelos gestores para avaliação da situação financeira da empresa, porque o regime de caixa está diretamente associado ao livro caixa. Quando observamos somente a movimentação financeira, este é o regime que está sendo adotado. Seria conta lógica porque, permite visualizações exatas do que dispomos naquele momento. As contas, assim, se tornam fáceis, pois basta acrescenta ou tira valores daquilo que possuímos no caixa no momento em que essas operações (Entrada / Saída) são realizadas. Não existe a necessidade de previsões ou projeções. As finanças de uma empresa necessitam ser acompanhadas constantemente, e a qualidade e eficácia das informações, dependem da técnica ou método escolhido para visualiza-las, as movimentações de entrada e saída dos recursos financeiros, utilizam uma ferramenta muito importante chamada fluxo de caixa, alguns gestores não conhecem os métodos para o perfeito gerenciamento dos seus recursos financeiro do fluxo de caixa, outros nem conhecem ou não sabem utilizar a ferramenta. Nesta mesma ferramenta ainda possuímos mais dois métodos de demonstração o direto e o indireto. Método direto é aquele segundo o qual as principais classes de recebimentos e pagamentos brutos são divulgadas. De acordo com o método direto, as informações sobre as principais classes de recebimentos brutos e de pagamentos brutos podem ser obtidas: Dos registros contábeis da entidade; ou 33 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Ajustando as vendas, os custos das vendas (no caso de instituições financeiras, os componentes formadores da margem financeira, juntamente com as receitas com serviços e tarifas) e outros itens da demonstração do resultado referentes a: Mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar; Outros itens que não envolvem caixa; e Outros itens cujos efeitos no caixa sejam fluxos de caixa decorrentes das atividades de financiamento e de investimento. Vantagens: Revela melhor a habilidade da empresa de gerar caixa suficiente das operações para arcar com suas dívidas, reinvestir o lucro e remunerar o acionista. O formato é mais simples de se entender. Desvantagens: Muitas entidades não têm acesso (ou é muito difícil) às informações requeridas para sua confecção. Mostra itens de resultado sob o regime de caixa ao invés da competência. Isto podesugerir que os fluxos líquidos operacionais é uma medida de desempenho melhor que o resultado contábil (por competência). Fluxos de caixa originados de: Atividades Operacionais Valores recebidos de clientes X Valores pagos a fornecedores e empregados (X) Imposto de renda e contribuição social pagos (X) Pagamentos de contingências (X) Recebimentos por reembolso de seguros X Recebimentos de lucros e dividendos de subsidiárias X Outros recebimentos (pagamentos) líquidos X --- 34 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades operacionais X Atividades de Investimentos Compras de imobilizado (X) Aquisição de ações/cotas (X) Recebimentos por vendas de ativos permanentes X Juros recebidos de contratos de mútuos X --- Atividades de investimentos X Atividades de Financiamentos Integralização de capital X Pagamentos de lucros e dividendos (X) Juros recebidos de empréstimos X Juros pagos por empréstimos (X) Empréstimos tomados X Pagamentos de empréstimos/debêntures (X) Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades de financiamentos X --- Aumento (Redução) nas disponibilidades X Disponibilidades -no início do período X Disponibilidades -no final do período X == Fonte: Própria simulações Método indireto segundo o qual o lucro líquido ou prejuízo é ajustado pelos efeitos: Das transações que não envolvem caixa; De quaisquer diferimentos ou outras apropriações por competência sobre recebimentos ou pagamentos operacionais passados ou futuros; De itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento. 35 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais é determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo quanto aos efeitos de: Mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar; Itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, impostos diferidos, variações cambiais não realizadas, resultado de equivalência patrimonial em investimentos e participação de minoritários, quando aplicável; Todos os outros itens cujos efeitos sobre o caixa sejam fluxos de caixa decorrentes das atividades de investimento ou de financiamento. Alternativamente, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais pode ser apresentado conforme o método indireto, mostrando as receitas e as despesas divulgadas na demonstração do resultado e as mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar. Vantagens: Foca na diferença entre o lucro e o caixa líquido proveniente das operações. Fornece um link útil entre os fluxos de caixa, demonstração de resultado abrangente e demonstração da posição financeira. Desvantagens: Formato não amigável. Fonte: http://ifrsbrasil.com/demonstracoes-contabeis/apresentacao/vantagens-e- desvantagens-dos-metodos-direto-e-indireto-para-a-confeccao-da-demonstracao- dos-fluxos-de-caixa-ias-7 Fluxos de caixa das atividades operacionais Resultado do exercício/período X Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades geradas pelas atividades operacionais Depreciação e amortização X 36 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Resultado na venda de ativos permanentes X Equivalência patrimonial (X) Recebimento de lucros e dividendos de subsidiárias X Variações nos ativos e passivos (Aumento) Redução em contas a receber X (Aumento) Redução nos estoques X Aumento (Redução) em fornecedores X Aumento (Redução) em contas a pagar e provisões X Aumento (Redução) no imposto de renda e contribuição social X --- Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades operacionais X Fluxos de caixa das atividades de investimentos Compras de imobilizado (X) Aquisição de ações/cotas (X) Recebimentos por vendas de ativos permanentes X --- Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades de investimentos X Fluxos de caixa das atividades de financiamentos Integralização de capital X Pagamentos de lucros dividendos (X) Empréstimos tomados X Pagamentos de empréstimos/debêntures (X) Juros recebidos de empréstimos X Juros pagos por empréstimos (X) --- Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades de financiamentos X --- 37 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Aumento (Redução) nas disponibilidades X No início do período X No final do período X === Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npc20.htm Regime de competência – Para os fins de Imposto do Renda, a legislação brasileira e os princípios contábeis consideram este regime de competência como sendo oficial. Sendo utilizado por qualquer empresa de qualquer porte ou tamanho, poderá utilizar esta modalidade. Em grandes empresas e instituições financeiras, esta modalidade se torna obrigatória para realização dos registros contábeis. O regime de competência facilita a observação dos resultados de uma companhia, e da sua situação financeira e patrimonial. Neste caso, despesas e receitas são contabilizadas no momento em que elas ocorrem (data do fato gerador), não importando quando haverá pagamentos ou recebimentos. Portanto se a C A do Nascimento Paraibuna Ltda - EPP, negociar com um fornecedor a compra de determinada matéria-prima (insumos / milho) e acertou o pagamento em duas parcelas, uma para 28 e a outra para 36 dias, no regime de competência o valor integral dessa operação será contabilizado no momento da formalização da compra, no ato da emissão da nota fiscal pelo fornecedor. Quando o pagamento for efetuado, em 28 e 36 dias, embora saia dinheiro do caixa, essa atividade já terá sido registrada e não precisará mais constar. A situação é semelhante em caso de venda de algum produto (farinha de milho amarela). Se no ato da venda o cliente acertou uma entrada e deixou para pagar o restante só em 30 dias, ainda que este valor não esteja integralmente fazendo parte do patrimônio da empresa, ele já deverá ser contabilizado nesse momento. Uma das vantagens deste regime, é a possibilidade de o empreendedor planejar com mais facilidade seus investimentos futuros, uma vez que as movimentações financeiras, mesmo as que ainda não foram quitadas, já estão consideradas no seu balanço e balancete. 38 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Outra vantagem é avaliar a depreciação (redução no valor financeiro), coisa que só é possível pelo regime de competência. O Demonstrativo de Resultados e Exercício (DRE), um dos mais importantes relatórios de gestão, é confeccionado por este regime, e com base neste relatório, é possível avaliar se a empresa teve lucro ou prejuízo em um determinado período de tempo. 4.10 DEMONSTRATIVO DE EXERCÍCIOS E RESULTADOS (DRE) A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), é uma demonstração dinâmica, diferente do Balanço Patrimonial que nos fornece a um certo período da entidade, isto é, uma demonstração estática. Importante apontarmos essa diferença, pois ambas são elaboradas em conjunto. Citaremos um exemplo resumido de um modelo de balanço da empresa C A do Nascimento ParaibunaLtda - EPP sem separação de grupos: ATIVO 2015 2016 2017 Caixa R$ 13.456,00 R$ 15.765,00 R$ 5.666,00 Vendas a receber R$ 23.654,00 R$ 32.432,00 R$ 65.432,00 Estoque R$ 65.433,00 R$ 87.654,00 R$ 98.989,00 Matéria prima R$ 21.321,00 R$ 24.567,00 R$ 32.145,00 Veículo R$ 87.654,00 R$ 78.998,00 R$ 65.432,00 Total R$ 213.533,00 R$ 241.432,00 R$ 269.681,00 PASSIVO Fornecedor A R$ 14.568,00 R$ 20.432,00 R$ 26.654,00 Fornecedor B R$ 7.896,00 R$ 4.325,00 R$ 200,00 Salário a pagar R$ 18.643,00 R$ 19.753,00 R$ 24.680,00 Provisões R$ 7.654,00 R$ 7.654,00 R$ 8.765,00 Total R$ 48.761,00 R$ 52.164,00 R$ 60.299,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social R$ 220.000,00 R$ 220.000,00 R$ 220.000,00 Lucro / Prejuízo R$ 68.907,00 R$ 75.312,00 R$ 67.665,00 Total R$ 288.907,00 R$ 295.312,00 R$ 287.665,00 39 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Simulação de Balanço Patrimonial da empresa C A do Nascimento Paraibuna Ltda - EPP Balanço Patrimonial 1 Ativo 920.258 2 Passivo 698.831 1.1 Circulante 401.651 2.1 Circulante 267.715 Disponibilidades 197.987 Salários a pagar 32.333 Caixa 132.543 Duplicatas a Pagar 123.222 Banco conta movimento 65.444 Títulos a pagar 90.876 Direitos real. a C. P 121.764 Clientes 43.765 Seguros a vencer 23.456 Duplicatas a receber 54.543 Estoques 81.900 Provisão para Contribuição Social sobre o Lucro 8.654 Despesas Antecipadas 0 Provisão para IR 12.630 Despesa de aluguel antecipada 2.2 Não Circulante 53.560 1.2 Não Circulante 518.607 Exigível a Longo Prazo 53.560 Realizável a Longo Prazo 88.987 Empréstimos bancários 53.560 Depósitos Compulsórios 2.3 Patrimônio Líquido 377.556 Empréstimos a sócios Capital Social 320.000 Empréstimos a firmas coligadas Reserva Legal 25.000 Contas a receber 88.987 Lucros acumulados 32.556 Investimentos 51.000 Ações de Coligadas 51.000 Incentivos Fiscais Obras de arte Imobilizado 258.620 Móveis e utensílios 43.434 Terrenos 76.543 Veículos 138.643 Intangível 120.000 Ponto Comercial 120.000 Análise Contábil Liquidez Imediata 73,95% Liquidez Corrente 150,03% Liquidez Seca 119,44% 40 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Liquidez Geral 152,72% Solvência Geral 286,44% Endividamento 34,91% Garan. de C. Terceiro 85,09% Simulação de DRE da empresa C A do Nascimento Paraibuna Ltda - EPP Demonstração do Resultado Vendas Brutas 165.000 Deduções de Vendas 66.789 Descontos Incondicionais (a vista) Margem do Lucro Bruto Devolução de Vendas 3.245 20,69% Vendas canceladas Margem do Lucro Operacional ICMS Sobre Vendas 5.100 2,93% PIS sobre Faturamento 1.089 Margem do Lucro Líquido CONFINS sobre faturamento 4.950 11,17% Vendas Líquidas 98.211 Custo das Mercadores Vendidas - CMV 77.889 Lucro Bruto 20.322 Outras Receitas Operacionais 3.200 Receita de juros 3.200 Despesas Operacionais 20.645 Despesa Material de Escritório 2.300 Despesa Salários 16.000 Despesa de Combustível 2.345 Despesa com Comissões Lucro Operacional 2.877 Receita Não Operacional 12.000 Lucro na venda de uma máquina 12.000 Despesas não Operacionais 250 41 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Prejuízo na venda de veículos 250 Lucro antes a CS e o IR 14.627 Provisão para Contribuição Social sobre o Lucro 1.463 Provisão para IR 2.194 Lucro após a CS e o IR 10.970 Lucro Líquido do Exercício 10.970 42 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa 5. QUALIDADE A busca pela melhoria dos serviços e produtos (qualidade), foi quem movimentou os diversos segmentos da indústria e a economia nacional, tendo sua motivação principal, iniciada pela competitividade do mercado com a globalização econômica. 5.1 CONCEITO Qualidade não é um concito novo, este tipo de preocupação já vem de épocas remotas das épocas antigas, embora não houvesse naquele período uma noção muito clara do que fosse Qualidade. Tal noção evoluiu ao longo dos tempos, em devido as especificações de cada período que foi apresentada na história do desenvolvimento humano (Paladini, 1995). A preocupação com os processos, é o que se pode contar como mais recente considerada mais o menos recente. Não são apenas os processos fabris que podem ser considerados como recente, mas também, os processos de que a empresa lança mão para atender e satisfazer os consumidores. Este tipo de preocupação seja com os processos industriais, seja com os processos administrativos, todos eles são conhecidos como ou apenas TQC (Robles Jr., 1996). A qualidade é, no entender de Toledo (1987), a palavra-chave mais difundida no meio empresarial e, concomitantemente, existe pouco entendimento sobre o que é qualidade. Ele afirma também que os próprios teóricos da área reconhecem a dificuldade de se definir, precisamente, o que seja o atributo qualidade de um produto. Essa dificuldade existe principalmente porque a qualidade pode assumir distintos significados para diferentes pessoas e situações. Paladini (1997) menciona que dificilmente encontrar-se-á uma definição de qualidade com tanta propriedade em tão poucas palavras quanto Juran, ao conceituar a Qualidade como adequação ao uso. Talvez este seja um dos conceitos mais disseminados na literatura sobre o tema. Já Garvin (1992) prefere, em vez de um conceito, adotar diversas dimensões da qualidade. Identificou, então, oito categorias: Desempenho, Características, Confiabilidade, 43 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Conformidade, Durabilidade, Atendimento, Estética e Qualidade percebida. Afirma que cada categoria é estanque e distinta, pois um produto ou serviço pode ser bem cotado em uma dimensão, mas não em outra, estando em muitos casos inter-relacionadas. Frisa também que, como conceito, a qualidade existe há muito tempo, porém apenas recentemente passou a ser utilizada como uma forma de gestão. Taguchi apud Nakagawa (1993) desenvolveu uma metodologia que define o termo qualidade mediante a função perda, que permite mensurá-la em unidades monetárias e associá-la à tecnologia do produto. Essa metodologia permite mensurar o impacto das perdas do produto e minimizá-las não somente para o cliente, mas também à sociedade, a longo prazo. Ainda sobre Taguchi, Paladini (1997) diz que, para ele, “a qualidade é a perda monetária imposta à sociedade a partir do momento que o produto sai da fábrica”, ou seja, do ponto de vista de valor agregado, pode-se conceber a qualidade de um produto como determinada “pelas perdas econômicas” provocadas à sociedade, como um todo, desde o instante em que ele é colocado à venda. Um produto de qualidade, na visão do consumidor, é aquele que atende às necessidades e que esteja dentro de sua possibilidade de compra, ou seja, tenha preçojusto, segundo Csillag (1991). Para Feigenbaum apud Coral (1996), qualidade é determinação do cliente, e não a determinação da engenharia nem de e nem da alta administração. A qualidade deve estar baseada na experiência do cliente com o produto e o serviço, medidos por meio das necessidades percebidas que representem uma meta num mercado competitivo. Qualidade de produto e serviços pode ser definida, então, como a combinação de características de produtos e serviços referentes a marketing, engenharia, produção e manutenção, mediante as quais produtos e serviços em uso corresponderão à expectativa do cliente. Crosby (1994) definiu qualidade em termos concisos, ao conceituá-la como “qualidade é conformidade com os requisitos”. Assim, se um produto satisfaz todos os requisitos para este produto de acordo com seu modelo-padrão, ele é um 44 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa produto de qualidade. Se o produto for fabricado corretamente na primeira vez, então os desperdícios seriam eliminados, e a qualidade não seria dispendiosa. Oakland (1994) afirma que a noção de qualidade depende fundamentalmente da percepção de cada um. O que tem qualidade para algumas pessoas pode não suprir as necessidades de outras, ou seja, o conceito de qualidade dependeria da percepção pessoal do indivíduo. Já Moller (1992) concebe a qualidade por meio de dois fatores: a Qualidade Técnica e a Qualidade Humana. Entende por qualidade técnica “ lucros”, pois esta visa a satisfazer as exigências e expectativas concretas, como tempo, qualidade, finanças, taxa de defeitos, função, durabilidade, segurança e garantia, por exemplo. A qualidade humana está “ além dos lucros”, ou seja, visa a satisfazer expectativas e desejos emocionais, como lealdade, comprometimento, consistência, comportamento, credibilidade, atitudes, atenção. Ressalta que os dois conceitos são complementares. Para Ishikawa apud Caravantes (1997), a gestão da qualidade consiste em desenvolver, criar e fabricar mercadorias mais econômicas, úteis e satisfatórias para o comprador. Administrar a qualidade seria também administrar o preço de custo, o preço de venda e o lucro. Caravantes (1997) afirma que também as empresas têm sua própria visão de qualidade. Para a Federal Express (EUA), por exemplo, qualidade quer dizer fazer tudo certo na primeira vez, tendo como resultado final clientes unanimemente satisfeitos. Já a empresa americana Lockheed tem a qualidade como uma filosofia e atitude que visa à análise das capacidades e processos e a melhoria contínua destes com o objetivo de satisfazer o consumidor. A maioria das diversas abordagens mencionadas compartilha um ponto em comum, que é a satisfação das necessidades do consumidor. Essa satisfação pode estar representada, por exemplo, na adequação ao uso defendida por Juran; nas características de produtos ou serviços que correspondam às expectativas do cliente; nas dimensões da qualidade de Garvin (onde o cliente prioriza uma ou mais destas dimensões). Encontra-se, ainda, na dependência da percepção pessoal de qualidade do indivíduo (Oakland); no atendimento das necessidades do cliente dentro de suas possibilidades de compra 45 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa (Csillag) e também na visão de Ishikawa (apud Caravantes), na qual os produtos devem ser úteis e satisfatórios para o comprador. Após terem sido comentados os conceitos de Custos e as definições de Qualidade individualmente, passa-se à abordagem conjunta dos dois termos, isto é, dos Custos da Qualidade. Fonte: Livro Custos da Qualidade uma abordagem prática. 5.2 EVOLUÇÃO DA QUALIDADE Após a revolução industrial e a criação crescente de departamentos nas indústrias, tornou-se necessário um controle ainda maior e melhor dos produtos produzidos. Iniciou-se a partir deste ponto, o controle de qualidade, controle este que passou a ser exercido pelos inspetores que realizavam o controle de produção, deixando de ser executado pelos mestres. Entretanto, com o deslocamento deste tipo de atividade, tornando necessário a criação de um novo setor independente, criou-se uma certa incompatibilidade entre os setores de produção e do controle, em face a estes conflitos, a direção das empresas adotaram novos “métodos administrativos “, com a participação de todas as áreas e departamentos da empresa com principal objetivo de alcançar a qualidade tão almejada. Com esta nova configuração a administração tomou dois rumos diferentes. Nos EUA a qualidade era focada em aspectos normais da produção de produtos e com a preocupação junto a segurança dos projetos militares, nucleares e espaciais, e passou a ser conhecida como “Quality Assurence” (Garantia de Qualidade). Já no Japão, em consequência do pós-guerra e a necessidade de sobrevivência, este tipo de discursão sobre qualidade teve início com especialista americano Joseph M Juran e W. Edwards Deming, considerado o pai da qualidade total. O quadro abaixo visa demonstrar a escala evolutiva da função qualidade através do tempo. 46 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Joseph Moses Juran foi um dos mestres da gestão da qualidade. Nascido em 24 de dezembro de 1904, na cidade de Braila, na Romênia, após 1904 Juran e sua família se mudaram para Gurahumora, uma vila que fazia parte do Império Austro-Húngaro. Em 1909, seu pai, Jakob, deixa a família para ir morar nos EUA e, depois, em 1912, Juran e o restante da família vai para Minnesota (EUA) encontrar Jakob. Fonte: http://www.infoescola.com/biografias/joseph-juran/ William Edwards Deming — também conhecido apenas por Deming — foi pioneiro tanto nos estudos como na aplicação de melhorias no âmbito da qualidade. Dentre seus trabalhos mais proeminentes podemos destacar a teoria de gerência, chamada de Sistema do Conhecimento Profundo, e os 14 pontos para um ambiente de trabalho otimizado. Muito mais que um estudioso, Dr. Deming foi responsável por dar aplicabilidade a seus conhecimentos e suas teorias no que diz respeito à melhora efetiva da qualidade. Não é à toa que, passados mais de 20 anos de sua morte, seu nome continua vinculado a essa significativa evolução. Quer saber mais sobre esse expoente da melhoria contínua? Então acompanhe: 47 RA: 1718196 – Paulo Ricardo Moreira Costa Fonte:http://blog.qualidadesimples.com.br/2015/11/23/conheca-william-edwards- deming-pai-da-evolucao-na-qualidade/ 5.3 HITÓRIA DA QUALIDADE Existem apontamentos, de que a qualidade existe desde os tempos dos chefes tribais, reis e faraós durante os seus governos. As pessoas denominadas inspetores, aceitavam ou rejeitavam os produtos de acordo com as especificações governamentais e suas exigências. Como por exemplo: Uma disposição contida no código de Hamurabi, 1700 a.C.: Art. 25 § 227 - "Se um construtor edificou uma casa, mas não reforçou seu trabalho, e a casa que construiu caiu e causou a morte do dono da casa, esse construtor será morto"; Os fenícios amputavam as mãos do fabricante de um produto fora de especificação; Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/academico/um-breve-historico- da-qualidade/79626/ O movimento da qualidade em cada organização, se iguala com a qualidade ao longo dos tempos, até os dias de hoje. Com a Revolução Industrial, os artesãos foram perdendo sua clientela, com isto, os trabalhos manuais que utilizavam a mão de obra, foi substituída por trabalhos mecânicos, devido a esta substituição se tornou necessário inspecionar todos os processos,
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