Buscar

EXERCICIO AULA 10 HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ COLONIZAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

1a Questão (Ref.: 201602197582) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) 
 
Com relação à escravidão africana e às transformações ocorridas a partir do século XVI, é correto afirmar que: 
 
 a escravidão africana se insere numa reorganização do modo de produção e, por isso passa a ser 
pautada pela demanda das área de produção de gêneros tropicais. 
 A demanda do continente europeu por escravos africanos gerou o maior impacto proporcional, quando 
comparado com o impacto gerado por outros continentes. 
 
Todas as alternativas acima estão corretas. 
 
Nenhuma das alternativas acima está correta. 
 
a escravidão africana coexistiu no mesmo grau observado na chamada escravidão moderna ou 
contemporânea. 
 
 
 
 
 2a Questão (Ref.: 201601686815) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) 
 
"Nada mais temos a dizer da Ásia e Europa. Passemos então à África. Quase só podemos falar de suas costas, 
porque o interior nos é desconhecido. As costas da Barbária, onde está implantada a religião maometana, já não 
são povoadas quanto no tempo dos romanos, pelas razões que acima te expus. Quanto às da Guiné, devem ter 
sido terrivelmente dizimadas nestes duzentos anos em que seus régulos ou chefes de aldeia têm vendido seus 
súditos aos príncipes da Europa para que os transportem a suas colônias da América. O curioso é que essa 
mesma América, que todos os anos recebe novos habitantes, também está deserta ao retirar proveito algum da 
contínua sangria da África. Os escravos, deportados para um clima distinto do seu, morrem aos milhares. Os 
trabalhos nas minas, onde estão constantemente ocupados tanto os nativos da América quanto os estrangeiros, 
as exalações malignas que dali saem, o azougue que continuamente se utiliza, tudo isso os extermina de 
maneira implacável. Nada pode ser tão extravagante quanto impor a morte a um número incontável de homens 
a fim, de retirar ouro e prata das entranhas da terra: dos metais absolutamente inúteis e que, se constituem 
riqueza, é apenas porque foram escolhidos para representá-la." 
(Montesquieu. Cartas Persas. São Paulo: Editora Paulicéia, 1991. p.193) 
 
Montesquieu, importante pensador iluminista, em sua obra "As Cartas Persas", publicada em 1721, faz uma 
contundente crítica das práticas escravistas nas colônias européias na América. Com base no documento, 
assinale a opção que melhor traduz o contexto histórico descrito pelo autor: 
 
 
houve uma crise do sistema colonial europeu, uma vez que o tráfico negreiro declinou no século 
XVIII em razão da acentuada queda demográfica no continente africano. 
 
iniciou-se a utilização da mão-de-obra indígena na América à medida que ocorre um decréscimo 
demográfico na África após um longo período de escravidão no continente; 
 a escravidão negra foi um dos pilares da colonização européia na América, sendo viabilizada pela 
ação de mercadores europeus, associados aos reinos africanos comprometidos com o tráfico 
negreiro; 
 
a colonização européia na América se encontrava em colapso à medida que se aprofundava a 
exploração de ouro e prata no continente latino-americano; 
 
o colapso do tráfico negreiro no Atlântico implicou em um avanço das redes mercantis negreiras no 
Mar Mediterrâneo, abastecidas por traficantes árabes que monopolizavam o comércio na região; 
 
 
 
 
 3a Questão (Ref.: 201601686798) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) 
 
"Quando alguém mencionava, no Brasil dos séculos XVIII e XIX, um africano, o mais provável é que estivesse a 
falar de um escravo, pois nessa condição amargava a maioria dos homens e mulheres que, vindos da África, 
aqui viviam. Mas podia também referir-se a um liberto, ou seja, a um ex-escravo. Ou a um emancipado, isto é, 
um negro retirado de um navio surpreendido no tráfico clandestino. Ou, o que era mais raro, a um homem livre 
que jamais sofrera o cativeiro. Escravos, libertos, emancipados ou livres, poucos estranhariam as paisagens 
brasileiras, porque muitas vezes semelhantes às que tinham deixado na África e que se haviam tornado ainda 
mais parecidas, graças à circulação entre o Índico e o Atlântico de numerosas espécies vegetais, como a 
mandioca, o milho, o inhame, o quiabo, o coco, a manga, o ananás, o tamarindo, o tabaco, a maconha, o caju e 
a jaca. Por isso, vir da África para o Brasil era como atravessar um largo rio." 
(SILVA, Alberto da Costa e. Um Rio chamado Atlântico. A África no Brasil e o Brasil na África. Rio de Janeiro: 
UFRJ Editora / Nova Fronteira, 2003. P. 157) 
 
O autor do texto acima, o embaixador e historiador Alberto da Costa e Silva, é um dos principais estudiosos, em 
nosso país, da história e das culturas do continente africano. Assinale a alternativa que apresenta uma 
interpretação correta sobre o trecho acima destacado: 
 
 
a afirmação de Alberto da Costa e Silva, ¿vir da África para o Brasil era como atravessar um largo rio¿, 
pode ser compreendida como uma metáfora sobre as intensas relações culturais entre o Brasil e a costa 
atlântica africana, vínculos estes que se dissiparam com o fim do tráfico negreiro intercontinental, 
determinado pela Lei Eusébio de Queirós, aprovada pelo Parlamento brasileiro em 1850; 
 egundo Costa e Silva, as intensas trocas culturais entre Brasil e África, forjadas no bojo do tráfico 
negreiro e do comércio colonial português, alteraram as respectivas paisagens daquelas duas regiões: 
hábitos, tradições, alimentos e vegetais influenciaram um e outro lugar, tornandoos semelhantes. No 
caso específico dos alimentos e vegetais, essa troca possibilitou a criação de um tipo de agricultura 
familiar, em pequenas propriedades, que produziam víveres para o mercado interno da América 
Portuguesa. 
 
e acordo com o autor, era possível um africano livre em terras brasileiras, sem jamais ter sofrido o 
cativeiro. Contudo, esta era uma condição rara, que ocorria somente em áreas coloniais portuguesas 
onde existiam plantations, extensas áreas de monocultura cuja finalidade era a produção de gêneros 
tropicais para a exportação; 
 
s emancipados eram os africanos que, escravizados na África, eram libertados durante a travessia do 
oceano Atlântico por militares ingleses da Royal Navy ¿ a Marinha Real Inglesa ¿ que, respaldados pelo 
Slave Trade Suppression ou Aberdeen Act, apreendiam os negreiros, navios que transportavam cativos 
do continente africano para o Brasil; 
 
o autor apresenta as possibilidades de ¿ser africano¿ na América Portuguesa. Entre elas, a condição de 
liberto era a mais comum, tendo em vista que a riqueza gerada pela mineração, ao longo do século 
XVIII, proporcionou aos africanos escravizados maiores chances de adquirirem a alforria; 
 
 Gabarito Comentado 
 
 
 
 4a Questão (Ref.: 201601686846) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) 
 
"Nós conquistamos a África pelas armas¿temos direito de nos glorificarmos, pois após ter destruído a pirataria 
no Mediterrâneo, cuja existência no século XIX é uma vergonha para a Europa inteira, agora temos outra 
missão não menos meritória, de fazer penetrar a civilização num continente que ficou para trás." 
(Da influência civilizadora das ciências aplicadas às artes e às indústrias. Revue Scientifique, 1889) 
 
A partir da citação acima e de seus conhecimentos acerca do tema, examine as afirmativas abaixo. 
 
I. A idéia de levar a civilização aos povos considerados bárbaros estava presente no discurso dos que defendiam 
a política imperialista. 
II. Aquela não era a primeira vez que o continente africano era alvo dos interesses europeus. 
III. Uma das preocupações dos países, como a França, que participavam da expansão imperialista, era justificar 
a ocupação dos territórios apresentando os melhoramentos materiais que beneficiariam as populações nativas. 
IV. Para os editores da Revue Scientifique(Revista Científica), civilizar consistia em retirar o continente africano 
da condição de atraso em relação à Europa. 
 
 
Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. 
 
Somente as afirmativas II e IV estão corretas. 
 
Somente a afirmativa IV está correta. 
 Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Somente as afirmativas I e III estão corretas. 
 
 Gabarito Comentado 
 
 
 
 5a Questão (Ref.: 201601792453) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) 
 
Vossas Altezas devem ficar satisfeitas, pois em breve terão feito deles cristãos e lhes terão instruído nos bons 
costumes de seu reino. (Cristóvão Colombo, 1492.) Porém o melhor fruto, que dela [da terra] se pode tirar, me 
parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar. (Pero 
Vaz de Caminha, 1500.) Levar a luz e a civilização aos lugares escuros do mundo. (Um inglês referindo-se à 
África, 1897.) Analisando-se os textos, é correto afirmar que 
 
 
a expansão colonial européia na América, África e Ásia, respectivamente nos séculos XVI e XIX, 
apoiava-se em teorias racistas, corroborando o evolucionismo e a inferioridade do outro. 
 
o traço fundamental do colonialismo do século XIX assemelhava-se ao ideal de evangelização cristã 
presente no século XVI: africanos e indígenas deveriam ser catequizados. 
 
o ¿fardo do homem branco¿ serviu para legitimar a partilha da África na Conferência de Berlim, 
como já servira na colonização da América no século XVI, desprezando-se os povos autóctones em 
ambos os casos. 
 enquanto no século XVI a catequese justificava a colonização da América, no XIX, os europeus 
usavam a missão civilizadora, levando o ¿progresso¿, mas não integrando os povos dominados. 
 
a idéia de que os europeus tinham o dever de civilizar os povos africanos e asiáticos implicou o 
abandono da postura eurocêntrica anteriormente adotada na conquista e colonização da América. 
 
 Gabarito Comentado 
 
 
 
 6a Questão (Ref.: 201601835622) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) 
 
Sobre o tráfico de escravos é correto afirmar: 
 
 
Embora não fosse muito lucrativo, foi uma forma de compensar a falta de acesso dos europeus às minas 
de ouro e às riquezas naturais do continente. 
 
Era praticado entre portugueses e muçulmanos apenas, ampliando-se posteriormente para o Atlântico, 
Mediterrâneo e Índico. 
 
Tinha, entre as suas condições, a guerra santa, ou seja, o africano que resistisse à conversão ao 
catolicismo, tornava-se escravo e era comercializado. 
 
Foi iniciado pelos europeus após chegada ao continente africano, no século XV. 
 Envolvia uma rede de agentes, entre os quais, mercadores e membros das elites africanas que muito 
lucravam com o comércio de cativos.

Outros materiais