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DA AUSÊNCIA – DOUTRINA Ausente é a pessoa que desaparece de seu domicílo sem dar notícia de seu paradeiro e sem deixar representante ou procurador para administrar-lhe os bens. (CC, art. 22) - Inicialmente o Código protege seus bens, pois quer esteja ele vivo, quer esteja morto, é importante considerar o interesse social de preservar seus bens impedindo que eles deteriorem ou pereçam (arts. 22ª 25) - Prolongando o tempo cresce as probabilidade de que tenha falecido e assim a preocupação se volta aos herdeiros (arts. 25 a 38) EM FACE DE AUSÊNCIA: O ordenamento jurídico de início visa preservar os bens deixado pelo o ausente para o seu eventual retorno, depois de transcorrido um tempo, o legislador visa cuidar dos interesses de seus herdeiros. DA CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE. Sem deixar procurador Sem que haja notícia dele = o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do MP declarará ausência e nomer-lhe-á curador (CC, art. 22) Também será nomeado curador quando o ausente deixar um mandatário dizendo que não quer ou não pode exercer o mandato (CC, art 23) Art. 25, Caput “O cônjuge do ausente sempre que não esteja separado judicialmente ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador” - Em falta de cônjuge, recairá sobre seus pais ou seus ascendentes, lembrando que os mais próximos precedem os mais remotos. - Em falta de cônjuge, a companheira poderá ser nomeada aplicando o art. 226 § 3º, da CF. -> Equipara-se a morte presumida -> somente para o fim de permitir a abertura da sucessão -> a esposa NÃO é considerada viúva Para se casar terá de promover o divórcio, citando o ausente por edital, salvo se se tratar de pessoa política e tiver sido promovido na Lei nº6683. Comunicada a ausência ao juiz: - Este determinará a arrecadação dos bens e os entregará a administração do curador. A curadoria dos bens do ausente prolonga-se pelo período de um ano, durante o qual será publicado editas, de dois em dois meses, convocando o ausente a reaparecer. Decorrido o prazo sem que o ausente reapareça, sem notícia de sua morte OU se ele deixou procurador ou represente, em se passando três anos, poderão os interessados requerer a abertura da sucessão provisória. CESSA A CURADORIA: Pelo comparecimento do ausente, do seu procurador ou quem o represente. Pela certeza da morte do ausente Pela sucessão provisória. DA SUCESSÃO PROVISÓRIA (art. 26 do CC) I – o cônjuge não separado judicialmente II –os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários III – os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte. IV- os credores de obrigações vencidas e não pagas (CC, art 27) Não pode haver a omissão da companheira desse direito do art. 227, §6º da CF e da sua eventual condição financeira CC, art 1790 ART. 28 do CC Esse prazo suplementar é dado ao ausente (publicado na impressa) para que ao ter conhecimento das séries consequências de seu desaparecimento posso mudar de ideia e tornar Os bens serão entregues aos herdeiros em caráter PROVISÓRIO E CONDICIONAL, ou seja, desde que prestem GARANTIAS da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas em razão da incerteza da morte do ausente, se não o fizerem, não serão imitidos na posse -> ficando a responsabilidade de administrar para o curador ou de outro herdeiro que preste garantia sendo designado pelo juiz (art. 30 §1º) Ascendentes, descendentes e cônjuge: uma vez provado a qualidade de herdeiros, poderão entrar na posso independente de garantias (art. 30 §2º) Os imóveis do ausente só poderão alienar ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína. Art. 33 -> o descendente, o ascendente e o cônjuge que for sucessor provisório fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que couberem a este -> os outros deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos Se o ausente aparecer, ficando provado que sua ausência foi voluntária e injustificada, perdera ele para o sucessor os frutos e os rendimentos de sua parte. Art. 36 -> Se o ausente aparecer ou lhe provar existência depois da posse estabelecida, cessarão para as vantagens dos sucessores; ficando obrigados a tomar medidas assecuratórias precisas até a entrega dos bens ao seu dono CESSARÁ A SUCESSÃO PROVISÓRIA: Com o aparecimento do ausente. CONVERTE-SE EM DEFINITIVA: quando houver a certeza da morte do ausente; dez anos depois de passado em julgado sentença da abertura de sucessão provisória e quando o ausente contar 80 anos e houverem decorridos 5 anos de suas últimas notícias. AULA Ausente: Não tem previsão de retorno Art. 22. – desaparecer + sem deixar um procurador = ocorre o suporte fáctico. Curador: nomeado pelo juiz X Procurador= iniciativa do próprio interessado. Art. 23 – Quando o procurador não puder ou não quiser / não tem poderes suficientes. CURADORIA SIMPLES – não se entrega o patrimônio/ herdeiro SUCESSAO PROVISORIA – as possibilidades de estar vivo ou morto SUCESSAO DEFINITIVA – na possibilidade de estar morto Art. 24 -> Conforme as circunstancias = quem decide é o juiz (eh o próprio magistrado que complementa a norma jurídica) Art 25 -> não se podendo nomear cônjuge vai para os ascendentes e assim sucessivamente. Separado = ainda eh cônjuge Divorcio = acaba com o vinculo matrimonial União estável = não se casaram, são companheiros. Art. 226 da CF. ABERTURA DA SUCESSAO PROVISORIA Ocorre depois da publicação do primeiro edital (1 ano) Começa a se pensar nos interesses do dono do patrimônio e nas distribuições do bens Art. 27 = os herdeiros presumidos, os herdeiros legítimos (esses por forca da lei) e os testamentários (por testamento) III = sócio IV= credores de divida vencida -> pleitear a abertura da sucessão provisória Art 28 = o juiz sentencia e começa a abertura da sucessão provisória -> se alguém recorrer (apelação) Inventario = os bens deixados pelo ausente vão se apresentar aos herdeiros e começará a partilha. Herança jacente = fica no aguardo Herança vacante = se ninguém aparecer depois de um ano fica com a fazenda -> município
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