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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
 
SUMÁRIO 
 
MÓDULO I 
 
1 A VISÃO GERAL DO MESTRE DE OBRAS 
1.1 LEITURA DE PROJETOS 
1.2 O ORÇAMENTO 
1.3 ORGANOGRAMA DE UMA OBRA 
1.4 FLUXOGRAMA DE UMA OBRA 
1.5 CÓDIGO DE OBRAS E LEGISLAÇÕES 
1.6 INSTALAÇÕES 
1.6.1 Instalações Elétricas 
1.6.2 Instalações Hidrossanitárias 
1.6.3 Instalações de Gás 
1.6.4 Instalações Especiais 
 
MÓDULO II 
 
2 O CANTEIRO DE OBRAS 
2.1 IMPLANTAÇÃO 
2.2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO 
2.3 GABARITO E LOCAÇÃO 
2.4 INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS 
2.5 FUNDAÇÕES 
2.5.1 Sapatas 
2.5.2 Estacas 
2.5.3 Radier 
2.6 EQUIPAMENTOS 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
 
MÓDULO III 
 
3 ESTRUTURA 
3.1 SISTEMA ESTRUTURAL 
3.1.1 Pilares 
3.1.2 Lajes 
3.1.3 Vigas 
3.2 CONCRETO ARMADO 
3.3 ARMADURA 
3.4 FORMAS 
 
MÓDULO IV 
 
4 SISTEMA EXECUTIVO 
4.1 ALVENARIAS 
4.1.1 Cerâmica e Vidro 
4.1.2 Concreto Celular 
4.1.3 Placas Cimentícias 
4.1.4 Sistemas Especiais 
4.2 REVESTIMENTOS 
4.2.1 Elementos dos Revestimentos de Argamassa de Cimento 
4.3 IMPERMEABILIZAÇÕES 
4.4 INSTALAÇÕES – MATERIAIS 
4.4.1 Elétrica 
4.4.2 Hidrossanitárias 
4.4.3 Gás 
4.4.4 Especiais 
 
MÓDULO V 
 
5 ACABAMENTOS 
5.1 PISOS 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
5.2 PAREDES 
5.3 MADEIRA 
5.4 REVESTIMENTOS ESPECIAIS 
5.5 TINTAS E VERNIZES 
5.6 LOUÇAS E METAIS 
5.7 ILUMINAÇÃO 
5.8 ESQUADRIAS 
5.9 PAISAGISMO E URBANIZAÇÃO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
 
 
MÓDULO I 
 
 
1 A VISÃO GERAL DO MESTRE DE OBRAS 
 
 
1.1 LEITURA DE PROJETOS 
 
 
Para o bom entendimento da leitura e interpretação de projetos, é 
necessário obter o conhecimento de alguns instrumentos utilizados para a leitura 
dos desenhos e as noções técnicas relacionadas com os projetos de construção 
civil. 
A parte mais importante no que diz respeito aos projetos relacionados à 
construção civil é a representação gráfica. A representação gráfica é o meio que o 
projetista utiliza para expressar suas ideias e cálculos. Atualmente, o computador é 
uma ferramenta indispensável para a realização da representação gráfica de 
projetos, por meio da utilização de programas específicos, como o AutoCAD. 
Segundo BRABO (2009), um projeto é um conjunto de passos normativos, 
voltados para o planejamento formal de uma obra, regulamentado por um conjunto 
de normas técnicas e por um código de obras. 
As fases de um projeto são: 
• Estudo preliminar; 
• Estudo da viabilidade de um programa e do partido arquitetônico a ser 
adotado para sua apreciação e aprovação pelo cliente; 
• Anteprojeto; 
• Definição dos elementos construtivos, considerando os projetos 
complementares (estrutura, instalações, etc.). Nesta etapa, o projeto deve receber 
aprovação final do cliente e dos órgãos oficiais envolvidos e possibilitar a 
contratação da obra. 
• Projeto executivo. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
• Apresenta, de forma clara e organizada, com todas as informações 
necessárias à execução da obra e todos os serviços inerentes. 
 
 
Materiais e Instrumentos 
 
Escalímetro 
É uma espécie de régua graduada em formato triangular, trazendo seis 
escalas de medição diferentes. No mercado existem vários padrões de escalímetro, 
variando de acordo com o tipo de escala. 
O escalímetro traz as escalas de 1:20 (lê-se: "um para vinte"); 1:25; 1:50; 
1:75; 1:100 e 1:125 (também pode ser representada da seguinte forma: 1/20; 1/25; 
1/50; 1/75; 1/100 e 1/125). Outro tipo existente é o escalímetro de bolso, que possui 
cinco lâminas, contendo dez escalas de 1:15; 1:20; 1:25; 1:30; 1:33; 1:40; 1:50; 
1:100; 1:125 e 1:175, com dimensões de 18,5 x 2,0 cm. 
 
 
FIGURA 1 - FESCALÍMETRO TRADICIONAL E DE BOLSO 
 
 
FONTE: Disponível em: <www.trident.com.br>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
 
 
Escala Numérica 
O termo escala pode ser entendido como sendo a relação entre cada medida 
do desenho e a sua dimensão real no objeto. Ou seja, é uma relação de 
proporcionalidade encontrada entre ambos, podendo ser de redução ou ampliação. 
Na construção civil as escalas sempre serão de redução, devido às 
características das edificações serem de grande porte. Quanto à escala de 
ampliação, é mais comum nas áreas da mecânica e microeletrônica, em que 
algumas peças são minúsculas e precisam ser desenhadas de maneira ampla para 
facilitar a compreensão de seus detalhes. 
As escalas podem ser classificadas como numérica ou gráfica. A numérica é 
representada por números. Já a gráfica é a representação da numérica por meio de 
um gráfico, normalmente utilizada em mapas geográficos. 
 
 
FIGURA 2 - EXEMPLO DE ESCALA GRÁFICA 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
Uma forma de obter a escala (BRABO, 2009), pode ser realizada por fórmula: 
 
1/M = D/R 
 
onde: 
1/M: módulo da escala 
D: comprimento de linha no desenho 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
R: comprimento de linha no terreno (real) 
 
Exemplo de como representar algumas medidas em escala utilizando uma 
régua comum, por meio da fórmula que corresponde a uma regra de três simples. 
 
Um terreno tem 10 m de frente, qual a medida pode representar essa 
dimensão no papel, na escala de 1:50? 
 
Representar em escala uma grandeza de 10 metros na escala 1:50, é 
desenhar essa medida cinquenta vezes menor do que sua medida real. 
Estabelecer a seguinte relação: 1/50 = D/R. 
onde; 
D= uma medida no desenho a ser calculada. 
R= a mesma medida feita no terreno (a medida real) = 10 m. 
1/M = D/R 
1/50 = D/10 
 D = 10/50 
 D = 0,2 m 
Só para lembrar: 1 m = 100 cm, logo; 0,2 m = 20 cm. 
Conclusão: 
Um terreno de 10 m de frente vai ser representado na escala de 1:50 no 
papel, com 20 cm. 
Observe que a resposta foi dada na mesma unidade de medida da pergunta 
do problema, em metros. Sendo que para a utilização da régua normal, deve 
transformar essa unidade para centímetros. 
 
Cotas 
São os números que representam às dimensões do que está sendo 
representado pelo desenho. Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas 
significam a verdadeira grandeza das dimensões. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
 
Regras básicas: 
 As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que 
permita a leitura com o desenho na posição normal e o observador a sua direita; 
 Os algarismos devem ser colocados acima da linha de cota, quando 
esta for contínua; 
 Todas as cotas de um desenho devem estar na mesma unidade de 
medida; 
 Uma cota não deve ser cruzada por umalinha do desenho; 
 As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção da medida; 
 Passar as linhas de cota de preferência fora da área do desenho; 
 Evitar a repetição de cotas; 
 O valor das cotas prevalece sobre as medidas calculadas, tendo como 
base o desenho. 
 
 
FIGURA 3 - ILUSTRAÇÃO QUE EXEMPLIFICA ALGUMAS FORMAS DE COTAS 
 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978) 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
 
 
Projeção Ortogonal 
A projeção ortogonal é o meio ou técnica, que possibilita a representação 
gráfica (ou desenho) dos vários lados de um elemento. No caso da construção, 
utilizada para representação de fachadas externas de uma edificação. 
 
 
FIGURA 4 - ILUSTRAÇÃO DO REBATIMENTO DAS VISTAS DE UMA CASA NUM 
PLANO 
 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978). 
 
FIGURA 5 - ILUSTRAÇÃO DAS VISTAS DE UMA CASA 
 
 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
 
O conhecimento das projeções ortogonais auxilia a compreensão do projetista 
na elaboração dos desenhos, auxiliando-o na construção do projeto. 
 
Tipologia de Traços 
A compreensão de um projeto (ou desenho) está relacionada intimamente aos 
traços que o compõem. Cada tipo de linha vai passar uma informação ao leitor que o 
auxilia na correta interpretação do desenho. Saber reconhecer, portanto, cada tipo 
de linha é uma atividade indispensável ao profissional da construção civil, pois ela 
trará informações importantes para execução de um projeto. 
Existe um padrão utilizado pelo desenho técnico em relação às espessuras e 
os tipos de traços. 
Esses devem ser: 
 Linha contínua e traço grosso: Devem ser utilizados nas partes interceptadas 
pelos planos de corte (planta baixa, cortes transversais e longitudinais), nas 
partes que se encontram mais próximas do observador. 
 Linha contínua e traço mais suave: Nas partes mais distantes do primeiro 
plano. Nas linhas paralelas e pouco afastadas entre si. 
 Linha tracejada e traço suave: Nas projeções das coberturas, no contorno das 
paredes quando oculto pela cobertura ou quando o plano representado está 
acima ou abaixo do plano de corte que deu origem a planta baixa. 
 Linha traço e ponto e traço suave: Na projeção da caixa dágua, quando 
representada na planta baixa e nas linhas utilizadas como eixos. 
 Linha de ruptura ou zig-zag e traço suave: Secciona parte de um projeto, 
limitando sua área de representação. Seja para mostrar detalhadamente ou 
restringir uma área predeterminada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
 
 
FIGURA 6 - ILUSTRAÇÃO DOS TIPOS DE LINHAS UTILIZADOS EM PROJETOS 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
FIGURA 7 - EXEMPLO DE LINHA EM PROJETO 
 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
O Projeto 
O projeto pode ser entendido como sendo o elemento de registro gráfico e 
comunicação das características de uma obra. O projeto deve ser constituído por 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
algumas representações gráficas, tais como: planta de situação, planta de locação, 
planta de cobertura, planta baixa, cortes (transversal e longitudinal), fachadas, 
detalhes técnicos e perspectivas. 
 
Planta de Situação 
É a representação gráfica do projeto que indica as dimensões do terreno 
(lote), a quadra, lotes vizinhos, orientação magnética (norte geográfico), ruas de 
acesso e opcionalmente pontos de referência. Essa representação vai localizar o 
terreno dentro de um perímetro urbano ou até mesmo rural, facilitando sua 
identificação junto aos órgãos públicos competentes na regularização e fiscalização 
da obra. 
Os dados fornecidos em uma planta de situação devem necessariamente 
estar em acordo com a escritura pública do terreno, oficializando junto aos órgãos 
públicos o título de propriedade daquela área. 
A Planta de Situação abrange uma área relativamente grande, por isso, 
normalmente é desenhado em escalas pequenas, ex.: 1/500, 1/750, 1/1000, etc. 
 
 
FIGURA 8 - ILUSTRAÇÃO DE UMA PLANTA DE SITUAÇÃO, COM TODOS OS 
DADOS NECESSÁRIOS A PERFEITA IDENTIFICAÇÃO DO TERRENO 
 
FONTE: (BEZERRA, 2010) 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
 
 
Planta de Locação 
É a representação gráfica do projeto que indica a posição da construção no 
terreno. Podendo ser indicado também muros, portões, vegetação existente, 
orientação magnética (norte geográfico), passeio público e opcionalmente 
construções vizinhas. 
Nesse tipo de representação, por se tratar de um tipo de vista superior, o 
observador identifica em primeiro plano a cobertura, tendo a representação das 
paredes externas da construção, abaixo da cobertura desenhada com linha 
tracejada e traço suave (MONTENEGRO, 1978). 
A Planta de locação é o ponto de partida para o início de uma obra. Porque 
representa graficamente a sua marcação no terreno. Normalmente é desenhado em 
escalas médias, ex.: 1/200, 1/250, 1/500. 
Na planta de locação identificamos as dimensões do terreno conforme o 
registro de imóveis, os afastamentos da construção em relação aos limites laterais, 
frontal e de fundos, a presença de calçadas, piscinas etc. 
 
 
FIGURA 9 - ILUSTRAÇÃO DE UMA PLANTA DE LOCAÇÃO 
 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978) 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
 
 
Planta Baixa 
Desenho que representa graficamente a projeção horizontal de uma 
edificação ou partes dela. Pode-se entender como sendo a seção horizontal 
resultante da intersecção de um plano de nível acima e paralelo do piso 
(normalmente a 1,50 m) em uma edificação, representando consigo portas, janelas, 
peças sanitárias, chuveiro e opcionalmente mobiliário de ambientação interna. 
As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75. Para entender com clareza esta 
importante representação gráfica, basta imaginar uma superfície plana, cortando 
uma casa ao meio e retirando a parte superior, nesse plano ficaria desenhado o 
contorno das paredes, portas e janelas. Estaria representada ali a planta baixa 
dessa casa. 
 
 
FIGURA 10 - Ilustração do plano cortando uma casa ao meio. 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itens que compõem a planta baixa: 
 Paredes; 
 Janelas; 
 Portas; 
 Cotas; 
 Cotas de nível; 
 Projeções; 
 Indicação dos cortes; 
 Indicação do norte; 
 Escada; 
 Rampas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 17 
 
 
FIGURA 11 - ILUSTRAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO EM PLANTA BAIXA DA CASA, 
DESTACANDO AS SEÇÕES DAS PAREDES, PORTAS E JANELAS 
 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978) 
 
 
FIGURA 12 - EXEMPLO DE PLANTA BAIXA DE CASA PARA VENDA 
 
FONTE: Disponível em: <www.ricardoregueira.com>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 18 
 
 
Cortes 
Desenhos que representam graficamente a projeção de uma seção vertical 
(ou plano) de uma edificação. Utilizado para representar detalhes que não aparece 
em planta baixa, indica seu pé-direito, altura de elementos construtivos, vistas de 
elementos estruturais, altura de portas e janelas, cobertura, bancadas etc. 
Seu objetivo é esclarecer o observador do projeto por meio de planos de 
interseção longitudinal e transversal, dando uma terceira dimensão a leitura e 
interpretação do projeto. 
Sua indicação vem representada em planta baixa por uma linha do tipo traço 
e ponto ou tracejada. As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75. 
Recomenda-se que a identificação dos cortes em uma planta, seja feita por 
letras consecutivas, evitando assim, equívocos que poderiam acontecer em 
indicações do tipo AA’ e BB’ (MONTENEGRO, 1978). 
A escolhada seção de corte em uma planta baixa pode ser influenciada por 
uma série de fatores, dependendo do grau de detalhes que se pretenda demonstrar. 
Porém, recomenda-se que pelo menos um dos cortes passe pelo banheiro, 
visualizando o sanitário, lavatório e chuveiro. Existindo pavimento superior, a 
posição do corte deve passar pela escada, mostrando detalhes dos degraus e as 
alturas de seus espelhos (face vertical). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 19 
 
 
FIGURA 13 - A REPRESENTAÇÃO DE UMA INTERSEÇÃO, CORTANDO UMA 
CASA NO SENTIDO TRANSVERSAL, DESTACANDO AS SEÇÕES DAS 
PAREDES, PORTAS E JANELAS 
 
FONTE: (MONTENEGRO, 1978). 
 
 
FIGURA 14 - CORTE LONGITUDINAL QUE PASSA PELA ESCADA E BANHEIRO 
 
FONTE: (BEZERRA, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 20 
 
 
FIGURA 15 - CORTE LONGITUDINAL QUE PASSA PELA ÁREA DE SERVIÇO E 
BANHEIROS 
 
FONTE: (BEZERRA, 2010). 
 
 
Fachadas 
Desenho que representa graficamente as faces externas do edifício (frontal e 
lateral). As fachadas podem ser interpretadas como a representação daquilo que se 
almeja construir. 
Em geral, nas fachadas especificam os materiais de revestimentos externos, 
funcionamento de esquadrias, paginação de cores, indicação de detalhes técnicos, 
etc. As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 21 
 
 
FIGURA 16 - ILUSTRAÇÃO DE UMA FACHADA FRONTAL 
 
FONTE: (BEZERRA, 2010). 
 
 
FIGURA 17 - FACHADA LATERAL 
 
FONTE: (BEZERRA, 2010). 
 
 
Detalhes Técnicos 
Desenho que representa graficamente detalhes construtivos de um elemento 
específico ou estrutural do edifício, para detalhe com precisão nas plantas e cortes. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 22 
Pode ser detalhe interno ou externo ao prédio. 
 
 
FIGURA 18 - DETALHE TÉCNICO DA INSTALAÇÃO DE UM APARELHO 
SANITÁRIO ADAPTADO A PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS 
 
FONTE: (BEZERRA, 2010) 
 
 
Convenções e Símbolos 
No Brasil, a representação gráfica do projeto, corresponde às normas 
editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as 
principais: 
• NBR 6492 - Representação de projetos; 
• NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico. 
 
Elementos do Projeto 
Os elementos do projeto são diferenciados em dois pontos: 
- O próprio projeto (o objeto representado); 
- O conjunto de símbolos, signos, cotas e textos que o complementam. 
 
As principais categorias do desenho são: as plantas, os cortes, as seções e 
as elevações. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 23 
 
Paredes 
Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 
cm, mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes 
externas o uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não 
obrigatório. É, no entanto obrigatório o uso de paredes de 20 cm de espessura 
quando esta se situa entre dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais, etc.). 
 
Portas 
 
Portas de correr 
 
 
FIGURA 19 - EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO DE PORTAS DE CORRER 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
Porta interna - Geralmente a comunicação entre dois ambientes não há 
diferença de nível, ou seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma 
cota. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 24 
 
 
FIGURA 20 - ILUSTRAÇÃO DE PORTAS INTERNAS 
 
FONTE: (Autor). 
 
 
Porta externa - A comunicação entre os dois ambientes (externo e interno) 
possuem cotas diferentes, ou seja, o piso externo é mais baixo. Nos banheiros a 
água alcança a parte inferior da porta ou passa para o ambiente vizinho; os dois 
inconvenientes são evitados quando há uma diferença de cota nos pisos de 1 a 2 cm 
pelo menos. Por essa razão as portas de sanitários desenham-se como as externas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 25 
 
 
FIGURA 21 - ILUSTRAÇÃO DE PORTAS EXTERNAS 
 
 
FONTE: (Autor). 
 
 
Portas de Abrir 
 
FIGURA 22 - EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO DE PORTAS DE ABRIR 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 26 
 
 
Janelas 
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 
1,50m, sendo estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a 
primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para 
janelas em que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas 
invisíveis. 
 
 
FIGURA 23 - ESQUEMA DE JANELAS 
 
 
FONTE: (Autor). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 27 
 
 
FIGURA 24 - ESQUEMA DE JANELA 
 
FONTE: (Autor). 
 
 
Representação de janelas acima ou abaixo do plano de corte (h=1,50 m) 
 
 
FIGURA 25 - EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO DE JANELAS ACIMA OU ABAIXO 
DO PLANO DE CORTE 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 28 
 
 
Níveis 
São cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada 
referência de nível pré-fixada pelo projetista e igual a zero. 
Regras principais para as cotas altimétricas: 
• Colocar dos dois lados de uma diferença de nível; 
• Indicar sempre em metros, na horizontal; 
• Evitar repetição de níveis próximos em planta e não marcar sucessão de 
desníveis iguais (escada). 
 
 
FIGURA 26 - EXEMPLO DE COTAS DE NÍVEIS 
 
FONTE: (BRABO, 2010). 
 
 
Em planta baixa, os pisos são apenas distintos em comuns ou impermeáveis. 
Os impermeáveis são representados apenas nas “áreas úmidas”, ou seja, 
áreas dotadas de equipamentos hidráulicos, sacadas, varandas, etc. O tamanho do 
reticulado constitui uma simbologia, não tendo a ver necessariamente com o 
tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 29 
Comum Impermeável 
 
 
 
 
 
Legenda 
Usada para a informação, indicação e identificação do desenho: 
 Designação da empresa; 
 Projetista; 
 Local; 
 Data; 
 Assinatura; 
 Conteúdo do desenho; 
 Escala; 
 Número do desenho; 
 Símbolo de projeção; 
 Logotipo da empresa; 
 Unidade empregada. 
 
 
FIGURA 27 - EXEMPLO DE LEGENDA DE PROJETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 30 
 
 
Outras informações do projeto 
 Legenda de Esquadrias: P (portas); J (janelas); Quadro de áreas: 
legenda que apresenta área do terreno, área construída e áreas de permeabilidade 
(jardim). 
 Especificações de materiais de acabamento: piso, parede e forro. 
 
 
FIGURA 28 
 
Exemplo de quadro de janelas, portas e àreas do projeto, FONTE: (BRABO, 2009). 
 
Escadas 
As escadas são constituídas por: 
 Degraus: pisos + espelhos; 
 Pisos: pequenos planos horizontais que constituem a escada; 
 Espelhos: planos verticais que unem os pisos; 
 Patamares: pisos de maior largura que sucedem os pisos normais da 
escada, geralmente ao meio do desnível do pé direito, com o objetivo de facilitar a 
subida e o repouso temporário do usuário da escada; 
 Lances: sucessão de degraus entre planos a vencer, entre um plano e 
um patamar, entre um patamar e um plano e entre dois patamares; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 31 
 Guarda-corpo e corrimão:proteção em alvenaria, balaústre, grades, 
cabos de aço etc., na extremidade lateral dos degraus para a proteção das pessoas 
que utilizam a escada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 32 
 
 
FIGURA 29 - EXEMPLO DE DETALHAMENTO DE ESCADAS EM PROJETO 
 
FONTE: (BRABO, 2009). 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
 
 
1.2 O ORÇAMENTO 
 
 
Elaborar um orçamento exige um processo ao qual se denomina 
orçamentação. A técnica orçamentária exige identificação clara do produto e ou 
serviço, descrição correta, quantificação, análise e valorização de uma série de 
itens, requerendo técnica, atenção e, principalmente, conhecimento de como se 
executa uma determinada obra e/ou serviço. 
O conhecimento detalhado do serviço, a interpretação detalhada dos 
desenhos, planos e especificações da obra lhes permite a melhor maneira de 
realizar cada tarefa de uma obra, bem como identificar a dificuldade de cada serviço 
e consequentemente seus custos. 
Além dos serviços identificados e extraídos do projeto, existem outros 
parâmetros que devem ser identificados, como é o caso das chuvas, condições do 
solo, acesso, dificuldades de abastecimento de materiais, flutuações na 
produtividade dos operários e despesas indiretas, tais como: água, luz, telefone, 
refeições, combustíveis, manutenção do canteiro, etc. 
A elaboração de um orçamento pode determinar o sucesso ou fracasso de 
uma empresa construtora e/ou construtor, um erro no orçamento acarreta 
imperfeições, frustrações, falta de credibilidade e prejuízos a curto e médio prazo. 
O orçamento é à base de fixação do preço de um determinado projeto ou 
empreendimento, é uma das mais importantes áreas no negócio da construção civil. 
Executar um orçamento, não pode ser considerado um jogo de adivinhação, 
deve ser um trabalho bem executado com critérios, normas, regras e utilização de 
informações confiáveis; para que o verdadeiro custo de um empreendimento se 
aproxime ao máximo da estimativa de custo realizado, ou seja; nenhum orçamento 
fixa de antemão o valor exato dos custos, o que um bom orçamento realmente 
consegue é uma estimativa de custos bem precisa em função da qual a empresa 
construtora irá atribuir o seu melhor Preço de Venda. 
Em geral, um orçamento é elaborado considerando-se: 
• Custos diretos: mão de obra de operários, materiais e equipamentos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
Aqueles diretamente relacionados com os serviços a serem feitos na obra; 
• Custos indiretos: equipes de supervisão e apoio, despesas gerais com 
o canteiro de obras, taxas, etc. 
Aqueles que não estão diretamente relacionados com os serviços, mas 
fazem parte da estrutura organizacional da empresa construtora e da administração 
da obra. 
Em relação aos custos indiretos, são as despesas reletivas às instalações do 
escritório, aluguel, condomínio, luz, telefone, etc; despesas com pessoal 
administrativo (diretor, gerente, contador, secretária e outros), com comercialização 
(montagem de propostas, visitas a clientes, marketing, brindes, etc.), despesas com 
apoio técnico de escritório com obras e horas ociosas (pessoal parado por falta de 
serviço). 
 
• Preço de venda: Incluindo custos diretos e indiretos, adicionando-se os 
impostos e lucro da operação. 
O preço final de um orçamento em uma planilha de vendas, proposta por 
uma construtora ou construtor não deve ser tão baixo a ponto de não permitir lucro, 
e também não deve ser tão alto a ponto de não ser competitivo com outras 
empresas na disputa da realização de determinado serviço ou empreendimento. 
Na elaboração de um orçamento, duas empresas construtoras chegarão 
sempre a orçamentos bem distintos e diferentes para uma determinada 
concorrência; porque diferentes são os critérios utilizados, a metodologia de 
levantamento de quantidade, as técnicas e métodos utilizados para a execução de 
obra, os preços coletados, o BDI (Bonificação de Despesas Indiretas) adotado pelas 
empresas, dentre outros fatores. 
Em resumo, pode-se afirmar que o orçamento reflete a ideologia e as 
premissas de uma construtora, constituindo-se em um produto que define a 
qualidade e competência da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 35 
 
 
1.3 ORGANOGRAMA DE UMA OBRA 
 
 
Um organograma é um gráfico que representa a estrutura formal de uma obra 
em um determinado momento, deve ser usado como instrumento de trabalho, tendo 
os requisitos: 
• Fácil leitura; 
• Permitir boa interpretação dos componentes da organização; 
• Fazer parte de um processo organizacional de representação estrutural; 
• Ser flexível. 
 
O objetivo do organograma é demonstrar a divisão do trabalho, dividindo a 
organização em frações organizacionais (partes menores), destacando a relação 
superior-subordinado e a delegação de autoridade e responsabilidade. Também 
procura evidenciar o trabalho desenvolvido em cada unidade, detalhando: 
• O tipo de trabalho desenvolvido; 
• Os cargos existentes; 
• Os nomes dos titulares; 
• Quantidade de pessoas por unidade; 
• A relação funcional além da relação hierárquica; 
• Facilitar a análise organizacional. 
Permite detectar: 
• Funções importantes negligenciadas e funções secundárias com 
demasiada importância; 
• Funções duplicadas ou mal distribuídas; 
• Auxilia a graduar trabalhos e tarefas e uniformizar cargos; 
• Auxilia a visualizar o todo organizacional, as necessidades de 
mudanças e o crescimento da empresa. 
Limitações: 
• Exibe apenas uma dimensão dos relacionamentos existentes entre indivíduos 
e as frações organizacionais; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 36 
• Mostra as relações que devem existir e não a realidade existente. 
 
 
Regras gerais: 
• Deve conter nome da obra, autor, data e número; 
• Deve ser mostrada a referência de outros gráficos; 
• Para análise, deve apresentar a estrutura existente. 
• Cada função pode ser representada por um retângulo: 
• Os retângulos devem conter os títulos dos cargos; 
• Se há necessidade do nome do ocupante, este deve aparecer fora do 
retângulo (ou dentro com letra de tipo diferente); 
• Se o gráfico mostrar apenas parte da organização, deve haver linhas 
abertas para demonstrar continuidade. 
 
 
FIGURA 30 - EXEMPLO DE ORGANIZAÇÃO DE ORGANOGRAMA 
 
 
FONTE: (MOTTA, 2009). 
 
 
• Além dos retângulos, podem ser usados círculos e outras simbologias. 
• Devem ser evitadas siglas e abreviações. 
• A linha de coordenação não deve ligar unidades diretamente. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 37 
• O uso de nomes dos ocupantes dos cargos exige constante 
atualização. 
 
 
FIGURA 31 - EXEMPLO TRADICIONAL DE ORGANOGRAMA DE UMA OBRA DE 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (Autor). 
 
 
A importância de conhecer o organograma de uma obra está ligada a 
identificação e descrição do cargo profissional e respectivas responsabilidades de 
cada interveniente de uma obra, sendo uma ferramenta simples de fácil 
visualização. 
 
 
 
Engenheiro Civil 
Eng.º Gomes Pereira 
Mestre de Obras 
José Antônio 
Almoxarifado 
Luis Araújo 
Encarregado 
Inst. Hidráulicas 
João Pedro 
Encarregado 
Inst. Elétricas 
Joel Peixoto 
Pedreiros 
 
Luis Mendes 
César Maia 
Carlos Leal 
José Silas 
 
Armadores 
 
Airton Costa 
Pedro Sá 
Carpinteiros 
 
José Bento 
Luis Sousa 
Azulejistas 
 
Sousa Otto 
Sérgio Sá 
Cláudio TitoServentes 
 
Luis Medeiros 
João Silva 
 
 
Serventes 
 
Pedro Costa 
Romeu Sales Serventes 
 
Luis Silva 
Carlos Cesar 
Pedro Silva 
 
Serventes 
 
Pedro Trofa 
Carlos Medim 
Serventes 
 
Carlos José 
Luis Sérgio 
Serventes 
 
Carlos Rojas 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 38 
 
 
1.4 FLUXOGRAMA DE UMA OBRA 
 
 
O fluxograma representa uma sequência de trabalho qualquer, de forma 
detalhada (pode ser também sintética), em que as operações ou os responsáveis e 
os departamentos envolvidos são visualizados no processo. 
É conhecido também com os nomes de Flow-chart, carta de fluxo do 
processo, gráfico de sequência, gráfico de processamento entre outros. 
 
Principais objetivos: 
• Padronização na representação dos métodos e nos procedimentos 
administrativos; 
• Podem-se descrever com maior rapidez os métodos administrativos; 
• Pode facilitar a leitura e o entendimento das rotinas administrativas; 
• Podem-se identificar os pontos mais importantes das atividades visualizadas; 
• Permite uma maior flexibilização e um melhor grau de análise. 
 
O fluxograma visa o melhor entendimento de determinadas rotinas 
administrativas, por meio da demonstração gráfica. (Existem estudos que 
comprovam que o ser humano consegue gravar melhor uma mensagem, quando 
esta é acompanhada de imagens.). “É importante ressaltar que os fluxogramas 
procuram mostrar o modo pelo qual as coisas são feitas, e não o modo pelo qual o 
chefe diz aos funcionários que a façam; não a maneira, conforme o chefe pensa que 
são feitas, mas a forma pela qual o manual de normas e procedimentos manda que 
sejam feitas.” Eles são, portanto, uma fotografia real de uma situação estudada.” 
MOTTA (2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 39 
 
 
FIGURA 32 - ALGUNS SÍMBOLOS BÁSICOS PARA FLUXOGRAMAS 
 
FONTE: MOTTA (2009). 
 
Obs.: 
• Estes não são os únicos símbolos existentes; 
• Você pode criar seus próprios símbolos (usa-se muito em peças de 
divulgação ou apresentações); 
• Sempre coloque a legenda com o significado dos símbolos usados 
(nem todos sabem o que significam); 
• Você pode identificar com letras ou números os passos no seu 
fluxograma. 
 
 
Dessa forma há como relacioná-los a uma explicação textual e detalhada de 
cada passo. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 40 
 
 
FIGURA 33 - EXEMPLO DE FLUXOGRAMA AÇO EM BARRAS 
 
FONTE: (MOTTA, 2009). 
 
 
FIGURA 34 - EXEMPLO DE FLUXOGRAMA AÇO CORTADO E DOBRADO 
 
FONTE: (MOTTA, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 41 
 
 
FIGURA 35 - EXEMPLO DE CONCRETO USINADO 
 
FONTE: (MOTTA, 2009). 
 
 
1.5 CÓDIGO DE OBRAS E LEGISLAÇÕES 
 
 
A providência inicial para a execução de um projeto de edificação é a consulta 
junto aos Orgãos Públicos, particularmente junto às Prefeituras Municipais, sobre as 
exigências a serem observadas para a aprovação de tal projeto. Tais exigências, de 
uma maneira geral, estão contidas no Código de Obras e legislação específica de 
cada Município. 
 
Esses códigos têm por objetivos, entre outros: 
• Coordenar o crescimento urbano; 
• Regular o uso do solo; 
• Controlar a densidade do ambiente edificado; 
• Proteger o meio ambiente; 
• Garantir espaços abertos destinados a preservar a ventilação e iluminação 
naturais adequadas a todos os edifícios; 
• Eliminar barreiras arquitetônicas que impedem ou limitam a possibilidade de 
deslocamento de pessoas portadoras de deficiência ou com dificuldade de 
locomoção. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 42 
 
 
Assim, os Códigos de obras definem os seguintes itens: 
• Tipo de ocupação permitido para um determinado lote; se residencial, 
comercial, industrial ou de uso misto; 
• A projeção máxima do edifício sobre o terreno (taxa de ocupação); 
• Área máxima permitida para a construção (coeficiente de utilização); 
• Recuos a serem observados com relação às divisas; 
• Dimensões mínimas e detalhes construtivos de corredores, escadas e 
rampas. 
 
 
Por exemplo: 
Alguns dos elementos mais solicitados em nível da legislação brasileira 
quanto ao código de obras: 
 
• Legislação e/ou uso do solo; 
• Alvarás de construção; 
• Alvará de Reforma e ampliação; 
• Alvará de Alteração de um Projeto; 
• Alteração Parcial de um Projeto; 
• Certidão de Aprovação de Projetos; 
• Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras. 
 
Legislação e uso do solo 
 
Esta legislação está na Lei n.º 10.257, de 10 de Julho de 2001, que 
regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, onde estabelecem diretrizes 
gerais da política urbana em nível da Legislação urbana e uso do solo. 
 
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: 
 
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 43 
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; 
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados 
em relação à infraestrutura urbana; 
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar 
como polos geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente; 
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua 
subutilização ou não utilização; 
f) a deterioração das áreas urbanizadas. 
 
 
Alvará de Construção 
Licença expedida pela Prefeitura Municipal (Câmara Municipal de Curitiba, 
2012), autorizando a execução de obra de construção. Para construções e 
determinadas reformas de edificações, é necessário um alvará emitido pela 
prefeitura da cidade na qual o imóvel está inscrito. 
Diante de recentes acidentes, alguns com vítimas fatais, tornaram esse 
procedimento de maior importância, pois os técnicos da Prefeitura devem analisar o 
projeto proposto e verificar sua conformidade com o código de Edificações e com as 
boas práticas de Engenharia para só então emitir o alvará de construção ou reforma. 
A expedição de um alvará é obrigatória para todo e qualquer tipo de 
construção, já para reformas, existem algumas distinções. 
Pequenas reformas como pintura, substituições e consertos, reparos em 
instalações elétricas e hidráulicas não necessitam do alvará, ao contrário de 
reformas que incluem a alteração da estrutura original do imóvel, como a derrubada 
de paredes de sustentação da edificação, em que a emissão do alvará se demonstra 
extremamente importante, e obrigatória. 
Para obter o alvará de construção o procedimento é simples: 
• Antes de se iniciar uma construção ou reforma é necessária a criação 
de um projeto. Com o auxílio de engenheiro ou arquiteto, a fase de análise do que 
será ou não viável à construção ou reforma já pode ser antecipada, o que garante 
maior facilidade na emissão do alvará da prefeitura. 
• Com o projeto pronto, anexar os seguintes documentos: 
• Cópia do último carnê do IPTU ou Incra (não precisa estar quitado); 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 44 
• Cópia de um título de propriedade (escritura, formal de partilha ou 
contrato particular de compra e venda registrado em cartório); 
• Duas cópias do projeto; 
• Duas cópias da carteira que comprove o registro do engenheiro 
responsável no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA); 
• Cópia do RG e CPF do proprietário do imóvel; 
• Comprovante de regularidade da construção existente (caso não 
possua, é possível conseguir as cópias originais das plantas aprovadas do imóvel 
com a própria prefeitura). 
Independente da cidade onde está situada a sua construção ou reforma, os 
procedimentos burocráticos e documentosexigidos são basicamente os mesmos 
para o processo de requerimento do alvará. 
 
Alvará de Reforma e/ou Ampliação 
Edificações já existentes onde se pretende realizar reformas ou ampliações 
(Câmara Municipal de Curitiba, 2012) para os casos em que: 
• Houver Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras – CVCO 
(equivale ao habite-se) ou; 
• As edificações encontram-se averbadas em registro de imóveis 
anteriores a 1965 ou; 
• As edificações encontram-se cadastradas no Município em data 
anterior a 1965. 
 
Alvará de Alteração de um Projeto 
Destina-se a aprovação de alterações em edificação anteriormente 
licenciadas e que não possuem Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras – 
CVCO (Câmara Municipal de Curitiba, 2012), observando que: 
• O responsável técnico deverá ser o mesmo do constante no alvará de 
construção anteriormente emitido, exceto nos casos em que tenha sido 
transferida a responsabilidade técnica; 
• O autor do projeto deverá ser o mesmo do constante no alvará de construção 
anteriormente emitido, ou deverá apresentar autorização para alteração do 
projeto. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 45 
 
Alteração Parcial de um Projeto 
Destina-se a aprovação de alterações em edificações que possuem vistoria 
parcial de conclusão de obras, no qual o restante da obra não será executado de 
acordo com o inicialmente aprovado, bem como, também utilizado no caso de 
alteração parcial de unidade residencial aprovada em alvará de construção para 
residência em série (condomínios horizontais) (Câmara Municipal de Curitiba, 2012). 
 
Certidão de Aprovação de Projetos 
Destina-se somente a aprovação de projeto arquitetônico, sem o direito a 
execução da obra. Geralmente utilizado para os casos em que o proprietário ainda 
não definiu o responsável técnico pela execução e/ou a firma construtora ou trate-se 
de obra que dependam de licitação (Câmara Municipal de Curitiba, 2012). 
 
Certificado de Vistoria de Conclusão Parcial de Obras - CVCO Parcial 
Poderá ser concedido, a juízo do órgão competente, Certificado de Vistoria 
de Conclusão Parcial (Câmara Municipal de Curitiba, 2012) nos seguintes casos: 
• Quando se tratar de edifício composto de parte comercial e parte 
residencial e puder, cada uma, ser utilizada independente da outra; 
• Quando se tratar de apartamentos, caso em que poderá, a juízo do 
órgão competente, ser concedido o certificado para cada pavimento que estiver 
completamente concluído e desde que o acesso não sofra interferência dos serviços 
até a conclusão total da obra; 
• Quando se tratar de 02 (duas), ou mais, edificações construídas no 
mesmo lote e desde que o acesso não sofra interferência dos serviços até a 
conclusão total da obra. 
 
Em todos os casos deverão ser atendidas as exigências da legislação 
específica proporcionalmente à área liberada. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 46 
 
Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras - CVCO 
Documento certificando que a edificação anteriormente licenciada pelo 
Alvará de Construção, Reforma e/ou Ampliação, Reforma Simplificada ou Alteração 
encontra-se concluída (Câmara Municipal de Curitiba, 2012). 
Para solicitação do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras - CVCO a 
edificação deverá encontrar-se totalmente concluída, em conformidade com o 
projeto aprovado pelo Alvará de Construção e conforme relação de itens obrigatórios 
para solicitação do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras – CVCO, bem 
como, oferecer condições de higiene e habitabilidade. 
Para tanto é necessário que antes de solicitar a vistoria de conclusão de 
uma obra, o responsável técnico e o proprietário verifiquem se todos os itens 
indicados no projeto estão concluídos de acordo com o aprovado e se há o 
atendimento dos itens mínimos obrigatórios constantes na Declaração para 
solicitação do CVCO. 
 
Observações importantes: 
Efetuada a vistoria e constatada que a obra não se encontra concluída ou 
possua itens em desacordo com o projeto aprovado, serão cobradas taxas 
adicionais referentes às novas vistorias que porventura sejam necessárias para a 
comprovação da conclusão da obra de acordo com o projeto aprovado (ver valor 
especificado no requerimento) (Câmara Municipal de Curitiba, 2012). 
 
Documentos Necessários: 
• Requerimento próprio assinado pelo Resp. Técnico e Proprietário do 
imóvel; 
• Fotocópia do alvará de construção; 
• Declaração quanto ao atendimento dos itens mínimos obrigatórios para 
solicitação do CVCO; 
• Documentos condicionados na folha do Alvará de Construção. 
• Posteriormente poderão ser solicitados documentos adicionais que 
porventura sejam necessários para atendimento à legislação vigente na época da 
vistoria. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 47 
 
 
1.6 INSTALAÇÕES 
 
 
1.6.1 Instalações Elétricas 
 
 
A energia elétrica consiste do movimento de elétrons (pequenas partículas 
com carga negativa), no interior de um condutor. Pode ser gerada por meio da 
energia potencial da água (geração hidroelétrica) ou da energia dos combustíveis 
(geração termoelétrica). 
O processo de geração de eletricidade em uma usina hidroelétrica consiste no 
represamento de rios por meio da construção de barragens, formando um lago com 
grande volume de água que, mediante uma queda muito forte e por meio de 
tubulações, faz movimentar turbinas, com aparência semelhante a uma roda d´água. 
As turbinas em funcionamento movimentam geradores que convertem a força 
da água em energia elétrica. 
Outra forma de obter energia elétrica é por meio das usinas nucleares. 
Nessas usinas o calor gerado pela combustão do carvão, do óleo ou do gás, 
vaporiza a água em uma caldeira. O vapor aciona uma turbina, à qual está acoplado 
um gerador que produz a energia elétrica. 
Para ser utilizada nos diversos locais de consumo, a eletricidade é 
transportada por linhas de transmissão, cruzando rios, montanhas e cidades, até 
chegar a determinados pontos, denominados subestações. A partir desse ponto, por 
meio do sistema de distribuição da concessionária, composto por postes, fios, 
transformadores, a energia é fornecida nos níveis de tensão (voltagem) adequados à 
especificação de cada equipamento e ferramenta. 
Para que a energia elétrica chegue até o ponto de consumo, como uma 
tomada, em que será ligado um eletrodoméstico. De tal modo é necessário que ela 
percorra “caminhos”, os quais são denominados circuitos elétricos e cujo elemento 
principal denomina-se condutor, conhecido por fio. O isolante é o único elemento 
que protege o homem das partes energizadas contra choques elétricos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 48 
O Mestre-de-obras deve acompanhar a execução da instalação elétrica 
seguindo rigorosamente o projeto, que deve estar de acordo com a NBR 5410/97 – 
Instalações elétricas de baixa tensão, e a norma regulamentadora NR 10 – 
Instalações e serviços de eletricidade, memórias e especificações técnicas. 
Segundo estimativas anuais do Corpo de Bombeiros das grandes cidades, as 
instalações elétricas projetadas e executadas inadequadamente constituem a 
terceira causa de incêndio. 
 
QUADRO RESUMO DE SIMBOLOGIA DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (NBR 5444) 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 49 
 
 
QUADRO RESUMO COMPARATIVO DE SIMBOLOGIA USUAL E NBR 
 
FONTE: (Autor) 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 50 
No Módulo IV, capítulo 4.4 será apresentado os principais componentes de 
uma instalação elétrica. 
 
Proteção Contra Descarga Atmosférica 
A proteção contra os raios consiste em dirigir a descarga dos raios para a 
Terra, em segurançae no menor percurso possível, sem risco de contato com os 
condutores. 
 
Fontes de choque elétrico 
Choque elétrico é um estímulo rápido e acidental do sistema nervoso do 
corpo humano, pela passagem de uma corrente elétrica. Atividades musculares, 
como a respiração e os batimentos cardíacos, são controladas por correntes 
elétricas muito pequenas, conduzidas pelo sistema nervoso. 
Se você tocar na carcaça do motor, tomará um choque. Servirá, portanto, de 
caminho para a corrente de fuga. Essa situação está totalmente fora das previsões, 
devido ao alto grau de perigo que a envolve; pode, inclusive, ser fatal. 
São efeitos indiretos de um choque elétrico: 
• quedas; 
• ferimentos; 
• manifestações nervosas. 
 
Os efeitos que se chamam indiretos são: 
• formigamento; 
• contração muscular; 
• queimaduras; 
• parada respiratória; 
• parada cardíaca. 
 
Resistência elétrica do corpo humano 
Dados experimentais revelam que: 
• o corpo humano tem uma resistência média de 1300Ω; 
• uma corrente de 50mA pode ser fatal. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 51 
 
Tensões de toque e passo 
Se uma pessoa toca um equipamento aterrado ou o próprio condutor, pode 
ser que se estabeleça – dependendo das condições de isolamento – uma diferença 
de potencial entre a mão e os pés. Consequentemente, teremos a passagem de 
uma corrente pelo braço, tronco e pernas; dependendo da duração e intensidade da 
corrente, pode ocorrer fibrilação no coração, com graves riscos. Essa é a chamada 
tensão de toque, e é particularmente perigosa nas regiões externas de uma malha 
de subestação, principalmente nos cantos. 
 
Tensões de passo e toque 
Caso, mesmo não estando encostando-se a nada, a pessoa estiver colocada 
lateralmente ao gradiente de potencial, estará sujeita a um diferencial de tensão de 
uma corrente por meio das duas pernas, que geralmente é de menor valor e não é 
tão perigosa quanto a tensão de toque, porém ainda pode causar problemas, 
dependendo do local e da intensidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 52 
 
TABELA DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE 
 
FONTE: (BERTONCEL, 2008). 
 
 
Regras para o trabalho com energia elétrica: 
 
• Todo circuito sob tensão é perigoso; 
• Use os equipamentos e isolações adequados; 
• Só utilize ajuste ou repare equipamentos e instalações elétricas, quando 
autorizado; 
• Sempre que possível, desligue os circuitos antes do trabalho – use avisos e 
trancas; 
• Antes de religar, verifique se outra pessoa não está trabalhando com o 
mesmo circuito; 
• Use sinais de advertência e delimite as áreas com a sinalização adequada; 
• Não improvise na montagem de instalações/ equipamentos; 
• Observe rigorosamente as instruções para montagem, manutenção ou troca 
de ligações; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 53 
• Faça inspeção visual antes de usar equipamentos ou instalações; 
• Não faça reparo temporário de forma incorreta: gatos, quebra-galhos causam 
acidentes; 
• Não trabalhe em manutenção de equipamentos/instalações elétricas sob 
tensão sem conhecimento/supervisão; 
• Não use escadas metálicas em trabalho com energia; 
• Use exclusivamente extintores de CO2 ou pó químico, quando houver 
incêndio em equipamentos ou instalações elétricas; 
• Fios, barramentos, transformadores devem ficar fora da área de trânsito de 
pessoas; 
• Não use anéis, pulseiras ou outros adornos metálicos em serviços com 
energia; 
• Não use ferramentas elétricas na presença de gases ou vapores; 
• Não trabalhe sob tensão em áreas sujeitas à explosão; 
• Lembre-se de que a corrente elétrica pode ser fatal. 
 
 
Normas 
A NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão, baseada na 
norma internacional IEC 60364, é a norma aplicada a todas as instalações cuja 
tensão nominal é menor ou igual a 1000VCA ou 1500VCC. 
 
Outras normas complementares à NBR 5410 são: 
 
• NBR 5456 – Eletrotécnica e eletrônica - Eletricidade geral – 
Terminologia; 
• NBR 5444 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais; 
• NBR 13570 – Instalações Elétricas em Locais de Afluência de Público; 
• NBR 13534 – Instalações Elétricas em Estabelecimentos Assistenciais 
de Saúde. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 54 
1.6.2 Instalações Hidrossanitárias 
 
 
As instalações hidrossanitárias, nomeadamente água e esgoto, têm como 
finalidade fazer a distribuição da água, em quantidade suficiente e promover o 
afastamento adequado das águas servidas, criando desta forma, condições 
favoráveis ao conforto e segurança dos usuários. 
 
Normas 
• NBR 5626/1998 – Instalações Prediais de Água Fria; 
• NBR 7198/1993 – Instalações Prediais de Água Quente; 
• NBR 7229/1993 – Projeto, construção e operação de sistemas de 
tanques sépticos; 
• NBR 8160/1983 – Instalações Prediais de Esgotos Sanitários; 
• NBR 13969/1997 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento 
complementar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e 
operação. 
 
 
Instalações de Água Fria NBR 5626 
 
As instalações de água fria correspondem ao conjunto de tubulações, 
conexões e acessórios que permitem levar a água da rede pública até os pontos de 
consumo ou utilização dentro da habitação. 
 
A distribuição de água poderá ser feita pelos seguintes sistemas: 
• Distribuição direta; 
• Distribuição indireta; 
• Distribuição mista. 
 
 
Distribuição direta: todos os aparelhos e torneiras são alimentados 
diretamente pela rede pública. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 55 
 
Distribuição indireta - todos os aparelhos e torneiras são alimentados por um 
reservatório superior alimentado diretamente pela rede pública. 
• Distribuição indireta sem recalque. 
• A água potável vem diretamente da rede pública, quando houver 
pressão suficiente até o reservatório superior, que alimenta por gravidade os pontos 
de água. 
• Distribuição indireta com recalque. 
• Quando a pressão da rede pública não for suficiente para alimentar o 
reservatório superior, utiliza-se outro de cota reduzida, geralmente localizado no 
pavimento térreo, denominado de reservatório inferior (ou subterrâneo) de onde a 
água é recalcada, por meio de bombas, para o reservatório superior (ou elevado) e a 
partir deste é feita a distribuição por gravidade para o interior da edificação. 
• Distribuição indireta hidropneumática. 
• Esse processo dispensa o reservatório superior e a distribuição é 
ascendente, a partir de um reservatório de aço onde a água fria pressurizada. Esses 
equipamentos requerem manunteção preventiva periódica. 
• Distribuição mista – associação dos sistemas direto e indireto, parte 
pela rede pública e parte pelo reservatório superior. 
 
Instalações prediais de água quente NBR 7198/82 
 
As instalações de água quente são realizadas pelos seguintes sistemas: 
Individual 
O sistema de aquecimento é individual quando alimenta uma única peça de 
utilização. Ex.: chuveiros, torneiras. 
 
Central Privado 
O sistema de aquecimento é central privado, quando alimenta várias peças 
de utilização de um único domicílio. Ex.: aquecedor de acumulação e reservatório de 
água quente. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 56 
 
Central Coletivo 
O sistema de aquecimento é central coletivo, quando alimenta peças de 
utilização de vários domicílios ou várias unidades. Ex.: edifício de apartamentos, 
hotéis, motéis, hospitais etc. 
 
 
FIGURA 36 - EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO DIRETA 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
FIGURA 37 - EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETASEM RECALQUE 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 57 
 
 
FIGURA 38 - EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETA COM RECALQUE 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
FIGURA 39 - EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETA HIDROPNEUMÁTICA 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 58 
 
 
FIGURA 40 - EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO MISTA 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
Instalações prediais de esgoto sanitário NBR 8160/83 
 
O despejo de esgoto sanitário poderá ser feito por meio das seguintes 
formas: 
Direto 
O esgoto é lançado diretamente do coletor predial ao coletor público, quando 
a profundidade do mesmo não exceder à do coletor público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 59 
 
 
FIGURA 41 - EXEMPLO DE ESGOTO SANITÁRIO DIRETO 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
Indireto 
O esgoto é recolhido em uma elevatória, quando a profundidade do coletor 
predial exceder à do coletor público e em seguida é recalcado para o mesmo. 
 
 
FIGURA 42 - EXEMPLO DE ESGOTO SANITÁRIO INDIRETO 
 
FONTE: (CREDER, 1999). 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 60 
 
 
Instalações prediais de Águas Pluviais NBR 611/81 
 
 
O esgotamento poderá ser direto ou indireto (como o esgoto sanitário) para 
os coletores públicos de águas pluviais ou sarjetas dos logradouros. O mesmo 
deverá ser projetado pelo menor percurso e consequentemente ser feito no menor 
tempo possível. 
O esgotamento das águas pluviais deverá ser independente do seu esgoto 
sanitário, eliminando assim a possibilidade de penetração de gases ao interior das 
edificações. 
Além da NBR 611/81, as instalações prediais de águas pluviais são regidas 
também pelos códigos de obras municipais, que normalmente proíbem a queda livre 
das águas dos telhados das edificações, bem como em terrenos vizinhos. 
 
Instalações prediais de prevenção e auxílio ao combate a incêndios NBR 
24/65. 
A distribuição da água para combate a incêndios poderá ser feita por meio 
de reservatório elevado ou reservatório subterrâneo. 
No caso do reservatório ser elevado, a adução será por gravidade e quando 
o reservatório for subterrâneo, por recalque de acionamento automático. 
 
 
1.6.3 Instalações de Gás 
 
 
Aspectos gerais 
 
Características do gás 
O GLP (Gás Liquefeito do Petróleo) é obtido a partir da destilação do petróleo, 
sendo formado basicamente pela mistura de propano e butano, em proporções 
variáveis (BERTONCEL, 2008). Apresenta as seguintes propriedades: 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 61 
 
• Densidade 2 em relação ao ar, na forma de gás 0,55 em relação a água, na 
{forma líquida; 
• Facilidade e rapidez de operação; 
• Não produz resíduos após a queima; 
• Poder calorífico médio 12 000 Kcal/kg. 
 
O emprego do GLP nos domicílios é cada dia maior, visto que poucas cidades 
no Brasil dispõem de gás combustível canalizado nas ruas, sendo necessária a 
instalação domiciliar com recipientes que armazenam o GLP. 
 
Recipientes 
As empresas que fazem a distribuição do gás liquefeito de petróleo utilizam 
recipientes de aço, que podem ser transportáveis (butijões ou cilindros) ou fixos, 
dependendo de suas capacidades. 
Há um grande número de normas da ABNT que regulamentam as dimensões, 
os testes para o controle de qualidade dos recipientes para GLP, bem como as 
mangueiras flexíveis utilizadas e as válvulas para os recipientes. 
Os recipientes transportáveis de aço para GLP têm as seguintes capacidades, 
regulamentadas pelas normas: 
• kg - NBR 8470/84; 
• 5kg - NBR 8471/84; 
• 13 kg - NBR 8462/84; 
• 45 kg - NBR 8463/84; 
• 90 kg - NBR 8472/84. 
 
Os butijões de 2 e 5 kg são utilizados em lampiões para iluminação, 
laboratórios, camping, etc., os de 13 e 45 kg são utilizados em casas e prédios 
residenciais: os cilindros de 90 kg são empregados nas instalações de maior 
consumo. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 62 
 
 
Pressões de utilização 
O GLP é fornecido em recipientes de aço, no estado líquido, com pressões da 
ordem de 50 a 150 psi (35 a 105m H2O). Na saída dos recipientes, por meio do 
regulador de alta ou de 1º estágio, ocorre uma redução para 15 psi (10 m H2O) e, 
posteriormente, pelo regulador de baixa ou de 2º estágio, a pressão chega a 0,4 psi 
(0,28 m H20), valor indicado para o consumo nos aparelhos. A figura abaixo ilustra 
um regulador de 2º estágio. 
 
 
FIGURA 43 - REGULADOR DE PRESSÃO 2º ESTÁGIO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.temseguranca.com/2011_03_01_archive.html>. Acesso em: 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Exemplos de Utilização do GLP 
A instalação predial do GLP pode ser individual, onde cada domicílio possui 
seus recipientes ou por distribuição central, com um medidor de consumo para cada 
domicílio. Em residências, o recipiente de GLP (botijão ou cilindro de gás) deve ficar 
localizado em áreas externas, reservadas para este fim, sendo o gás levado aos 
pontos de consumo por meio de canalizações próprias, às quais denominamos 
instalações prediais de gás (ou de GLP). No esquema abaixo é indicada as 
distâncias mínimas a serem observadas para instalar a central de gás. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 63 
 
 
FIGURA 44 - ESQUEMA DE INSTALAÇÃO PREDIAL DE GLP 
 
 
FONTE: (BERTONCEL, 2008). 
 
 
1.6.4 Instalações Especiais 
 
 
Ar-Condicionado 
 
São sistemas que visam à obtenção de condições específicas do ar nos 
diversos tipos de ambientes, de modo a proporcionar conforto térmico aos 
ocupantes ou proporcionar condições especiais exigidas por equipamentos e/ou 
processos (ARAÚJO, 2011). 
Condicionamento de ar, segundo a definição técnica de aplicação, é um 
processo de tratamento de ar destinado a controlar simultaneamente: temperatura 
do ar, umidade relativa do ar (obtida pela retirada ou pela colocação de vapor de 
água no ar), pureza (filtros), distribuição de ar (ventilador, difusor, duto) de um 
ambiente. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 64 
Durante muito tempo, o homem pensou em maneiras de amenizar os efeitos 
do calor. Invenções mais antigas, como ventiladores, abanadores e até mesmo o 
uso do gelo em larga escala faziam parte dos métodos para amenizar a temperatura 
em um ambiente. 
Em 1902, o engenheiro Willis Carrier inventou um processo mecânico para 
condicionar o ar, tornando realidade o almejado controle climático de ambientes 
fechados. Essa tecnologia teve início, na época, a partir de um problema pelo qual 
uma empresa de Nova York passava (BERTONCEL, 2008). 
Ao realizar impressões em papel, o clima muito quente de verão e a grande 
umidade do ar faziam com que o papel absorvesse essa umidade de forma que as 
impressões saíam borradas e fora de foco. Ele criou um processo que resfriava o ar, 
fazendo circular por dutos resfriados artificialmente, o que também era capaz de 
reduzir a umidade do ar. Este foi o primeiro ar-condicionado contínuo por processo 
mecânico da história. 
A partir desta experiência, o sistema foi adotado por muitas indústrias de 
diversos segmentos, como têxtil, indústrias de papel, farmacêuticos, tabaco e alguns 
estabelecimentos comerciais. 
Em 1914, Carrier desenvolveu um aparelho para aplicação residencial, que 
era muito maior e mais simples do que os ares-condicionados de hoje, e também 
desenhou o primeiro condicionador de ar para hospitais, que foi desenvolvido com o 
objetivo de aumentar a umidade de um berçário (para bebês nascidos de forma 
prematura), no Allegheny Hospital de Pittsburg. 
Foi a partir da década de 1920 que o ar-condicionadocomeçou a se 
popularizar nos Estados Unidos, foi colocado em diversos prédios públicos, tais 
como a Câmara dos Deputados, o Senado Americano, os escritórios da Casa 
Branca (BERTONCEL, 2009). 
Além disso, foi de grande utilidade para ajudar a indústria cinematográfica, 
pois antes de serem instalados os aparelhos de a-condicionado, as salas de cinema 
ficavam vazias devido ao clima muito quente, nas temporadas de verão americano. 
Na década de 1930, foi desenvolvido também por Willis Carrier um sistema 
de condicionadores de ar para arranha-céus com distribuição de ar em alta 
velocidade, que economizava mais espaço, em relação aos produtos utilizados na 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 65 
época. A distribuição do ar em alta velocidade por meio de dutos "Weathermaster", 
criada em 1939, economizava mais espaço do que os sistemas utilizados na época. 
Em meados de 1950, os modelos residenciais de ar-condicionado 
começaram a ser produzidos em massa, ano em que Willis Carrier faleceu. A 
demanda foi muito grande, acabando com os estoques em apenas duas semanas. 
Na década seguinte, esses produtos já não eram mais novidade. A partir disso, se 
inicia um mercado de amplitude mundial em constante expansão, com muito espaço 
para desenvolvimento tecnológico e novidades em produtos, até os dias de hoje. 
 
Função e princípio do equipamento 
O ar-condicionado é um equipamento destinado a climatizar o ar em um 
recinto fechado, mantendo sua temperatura e umidade do ar controlada, para deixar 
os ambientes em temperaturas agradáveis, criando uma sensação de conforto 
térmico (aquecendo ou refrigerando) ou até mesmo em determinados ambientes em 
que o seu uso é indispensável como, por exemplo, CPD, Laboratórios, Unidades de 
Hospitais, Radiologia, No Break e outros. 
O princípio de funcionamento dos condicionadores de ar, nada mais é do 
que a troca de temperatura do ar do ambiente, pela passagem do ar pela serpentina 
do evaporador que, por contato, tem queda ou aumento de temperatura do ar, 
dependendo do ciclo utilizado, baixando a umidade relativa do ar. 
O ar do ambiente é sugado por um ventilador e atravessa um evaporador, 
passando em volta de uma serpentina cheia de R-22, substância refrigeradora à 
temperatura de 7° C e em estado líquido. Em contato com uma serpentina gelada, o 
ar se resfria e volta para o ambiente. 
Ao absorver o calor do ar, o R-22 muda de estado dentro da serpentina e 
vira gás, entrando depois em um compressor elétrico. Essa peça, que produz o 
barulho do aparelho, comprime o R-22 até que, sob alta pressão, ele vire um gás 
quente, a 52° C. 
Esse gás entra em outra serpentina, do lado de fora do aparelho, chamado 
condensador. Mais quente que o ambiente externo, o R-22 se resfria um pouco. 
Com isso, ele vira líquido de novo mesmo antes de chegar aos 7°C, pois está sob 
alta pressão. Outro ventilador sopra o ar quente que sobrou para a rua. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 66 
O R-22 (em estado líquido por causa da alta pressão) entra em uma válvula 
de expansão, espécie de orifício onde o líquido perde pressão rapidamente e se 
esfria até 7° C, transformando-se em estado líquido. A partir daí, o ciclo recomeça 
novamente. 
 
 
FIGURA 45 - SISTEMA DE CONDICIONAMENTO DE AR-CONDICIONADO 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.arbrisaclimatizadores.com.br/pages.php?pageid=3>. 
Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Os Sistemas de condicionamento de ar possuem quatro componentes 
básicos: 
• Compressor; 
• Condensador; 
• Evaporador; 
• Motor ventilador. 
 
Vantagens do equipamento: 
• Longevidade dos eletrodomésticos é prolongada; 
• Uma atmosfera mais confortável; 
• Utilizados tanto no inverno como no verão. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 67 
 
 Desvantagens do equipamento: 
 Resseca o ar causando irritação aos olhos; 
 Recirculação do ar (não renovação do ar); 
 Alto consumo de energia elétrica; 
 Uso de gases prejudiciais à camada de ozônio e efeito estufa; 
 Manutenção periódica; 
 Interfere na arquitetura de interiores (espaços necessários); 
 O mau uso do ar-condicionado compromete a saúde. 
 
 
O que os mais diversos modelos de ar-condicionado ainda não conseguiram 
eliminar é um incômodo efeito colateral: o ressecamento do ar. "Em contato com o 
frio, a umidade do ar se condensa em gotinhas dentro do aparelho, como acontece 
em uma garrafa fechada e gelada”. 
 
Instalações de Incêndio 
 
O projeto de proteção contra incêndios deve nascer juntamente com o 
projeto de arquitetura, levando em conta as distâncias para serem alcançadas as 
saídas, as escadas (largura, dimensionamento dos degraus, controle de fumaça, 
corrimãos, resistência ao fogo etc), a combustibilidade e a resistência ao fogo das 
estruturas e materiais de acabamento, a vedação de aberturas entre pavimentos 
adjacentes, as barreiras para evitar propagação de um compartimento a outro, o 
controle da carga incêndio e a localização dos demais sistemas contra incêndios. 
O primeiro passo a ser dado é a classificação das ocupações. Ele determina 
os tipos de sistemas e equipamentos a serem executados na edificação; a partir daí 
devem ser pesquisadas as Normas Técnicas Brasileiras Oficiais para complemento 
do referido Decreto. É importante, também a consulta à Prefeitura Municipal, pois 
podem existir exigências locais. 
 
Sistema de iluminação de emergência - NBR 10898: 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 68 
Iluminação que deve clarear áreas escuras de passagem, horizontais e 
verticais, incluindo áreas técnicas de controle de restabelecimento de serviços 
essenciais e normais, na falta de iluminação normal. Este sistema deve: 
•permitir o controle visual das áreas abandonadas; 
•manter a segurança patrimonial; 
•sinalizar as rotas de fuga; 
•sinalizar o topo do prédio para aviação. 
 
 
 
 Iluminação de ambiente ou aclaramento: 
 
 
FIGURA 46 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.equipel.com.br/NoticiaLer.asp?IntCdNoticia=16>. Acesso em: 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Iluminação com intensidade suficiente para garantir a saída segura de todas 
as pessoas do local em caso de emergência. 
 
 
 Iluminação de balizamento ou de sinalização: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 69 
 
 
FIGURA 47 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.technomaster.com.br/ILUMINACAOEMERGENCIA/ILUMINACAO%20DE%20EMERGEN
CIA.html>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Sinalização com símbolos e letras que indicam a rota de saída que pode ser 
utilizada. 
A função da “Iluminação de Emergência” é iluminar as áreas escuras de 
passagens, horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de 
controle de restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de 
iluminação normal. A intensidade da iluminação deve ser suficiente para evitar 
acidentes e garantir a evacuação das pessoas, levando em conta a possível 
penetração de fumo nas áreas. 
 
Características do Sistema de Iluminação de Emergência: 
 
• A intensidade da iluminação deve ser suficiente para evitar acidentes e 
garantir a evacuação das pessoas, levando em conta a possível penetração de fumo 
nas áreas; 
• A iluminação deve permitir o controle visual das áreas abandonadas 
para localizar pessoas impedidas de locomover-se; 
• Manter a segurança patrimonial para facilitar a localização de 
estranhos nas áreas de segurança pelo pessoal da intervenção; 
• Sinalizar inconfundivelmente as rotas de fuga utilizáveis no momento 
do abandono do local; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 70 
• O tempo de funcionamento do sistemade iluminação de emergência 
deve garantir a segurança pessoal e patrimonial de todas as pessoas na área, até o 
restabelecimento da iluminação normal, ou até que outras medidas de segurança 
sejam tomadas; 
• No caso do abandono total do edifício, o tempo da iluminação deve 
incluir além do tempo previsto para a evacuação, o tempo que o pessoal da 
intervenção e de segurança necessita para localizar pessoas perdidas ou para 
terminar o resgate em caso de incêndio. Este tempo deve ser apoiado na 
documentação de segurança do edifício e aprovado pelos órgãos competentes; 
• Devem ser respeitadas as limitações da visão humana, tendo como 
base as condições fisiológicas da visão diurna e noturna e o tempo de adaptação 
para cada estado; 
 
Obs.: A central de iluminação de emergência com baterias não pode ser 
utilizada para alimentar quaisquer outros circuitos ou equipamentos. Esta exigência 
baseia-se no cálculo de tempo limitado da autonomia da iluminação de emergência 
definida para abandono do prédio e não para a autonomia definida para outros tipos 
de serviço. 
A iluminação de emergência pode ser realizada com um sistema autônomo 
ou por um sistema centralizado: 
• Sistema autônomo: Cada bloco autônomo, ponto de luz e placa de 
saída possuem as suas próprias baterias e os seus próprios carregadores de 
bateria. Uma das vantagens é o lado prático deste sistema, pois basta fixar e ligar o 
equipamento à rede elétrica. Uma desvantagem é o custo de manutenção destes 
equipamentos, pois de cada dois a três anos é necessária à substituição de todas as 
baterias. Essas possuem uma vida útil e perdem o tempo de autonomia exigido 
pelas normas, o que geralmente corresponde a 50% do valor do equipamento novo 
mais a mão de obra. 
 
• Sistema centralizado: Neste caso, a utilização de uma central de 
iluminação de emergência e um banco de baterias que alimenta todos os aparelhos 
de iluminação e placas de saídas. Cada circuito pode alimentar no máximo 20 
aparelhos de iluminação. Este sistema também exige um cuidado especial quanto 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 71 
ao cálculo de autonomia e da fiabilidade para utilização e geralmente tem um custo 
um pouco mais alto do que o sistema autônomo. A vantagem é que ao chegar ao fim 
da vida útil das baterias, basta substituir as mesmas que ficam localizadas no banco 
de baterias próxima da central. 
 
Sistema de detecção e alarme de incêndio - NBR 9441 
Um sistema de detecção e alarme de incêndio é um conjunto de elementos 
planejadamente dispostos e adequadamente interligados para detectar 
precocemente princípios de incêndio, fornecer sinalizações audiovisuais e comandar 
dispositivos de segurança e/ou extinção. 
Os parâmetros definidos na norma refletem os resultados de testes e 
ensaios laboratoriais e de campo e visam garantir a detecção precoce de incêndio e 
a rápida intervenção das forças de extinção. 
Fatores que estimulam a instalação de detecção: 
• Necessidade de proteger vidas, patrimônio e garantir a continuidade 
das atividades; 
• Exigência de seguradoras; 
• Exigências dos bombeiros, Prefeituras, etc. 
 
Definição: 
• Fase de projeto – consultar segurança, seguradora, bombeiros, 
instaladores e manutenção; 
• Identificar as razões da proteção (vida, propriedade, etc.); 
• Análise de risco nas áreas a proteger; 
• Extensão da proteção (parcial ou total); 
• Avaliar os recursos disponíveis (humanos, financeiros, etc.). 
 
Principais normas: 
• NBR 9441 - Execução de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio; 
• NBR 11836 - Detectores Automáticos de Fumaça; 
• NBR 13848 - Acionadores Manuais. 
 
FIM DO MÓDULO I 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 72 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a DistânciaPortal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 74 
 
 
MÓDULO II 
 
 
2 O CANTEIRO DE OBRAS 
 
 
2.1 IMPLANTAÇÃO 
 
 
O canteiro de obras deve conter as instalações necessárias de maneira 
planejada e organizada, no sentido de ordenar a produção correta dos trabalhos 
conforme definido no projeto de execução. 
Sua definição segundo a NR-18 (Norma Regulamentadora) canteiro de 
obras é a área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de 
apoio e execução de uma obra. 
Essa norma tem a função de normatizar procedimentos e foi elaborada em 
conjunto com construtoras, trabalhadores e governo, para estabelecer diretrizes e 
exigências diversas, esse inter-relacionamento e fluxo de recursos visa evitar 
desperdícios de materiais, mão de obra, tempo, defeitos e de equipamentos dadas a 
sua relação direta com a produtividade e qualidade durante a execução da obra. 
Além disso, deve ser de forma econômica com flexibilidade de modo a aperfeiçoar o 
espaço disponível. 
Na implantação de um canteiro de obras, busca-se em primeiro lugar evitar 
ao máximo, o deslocamento das instalações durante a execução da obra, evitando 
gastos de tempo e material para esta operação. 
Em terrenos com pouca àrea, em geral nas àreas urbanas das cidades, 
deve-se acondiconar as instalações do canteiro em local o mais protegido possível, 
sendo necessária em outras fases da obra a mudança das instalações provisórias. 
A organização do canteiro consiste, no uso racional do terreno não ocupado 
pela edificação para instalação provisória do canteiro de obras, seguindo um 
planejamento específico. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 75 
 
São fatores condicionantes do planejamento e organização do canteiro: 
• O tipo, natureza e complexidade da obra; 
• Topografia e condições ambientais; 
• As características dos materiais empregados; 
• Os processos e métodos construtivos empregados; 
• Os tipos de equipamentos empregados; 
• Os prazos de execução de cada etapa e da obra total; 
• A quantificação e tipificação da mão de obra a ser utilizada em cada 
etapa. 
 
A fase de implantação divide-se em três etapas: 
• Inicial; 
• Intermediária; 
• Final. 
 
A fase inicial compreende os serviços de: 
• Demolições; 
• Movimentos de terra; 
• Obras de contenção; 
• Obras de drenagem; 
• Fundações. 
 
A fase intermediária, caracterizada pelo grande volume de serviços, 
compreende: 
• Estrutura; 
• Vedação; 
• Cobertura; 
• Instalações; 
• Pavimentos. 
 
A fase final, caracterizada pela diversidade de serviços, compreende: 
• Revestimentos; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 76 
• Esquadrias; 
• Acabamentos. 
 
 
2.2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO 
 
 
Esse levantamento é de suma importância, pois é a partir deste que teremos 
um retrato do terreno onde a obra será executada. 
 
Para informação daremos algumas definições: 
Topografia: 
• Deriva das palavras gregas topos e graphen; 
• Significa: descrição exata e minuciosa de um lugar; 
• Estudo de parte da superfície terrestre e sua representação gráfica. 
 
 
Descrição minuciosa de uma localidade; topologia. - Arte de representarno 
papel a configuração de uma porção do terreno com todos os acidentes e objetos 
que se achem à sua superfície. 
Levantamento topográfico: Conjunto de operações de medida de distâncias, 
ângulos e alturas, necessárias à preparação de uma planta topográfica. 
 
Os levantamentos topográficos podem ser determinados por três situações: 
• Altimétrico: relevo, desníveis; 
• Planimétrico: forma e dimensões planas; 
• Planialtimétrico: forma e dimensões planas e relevo em um mesmo 
levantamento. 
 
No levantamento topográfico (plantas curvas de níveis e outros) constarão 
todos os detalhes do terreno como angulações horizontais e verticais, sendo a partir 
desse que serão tomadas as decisões a respeito de serviços de movimento de terra 
como cortes, aterros e outros. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 77 
O levantamento topográfico deve retratar a conformação da superfície do 
terreno, bem como as dimensões dos lotes, com a precisão necessária e suficiente 
proporcionando dados confiáveis que, interpretados e manipulados corretamente, 
podem contribuir no desenvolvimento do projeto arquitetônico e de implantação. 
No caso de obras de grande porte geralmente se contrata uma empresa de 
topografia ou um topógrafo para realização desses serviços, que por intermédio de 
aparelhos modernos chamados de níveis, teodolitos ou estação total, todos os 
levantamentos necessários para a execução da obra serão executados como os 
acima mencionados. 
No caso de pequenas obras, o levantamento é feito pelo próprio pessoal da 
obra com auxílio de instrumentos como: 
• Trena; 
• Nível de mão; 
• Nível de borracha (mangueira transparente); 
• Lápis de carpinteiro; 
• Prumo de centro; 
• Prumo de face; 
• Fio de nylon ou arame recozido. 
 
 
2.3 GABARITO E LOCAÇÃO 
 
 
A locação de uma obra consiste em marcar no solo a posição de cada um 
dos elementos constitutivos da obra, reproduzindo em tamanho natural o que a 
planta representa em escala reduzida. 
A execução da locação deve ser feita com o maior rigor possível, utilizando 
equipamentos e técnicas que garantam o perfeito controle das dimensões do 
edifício. Deve-se dar preferência a equipamentos eletrônicos (teodolitos, níveis a 
laser) e materiais de boa qualidade (tábuas, pontaletes, marcos, tintas), lembrando 
que a locação é o ponto de partida da obra e que definirá todo o controle da 
edificação. 
 
 
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 78 
A locação de uma obra é iniciada pelos elementos da fundação (estacas, 
tubulões, sapatas isoladas ou corridas, entre outros). 
Depois de executadas, pode ser necessária a locação das estruturas 
intermediárias (blocos e baldrames). Esses elementos são demarcados pelo eixo, 
definindo-se posteriormente as faces, se necessário. Por exemplo, sapatas corridas, 
baldrames e alvenarias. 
A locação pode ser feita de duas maneiras possíveis: locação por cavaletes 
e locação por tábuas corridas. 
 
Locação por cavaletes 
Este tipo de locação é indicado para obras de pequeno porte e com poucos 
elementos a serem locados. Sua principal vantagem é a menor quantidade de 
material (estacas e tábuas) utilizado. 
Os cavaletes são constituídos por duas estacas cravadas no solo e travadas 
por uma travessa nivelada pregada nas estacas. Os alinhamentos, neste caso, são 
definidos por pregos cravados nos cavaletes colocados em lados opostos. 
A grande desvantagem desse processo é a dificuldade de se perceber 
desalinhamentos nos cavaletes, provocados pela circulação de máquinas e 
operários. 
 
 
FIGURA 48 - LOCAÇÃO POR CAVALETES 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://construfacilrj.com/locacao-da-obra/>. Acesso em: Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
 
 
 
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 79 
 
Locação por tábuas corridas 
A locação por tábuas corridas é indicada para obras de maior porte com 
muitos elementos a serem locados. Consiste em contornar a futura edificação com 
um cavalete contínuo constituído de estacas e tábuas niveladas, e em esquadro. 
Definem-se as linhas do gabarito cravando-se pontaletes de pinho 
distanciados entre si de 1,50 m e afastados das futuras paredes 1,20 m ou mais. 
São estes pontaletes que dão rigidez ao cercado e devem ser fincados já 
nivelados e alinhados. Em seguida, pregam-se as tábuas sucessivas, niveladas, 
formando uma cinta em volta da área a ser construída. 
 
 
FIGURA 49 - LOCAÇÃO POR TÁBUAS CORRIDAS 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://construfacilrj.com/locacao-da-obra/>. Acesso em: Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 80 
 
 
 
 
FIGURA 50 - ESQUADRO DA TABEIRA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.flickr.com/photos/tecdaconstrucao/3793296535/>. Acesso em: 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Antes de iniciar a locação da obra, o terreno deve estar limpo e de 
preferência, na cota de arrasamento das fundações. 
A locação é então iniciada a partir de um ponto conhecido e previamente 
definido. Pode-se ter como referência os seguintes pontos: 
• O alinhamento da rua; 
• Um poste no alinhamento do passeio; 
• Um ponto deixado pelo topógrafo; 
• Uma lateral do terreno. 
 
Sequência de locação da obra (BORGES, 1996): 
 
a) Conferir a referência e limitar o terreno a partir do alinhamento, marcando 
os limites do terreno; 
 
 
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 81 
b) Marcar uma das faces (pode ser a frontal) do gabarito a 1,2 metros da 
futura construção (1,2 a 1,5 m), considerando como a obra vai ficar no terreno (recuo 
- o alinhamento frontal recuado em 5 metros), a partir do alinhamento predial; 
c) Confeccionar a face escolhida com estacas ou pontaletes (3"x3" ou 3"x4") 
espaçados de 1,5 a 3,0 metros e alinhados rigorosamente por uma das faces 
(esticar uma linha de nylon). Depois de consolidados no terreno, os pontaletes 
devem ser nivelados (nível de mangueira), cortados no topo a uma altura de 40 a 50 
cm do solo (até 1 a 1,2 m) e ter pregado na sua face interna tábuas (de boa 
qualidade) de 1"x6" (pode ser 1"x4") devidamente niveladas; 
d) A partir da primeira face, marcar e confeccionar as demais faces do 
gabarito, usando triângulos retângulos (gabaritos), para garantir a ortogonalidade do 
conjunto (esquadro), conferindo sempre até travar todo o conjunto com mãos-
francesas e contraventamento, se necessário; 
e) Pintar o gabarito, preferencialmente, com tinta esmalte branca (pode ser 
látex); 
f) Dependendo do método de locação utilizado ou da existência de projeto 
de locação, faz-se a marcação no topo da tábua interna colocando pregos em 
alturas diferentes para identificar eixos, faces laterais de paredes etc. Marcar na 
tábua a linha de pilares com tinta esmalte vermelha; 
g) Marcar todos os pontos de referência na tábua sempre usando trena 
metálica e efetuar a conferência (mestre ou engenheiro). Um bom método de 
conferência é o inverso, ou seja, voltar do último ponto marcado, fazendo o caminho 
inverso da locação; 
h) Com duas linhas de nylon n.80 (preferência arame de aço recozido n.18) 
esticadas a partir das marcações do gabarito e no cruzamento das linhas 
transferirem as coordenadas das estacas (sapata ou elemento que venha a ser 
executado) para o terreno, usando um fio de prumo (250 g) marcar o ponto exato da 
estaca (centro), cravando um piquete (pintado de branco); 
i) No caso de haver movimentação de equipamentos pesados (bate-estacas, 
máquinas e caminhões) deve-se proceder à cravação com um rebaixo em relação 
ao terreno e marcar o local do piquete com cal ou areia, remarcar sempre que 
ocorrer dúvida em relação à locação do piquete;AN02FREV001/REV 4.0 
 82 
j) No caso da necessidade de se traçar uma curva de pequeno raio, acha-se 
o centro desta a partir do cálculo do raio da curva (que pode ser feito previamente no 
escritório), e, com o auxílio de um arame ou linha, traça-se a curva no terreno (como 
se fosse um compasso). 
 
 
FIGURA 51 - TRAÇADO DE CURVA DE PEQUENO RAIO 
 
FONTE: (BORGES, 1996). 
 
 
k) Colocar proteções e avisos da existência do gabarito para evitar 
abalroamento e deslocamentos que possam colocar em risco a exatidão do controle 
geométrico da obra. Alertar para que não utilizem o gabarito como andaime, apoio 
para materiais, passarelas etc. 
 
 
2.4 INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS 
 
 
Instalações provisórias: áreas de vivência e de apoio 
De acordo com a definição da NR-18, as áreas de vivência (refeitório, 
vestiário, área de lazer, alojamentos e banheiros) são áreas destinadas a suprir as 
necessidades básicas humanas de alimentação, higiene, descanso, lazer e 
convivência, devendo ficar fisicamente separadas das áreas laborais. 
Essa norma também exige, tendo em vista as condições de higiene e 
salubridade, que estas áreas não sejam localizadas em subsolos ou porões de 
edificações. 
 
 
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 83 
Já as áreas de apoio (almoxarifado, escritório, guarita ou portaria e plantão 
de vendas) compreendem aquelas instalações que desempenham funções de apoio 
à produção, abrigando funcionário(s) durante a maior parte ou durante todo o 
período da jornada diária de trabalho, ao contrário do que ocorre nas áreas de 
vivência, as quais só são ocupadas em horários específicos. 
 
Dimensionamento das instalações 
São citadas a seguir algumas dimensões usualmente adotadas no 
dimensionamento das instalações de movimentação e armazenamento de materiais: 
 
(a) elevador de carga: as dimensões em planta de 1,80 m x 2,30 m são as 
mais usuais para torres metálicas de elevadores de carga; 
 
(b) distância entre roldana e tambor do guincho: esta distância deve estar 
compreendida entre 2,5 m e 3,0 m (NR-18), devendo ser considerada para estimar a 
posição do guincheiro; 
 
(c) baias de agregados: as baias devem ter largura igual ou pouco maior que 
a largura da caçamba do caminhão que descarrega o material, enquanto as outras 
dimensões (altura e comprimento) devem ser suficientes para a estocagem do 
volume correspondente a uma carga. No caso da areia e brita, por exemplo, as 
dimensões usuais são aproximadamente: 
3,00 m x 3,00 m x 0,80 m (altura); 
 
(d) estoques de cimento: a área necessária para estocagem deve ser 
estimada com base no orçamento e na programação da obra. As seguintes 
dimensões devem ser consideradas neste cálculo: 
- dimensões do saco de cimento: 0,70 m x 0,45 m x 0,11 m (altura); 
- altura máxima da pilha: 10 sacos. No caso de armazenagem inferior a 15 
dias a NBR 12655 permite pilhas de até 15 sacos; 
 
(e) estoque de blocos: a área necessária deve ser estimada com base no 
orçamento e na programação da obra. O estoque deve utilizar o espaço cúbico, 
 
 
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 84 
limitando, por questões de ergonomia e segurança do operário, a altura máxima da 
pilha em aproximadamente 1,40 m; 
 
(f) caçamba tele-entulho: dimensões usuais em planta de caçambas tele-
entulho são de 1,60 m x 2,65 m; 
 
(g) bancada de fôrmas: a bancada deve possuir dimensões em planta que 
sejam pouco superiores às da maior viga ou pilar a ser executado; 
 
(h) portão de veículos: o portão deve ter largura e altura que permitam a 
passagem do maior veículo que entrará por ele na obra, no decorrer de todo o 
período de execução. Usualmente a largura de 4,00 m e a altura livre de 4,50 m é 
suficiente; 
 
(i) caminhões de transporte de madeira: para verificar se estes caminhões 
podem entrar no canteiro e acessar as baias deve-se conhecer o seu raio de 
curvatura e suas dimensões. Dimensões usuais são as seguintes: 
- raio de curvatura: 5,00 m; 
- largura e comprimento do veículo: 2,70 m x 10,00 m. 
 
(j) caminhões betoneiras: dimensões usuais desses caminhões são as 
seguintes: 
- raio de curvatura: 5,00 m; 
- largura e comprimento do veículo: 2,70 m x 8,00 m. 
 
Áreas de vivência 
 
Instalações Sanitárias 
 As instalações sanitárias devem: 
• Ter portas de acesso de modo a manter o resguado conveniente; 
• Estar situadas em locais de fácil e seguro acesso e no máximo a 150,0 
m do posto de trabalho. 
• Ser constituídas de: 
 
 
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 85 
• Um conjunto composto de lavatório, vaso sanitário e mictório, para 
cada grupo de 20 trabalhadores. 
• Um chuveiro para cada grupo de 10 trabalhadores. 
• Dimensões recomendadas: 
• Vaso sanitário: 1,0 m2 
• Chuveiro: 0,80 m2 
• Lavatório, espaçamento: 0,60 m2 
• Mictório, espaçamento: 0,60 m2 
 
Vestiário 
Todo canteiro de obras deve possuir vestiário para troca de roupa dos 
trabalhadores que não residam no local. 
Os vestiários devem: 
• Ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com 
cadeado; 
• Ter bancos, com largura mínima de 0,30 m. 
 
Refeitório 
É obrigatória a existência de local adequado para as refeições, que deve: 
• Ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores 
no horário das refeições; 
• Ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior. 
 
Para qualquer número de trabalhadores, mesmo que não haja cozinha no 
canteiro, deve haver local exclusivo para aquecimento das refeições. 
 
Àreas de apoio 
 
Escritórios e depósitos de materiais. 
O escritório é uma construção, destinada aos elementos de adiministração 
da obra: 
• Engenharia (gerentes e engenheiros); 
• Estagiários e técnicos; 
 
 
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 86 
• Mestre de obras; 
• Encarregados; 
• Técnico de segurança do trabalho. 
 
 
O depósito de materiais deve ficar próximo dos acessos da obra e ser 
localizado de modo a permitir fácil distribuição dos materiais pelo canteiro. 
Os depósitos são locais destinados à estocagem de materiais volumosos ou 
de uso corrente, podendo ser a céu aberto ou cercado, para possibilitar o controle. 
 
Medidas aproximadas dos elementos do canteiro de obras: 
 
Depósito de materiais: 7,00 x 3,00 = 21,00 m2 
Depósito de cimento: 7,00 x 1,50 = 10,50 m2 
Guarita: 1,00 x 1,50 = 1,5,0 m2 
Banheiro: 8,00 x 2,50 = 16,0 m2 
Escritório: 6,50 x 2,00 = 13,0 m2 
Refeitório: 10,00 x 2,50 = 25,00 m2 
 
 
2.5 FUNDAÇÕES 
 
 
Definição 
Conjunto de elementos estruturais destinados a transmitir ao terreno as 
cargas da edificação. 
 
Função 
As fundações devem ter resistência adequada para suportar as tensões 
causadas pelos esforços solicitantes. 
 
A escolha da fundação mais adequada depende: 
• Esforços atuantes sobre a edificação; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 87 
• Característica do solo (por meio de sondagens) e dos elementos 
estruturais que formam as fundações; 
• Porte da obra (solicitações); 
• Processo construtivo; 
• Construções vizinhas; 
• Complexidade e custos. 
 
Classificação 
• Fundações diretas 
As cargas da edificação são transmitidas ao solo pela base da fundação. 
Podem ser rasas ou profundas. 
 
• Fundações indiretas 
As cargas da edificação são transferidas ao solo pelo atrito que ocorre entre 
a fundação e o solo. São sempre profundas. 
 
 
2.5.1 Sapatas 
 
 
Elementos de fundação superficial (rasas) diretas de concreto armado. Pode 
ter espessura constante ou variável e a forma de sua base pode ser quadrada, 
retangular, circular ou trapezoidal dimensionada, de modo que as tensõesde tração 
sejam resistidas pela armadura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 52 - EXEMPLO DE SAPATA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.sitengenharia.com.br/softwaresapata.html>. Acesso em: Acesso 
em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Sapata Isolada 
Recebe as cargas de apenas um pilar. É uma solução preferencial por ser, 
em geral, mais econômica em razão de consumir menos concreto. As sapatas 
podem ter vários formatos, mas o mais comum é o cônico retangular, pois consome 
menos concreto e exige trabalho mais simples com a fôrma. No caso de pilares de 
formato não retangular, a sapata deve ter seu centro de gravidade coincidindo com o 
centro de cargas. 
 
 
FIGURA 53 - EXEMPLOS DE SAPATAS ISOLADAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://construironline.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=397>. Acesso 
em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
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 89 
 
Sapata Corrida 
A sapata corrida é normalmente utilizada como apoio direto de paredes, 
muros e pilares alinhados, próximos entre si. A transferência de carga é feita 
linearmente. 
 
 
FIGURA 54 - EXEMPLOS DE SAPATAS CORRIDAS 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://construironline.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=397>. Acesso 
em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Sapatas alavancadas 
Caso o projeto preveja uma sapata em divisa de terreno ou com algum 
obstáculo, a peça não consegue ter o centro de gravidade e o centro de cargas 
coincidentes. Para compensar a excentricidade das cargas, é necessário transferir 
parte dos esforços para uma sapata próxima por meio de uma viga alavancada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 55 - EXEMPLO DE SAPATA ALAVANCADA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://construcaociviltips.blogspot.pt/2012_02_01_archive.html>. Acesso 
em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
2.5.2 Estacas 
 
 
As estacas são fundações profundas utilizadas para transmitir as cargas 
atuantes na superfície a certa profundidade do solo. 
São fundações executadas com auxílio de ferramentas ou equipamentos, a 
execução pode ser realizada por cravação, prensagem, vibração ou por escavação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 56 - COMPARATIVO DE ESTACA MOLDADA IN-LOCO E ESTACA PRÉ-
MOLDADA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.uepg.br/denge/aulas/fundacao/fig10.htm>. Acesso em: Acesso 
em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Entre os principais tipos de estaca as estacas pré-moldadas caracterizam-se 
por serem cravadas no terreno, podendo-se utilizar os seguintes métodos: 
o Percussão: é o método de cravação mais empregado, o qual se utiliza 
pilões de queda livre ou automáticos. Um dos principais inconvenientes desse 
sistema é o barulho produzido. 
o Prensagem: empregada onde há a necessidade de evitar barulhos e 
vibrações, utiliza macacos hidráulicos que reagem contra uma plataforma com 
sobrecarga ou contra a própria estrutura. 
o Vibração: sistema que emprega um martelo dotado de garras (para 
fixar a estaca), com massas excêntricas que giram com alta rotação, produzindo 
uma vibração de alta frequência à estaca. Pode ser empregada tanto para cravação 
como para remoção de estacas, tendo o inconveniente de transmitir vibrações para 
os arredores. Podem ser fabricadas com diversos materiais, sendo as estacas de 
concreto e metálicas as mais usuais. 
 
 
 
 
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 92 
Estacas de Concreto 
As estacas de concreto são comercializadas com diferentes formatos 
geométricos. A capacidade de carga é bastante abrangente, podendo ser 
simplesmente armadas, protendidas, produzidas por vibração ou centrifugação. 
 
Estacas Metálicas 
São constituídas de perfis laminados ou soldados e de tubos de chapa 
drobrada nas seções circular, quadrada ou retangular, também na forma de trilhos. A 
cravação pode ser feita com bate-estacas e as emendas, quando necessárias, são 
feitas com talas aparafusadas ou soldadas. 
 
Estacas de Madeira 
As estacas de madeira somente devem ser usadas quando for garantida a 
durabilidade da madeira a fim de que ela não apodreça por causa das variações do 
lençol freático. A madeira deve ser tratada para evitar ataque de fungos. Se as 
estacas forem cravadas em terrenos firmes, as pontas devem ser protegidas com 
ponteiras de aço. 
 
 
Estacas moldadas in loco com tubo de revestimento 
• Tipo Franki 
Estaca de concreto armado moldada in loco que emprega um tubo de 
revestimento com ponta fechada, de modo que não há limitação de profundidade 
devido à presença de água do subsolo. Para a cravação da estaca, lança-se areia e 
brita no interior do tubo, materiais esses que são compactados por meio de golpes 
de um pilão. Realizada a cravação, executa-se o alargamento da base, a armação e, 
finalmente, a concretagem. 
 
 
• Tipo Strauss 
Elemento de fundação escavado mecanicamente, com o emprego de uma 
camisa metálica recuperável, que define o diâmetro das estacas. O equipamento 
 
 
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 93 
utilizado é leve e de pequeno porte, facilitando a locomoção dentro da obra e 
possibilitando a montagem do equipamento em terrenos de pequenas dimensões. 
A perfuração é feita por meio da queda livre da piteira com a utilização de 
água. O furo geralmente é revestido. Atingida a profundidade de projeto, o furo é 
limpo e concretado. Durante a concretagem, o apiloamento do concreto e a retirada 
cuidadosa do revestimento devem ser observados, para que não haja interrupção do 
fuste. 
 
 
FIGURA 57 - ESQUEMA COMPARATIVO DE ESTACAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://arquitectandoufpb.blogspot.pt/2012/06/fase-da-obra-fundacoes.html>. 
Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Estacas moldadas in loco escavadas mecanicamente 
 
• Tipo Hélice Contínua 
 
 
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 94 
Estaca de concreto moldada in loco, executada por meio de um 
equipamento que possui um trado helicoidal contínuo, que retira o solo conforme se 
realiza a escavação, e injeta o concreto simultaneamente, utilizando a haste central 
desse mesmo trado. É um sistema que proporciona uma boa produtividade e, por 
esse motivo, é recomendável que haja uma central de concreto nas proximidades do 
local de trabalho. Além disso, as áreas de trabalho devem ser planas e de fácil 
movimentação. O sistema pode ser empregado na maioria dos tipos de solos, 
exceto em locais onde há a presença de matacões e rochas. Estacas curtas demais, 
ou que atravessam materiais extremamente moles também deve ter sua utilização 
analisada cuidadosamente. 
 
FIGURA 58 - ESTACA HÉLICE CONTÍNUA 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.solotecgeo.com.br/iframe/servicos/fundacoes/estacas_helice_continuas.htm>. Acesso 
em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
• Estaca Raiz 
Estacas escavadas com perfuratriz, executadas com equipamento de 
rotação ou rotopercussão com circulação de água, lama bentonítica ou ar 
 
 
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 95 
comprimido. É recomendado para obras com dificuldade de acesso para o 
equipamento de cravação, pois emprega equipamento com pequenas dimensões 
(altura de aproximadamente 2m). Pode atravessar terrenos de qualquer natureza, 
sendo indicado também quando o solo possui matacões e rocha, por exemplo. Pode 
ser executada de forma inclinada, resistindo a esforços horizontais. 
 
 
FIGURA 59 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.vtn.com.br/pre-moldados-e-fundacoes/fundacao-e-estaca/index.php>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
2.5.3 Radier 
 
 
É um elemento de fundação superficial que distribui as cargas do edifício no 
solo, reunindo todos os pontos de transmissão em um único elemento estrutural. 
O radier é um tipo de fundação rasa que funciona como uma laje contínua 
de concreto armado em toda a área da construção e transmite as cargas da 
estrutura da casa (pilares ou paredes) para o terreno (BORGES, 1996). 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 96 
 
FIGURA 60 - FUNDAÇÃO TIPO RADIER 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.metalica.com.br/fundacao-radier>. Acesso em: Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
Para entender como funciona um radier imagine pisar em um terreno de 
barro, muito mole, totalmente encharcado depois de uma chuva; seu pé com certeza 
vai afundar. Agora coloque sobre esse terreno uma chapa de madeira e pise sobre 
ela. A chapa distribui os esforços provenientes do seu peso, impedindo-o de 
afundar. Dessa forma funciona o radier. 
A construção do radier consiste no emprego de uma laje contínua em toda a 
área da construção distribuindo uniformemente toda a carga no terreno. 
A laje deve ser feita usando um concreto com armadura de aço nas duas 
direções tanto na parte superior como na inferior (armadura dupla). 
 
 
2.6 EQUIPAMENTOS 
 
 
Entre os diversos tipos de equipamentos utilizados em uma obra, existem os 
equipamentos de transporte, que englobam os tipos principais, que são classificados 
segundo a sua mobilidade em móveis e fixos. 
 
• Equipamentos Móveis 
Os equipamentos móveis estão presentes em todas as fases de uma obra, 
sendo que os mais comuns em canteiro de obras: são os caminhões basculantes, 
máquinas de grande porte como pá carregadeiras, retroescavadeiras, etc. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 97 
 
FIGURA 61 - EQUIPAMENTO MÓVEL: CAMINHÃO BASCULANTE 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.culturamix.com/transporte/caminhao-basculante>. Acesso em: 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 62 - EQUIPAMENTO MÓVEL: PÁ CARREGADEIRA 
 
FONTE: Disponível em: <http://changlin.com.pt/1wheel_loader_4.html>. Acesso em: Acesso em: 22 
de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 63 - EQUIPAMENTO MÓVEL: RETROESCAVADEIRA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.logismarket.ind.br/makena/retroescavadeira/1787096378-
1179618649-p.html>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 64 - EQUIPAMENTO MÓVEL: GRUA MÓVEL 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.jogospuzzle.com/puzzles-de-veiculos-da-construcao.html>. 
Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 99 
 
FIGURA 65 - EQUIPAMENTO MÓVEL: CAMINHÃO BETONEIRA 
 
FONTE: Disponível em: <http://changlin.com.pt/7mixer_truck.html>. Acesso em: Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
 
 
• Equipamentos Fixos 
São os equipamentos que devem ser localizados em locais estratégicos de 
uma obra, de forma a obter o maior potencial de apoio a diversos trabalhos. De uma 
maneira geral são os equipamentos de transporte vertical como; gruas, guinchos 
elevadores, andaimes, etc. 
 
 
FIGURA 66 - EQUIPAMENTO FIXO: GRUA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.globalconstroi.com/directorio-de-
mpresas.html?sobi2Task=sobi2Details&sobi2Id=34>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
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 100 
 
FIGURA 67 - EQUIPAMENTO FIXO: GUINCHO 
 
FONTE: Disponível em: <http://abandaimes.blogspot.pt/>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 
2013. 
 
 
FIGURA 68 - EQUIPAMENTO FIXO: ELEVADOR DE OBRA 
 
FONTE: Disponível em: <http://ciceroeletricidade.blogspot.pt/2011/08/diagrama-de-comando-para-
montagem-de.html>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
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 101 
 
FIGURA 69 - EQUIPAMENTO FIXO: ANDAIMES 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.solostocks.pt/venda-produtos/construcao/equipamentos-
construcao/andaimes-e-torres-de-andaime-venda-por-joao-gravito-lda-804887>. Acesso em: Acesso 
em: 22 de janeiro de 2013. 
 
FIM DO MÓDULO II 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 103 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a DistânciaPortal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 104 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 105 
 
 
MÓDULO III 
 
 
3 ESTRUTURA 
 
 
3.1 SISTEMA ESTRUTURAL 
 
 
A função da estrutura é fornecer um caminho seguro para as cargas da 
superfície para a infraestrutura, para tanto é preciso: planejar, projetar, construir 
(BORGES, 1996). 
 
• Planejar é selecionar o esquema estrutural mais conveniente, e definir 
seu arranjo geral; estimar dimensões com base em critérios de segurança, 
economia, funcionalidade e estética. 
• Projetar é fazer a determinação dos esforços solicitantes, a definição 
precisa das dimensões e a idealização de suas conexões e vínculos. 
• Construir é materializar o que foi planejado. 
 
Os principais requisitos da estrutura são: a segurança, durabilidade, 
economia, funcionalidade estética. A estrutura deve ainda resistir ao vento, 
descargas atmosféricas, terremotos, incêndios, e ter um valor razoável de custo de 
mão de obra e materiais. 
A estrutura das construções é composta por vários materiais 
adequadamente dispostos e solidarizados. Há várias opções de sistemas estruturais 
para edifícios. No caso da utilização do concreto armado, a maioria delas se compõe 
de lajes, vigas, pilares e paredes estruturais. 
Os principais elementos estruturais podem ser divididos em três categorias: 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 106 
• Elementos estruturais de fundação: fundações diretas ou rasas, e 
profundas; 
• Elementos estruturais básicos: lajes, vigas, pilares; 
• Elementos estruturais complementares: escadas, caixas d’água e 
muros de arrimo. 
 
 
3.1.1 Pilares 
 
 
Pilares são “elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na 
vertical, em que as forças normais de compressão são preponderantes” (NBR 
6118/03). 
São destinados a transmitir as ações às fundações, embora possam também 
transmitir para outros elementos de apoio. As ações são provenientes geralmente 
das vigas e lajes de concreto. 
 
 
FIGURA 70 - PILAR DE CONCRETO ARMADO 
 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 107 
 
Os pilares são os elementos estruturais de maior importância nas estruturas, 
tanto do ponto de vista da capacidade resistente dos edifícios quanto no aspecto de 
segurança. 
Além da transmissão das cargas verticais para os elementos de fundação, 
os pilares podem fazer parte do sistema de contraventamento responsável por 
garantir a estabilidade global dos edifícios às ações verticais e horizontais. 
 
 
FIGURA 71 - EXEMPLO DE PILAR DE CONCRETO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.tecbarragem.com.br/eng/obras-realizadas-pela-tecbarragem-tecforma-pilares-de-pontes.html>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 108 
 
 
FIGURA 72 - EXEMPLO DE PILAR DE CONCRETO EM EDIFÍCIO 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
3.1.2 Lajes 
 
 
As lajes são os elementos planos que se destinam a receber a maior parte 
das ações aplicadas em uma construção, como de pessoas, móveis, pisos, paredes, 
e os mais variados tipos de carga que podem existir em função da finalidade 
arquitetônica do espaço físico que a laje faz parte. 
A principal função das lajes é receber os carregamentos atuantes no andar, 
provenientes do uso da construção (pessoas, móveis e equipamentos), e transferi-
los para os apoios. 
As ações são comumente perpendiculares ao plano da laje, podendo ser 
divididas em: distribuídas na área (peso próprio, revestimento de piso, etc.), 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 109 
distribuídas linearmente (paredes) ou forças concentradas (pilar apoiado sobre a 
laje). 
 
 
FIGURA 73 - LAJES MACIÇAS DE CONCRETO ARMADO 
 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
Nos edifícios usuais, as lajes maciças têm grande contribuição no consumo 
de concreto: aproximadamente 50% do total. Laje maciça é um termo que se usa 
para as lajes sem vazios apoiadas em vigas nas bordas 
De modo geral, não são aplicadas em construções residenciais e outras de 
pequeno porte, pois nesses tipos de construção as lajes nervuradas pré-fabricadas 
apresentam vantagens nos aspectos custo e facilidade de construção. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 110 
 
 
FIGURA 74 - LAJE MACIÇA 
 
FONTE: Disponível em: <http://cddcarqfeevale.wordpress.com/2012/04/03/lajes-macicas-de-concreto-
armado/>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
As lajes lisa e cogumelo também não têm vazios como a laje maciça, 
contudo, tem outra definição. “Lajes cogumelo são lajes apoiadas diretamente em 
pilares com capitéis, enquanto lajes lisas são as apoiadas nos pilares sem capitéis” 
(NBR 6118/03). 
As lajes lisa e cogumelo também são chamadas pela norma como lajes sem 
vigas. Elas apresentam a eliminação de grande parte das vigas como a principal 
vantagem em relação às lajes maciças, embora por outro lado tenham maior 
espessura. 
São usuais em todo tipo de construção de médio e grande porte, inclusive 
edifícios de até 20 pavimentos. Apresentam como vantagens custos menores e 
maior rapidez de construção. No entanto, são suscetíveis a maiores deformações 
(flechas). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 111 
 
 
FIGURA 75 - EXEMPLO DE LAJE LISA E COGUMELO 
 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
Capitel é a região nas adjacências dos pilares em que a espessura da laje é 
aumentada com o objetivo de aumentar a sua capacidade resistente nessa região de 
alta concentração de esforços cortantes e de flexão. 
 
 
FIGURA 76 - CAPITEL DE LAJE COGUMELO 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 112 
 
 
“Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-
moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos está localizada nas 
nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte” (NBR 6118/03). As lajes 
com nervuras pré-moldadas são comumente chamadas pré-fabricadas. 
 
 
FIGURA 77 - LAJE NERVURADA MOLDADA NO LOCAL COM BLOCO DE 
CONCRETO CELULAR AUTOCLAVADO 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
Há também lajes nervuradas moldadas no local sem material de enchimento, 
feitas com moldes plásticos removíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 113 
 
 
FIGURA 78 - LAJE NERVURADA 
 
FONTE: Disponível em: <http://blogdofeiteiro.webnode.pt/news/blog-principal/>. Acesso em: Acesso 
em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
As lajes pré-fabricadas do tipo treliçada, onde a armadura tem o desenho de 
uma treliça espacial, vêm ganhando maior espaço na aplicação em construções 
residenciais de pequeno porte e até mesmo em edifícios de baixa altura, 
principalmente devido ao bom comportamento estrutural e facilidade de execução. 
 
 
FIGURA 79 - EXEMPLO DE LAJE NERVURADA PRÉ-FABRICADA DO TIPO 
TRELIÇADA 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 114 
 
 
 
FIGURA 80 - LAJE PRÉ-FABRICADA DO TIPO TRELIÇADA COM ENCHIMENTO 
EM BLOCOS CERÂMICOS E DE ISOPOR 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
3.1.3 Vigas 
 
 
Pela definição da NBR 6118/03, vigas “são elementos lineares em que a 
flexão é preponderante”. 
As vigas são classificadas como barras e são normalmente retas e 
horizontais, destinadas a receber ações das lajes, de outras vigas, de paredes de 
alvenaria, e eventualmente de pilares, etc. A função das vigas é basicamente vencer 
vãos e transmitir as ações nelas atuantes para os apoios, geralmente os pilares. 
As ações são geralmente perpendicularmente ao seu eixo longitudinal, 
podendo ser concentradas ou distribuídas. Podem ainda receber forças normais de 
compressão ou de tração, na direção do eixo longitudinal. 
As vigas, assim como as lajes e os pilares, também fazem parte da estrutura 
de contraventamento responsável por proporcionar a estabilidade global dos 
edifícios às ações verticais e horizontais. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 115 
As armaduras das vigas são geralmente compostas por estribos, chamados 
“armadura transversal”, e por barras longitudinais, chamadas “armadura 
longitudinal”. 
 
 
FIGURA 81 - EXEMPLO DE VIGA RETA DE CONCRETO 
 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 116 
 
 
FIGURA 82 - EXEMPLO DE VIGAS DE CONCRETO 
 
 
FIGURA 83 
 
FONTE: Disponível em: <http://jasmimdosacores.blogspot.pt/2011/07/vigas-especiais.html>. Acesso 
em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 117 
 
 
3.2 CONCRETO ARMADO 
 
 
Os primeiros materiais a serem empregados nas construções foram a pedra 
natural e a madeira, sendo o ferro e o aço empregados séculos depois. O concreto 
armado só surgiu mais recentemente, por volta de 1850 (BORGES, 1996). 
Para um material de construção ser considerado bom, ele deve apresentar 
duas características básicas: resistência e durabilidade. A pedra natural tem 
resistência à compressão e durabilidade muito elevadas, porém, tem baixa 
resistência à tração. A madeira tem razoável resistência, mas tem durabilidade 
limitada. O aço tem resistências elevadas, mas requer proteção contra a corrosão. 
O concreto armado pode ter surgido da necessidade de se aliar as 
qualidades da pedra (resistência à compressão e durabilidade) com as do aço 
(resistências mecânicas), com as vantagens de poder assumir qualquer forma, com 
rapidez e facilidade, e proporcionar a necessária proteção do aço contra a corrosão. 
O concreto é um material composto, constituído por cimento, água, 
agregado miúdo (areia) e agregado graúdo (pedra ou brita), e ar. Pode também 
conter adições (cinza volante, pozolanas, sílica ativa, etc.) e aditivos químicos com a 
finalidade de melhorar ou modificar suas propriedades básicas. 
O Concreto é uma mistura, em determinadas proporções, de quatro 
componentes básicos: cimento, pedra, areia e água. 
 
Tipos de concreto: simples, armado e magro. 
A definição para o Concreto Simples, conforme a NBR 6118/03: “elementos 
estruturais elaborados com concreto que não possui qualquer tipo de armadura ou 
que a possui em quantidade inferior ao mínimo exigido para o concreto armado”. 
Na sequência são apresentadosos materiais componentes do concreto 
simples, com a definição e a descrição de suas características mais importantes. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 118 
 
Componentes do concreto 
 
Cimento 
O cimento portland, tal como hoje mundialmente conhecido, foi descoberto 
na Inglaterra por volta do ano de 1824, e a produção industrial foi iniciada após o 
ano de 1850. 
O cimento portland é um pó fino com propriedades aglomerantes, 
aglutinantes ou ligantes, que endurece sob ação da água. Depois de endurecido, 
mesmo que seja novamente submetido à ação da água, o cimento portland não se 
decompõe mais (BORGES, 1996). 
O cimento é o principal elemento dos concretos e é o responsável pela 
transformação da mistura de materiais que compõem o concreto no produto final 
desejado. 
O cimento é composto de clínquer e de adições, sendo o clínquer o principal 
componente, presente em todos os tipos de cimento. O clínquer tem como matérias-
primas básicas o calcário e a argila. A propriedade básica do clínquer é que ele é um 
ligante hidráulico, que endurece em contato com a água. 
 
 
 
FIGURA 84 - CLINQUER PARA FABRICAÇÃO DE CIMENTO 
 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 119 
Para a fabricação do clínquer, a rocha calcária inicialmente britada e moída 
é misturada com a argila moída. A mistura é submetida a um calor intenso de até 
1450°C, sendo bruscamente resfriada, formando pelotas (o clínquer). Após processo 
de moagem, o clínquer transforma-se em pó. 
As adições são matérias-primas misturadas ao clínquer no processo de 
moagem, e são elas que definem as propriedades dos diferentes tipos de cimento. 
As principais adições são o gesso, as escórias de alto-forno, e os materiais 
pozolânicos e carbonáticos. 
Os tipos de cimento que existem no Brasil diferem em função da sua 
composição, como o cimento portlando comum, o composto, o de alto-forno, o 
pozolânico, o de alta resistência inicial, o resistente a sulfatos, o branco e o de baixo 
calor de hidratação. Dentre os diferentes tipos de cimento listados na Tabela abaixo, 
os de uso mais comuns nas construções são o CPII E-32, o CPII F-32 e o CPIII-40. 
O cimento CPV-ARI é também muito utilizado em fábricas de estruturas pré-
moldadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 120 
 
FIGURA 85 - TIPOS DE CIMENTO 
 
FONTE: Disponível em: <www.abcp.org.br>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Os diferentes tipos de cimento têm uma nomenclatura própria e são 
fabricados segundo as resistências à compressão de 25, 32 ou 40 MPa. No 
comércio o cimento é fornecido em sacos de 25 kg e 50 kg, com exceção do cimento 
ARI que pode ser encontrado também em sacos de 40 kg. 
 
Agregados 
Os agregados podem ser definidos como os “materiais granulosos e inertes 
que entram na composição das argamassas e concretos” (PFEIL, 1989). São muito 
importantes no concreto porque cerca de 70 % da sua composição é constituída 
pelos agregados, e são os materiais de menor custo dos concretos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 121 
Os agregados são classificados quanto à origem em naturais e artificiais. Os 
agregados naturais são aqueles encontrados na natureza, como areias de rios e 
pedregulhos, também chamados cascalho ou seixo rolado. Os agregados artificiais 
são aqueles que passaram por algum processo para obter as características finais, 
como as britas originárias da trituração de rochas. 
 
 
FIGURA 86 - AGREGADOS NATURAIS MIÚDO (AREIA) E GRAÚDO (SEIXO 
ROLADO) 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
Na classificação quanto às dimensões os agregados são chamados de 
miúdo, como as areias, e graúdo, como as pedras ou britas. O agregado miúdo tem 
diâmetro máximo igual ou inferior a 4,8 mm, e o agregado graúdo tem diâmetro 
máximo superior a 4,8 mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 122 
Os agregados graúdos (britas) têm a seguinte numeração e dimensões 
máximas: 
 
 
FIGURA 87 - TAMANHO DAS PEDRAS 
TAMANHO DAS PEDRAS 
Brita zero (ou pedrisco) 4,8mm a 9,5mm 
Brita 1 9,5mm a 19mm 
Brita 2 19mm a 38mm 
Brita 3 38mm a 76mm 
Brita 4 >76mm 
Pedra-de-mão 
 
FONTE: (PFEIL, 1989). 
 
 
As britas são os agregados graúdos mais usados no Brasil, com uso 
superior a 50% do consumo total de agregado graúdo nos concretos (PFEIL, 1989). 
No passado era comum a mistura de britas 1 e 2 para a confecção de concretos, 
porém, atualmente a grande maioria dos concretos feitos para as obras correntes 
utiliza apenas a brita 1 na sua confecção. 
Os agregados podem também ser classificados em leves, normais e 
pesados. As britas normais são geralmente obtidas pela trituração de rochas, como 
basalto, gnaisse e granito. 
 
 
FIGURA 88 - PEDRA BRITA 
 
Brita 0 Brita 1 
FONTE: Disponível em: <http://mibasa.com.br>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 123 
 
 
Água 
A água é necessária ao concreto, em razão de possibilitar reações químicas 
do cimento, as quais são chamadas reações de hidratação, que irão garantir as 
propriedades de resistência e durabilidade do concreto. 
Tem também a função de lubrificar as demais partículas para proporcionar o 
manuseio do concreto. Normalmente a água potável é a indicada para a confecção 
dos concretos. 
 
Conceito de Concreto Armado 
O concreto é um material que apresenta alta resistência às tensões de 
compressão, porém, apresenta baixa resistência à tração (cerca de 10 % da sua 
resistência à compressão). 
Assim sendo, a necessidade de juntar ao concreto um material com alta 
resistência à tração, com o objetivo deste material, disposto convenientemente, 
resistir às tensões de tração atuantes. Com esse material composto (concreto e 
armadura – barras de aço), surge então o chamado “concreto armado”, onde as 
barras da armadura absorvem as tensões de tração e o concreto absorve as tensões 
de compressão, no que pode ser auxiliado também por barras de aço (caso típico de 
pilares, por exemplo) (PFEIL, 1989). 
No entanto, o conceito de concreto armado envolve ainda o fenômeno da 
aderência, que é essencial e deve obrigatoriamente existir entre o concreto e a 
armadura, pois não bastam apenas juntar os dois materiais para que se tenha o 
concreto armado. Para a existência do concreto armado é imprescindível que haja 
real solidariedade entre ambos o concreto e o aço, e que o trabalho seja realizado 
de forma conjunta. 
Em resumo, pode-se definir o concreto armado como “a união do concreto 
simples e de um material resistente à tração (envolvido pelo concreto) de tal modo 
que ambos resistam solidariamente aos esforços solicitantes”. De forma 
esquemática pode-se indicar que concreto armado é: 
Concreto armado = concreto simples + armadura + aderência. 
 
wesley & beatriz
Realce
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 124 
 
 
A NBR 6118/03 define: 
Elementos de concreto armado: “aqueles cujo comportamento estrutural 
depende da aderência entre concreto e armadura e nos quais não se aplicam 
alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa aderência”. 
Armadura passiva é “qualquer armadura que não seja usada para produzir 
forças de protensão,isto é, que não seja previamente alongada”. 
A armadura do concreto armado é chamada “armadura passiva”, o que 
significa que as tensões e deformações nela aplicadas devem-se exclusivamente 
aos carregamentos aplicados nas peças onde está inserida. 
Como armadura tem-se que ter um material com altas resistências 
mecânicas, principalmente resistência à tração. A armadura não tem que ser 
necessariamente de aço, pode ser de outro tipo de material, como fibra de carbono, 
bambu, etc. 
 
 
FIGURA 89 - VIGA DE CONCRETO SIMPLES (A) E ARMADO (B) 
 
FONTE: (PFEIL, 1989). 
 
 
O trabalho conjunto do concreto e do aço é possível porque os coeficientes 
de dilatação térmica dos dois materiais são praticamente iguais. Outro aspecto 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 125 
positivo é que o concreto protege o aço da oxidação (corrosão), garantindo a 
durabilidade do conjunto. Porém, a proteção da armadura contra a corrosão só é 
garantida com a existência de uma espessura de concreto entre a barra de aço e a 
superfície externa da peça (denominado cobrimento), entre outros fatores também 
importantes relativos à durabilidade, como a qualidade do concreto, por exemplo. 
 
Aditivos para Concreto 
 
Os aditivos, que não estavam presentes nos primeiros passos do 
desenvolvimento do concreto, hoje são figuras de fundamental importância para sua 
composição. Há quem diga que eles são o quarto elemento da família composta por 
cimento, água e agregados e que sua utilização é diretamente proporcional à 
necessidade de se obter concretos com características especiais. 
 Eles têm a capacidade de alterar propriedades do concreto em estado 
fresco ou endurecido e apesar de estarem divididos em várias categorias, os aditivos 
carregam em si dois objetivos fundamentais, o de ampliar as qualidades de um 
concreto, ou de minimizar seus pontos fracos (PFEIL, 1989). 
Como exemplo, podemos dizer que sua aplicação pode melhorar a 
qualidade do concreto nos seguintes aspectos: 
• Trabalhabilidade; 
• Resistência; 
• Compacidade; 
• Durabilidade; 
• Bombeamento; 
• Fluidez (autoadensável). 
 
E pode diminuir sua: 
 
• Permeabilidade; 
• Retração; 
• Calor de hidratação; 
• Tempo de pega (retardar ou acelerar); 
• Absorção de água. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 126 
Sua utilização, porém, requer cuidados. Além do prazo de validade e demais 
precauções que se devem ter com a conservação dos aditivos. Sendo importante 
estar devidamente informado sobre o momento certo da aplicação, a forma de se 
colocar o produto e a dose exata. 
 
Não é exagero comparar os aditivos aos remédios, que podem tanto trazer 
mais saúde para seus pacientes, como podem virar um veneno se ministrados na 
dose errada. 
Tomando-se os cuidados necessários a relação custo-benefício destes 
produtos é muito satisfatória. As empresas que prestam serviços de concretagem, 
não abrem mão das suas qualidades e possuem, portanto, equipamentos e 
controles apropriados para conseguir o melhor desempenho possível dos concretos 
aditivados. 
Quando o concreto for dosado em obra, caberá ao mestre de obra, verificar 
a quantidade exata de aditivo que está a ser empregada nas misturas, conforme 
especificado pelo projeto ou técnico responsável. 
 
 
Concreto dosado em Obra 
Dependendo do tipo de obra a realizar, ainda é comum o uso de concreto 
dosado em obra. Caso seja necessária esta prática, devem-se procurar as seguintes 
recomendações. 
Para esta situação, recomenda-se utilizar traços em volume, tendo como 
base latas de 18 litros. A tabela a seguir compreende os diversos traços que se pode 
reaizar em obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 127 
 
 
FIGURA 90 - TRAÇOS DE CONCRETO 
 
 
APLICAÇÃO 
TRAÇO 
RENDIME
NTO 
RESI
STÊNCIA 
- Concreto magro. 1 sc. Cimento (50 Kg) 
8,5 latas de areia 
11,5 latas de brita 1 ou 2 
2 latas d'água (36 L.) 
 
 
14 latas ou 0,25 m
3
 
 
 
 
189,6 Kg/cm
2
 
- Fundações 1 sc. Cimento (50 Kg) 
5 latas de areia 
6,5 latas de brita 1 ou 2 
1,5 lata d'água (27 L.) 
 
 
9 latas ou 0,16 m
3
 
 
 
 
 288,3 Kg/cm
2
 
- Lajes 
- Pilares 
- Vigas 
- Vergas 
1 sc. Cimento (50 Kg) 
5 latas de areia 
6,5 latas de brita 1 
1,5 lata d'água (27 L.) 
 
 
9 latas ou 0,16 m
3
 
 
 
 
 288,3 Kg/cm
2
 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 128 
 
 
FIGURA 91 - MISTURA MANUAL DE CONCRETO 
 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
 
 
FIGURA 92 - MISTURA DE CONCRETO EM BETONEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 129 
 
 
Controle Tecnológico do Concreto 
O controle tecnológico do concreto abrange o controle dos materiais que 
fazem parte da sua composição, pois as principais “doenças” que podem afetar o 
concreto, estão intimamente ligadas à falta de qualidade dos materiais que o 
compõem. 
A NBR 12654 (Controle Tecnológico dos Materiais Componentes do 
Concreto) dispõe sobre os ensaios que devem ser efetuados nestes materiais. É 
praticamente impossível encontrar materiais totalmente isentos de substâncias 
nocivas, as normas desempenham um papel de fundamental importância, pois nos 
apresentam os limites de tolerância destes elementos. 
Já entre as determinações da NBR 12655 (Concreto – preparo, controle e 
recebimento) existe a obrigatoriedade de uma dosagem experimental para concretos 
com resistência igual ou superior a 15 MPa. 
Portanto, a contratação de um laboratório gabaritado para a execução 
destes serviços é de fundamental importância para quem quer fazer seu próprio 
concreto. 
No caso de quem compra o concreto dosado em central, os encargos com 
os ensaios dos materiais e com as dosagens experimentais, já estão implícitos nas 
responsabilidades da própria concreteira. Isto não impede que o comprador faça 
ensaios paralelos, ou solicite para que a concreteira lhe forneça para análise, os 
resultados dos ensaios que ela fez em seus materiais. 
Além das dosagens experimentais e dos ensaios dos materiais, o Controle 
Tecnológico do Concreto estabelece que sejam feitos ensaios de amostras retiradas 
do concreto fresco. Com mais este procedimento, está fechado o círculo dos 
cuidados necessários para que se mantenha constante a qualidade exigida do 
concreto, sendo estes ensaios utilizados também como parâmetros para a aceitação 
do concreto. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 130 
 
Aceitação do Concreto Usinado em Obra 
 
A aceitação é feita normalmente em dois momentos distintos: 
 
Quando do recebimento do caminhão betoneira na obra, por meio do teste 
de consistência, também conhecido como ensaio de abatimento ou slump test (NBR 
7223). 
 
 
FIGURA 93 - TESTE DE CONSISTÊNCIA DO CONCRETO - SLUMP TEST 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://ergapr.hubpages.com/hub/slump-test-for-fresh-concrete>. Acesso em: 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 131 
 
 
FIGURA 94 - ENSAIO SLUMP-TEST 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.abesc.org.br/>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
O resultado desse teste deve ser menor ou igual ao valor máximo admitido 
na nota fiscal de entrega do concreto. Se o resultado for superior, demonstrará que o 
concreto está com excesso de água em sua composição, o que implica em uma 
alteração do fator água/cimentoe na possível queda de sua resistência. Nesse caso, 
o caminhão pode ser rejeitado. 
Independentemente da realização do teste de slump, devem ser colhidas 
amostras do concreto (corpos de prova), que no estado endurecido servirão para a 
realização de ensaios de resistência à compressão. 
Estas amostras devem ser em quantidade suficiente para a determinação do 
Fck estimado, por fórmulas e parâmetros existentes na NBR 6118. 
 
Resistência do Concreto (fck) 
O cálculo de uma estrutura de concreto é feito com base no projeto 
arquitetônico da obra e no valor de algumas variáveis, como por exemplo, a 
resistência do concreto que será utilizado na estrutura. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 132 
Portanto, a Resistência Característica do Concreto à Compressão (fck) é um 
dos dados utilizados no cálculo estrutural. Sua unidade de medida é o MPa (Mega 
Pascal), sendo: 
 
Pascal: Pressão exercida por uma força de 1 newton, uniformemente 
distribuída sobre uma superfície plana de 1 metro quadrado de área, perpendicular à 
direção da força. 
 
Mega Pascal (MPa) = 1 milhão de Pascal = 10,1972 Kgf/cm². 
 
Por exemplo: O Fck 30 MPa tem uma resistência à compressão de 305,916 
Kgf/cm². 
 
O valor desta resistência (fck) é um dado importante e será necessário em 
diversas etapas da obra, como por exemplo: 
Para cotar os preços do concreto junto ao mercado, pois o valor do metro 
cúbico de concreto varia conforme a resistência (fck), o slump, o uso de adições, etc. 
No recebimento do concreto na obra, devendo o valor do fck, fazer parte do 
corpo da nota fiscal de entrega, juntamente o slump-test. 
No controle tecnológico do concreto (conforme normas da ABNT), por meio 
dos resultados dos ensaios de resistência à compressão. 
Nesse ensaio, a amostra do concreto é "capeada" e colocada em uma 
prensa. Nela, recebe uma carga gradual até atingir sua resistência máxima (kg). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 133 
 
 
FIGURA 95 - ENSAIO DE COMPRESSÃO PARA CORPOS DE PROVA DE 
CONCRETO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/novas-regras-para-o-
ensaio-de-compressao-do-concreto/>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Este valor é dividido pela área do topo da amostra (cm²). Teremos então a 
resistência em kgf/cm². Dividindo-se este valor por 10,1972 se obtém a resistência 
em MPa. 
A aceitação do concreto, nesse caso, será automática se o fck estimado for 
maior ou igual ao fck solicitado. 
Caso contrário poderão ainda ser feitos: 
• Ensaios especiais no concreto, gerando novos resultados de fck 
para comparação; 
• Uma análise do projeto, para verificar se o fck estimado é aceitável; 
• Ensaios da estrutura. 
Se mesmo assim o concreto for rejeitado, poderá ser necessário: 
• Um reforço na estrutura; 
• O aproveitamento da estrutura, com restrições quanto ao seu uso; 
• A demolição da parte afetada. 
 
O concreto, dentro das variáveis que podem existir nos projetos estruturais, 
foi o item que mais evoluiu em termos de tecnologia. Antigamente muitos cálculos 
eram baseados no fck 18 MPa e hoje, conseguimos atingir no Brasil, resistências 
superiores a 100 MPa. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 134 
 
 
FIGURA 96 - CLASSES DO CONCRETO 
 
 
FONTE: NBR 6118 
 
 
Adesamento do Concreto 
Assim que o concreto for colocado nas fôrmas, deve-se iniciar o processo de 
adensamento de modo a toná-lo o mais compacto possível, a partir da expulsão do 
ar aprisionado em seu interior. 
Para adensamento do concreto, são muito utilizados os vibradores. 
Vibradores de imersão 
Os vibradores de imersão são equipamentos utilizados no adensamento do 
concreto e compõem-se das seguintes partes: acoplamento, mangueira operacional, 
eixo flexível, tubo vibratório. 
Os vibradores são fabricados com diversos diâmetros para atender a todas 
as necessidades do adensamento do concreto. Os diâmetros normalmente 
encontrados são: 25, 35, 45 e 60 mm. 
 
 
wesley & beatriz
Realce
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 135 
Diâmetro 
(mm) 
Comprimento 
(mm) 
Distância entre 
penetrações 
(mm) 
Frequência 
(vibrações 
por minuto) 
Aplicação 
25 340 200 12000 
Usado para adensamento de peças 
esbeltas e locais de difícil acesso. 
35 380 400 12000 
Usado para adensamento de paredes 
esbeltas, pilares, vigas, estacas pré-
moldadas e ao longo das juntas de 
concretagem das lajes. 
45 440 500 12000 
Usado para adensamento de 
elementos de modo geral: pilares, 
vigas, estacas. 
60 600 600 11000 
Usado para adensamento de 
elementos de modo geral: pilares, 
vigas, estacas. 
 
 
FIGURA 97 - VIBRADOR DE AGULHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.mshimizu.com.br/produtos.php?id=98&Vibrador-para-concreto>. 
Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Os vibradores são acionados por motores elétricos, a gasolina ou a diesel, 
dispõe de flange de acoplamento tipo “baioneta”, chave elétrica e alça de transporte. 
Para obter o máximo desempenho do equipamento e um adensamento 
correto do concreto, alguns cuidados devem ser observados: 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 136 
• Aplicar a vibração no maior número possível de pontos; 
• Introduzir e retirar o vibrador lentamente, a fim de que a cavidade 
deixada pela agulha se feche lentamente; 
• Aplicar a agulha em distâncias iguais a uma vez e meia o raio de ação; 
• As camadas devem ter, no máximo, 50,0 cm de espessura e altura 
menor que o comprimento da agulha. Deve-se penetrar, pelo menos, 10,0 cm na 
camada anterior; 
• Manter a distância das fôrmas em, pelo menos 15,0 cm; 
• Não vibrar em excesso. A vibração deve terminar quando a superficie 
se apresentar brilhante; 
• Não vibrar a armadura, pois neste caso, ela se descola do concreto, 
devido ao surgimento de vazios ao redor do aço. 
 
Régua vibratória 
É um equipamento constituído por uma placa de aço e uma viga (régua) que 
vibra em contato com a superfície do concreto, produzindo seu adensamento. 
A régua serve para adensar grandes áreas de lajes delgadas com baixa 
densidade de armadura. Possui comprimento de 3,0 m. Podem-se utilizar réguas 
duplas, com comprimentos de 6,0 m. 
 
 
FIGURA 98 - RÉGUA VIBRATÓRIA 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://ferreiras-rent.pt/produtos.html>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro 
de 2013. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 137 
 
 
 
Juntas de Concretagem 
Muitas vezes não se consegue concluir todo o processo de concretagem em 
um único período. Quando isso acontecer, deve-se seguir rigorosamente o projeto e 
o programa de lançamento, verificando-se o exato posicionamento em que o 
processo parou no elemento estrutural. A posição em que para a concretagem 
denomina-se junta de concretagem. 
Quando a junta não for prevista no projeto estrutural, deve-se comunicar ao 
responsável técnico pela obra para análise e aprovação. 
Quando for retomada a concretagem, deve-se limpar a superfície da junta, 
removendo-se a nata de cimento, retirando o material solto. 
 
Cura 
A cura tem como objetivo manter a água de mistura no interior do concreto 
até a completa hidratação do cimento. Se uma cura não for bem executada, ocorre a 
redução da resistência do concreto, podendo aparecer fissuras na estrutura (PFEIL, 
1989). 
A pega é praticamente o início do endurecimento do concreto. Há vários 
processos para melhorar a cura mais todos têm o mesmo objetivo: evitar a 
evaporação da água empregada no traço, pelo menos no início da hidratação.O mestre deve verificar com antecedência junto ao engenheiro o tempo 
mínimo de cura e o processo empregado. 
 
 
3.3 ARMADURA 
 
 
A armadura, segundo definição proposta por FUSCO (1975), “é o 
componente estrutural de uma estrutura de concreto armado, formado pela 
associação de diversas peças de aço”. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 138 
As definições de armação encontradas (FREIRE, 2001) se referem a um 
conjunto de operações, restritas basicamente às atividades de preparação e 
posicionamento do aço na estrutura. 
KALIAN et al. (2000) apresenta o “processo de armação” compreendendo 
três etapas: projeto, fabricação e fornecimento e construção. 
O aço é uma liga metálica de ferro e carbono, com um percentual de 0,03% 
a 2,00% de participação do carbono, que lhe confere maior ductilidade, permitindo 
que não se quebre quando é dobrado para a execução das armaduras. 
 
Para entender as armaduras, seguem as definições para os principais 
termos relacionados às armaduras: 
• Peça: parcela separável da armadura de um componente da estrutura, 
constante do projeto estrutural, com dimensões e formato característicos que, 
quando associada a outras, gera a armadura; 
• Barra: elemento de aço para concreto armado, obtido por laminação, 
disponível nos diâmetros nominais a partir de 5,0 mm (3/16”); 
• Fio: elemento de aço para concreto armado, obtido por trefilação, 
disponível nos diâmetros nominais entre 3,2 mm (3/32”) e 10,0 mm (3/8”); 
• Vergalhão: barra ou fio de aço com comprimento aproximado de 12,0 
m; 
• Cobrimento: também chamado de recobrimento, é a camada de 
concreto que separa e protege a armadura do meio externo; 
• Camada: conjunto de peças, de um elemento estrutural, que pertencem 
ao mesmo plano; 
• Estribo: peças dispostas transversalmente ao elemento estrutural, com 
o objetivo de resistir aos esforços transversais decorrentes das forças de 
cisalhamento (no caso de vigas), auxiliar a montagem e transporte das armaduras 
(tanto para pilares quanto para vigas); 
• Tela soldada: armadura composta por peças ortogonais, soldadas 
entre si, formando uma malha; 
• Diâmetro nominal: também conhecido como bitola, é o número 
correspondente ao valor em milímetros do diâmetro da seção transversal do fio ou 
da barra. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 139 
• Armadura positiva: também chamada de positivo, é a armadura situada 
na parte inferior das lajes e vigas, responsável por resistir à tração proveninente dos 
momentos negativos; 
• Armadura negativa: também chamada de negativo, é a armadura 
situada na parte superior das lajes e vigas, responsável por resistir à tração 
proveniente dos momentos negativos; 
• Transpasse: tipo de emenda entre barras ou fios por meio da 
justaposição de duas peças ao longo do comprimento; 
• Arranque: armadura deixada para fora do elemento estrutural, que irá, 
por meio do transpasse, dar a continuidade da transmissão dos esforços quando da 
solicitação da estrutura; 
• Armadura passiva: também conhecida como “armadura frouxa”, tem o 
objetivo de resistir aos esforços de tração e cisalhamento e não tem qualquer tipo de 
alongamento prévio, isto é, nenhuma força de protensão; 
• Armadura longitudinal: peças paralelas, dispostas no sentido da maior 
dimensão do elemento estrutural; 
• Armadura transversal: peças paralelas, dispostas no sentido da menor 
dimensão do elemento estrutural. 
 
Especificações e características 
A norma que regulamenta e especifica a produção de barras e fios de aço, é 
a ABNT NBR 7480 – Barras e Fios de Aço destinados a Armaduras para Concreto 
Armado. É importante que sejam feitas algumas observações: 
• A diferença principal entre aço e ferro é a quantidade de carbono: na 
composição química do ferro, o teor de carbono é maior ou igual a 2,04% e, no aço, 
este teor é menor do que 2,04%. As denominações CA 25, CA 50 e CA 60 dizem 
respeito a materiais que possuem teor de carbono que varia de 0,08% até 0,50%, 
dependendo do material, e, portanto a denominação técnica correta é aço; 
• As barras são produtos obtidos por laminação e os fios por trefilação. 
Os fios são empregados até a bitola de 10,0 mm e as barras a partir da bitola de 5,0 
mm. NBR 7480:96. 
• Na designação desses fios e barras é usado o prefixo CA, que indica o 
seu emprego no concreto armado; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 140 
• A escolha do tipo de aço se dá em função de condições econômicas e 
de mercado, sendo que nas obras de construção de edifícios, o aço CA-50 é a 
principal alternativa escolhida; 
 
Massa Linear 
A massa linear representa a massa que uma determinada barra ou fio possui 
em um metro de comprimento. A massa está, portanto diretamente relacionada ao 
diâmetro nominal ou bitola do material. 
A correlação entre o diâmetro normatizado em milímetros e a denominação 
usual no mercado é mostrada na tabela abaixo: 
 
 
TABELA DA MASSA LINEAR E TOLERÂNCIAS 
 
FONTE: NBR 7480:96 
 
 
Os fios e as barras de aço utilizados nas estruturas de concreto são 
classificados em categorias, conforme o valor característico da resistência de 
escoamento (fyk). Nessa classificação, a unidade de medida está em kgf/mm², 
sendo os aços classificados como: CA 25; CA 40; CA 50 ou CA 60. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 141 
No caso do CA 50, por exemplo, sua resistência (fyk) é equivalente a 500 
MPa. Os aços podem também ser divididos conforme o processo de fabricação, ou 
seja: 
 
Aços Tipo A 
• Fabricados pelo processo de laminação a quente sem posterior 
deformação a frio, ou por laminação a quente com encruamento a frio. 
• Apresenta em seu gráfico de tensão x deformação um patamar de 
escoamento. 
• São fabricados com bitolas (diâmetros) iguais ou maiores do que 5mm. 
• São denominados barras de aço. 
 
Aços Tipo B 
• Fabricados pelo processo de laminação a quente com posterior 
deformação a frio (trefilação, estiramento ou processo equivalente). 
• Não apresentam em seu gráfico tensão x deformação um patamar de 
escoamento. 
• São fabricados com bitolas de 5,0mm; 6,3mm; 8,0mm; 10,0mm e 
12,5mm. 
• São denominados fios de aço. 
 
 
Outras informações básicas: 
 
As barras de bitola igual ou superior a 10 mm deverão apresentar marcas de 
laminação, identificando o produto e a categoria do material. 
As de bitola inferior a 10 mm e os fios serão identificados por cores, (pintura 
do topo). 
Para projeto, devem ser usados os diâmetros e seções transversais 
nominais indicadas na NBR 7480 (Barras e fios de aço destinados à armadura para 
concreto armado). 
O módulo de elasticidade do aço pode ser admitido como sendo 210 GPa, 
na falta de valores fornecidos pelo fabricante, ou de ensaios específicos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 142 
Pode-se assumir o valor de 7.850,0 kg/m³, para a massa específica do aço 
de armadura passiva. 
 
Emprego de Armaduras 
Segundo Leonhardt & Monnig (1978), as armaduras do concreto com barras, 
malhas ou telas de aço têm as seguintes funções: 
• Absorver os esforços de tração em peças estruturais solicitadas à 
flexão e à tração, contribuindo para a capacidade resistente ou para a estabilidade 
da estrutura; 
• Fazer com que as fissuras no concreto, sob a ação de cargas de 
utilização, permaneçam na ordem de grandeza de capilares; 
• Limitar a abertura das fissuras devido a estados de tensão produzidos 
por efeitos de coação, tais como o impedimento à deformação, no caso de variação 
de temperatura de retração, de estruturas hiperestáticas, etc. 
• Em peças comprimidas, aumentar a capacidade resistente do concreto 
à compressão ou a segurança de peças comprimidas esbeltascontra a flambagem. 
 
Disposições construtivas gerais das armaduras: 
• Afastamento mínimo das barras; 
• Segundo Fusco (1975), o espaço livre entre as barras isoladas da 
armadura, tanto na direção vertical quanto na horizontal, devem ser de pelo menos 
2,0 cm e não menor que o diâmetro das barras. No caso de barras de diâmetros 
diferentes vale o diâmtro da barra mais grossa; 
• Ancoragem das armaduras; 
• A ancoragem das armaduras ocorre de duas maneiras: por aderência 
ou por meio de dispositivos mecânicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 143 
 
 
3.4 FÔRMAS 
 
 
As fôrmas são um molde que darão um formato aos elementos estruturais: 
lajes, vigas e pilares. 
O serviço de fôrmas para concreto armado, do ponto de vista econômico é 
bastante significativo. Nas tabelas a seguir são apresentadas informações sobre a 
participação deste serviço sobre o custo total. 
 
 
TABELA COM A DECOMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE ESTRUTURA DE 
CONCRETO ARMADO PARA EDIFICAÇÃO DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS 
Item 
Custo do 
material 
Custo da mão de obra 
e central de 
processamento 
Participação no 
custo da 
estrutura 
Concreto 12% 8% 20% 
Aço 19% 6% 25% 
Sistema de formas 8% 27% 35% 
Outros (embutidos, 
distanciadores, etc.) 
13% 7% 20% 
Total 52% 48% 100% 
FONTE: (ACI - AMERICAN CONCRETE INSTITUTE, 2005). 
 
 
Diversos estudos também calcularam a representatividade das fôrmas no 
custo da estrutura. O ACI (2005) afirma que o número varia entre 35 e 60% do valor 
global. Isso demonstra o importante papel na execução das estruturas de concreto e 
na construção da edificação como um todo. 
O sistema de fôrmas consiste em um conjunto de elementos combinados em 
harmonia com o objetivo de atender as funções a eles atribuídas. 
Dentro da execução das estruturas de concreto, atribuem ao sistema de 
fôrmas três funções básicas: 
• Moldar o concreto; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 144 
• Conter o concreto fresco e sustentá-lo até que tenha resistência 
suficiente para se sustentar por si só; 
• Proporcionar à superfície do concreto a textura requerida. 
Porém, cabem também ao sistema algumas outras atribuições. Entre elas, 
pode-se citar: 
• Servir de suporte para o posicionamento da armação, permitindo a 
colocação de espaçadores para garantir os cobrimentos; 
• Servir de suporte para o posicionamento de elementos das instalações 
e outros itens embutidos; 
• Servir de estrutura provisória para as atividades de armação e 
concretagem, devendo resistir às cargas provenientes do seu peso próprio, 
além das de serviço, tais como pessoas, equipamentos e materiais; 
• Proteger o concreto novo contra choques mecânicos; 
• Limitar a perda de água do concreto, facilitando a cura. 
 
Verifica-se que são muitas as responsabilidades das fôrmas, mostrando o 
quão relevante é a necessidade de garantir o seu desempenho por meio da sua 
concepção, do seu dimensionamento e da sua execução. 
 
Materiais empregados nas fôrmas 
Por muito tempo a madeira foi o único material utilizado nas fôrmas, porém 
com o passar dos anos e a exploração indistinta e desordenada deste recurso 
natural, a madeira foi se tornando escassa, aumentando o seu custo e diminuindo a 
sua qualidade. 
Novos materiais foram adaptados para a construção e novas fôrmas de 
utilização de materiais tradicionais foram incorporadas. Plástico, fibra de vidro, aço, 
alumínio, borracha e papel, tanto no estado natural quanto na forma de pré-
fabricados, além da madeira industrializada em chapas de compensado. 
Tipos de materiais 
 Madeira corrida: é usada em grande quantidade, e nos mais variados 
tipos de fôrmas, sua escolha depende da disponibilidade no local e do custo. 
 Madeira compensada: seu uso tem tido um grande crescimento para 
 
 
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 145 
peças relativamente grandes, dá ao concreto um bom acabamento. 
 Aço: tem sido um material bastante útil na fabricação das fôrmas e 
painéis, também garantem um bom acabamento ao concreto. 
 Metais leves: ligas de alumínio e o magnésio (depois de sofrerem 
tratamentos especiais para não serem atacados pelo concreto) podem também ser 
utilizados como elementos de fôrmas, porém possuem alto custo inicial. 
 Fibras de vidro e plásticos: constitui uma nova técnica, que dependem 
também da disponibilidade e custo dos materiais de sua fabricação; 
 Papelão: técnica que utiliza fôrmas de papel impermeabilizadas. Inertes 
ao concreto proporcionam bom acabamento e são de fácil manuseio. 
Fôrmas de madeira 
A madeira para confecção das fôrmas deve se destacar pelas seguintes 
qualidades: 
 Elevado módulo de elasticidade e razoável resistência; 
 Permitir bom desempenho quanto a trabalhabilidade, tendo-se em 
conta a serragem, penetração e extração dos pregos, para tanto deve ser leve ou 
moderadamente pesada, com massa específica aparente entre 0.45 KN/m3 a 0.70 
KN/m3; 
 Baixo custo - visto que as perdas são inevitáveis - mas sem que isso 
afete o acabamento das peças concretadas e exija reparos para acabamento das 
superfícies; 
 Permitir vários reaproveitamentos nos edifícios de múltiplos andares, 
observando-se as devidas restrições quanto ao baixo custo. 
Normalmente se admite no preço das fôrmas o reaproveitamento da madeira 
de acordo com o seguinte critério de utilização: 
 Tábuas de pinho, classificadas como de 3ª ou 4ª categoria industrial, 
pelo menos três vezes para lajes, vigas e pilares; 
 Caibros de pinho, classificados como de 3ª categoria, pelo menos cinco 
vezes para escoramentos e suportes das vigas e lajes; 
 Placas de compensado utilizadas nos painéis de lajes, faces laterais, 
os fabricantes permitem reutilização por pelo menos cinco vezes para capas 
externas pintadas com resinas, e até mais de vinte vezes para capas plastificadas, 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 146 
essa última proporciona ótimo acabamento para o concreto após a desforma. No 
caso de chapas plastificadas nas superfícies externas, já registraram 
aproveitamento, em fôrmas de edifícios de múltiplos pavimentos, até 25 vezes, 
quando elaborado um projeto adequado das mesmas. 
Tipos de fôrmas de madeira 
Podemos caracterizar as fôrmas convencionais de madeira em três tipos 
clássicos fundamentais: 
 Fôrmas reutilizáveis para estrutura de edifícios de múltiplos andares ou 
vários tramos de viaduto: essas estruturas merecem um projeto elaborado por 
profissionais ou firma empreiteira especializada, face à necessidade de dez a vinte 
reaproveitamentos; 
 Fôrmas utilizadas até duas vezes em pavimentos de edifícios: ficam 
por conta da diretriz do próprio profissional responsável pela construção, quando o 
orçamento da obra não justificar outras contratações; 
 Fôrmas reutilizáveis para peças de concreto pré-moldado: aqui o 
industrial da pré-fabricação opta pelas fôrmas de madeira, de acordo com a 
viabilidade de reutilização e a relação custo/benefício comparadas pelas similares 
em aço, alumínio, fiberglass ou polipropileno, esta última para lajes de edifícios. 
Madeiras Empregadas 
Tendo em vista satisfazer as condições de resistência e trabalhabilidade, 
citam-se entre as madeiras mais empregadas na confecção das fôrmas para 
concreto: 
 Pinho-do-paraná: espécies de botânica também conhecida no exterior 
como pinho-brasileiro, é realmente a melhor madeira para a execução das fôrmas de 
concreto; 
 Pinus Eliotti: usada principalmente no centro-sul, recomenda-se sua 
utilização como peça roliça, sendo neste caso um ótimo substituto do pinho para 
pontaletes; 
 Virola ou ucuúba: usada principalmente no norte do país, emprega-se 
emcaibros roliços de diversas madeiras da própria região, utilizadas também para 
tábuas e sarrafos; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 147 
 Chapas de madeira compensada - contraplacados: os contraplacados, 
já tomaram conta das obras, substituindo as tradicionais tábuas de madeira serrada, 
impondo-se pela qualidade e economia, pois possibilitam várias reutilizações sem 
danos significativos. 
 
Madeira Compensada 
Na forma de peças serradas ou de chapas de madeira compensada. As 
tábuas e sarrafos, devido à falta de padronização dimensional, bem como ao seu 
rústico acabamento superficial e a dificuldade de desforma, tem o seu uso atual 
restrito a situações com poucas repetições, em que as peças de concreto não 
ficarão expostas e a sua geometria não influenciará em outros serviços. 
As chapas de madeira compensada são divididas em dois tipos: as chapas 
resinadas e as chapas plastificadas. São os componentes mais utilizados nos 
moldes das fôrmas para edificações, devido a diversos fatores: 
 Bom acabamento superficial; 
 Facilidade de montagem e desmontagem; 
 Adequação aos diversos formatos de peças; 
 Capacidade de aproveitamento em mais de um tipo de peça estrutural; 
 Facilidade de aquisição. 
 
Chapa compensada resinada com cola branca 
A chapa é formada por camadas sobrepostas e prensadas com cola branca. 
É menos resistente a umidade e tem um menor número de reutilização das fôrmas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
wesley & beatriz
Realce
 
 
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 148 
 
 
FIGURA 99 - EXEMPLO DE CHAPA COMPENSADA RESINADA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.pedreirao.com.br/geral/formas-e-madeiras/tipos-de-chapas-de-
madeirites-passo-a-passo/>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Chapa compensada resinada com cola fenólica 
A chapa compensada produzida com lâminas selecionadas prensadas sob 
alta temperatura, colagem com cola fenólica (WBP) 100% a prova d’água, com topos 
selados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 149 
 
 
FIGURA 100 - EXEMPLO DE CHAPA RESINADA COM COLA FENÓLICA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.pedreirao.com.br/geral/formas-e-madeiras/tipos-de-chapas-de-
madeirites-passo-a-passo/>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Chapa compensada plastificada 
A chapa é formada por camadas sobrepostas, prensadas com cola fenólica 
e com uma película (chamada de filme ou Tergofilme) que forma um acabamento 
“aparente” liso e aparentemente impermeável. Essa chapa suporta mais a umidade 
e confere um melhor acabamento ao concreto. Indicada para concreto aparente. O 
compensado plastificado também tem maior número de reutilizações de fôrmas. 
 
 
FIGURA 101 - EXEMPLO DE CHAPA PLASTIFICADA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.pedreirao.com.br/geral/formas-e-madeiras/tipos-de-chapas-de-
madeirites-passo-a-passo/>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
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 150 
 
Chapa compensada OSB 
A chapa é formada por três camadas com tiras de madeira prensadas com 
resina de MUPF (ureia, formol, melanina, resina fenólica), alinhados em escamas, de 
acordo com a EN300 OSB (Norma Europeia). OSB é um termo em inglês para 
Oriented Strand Board. É ideal para a montagem de canteiro de obras, forros, pisos, 
tapumes de obras. O OSB é feito de madeira reflorestada de crescimento rápido, 
como eucalipto. 
 
 
FIGURA 102 - EXEMPLO DE CHAPA COMPENSADA OSB 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.pedreirao.com.br/geral/formas-e-madeiras/tipos-de-chapas-de-
madeirites-passo-a-passo/>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
Fôrmas Metálicas 
São fôrmas compostas por estruturas painéis que foram projetadas 
criteriosamente com o objetivo de conceber uma fôrma leve, versátil e resistente. 
Assim como as de perfil metálico esse tipo de forma elimina possibilidade de 
perdas, além de proporcionar economia de tempo e precisão na montagem. 
O uso de fôrmas metálicas em estruturas de concreto armado tem dois 
condicionantes principais: a necessidade de rapidez e a repetitividade de elementos 
nos projetos. 
As fôrmas metálicas são vantajosas, pois, ao possuírem medidas 
padronizadas e modulares, proporcionam rapidez na montagem e, ainda, 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 151 
apresentam um alto índice de reutilização. As desvantagens do sistema são o custo 
elevado, quando comparado com a solução convencional em madeira (o 
reaproveitamento das fôrmas em obras posteriores pode amortizar essa diferença), 
e a flexibilidade. As fôrmas metálicas têm pouca flexibilidade para ajuste na obra, 
portanto sua paginação deve ser prevista no projeto executivo para que a 
produtividade em montagem não seja comprometida. 
 
Tipos de fôrmas metálicas: 
 
• Sistema metálico com contato em madeira; 
• Fôrmas de alumínio. 
 
 
FIGURA 103 - EXEMPLO DE FÔRMA METÁLICA COM CONTATO EM MADEIRA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.ufrgs.br/eso/content/?p=215>. Acesso em: 22 de janeiro de 
2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 104 - EXEMPLO DE FÔRMA DE ALUMÍNIO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.itc.etc.br/sh_formas.asp>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Fôrmas de plástico 
São fôrmas duráveis que possibilitam a diminuição do custo da obra pelo 
número de reutilizações. Além de garantirem grande estanqueidade das fôrmas, são 
um sistema leve (10kg/m²), o que facilita muito o manuseio, montagem e desforma. 
Evita desperdícios e agiliza o método construtivo. 
As fôrmas podem ser feitas de plástico ABS, que é mais resistente que o 
plástico comum e não adere ao concreto resultando em ótimo acabamento. Esse 
material é encontrado em concretagem de paredes maciças de concreto como casas 
populares. 
Outro material também utilizado é o polipropileno, também inerte deixa um 
acabamento de ótima qualidade, sendo frequentemente deixado o acabamento final. 
Mas o polipropileno é mais sensível ao calor, se dilatando ao calor e se 
comprimindo ao frio, dilatação esta que deve ser controlada para que não afete a 
estrutura. 
Encontram-se fôrmas de polipropileno em concretagem de lajes nervuradas 
que necessita fôrma recortada e de difícil trabalho em outro tipo de fôrma. 
Anteriormente usavam-se fôrmas de madeira e materiais inertes para preencher o 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 153 
vazio inferior das lajes, tais como concreto celular, blocos de concreto, tijolos 
cerâmicos e poliestireno expandido que incorporavam peso à laje. 
 
 
FIGURA 105 - FÔRMAS PLÁSTICAS PARA LAJE NERVURADA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.dbgraus.com.br/dB_arquivos_html/formas.htm>. Acesso 
em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Fôrmas de papelão 
São fôrmas muito úteis e fáceis de trabalhar, não exigem manutenção 
especial e, pelo peso e dimensões, são de fácil manuseio, armazenamento e 
transporte. Não absorvem água, apesar de serem de papelão, pois possuem 
camada impermeabilizada que não adere ao concreto e nem deixa a nata de 
cimento vazar como a forma tradicional de madeira. 
Por serem mais leves são de grande segurança na obra, possibilitando fácil 
locação da forma sem riscos. Atende fôrmas circulares como de pilares, caixões 
perdidos, lajes nervuradas. 
Porém, não podem ser reutilizadas, pois é necessária que se destrua a 
fôrma devido ao método na desforma que se faz, desenrolando a fôrma da estrutura 
ou cortando-a. 
 
 
 
 
 
 
 
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 154 
 
 
 
 
FIGURA 106 - FÔRMA DE PAPELÃO 
 
FONTE: Disponívelem: <http://architetandoverde.blogspot.pt/2011/07/moldes-de-papelao.html>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Permite rigidez e alto índice de isolamento térmico e acústico, além de não 
exigir mão de obra especializada. A aplicação é muito variada podendo ser utilizado 
para diversos formatos de colunas, execução de tetos abobadados, enchimento de 
lajes, fôrmas para luminárias embutidas em lajes, vazios circulares, etc. 
 
 
FIM DO MÓDULO III 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 155 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a DistânciaPortal Educação 
 
 
 
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 156 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
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 157 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
4 SISTEMA EXECUTIVO 
 
 
4.1 ALVENARIAS 
 
 
A principal função de uma alvenaria é de estabelecer a separação entre 
ambientes, e principalmente à alvenaria externa que tem a responsabilidade de 
separar o ambiente externo do interno e para cumprir essa função deverá atuar 
sempre como freio, barreira e filtro seletivo, controlando uma série de ações e 
movimentos complexos quase sempre muito heterogêneos. 
 
Propriedades das alvenarias: 
• Resistência à umidade e aos movimentos térmicos; 
• Resistência à pressão do vento; 
• Isolamento térmico e acústico; 
• Resistência às infiltrações de água pluvial; 
• Controle da migração de vapor de água e regulagem da condensação; 
• Base ou substrato para revestimentos em geral; 
• Segurança para usuários e ocupantes; 
• Adequar e dividir ambientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 158 
 
 
FIGURA 107 - CLASSIFICAÇÃO DAS ALVENARIAS 
 
FONTE: (SABBATINI. 1987). 
 
 
Quanto a capacidade de suporte pode-se dividir as alvenarias em grupos 
quanto à utilização e a função, bem como sua estrutura adotada para absorver 
esforços e cargas previamente definidas em projetos, ou somente de vedação, 
distintas principalmente entre: alvenarias autoportantes e alvenarias de vedação. 
 
• Alvenarias autoportante: são denominadas por autoportante as alvenarias 
destinadas a absorver as cargas das lajes e sobrecarga, sendo necessário para o 
seu dimensionamento à utilização da NBR 10837 e NBR 8798, observando que sua 
espessura nunca deverá ser inferior a 14,0 cm (espessura do bloco) e resistência à 
compressão mínima 4,5 MPa. 
 
• Alvenarias de vedação: são denominadas de alvenaria de vedação as 
montagens de elementos destinados às separações de ambientes; são 
consideradas apenas de vedação por trabalhar no fechamento de áreas sob 
estruturas, sendo necessários cuidados básicos para o seu dimensionamento e 
estabilidade. 
 
Classificação das alvenarias quanto à função: 
• Alvenaria com função estrutural; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 159 
• Alvenaria sem função estrutural (vedação); 
• Alvenarias divisórias de bordo livre (muros, platibandas, etc.); 
• Alvenarias especiais (acústica, térmica, impactos, etc.). 
 
Classificação quanto ao tipo de bloco 
No Brasil são utilizados os mais diversos tipos de materiais para as 
alvenarias de vedação, com diferentes técnicas executivas e sob influência das 
culturas locais. 
Além das pedras naturais e artificiais os principais tipos de blocos utilizados 
na Construção Civil são: 
• Bloco cerâmico vazado (tijolo furado); 
• Bloco de concreto; 
• Bloco de gesso; 
• Tijolo cerâmico maciço (tijolo de barro); 
• Tijolo de solo-cimento. 
 
Alvenaria de Pedras Naturais 
• Pedras irregulares – pedras em estado natural são simplesmente 
encaixadas entre si ou assentadas com argamassa; 
• Pedras regulares – pedras naturais trabalhadas, com formas regulares 
ou não, assentadas com juntas secas ou juntas argamassadas, alinhadas ou 
desencontradas (travadas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 160 
 
 
FIGURA 108 - EXEMPLO DE ALVENARIA DE PEDRA NATURAL IRREGULAR E 
REGULAR 
 
FONTE: Disponível em: <http://portugues.torange.biz/Invoice-and-background/texture/Textura-
parede-de-pedra-%C3%A1spera-Alvenaria-4682.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Alvenaria de Pedras Artifificiais 
Tijolo comum ou maciço 
Este tipo de tijolo é normalmente aplicado na construção de paredes, pilares, 
muros em geral, pisos secundários, fundações diretas, etc. 
Vantagens 
• Regularidade de formas e dimensões (melhor assentamento); 
• Arestas vivas e cantos resistentes; 
• Massa homogênea (sem fendas, trincas, cavidades ou 
impurezas); 
• Cozimento uniforme (produz som metálico quando percutido 
com martelo); 
• Absorção de água de 18 a 20%. 
• Formas e dimensões: 
• Há dois tipos de tijolos comuns maciços de barro, cozidos para 
alvenaria, mas de um modo geral, usam-se as seguintes relações: 
• Comprimento = 2 x largura + uma junta; 
• Largura = 2 x espessura + uma junta. 
 
 
 
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 161 
 
 
FIGURA 109 - EXEMPLO DE TIJOLO MACIÇO 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.ceramicaorlandin.com.br/web/pro_tijolos.php>. Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
 
 
Tijolo Refratário 
É utilizado na construção há milênios, não tendo as suas características 
variado significativamente ao longo dos anos, uma vez que tal como nos primórdios 
continua a ser fabricado com a mesma matéria-prima, a argila (terracota). Por meio 
de descobertas arqueológicas, concluíu-se que os primeiros tijolos refratários 
cozidos remontam ao terceiro milênio antes do nascimento de Cristo, no Médio 
Oriente. A partir do ano 1200 a.C., o fabrico e utilização desses tijolos generalizou-
se na Ásia e Europa, continuando a ser utilizado até aos dias de hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 162 
 
 
FIGURA 110 - TIJOLO REFRATÁRIO 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.showdetelhas.com.br/materiais-refratarios.php>. Acesso em: 22 
de janeiro de 2013. 
 
 
O tijolo refratário é fabricado a partir de argila extraída em barreiros próprios, 
que depois de triturada e moída é amassada, podendo então ser moldada com o 
formato desejado. Após um período de secagem que varia de acordo com as 
condições metereológicas (o tempo de secagem depende do calor e da humidade 
do ar) e que pode ir de 5 a 30 dias, o tijolo ainda cru, é introduzido no forno onde 
será cozido a uma temperatura de aproximadamente 1100º. 
Finalmente, após a cozedura, está pronto para ser empaletizado e entrar no 
mercado para ser utilizado nos mais diversos fins: Abobodas, construção e 
revestimento de muros e paredes, floreiras, decorações, etc. 
Tem a capacidade de suportar altas temperaturas, sem perder as suas 
características. Assim, pode ser usado em lareiras, churrasqueiras, fornos de cozer 
pão ou outras situações em que seja necessário um material resistente ao calor. 
 
 
 
 
 
 
 
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 163 
Tijolo Furado 
É laminado ou extrudado, apresentando na parte externauma série de 
riscos, no seu interior pequenos furos, que diminuem o peso do tijolo, sendo 
recomendada sua aplicação em alvenaria de vedação interna (separação de 
ambientes) ou externa. 
 
 
FIGURA 111 - EXEMPLO DE TIJOLO FURADO 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.ceramicanatureza.com.br/index.php?id=basico_dados&&codigo=6>. Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
 
 
Vantagens: 
• Menor peso por unidade de volume; 
• Aspectos mais uniformes, arestas e cantos mais fortes; 
• Diminuem a propagação da umidade; 
• Economia de mão de obra; 
• Economia de argamassa; 
• Melhores isolantes térmicos e acústicos. 
 
Desvantagens: 
• Pequena resistência à compressão não devendo ser aplicado em paredes 
estruturais; 
• Não possuir juntas verticais argamassadas; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 164 
• Faces externas não apresentam a porosidade necessária para fixação do 
revestimento, devendo receber antes uma demão de chapisco de argamassa 
de cimento e areia (traço 1:3 ou 1:4). 
• Nos vãos de portas e janelas são necessários tijolos comuns para remate; 
• São necessários tijolos comuns para eventuais encunhamentos nas faces 
inferiores de vigas e lajes; 
• Os rasgos para embutir os encanamentos de água, eletricidade e tacos são 
grandes devido à fragilidade desse tipo de tijolo. 
 
Blocos de Concreto 
São blocos vazados, no sentido da altura, com resistência a compressão, 
assentados com argamassa de cimento e areia, ou utilizados em sistema de 
construção de alvenaria armada. São produzidos com agregados e cimento 
Portland, com ou sem aditivos, moldados em prensas vibratórias. Segundo a EB-50 
(ABNT), podem ser empregados com e sem revestimentos, podendo aplicar a 
pintura diretamente sobre a supercície do bloco. 
 
 
FIGURA 112 - BLOCO DE CONCRETO 
 
FONTE: Disponível em: <http://construfacilrj.com/como-escolher-os-blocos-de-concreto/>. Acesso 
em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Vantagens 
• Precisão das dimensões e modulação, garantindo a execução de obras 
racionais; 
• Redução do uso de formas e armaduras; 
 
 
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• As paredes não precisam de revestimento externo; 
• As instalações elétricas podem ser embutidas no vazado dos blocos no 
caso das instalações hidrossanitárias é usado um bloco especial; 
• Construção limpa, sem quebras e nem desperdícios; 
• Requerem menos mão de obra. Um pedreiro produz dez vezes mais 
com blocos de cimento; 
• Menor exigência de argamassa no assentamento e necessidade da 
metade de argamassa usada nos tijolos normais para o reboco; 
• O assentamento dos blocos é feito com muito mais rapidez, visto que 
eles possuem dimensões maiores que os tijolos convencionais; 
• Possibilidade de diversas composições devido à variedade de cores, 
formas e texturas; 
• Os blocos podem ser produzidos por uma máquina na própria obra, 
economizando no transporte; 
• É mais resistente que o tijolo comum e o de solo-cimento. 
 
Desvantagens 
• Possui menor conforto térmico quando comparado ao tijolo comum e o 
de solo-cimento. Nas paredes externas, é recomendado utilizar pintura acrílica para 
aumentar a proteção contra a umidade; 
• De acordo com o SINAPROCIM - Sindicato Nacional das Indústrias de 
Produtos de Cimento, muitos blocos de concreto produzidos não estão em 
conformidade com as Normas Técnicas, na maioria dos casos esta não adequação 
ocorre propositalmente por fabricantes e empreiteiras que fabricam os blocos na 
própria obra. Um exemplo disso é o não respeito ao tempo de cura (secagem) do 
cimento. 
 
 
Tijolo de Solo-cimento 
O tijolo solo-cimento é uma técnica antiga, foi empregada na construção da 
Muralha da China há mais de quatro milênios. Atualmente sua utilização sofreu 
modificações quanto ao uso e formatos, além disso, esta técnica está sendo 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 166 
utilizada em uma escala muito menor comparado ao processo tradicional das 
construções. 
É uma técnica que aproveita o solo e um pouco de cimento para a 
fabricação de tijolos, sendo possível diminuir o custo de construção de uma casa em 
até 50%. 
O processo de fabricação dos tijolos é muito simples, mas ainda requer 
monitoramento de especialistas. Mistura-se solo, água e um pouco de cimento. 
Leva-se a massa para uma prensa que pode ser manual ou hidráulica em 
que ela será compactada. Após serem retirados da prensa, os tijolos devem 
permanecer em um ambiente úmido, sem vento e sem sol, durante uma semana. 
A proporção de cimento varia entre 5 e 10%, dependendo da consistência do 
solo. As peças são produzidas para serem simplesmente encaixadas uma nas 
outras, dispensando o uso de argamassa. Quando a casa está montada deve-se 
passar um impermeabilizante e aplicar cimento nas colunas de sustentação. 
O tijolo pode ser vermelho, bege, amarelo ou branco, tudo depende das 
propriedades do solo. 
Uma obra construída com esta técnica leva a metade do tempo para ser 
finalizada em relação à alvenaria convencional. Esta técnica garante um conforto 
térmico e acústico muito superior ao das construções convencionais, além de a obra 
gerar bem menos. 
Estes tijolos gastam 90% de energia a menos para a sua produção. Eles não 
precisam ser queimados, o que leva a economia de um metro cúbico de árvores que 
seriam usadas para o processo de queima de mil tijolos convencionais. 
O custo de frete pode ser eliminado visto que este tipo de tijolo pode ser 
fabricado no próprio local da obra. Outra vantagem é que o tijolo pode ser 
reaproveitado caso quebre, basta moê-lo e reconstruí-lo. 
Chamado de "ecológico", o tijolo de solo-cimento é feito com a terra e curado 
com água. Na composição do produto entra 70% de areia, 30% argila e cimento, na 
proporção de 7 por 1. A resistência é de aproximadamente 1,7 MPa/ cm². Para se ter 
uma ideia da quantidade, 64 unidades formam 1 metro quadrado. 
O tijolo pode ser utilizado à vista ou revestido com massa corrida, azulejo ou 
gesso, materiais que podem ser aplicados diretamente sobre ele. Para proceder às 
 
 
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 167 
instalações, não é preciso quebrar a parede, pois são utilizados os furos dos 
próprios blocos. 
 
 
FIGURA 113 - TIJOLO SOLO-CIMENTO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.amon.com.br/sustentabilidade/tijolo-solo-cimento.html>. Acesso 
em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Estima-se que os tijolos de solo-cimento provocam no final da obra uma 
economia de 30% a 40% em relação ao convencional, pois dispensa colunas 
armadas e utilização de madeira. A execução é modular, isto é, os blocos são 
encaixados. 
Os blocos da linha estrutural autoportante e de vedação podem ter 24 ou 
11,5 cm de comprimento, 7,1 ou 11,3 cm de altura e espessura de 11,5, 14 ou 17,5 
cm. Os modelos da linha estrutural portante podem ter 39 ou 19 cm de comprimento, 
19 cm de altura e espessuras de 9, 14 ou 19 cm. 
 
Tijolo de Vidro 
O tijolo de vidro transforma os ambientes escuros e amplia os espaços. Mais 
que uma parede, mais que um vidro, o tijolo de vidro cria paredes de luz sem nunca 
 
 
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 168 
mostrar o que está para além de si. A luz transforma-se em espaço, originando, 
entre insólitas refrações e transparências harmoniosas, ambientes luminosos mais 
atrativos, interiores criativos, ambientes cheios de soluções decorativas, funcionais e 
luminosas. 
O tijolo de vidro serve a invenção e a remodelação de espaços, unindo 
facilmente as exigências estéticas e práticas. Hall, cozinha, sala de jantar, sala de 
estar, quarto e casa de banho, sendo que o tijolo de vidro pode ser instalado em 
qualquer parte, com dimensões, corese superfícies que se podem eleger e 
combinar para separar, decorar e iluminar. 
A separação de modelos dos tijolos de vidro em primeiro lugar é feita pelo 
fabricante. Cada empresa classifica seu produto de maneira própria e diferente das 
outras. Abaixo seguem modelos destas classificações. 
 
Quanto às dimensões de utilização: 
• Moldados duplos: as paredes não podem ser em nenhuma das suas 
dimensões superiores a 5m e não exceder os 20m2 de superfície; 
• Moldados simples: As paredes não podem ser em nenhuma das suas 
dimensões superiores a 3m e não exceder os 6m2 de superfície; 
• Pisos e espaços de entrada luz: As dimensões de utilização 
dependerão do número de apoios, modelos e sobrecargas. 
 
Quanto à finalidade: 
• Blocos para parede: as faces deste bloco são muito mais grossas 
(2x23 mm) que as dos blocos normais. O bloco de segurança tem um centro vazio 
de baixa pressão que lhe oferece um excelente isolamento térmico; 
• Blocos para o chão; 
• Blocos especiais: blocos para esquina, blocos para superfícies 
circulares, blocos com face boleada; 
• Aplicações. 
 
Quanto à tonalidade: 
• Coloridos: azul, azul claro, turquesa, verde, rosa (salmão), ametista, 
lilás, amarelo claro, fume, bronze; 
 
 
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 169 
• Incolor; 
• Foscos. 
 
Quanto à textura: 
• Ondulado; 
• Invertido; 
• Canelado; 
• Diamante transparente. 
 
 
FIGURA 114 - TIJOLO DE VIDRO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.azulima.pt/tijolo_vidro_serie_v_corta_fogo.htm >. Acesso em: 22 
de janeiro de 2013. 
 
 
Os tijolos de vidro são fabricados soldando-se duas peças de vidro 
moldadas, a uma temperatura muito alta. Este processo deixa no seu interior uma 
camada de ar desidratada a baixa pressão, que proporciona aos blocos um alto grau 
de isolamento térmico e acústico. 
O tijolo de vidro é uma peça formada por parede dupla de vidro, com uma 
camada de ar rarefeito entre as mesmas. Conforme a textura das faces pode-se 
obter efeitos visuais diversos entre dois ambientes, desde a transparência até a 
translucidez. Por ser translúcido, permite a passagem de luz tornando o ambiente 
mais aconchegante e saudável. 
 
Aspectos positivos do tijolo de vidro: 
• Propicia maior luminosidade ao ambiente interno economizando 
energia; 
 
 
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 170 
• Mantém a privacidade e a segurança da edificação; 
• É um material de fácil manutenção e nunca exige pintura; 
• Tem elevada resistência mecânica; 
• Garante um visual moderno e está disponível em grande variedade de 
cores; 
• É um produto ecológico; 
• Elevada resistência a ambientes agressivos; 
• Resistência a alterações térmicas; 
• Nenhum problema de condensação na parte interior do bloco; 
• Leveza dos blocos: peso de 17 Kg/m2. 
 
É importante observar se as peças iguais possuem a mesma tonalidade, 
bem como, ausência de rachaduras, fraturas ou outros defeitos que possam 
prejudicar seu assentamento, resistência, durabilidade e aspecto visual. 
As paredes feitas com tijolos de vidro não são estruturais, portanto não 
podem suportar cargas. É interessante também que se aproveite este material com 
suas características econômicas para a obra, pois assim ele ajuda a suprir seu alto 
custo no mercado. 
Os tijolos de vidro são fabricados em diversas cores e modelos (conforme o 
fabricante). Mas em geral estas peças permitem transmissão luminosa de 71 a 77٪; 
transmissão térmica de 2,5 Kcal/m2hºC; isolamento acústico a 100Hz de 40dB; 
possuem resistência ao fogo (g 60); resistência ao choque (6,8 Nm); e resistência à 
compressão (7,5 Nm2). 
Quanto ao emprego do tijolo de vidro em projetos, ele é indicado como 
elemento de vedação fixo, para residências, construções comerciais, industriais, 
hospitalares ou outras finalidades diversas. Alguns locais são ideais para usar tijolo 
de vidro, como em muros, lajes, fachada do prédio, box do banheiro, balcão de 
atendimento, escadaria, divisória no escritório, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 115 - EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO TIJOLO DE VIDRO 
 
FONTE: Disponível em: <http://toques-e-retoques.blogspot.pt/2012/08/tijolo-de-vidro.html>. Acesso 
em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
4.1.1 Cerâmica e Vidro 
 
 
Cerâmica 
A cerâmica é uma das mais antigas atividades que a civilização criou. Não 
se sabe ao certo quando foi utilizado pela primeira vez o material argiloso, sabe-se 
que desde o domínio do fogo o homem deixou vestígios de utensílios de cerâmica. 
Cerâmica é a denominação comum a todos os artigos ou objetos produzidos 
por meio da argila. O nome procede da palavra grega keramos que significa argila 
(SILVA, 2004). 
Os materiais cerâmicos são inorgânicos, não metálicos, formados por 
elementos metálicos e não metálicos, ligados entre si, obtidos após tratamento 
térmico em temperaturas elevadas. 
 
 
 
 
 
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 172 
 
Extração de Argila e Composição 
Normalmente a argila vermelha, extraída em laterais de rios ou barrancos, é 
utilizada para tijolos, telhas, lajotas e ladrilhos. As argilas claras, tipo caulim, 
utilizadas para azulejos, porcelanas, etc. 
 
Preparo da Matéria-prima 
Constitui-se nas misturas e na maceração das argilas, para eliminação de 
nódulos que comprometeriam a qualidade do produto final. Nas pequenas olarias, de 
trabalhos manuais, essa maceração é feita de maneira rudimentar com um moinho 
de tração animal. Nas olarias de telhas, o equipamento utilizado é a maromba. 
 
Moldagem 
Possui características diferentes para os diversos produtos cerâmicos. 
 A seco e semsseco (4 a 10% de água), a moldagem é feita por 
prensagem (azulejos, pisos, tijolos e telhas). 
 Com pasta plástica consistente (20 a 35% de água) a moldagem é feita 
em formas de madeira ou torno de oleiro (vasos, etc.). 
 Com pasta fluida (30 a 50% de água) a moldagem é feita em formas 
porosas de gesso e, depois de seca, a peça descola da forma (porcelanas, louças 
sanitárias e peças de formato complexo). 
 
Secagem 
Se a cerâmica for úmida para o forno, a umidade interior ficará retida pela 
externa, aparecendo tensões internas e o consequente fendilhamento. 
Um tijolo, por exemplo, contém cerca de 1 kg de água após a moldagem, e a 
secagem é feita ao ar livre, coberta e demora 3 a 6 semanas, nas pequenas olarias. 
Nas maiores olarias pode-se utilizar a secagem por ar quente-úmido e por 
radiação infravermelha, o que dá um controle rigoroso dessa fase, mas tem custo 
elevado. 
 
 
 
 
 
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 173 
 
 
Cozimento 
É a fase final do processo produtivo da cerâmica. Nas pequenas olarias os 
fornos são à lenha, onde os materiais crus são colocados manualmente, 
empilhados, como a lenha é posta na parte inferior, obtém-se geralmente, tijolos 
supercozidos nas primeiras camadas, bons tijolos nas fiadas intermediárias e tijolos 
quase crus nas superiores. 
Os outros tipos de fornos têm produtos mais satisfatórios porque são 
contínuos, isto é, os materiais entram sobre vagonetes e recebem toda a caloria do 
processo. 
Além dos blocos cerâmicos e tijolos maciços, analisados no capítulo sobre 
alvenarias, existem outros materiais de extrema importância, utilizados na 
Construção Civil, como as telhas cerâmicas. 
 
Telhas 
São basicamente de dois tipos: as planas e as curvas. Nas planas destaca-
se a “francesa” e a de escamas, que é uma placa mesmo. Entre as curvas são 
comuns a “paulistinha” e a “capa-canal”, dentro delas a “romana”, a “portuguesa” e a 
“italiana”. 
Devido à relativa facilidade de se modificar a fabricação, surge,de vez em 
quando, algum outro tipo de telha, devendo estar atentos para a qualidade da 
mesma, estudando as possibilidades de utilização, impermeabilidade, encaixe, etc. 
As telhas cerâmicas não devem apresentar absorção excessiva, máxima de 
20%, não podem permitir a percolação e nem vazamentos nos encaixes. Admitem 
variação dimensional de +/-2% e empenamento máximo de 5mm. Quando percutir 
duas telhas, deve haver som metálico. 
Uma telha francesa pesa aproximadamente 2,5kg, deve ser aplicada com 
declividade de 32 a 40% e utilizar-se 15 peças por m². Quando o projeto exige 
inclinação maior, a olaria deve produzir com furo no encaixe para permitir a 
amarração, o que se faz com arame e cobre. Normalmente o telhado é feito sobre 
madeiramento serrado, com ripamento galgado pela telha, sobre caibros, terças e 
tesouras dimensionadas convenientemente. 
 
 
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 174 
 
 
FIGURA 116 - TELHA FRANCESA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://imoveis.culturamix.com/construcao/telha-francesa-um-dos-
modelos-preferidos-dos-brasileiros>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
As telhas curvas devem ter as mesmas características do barro das planas, 
declividade de 30 a 40% e utilizam-se aproximadamente 16 peças por m². A NBR-
8038 tem as especificações das telhas francesas e a NBR-9598 das telhas capa e 
canal “paulista” (também chamada de colonial), a NBR-95600 das demais. Para o 
cálculo de quantidades (áreas) não se esquecer da inclinação, dos beirais, etc., o 
que dá diferenças consideráveis, inclusive quanto à contratação de mão de obra. 
 
 
FIGURA 117 - TELHA CAPA E CANAL (COLONIAL) 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://deolhonapb.blogspot.pt/2011/04/telha-nos-dias-atuais-tem-uma-
funcao.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
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 175 
 
 
Vidro 
O vidro é um material largamente utilizado na construção para as mais 
diversas aplicações, desde a composição de fechamentos, paredes divisórias, pisos, 
coberturas, tampos de mesa, balcões e, até mesmo, fachadas. 
A estrutura atômica do vidro lhe proporciona uma singularidade interessante, 
uma vez que se trata de um líquido super-resfriado, ou seja, não chega a ser 
exatamente um líquido e nem um sólido cristalino, o que se pode verificar por meio 
da sua estrutura molecular. 
 
 
FIGURA 118 - COMPONENTES DO VIDRO 
 
 
FONTE: (SILVA, 2004). 
 
 
Os elementos que compõem o vidro, destacando-se a sílica, o sódio e o 
cálcio. Em teoria, o vidro poderia ser composto apenas por sílica e sódio (chamado 
vidro água), porém esta composição é solúvel na água, de modo que é necessária a 
adição ainda de cálcio para torná-lo mais duro e insolúvel em água. 
O vidro apresenta ainda uma importante variante ambiental a ser discutida, 
quando da sua avaliação para emprego em comparação com outros materiais: trata-
se de um material totalmente reciclável, sendo que pode ser utilizado como matéria-
prima para a produção de novos tipos de vidro; é retornável, ou seja, pode ser 
reutilizado sem comprometimento do seu desempenho após lavagem com 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 176 
detergente ou em temperaturas elevadas; e é reutilizável, isto é, após a aplicação 
inicial pode ser empregado para usos diversos daqueles para os quais foram 
originalmente produzidos. 
 
Vidros especiais 
Os vidros especiais em geral apresentam a função de reduzir o consumo 
energético dos ambientes, além de proporcionar um adequado desempenho 
estético. 
A redução do consumo energético pode ser compreendida pela incidência de 
radiação solar sobre o elemento de vidro e as diferentes maneiras que este calor 
pode-se dissipar. 
Os vidros classificados como coloridos, ou termoabsorventes, podem ser 
obtidos por meio da adição de óxidos metálicos à composição, a fim de se obter a 
coloração desejada (azul, verde, cinza), reduzindo a transmissão solar e, com isso, 
aumentando a absorção do vidro. 
A coloração do vidro também pode ser conseguida por meio da laminação 
com película plástica colorida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 119 - VIDROS COLORIDOS OU TERMOABSORVENTES 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.temdicas.com/decoracao-com-vidros-coloridos-dicas-foto/>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
No caso dos termorrefletores aplica-se na superfície uma camada de metal 
ou óxido metálico com espessura fina o suficiente para manter o componente 
transparente. 
Esta película também pode ser adicionada durante a laminação do vidro, ou 
ainda a partir da deposição de átomos de metal sobre uma chapa de vidro situada 
em uma câmara mantida sob vácuo, chamado como vidro espelhado, o qual 
apresenta excelente desempenho energético (permite apenas a passagem de luz, 
enquanto o calor é refletido para o ambiente externo pela face do vidro), devendo-se 
cuidar para que a instalação seja feita na forma laminada, a fim de proteger o metal 
utilizado quanto à ação de agentes agressivos. 
 
Vidros fantasia ou impressos 
Trata-se de um tipo de vidro com a mesma composição química do vidro 
comum ou float, translúcido, com uma ou ambas as faces impressas com desenhos 
das mais diversas origens. São normalmente aplicados em locais onde se deseja 
iluminação sem perda de privacidade, tais como boxes de banheiro, divisórias, salas 
de aula, portas sociais, placas de sinalização, entre outros. 
A maneira como é realizada a impressão determina o tipo de acabamento do 
vidro, que pode ser: brilhante, impresso a fogo após o estiramento; fosco, por meio 
 
 
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 178 
de jateamento com pós-abrasivos (vidro jateado) ou aplicação de ácido 
hidrofluorídrico; esmaltado, com a colocação de esmalte nas faces para posterior 
aquecimento e fundição; ou texturizado, no qual a superfície recebe um tratamento 
para alteração da sua planicidade, aumentando a privacidade do ambiente. 
 
 
FIGURA 120 - EXEMPLO DE VIDRO IMPRESSO OU FANTASIA 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://noticias.vidrado.com/curiosidades/vidro-impresso-ou-fantasia/>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
Vidros de segurança 
Os vidros de segurança recebem esta denominação devido à sua 
propriedade de, quando fraturados, produzir fragmentos menos susceptíveis a cortes 
ou danos ao usuário. 
Este tipo de vidro é de uso obrigatório em diversas situações, tais como: 
vidraças externas sem proteção adequada, vitrines, sacadas e parapeitos, vidraças 
não verticais sobre passagens. Os principais vidros de segurança são: temperado, 
laminado e aramado. 
 
Vidro temperado 
O vidro temperado recebe um tratamento especial durante a fabricação, 
chamado de têmpera, cujo objetivo é incrementar as suas propriedades mecânicas 
e, com isso, reduzir o risco de quebras ou trincas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 179 
 
Outro efeito observado neste tipo de vidro é que, após a ruptura, são 
formados pequenos fragmentos de vidro sem arestas cortantes ou lascas 
pontiagudas. 
 
 
FIGURA 121 - ASPECTO DA RUPTURA OCORRIDA EM VIDRO TIPO 
TEMPERADO (ESQUERDA) E NÃO TEMPERADO (DIREITA) 
 
FONTE: (SILVA, 2004). 
 
 
Vidro laminado 
Consiste em uma ou mais lâminas de vidro interpostas por camadas de 
polivinil butiral (PVB) (resina resistente e flexível), ou outra resina adequada, 
fortemente ligada entre si sob pressão e calor, podendo-se apresentar em diferentes 
cores, a depender da película utilizada e do próprio vidro, e espessuras simples 
(duas camadas) ou múltiplas (três ou mais lâminas de vidro),AN02FREV001/REV 4.0 
 180 
 
 
FIGURA 122 - VIDRO LAMINADO 
 
FONTE: Disponível em: <http://vidracariario.com.br/vidro-laminado/ >. Acesso em: 22 de janeiro de 
2013. 
 
 
A principal característica deste vidro é que, quando fraturado, os fragmentos 
permanecem presos à película de butiral, a qual pode ser distendida mais de cinco 
vezes a sua medição inicial sem romper. 
São especialmente indicados para situações onde possam ocorrer grandes 
impactos e punções, tais como a ação de projéteis (vidro blindado), para-brisas de 
locomotivas, aeronaves, automóveis e joalharias. 
Outra importante característica relacionada com o vidro laminado é o seu 
bom desempenho acústico, uma vez que a película de PVB amortece e absorve as 
vibrações sonoras oriundas da fonte, reduzindo a transmissão para o ambiente. Por 
fim, este tipo de vidro ainda é um excelente filtro de raios ultravioleta. 
 
Vidro aramado 
O vidro aramado é um vidro comum, que pode ser impresso, translúcido, no 
meio do qual é incorporada uma rede metálica de malha quadrada (1/2”) cuja função 
é segurar os estilhaços de vidro após o rompimento. 
 
 
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 181 
Com isso, evita-se a ocorrência de invasões e o ferimento de pessoas 
quando da sua ruptura. Além disso, trata-se de material com bom comportamento a 
chamas. 
 
 
FIGURA 123 - VIDRO ARAMADO 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.small.mcler.com.br/?cx=paginas&id=354&nome_pg=produtos&site=66>. Acesso em: 22 
de janeiro de 2013. 
 
 
Nesse caso também não se recomendam cortes na obra, e as suas 
principais aplicações são em portas corta fogo, passagens para saída de incêndio, 
portas de segurança. 
 
 
4.1.2 Concreto Celular 
 
 
O concreto celular faz parte de um grupo denominado de concretos leves, 
com a diferença de que ao invés de utilizar agregados de reduzida massa específica 
em sua composição, ele é obtido pela adição de um tipo especial de espuma ao 
concreto. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 182 
Sua utilização é bastante difundida pelo mundo, sendo aplicado em paredes, 
divisórias, nivelamento de pisos e até em peças estruturais e painéis pré-fabricados 
por meio de sistema de fabricação chamado concreto celular autoclavado. 
Desenvolvido na Suécia nos anos de 1920 (MELO, 2009), o concreto celular 
autoclavado (CCA) é um tipo de concreto de peso leve geralmente pré-moldado em 
forma de bloco que é curado sob pressão elevada dentro de fornos especiais 
chamados autoclaves. Embora o concreto celular autoclavado tenha sido usado com 
sucesso em grande parte do mundo desde o fim da segunda guerra mundial, no 
Brasil o material ainda é pouco difundido, tomando só agora destaque entre os 
construtores. 
 
 
FIGURA 124 - BLOCOS DE CONCRETO CELULAR 
 
FONTE: Disponível em: <http://carlacapetto.blogspot.pt/2009/08/concreto-celular.html>. Acesso em: 
22 de janeiro de 2013. 
 
 
O CCA, também conhecido como concreto aerado autoclavado, é produzido 
com material muito fino geralmente mistura de cal e areia silicosa. O que faz o CCA 
diferente do concreto agregado de peso leve, porque contém milhões de células 
microscópicas que são geradas durante o processo industrial. 
Embora várias fórmulas sejam usadas para a produção na indústria, as 
matérias-primas básicas são o cimento Portland, pedra calcária, pó de alumínio, 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 183 
água, e uma proporção grande de areia de sílica-rica (areia silicosa) ou cinzas 
volantes. 
Uma vez que as matérias-primas estão misturadas em uma pasta e 
colocadas em moldes engraxados, o pó de alumínio reage quimicamente para criar 
milhões de bolhas minúsculas de gás de hidrogênio. Estas células microscópicas, 
inconexas fazem o material se expandir para quase duas vezes do seu volume – 
similar ao processo de fermentação da massa do pão – dando ao CCA um leve 
peso. 
Depois de um tempo que varia de 30 minutos a 4 horas, o material na forma 
parecida a uma espuma fica duro o bastante para ser cortado nas formas desejadas, 
sendo colocados em uma autoclave para curar. 
A autoclave usa vapor de alta-pressão a temperaturas de aproximadamente 
180°C para acelerar a hidratação do concreto e propiciar uma segunda reação 
química que dá para ao CCA sua força, rigidez, e estabilidade dimensional. O 
autoclavamento pode produzir em 8 a 14 horas forças concretas iguais a forças 
obtidas em um concreto curado em meio úmido durante 28 dias a 21°C. Os produtos 
finais normalmente são embrulhados em plástico e transportados diretamente para o 
local de construção. 
 
 
FIGURA 125 - CASA CONSTRUÍDA COM BLOCOS DE CONCRETO CELULAR 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2004-
1/tijolos/concretocelular.htm>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
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 184 
 
Características Principais: 
 
• Pode ser perfurado, serrado, pregado, ou atarraxado usando 
ferramentas de carpintaria convencionais; 
• Possui um quarto do peso de um concreto convencional de mesmo 
volume; 
• É disponível em blocos para parede e painéis de telhado, padieiras, e 
pisos; 
• Pode ser fabricado em uma gama de tamanhos que dependem de 
aplicações específicas, permitindo assim máxima eficiência e flexibilidade na 
construção; 
• É inerte, substância atóxica e tem um processo industrial livre de 
poluição e desperdício de energia; 
• Resistente ao frio e aos sulfatos, permitindo ser usado ao redor do 
mundo em todas as zonas climáticas e para uma gama extensiva de aplicações. 
• Quando usado no exterior, normalmente é protegido por argamassa ou 
outras camadas protetoras. 
• É um material inorgânico, fazendo dele, 100 % à prova de animais 
danosos (cupins, por exemplo) e resistentes ao apodrecimento. 
 
Talvez o benefício ambiental mais significante de usar CCA é que as cinzas 
volantes podem ser usadas como o componente substituto da areia silicosa. A 
indústria de utilidade elétrica gera mais de 50 milhões de toneladas de cinzas 
volantes a cada ano – só uma fração pode ser reciclada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 185 
 
 
FIGURA 126 - CINZAS VOLANTES 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.crusherinc.com/pt/noticia/joyal-moinho-cinzas-volantes.html>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
4.1.3 Placas Cimentícias 
 
 
O sistema de vedação composto por placas cimentícias foi desenvolvido 
para a construção a seco, especialmente para àreas expostas a umidade, como as 
fachadas. 
Em sua composição possui uma mistura homogênea de cimento Portland, 
agregados naturais reforçados por telas de fibra de vidro específicas para o meio 
alcalino, que absorvem e distribuem as tensões, evitando o surgimento de fissuras. 
Este tipo de construção a seco atende aos padrões nacionais e 
internacionais de qualidade, oferencendo bom conforto térmico e acústico, além de 
reduzir o tempo de obras e os custos de execução. 
As instalações, neste sistema são passadas pelo interior das paredes 
facilitando o processo de execução. 
 
Vantagens: 
• Velocidade na execução das paredes em fechamentos externos ou internos, 
tendo como consequência, um aumento de produtividade; 
• As placas são leves e de fácil manuseio; 
 
 
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 186 
• Ganho de área útil, em função da menor espessura das paredes; 
• As instalações são executadas no interior das paredes e antes do fechamento 
das mesmas, facilitando e agilizando este trabalho e eliminando a perda de 
materiais; 
• Elevada resistência a impactos e ação da umidade; 
• Redução de cargas nas estruturase fundações, devido ao menor peso por m² 
de parede acabada, resultando em economia na fundação. 
 
Vantagens ambientais: 
• Não produz entulho; 
• Utiliza água somente nas fundações; 
• Reduz em 80% a utilização do cimento; 
• Possibilita a reciclagem da estrutura em 100%; 
• Reduz em 90% o consumo de matéria-prima natural; 
• A produção do aço reciclado consome aproximadamente 70% da energia 
gasta para a produção a partir de matérias-primas naturais. 
 
 
FIGURA 127 - EXEMPLO DE CASA CONSTRUÍDA COM PLACA CIMENTÍCIA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/sistemas-construtivos-
placa-cimenticia/>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
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 187 
Aceita os mais diversos tipos de acabamento, como: pinturas, vernizes, 
revestimento cerâmico, etc. Recomenda-se que a superfície a acabar esteja limpa e 
seca, isenta de óleo, gordura ou pó. 
 
 
FIGURA 128 - EXEMPLO DE INSTALAÇÃO DE PLACAS CIMENTÍCIAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.kqm.com.br/blog.php?category=8&post=672>. Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
 
 
4.1.4 Sistemas Especiais 
 
 
Divisórias de Gesso Acartonado (Sistema Drywall) 
As placas de gesso acartonado foram inventadas nos Estados Unidos, no 
ano de 1898, por Augustine Sackett (PLACO DO BRASIL, 2009). 
Inicialmente as placas eram delgadas e moldadas em fôrmas rasas, uma de 
cada vez, e tinham a finalidade de servir como base para acabamento. 
Depois de moldadas, as placas eram pregadas na parede ou no teto, sendo 
revestidas posteriormente com uma camada fina de argamassa. No caso das placas 
ficarem expostas, sem acabamento posterior, as juntas formadas entre as placas 
eram cobertas com sarrafos de madeira. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 188 
Desde então, as placas passaram por vários processos de aperfeiçoamento, 
e há aproximadamente 60 anos, concebeu-se a ideia de cobrir essas placas com 
papel, sendo o início do desenvolvimento das modernas placas de gesso 
acartonado. 
Atualmente, existem diversos fabricantes de placas de gesso acartonado 
que comercializam seus produtos em várias partes do mundo. 
Nos países onde o seu uso é corrente, é possível encontrar uma variedade 
de tipos de placas de gesso acartonado: placas resistentes ao impacto, placas 
flexíveis, placas resistentes ao fogo, placas resistentes à umidade, além das placas-
padrão (FERGUSON, 1996). 
 
Processo de fabricação das placas de gesso acartonado 
De acordo com Lafarge Corporation (2012), a fabricação das placas de 
gesso acartonado inicia-se com a extração da gipsita da mina. Em seguida, é 
transportada por meio de caminhões para a fábrica, em que é esmagada e 
peneirada em peneira cuja malha é de aproximadamente 5 cm (2”). 
A próxima etapa consiste em secar esse material no forno, obtendo-se o 
gesso. O gesso então é moído, sendo armazenado em silos. Dos silos, o gesso é 
transportado para uma caixa de pesagem, por meio de vibração. Nessa caixa de 
pesagem, há uma balança pneumática, em que se realiza a dosagem do gesso em 
peso. 
Adicionam-se então aditivos como amido, fibra de vidro ou vermiculita, que 
são misturados em diferentes proporções dependendo do tipo de placa a ser 
fabricado (resistente à umidade, resistente ao fogo, resistente ao impacto, entre 
outros). 
Em seguida, adiciona-se água, cuja dosagem é realizada em volume, por 
meio de procedimentos mecânicos. Tais materiais são transportados ao misturador, 
onde se realiza a mistura do pó com a água, e no próprio misturador ocorre o 
processo de batimento por meio de um eixo giratório. 
A pasta é então espalhada inicialmente sobre uma folha de papel, sendo 
submetida a um processo de vibração. Tal ação é realizada para expulsar as bolhas 
de ar internas à pasta, evitando que a placa fique com vazios, o que comprometeria 
a resistência mecânica. 
wesley & beatriz
Realce
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 189 
Outra folha de papel cobre a pasta, formando um sanduíche de gesso entre 
duas camadas de papel. Após o endurecimento das placas, essas são cortadas e 
transportadas para túneis de secagem, onde há um controle de umidade e 
temperatura. 
Em seguida, passam por um circuito de ar frio, para que a secagem ocorra 
sem a perda das propriedades elásticas requeridas. 
Após essa operação, as placas são acondicionadas em lotes, sendo 
transportadas à área de estocagem. 
 
 
FIGURA 129 - PROCESSO DE FABRICAÇÃO DAS PLACAS DE GESSO 
 
 
FONTE: (LAFARGE CORPORATION, 2012). 
 
 
Atualmente, comercializam-se no Brasil três tipos de placas: placas de gesso 
padrão, placas de gesso resistente à umidade e placas de gesso resistente ao fogo. 
 
Placa de gesso padrão 
As placas para uso padrão (Standard) são compostas por um miolo de 
gesso e aditivos, sendo revestida em ambas as faces com papel kraft (ASTM, 1995). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 190 
Os aditivos normalmente utilizados são sulfato de potássio, sulfato de sódio 
ou cloreto de sódio, cuja função é acelerar o tempo de pega, para possibilitar a 
produção em larga escala. Utiliza-se também amido, para facilitar a aderência do 
gesso no cartão. 
Pode-se identificar essa placa pela cor do cartão, que é branco na face 
frontal e marfim na face posterior. 
As placas com espessura acima de 12.5 mm possuem maior resistência ao 
fogo e melhor isolamento acústico que as placas de menor espessura. São rígidas e, 
portanto mais difíceis de serem curvadas (FERGUSON, 1996). 
 
 
FIGURA 130 - PLACAS DE GESSO ACARTONADO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.hotfrog.com.br/Empresas/artenogesso/placa-de-acartonado-
252974 >. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
As placas com 12.5 mm de espessura são as mais utilizadas no Brasil. 
Podem ser fixadas em estruturas de madeira ou perfis metálicos e, caso se deseje 
melhorar o isolamento termoacústico, podem-se fixar duas placas em uma mesma 
face da divisória, o que se denomina de parede dupla (PLACO DO BRASIL, 2009). 
Segundo Ferguson (1996), para realizar reparos às placas com 9.5 mm de 
espessura são as mais utilizadas. O mesmo autor citado anteriormente observa que 
as placas de 6 mm de espessura são utilizadas para revestir paredes já existentes. 
Além disso, essa placa pode ser curvada facilmente, sendo utilizada para execução 
de divisórias curvas. Utilizando-se essa placa é possível curvar a placa com um raio 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 191 
de aproximadamente 150 cm se a placa estiver seca, e aproximadamente de 90 cm 
com a placa umedecida. 
 
Placas resistentes à umidade 
As placas resistentes à umidade são constituídas por gesso e aditivos, como 
silicone ou fibras de celulose, e têm as duas superfícies cobertas por um cartão com 
hidrofugante (FERGUSON, 1996). 
Apesar de essa placa ser recomendada para áreas molháveis, não devem 
ser empregadas em áreas sujeitas a uma alta taxa de umidade. Além disso, as 
placas devem ser montadas de tal modo a se evitar a entrada de vapor de água, que 
pode deteriorar o material. No Brasil é possível reconhecer essa placa pela cor 
verde do cartão. 
 
 
FIGURA 131 - PLACA DE GESSO ACARTONADO RESISTENTE A UMIDADE 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.pinusplac.com.br/produtos/gesso-acartonado>. Acesso em: 22 
de janeiro de 2013. 
 
 
Placas resistentes ao fogo 
As placas resistentes ao fogo, segundo FERGUSON (1996), possuem 
aditivo no gesso e fibras de vidro, que melhoram a resistência à tração e reduzem a 
absorção de água, além de conferirem maior resistência ao fogo à placa de gesso. 
De acordo com a ASTM (1995), as placas resistentes ao fogo devem 
apresentar resistência aofogo durante uma hora, no caso das placas com 
espessura de 15 mm, e 45 minutos, para as placas com espessura de 12.5 mm. 
 
 
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 192 
As placas resistentes ao fogo comercializadas no Brasil possuem o cartão 
na cor rosa. 
 
 
FIGURA 132 - PLACA DE GESSO ACARTONADO RESISTENTE AO FOGO 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.madeiramadeira.com.br/cat/forro_de_gesso/37072.html>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
De um modo geral, o sistema conhecido por drywall, consiste na aplicação 
de divisórias ou forros com placas de gesso acartonado, com montagem de um 
esqueleto de aço galvanizado (em alguns países, utiliza-se a madeira para esse fim) 
que são fechados com placas de gesso acartonado. 
A partir disso, podem-se obter diferentes composições da divisória: desde o 
“esqueleto” preenchido com uma placa de cada lado até uma parede composta por 
dupla estrutura e duas placas de cada lado, com os vazios preenchidos com isolante 
termoacústico. 
Em alguns países onde o sistema já é de uso corrente, como Estados 
Unidos, Canadá e França são possíveis encontrar, nas lojas de materiais de 
construção, uma grande variedade de materiais e componentes para a execução de 
divisória com gesso acartonado, sendo que o próprio usuário tem condições de 
realizar facilmente eventuais reparos na divisória. 
 
 
 
 
 
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 193 
 
 
FIGURA 133 - INSTALAÇÃO DE DRYWALL 
 
FONTE: Disponível em: <http://arquitetonline.com.br/2012/02/somente-profissionais-qualificados-
estao-aptos-a-trabalhar-com-drywall/>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
No Brasil, apesar das placas de gesso acartonado serem comercializadas há 
mais de 20 anos, somente agora as construtoras começam a empregar com mais 
intensidade, tanto em ambientes comerciais como em residenciais. 
 
Vantagens do uso das placas de gesso acartonado em relação à alvenaria: 
• Construção a seco, levando a possibilidade de maior limpeza e 
organização do canteiro; 
• Superfície pré-acabada, facilitando o acabamento final; 
• Uso de revestimentos de pequena espessura. 
• Elevada produtividade; 
• Não depende da habilidade do profissional; 
• Precisão dimensional; 
• Desmontabilidade; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 194 
• Menor peso; 
• Possibilidade de embutimento das instalações. 
 
Desvantagens: 
• Resistência mecânica: cargas pontuais superiores a 35 kg devem ser 
previstas com antecedência, para instalar reforços no momento da execução; 
• Resistência à umidade: as placas de gesso acartonado não resistem à alta 
taxa de umidade; 
• Necessidade de nível organizacional elevado para obter vantagens 
potenciais; 
• Barreira cultural do construtor e do consumidor; 
• Falta de visão sistêmica dos construtores, de modo que o potencial de 
racionalização oferecido pelo sistema não seja totalmente explorado. 
 
 
FIGURA 134 - OS PRINCIPAIS TIPOS DE PLACAS DE GESSO ACARTONADO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/view/gesso-acartonado-
usos-e-vantagens-/139>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 195 
 
 
4.2 REVESTIMENTOS 
 
 
Conjunto de camadas que recobre as vedações e a estrutura de um edifício 
com as funções de proteção, complementar às funções de vedação e se constituir 
no acabamento final (funções estéticas, de valorização econômica). 
 
 
4.2.1 Elementos dos Revestimentos de Argamassa de Cimento 
 
 
Os revestimentos de argamassa de cimento sobre as alvenarias e estruturas 
com o objetivo de regularizar e uniformizar as superfícies, corrigindo as 
irregularidades e tem como finalidades principais: a proteção contra as intempéries, 
a regularização dos parâmetros, o aumento da resistência ao choque, a melhoria 
das qualidades acústicas, térmicas, de impermeabilização e de higiene (SALGADO, 
2007). 
Em relação aos revestimentos de argamassa, são constituídos de no mínimo 
três camadas superpostas, contínuas e uniformes: 
 
• Argamassa de aderência (Chapisco) 
Tem por finalidade aumentar a rugosidade do substrato, aumentar as 
condições de aspereza em superfícies lisas, de modo que a argamassa prevista 
para revestir encontre boas condições de aderência. 
• Argamassa de regularização (emboço) 
o Esta argamassa tem como finalidade uniformizar superfícies 
regularizando o prumo e o alinhamento. Deve evitar a penetração de água sem 
impedir a ação capilar, que transporta a umidade do interior para o exterior dos 
paramentos. A sua composição possui cimento, areia e em algumas regiões do país 
saibro. 
• Argamassa de acabamento (reboco) 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 196 
Esta argamassa tem por finalidade servir de acabamento ou de suporte para 
a pintura, devendo ser perfeitamente regular, com pouca porosidade. Sua espessura 
não deve ser superior a 5,0 mm. 
 
Chapisco 
A aplicação do chapisco consiste em lançar uma argamassa fluída no 
substrato, para proporcionar sua maior fixação. Essa argamassa é produzida com 
cimento e areia no traço 1:3 ou 1:4, geralmente com areia grossa. O lançamento 
manual é a forma mais adequada para realizar esta aplicação, como ocorre muita 
queda de material neste procedimento, recomenda-se proteger o piso para tentar 
reaproveitar o material (SALGADO, 2007). 
O chapisco possui o traço com maior consumo de cimento por metro cúbico 
de material, nem mesmo o concreto estrutural proporcionamente terá a mesma 
quantidade de cimento. 
 
 
FIGURA 135 - CHAPISCO 
 
FONTE: Disponível em: <http://arquitectandoufpb.blogspot.pt/2012/06/fase-da-obra-7-
revestimentos.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Emboço 
Para a execução do emboço é necessário ter decorrido um tempo mínimo de 
cura da aplicação do chapisco de três dias e que preferencialmente as instalações 
das paredes tenham sido executadas (instalações hidráulicas e elétricas) e os 
rasgos devidamente preenchidos, os batentes das portas colocados ou com os tacos 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 197 
dos batentes assentados, contramarcos dos caixilhos e preferencialmente o 
contrapiso executado ou pelo menos a camada de regularização. 
O emboço também considerado de camada de revestimento espesso tem 
em média 2,0 cm de espessura cujo traço depende do que vier a ser executado 
como acabamento. Usualmente uma argamassa de emboço é aplicada nos traços 
1/2:1:5; 1:1:6; 1:2:9 (cimento, cal e areia). 
Na sua aplicação recomenda-se a molhagem prévia do substrato a receber a 
argamassa, para não absorver a água de amassamento necessária para a cura da 
argamassa. 
Para a execução do emboço, deve-se inicialmente realizar o alinhamento da 
parede, com posicionamento de taliscas de madeira ou caco cerâmico geralmente 
inferior a 2,0 m de espaçamento. 
 
 
FIGURA 136 - APLICAÇÃO DO EMBOÇO, FIXAÇÃO DAS TALISCAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://fgfreformaseacabamentos.blogspot.pt/2011/09/executando-embosso-
e-colocando-mestras.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 198 
Com a consolidação das taliscas (cerca de dois dias), preenche-se o espaço 
entre as taliscas verticalmente com a mesma argamassa do emboço e estando a 
massa firme com o uso de uma régua de alumínio (desempenadeira), aprumam-se 
as mestras que servirão de guia para a execução do revestimento. 
 
 
FIGURA 137 - APLICAÇÃO DO EMBOÇO, EXECUÇÃO DAS MESTRAS 
 A 
FONTE: Disponível em: <http://fgfreformaseacabamentos.blogspot.pt/2011/09/executando-embosso-
e-colocando-mestras.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013.Após chapar o emboço, é realizado o corte com régua de alumínio ou 
sarrafo de madeira, orientadas pelas mestras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 199 
 
 
FIGURA 138 - SARRAFEAMENTO POR MEIO DE RÉGUA DE ALUMÍNIO 
APOIADA SOBRE DUAS MESTRAS 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://construcaociviltips.blogspot.pt/2012/06/execucao-do-emboco-
revestimentos.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Com a regularização, aplica-se uma desempenadeira para acertar a 
argamassa no substrato uniformizando a superfície, tendo em conta os seguintes 
elementos: 
• Avaliar o ponto de sarrafeamento da argamassa pelo teste de 
compressão da superfície com os dedos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 200 
 
 
FIGURA 139 - PONTO DE SARRAFEAMENTO 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://construcaociviltips.blogspot.pt/2012/06/execucao-do-emboco-
revestimentos.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
• Analisar o tipo de desempeno aplicado em função do acabamento final 
previsto; 
• Verificar a planicidade utilizando uma régua de alumínio com nível de 
bolha acoplado que deve ficar inteiramente encostada à superfície e com a bolha 
entre as linhas. 
 
 
FIGURA 140 - APLICAÇÃO DE DESEMPENADEIRA, REGULARIZAÇÃO 
 
FONTE: Disponível em: <http://construcaociviltips.blogspot.pt/2012/06/execucao-do-emboco-
revestimentos.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
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 201 
 
 
Reboco 
O material do reboco sendo o terceiro componente do revestimento de 
argamassa consiste na aplicação da camada preparatória para receber os mais 
diversos acabamentos finais, como pintura, aplicação de massa de textura, 
aplicação de azulejos, aplicação de pastilhas, etc. 
Os rebocos mais usuais são calfino ou massa corrida. 
 
 
FIGURA 141 - APLICAÇÃO DE CALFINO OU MASSA CORRIDA SOBRE EMBOÇO 
 
FONTE: Disponível em: <http://construindo.org/massa-corrida/>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
A massa corrida ou calfino podem ter como base o PVA (acetato de 
polivinila, base d’água) ou acrílico, e tem como função dar acabamento liso a uma 
superfície. 
A massa corrida de base PVA é utilizada em interiores, e tem aparência 
fosca, ideal para receber pintura em seguida. Seu valor é relativamente mais baixo. 
Já a massa corrida acrílica é mais resistente e costuma ser mais utilizada 
em ambientes exteriores, já que veda totalmente a parede, impermeabilizando-a. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 202 
Considerando o reboco como processo final do revestimento, existem alguns 
rebocos ou revestimentos argamassados que não recebem o tratamento do 
recobrimento com pintura: 
 
• Reboco Hidrófugo 
A adição de hidrofugantes na composição do reboco impede a percolação 
de umidade oriunda de precipitação pluvial normal. O mesmo não acontece, todavia, 
com a difusão do vapor d’água (condensação por choque térmico); 
• Reboco Impermeável 
Reboco resistente à pressão d’água, geralmente executada com argamassa 
de cimento com adição de aditivo impermeabilizante, execução semelhante a barra 
lisa; 
• Barra Lisa de Cimento (cimento queimado) 
Revestimento executado com argamassa de cimento, na proporção de 1:3 
ou 1:4, tendo o cuidado do uso de areia fina peneirada (peneira de fubá). A 
aplicação deve ser feita sobre emboço firme (1:4/8 – argamassa mista de cal) ou 
superfície de concreto, onde se coloca a massa na desempenadeira (talocha) de 
madeira e comprime-se de baixo para cima de maneira que se obtenha uma 
espessura mínima de 3 ou 4 mm. Em seguida, com movimento circular com a 
desempenadeira procura-se desbastar a espessura e ao mesmo tempo uniformizar 
o painel de maneira a se obter uma espessura final de 2 ou 3 mm, lança-se o pó de 
cimento e em seguida com a broxa esborrifa-se água e com a desempenadeira de 
aço, alisa-se o pó de cimento incrustado na argamassa, caracterizando a chamada 
queima do cimento. 
• Estuque Lúcido (barra lustra ou barra lúcida) 
É um revestimento contínuo, impermeável, utilizado em banheiros, cozinhas 
e áreas em contato com água, que substitui o azulejo e tem aparência de mármore. 
Por ser um revestimento contínuo, não admite reparos ou emendas. O trabalho deve 
ser executado por mão de obra especializada, que aplica sobre o emboço, um 
reboco desempenado com argamassa mista de cal (1:4/8), que após completa 
secagem (dois dias), recebe uma capa de 2 mm de uma pasta especial (3:3:2 ou 
2:2:1 – pó de mármore, nata de cal, cimento branco, água e corante a gosto) que 
deve ser queimada com desempenadeira de aço e após dá-se o lustro com o 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 203 
polimento da superfície usando-se uma boneca de pano que deve ser esfregada 
com energia junto com o talco, até atingir o polimento desejado. Outro acabamento 
utiliza passar óleo de linhaça e encerar com cera de carnaúba. O resultado final é 
uma superfície muito lisa e brilhante, comparável ao vidro e que na fase de queima 
pode receber um processo artístico de impregnação de óxido de ferro diluído em 
água, formando veios determinados por técnicas (uso de esponja ou pena de 
galinha) que imitam mármore. 
• Reboco Travertino (massa tipo travertino) 
Revestimento semelhante ao estuque lúcido. Essas massas são 
industrializadas, portanto patenteadas sua composição. Aplica-se a massa sobre 
emboço de argamassa mista de cal (1:4/12) molhada até a saturação, como se 
fosse reboco normal. Para a imitação do mármore travertino, faz-se da seguinte 
maneira: com o reboco ainda bem molhado, comprime-se com uma boneca de 
estopa limpa ou pano seco, de maneira que na superfície se determinam pequenos 
sulcos típicos do mármore, desempena-se com a desempenadeira de aço 
levemente, de maneira a não desmanchar os sulcos feitos. O filamento para 
imitação das placas de mármore é feito com um ferro de 3/16 ou 1/4 na forma de 
semicírculo, passado na superfície ainda úmida. O rendimento é de 10 kg/m². 
• Massa Lavada 
Semelhante à massa tipo travertino é um material industrializado e 
patenteado, em que a característica predominante está no agregado que é 
composto de granas de granitos coloridos e quartzo. Aplicado com uma espessura 
na ordem de 5 mm, o seu acabamento é feito com a lavagem de solução de ácido 
muriático e água 1:6, lavando-se em seguida com água limpa para remoção da 
solução ácida. Esse processo é repetido até aparecerem os grãos e granilhas de 
granito, limpos e brilhantes. O rendimento é de 15 kg/m². 
• Reboco Raspado (massa raspada) 
Sua composição é feita com quartzo, cimento ou cimento branco e corante, 
sendo os traços, patentes dos fabricantes. A espessura do reboco não deve ser 
inferior a 3 mm, nem superior a 5 mm. Os painéis devem ser executados de forma 
contínua, sem emendas, existindo juntas determinadas por colher de pedreiro ou 
fitas adesivas, entre os mesmos. O acabamento é conseguido com a passagem de 
um pente de aço ou pedaço de lâmina de serra, após duas horas aproximadamente 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 204 
da sua aplicação, removendo a parte superficial do reboco, que deve ser lavada 
para a remoção do pó, como procedimento final. 
• Granilito ou Granitina 
Revestimento argamassado cujo acabamento tem aparência de granito. É 
preparado no canteiro com cimento branco, granas e granilhas de granito, mármore 
e corante. Executados em painéis com espessura na ordem de 5 a 8 mm, com 
juntas de dilatação de latão, alumínio ou plástico. A aplicação é feita da mesma 
maneira que o emboço, por lançamento, batendo com a desempenadeira repetidas 
vezes para melhor fixação, aí então sarrafeia-see desempena-se. Após a secagem, 
dá-se o polimento com máquina, podendo receber como acabamento o 
enceramento e lustro com flanela. 
• Massa Acrílica 
São materiais industrializados, composto de granas de granito, combinados 
com resinas acrílicas, que depois de aplicadas se constituem em produto de alta 
resistência, monolítico e impermeável à ação do tempo. É aplicado com 
desempenadeira de aço ou PVC, formando uma camada com espessura de 3 mm, 
com rendimento na ordem de 4 kg/m². 
Normas Gerais para Execução de Revestimentos Argamassados 
(SALGADO, 2007): 
• As superfícies a revestir deverão ser limpas e molhadas antes de 
qualquer revestimento ser aplicado. Molhando a parede, executa-se a limpeza, 
permitindo as melhores condições de fixação do revestimento, com a remoção do 
limo, fuligem, poeira, óleo etc., que podem acarretar o desprendimento futuro da 
argamassa; 
• Antes de ser iniciado qualquer serviço de revestimento, deverão ser 
instalados os dutos embutidos dos sistemas elétricos, de comunicação, gás e 
hidrossanitários, devendo ser testadas as canalizações (sob pressão fluídica ou com 
lançamento dos guias), permitindo que se façam reparos, se necessários; 
• As superfícies estruturais em concreto, tijolos laminados ou prensados, 
serão previamente chapiscadas, logo após o término da elevação das alvenarias; 
• Emboço só será aplicado após completa pega da argamassa de 
assentamento das alvenarias e do chapisco, e as superfícies deverão ser molhadas 
convenientemente antes do processo; 
wesley & beatriz
Realce
wesley & beatriz
Realce
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 205 
• Quando houver necessidade de espessura de emboço acima de 2 cm, 
deverão ser executados em camadas, respeitando a espessura de 1,5 cm cada; 
• A cal hidratada usada na confecção das argamassas para emboço 
deve ser peneirada, para eliminar os grãos de cal, que se existirem na argamassa 
darão origem ao processo de hidratação higroscópica retardada, cuja consequência 
é o aparecimento do vulgarmente chamado empipocamento do revestimento; 
 
 
FIGURA 142 - APLICAÇÃO DE ARGAMASSA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/reboco-de-parede-
passo-a-passo/>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
4.3 IMPERMEABILIZAÇÕES 
 
 
A impermeabilização na construção civil tem como objetivo impedir a 
passagem indesejável de águas, fluidos e vapores, podendo contê-los ou escoá-los 
para fora do local que necessitamos proteger (IBI, 2012). 
 
Importância da impermeabilização 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 206 
Além de permitir a habitabilidade e funcionalidade das edificações, é 
relevada no objetivo de proteger inúmeros problemas patológicos que poderão surgir 
com a infiltração da água integrada ao oxigênio e outros componentes agressivos da 
atmosfera (gases poluentes, chuva ácida, ozônio), já que uma grande quantidade de 
materiais constituintes da construção civil sofre um processo de deterioração e 
degradação, quando em presença das intempéries. 
O custo de uma impermeabilização na construção civil é estimado em 1% a 
3% do custo total de uma obra. No entanto, a não consideração da mesma, poderá 
gerar custos de reimpermeabilização da ordem de 5% a 10% do custo da obra 
envolvendo quebra de pisos cerâmicos, granitos, argamassas, etc., sem considerar 
os custos relacionados com os transtornos ocasionados, além da depreciação do 
valor patrimonial, etc. 
Os principais locais onde se faz necessário à aplicação de 
impermeabilização são: 
 
• Subsolos; 
• Terraços; 
• Varandas; 
• Piscinas; 
• Em áreas frias (piso banheiro, cozinha, área de serviço); 
• Coberturas. 
 
 
Sistemas de Impermeabilização 
É um conjunto de produtos e serviços destinados a conferir estanqueidade 
as partes de uma construção (NBR 9575/03). 
 
Estanqueidade 
Propriedade de um elemento (ou conjunto de componentes) de impedir a 
penetração ou passagem de fluídos por si. A sua determinação está associada a 
uma pressão limite de utilização (a que se relacionam as condições de exposição do 
elemento) (NBR 9595/03). 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 207 
O desempenho adequado do sistema de impermeabilização é obtido com a 
interação de vários componentes, diretamente relacionados entre si, pois a falha de 
um deles pode prejudicar o desempenho e durabilidade da impermeabilização. 
 
Os principais componentes são (IBI, 2012): 
 
• Projeto de impermeabilização 
O projeto de impermeabilização deve fazer parte integrante dos projetos de 
uma edificação, como hidráulica, elétrica, cálculo estrutural, arquitetura, paisagismo, 
formas, etc., pois a impermeabilização necessita ser estudada e compatibilizada 
com todos os componentes de uma construção, de forma a não sofrer ou ocasionar 
interferências. 
 
• Qualidade de materiais e sistema de impermeabilização 
Há no Brasil diversos produtos impermeabilizantes de qualidade e 
desempenho variável, de diversas origens e métodos de aplicação, normalizados ou 
não, que deverão ter suas características profundamente estudadas para se 
escolher um adequado sistema de impermeabilização. 
Como exemplo, existem produtos cancerígenos utilizados em 
impermeabilização de reservatórios, produtos que sofrem degradação química do 
meio a que estão expostos, produtos de baixa resistência a água, baixa resistência a 
cargas atuantes, não suportam baixas ou altas temperaturas, dificuldade ou 
impossibilidade de aplicação em determinados locais ou situações, baixa resistência 
mecânica, etc. 
Deve-se sempre procurar conhecer todos os parâmetros técnicos e esforços 
mecânicos envolvidos para a escolha adequada do sistema impermeabilizante. 
 
• Qualidade da execução da impermeabilização 
Por melhor que seja o material ou o sistema de impermeabilização, de nada 
adianta se o mesmo é aplicado por pessoa não habilitada na execução da 
impermeabilização. 
Deve-se sempre recorrer a equipes especializadas na aplicação dos 
materiais impermeabilizantes. A mesma deverá ter conhecimento do projeto de 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 208 
impermeabilização; ser recomendado pelo fabricante do material; que possua equipe 
técnica e suporte financeiro compatível com o porte da obra; que ofereça garantia 
dos serviços executados, etc. 
 
• Qualidade da construção da edificação 
A impermeabilização deve sempre ser executada sobre um substrato 
adequado, de forma a não sofrer interferências que comprometam seu desempenho, 
tais como: regularização mal executada, fissuração do substrato, utilização de 
materiais inadequados na área impermeabilizada, (como tijolos furados, 
enchimentos com entulho, passagem inadequada de tubulações elétricas e 
hidráulicas), falhas de concretagem, cobrimento de armadura insuficiente, sujeira, 
resíduos de desmoldantes, ralos e tubulações mal chumbadas, detalhes construtivos 
que dificultam a impermeabilização, etc. 
 
• Fiscalização 
O rigoroso controle da execução da impermeabilização é fundamental para 
seu desempenho, devendo esta fiscalização ser feita não somente pela empresa 
aplicadora, mas também responsável pela obra. 
Deve-se sempre obedecer ao detalhamento do projeto de impermeabilização 
e estudar os possíveis problemas durante o transcorrer da obra, verificando se a 
preparação da estrutura para receber a impermeabilização está sendo bem 
executada, se o material aplicado está dentro das especificações no que tange a 
qualidade, características técnicas, espessura, consumo, tempo de secagem, 
sobreposição, arremates, testes de estanqueidade, método de aplicação, etc. 
 
• Preservação da impermeabilização 
Deve-se impedirque a impermeabilização aplicada seja danificada por 
terceiros, ainda que involuntariamente, por ocasião da colocação de pregos, 
luminárias, para-raios, antenas coletivas, play-ground, pisos e revestimentos, etc. 
Considerar, como precaução, a possibilidade de ocorrência de tais 
problemas quando da execução do projeto. Caso isto não seja possível, providenciar 
a compatibilização em época oportuna, evitando escolher as soluções paliativas. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 209 
Cuidados importantes a verificar antes de realizar a impermeabilização: 
 
• Antes da aplicação da impermeabilização em qualquer sistema, devem 
ter sido anteriormente executados a regularização da superfície. 
• Para receber a impermeabilização, as superfícies devem estar limpas, 
lisas, secas e isentas de poeira, graxas, óleos, além de estarem livres de qualquer 
irregularidade. As trincas e fissuras devem ser tratadas de forma compatível com o 
sistema de impermeabilização. 
• Deve ser vedado o trânsito de pessoal, material e equipamentos 
estranhos ao processo de impermeabilização durante sua execução. Não se deve 
pisar sobre as camadas até a secagem completa das mesmas e, quando secas, 
deve-se evitar o trânsito durante as horas de sol quente. 
• A eficiência e durabilidade dos sistemas impermeáveis dependem, 
como qualquer outro revestimento, da base de aplicação. Argamassas de 
regularização com traços fracos ou feitas com agregados que contenham materiais 
orgânicos, tendem a deteriorar-se com o tempo, soltando a impermeabilização e 
provocando vazamentos. 
• Deve-se evitar o uso de materiais argilosos como o saibro nas 
argamassas de regularização que servirão de base para sistemas mais sofisticados. 
• As regularizações devem ser com argamassa no traço 1:3 de cimento e 
areia lavada, aditivada com cola apropriada para garantir a aderência e auxiliar na 
prevenção das fissuras e trincas de evaporação da água e retração do cimento. 
• Antes de aplicar os materiais impermeabilizantes, verificar se a 
regularização está bem aderida ao substrato em todos os pontos, fazendo as 
correções quando necessário. 
• Em caso de vazamentos, evite fazer reparos definitivos, por onde a 
água sai. Ao encontrar resistência, a água irá procurar novos caminhos, causando 
maiores danos. Faça os reparos de emergência com produtos de pega rápida 
conforme o caso, e o reparo definitivo no menor tempo possível. 
• As meias-canas ou chanfros, em reservatórios, piscinas e encontro de 
lajes com paredes, tem a finalidade de proteger os vértices contra a pressão da 
água nestes locais, considerados críticos, e permitir um melhor controle da aplicação 
dos materiais impermeabilizantes, evitando acúmulos e formação de vincos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 210 
• Trincas e fissuras no concreto e/ou regularização devem ser tratadas 
com materiais apropriados antes da aplicação do impermeabilizante. As trincas não 
tratadas rompem a película ao se movimentarem ou cortam a impermeabilização se 
esta for flexível. 
• Ao tratar as superfícies com materiais impermeabilizantes elásticos, 
sejam acrílicos, betuminosos, pré-moldados ou moldados "in loco", não é 
recomendado aplicar acabamentos como massas niveladoras, pinturas, 
assentamento de pisos ou azulejos, por exemplo, diretamente sobre a superfície 
impermeabilizada. Devido às variações térmicas, o grau de plasticidade do produto 
empregado poderá variar de acordo com suas características, e o revestimento 
aplicado poderá vir a soltar-se. Utilize sempre o chapisco e a argamassa de 
proteção mecânica sobre a impermeabilização como base para o acabamento. 
• O período de testes de 72 horas é de fundamental importância em se 
tratando de impermeabilização. Recomenda-se ser efetuada uma prova de carga 
com lâmina d’água, para verificação da aplicação É mais fácil detectar e corrigir 
problemas, antes da aplicação de revestimentos sobre a camada impermeável. 
 
Entre os principais sistemas utilizados atualmente, destacam-se o sistema 
de impermeabilização por meio de mantas asfálticas e as membranas de 
impermeabilização. 
 
 Na tabela abaixo é apresentada a comparação entre estes sistemas: 
 
 
TABELA COMPARATIVA DE SISTEMAS 
Mantas Asfálticas Membranas Líquidas 
Possuem espessura constante. Possuem variação de espessura, 
podendo comprometer a eficiência. 
Fácil controle e fiscalização da 
impermeabilização. 
Dificuldade de controle e fiscalização, 
principalmente pelo consumo, número 
de demãos e adulteração do produto. 
Aplicação do sistema em uma única 
vez. 
Aplicação em várias camadas sujeitas 
às interferências das intempérires. 
Não é necessário aguardar Aguardar secagem entre camadas. 
 
 
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 211 
secagem. 
Existência de armadura em toda a 
superfície de maneira uniforme. 
Possibilidade de haver desalinhamento 
da armadura, ocasionando 
desempenho variável. 
Menor tempo de aplicação 
(mão de obra). 
Maior tempo de aplicação 
(mão de obra). 
Menor ocorrência de erros de 
aplicação. 
Maior ocorrência de erros devido às 
diversas variáveis envolvidas. 
Liberação rápida, após teste de 
estanqueidade. 
Necessidade de interditar a área por 
mais tempo. 
 
FONTE: (IBI, 2012). 
 
 
Mantas Asfálticas 
As mantas asfálticas são normalmente estruturadas com material não tecido 
de poliéster, véu de fibra de vidro ou polietileno e são industrializadas com asfalto 
oxidado ou modificado com polímeros. Este tipo de sistema de impermeabilização 
flexível é atualmente o mais utilizado na Construção Civil. 
 
 
FIGURA 143 - APLICAÇÃO DE MANTAS ASFÁLTICAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://construmixtv.wordpress.com/2012/02/23/o-que-e-manta-asfalticas/>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 212 
 
 
A manta asfáltica é um material impermeabilizante formado por várias 
camadas que lhe dão propriedades físicas, químicas e mecânicas e são fornecidas 
prontas para a colocação. 
 
Composição da manta asfáltica: 
• Uma terminação inferior ou separador - filme de polietileno; 
• Duas camadas de massa asfáltica - asfalto com aditivos e/ou cargas 
minerais; 
• Um reforço central ou armadura - filme de polietileno ou geotêxtil; 
• Uma terminação superior ou revestimento, filme de polietileno, de 
alumínio ou geotêxtil. 
 
 
 
Classificam-se em três classes: 
 
• Mantas não expostas à intempérie. São aquelas que necessitam de 
uma proteção adicional para permanecer à intempérie. Ex.: mantas com terminação 
superior de polietileno ou geotêxtil pintado com asfalto. 
• Mantas aptas para estar à intempérie, não transitáveis. Ex.: mantas 
com terminação superior de alumínio. 
• Mantas aptas para estar à intempérie e transitáveis. Ex: mantas com 
terminação geotêxtil pintado com revestimento impermeável acrílico. 
 
 
A espessura da manta é fundamental, porque determina que possa ter a 
massa asfáltica mínima e necessária para conseguir as devidas resistências físicas 
e mecânicas. Nesse sentido, as mantas de espessuras totais superiores a 3,5 mm e 
de peso total mínimo de 4 kg/m2 são as mais utilizadas. 
 
 
 
 
 
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 213 
 
 
 
FIGURA 144 - APLICAÇÃO DE MANTA ASFÁLTICA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.reformafacil.com.br/impermeabilizacao-a-importancia-desta-
tecnica-para-as-edificacoes>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Imprimação 
Antes da aplicação da manta, é realizado o procedimento de imprimação, 
que consiste na aplicação de uma tinta asfáltica sobre o substrato. Podem ser do 
tipo emulsão (base aquosa) ou solução (basesolvente). As bases solventes são as 
mais recomendáveis, principalmente pela maior penetração na superfície de 
tratamento e dão uma melhor aderência à manta, além de ter um tempo de secagem 
rápida. 
 
 
FIGURA 145 - IMPRIMAÇÃO DA SUPERFÍCIE DE TRATAMENTO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.assenarts.com.br/?PAG=visualiza&texto=494&sessao=artigos>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
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 214 
 
 
4.4 INSTALAÇÕES – MATERIAIS 
 
 
4.4.1 Elétrica 
 
 
O sistema elétrico de uma edificação permite o abastecimento da energia 
elétrica no interior dos edifícios, sendo composto por um conjunto de materiais e de 
dispositivos (CREDER, 1999): 
 
• Ramal de ligação: poste público, poste que se conecta a rede pública 
de baixa tensão; 
• Ramal de entrada: o poste particular que conduz a energia do poste 
público ao medidor; 
• Unidade consumidora: qualquer residência, apartamento, escritório, 
loja, sala, dependência comercial, depósito, indústria, galpão, etc., individualizado 
pela respectiva medição; 
• Entrada de serviço de energia elétrica: Conjunto de equipamentos, 
condutores e acessórios instalados desde o ponto de derivação da rede de energia 
elétrica pública até a medição; 
• Potência instalada: É a soma das potências nominais dos aparelhos, 
equipamentos e dispositivos a serem utilizados na instalação consumidora. Incluem 
tomadas (previsão de cargas de eletrodomésticos, TV, som, etc.), lâmpadas, 
chuveiros elétricos, aparelhos de ar-condicionado, motores, etc.; 
• Aterramento: conexão de descarga para eventualidade de picos de 
energia. Trata-se de uma proteção da instalação e seus usuários. Visa estabelecer 
uma ligação entre o sistema elétrico e a terra que é considerada um grande depósito 
de energia capaz de neutralizar cargas positivas e negativas. O fio terra estabiliza a 
tensão em caso de sobrecarga do sistema. 
• Medidor do consumo de energia elétrica: aparelho que mede o 
consumo de energia elétrica a serviço da concessionária. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 215 
 
 
FIGURA 146 - MEDIDOR DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA 
 
FONTE: Disponível em: <http://extra.globo.com/noticias/economia/chip-da-light-apos-tres-horas-de-
atraso-indecisao-concessionaria-ipem-rj-instalam-aparelhos-no-jardim-america-
4311532.html#axzz2CrIh7Urk>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
• Alimentador predial: cabo condutor de energia que parte do medidor de 
energia até o Quadro de Luz. 
• Quadro de luz: quadro de distribuição de energia. Cada circuito elétrico 
é protegido por um disjuntor que fica no quadro elétrico. Há diversos modelos e 
tamanhos de quadros de distribuição de luz e força. Podem também ser de sobrepor 
ou de embutir na alvenaria. Devem possuir uma entrada de energia, uma barra de 
neutro e uma barra de terra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 216 
 
 
FIGURA 147 - QUADRO DE LUZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (BERTONCEL, 2008) 
 
 
• Os circuitos: são as várias seções nas quais são distribuídas as redes 
elétricas que vão até os pontos de consumo de energia como tomadas e pontos de 
luz. É recomendado que cada circuito deva ter no máximo 1,200 W de energia. Para 
chuveiros, aparelhos de ar-condicionado e outros aparelhos de alta solicitação, 
devem-se projetar circuitos independentes. Os circuitos, na realidade são feitos 
pelas ligações de fios e cabos aos pontos de utilização. Esses fios e cabos 
(condutores) são instalados dentro de eletrodutos rígidos ou flexíveis. O ideal é que 
circuitos de iluminação estejam separados dos circuitos de tomadas. Em residências 
são permitidos pontos de iluminação e tomadas em um mesmo circuito, exceto nas 
cozinhas, copas e áreas de serviço, que devem constituir um ou mais circuitos 
independentes. O número máximo de pontos ativos recomendados em um circuito é 
9. O total de pontos ativos é a soma do número de interruptores mais o número de 
tomadas. No comando em paralelo, é considerado um ponto apenas. Para os 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 217 
aparelhos com potência superior a 1000 w, é necessário um circuito individual, como 
no caso do chuveiro ou torneira elétrica. 
• Condutores Elétricos: Os fios e cabos são os condutores mais comuns. 
A diferença entre ambos é que o primeiro (fio) é sólido, possui um único filamento, 
uma seção circular única no caso o cobre ou Alumínio. O segundo (cabo) é 
composto por vários filamentos de pequeno diâmetro e várias seções circulares 
trançadas, o que o torna muito mais flexível. A flexibilidade é um aspecto essencial 
para a colocação dos condutores dentro do eletroduto e nas caixas de passagem da 
parede e octogonais do teto. Tanto cabos como fios são revestidos por um 
isolamento termoplástico colorido. (vermelho, azul, preto, branco, amarelo, verde, 
preto). Alguns possuem dois revestimentos permitindo a instalação em locais 
diferenciados. Atualmente exige-se que os condutores sejam revestidos com 
material antichamas, pois assim, mesmo em caso de exposição prolongada, a 
chama não se propaga ao longo do material isolante do cabo. Convenção de cores 
Fase - preto, branco, vermelho ou cinza, neutro - azul claro e proteção (aterramento) 
- verde ou verde e amarelo. 
 
 
FIGURA 148 - CONDUTORES ELÉTRICOS 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://decoracaoecasa.com/tipos-de-fios-e-cabos.html>. Acesso em: 22 
de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 218 
 
 
FIGURA 149 - CABO CONDUTOR ELÉTRICO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/tomadas-da-casa/>. Acesso 
em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
• Os pontos elétricos: são os pontos de consumo de energia, mais 
especificamente falando os pontos de luz e tomadas. Com relação a este aspecto, 
deve-se prestar atenção no consumo de energia. Utilizando lâmpadas frias, 
lâmpadas a vapor como as fluorescentes, por exemplo, economiza-se boa parte da 
energia gasta com lâmpadas quentes incandescentes. 
• Interruptor: É o dispositivo que interrompe a corrente elétrica. Existem 
alguns tipos de interruptores: 
• Um interruptor e um ponto de luz: acende um ponto de luz; 
• Um interruptor, dois pontos de luz: acende simultaneamente; 
• Dois pontos de luz. É composto por: um neutro, uma fase e um retorno. 
• Treeway: (dois interruptores, um ponto de luz). Interruptor paralelo. 
Acende a partir de dois pontos diferentes, um ou mais pontos de luz. É composto 
por: dois neutros, uma fase e dois retornos; 
• Fourway: Interruptor Intermediário - É composto por: um neutro, uma 
fase e um retorno. 
 
 
 
 
 
 
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 219 
 
 
 
FIGURA 150 - INTERRUPTOR SIMPLES 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.kaboodle.com/reviews/interruptor-1-tecla-simples-com-placa-
gris-244>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Tomadas: 
Tomada universal – dois polos – um fase e um neutro ou duas fases. 
 
 
FIGURA 151 - TOMADA UNIVERSAL DE DOIS POLOS 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.kaboodle.com/reviews/tomada-universal-redonda-com-placa-
gris-254>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 220 
 
Tomada de 2P +T = dois polos mais um terra – sendo uma fase e um neutro, ou 
duas fases. 
 
 
FIGURA 152 - TOMADA DOIS POLOS MAIS UM TERRA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.thony.com.br/1-tomada-universal-2pt-10a-250-1715-sistema-
x->. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Tomada tripolar – normalmente utilizada para ar-condicionado, pode sermonofásica, bifásica ou trifásica. 
 
 
FIGURA 153 - TOMADA TRIPOLAR 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.metailuminacao.com.br/sub03.php?cat=3&ncat=&nsub01=Industriais&idsub01=17&nsub0
2=Branca&idsub02=50>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 221 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível: <http://www.inmetro.gov.br/qualidade/pluguestomadas/index.asp>. Acesso em: 
04 jan. 2013. 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Conforme o site do INMETRO, com a criação do Padrão Brasileiro de Plugues 
e Tomadas, o nosso mercado passa a comercializar apenas dois modelos de 
plugues e tomadas. Nele, os plugues possuem dois ou três pinos redondos e 
as tomadas três orifícios de 4 mm ou 4,8 mm. 
 
O padrão foi criado, acima de tudo, para dar mais segurança ao consumidor, 
ao diminuir a possibilidade de choques elétricos, incêndios e mortes. Nos 
últimos dez anos, o DataSUS registrou 13.776 internações com 379 óbitos e 
mais 15.418 mortes imediatas decorrentes de acidentes relativos à exposição a 
correntes elétricas em residências, escolas, asilos e locais de trabalho. Além 
disso, dentre os acidentados, o choque elétrico é a terceira maior causa de 
morte infantil. 
 
FONTE: Disponível: <http://www.inmetro.gov.br/qualidade/pluguestomadas/index.asp>. Acesso 
em: 04 jan. 2013. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 222 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível: <http://www.inmetro.gov.br/qualidade/pluguestomadas/index.asp>. Acesso em: 
04 jan. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível: <http://www.inmetro.gov.br/qualidade/pluguestomadas/index.asp>. Acesso em: 
04 jan. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/qualidade/pluguestomadas/index.asp>. Acesso 
em: 04 jan. 2013. 
 
 
 
 
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 223 
Dispositivos de segurança 
São os equipamentos que protegem o usuário e a rede elétrica contra 
possíveis falhas, como picos de energia que poderiam causar um curto-circuito na 
rede além de danos a vida das pessoas. Os disjuntores e as chaves fusíveis são os 
principais dispositivos de segurança. 
 
Chave Fusível 
É uma chave de segurança (seccionadora) projetada para superaquecer e 
queimar rapidamente quando a rede fica sobrecarregada. Em um fusível, um pedaço 
fino de fio vaporiza rapidamente quando uma corrente elevada passa por ele. Isso 
interrompe a corrente no cabo imediatamente, protegendo-o do superaquecimento. 
Sua desvantagem é que uma vez que ocorre a falha que a aciona, a peça 
fica inutilizada devendo ser substituída. 
 
 
FIGURA 154 - CHAVE FUSÍVEL 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://elos.com.br/newsite/baixa-tensao/chaves-seccionadoras-160a/>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 224 
Disjuntores 
O disjuntor é uma chave de segurança que desarma quando a rede fica 
sobrecarregada. Usa o calor de uma sobrecarga para acionar um mecanismo e abrir 
como uma chave, por isso os disjuntores podem ser religados. 
A vantagem sobre o fusível é que uma vez que ocorre a falha que o aciona, 
a peça não fica inutilizada não necessitando ser substituída, bastando religá-lo como 
se fosse um interruptor. 
Em um quadro de distribuição são previstos vários disjuntores. Um para 
cada circuito e um geral. 
O disjuntor geral permite que você interrompa a energia do quadro inteiro 
quando necessário. A partir daí, todos os cabos seguem para as diversas tomadas e 
luzes da casa, passando por um disjuntor ou fusível. 
Se o disjuntor estiver acionado, a energia fluirá pelos fios na parede e 
eventualmente fará seu caminho até o destino final. 
O mercado oferece dois tipos de disjuntores: o termomagnético e o 
diferencial residual, sendo que este último tem um dispositivo que o torna mais 
eficiente na proteção contra choques elétricos. 
Os disjuntores podem ser monofásicos, bifásicos ou trifásicos, com os 
seguintes valores de corrente elétrica para modelo padrão NEMA: 
 
Monofásico: 10, 15, 20 ,25, 30, 40, 50, 60 e 70 Ampères 
Bifásicos: 10, 15, 20, 25, 30, 35,10, 50, 60, 70, 90 e 100 Ampères 
Trifásicos: 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 50, 60, 70, 90 e 100 Ampères 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 225 
 
FIGURA 155 - DISJUNTOR PADRÃO NEMA 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.decorwatts.com.br/Disjuntor-Nema.php>. Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
 
 
 
O disjuntor Nema está deixando de ser usado, porque o Modelo Din 
apresenta uma melhor eficiência e pode também ser utilizado para motores. 
 
Os valores de corrente elétrica para o modelo padrão DIN: 
Monofásico, Bifásico ou trifásicos: 6, 10, 16, 20 ,25, 32, 40, 50 e 63 Ampères 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 226 
 
 
FIGURA 156 - DISJUNTOR PADRÃO DIN 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.decorwatts.com.br/disjuntor-2x10A.php>. Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
 
 
4.4.2 Hidrossanitárias 
 
 
Os materiais destinados às instalações hidrossanitárias são analisados a 
seguir: 
 
Tubos e conexões 
 
PVC 
A matéria-prima básica empregada na fabricação dos tubos e conexões de 
PVC rígido é a resina de cloreto de polivinila. Esta resina é obtida a partir do cloreto 
de sódio, carvão, cal e água. Os tubos e conexões de PVC rígido para instalações 
prediais de água fria devem ser fabricados de acordo com a especificação NBR 
5648/77 da ABNT e os tubos e conexões de PVC rígido para esgoto predial e 
ventilação devem ser fabricados de acordo com as especificações da NBR 5688/77 
da ABNT. 
Os tubos e conexões de PVC são utilizados em instalações de água a 20ºC, 
e cuja pressão máxima de serviço não supere a 750 Kpa (75 mH2O), já incluído as 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 227 
variações dinâmicas. São fornecidos pelos fabricantes geralmente com diâmetro de 
referência variando de 15,0 mm (1/2”) até 100,0 mm (4”). 
 
 
TABELA DE PVC RÍGIDO PARA INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA 
Diâmetro 
de 
referência 
dr 
 
Tubos Soldáveis 
 
Tubos Roscáveis 
Diâmetro 
externo nominal 
dn (A) 
Espessura 
da parede 
e 
Diâmetro 
externo nominal 
dn (B) 
Espessura 
da parede 
 e 
mm 
(Polegada) 
mm mm mm mm 
15 (1/2) 20 1,5 21 2,5 
20 (3/4) 25 1,7 26 2,6 
25 (1) 32 2,1 33 3,2 
32 (1 ¼) 40 2,4 42 3,6 
40 (1 ½) 50 3,0 48 4,0 
50 (2) 60 3,3 60 4,6 
60 (2 ½) 75 4,2 75 5,5 
75 (3) 85 4,7 88 6,2 
100 (4) 110 6,1 113 7,6 
Tubos conforme a série I da NBR 5680/77 
Tubos conforme a série II da NBR 5680/77 
FONTE: (NBR 5680/77) 
 
 
Os tubos e conexões de PVC para instalações de esgoto sanitário e 
ventilação, que funcionam pela ação da gravidade, são fabricados para uma 
temperatura em regime contínuo que não ultrapasse a 50ºC. São fornecidos pelos 
fabricantes com diâmetro nominal de 40, 50, 75 e 100 mm. Os tubos são fornecidos 
geralmente em peças de 6,0 m. 
Os tubos soldáveis para água apresentam uma das extremidades com ponta 
e a outra com bolsa, enquanto que os roscáveis apresentam ambas com rosca, para 
esgoto normalmente apresentam uma de suas extremidades com ponta e a outra 
com bolsa. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 228 
As conexões usadas para água fria podem ser soldáveis ou roscáveis, para 
esgoto primário e ventilação são de ponta-bolsa com junta elástica e para esgoto 
secundário são soldáveis, com bolsa-bolsa.FIGURA 157 - EXEMPLO DE PVC PARA ESGOTO, JOELHO 45 E TUBO ESGOTO 
E VENTILAÇÃO 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.redebras.com.br/tubos-e-conexoes-de-esgoto-normal/joelho-45-
pvc-esgoto.php>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
FIGURA 158 - TUBOS DE PVC RÍGIDO SOLDÁVEIS PARA ÁGUA FRIA, COM 
BOLSA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.krona.com.br/site/Produtos/Agua-Fria/Tubos/Tubos-de-PVC-
Soldavel-NBR-5648>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 229 
 
 
FIGURA 159 - TUBO DE PVC ROSCÁVEL PARA ÁGUA FRIA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://plataforma.loja2.com.br/767260-TUBO-DE-PVC-ROSCAVEL-25mm-
6m-AF-AMANCO>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 160 - CONEXÕES EM PVC DIVERSAS 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://imoveis.sempreantenados.com/construcao/tubulacao-em-pvc>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 230 
 
 
FIGURA 161 - TUBOS DE PVC RÍGIDO 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.andreattaferragens.com.br/?Pagina=Materiais_hidraulicos>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
4.4.3 Gás 
 
 
Cobre 
Os tubos de cobre são fabricados com 9,90 % de cobre recozido e no 
máximo de 0,04% de fósforo. São fabricados por extrusão e denominados “tubos 
sem costura”, em barras de 5,0 m. 
São divididos em três classes: 
• Classe A: a espessura das paredes dos tubos é intermediária e são 
utilizados nas instalações prediais de gás. 
• Classe E: os tubos possuem as paredes finas e são utilizados em 
instalações hidráulicas prediais para a distribuição de água fria e água quente. 
• Classe I: são tubos de paredes mais grossas, destinados a instalações 
industriais (alta pressão) e combate a incêndios. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 231 
Os tubos de cobre são fabricados segundo as normas da ABNT, nas quais 
se destaca as de maior interesse para as instalações: 
• NBR 5028/84 
• NBR 5030/82 
• NBR 7417/82 
• NBR 7542/82 
• NBR 13206/04 
 
Nas tubulações de cobre usam-se conexões de cobre e de latão (liga de 
cobre e zinco). Essas conexões podem ser rosqueadas em uma das extremidades e 
lisas na outra, para serem soldadas ou ainda lisas em ambas as extremidades. 
 
 
FIGURA 162 - TUBO DE COBRE CLASSE A PARA INSTALAÇÃO DE GÁS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.br.all.biz/tubo-de-cobre-classe-a-g102337>. Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 163 - CONEXÕES EM COBRE PARA GÁS 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.sctur.com.br/paginas.asp?id=437&cli=Schmitz%20Manuten%E7%E3o>. Acesso em: 22 
de janeiro de 2013. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 232 
 
 
O cobre é altamente resistente às variações de pressão e de temperatura, 
evitando, assim, intervenções e retrabalhos nas instalações. 
 
 
 
FIGURA 164 - TUBO DE COBRE COM PROTEÇÃO PARA INSTALAÇÃO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.termomecanica.com.br/default.asp?p=tubos-conexoes-e-
acessorios>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Principais vantagens das instalações em cobre, quando utilizadas para 
outras finalidades como água fria: 
• Durabilidade: Vida útil da tubulação superior à do imóvel; 
• Manutenção: Não requer reparos, evitando transtornos e quebra 
de paredes; 
• Rapidez na instalação: As tubulações de cobre são facilmente 
soldadas garantindo vedação perfeita e segurança do sistema; 
• Propriedade bactericida: Protege a saúde evitando enfermidades 
transmitidas pela água; 
• Não produz gases tóxicos: Em caso de incêndio, não produz 
gases venenosos; 
• Versatilidade: é utilizada tanto em sistema de água fria, água 
quente, gás, refrigeração e combate a incêndio; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 233 
• Impermeabilidade: Fluídos, germes, gases e raios ultravioletas 
são barrados pelas propriedades do cobre; 
• Eficiência: Suas paredes sempre lisas e livres de incrustações 
garantem a circulação perfeita de líquidos; 
• Ecologia: É 100% reciclável; 
• Resistência ao calor, fogo, pressão e ao tempo: Mantém sua 
forma a temperatura elevada, resiste a altas pressões e tem longa vida útil. 
 
 
FIGURA 164 - LUVA DE COBRE SEM ANEL 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.zeusdobrasil.com.br/index/produto/q/luva-cobre-s-anel/c/gas>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 165 - JOELHO 3/8 PARA INSTALAÇÃO DE GÁS 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.diferpan.com.br/joelho-para-tubo-de-cobre-3-8-jackwal.html>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 234 
 
 
4.4.4 Especiais 
 
 
Ar-Condicionado 
 
O ar-condicionado é um equipamento destinado a climatizar o ar em um 
recinto fechado, mantendo sua temperatura e umidade controladas, permite manter 
um ambiente ameno e agradável, qualquer que seja a estação do ano e as 
condições climáticas. 
Os principais materiais envolvidos na instalação de ar-condicionado são: 
 
• Evaporador: Série de tubos internos ao equipamento (aumenta a 
superfície da troca de calor). 
 
 
FIGURA 166 - EVAPORADOR 
 
FONTE: (ARAÚJO, 2011). 
 
 
• Compressor: Comprime o fluido logo após a saída do evaporador. 
• Condensador: Constituído por uma série de tubos dentro dos quais o 
fluido de condensação (ar ou água) circula. O fluido de condensação sai mais 
quente do que entra e o fluído refrigerante se condensa. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 235 
 
 
 
FIGURA 167 - CONDENSADOR 
 
FONTE: (ARAÚJO, 2011). 
 
 
• Válvula de Expansão: Faz a pressão cair até um nível tal que possa evaporar. 
 
 
 
FIGURA 168 - VÁLVULA DE EXPANSÃO 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.rearonline.com.br/produto/43030069/valvula+de+expansao+r134+ten+2+corpo+068z
3348>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Classificação dos Sistemas: 
 
Expansão Direta: sistema onde o refrigerante contido em uma serpentina, ao 
se evaporar, resfria diretamente o ar em contato com ela. 
Tipos mais comuns: 
• aparelhos de janela. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 236 
 
 
FIGURA 169 - EXEMPLO DE APARELHO DE JANELA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.whala.com.br/os-aparelhos-de-ar-condicionado-gui/>. Acesso 
em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 170 - SISTEMA DE FUNCIONAMENTO DO APARELHO DE JANELA 
 
FONTE: (ARAÚJO, 2011). 
 
 
• self-contained com condensação a ar; 
O elemento que resfria o condensador é o próprio ar atmosférico, cuja 
circulação é forçada por um ventilador. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 237 
 
FIGURA 171 - TIPO DE EQUIPAMENTO SELF-CONTAINED 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.thermodinamica.com.br/trane.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 
2013. 
 
 
 • split-system. 
 
 
FIGURA 172 - EXEMPLO DE APARELHO TIPO SPLIT SYSTEM 
 
FONTE: Disponível em: <http://feijorefrigeracao.webnode.com.br/sobre-nos/>. Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 238 
 
Expansão Indireta: neste sistema, um refrigerante (primário) resfria um fluido 
intermediário (refrigerante secundário, geralmente a água) que, passando por uma 
serpentina, retira o calor do ar proveniente dos ambientes, quando em contato com a 
mesma. 
 
• fan coil 
Permite ser instalado na parede ou no teto, atendendo as mais diversas 
necessidades dos ambientes. A sua instalação é especialmente indicada nas 
seguintes situações: 
- Aquecimento de grandes ambientes; 
- Quando o local a ser aquecido não permite a instalação de vários 
radiadores; 
- Em locais de pouca utilização,e quando utilizados, deseja-se rápido 
aquecimento (ex. salões de festa, salas de cinema, etc). 
 
 
FIGURA 173 - EQUIPAMENTO FAN COIL 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://bright-lily.en.made-in-china.com/product/RqKQublHYEUC/China-Air-
Conditioner-Hydronic-Fan-Coil-Unit.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Características técnicas: 
- Suportes à prova de vibração; 
- Grades para saída de ar e aspiração de ar com filtro; 
- Acabamentos confeccionados em plástico ABS (material que não sofre 
alteração de cor devido ao uso); 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 239 
- Controle remoto para o ventilador que permite seleção de 3 (três) 
velocidades de funcionamento. 
 
• chiller 
Os chillers resfriam a água, que é bombeada, conduzida por meio de 
tubulações até às serpentinas localizadas nas unidades terminais (fan coils). Nesse 
ponto, há uma elevação em sua temperatura, pela troca de calor com o ar de retorno 
em contato com a serpentina. A água volta aos chillers para ser novamente resfriada 
por meio da troca de calor. 
 
 
FIGURA 174 - EQUIPAMENTO CHILLER 
. 
FONTE: Disponível em: <http://www.logismarket.ind.br/padua-ar-condicionado/chiller/2470578976-
1179618937-p.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Instalações de Incêndio 
 
Os equipamentos utilizados no sistema de detecção e alarme de incêndio 
são: 
 
Sendo projetado conforme norma ABNT NBR 9441, a finalidade do sistema 
de detecção e alarme é o de detectar imediatamente o princípio de incêndio, por 
meio de seus detectores interligados a uma Central de Alarmes que permite o 
controle do sistema e funcionamento automático. O sistema também é composto por 
acionadores manuais, sirenes, chaves de bloqueio e outros. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 240 
 
FIGURA 175 - SISTEMA COMPLETO DE DETECÇÃO DE ALARME DE INCÊNDIO 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://rmrie.com.br/?page_id=301>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Detector de fumaça 
 
 
FIGURA 176 - EXEMPLO DE DETECTOR DE FUMAÇA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.vtn.com.br/prevencao-de-incendios/detectores-de-fumaca/>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 241 
 
Alarmes 
As centrais de alarme possuem a finalidade de proteger o local onde a 
mesma está instalada. Composta pela central, sensores de presença que são os 
responsáveis pela identificação, a sirene que fará o alerta sonoro, os controles que 
servirão para a ativação e desativação da Central de Alarme e a discadora, a qual 
tem a responsabilidade de fazer a comunicação do disparo do alarme com os 
telefones cadastrados, para assim receber a ligação no caso de uma invasão. 
 
 
FIGURA 177 - EXEMPLO DE CENTRAL DE ALARME 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.wdtecnica.com.br/2012/01/como-funciona-um-sistema-de-
alarme.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 178 - SENSOR DE PRESENÇA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.wdtecnica.com.br/2012/01/como-funciona-um-sistema-de-
alarme.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 242 
 
FIGURA 179 - SIRENE 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.wdtecnica.com.br/2012/01/como-funciona-um-sistema-de-
alarme.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
FIGURA 180 - CONTROLE 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.wdtecnica.com.br/2012/01/como-funciona-um-sistema-de-
alarme.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 181 - DISCADORA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.wdtecnica.com.br/2012/01/como-funciona-um-sistema-de-
alarme.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
FIM DO MÓDULO IV 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 244 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 245 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
MESTRE DE OBRAS 
 
 
 
 
MÓDULO V 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 246 
 
 
MÓDULO V 
 
 
5 ACABAMENTOS 
 
 
5.1 PISOS 
 
Pisos Cerâmicos e Pétreos 
 
Características comuns: 
• Incombustíveis e não corrosíveis; 
• Elevada estabilidade físico-química; 
• Excepcional durabilidade; 
• Elevada resistência mecânica; 
• Elevada resistência à água; 
• Variabilidade de cores e padrões; 
• Pisos duros (acusticamente) e frios (em relação conforto tátil); 
• Adequados para áreas internas e externas; Ambientes secos ou molhados; 
Edifícios residenciais, comerciais e industriais; 
• Concorrem entre si em todos os nichos de mercado; alto valor agregado; 
preços competitivos em relação a outros tipos; 
• Brasil é grande produtor mundial e exportador de ambos os componentes. 
 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 247 
 
 
FIGURA 182 - PISO EM CERÂMICA 
 
FONTE: Disponível em: <http://portuguese.alibaba.com/product-gs/ceramic-and-terrazzo-floors-
polishing-liquid-326784578.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Piso Cerâmico 
O piso cerâmico indica um material muito compacto, constituído por várias 
fases cristalinas dispersas em uma matriz vítrea. O uso é bastante comum e possui 
diversos formatos disponíveis. 
 
Terminologia 
• Piso cerâmico: placa extrudada ou prensada destinada ao revestimento 
de pisos, fabricada com argila e outras matérias-primas inorgânicas, com a face 
exposta vidrada ou não, e com determinadas propriedades físicas e características 
próprias compatíveis com sua finalidade. 
• Piso cerâmico não vidrado: placa cerâmica cujo corpo apresenta 
composição, cor, textura e características determinadas pelas matérias-primas e 
processos de fabricação utilizados, com valores médios de absorção de água de 
acordo com os parâmetros a seguir: 
Impermeável: aquele cujo corpo apresenta absorção de água até 0,5%. 
o De baixa absorção: aquele que apresenta absorção de água entre 
0,5% e 3%. 
o De média absorção: o que apresenta absorção entre 3% e 6%. 
o De alta absorção: o que apresenta absorção acima de 6%. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 248 
 
 
FIGURA 183 - PISO CERÂMICO 
 
FONTE: Disponível em: <http://ablimpezas.blogspot.pt/2010/07/piso-ceramico-com-cera-
acumulada.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Porcelanato 
De origem francesa, o piso de porcelanato tornou-se uma opção muito 
utilizada no Brasil. Possui aspecto estético agradável, sofisticação e praticidade. 
É um tipo de revestimento cerâmico fabricado com tecnologia, pode ser 
rústico ou ter brilho. O piso de porcelanato é muito resistente e traz muitas opções 
de cores, texturas e tamanhos. 
O porcelanato é um piso nobre feito com massa de porcelana, com absorção 
de água quase nula, por volta de 0,01% a 0,02 %. Possui a mais alta das 
resistências ao impacto entre todos os produtos do universo cerâmico (a mais alta 
carga). O porcelanato é produzido em temperaturas elevadas, por volta de 1250 ºC, 
com prensas hidráulicas de altíssima pressão, com massas ricas em feldspato e 
fundentes nobres, com moagemmuito fina e uma sinterização total: a 
porcelanização. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 249 
 
 
FIGURA 184 - PISO EM PORCELANATO 
 
FONTE: Disponível em: <http://dicasparadecorar.com/construcao/pisos-em-porcelanato>. Acesso em: 
22 de janeiro de 2013. 
 
 
É de fácil instalação, principalmente porque suas peças são de grandes 
formatos – a partir de 45 cm x 45 cm – e as juntas são pequenas, evitando acúmulo 
de sujeira. 
Vantagens: Como é feito de uma massa única, se desgasta por igual – sem 
descascar, como pode acontecer com a cerâmica e tem baixa absorção de água, 
sendo difícil manchá-lo. É indicado para pisos internos e externos das casas, e para 
o revestimento de paredes. O acabamento pode ser liso e brilhante, fosco e 
irregular, em sua forma natural, com ou sem esmalte. Há vários modelos 
disponíveis, inclusive com efeitos pontilhados, imitando pedras, madeira, jeans e até 
fibra natural, para dar um ar mais rústico ao cômodo. 
Desvantagem: As peças maiores, com mais de um metro de comprimento, 
devem ser manuseadas com muito cuidado, porque o prejuízo é maior se 
quebrarem. Além disso, essas peças costumam ser mais caras. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 250 
 
Cuidados com limpeza 
A limpeza adequada é um dos fatores mais importantes, pois caso não seja 
adequada, o piso porcelanato poderá riscar e manchar. O ideal é limpar o 
revestimento com detergente neutro diluído em água. 
Lentamente, passe uma esponja ou vassoura de cerdas macias sobre a 
superfície. Não use palha de aço, nem qualquer esponja de cerdas duras para não 
riscar o piso. Enxugue com um pano limpo e seco. 
 
 
FIGURA 184 - PISO DE PORCELANATO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.novasdodia.com/piso-de-porcelanato-importado-dicas-e-onde-
comprar/>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Pedra Natural 
O piso em pedra natural é uma opção de revestimento que possui extrema 
durabilidade e resistência à ação de agentes físicos e químicos. 
Com nobre padrão estético o piso em pedra natural possui praticidade na 
instalação, baixo custo de manutenção e limpeza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 251 
 
 
FIGURA 185 - PISO EM GRANITO 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.flickr.com/photos/pisodegranito/4975067616/>. Acesso em: 22 
de janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 186 - PISO EM MÁRMORE 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://homedocehome.blogspot.pt/2009/10/dicas-uteis.html>. Acesso em: 22 
de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 252 
 
 
 
Pisos em Madeira 
Independentemente do tipo de material escolhido para o revestimento em 
madeira, a principal recomendação para este tipo de serviço consiste em usar 
somente peças secas ou com teor de umidade em equilíbrio com o do ambiente, 
visando-se evitar a retração e o empenho após o assentamento. 
 
Tacos simples 
Dimensões mais comuns: 7 x 21 (cm) e espessura de 2 cm. 
Execução: assentados com argamassa de cimento e areia 1:4, espalhada 
sobre o lastro ou sobre a laje. 
• Molhar a base (lastro ou laje) e espalhar a argamassa, nivelada com a 
ajuda de taliscas; 
• Colocar os tacos um a um, acertando o nivelamento com batidas leves 
e depois com a ajuda de uma tábua deitada sobre os tacos; 
• Preparo dos tacos: para melhor aderência à argamassa, os tacos 
devem ser revestidos na face inferior com pedrisco, colado com asfalto, além de 
receberem alguns pregos tipo "L". Processo antigo e demorado. 
 
Tacos de Encaixe 
Dimensões mais comuns: 7 x 21 x 2 (cm), de encaixe tipo macho e fêmea. 
Execução: sobre contrapiso nivelado e seco, o assentamento é feito com 
cola especial espalhada com desempenadeira de aço (lado reto). Colocar os tacos 
um a um sobre a cola espalhada por trechos e bater vigorosamente com martelo de 
borracha. 
 
Recomendações para revestimentos com taco simples e tacos de encaixe: 
• Em nenhum taco devem ser toleradas: manchas de podridão, quinas 
mortas, rachaduras, cores contrastadas e nós grandes soltos ou podres; 
• Observar os desenhos do piso e das juntas especificados em projeto; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 253 
• Executar junta de dilatação junto às paredes de 1 cm (arrematada 
posteriormente com o rodapé); 
• Calafetar todas as juntas (preencher as frestas) após a raspagem, 
utilizando o pó da madeira misturado com cola. 
 
 
FIGURA 187 - TACO DE ENCAIXE 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.madeireirasantabarbara.com.br/site/?page_id=241>. Acesso em: 
22 de janeiro de 2013. 
 
 
Parquet 
É apresentado em placas (40 x 40) constituídas por pequenas peças de 
madeira agrupadas sobre uma tela plástica aderida na face de colagem. 
As placas são assentadas com cola e martelo de borracha sobre contrapiso 
seco de cimento e areia. A figura abaixo ilustra diferentes maneiras para o 
assentamento de pisos de madeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 254 
 
 
FIGURA 188 - DIFERENTES MANEIRAS PARA ASSENTAMENTO DE PISOS DE 
MADEIRA PARQUET 
 
FONTE: Disponível em: <http://casasdealice.blogspot.pt/2012/05/tacos-de-madeira-ou-parques-
renovando-o.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
O parquet é um tipo de pavimento de madeira formado por lamelas de forma 
paralelepipédica unidas a um suporte de rede ou papel através de cola. As lamelas 
encontam-se justapostas, geralmente constituindo quadrados elementares de 
lamelas paralelas entre si. 
Os quadrados elementares são colocados de modo a que as lamelas de um 
quadrado sejam sempre perpendiculares às dos quadrados adjacentes. 
As dimensões mais comuns das lamelas são de 6 a 10 x 18 a 25 x 100 a 
200 (mm). Pode ser colado diretamente sobre o pavimento de suporte, sendo esse o 
procedimento mais comum. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 255 
 
 
FIGURA 189 - PARQUET 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://pavimentos-flutuantes.com/pavimentos/pavimentos-
interiores/madeira/parquet.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Tábua Corrida 
O revestimento é executado com tábuas de encaixe tipo macho e fêmea, 
fixadas por meio de pregos a barrotes (peças compridas de madeira de seção 
trapezoidal). 
As tábuas devem ser rigorosamente selecionadas e secas em estufa, 
perfeitamente "galgadas", com superfície plana e cor uniforme. 
 
 
Execução: 
• Colocação dos barrotes - Fixados a laje ou lastro de concreto com 
argamassa forte de cimento e areia, perpendicularmente a direção em que serão 
fixadas as tábuas, com espaçamento máximo de 50 cm entre uma e outra peça e 
nivelados; 
 
 
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 256 
• Se o cômodo é maior que o comprimento das tábuas, serão 
necessárias emendas de topo - a distribuição dos barrotes deve ser tal que sempre 
haja um deles sob as emendas; 
• As tábuas são fixadas aos barrotes com pequenos pregos no encaixe 
(macho) e, no contrapiso, com cola. 
 
 
FIGURA 190 - TÁBUA CORRIDA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/15/02/2009/o-que-e-tabua-
corrida/>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
5.2 PAREDES 
 
 
Revestimentos de Paredes 
Os revestimentos de paredes têm por finalidade regularizar a superfície, 
proteger contra intempéries, aumentar a resistência da parede e proporcionar 
estética e acabamento. Os revestimentos de paredes são classificados de acordo 
com o material utilizado em revestimentos argamassados e não argamassados. 
 
 
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 257 
Os revestimentos argamassados foram analisados no MóduloIV, neste 
Módulo V, serão abordados nos capítulos seguintes os principais tipos de 
revestimentos não argamassados para paredes: 
• Revestimento de Madeira; 
• Revestimentos especiais; 
• Revestimentos de Pintura. 
 
 
5.3 MADEIRA 
 
 
O uso mais comum de revestimento em madeira para paredes é o lambril, 
peças em madeira maciça com bordos em macho e fêmea, dimensão de 10 cm de 
largura e ½ de espessura, cuja fixação é feita sobre um tarugamento executado com 
caibros (trapezoidais), fixos na parede em linhas paralelas com espaçamento de 50 
cm, ortogonalmente à posição de assentamento das peças. 
 
 
FIGURA 191 - APLICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE MADEIRA (LAMBRIL) 
 
 
FONTE: (DENGE, 2000) 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 258 
 
 
5.4 REVESTIMENTOS ESPECIAIS 
 
 
Grafiato 
Revestimento a base de polímeros acrílicos, dolomitas e minerais, que após 
sua aplicação apresenta aspecto de ranhuras. Possui ótima resistência às 
intempéries e aderência sobre a superfície, bem como a ação da umidade, mofos e 
raios UV. Não retém o pó, é autolavável devido a sua formulação química que 
contém óxido, corantes industriais e hidrorrepelentes que asseguram maior 
durabilidade. 
Para aplicação do grafiato, recomenda-se o uso de Desempenadeiras de 
aço e para obter os riscos uniformes com a desempenadeira de PVC. 
Aconselha-se utilizar o de mesmo lote em uma mesma fachada, para que 
não venha ter problemas com diferenças de cor. 
 
Texturas 
Revestimento a base de polímeros acrílicos, dolomita e minerais, o qual 
após sua aplicação apresenta aspecto texturizado, arrepiados ou decorativos. 
Possui ótima resistência às intempéries e aderência sobre a superfície, bem como a 
ação da umidade, mofos e raios UV. Não retém o pó, é autolavável devido a sua 
formulação química que contém óxido, corantes industriais e hidrorrepelentes que 
asseguram maior durabilidade. Em termos de custo, a textura possui melhor 
rendimento que o Grafiato. 
 
Superfícies para aplicação 
Poderão ser aplicados nas superfícies como alvenarias, reboco, blocos pré-
moldados, drywall, madeirite e conforme a sua necessidade. 
Além de proporcionar o aspecto estético, realizam proteção contra umidade, 
pois na sua formulação contém hidrorrepelente e antimofo que ajudam a combater e 
impedir a umidade, além de corrigir as imperfeições e trincas, proporciona um 
acabamento de qualidade. 
 
 
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 259 
 
Rendimento médio 
 
Textura 
Consumo / Aplicação: de 3,0 a 3,5kg/ m², variação conforme a superfície. 
Aplica-se com rolo de espumas, nylon ou rolos de bricolagem com diversos efeitos. 
1 barrica de 50kg - Terá um rendimento entre 14 a 16 m², variação conforme 
a superfície. 
 
Grafiato 
Consumo/ Aplicação: de 4,0 a 5,0 kg/ m² variação conforme a superfície. 
Aplica-se com desempenadeira de aço e risca com a de PVC. 
1 barrica de 50kg - Terá um rendimento entre 10 a 12 m². Variação conforme 
a superfície, com base na MALHA 10. 
 
 
FIGURA 192 - GRAFIATO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.tintasremoeste.com.br/grafiato-e-textura>. Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 260 
 
 
FIGURA 193 - TEXTURA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.pintevocemesmo.com.br/2010/09/29/texturizando-com-a-acrilica-
quartzo-da-tintas-renner/>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
5.5 TINTAS E VERNIZES 
 
 
Tintas 
Material de revestimento de consistência líquida ou pastosa que serve para 
cobertura, proteção, coloração das superfícies dos objetos, materiais, paredes, etc. 
Na construção civil as superfícies para pintura mais comuns são a madeira, 
a alvenaria, o concreto e os metais. 
Um serviço de pintura, depois de pronto, pode apresentar os aspectos: 
• Brilhante; 
• Fosco; 
• Transparente; 
• Opaco; 
• Colorido; 
• Incolor. 
 
A execução da pintura em qualquer tipo de superfície deve passar pelas 
seguintes etapas: 
 
• Preparação da superfície; 
 
 
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 261 
• Aplicação eventual de fundos, massas, condicionadores; 
• Aplicação da tinta de acabamento. 
 
Toda superfície, após ter sido preparada para receber a pintura, deve 
apresentar-se: 
• Menos áspera possível e pouco porosa; 
• Seca; 
• Limpa (sem poeira, graxa, óleo, ferrugem, etc.). 
 
O preparo da superfície é feito por processo mecânico ou químico, com o 
auxílio de lixas, solventes, jato de areia, etc., dependendo da sujeira a ser removida. 
 
 
Composição das Tintas 
Toda tinta é composta por uma suspensão de partículas opacas sólidas 
(pigmentos) em um veículo fluido. 
A função das partículas é cobrir e colorir. A função do veículo é aglutinar as 
partículas para formar uma película de proteção. 
O veículo da tinta é formado por uma parte volátil (solventes que evaporam) 
e outra não volátil que, ao secar, constitui a película protetora. Eventualmente 
adicionam-se cargas a tinta, que são pós minerais brancos ou incolores cuja 
finalidade é melhorar a consistência e durabilidade (ex.: talco, gesso, carbonato de 
cálcio). 
 
Aplicação 
Para escolha da tinta a aplicar é necessário conhecer o tipo de superfície 
que vai receber a pintura, as condições ambientais que esta tinta vai suportar e qual 
a finalidade de aplicação do produto (colorir, evitar ferrugens, isolar contra umidade, 
etc.). Uma vez feito este tipo de análise, o processo de aplicação também deve ser 
adotado de acordo com o tipo de serviço a executar. Dentre os mais usados: 
 
 
 
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 262 
• Pincel: processo lento, porém prático. Indicado para pequenos 
serviços, recortes de cantos e quinas e superfícies irregulares. Exige profissional 
experiente. 
• Rolo: processo um pouco mais rápido, indicado para superfícies 
planas. 
• Nebulização: processo mais rápido e que proporciona acabamento de 
melhor qualidade, embora haja muita perda de material na pintura de peças 
estreitas, como grades. Processo mais indicado para portas e móveis, exige tinta de 
baixa viscosidade e solvente rápido; 
 
 
Classificação dos Principais Tipos de Tintas 
 
 
TABELA COM CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE TINTAS 
CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS DE ACORDO COM O VEÍCULO UTILIZADO NA FORMULAÇÃO 
Látex PVA Tinta aquosa, à base de acetato de polivinila (P.V.A.). 
Látex Acrílico 
Tinta aquosa, à base de emulsões acrílicas, que conferem a tinta maior 
resistência ao intemperismo. Este fato faz com que as tintas acrílicas sejam 
recomendadas, preferencialmente, para superfícies externas. 
Esmalte Sintético Tinta à base de resinas alquídicas, de óleos secativos e solventes. 
Tinta óleo Semelhante ao esmalte sintético, com preponderância do teor óleo. 
Tinta Epoxi 
Tinta em solução, à base de resinas epóxi, de grande resistência à abrasão. 
Apresenta-se em dois componentes: tinta e catalisador, muito utilizado para 
pintura sobre cerâmica vitrificada (p/ ex.: Tinta Novacor). 
Verniz 
Poliuretano 
Solução de resinas poliuretânicas, em solventes alifáticos (óleos e matérias 
graxas). 
Cal 
A caiação a pintura mais econômica que as demais, de fácil execução, além 
de ser desinfetante. No preparo da tinta recomendam-se os seguintes 
cuidados: cal de boa qualidade; queima de cal em vasilhame limpo e 
passagem da pasta por uma peneira fina. A adição da água deve ser em 
quantidade necessária para obter-se uma pasta maleável, ou seja, um leite de 
cal mais ou menos denso. Há necessidade de, no mínimo, três demãos, 
sendo que, no caso de aplicação de cores, a primeira demão deve ser branca.Nas caiações, se junta à tinta certa quantidade de óleo de linhaça para melhor 
aderência da pintura ou fixadores específicos. Quando é necessária maior 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 263 
proteção contra a infiltração de água da chuva, adicionam-se à cal produtos 
impermeabilizantes. A aplicação, normalmente é feita com brochas ou pincéis 
grandes. 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
Rendimento 
É a relação entre a área pintada e o volume de tinta gasto (l / m²). 
Cobertura 
Capacidade da tinta de cobrir totalmente a superfície (contraste e cor). Na 
prática, esta capacidade é medida em número de demãos. 
Na variação destes elementos, que se têm as maiores diferenças de 
qualidade entre as tintas no mercado. 
Emprega-se o solvente para adequar a tinta às condições de pintura, 
visando à facilidade de aplicação, alastramento, etc. Entre os solventes mais 
comuns encontram-se a água, aguarrás, tiner, etc. 
 
 
TABELA COM RENDIMENTO DE TINTAS 
Tintas 
Rendimento 
Galão (3,6 l) / demão 
Látex P.V.A. 30,0 m
2
 
Látex Acrílico 30,0 m
2
 
Massa Corrida P.V.A. 20,0 m
2
 
Massa Corrida Acrílica 20,0 m
2
 
Tinta a óleo 35,0 m
2
 
Esmalte sintético 40,0 m
2
 
Grafite 40,0 m
2
 
Zarcão 30,0 m
2
 
Massa a óleo 20,0 m
2
 
Verniz 35,0 m
2
 
Epoxy 35,0 m
2
 
 
FONTE: (BASTOS, 2011). 
 
 
 
 
 
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 264 
 
Preparação da Superfície 
1- A adequada preparação da superfície é fator tão importante como a 
escolha de bons produtos para a pintura. Os seguintes cuidados devem ser 
observados: ela deve ser limpa, seca, isenta de poeira, gordura, sabão ou mofo, 
deve-se utilizar água morna com detergente para eliminar manchas de gordura; 
aplicar uma solução de água com aproximadamente 25% de água sanitária para 
remover as partes mofadas e, em seguida, enxaguar a superfície; corrigir com 
argamassa as imperfeições profundas da parede; as pequenas imperfeições 
(rasas) devem ser corrigidas com massa corrida (em reboco interno) ou massa 
acrílica (em reboco externo); raspar ou escovar as partes soltas ou mal aderidas; 
eliminar o brilho de qualquer origem, usando lixa de grana adequada. 
2- Antes de iniciar a pintura sobre um reboco novo, é preciso aguardar 
que ele esteja seco e curado. Se a tinta for aplicada sobre o reboco mal curado, 
provavelmente a pintura descascará, porque a impermeabilidade da tinta dificultará 
a saída da umidade e as trocas gasosas necessárias à carbonatação do reboco, 
sem a qual se tornará pulverulento sob a película da tinta, causando o 
descascamento. 
3- A superfície de madeira, pintada pela primeira vez, deve ser lixada para 
que sejam eliminadas as farpas. Em seguida aplica-se uma demão de Fundo 
Branco Fosco, com diluição de até 15% de diluente e corrigem-se as imperfeições 
com massa a óleo. Após a secagem, lixa-se novamente, removendo-se a poeira e 
aplicando-se o acabamento. Na repintura sobre madeira, o procedimento é 
semelhante ao da primeira pintura, dispensando-se aplicação de fundo branco 
fosco. No caso de envernizamento da madeira, não se aplica fundo branco fosco e 
nem massa a óleo, mas sim selador para madeira, lixa-se e se aplica o verniz. 
4- Para a pintura nova sobre ferro é necessário remover-se a ferrugem, 
utilizando lixa ou escova de aço, e aplica-se fundo a base de zarcão ou óxido de 
ferro e pintar. Na repintura, elimina-se a ferrugem e aplica-se o fundo apenas nas 
partes onde a superfície metálica esteve exposta. Após a secagem, lixa-se para 
nivelar a base e aplica-se o acabamento. Outro produto conhecido como 
Neutralizador de Ferrugem, pode ser usado antes de aplicarmos o zarcão, ele é 
aplicado a frio e transforma quimicamente a superfície do ferro ou oxidos nela 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 265 
existentes em fosfatos inertes do ponto de vista da corrosão, impedindo o 
aparecimento de ferrugem. 
 
Esquema de Pintura 
Qualquer que seja o esquema de pintura a ser aplicado recomenda-se 
observar atentamente as orientações sobre a preparação da superfície. O número 
de demãos e as indicações sobre a diluição das tintas baseiam-se em produtos de 
boa qualidade, podendo haver significativas variações, já que existe uma grande 
diferença de qualidade entre as tintas disponíveis no mercado. No entanto, 
recomenda-se seguir a orientação do fabricante. 
O acabamento convencional sobre rebocos (interno e externo) requer uma 
demão de tinta látex (P.V.A. ou acrílica), bem diluída (com até 100% de água), duas 
demãos de tinta látex com diluição de 20 a 30% de água. 
No acabamento liso interno, deve-se aplicar massa corrida em camadas 
finas e duas demãos de tinta látex, com diluição de 20 a 30% de água. No externo 
procede-se da mesma forma, apenas utilizando-se tinta látex acrílica, com diluição 
de 20 a 30% de água. 
No acabamento liso de áreas molháveis - banheiros, cozinhas, etc. - deve-se 
aplicar massa acrílica em camadas finas, duas demãos de esmalte sintético 
brilhante, sendo a primeira com diluição de até 15% de diluente e a segunda com 
até 5%. Quando se pretende um acabamento texturizado, deve-se usar uma demão 
de látex textura acrílica com diluição de até 10% de água (usar rolo de espuma) e, 
finalmente, duas demãos de esmalte sintético brilhante, sendo a primeira com 
diluição de até 15% de diluente e a segunda até 5%. 
Na face externa das telhas de fibrocimento, deve-se aplicar uma demão de 
fundo à base de solventes, de alto poder de penetração e resistência à alcalinidade, 
diluído com até 100% de diluente, duas demãos de tinta látex acrílica, com diluição 
de 20 a 30% de água. Para a pintura da face interna, dispensa-se a aplicação de 
fundo à base de solventes. 
Deve-se observar, entretanto, que não é aconselhável pintar apenas a 
superfície interna da telha, pois não havendo impermeabilização na face externa, a 
umidade penetrará, prejudicando a pintura interna. Além disso, a pintura do lado 
externo aumentará a vida útil da telha. Nas superfícies de litocerâmica não 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 266 
esmaltada ou de tijolo à vista aplica-se massa de assentamento adequadamente 
frisada, não apresentando falhas, fissuras ou orifícios. Caso isso ocorra, os 
fabricantes recomendam que se efetuem reparos necessários com a mesma massa. 
Em seguida, deve-se aplicar uma demão de silicone, conforme orientação do 
fabricante, o que aumentará a impermeabilização da superfície, sem alterar o 
aspecto. Para proporcionar brilho e mais resistência a estas superfícies, devem-se 
consultar os fabricantes de tintas sobre quais produtos aplicar. 
Em pinturas sobre madeira devem ser observadas as orientações a respeito 
da preparação da superfície, normalmente aplicando-se duas demãos de esmalte 
sintético brilhante, acetinado ou fosco, lembrando-se de que este último é 
recomendado para superfícies internas. A primeira demão de esmalte pode ser 
diluída com até 15% de diluente e a segunda, com até 5%. É preciso lixar a 
superfície levemente entre as demãos. 
 
Condições Ambientais durante a Aplicação de Tintas 
Os serviços de pintura devem sempre ser realizados em ambiente com 
temperaturas variando entre 10ºC e 35ºC, a menos que o fabricante estabeleça 
outro intervalo de variação para um tipo específico de tinta. 
As pinturas executadas em superfícies exteriores não devem ser efetuadas 
quando ocorrer precipitação pluvial, condensação de vapor d'água na superfície da 
base ou ventos fortes, com o transporte de partículas em suspensão no ar. 
As pinturas de interiores podem ser efetuadas mesmo quando as condições 
climáticas impeçam as do exterior, desde que seja obedecida a variações de 
temperatura, e que nãoocorra condensação de vapor de água na base a ser 
pintada. 
De preferência, a pintura em superfícies interiores deve ser realizada em 
condições climáticas que permitam que portas e janelas permaneçam abertas. 
Cada demão de tinta subsequente, somente deverá ser aplicada quando a 
anterior estiver adequadamente seca, de modo tal que o contato com a película, 
anteriormente aplicada, não provoque na mesma, enrugamentos, descoloramentos, 
etc. 
 
 
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 267 
Também devem ser evitados escorrimentos ou salpicos de tinta nas 
superfícies não destinadas à pintura - vidros, pisos, alvenarias e concretos 
aparentes, etc. 
Os salpicos que não puderem ser evitados precisam ser removidos 
enquanto a tinta ainda estiver fresca, empregando-se removedor adequado. 
A última demão de tinta deve proporcionar a superfície uma película de 
pintura uniforme, sem escorrimentos, falhas ou imperfeições. 
A pintura recém-executada deve ser protegida contra a incidência de poeira 
ou de água, ou mesmo contra contatos acidentais durante o período de secagem. 
 
 
VERNIZES 
De consistência líquida, produzem camada de proteção fina, brilhante e 
transparente, aplicada principalmente em madeiras (telhados, portas, janelas, 
móveis, etc.) (BASTOS, 2011). 
 
Constituição: Solvente + Óleo ou Resina Natural ou Sintética. 
 
Os vernizes são soluções de gomas ou resinas, naturais ou sintéticas, em 
um veículo (óleo secativo, solvente volátil), soluções essas que são convertidas em 
uma película útil, transparente ou translúcida, após a aplicação em camadas finas. 
As propriedades do verniz dependem da natureza da resina e do óleo na qual ela se 
dissolve. 
É necessário empregar sempre o tipo de verniz adequado para cada caso 
particular. Verniz que possua alta resistência à água poderá ser muito quebradiço 
para ser utilizado em soalhos. Verniz utilizado para interiores poderá ser inadequado 
para uso externo. 
 Os elementos de madeira, para receber verniz, deverão sofrer lixamento 
preliminar com lixa nº 80 e em seguida com lixa nº 120. 
É preciso aplicar então uma farta demão de imunizante pentaclorofenol, 
deixando secar e endurecer as resinas durante 24h. Após esse período, remover o 
excesso de pentaclorofenol, passando um pano seco sobre a madeira e aplicando 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 268 
uma demão de verniz selador fosco, que terá de secar pelo período determinado 
pelo fabricante. 
Devem-se tapar os furos de prego e outras imperfeições na superfície da 
madeira com massa de pintor, aplicada com espátula e proceder ao lixamento com 
lixa nº 120, seguido de limpeza com pano seco. O acabamento será dado em duas 
demãos, a primeira com corante para igualar a cor, se for o caso, e com retoques 
onde necessários, antes da última demão. 
No primeiro envernizamento da madeira normalmente são necessárias três 
demãos de verniz brilhante ou fosco, sendo que o fosco não é recomendado para 
superfícies externas. 
A diluição na primeira demão pode ser de até 20% de diluente, e a segunda 
e terceira com 5 e 10% respectivamente. Lixar levemente entre as demãos. O 
reenvernizamento é feito normalmente com duas demãos. 
Nas superfícies de ferro, depois de preparadas adequadamente, são 
aplicadas duas demãos de esmalte sintético brilhante, acetinado ou fosco, sendo 
que este último não é recomendado para superfícies externas. A primeira demão 
deve ser diluída com até 15% de diluente e a segunda com até 5%. Também se 
deve lixar levemente entre as demãos. 
 
 
FIGURA 194 - APLICAÇÃO DE VERNIZ EM MADEIRA 
 
FONTE: Disponível em: <http://dicasdofreitas.com/como-aplicar-verniz-em-madeira/>. Acesso em: 22 
de janeiro de 2013. 
 
 
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 269 
 
 
Alguns tipos de vernizes e suas principais características: 
 
Verniz de poliuretano - Produto à base de solvente, que proporciona 
acabamento durável e resistente a calor e álcool. Leva de 4 a 6 horas para secar e é 
preciso esperar de um dia para o outro para aplicar nova demão. É encontrado em 
acabamento fosco e alto brilho. 
 
Verniz acrílico - À base de água, seca em 1 hora. Não amarela com o tempo 
como os vernizes à base de solvente, mas não é tão resistente, sendo necessárias 
várias demãos. Encontrado em acabamento acetinado, fosco, semifosco e alto 
brilho, todas elas nas versões transparentes ou com pigmentos. 
 
Verniz em spray - À base de solvente, é encontrado em acabamento fosco 
ou com brilho e nas versões adequadas para mobiliário ou retoque e proteção da 
pintura. É útil para decorar itens pequenos de formato complicado, mas dispendioso 
para áreas grandes. 
 
Verniz a óleo - É o tradicional acabamento transparente para madeira, feito 
com óleos e resinas naturais diluídas em aguarrás. 
 
Verniz a álcool - É feito diluindo-se goma laca ou outra resina em álcool 
metilado. Seca de 15 a 30 minutos, formando uma película dura, mas quebradiça, 
que não é a prova de água ou álcool. 
 
Laca ou verniz de celulose - Produto especial usado em móveis para dar um 
acabamento durável. É desagradável trabalhar com ele e não se encontra facilmente 
no mercado. 
 
 
 
 
 
 
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 270 
 
5.6 LOUÇAS E METAIS 
 
 
A linha hidrosanitária de uma edificação é muito ampla, englobam as 
louças e metais para banheiro, cozinha, lavanderia e ambientes externos. Existe no 
mercado uma linha completa de produtos hidrossanitários, com diferentes cores e 
design. 
Os fabricantes estão sempre investindo em tecnologia e desenvolvendo 
produtos e dispositivos que atendam às necessidades do mercado. Atualmente, uma 
grande parte dos lançamentos é de produtos economizadores de água, todos 
voltados especificamente para o uso racional (BASTOS, 2011). 
 
 
Louças 
 
Vaso sanitário 
O sistema de descarga é composto pela bacia sanitária (vaso sanitário) e 
pelo aparelho hidráulico de descarga, que é utilizado para liberação da água para a 
limpeza dos dejetos na bacia. Pode ser uma válvula de descarga, caixa acoplada ou 
caixa suspensa. 
 
 
FIGURA 195 - VASO SANITÁRIO 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.guiadacasa.com/dicas/sanitario-deca>. Acesso em: 22 de janeiro 
de 2013. 
 
 
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 271 
 
A bacia com válvula de descarga apresenta como principal característica a 
obtenção da vazão instantânea necessária para a limpeza da bacia sanitária, sendo 
que o tempo de uso é determinado pelo período que o usuário aciona a válvula. 
Além de sua instalação ocupar menos espaço interno, uma vez que a bacia chega a 
ser de 10 a 15 cm menor do que uma bacia com caixa acoplada, ela é mais indicada 
para uso público devido a sua inviolabilidade e maior vida útil dos seus 
componentes. 
 
 
FIGURA 196 - VASO SANITÁRIO COM CAIXA ACOPLADA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.guiadacasa.com/dicas/sanitario-deca>. Acesso em: 22 de janeiro 
de 2013. 
 
 
A bacia com caixa acoplada ou com caixa suspensa apresenta como 
principal característica a simplicidade de instalação e a utilização de tubos de 
diâmetros menores, sendo que o tempo de uso é dado pelo preenchimento da caixa 
acoplada, dependendo diretamente da pressão de instalação, pois quanto menor a 
pressão, maior será o tempo de enchimento da caixa. 
 
 
 
 
 
 
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 272 
 
FIGURA 197 - BIDÊ 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.deca.com.br/produtos/bide-c-1-furo-ducha-frontal-monte-
carlo/?cat=4184>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Lavatórios 
Os lavatórios, ou como são chamados comumente de pias, têm sido 
bastante modificados atravésdos tempos. Se antes tínhamos pequenas pias e de 
cor mais escura a tendência mostra que as peças nos banheiros vêm a ser de cores 
claras para dar o tom de limpeza ao ambiente. 
 
 
FIGURA 198 - LAVATÓRIO COLUNA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.logasa.com.br/produtos/parati-lavatorio.html>. Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 273 
 
FIGURA 199 - LAVATÓRIO SUSPENSO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.logasa.com.br/produtos/colibri-lavatorio.html>. Acesso em: 22 de 
janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 200 - MICTÓRIO 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.jomacrj.com.br/product_info.php?products_id=296&osCsid=054cc80ccf7f401fd21f1d7c18
7aac1e>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 201 - TANQUE COLUNA 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.logasa.com.br/produtos/acess-tanque22.html>. Acesso em: 22 
de janeiro de 2013. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 274 
 
FIGURA 202 - TANQUE SUSPENSO 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.joag.com.br/index.php?manufacturers_id=61&sort=4a&page=5&osCsid=94481a4e61c3fd
974fef6d433fc1dc97>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Metais 
 
FIGURA 203 - TORNEIRA PARA LAVATÓRIO 
 
´ 
FONTE: Disponível em: <http://www.fabrimar.com.br/produto_selecionado.asp?ref_produto=1194-
SA&cat_produto=Banheiro&tipo=Metais%20Luxo&linha=Saga>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 275 
 
FIGURA 204 - CHUVEIRO 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.joag.com.br/popup_image.php?pID=1566&osCsid=61aec889607be274febccddac02a264
d>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 205 - DUCHA DE VASO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.lupemar.com.br/metais-sanitarios-banheiro-lorenzetti.html>. 
Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 206 - REGISTROS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.decorecenter.com.br/kit-conversor-registros-pressao-cozinha-
banheiro-fienza-abs-viqua-cod-92>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 276 
 
FIGURA 207 - TORNEIRA (MISTURADOR) DE COZINHA 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.joag.com.br/popup_image.php?pID=2251&osCsid=61aec889607be274febccddac02a264
d>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
FIGURA 208 - TORNEIRA JARDIM 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.joag.com.br/popup_image.php?pID=2253&osCsid=61aec889607be274febccddac02a264
d>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
5.7 ILUMINAÇÃO 
 
 
Para a iluminação, tanto natural quanto artificial, a função é o primeiro e 
mais importante parâmetro para a definição de um projeto. Ela irá determinar o tipo 
de luz que o ambiente precisa (MOREIRA, 1999). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 277 
O primeiro objetivo da iluminação é a obtenção de boas condições de visão 
associadas à visibilidade, segurança e orientação dentro de um determinado 
ambiente. Esse objetivo está intimamente associado às atividades laborativas e 
produtivas – escritório, escolas, bibliotecas, bancos, indústrias etc. 
O segundo objetivo da iluminação é a utilização da luz como principal 
instrumento de ambientação do espaço – na criação de efeitos especiais com a 
própria luz ou no destaque de objetos e superfícies ou do próprio espaço. Este 
objetivo está intimamente associado às atividades não laborativas, não produtivas, 
de lazer, estar e religiosas – residências, restaurantes, museus e galerias, igrejas 
etc. 
Na elaboração de um projeto para interiores de uma edificação (MOREIRA, 
1999) devem-se levar em consideração três requisitos básicos: 
 O aspecto estético; 
 O enfoque em economia de energia; 
 O conforto ambiental proporcionado pela iluminação. 
 
O aspecto estético a iluminação deve harmonizar com todo o projeto 
decorativo, integrando-se naturalmente aos espaços determinados para quadros, 
móveis e demais utensílios. 
Nesse caso, a luz pode ser utilizada para destacar objetos ou esconder 
áreas do projeto decorativo para as quais não se quer dar destaque, este tipo de 
iluminação chama-se iluminação pontual. 
Há também a iluminação do ambiente que consiste em iluminar o ambiente 
em todo o seu volume, essa iluminação geralmente é vinda do teto. Outro tipo de 
iluminação seria a Iluminação funcional, não está muito agregada à estética, mas 
sim na funcionalidade do ambiente, e segurança, fazendo iluminação de escadas, 
corredores. 
 
 
Tipos de lâmpadas 
 
 Incandescentes: Mais usadas em residências. Luminosidade muito 
baixa. Seu custo é muito baixo, dura cerca de 1000h. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 278 
 
 
FIGURA 209 - LÂMPADA INCANDESCENTE 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.etna.com.br/LAMPADA-INCANDESCENTE-E27-CLASSIC--220-
VOLTS-100-WATTS-4581.aspx/p>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 Fluorescente: utilizadas mais em empresas. Exige uma instalação 
especial com reatores. Tem vida útil de 7500h. Cinco vezes mais eficientes que as 
incandescentes. 
 
 
FIGURA 210 - LÂMPADA FLUORESCENTE 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.sonigate.com/pt/product/show_details/26524/Lampada-
Fluorescente-36W-120cm>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 Fluorescentes compactas: Tem maior custo que uma incandescente 
comum, todavia pode durar dez vezes mais (10.000h) e para produzir o mesmo fluxo 
luminoso, consome somente 20% da incandescente. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 279 
 Mistas: Funciona em tensão de 220v. Possui vida útil cerca de 6.000h. 
É uma alternativa para a substituição de incandescentes de alta potência. 
 Halógenas: 25% a 40% de redução no consumo em relação às 
incandescentes. Permitem perfeita reprodução de cores. Usadas na montagem de 
vitrines e decoração em geral por serem compactas. Vida útil de 2.000h. 
 
 
FIGURA 211 - LÂMPADA HALÓGENA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.lojaeletrica.com.br/p/235080000048-8/Produto>. Acesso em: 22 
de janeiro de 2013. 
 
 
 Dicroicas: Um aperfeiçoamento das halógenas. Vida útil de 3.000h. 
Possui vidro opcional na parte anterior, mas é recomendado no caso de ser 
colocada em locais de permanência de pessoas, a fim de evitar queimaduras. 
 
 
Modernidade na iluminação 
A lâmpada de LED, é a tecnologia moderna no que diz respeito a 
iluminação. Os leds são chamados também de diodos emissores de luz, produzem 
luz utilizando como base um chip semicondutor. 
Os leds reduzem o consumo de energia elétrica em até 75% e sua vida 
média gira em torno de 50.000 horas, quando os leds chegam a 70% de sua 
capacidade de emissão de luz, a partir deste momento, começa a curva decrescente 
e recomenda-se a troca dos mesmos por leds mais potentes ou novos. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 280 
 
5.8 ESQUADRIAS 
 
 
As esquadrias são utilizadas na Construção Civil como elemento de 
fechamento de vãos, principalmente através das janelas, portas persianas e 
venezianas. Esses componentes da edificação asseguram a proteção quando a 
penetração de intrusos, da luz natural e da água. Com a sua evolução, as 
esquadrias deixaram apenas de proteger e adquiriram também o lugar de decoração 
de fachadas. 
As esquadrias devem atender as especificações e detalhes estabelecidos 
em normas técnicas, às exigências do usuário, adequadas à composição 
arquitetônica quanto a sua utilização, dimensão, forma, textura, cor e desempenho. 
Considerando as questões de desempenho (ABCIC, 1991), as esquadrias 
devem possuir condições principais de: 
 
a) estanqueidade ao ar: característica de proteção dos ambientes interiores 
da edificação, contrainfiltrações de ar que possam causar prejuízo ao conforto do 
usuário e/ ou gastos adicionais de energia a climatização do ambiente, tanto no calor 
como no frio; 
b) estanqueidade à água: característica de proteção dos ambientes 
interiores da edificação, contra infiltrações de água provenientes de chuvas, 
acompanhadas ou não de ventos; 
c) resistência a cargas: característica em suportar pressões de vento 
estabelecidas nas normas técnicas e que têm de ser compatibilizadas pelo 
projetista, segundo o seu local de uso; 
d) resistência à operação de manuseio: característica em suportar os 
esforços provenientes de operações e manuseio, prescrita nas normas; 
e) comportamento acústico: característica em atenuar, quando fechadas, os 
sons provenientes de ambientes externos, compatibilizado com as condições de uso 
e as normas técnicas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 281 
Tipos de Esquadrias 
São vários os tipos de materiais utilizados para a composição de esquadrias, 
tais como: madeira, ferro, alumínio e PVC. 
 
Esquadrias de Madeira 
A madeira representa o primeiro tipo de material utilizado como componente 
para a fabricação das esquadrias, sendo, portanto, frequente nas edificações 
antigas. 
Com o decorrer do tempo e o surgimento de materiais alternativos, a 
madeira perdeu parcela significativa de mercado, o que vem sendo retomado 
atualmente devido à evolução no seu processo de produção, possibilitando a 
disponibilidade de grande variedade de modelos com desempenho compatível com 
as exigências do mercado. 
Algumas das madeiras normalmente utilizadas são: a imbuia, o mogno, o 
angico, a jatobá, entre outras. 
 
 
FIGURA 212 - ESQUADRIAS DE MADEIRA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://decoracao.vocedeolhoemtudo.com.br/decoracao/portas-e-janelas-de-
madeira/>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 282 
 
Normalmente, as esquadrias de madeira são entregues na obra já 
montadas, com travamentos de proteção entre as folhas e fechos, devendo ser 
chumbadas às alvenarias, por meio de pregos ou grapas, ou ainda fixados em 
contramarcos previamente colocados na parede. 
Dentre as vantagens relacionadas com este tipo de esquadria em relação às 
demais se pode citar o custo mais acessível, facilidade de execução e de 
montagem, e como desvantagens encontram-se a durabilidade e a segurança. 
 
 Esquadrias metálicas 
Os componentes metálicos também representam uma tecnologia antiga para 
a fabricação de esquadrias, advinda desde meados do século 19, quando se 
utilizavam perfis de ferro laminado preparados e ajustados em pequenas 
serralharias (ABCIC, 1991). 
As esquadrias metálicas atualmente utilizadas para a confecção de 
esquadrias são de aço, mineral constituído essencialmente de ferro e carbono, com 
pequenas quantidades de manganês, fósforo, enxofre ou silício. 
 
 
FIGURA 213 - ESQUADRIAS METÁLICAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://aprendaaconstruirereformar.blogspot.pt/2011/01/esquadrias-
de-aluminio.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 283 
 
 
Para reduzir a possibilidade de ocorrência de corrosão, as ligas são 
compostas também com cobre, e as esquadrias podem receber ainda revestimento 
superficial com camada microscópica de zinco (aço galvanizado), que atua como 
barreira de isolamento e como cátodo de sacrifício, ou seja, oxida-se em lugar do 
aço. 
As esquadrias metálicas são também entregues na obra prontas para o 
assentamento, devendo-se ter muito cuidado no tocante ao contato dos perfis com 
argamassa, a qual deve ser removida preferencialmente sem o auxílio de espátulas 
ou lixas grossas que possam danificar a proteção superficial. 
Este tipo de esquadria não pode ser exposta a ácidos, os quais podem 
reagir quimicamente com o aço, mesmo protegido, deteriorando o material. 
A instalação é geralmente realizada em vão rigorosamente esquadrejado, o 
que pode ser obtido por meio da utilização de gabaritos ou contramarcos pré-fixados 
na alvenaria. 
O peso elevado destas esquadrias, que dificulta a sua adequada instalação, 
e a necessidade de contínua manutenção preventiva quanto à ocorrência de 
corrosão são os principais pontos negativos relacionados com este tipo de 
componente, o que pode ser compensado pelo seu bom desempenho quanto à 
segurança, e também o seu efeito estético. 
 
Esquadrias de PVC 
O uso do PVC trata-se de uma tecnologia moderna utilizada para a 
fabricação das esquadrias. O composto de PVC (policloreto de vinila) utilizado para 
esta finalidade deve ser obtido a partir de uma mistura íntima entre o etileno, cuja 
matéria-prima é o petróleo, e o cloro. 
A resina de PVC formada nesta mistura recebe uma incorporação de 
aditivos especiais necessários para o atendimento de requisitos de desempenho 
importantes para o produto, tais como resistência ao intemperismo, rigidez e 
resistência mecânica (ABCIC, 1991). 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 284 
FIGURA 214 - COMPOSTO DE PVC 
 
FONTE: (SILVA, 2004) 
 
 
As esquadrias de PVC possuem uma câmara interior oca que é preenchida 
com perfis metálicos de aço galvanizado, reforçando a estrutura quanto aos esforços 
mecânicos. 
Algumas das características das esquadrias de PVC: 
 Apresentam facilidade de manutenção e limpeza; 
 São resistentes a agentes biológicos; 
 São autoextinguíveis, isto é, não propagam chamas em caso de 
incêndio; 
 Têm maior capacidade de manutenção da temperatura interna dos 
ambientes, devido ao seu baixo coeficiente de transmissão do calor, entre outros. 
 
 
FIGURA 215 - ESQUADRIA DE PVC 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.artpvc.com.br/caracteristicas/>. Acesso em: 22 de janeiro de 
2013. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 285 
 
Uma das grandes vantagens quanto ao uso deste tipo de esquadria está 
relacionada com a moldagem dos perfis, a qual, neste caso, é realizada por meio de 
soldagem a quente, de modo que não há aberturas nas ligações entre os perfis, 
proporcionando excelente desempenho desta esquadria quanto à estanqueidade. 
O seu alto custo, por enquanto, representa a sua maior desvantagem, aliado 
ao pouco uso ainda nas condições ambientais nacionais. 
 
Esquadrias de alumínio 
É o tipo de esquadria mais largamente utilizado na construção civil 
atualmente, especialmente no Brasil a partir da década de 50, tendo na construção 
da cidade de Brasília, no Distrito Federal, o seu grande marco inicial. 
As esquadrias de alumínio são também entregues prontas para instalação 
na parede, a qual é feita sobre contramarco assentado diretamente na alvenaria, 
cuja função é garantir a vedação e regularização do vão. 
O uso intensivo do alumínio para composição das esquadrias se deve à sua 
grande leveza, aliada a uma grande resistência mecânica, o que lhe proporciona 
facilidade de transporte e montagem, e à durabilidade satisfatória quanto à ação de 
agentes agressivos naturais como maresia ou regiões industriais, e sua estabilidade 
dimensional. 
 
Tipos de elementos principais: portas e janelas 
A depender da geometria e distribuição das aberturas, existem diversos tipos 
de janelas e portas cujas vantagens e desvantagens devem ser consideradas de 
acordo com as características específicas de cada projeto. 
Os tipos mais comumente utilizados estão a seguir descritos, inclusive com 
as respectivas representações utilizadas para identificação em projetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 286 
 
PORTAS E JANELAS DE CORRER 
 
FONTE: (SILVA, 2004) 
 
 
Características: Apresentam uma ou mais folhas que se movimentam por 
deslizamentohorizontal no plano da folha. 
 
Vantagens: Indicadas para grandes vãos; fácil operação; ventilação 
regulável conforme a abertura das folhas; não interfere nas áreas internas, 
possibilitando a instalação de grades, persianas ou cortinas; 
 
Desvantagens. Apresentam vão livre para circulação de ar de apenas 50%; 
dificuldade de limpeza na face externa; exige manutenção e limpeza constantes dos 
trilhos inferiores, em face do risco de infiltrações de água através dos trilhos. 
 
 
FIGURA 216 - PORTAS E JANELAS DE ABRIR 
 
 
 
FONTE: (SILVA, 2004) 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 287 
Características: é formada por uma ou mais folhas que se movimentam 
mediante rotação em torno de eixos verticais fixos, coincidentes com as laterais das 
folhas; 
 
Vantagens: Quando aberta, libera 100% do vão para ventilação; fácil limpeza 
da área externa; 
 
Desvantagens: ocupa espaço interno quando abre para dentro; não permite 
regulagem ou direcionamento do fluxo de ar; deve ser mantida fechada em caso de 
chuva; não permite tela ou grade, se abrir para fora, ou cortina, se abrir para dentro. 
 
 
FIGURA 217 - JANELA PROJETANTE 
 
 
 
 
FONTE: (SILVA, 2004) 
 
 
Características: possui uma ou mais folhas que podem ser movimentadas 
em rotação em torno de um eixo horizontal fixo, situado na extremidade superior da 
folha; 
 
Vantagens: apresenta as mesmas vantagens da janela projetante 
deslizante, com exceção da abertura até 90º; 
 
Desvantagens. Limpeza difícil pela face externa; não permite uso de 
grades ou telas pela face exterior; libera o vão parcialmente; não direciona bem o 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 288 
fluxo de ar, podendo causar desconforto pela canalização do vento na altura das 
pessoas. 
 
FIGURA 218 - JANELA GUILHOTINA 
 
 
FONTE: (SILVA, 2004) 
 
 
Características: é formada por uma ou mais folhas que se movimentam por 
deslizamento vertical no plano da janela. 
 
Vantagens: possui vantagens similares às da janela de correr, 
especialmente se as folhas possuírem sistemas de travas e balanceamento. Caso 
contrário, as folhas devem possuir retentores para permitir o controle de 
movimentos; 
 
Desvantagens. Além das desvantagens descritas na janela de correr, exige 
rigorosa manutenção para regular a tensão das travas e retentores; apresenta risco 
de queda. 
 
 
JANELA BASCULANTE 
 
 
 
FONTE: (SILVA, 2004) 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 289 
 
 
Características: possui eixo de rotação horizontal, centrado ou excêntrico, 
não coincidente com as extremidades superior e inferior da janela; 
 
Vantagens: ventilação constante com chuva de pouco vento; facilidade de 
limpeza das áreas externas; pequena projeção interna e externa, possibilitando o 
uso de cortinas e grades; favorece o direcionamento de ar. 
 
Desvantagens. Não libera totalmente o vão; apresenta estanqueidade 
reduzida em face do grande comprimento de juntas. 
 
 
FIGURA 219 - JANELA PIVOTANTE (HORIZONTAL OU VERTICAL) 
 
 
 
 
FONTE: (SILVA, 2004). 
 
 
Características: possui uma ou várias folhas que podem ser movimentadas 
mediante rotação em torno de um eixo horizontal vertical não coincidente com as 
laterais e extremidades da folha. 
 
Vantagens: facilidade de limpeza da face externa; permite o direcionamento 
do fluxo de ar para cima ou para baixo (horizontal), direita ou esquerda (vertical). 
 
Desvantagens. Dificuldade para instalação da tela, grade, cortina ou 
persiana. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 290 
 
FIGURA 220 - JANELA DE TOMBAR 
 
FONTE: (SILVA, 2004). 
 
 
Características: possui uma ou mais folhas que podem ser movimentadas 
mediante rotação de um eixo horizontal fixo, situado na extremidade inferior da folha. 
 
Vantagens: ocupa pouco espaço interno; propicia abertura gradual. 
 
Desvantagens: utilização restrita a pequenos vãos. 
 
 
5.9 PAISAGISMO E URBANIZAÇÃO 
 
 
O paisagismo corresponde ao conjunto de trabalhos de configuração do 
entorno, de toda a paisagem circundante, não só em termos de vegetação, mas 
também em relação a mobiliário e equipamentos de urbanização, serviços e 
comunicação visual, integrada a cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 291 
 
FIGURA 221 - EXEMPLO DE PAISAGISMO 
 
FONTE: Disponível em: <http://casinhadosonhodapaty.blogspot.pt/2012/08/jardim-e-
paisagismo.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
As principais funções do paisagismo são (MACEDO, 1999): 
 
• Função preservativa 
Visa favorecer o desenvolvimento e conservação de espécies vegetais e 
animais, contribuindo para o pensamento ambientalista. 
 
• Função atenuante 
Reduz diversos tipos de fatores adversos ao convívio das pessoas em 
determinadas áreas, tais como efeitos de temperaturas elevadas, ruídos e ventos, 
inclusive criando barreiras filtrantes de poluentes em suspensão na atmosfera; 
 
• Função decorativa 
Contribui para o resultado plástico de um conjunto arquitetônico ou 
urbanístico, por meio da concordância harmoniosa de seus elementos, o que 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 292 
possibilita os arranjos monumentais e turísticos, além de uma diversidade de 
comunicações estéticas; 
 
• Função estrutural 
Possibilita a criação de formas e volumes que influenciam na conformação 
ambiental, tais como muros vegetais ou cercas vivas, que servem de elementos 
limitadores; e forrações de taludes, que protegem as camadas superficiais do solo e 
impedem a erosão, além de elementos que se tornam pontos de referência; 
 
• Função recreativa 
Qualifica uma determinada área como adequada para a recreação e o lazer, 
tanto passivo (lúdico) como ativo (esportivo), por meio da disposição com motivos 
utilitários ou contemplativos, para o desfrute dos usuários e transeuntes; 
 
• Função lucrativa 
Valoriza economicamente uma propriedade imobiliária, o que recompensa 
financeira e profissionalmente o paisagista, principalmente pela projeção pública de 
sua imagem e de seu empreendedor. 
 
Projeto paisagístico 
Na criação e execução de jardins, as alterações da paisagem devem ser 
avaliadas em volume, trabalho e custo. Após o planejamento, chega-se ao projeto 
paisagístico, no qual são indicados os componentes e seus detalhes construtivos 
(pisos, esculturas, espelhos d’água, pergolados, postes, etc.) (DOURADO, 1997). 
Além da vegetação, devem-se observar as questões relacionadas à 
circulação, iluminação, sinalização, manutenção e controle do espaço, buscando 
garantir sua beleza, funcionalidade e durabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 293 
 
FIGURA 222 - EXEMPLO DE PROJETO PAISAGÍSTICO 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.paisagismobrasil.com.br/index.php?system=news&news_id=817&action=read>. Acesso 
em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
Para se planejar um jardim, praça ou parque são necessários alguns fatores: 
• Conhecer a organização geral do terreno; 
• A sua extensão; 
• Orientação; 
• Clima; 
• Caracteres pedológicos locais; 
• Conformação topográfica. 
 
Pesquisa das condições ecológicas regionais, de modo a auxiliar na 
definição das plantas e vegetação em geral. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 294 
 
FIGURA 223 - EXEMPLO DE PROJETO PAISAGÍSTICO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.mundodastribos.com/projetos-paisagisticos-jardins-
residenciais.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013. 
 
 
 
Definição dos elementos de infraestrutura, tais como pontos de água, pontos 
de iluminação,espaços de circulação, elementos de proteção, etc. 
 
O projeto paisagístico possui as mesmas etapas que o arquitetônico, 
partindo de estudos preliminares, aprovação pelo cliente, desenho técnico e 
detalhamento executivo. É fundamental concebê-lo de forma dinâmica e coerente às 
estações do ano (LAURIE, 1983). 
 
 
FIM DO MÓDULO V 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 295 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ABCIC - Associação Brasileira da Construção Industrializada, Manual Técnico de 
caixilhos e janelas. São Paulo: PINI, 1991. 
 
 
ARAÚJO. E. Ar-Condicionado. Faculdade de Tecnologia e Ciências Sociais 
Aplicadas. São Paulo, 2011. 
 
 
BASTOS. P.K. Construção de Edifícios. Universidade Federal de Juiz de Fora. 
Departamento de Construção Civil. Minas Gerais, 2011. 
 
 
BERTONCEL, A. Instalações elétricas prediais. São Paulo, 2008. 
 
 
BORGES, Alberto de Campos. Prática das Pequenas Construções. São Paulo: 
Edgard Blücher, 1996. 
 
 
BRABO. R. Leitura e Interpretação de Projetos. Universidade Federal do Pará. 
Faculdade de Engenharia Civil. Pará, 2009. 
 
 
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas, 13. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. 
 
 
DENGE - Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Ponta 
Grossa. Disciplina de Construção Civil. Carlan Seiler Zulian; Elton Cunha Doná. 
Ponta Grossa, 2000. 
 
 
DOURADO, G. M. (org.) Visões de paisagem: um panorama do paisagismo 
contemporâneo no Brasil. São Paulo: Associação Brasileira de Paisagismo – ABP, 
1997. 
 
 
FERGUSON, MYRON R. Drywall: Professional Techniques for Walls & Ceilings. 
Tauton Books & Videos. United States of America, 1996. 
 
 
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FIM DO CURSO

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