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6
POTENCIAL DO PÓ DE TIJOLO COMO MATERIAL DE RESÍDUO PARA SUBSTITUIÇÃO PARCIAL/INTEGRAL DE AGREGADO MIÚDO EM ARGAMASSAS PARA ASSENTAMENTO DE ALVENARIA E REVESTIMENTO DE PAREDES
António Amores de Figueiredo1
 Luiz Henrique da Costa Fonseca2 
Rafael Marques Gomes Pedrosa3
 Ronivaldo Alves4
RESUMO
Devido ao constante crescimento da consciência social e ambiental, a sociedade tem vindo, cada vez mais, a adotar atitudes e posturas sustentáveis que visem diminuir a Pegada Ecológica. Este artigo através de pesquisas em referências bibliográficas e ensaios técnicos realizados, buscou apresentar uma alternativa de uso dos resíduos sólidos da construção civil compostos por argilas como um possível agregado parcial em argamassas de assentamento de alvenaria e revestimento. Deste modo, seguindo o mesmo sentido de pensamento, objetivou-se substituir parte do agregado miúdo usado na fabricação de argamassas por pó de tijolo.
No estudo realizado, utilizou-se pó de tijolo como um agregado em substituição parcial da areia, seguindo as normas técnicas de ensaios para a obtenção do índice de consistência e a resistência à compressão. Procedeu-se à substituição de cerca de 33,34% do agregado total utilizado, por pó de tijolo, no primeiro experimento, e de 50%, para a segundo. 
Palavra chave: Resíduo de obra; Pó de tijolo; Agregado miúdo; Argamassa.
ABSTRACT
Due to the constant growth of social and environmental awareness, society has been increasingly adopting sustainable attitudes and postures that aim to reduce the Ecological Footprint. This article, through researches and bibliographical references and technical tests carried out, is intended to present an alternative by using the solid residues of the civil construction made up of clays as a possible partial aggregate in mortars of masonry and cladding. Thus, following the same sense of purpose, the objective was to replace part of the small aggregate used in the manufacture of mortars by brick powder. In the study, we used the brick powder as an aggregate in partial replacement of the sand, following the technical norms of tests to obtain the index of consistency and the resistance to compression. The substitution of about 33,34% of the total aggregate used per brick powder, in the first experiment, and 50% for the second.
INTRODUÇÃO
Com a intensa industrialização, advento de novas tecnologias, crescimento populacional, aumento de pessoas em centros urbanos e diversificação do consumo de bens e serviços, os resíduos se transformaram em graves problemas urbanos com um gerenciamento oneroso e complexo, considerando-se volume e massa acumulados, principalmente após 1980. Os problemas se caracterizam por escassez de área de deposição de resíduos causadas pela ocupação e valorização de área urbanas, altos custos sociais no gerenciamento de resíduos, problemas de saneamento público e contaminação ambiental (JOHN, 1999; JOHN, 2000; BRITO, 1999; GÜNTHER, 2000; PINTO, 1999). 
Observa-se que atualmente a questão ambiental é uma apreensão mundial, pois as consequências das transformações do meio ambiente sobre o homem começaram a surgir, expondo dessa forma, a relevância da regulamentação ambiental visando o desenvolvimento sustentável. Esta constante preocupação com o meio ambiente e uma possível escassez dos recursos naturais, fez com que a reciclagem de resíduos pela indústria da construção civil se consolidasse como uma prática importante para a sustentabilidade, seja atenuando o impacto ambiental gerado pelo setor ou reduzindo custos.
O processo de reciclagem destes materiais precisa ser feito de forma cautelosa e criteriosa, garantindo assim uma reciclagem que traga benefícios sem perder a qualidade da construção e que de certa forma, contribua para a preservação do meio ambiente.
A argamassa de assentamento para alvenaria e revestimento proposta neste artigo, foi confeccionada como uma mistura que na sua composição apresenta a substituição da areia convencional pelo agregado miúdo proveniente do resíduo de tijolo cerâmico, tendo sua obtenção devido a quebras, defeitos de fabricação ou demolições, na qual tal material seria descartado no meio ambiente.
O tijolo cerâmico é composto por argila, um material terroso de origem natural que, quando em contato com água, apresenta alta plasticidade e quando seca, forma torrões com certa dureza que dificilmente se desagregam com os dedos. Compostas por partículas de diâmetro inferior a 0,005 mm, as argilas passam por processos de moldagem, secagem e cozimento que lhes atribuí durabilidade e resistência necessárias.
2. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS
2.1.1 Areia
A areia média foi obtida na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, unidade Coração Eucarístico, sendo utilizada como agregado miúdo.
2.1.2 Pó de Tijolo
O resíduo sólido de tijolo cerâmico também foi obtido na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, unidade Coração Eucarístico. O resíduo foi totalmente moído e peneirado para utilização como um segundo agregado miúdo.
Foi utilizado o material passante na peneira 16 (D=1,18mm).
Fonte: Autor
2.1.3 Cimento
O cimento utilizado foi o CPII E 32.
2.1.4 Argamassa
No processo de ensaio, foram confeccionadas duas amostras de argamassas seguindo a norma ABNT NBR 13276:2005.
A composição com o teor de pó de tijolo cerâmico e areia comum em cada mistura é demonstrada a seguir na tabela 1.
Tabela 1 : Teor de substituição dos agregados
	Mistura
	Areia Comum (%)
	Pó de Tijolo Cerâmico(%)
	Traço
	A
	50
	50
	1 : 1.5 ; 1.5 : 1.5 
	B
	66,66
	33,34
	1 : 2 : 1 : 1.5 
 
Fonte - Autor
Legenda Traço 
 					 cimento (200g): areia : pó de tijolo: água 
(proporções com base no cimento) 
2.2 MÉTODOS
De acordo com Gil (2010), a realização de uma pesquisa requer a descrição dos procedimentos que serão seguidos, abrangendo o tipo de pesquisa, o método, coleta de dados, abordagem, técnicas e recursos metodológicos
Na realização deste estudo, procurou-se primeiramente, efetuar uma pesquisa bibliográfica nas áreas de Reciclagem de Resíduos sólidos e sustentabilidade do setor da Construção Civil, visando um suporte mais amplo no intuito de alcançar o objetivo proposital deste artigo.
Para a obtenção técnica e matemática dos resultados, foram realizados os ensaios de laboratório seguindo as normas vigentes para a determinação do índice de consistência e resistência à compressão da argamassa.
2.2.1 Determinação do índice de consistência das argamassas 
Conforme a NBR 13276/2005, as argamassas foram submetidas ao ensaio de índice de consistência. Para as argamassas confeccionadas no laboratório manteve-se um teor água/cimento de 1,5.
2.2.1.1 Procedimento 
a) Secar a superfície da mesa (flow table); 
b) Colocar o molde tronco-cônico centralizado na mesa; 
c) Colocar com o auxílio da espátula, a argamassa em três camadas de alturas iguais, adensando com o soquete cada camada com 15, 10, 5 golpes respectivamente; 
d) Rasar o topo do molde com o auxílio de uma espátula ou régua ou ainda uma colher de pedreiro;
e) Remover verticalmente o molde; 
f) Girar a manivela da mesa, fazendo com que ela dê 30 quedas em 30 segundos; 
g) Medir com o paquímetro três diâmetros;
h) Calcular o índice de consistência ( B ), através da média aritmética das três medidas;
2.2.3 Determinação da resistência à compressão das argamassas
Conforme a NBR 13279/2005, as argamassas utilizadas foram ensaiadas à compressão axial. Foram executados dois corpos de prova cilíndricos para cada argamassa, dimensões 10 x 5 cm, para a obtenção de resistência aos 7 dias. A cura dos corpos de prova foi realizada em câmara úmida durante o período de 7 dias. 
2.2.3.1 Procedimento
O planejamento do experimento contemplou a moldagem de corpos-de-prova (CP) cilíndricos, de 5 cm de diâmetro por 10 cm de altura. A argamassa de cimento portland, com diferentes teores de substituição, foi moldada em conformidade com anorma NBR 7215 (ABNT, 1996), com auxílio do misturador da figura 3. Os CPs foram rompidos à compressão nas idades de 7, num total 2 exemplares para cada argamassa. 
Os topos dos corpos-de-prova foram capeados, a fim de corrigir as imperfeições das superfícies, conforme recomenda a norma NBR 7215 (ABNT, 1996), após terem sido retiradas as suas medidas: massa, diâmetro e altura, para as comparações entre os traços.
3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
3.1 ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA DAS ARGAMASSAS
Para a produção das argamassas, ambas adicionou-se a mesma quantidade de água a fim de se avaliarem as diferenças no índice de consistência e plasticidade delas devido a adição do pó de tijolo.
Quadro de resultados
	MISTURA
	Diâmetro 1(cm)
	Diâmetro 2(cm)
	Diâmetro 3(cm)
	Média (cm)
	A
	28
	27
	27
	27,3
	B
	25
	24
	26
	25
	A partir dos resultados obtidos, verificou-se um ganho no quesito de trabalhabilidade na mistura A (50% areia; 50% pó de tijolo) e uma textura mais propensa para a aplicação em revestimento. Entretanto por ser um material de granulometria muito fina, a aplicação da argila pode resultar resultar em perda de resistência, o que será analisado no tópico seguinte.
3.2 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DAS ARGAMASSAS 
A realização dos ensaios de compressão determinou a resistência potencial dessas argamassas à compressão. A resistência está diretamente ligada a sua durabilidade e segurança, portanto, um fator que indica a existência, ou não, de alguma patologia relacionada à argamassa.
	MISTURA
	VALOR DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO (Kgf/Mpa)
	
A
	1160/5,79
	
	1130/5,76
	
B
	2100/10,68
	
	2030/10,34
3.3 DISCUSSÃO DE RESULTADOS
	Conforme procedimento descrito anteriormente no presente artigo, observou-se que, com maior adição de pó de tijolo, menor a sua resistência à compressão. As misturas A, com proporções iguais de areia e pó de tijolo, 1,5:1,5 (areia:pó de tijolo), obtiveram menores resultados de compressão quando comparados com a mistura B, compostas por proporções 2:1 (areia:pó de tijolo), logo com maior quantidade de areia face ao pó.
Assim, de acordo com as normas 13276 e 13279, índice de consistência e resistência à compressão, respectivamente, em nenhum dos casos as amostras alcançaram as especificações técnicas mínimas necessárias às suas aprovações. 
Deste modo, conclui-se que o uso de pó de tijolo (composto argiloso) em situações que requerem resistência, não será uma boa solução.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13279. Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos - Determinação da resistência à compressão: Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2005. 9p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13276. Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Preparo da mistura e determinação do índice de consistência. Rio de Janeiro, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7215 – Resistência a Compressão do Cimento Portland. Rio de Janeiro: ABNT, 1996.
Jurandi José Nunes Junior; Fernando Pelisser. EFEITO DO PÓ DE PEDRA EM ARGAMASSA PARA ALVENARIA ESTRUTURAL. UNESC- Universidade do Extremo Sul Catarinense – 2013/01 
Géssica Centofante, Carlos Mauricio Dagostini - ANÁLISE DAS PROPRIEDADES DE ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO COM ADIÇÃO DE FIBRAS DE POLIPROPILENO - Unoesc & Ciência - ACET, Joaçaba, p. 7-16, Edição Especial 2014
http://revistapensar.com.br/engenharia/pasta_upload/artigos/a140.pdf
http://sites.unifra.br/Portals/36/tecnologicas/2007/Avaliacao.pdf

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