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Slide 5 Contrato de Trabalho Caracterização%2c Morfologia e Nulidades

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Direito do Trabalho
Prof. Alexandre Oliveira
UFCG
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Denominação: 
Crítica (Objeto da prestação e não a natureza do instituto)
Aspecto mais relevante do ponto de vista sócio-jurídico do instituto: o trabalho
Fato sociocultural
Negociações preliminares, contrato preliminar ou pré contrato (Perda de uma chance, art. 8º, CLT c/c art. 422, CC), e contrato.
O Contrato de Trabalho – Caracterização, Morfologia e Nulidades
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PRÉ-CONTRATO DE TRABALHO. FRUSTRAÇÃO DA EXPECTATIVA DE CONTRATAÇÃO. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL - As negociações preliminares que excedem a fase de seleção do candidato a emprego geram para o trabalhador a esperança, senão a certeza, da contratação, caracterizando a formação de um pré-contrato de trabalho, que envolve obrigações recíprocas, bem como o respeito aos princípios da lealdade e da boa-fé (Art. 422 do Código Civil). Assim, se o empregador exige a abertura de conta-salário e a realização dos exames admissionais, às suas expensas (Art. 168 da CLT), e, em seguida, injustificadamente, frustra a esperança fundada do trabalhador em ser admitido, está caracterizado o abuso de direito capaz de ensejar o deferimento da indenização por danos morais. (TRT3, Recurso Ordinário nº 01472-2007-109-03-00-3, 2ª Turma, Rel. Des. Sebastiao Geraldo de Oliveira, j. em 30/04/2008).
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INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS - RESPONSABILIDADE PRÉ-CONTRATUAL. A responsabilidade civil do empregador não está limitada ao período contratual, podendo alcançar também a fase pré-contratual, à luz do disposto no artigo 422 do CCB, que garante a seriedade nas negociações preliminares, criando uma confiança entre as partes, de modo a possibilitar o reconhecimento da responsabilidade daquela cuja desistência na concretização do negócio ensejou prejuízos a outrem. Existindo nos autos provas de que a ré tenha garantido a contratação do autor, inclusive fazendo esse se desligar da possibilidade de outro emprego na busca de melhores oportunidades, fica caracterizado o dano moral. Esse, por sua vez, exige reparação compatível com o mal causado, devendo servir, também, de desestímulo para que atos como tal não continuem a acontecer. (TRT3, Recurso Ordinário nº 00790-2008-143-03-00-9, Turma Recursal de Juiz de Fora, Rel. Juiz Convocado Paulo Mauricio R. Pires, j. em 27/05/2009)
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Definição
 Legal:CLT, Art. 442, caput: “contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação”.
Linha doutrinária: “negócio jurídico expresso ou tácito mediante o qual uma pessoa natural obriga-se perante pessoa natural, jurídica ou ente despersonalizado a uma prestação pessoal, não-eventual, subordinada e onerosa de serviços.” (DELGADO, 2014, p. 521).
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Características (caracteres)
Sinalagmático (bilateral) ou unilateral?
Conjunto do contrato e não apenas o contraponto de suas obrigações específicas: art. 4º da CLT.
Oneroso ou gratuito? Art. 3º CLT
Remuneração paga parcialmente por terceiros (gorjetas) ou “in natura” (art. 458, caput, CLT)
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Contrato Consensual (art. 442, CLT)
Exceção: contratos formais – contratos de atleta profissional de futebol e o contrato de artista profissional.
Contrato Celebrado “intuito personae”: atividade pessoal e a atividade contratada (obrigação de fazer) é tida como “facienda necessitas”, em que a atividade não constitui apenas prestação obrigacional mas a prestação principal.
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Contrato de trato sucessivo: carácter de continuidade e permanência
Contrato de atividade:
“[...] Do ponto de vista do empregado, a atividade contratada é a prestação principal (“facienda necessitas”); do ponto de vista do empregador, é a própria causa de formação do contrato” (DELGADO, 2014, 526).
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Contrato dotado de alteridade – art. 2º, CLT.
Contrato complexo (acompanhado de outros contratos)
Exs: pactos concernentes a depósito de instrumentos de trabalho, comodato de imóvel residencial, mandato, etc.
Morfologia do contrato (elementos constitutivos)
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Essenciais, naturais e acidentais.
Elementos fático-jurídicos da relação e elementos jurídico-formais
Existência (fático-jurídicos) e validade (jurídico-formais) 
Elementos essenciais (jurídico-formais do contrato: art. 8º, CLT c/c art. 104, I a III, CCB/2002)
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Capacidade das partes
“Capacidade trabalhista é a aptidão reconhecida pelo Direito do Trabalho para o exercício de atos da vida laborativa” (DELGADO, 2014, 529).
Maioridade trabalhista: 18 anos, art. 402, CLT
Incapacidade relativa do obreiro para atos da vida trabalhista: entre 16 e 18 anos (Art. 7º, XXXIII, CF/88, arts. 402 a 405 da CLT)
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Convenção 138, OIT - Idade mínima para admissão no emprego:
 não será inferior à idade de conclusão da escolaridade - não inferior a 15 anos;
 após consultas mínimo de 14 anos, art. 2, item “4”;
 prejudicar saúde, segurança e moral não será inferior a 18 anos;
com consulta 16 anos.
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4. Não obstante os dispositivos do parágrafo 3 deste artigo, o Membro cuja economia e sistemas educacionais não estejam suficientemente desenvolvidos poderá, mediante prévia consulta às organizações de empregadores e de trabalhadores interessadas,
se tais organizações existirem, especificar, inicialmente, uma idade mínima de quatorze anos.
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Aprendizagem maior de 14 anos e menor de 24 anos (art. 428, CLT).
Prestar trabalho e assinar recibo de pagamento: art. 439, CLT.
Assistência do responsável legal: requerimento de expedição de CTPS, celebração contratual e assinatura de termo de rescisão do contrato (arts. 17, §1º e 439 da CLT)
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CLT,Art. 439 - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida.
CLT,Art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição.
Art. 198, I, CC: “Também não corre a prescrição contra os incapazes de que trata o art. 3º”- Os menores de 16 anos (Lei 13.146/2015)
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Depoimento pessoal do trabalhador menor pode ensejar confissão?
Atos trabalhistas vedados ao trabalhador menor de 18 anos: trabalho noturno, perigoso ou insalubre (art.7º,XXXIII, CF/08)
Assistência trabalhista do obreiro menor ante a ausência do seu responsável legal (Art. 793, CLT)
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MPT, 2) Sindicato, 3) MPE e 4) Curador nomeado em juízo.
Cessação da incapacidade civil pela existência da relação empregatícia que assegure economia própria ao menor com 16 anos completos (art. 5º, parágrafo único, V, CCB/2002): “é dispositivo que não repercute no plano dos preceitos justrabalhistas examinados.
Regras que visam proteger a idade e regras que visam proteger a capacidade.
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Afinal, a diretriz civilista não invade o Direito do Trabalho na seara em que este estabeleça regras imperativas específicas, em decorrência de fundamentos e objetivos próprios” (DELGADO, 2014: 531-532).
b) Licitude do objeto (art. 166, II, CCB/2002)
1. Ilicitude: objeto ilícito (compõe um ilícito penal ou concorre diretamente para ele)
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2. Irregularidade (trabalho irregular ou proibido)
Trabalho ilícito versus trabalho irregular – a distinção se justifica pelos resultados diversos.
Para o trabalho ilícito, a doutrina indica a impossibilidade de reconhecimento de efeitos contratuais. Exs: apontador do jogo do bicho, treinador de animais em rinhas de galo, médico em clínica de aborto.
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>O trabalho irregular gera efeitos até a declaração judicial da existência da irregularidade. Ex: menor que exerce trabalho noturno.
Exceções à regra geral de negativa plena de efeitos jurídicos ao trabalho ilícito:
1) Desconhecimento pelo trabalhador do fim ilícito a que servia a prestação laboral perpetrada. Ex.: atendente de clínica de aborto que desconhece a ilicitude da atividade.
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2) Nítida
dissociação entre o labor prestado e o núcleo da atividade ilícita. Ex: servente em prostíbulo.
c) Forma Regular ou não proibida
* O formalismo é exigência excepcional colocada pela ordem jurídica (art. 107, CCB/2002)
* O contrato de trabalho é pacto não solene, contrato do tipo informal, consensual, podendo ser ajustado até tacitamente (arts. 442 e 443, caput, CLT)
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CC: Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.
CLT: Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.
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*Comprovação da existência: indícios e presunções
A simples prestação de trabalho, tem-se como presumida a existência entre as partes de um contrato empregatício (Súmula 212 do TST)
Contrato tácito e conteúdo: conteúdo imperativo mínimo resultante das normas jurídicas autônomas e heterônomas
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Súmula nº 212 do TST
DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
 
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Exceções: contratos relativos ao artista profissional, ao atleta profissional de futebol, etc.
Forma e prova: poderá ser provado por quaisquer meios probatórios lícitos existentes, mesmo que distintos da instrumentalização escrita (arts. 442, caput e 456, caput da CLT; art. 369 do NCPC)
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CLT: Art. 456. A prova do contrato individual de trabalho será feita pelas anotações constantes da carteira de trabalho e previdência social ou instrumentos escrito e suprida por todos os meios permitidos e direito.
NCPC: Art. 369.  As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
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Atos restritivos ou excetivos – Solenidade. Ex: compensação de jornada.
Relações laborais restritivas ou excetivas ao padrão genérico da CLT. Ex: contrato por prazo determinado (Lei n. 6.019/74 e Lei n. 9.601/98). Consequência?
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Ato jurídico trabalhista que somente tem validade quando formalizado por escrito: Recibo de pagamento (art. 464, CLT)
Anotação da CTPS: art. 29, CLT; Súmula 12, TST
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CLT: Art. 464. O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante a sua impressão digital, não sendo esta possível, a seu rogo.
Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho.
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CLT: Art. 29. A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especialmente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho
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Súmula nº 12 do TST
CARTEIRA PROFISSIONAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum".
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d) Higidez de Manifestação de Vontade
 (ou consenso livre de vícios) – ausência de erro, dolo e coação.
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*Contrato de adesão
“A livre manifestação da vontade dá-se mais no tocante ao momento de adesão ao pacto do que na definição de suas cláusulas” (DELGADO, 2014, 536).
>A vontade deve ser entendida como o interesse pela prestação de trabalho, não pela existência do contrato.
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E) Causa: “O motivo do negócio com relevância jurídica” (Venosa). Motivo preponderante. Exs.: Contrato de estágio (educação, oportunidade de vivenciar conceitos teóricos, remuneração); trabalho do presidiário (reintegração social, reeducação).
F) Legitimação: A legitimação seria um limite à celebração do contrato de trabalho, em razão de certa impossibilidade circunstancial de uma pessoa para agir em relação a um tipo de contrato de trabalho. 
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Como exemplo desse limite cita-se a situação do estrangeiro com visto de turista no Brasil. 
Dispõe o art. 98 da Lei n. 6.815/80: 
Art. 98 da Lei n. 6.815/80 – Ao estrangeiro que se encontra no Brasil ao amparo de visto de turista, de trânsito ou temporário de que trata o artigo 13, item IV, bem como aos dependentes de titulares de quaisquer vistos temporários é vedado o exercício de atividade remunerada. Ao titular de visto temporário de que trata o artigo 13, item VI, é vedado o exercício de atividade remunerada por fonte brasileira. 
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Elementos Naturais do contrato
“São aqueles que, embora não se caracterizando como imprescindíveis à própria formação do tipo contratual examinado, tendem a comparecer recorrentemente em sua estrutura e dinâmica concretas” (DELGADO, 2014, 537)
Ex: jornada de trabalho, salário.
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EC 72/2013 – Empregado doméstico
Art. 62 da CLT: O ocupante de cargo/função de confiança e o exercente de labor externo incompatível com o controle de jornada.
Elementos Acidentais do Contrato: condição e termo
Termo: art. 443 da CLT ou Lei n.9.601/98.
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Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.
§ 1º Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.
§ 2º O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b) de atividades empresariais de caráter transitório;
c) de contrato de experiência.
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Súmula 212, TST (Princípio da Continuidade da Relação de Emprego)
Condição:
Resolutiva expressa. Ex: empregado substituto de trabalhador afastado por razões previdenciárias e que tenha especificada em seu pacto empregatício cláusula de rompimento contratual automático em face do simples retorno do titular do cargo (art. 475, §2º, CLT)
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Resolutiva tácita. Ex: recebimento de parcela dependendo da causa da extinção do vínculo e a própria extinção do vínculo laboral.
Vícios e Defeitos do contrato de trabalho – Nulidades
Aspectos subjetivos: capacidade, higidez da manifestação de vontade das partes (erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão).
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Aspectos objetivos: vícios sociais (simulação e fraude a lei trabalhista), ilicitude do objeto contratual ou desrespeito a formalidade contratual imperativa).
Teoria trabalhista de Nulidades
*Nulidade (efeitos do seu reconhecimento)
*Direito Comum: efeito ex tunc da decretação judicial da nulidade percebida (art. 8º, CLT c/c art. 182, CCB/2002)
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Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.
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Teoria da dosagem da pena
Objeto Ilícito: 
Empregado não sabe e não contribui: Todos os direitos;
Sabe, mas não contribui: Só salários;
Sabe e contribui – Nada recebe;
Empregado não sabe e contribui – Todos os direitos.
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Direito do Trabalho: irretroatividade da nulidade decretada.
Aplicação Plena da Teoria Trabalhista de Nulidade
Capacidade: trabalho empregatício prestado por menor de 16 anos
Defeitos concernentes à forma
Policial Militar (Súmula
386, TST)
Estrangeiro: art. 359, CLT
	
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Súmula nº 386 do TST
POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 167 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. (ex-OJ nº 167 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999)
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Aplicação Restrita da Teoria Trabalhista de Nulidade:
Aplicação atenuada da teoria justrabalhista especial	
Contratação empregatícia irregular (falta de concurso público) por entes estatais (art. 37, caput, II e § 2º, CF/88) – Súmula 363, TST e art. 19-A, Lei n.º 8.036/90).
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Lei 8.036/90: Art. 19-A.  É devido o depósito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato de trabalho seja declarado nulo nas hipóteses previstas no art. 37, § 2o, da Constituição Federal, quando mantido o direito ao salário. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
STF, ADI 3127: Não viola o art. 37, § 2º, da CF/1988 – Rel. Min. Cezar Peluso. DJE e no DOU em 16/04/2015 
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Súmula nº 363 do TST
CONTRATO NULO. EFEITOS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.
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Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
ADI 3.395/DF – Relator Min. Cezar Peluso. AJUFE – Associação dos Juízes Federais do Brasil, e ANAMAGES – Associação Nacional dos Magistrados
 Rcl 8.110 – AgR/PI:
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RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. AUTORIDADE DE PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: ARTIGO 102, INCISO I, ALÍNEA L, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 3.395. CONTRATAÇÃO DE SERVIDOR SEM CONCURSO PÚBLICO: COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. CAUSA DE PEDIR RELACIONADA A UMA RELAÇÃO JURÍDICO-ADMINISTRATIVA. AGRAVO REGIMENTAL PROVIDO E RECLAMAÇÃO PROCEDENTE.1. O Supremo Tribunal Federal decidiu no julgamento da Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395 que 'o disposto no art. 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária'.2. Apesar de ser da competência da Justiça do Trabalho reconhecer a existência de vínculo empregatício regido pela legislação trabalhista, não sendo lícito à Justiça Comum fazê-lo, é da competência exclusiva desta o exame de questões relativas a vínculo jurídico-administrativo.3. Antes de se tratar de um problema de direito trabalhista a questão deve ser resolvida no âmbito do direito administrativo, pois para o reconhecimento da relação trabalhista terá o juiz que decidir se teria havido vício na relação administrativa a descaracterizá-la.4. No caso, não há qualquer direito disciplinado pela legislação trabalhista a justificar a sua permanência na Justiça do Trabalho.5. Precedentes: Reclamação 4.904, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Plenário, DJe 17.10.2008 e Reclamações 4.489-AgR, 4.054 e 4.012, Plenário, DJe 21.11.2008, todos Redatora para o acórdão a Ministra Cármen Lúcia.
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Súmula nº 430 do TST
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. CONTRATAÇÃO. AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO. NULIDADE. ULTERIOR PRIVATIZAÇÃO. CONVALIDAÇÃO. INSUBSISTÊNCIA DO VÍCIO - Res. 177/2012, DEJT divulgado em 13, 14 e 15.02.2012 Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização. 
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Inaplicabilidade da Teoria Especial Trabalhista de Nulidade – teoria especial justrabalhista versus teoria clássica do Direito Civil.
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Nas relações existentes não se configura o valor-trabalho tutelado pela CF/88, que é sempre aferido sob a ótica social.
Trabalho ilícito (ilicitude criminal)
Contrabando: comercialização de produtos nocivos ou importados sem o pagamento dos tributos correspondentes, como forma de obtenção de maiores lucros.
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 Exercício ilegal da profissão:
Decreto Lei nº 3. 688/1941 (Lei das Contravenções), art. 47:
Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. 
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Vigia e vigilante: 
Lei 7.102/83, que dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros e estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores.
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Art. 16 - Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes requisitos:
  I - ser brasileiro;
 II - ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos;
 III - ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;
 IV - ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos desta lei. (Redação dada pela Lei nº 8.863, de 1994);
V - ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico;
 VI - não ter antecedentes criminais registrados; e
VII - estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
 Parágrafo único - O requisito previsto no inciso III deste artigo não se aplica aos vigilantes admitidos até a publicação da presente Lei
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Art. 17.  O exercício da profissão de vigilante requer prévio registro no Departamento de Polícia Federal, que se fará após a apresentação dos documentos comprobatórios das situações enumeradas no art. 16. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.184, de 2001)
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Pirataria
Prostituição
Jogo do Bicho (OJ 199 da SDI-1) 
Nulidade Total e Parcial
Nulidade Absoluta ou Relativa
Relativa – Ex: alteração do critério ajustado de pagamento de salário, em prejuízo ao empregado.
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OJ 199, SDI -1, TST: JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO (título alterado e inserido dispositivo) - DEJT divulgado em 16, 17 e 18.11.2010 É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico.  
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Absoluta: anotação de CTPS, intervalo para alimentação, descanso.
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CLÁUSULAS ACESSÓRIAS DO CONTRATO LABORAL E LIMITAÇÃO À LIBERDADE DE TRABALHO: Pacto de não concorrência, pacto de permanência e pacto de exclusividade
Valor trabalho (arts. 5º, XIII; 6º e 170, CF/1988) versus liberdade de empresa e direito de propriedade (arts. 5º, XXII e XXIII e 170, CF/1988)= ART. 1º, IV, CF/1988
Pacto de não concorrência
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Segredos de empresa e de se precaver contra eventual concorrência.
Requisitos:
Estipulação por escrito no contrato de trabalho ou no respectivo acordo de cessação;
Existência de prejuízo efetivo ao empregador no caso de trabalho para uma empresa concorrente;
Prazo limitado;
Indenização.
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Pacto de Permanência:
Indenização em caso de denúncia vazia do empregado: art. 186 e 944, CCB/2002 c/c art. 8º da CLT
Pacto de exclusividade: Exs.: contratos celebrados com os profissionais
do meio esportivo e artístico.
Acréscimo patrimonial.
CONCLUSÕES:
Capacidade. Idade. Exceções à regra geral:
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Convenção 138 da OIT: Art. 2, item 3:
“3. A idade mínima fixada em cumprimento do disposto no parágrafo 1 do presente artigo, não deverá ser inferior à idade em que cessa a obrigação escolar, ou em todo caso, a quinze anos.”
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a) O peão de rodeio é considerado plenamente capaz para este tipo de trabalho após os 21 anos (art. 4º, caput, Lei n. 10.220/01), pois entre 16 e 21 anos a lei exige a expressa autorização de seu representante legal.; 
b) para o vigilante (art. 16, II, da Lei n.º 7.102/83), a idade mínima é de 21 anos sem qualquer possibilidade de autorização de representante legal para trabalho em idade inferior; 
c) o menor de 18 anos não pode exercer a função de propagandista e vendedor de produtos farmacêuticos - art. 3º da Lei n.º 6.224/75; 
d) o jogador de futebol tem que ter idade mínima de 21 anos, sendo que entre 16 e 21 anos o contrato pode ser celebrado com a autorização do representante legal - art. 5º, caput, da Lei n.º 6.354/76; 
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e) para os que trabalham em minas de subsolo, o art. 301 da CLT exige a idade mínima de 21 e máxima de 50 anos; 
f) para ser mãe social a lei exige a idade mínima de 25 anos - art. 9º, a, da Lei n.º 7.644/87; 
g) proibido o trabalho dos menores de 18 anos para diversas atividades constantes na TIP (Lista das Piores formas de Trabalho Infantil), aprovada pelo Decreto n.º 6.481/08 que regulamentou a Convenção n.º 182 da OIT; 
h) Motoboy ou taxista tem que ter idade mínima de 21 anos - art. 2º da Lei n.º 12.009/09.
i) Empregado doméstico tem que ter idade mínima de 18 anos – art. 1º, parágrafo único, LC 150/2015.
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O CONTRATO DE TRABALHO É: sinalagmático (bilateral), oneroso, comutativo, consensual (em dois sentidos: 1º: não depende de entrega de coisa para se aperfeiçoar; 2º: em regra é informal, não solene), e de trato sucessivo.
O CONTRATO DE TRABALHO NÃO É: Unilateral, gratuito, aleatório, real, solene (em regra) e instantâneo.
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